SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
Faculdade de Ciências de Saúde
MÓDULO: Medicina Interna / Curso: Medicina Geral - 4º Ano
Anemias e suas
Classificações
Nampula, Maio de 2019
Descentes:
- Cachepa Hilário
- Buanjuma Mussa
- Rosaria Santos
- Estefânia Augusto
- Rachel Jumaine
Docente:
- Dr. Sergio Ferrão
Conteúdos da Palestra
 Introdução
 Conceito
 Epidemiologia
 Etiologia
 Fisiopatologia
 Quadro clínico
 Diagnóstico
 Exames complementares
 Tratamento
 Complicações e Diagnóstico Diferencial
Introdução
˃ A anemia é um problema de saúde pública que afecta a
população a nivel mundial.
˃ Embora a causa primaria é a deficiência de ferro,
raramente esta presente em isolamento.
˃ Mais frequentemente coexiste com um número de outras
causas, tais como infecções:
˃ Parasitárias
˃ Virais
˃ Fúngicas
˃ Deficiências nutricionais
˃ Tumores e hemoglobinopatias.
Conceito
Anemia:
˃ Provém do grego:
an = Privação
haima = Sangue
˃ É a redução do número de eritrócitos em circulação.
˃ Sendo a OMS: Define anemia como o nivel de hemoglobina
˂13g/dL nos Homens e ˂12g/dL nas mulheres.
Etiologia
˃ Distúrbios primários da medula óssea (resultando em
baixa produção de eritrócitos)
˃ Anomalias primárias de eritrócitos (resultando em taxa
mais alta de destruição)
˃ Distúrbios imunológicos
˃ Deficiências nutricionais
˃ Amplo espectro de doenças sistêmicas
As manifestações
anemicas resultam de:
1. Captação de O2 deficiente
˃ Tensão do O2 atmosférico
˃ Função pulmonar
˃ Concentração de Hb
˃ Afinidade da Hb pelo O2
2. Liberação de O2 deficiente
˃ Débito cardíaco
˃ Afinidade da Hb pelo O2
˃ Concentração de Hb
3. Mecanismos de Defesa
˃ Aumento do débito cardíaco 3-4 vezes
˃ ↑ PH→desvio da curva de dissociaçao pra direita
˃ Aumento do 2,3 difosfoglicerato (2,3 DPG)
˃ Hipóxia renal - > aumento da Eritropoetina
˃ Diminuição do esforço físico
Classificação das Anemias
˃ De acordo com a Concentração da hemoglobina
˃ De acordo com a Etiologia e
˃ De acordo com a Morfologia
Classificação das Anemias
Anemia
Leve
• 9 - 12 g/dL
Anemia
Moderada
• 7 - 10 g/dL
Anemia
Grave
• 3 - 7 g/dL
1. CLASSIF. DE ACORDO COM CONCENTRAÇAO DE Hb:
Manifestações Clínicas
Anemia
Leve
• Mecanismos compensadores (ausência de sintomas)
• Exercícios intensos -sintomas: (Palpitações, dispnéia, sudorese excessiva)
Anemia
Moderada
• Sintomas mais evidentes
• Fadiga fácil
• Sonolência (mecanismo compensador para ↓ esforço)
Anemia
Grave
• Astenia
• Hipotensão ortostática
• Insônia e cefaléia (por irritação das cél. Nervosas pela hipóxia)
• Anorexia
• ICC
Os sintomas dependem também do tipo de anemia e da forma de instalação.
Sintomas e Sinais do
Sindrome Anemico
 Palidez da pele e mucosas (Pseudoanemia)
 Sintomas funcionais (Hipoxia tisular):
 Cardiacos:
 Taquicardia
 Palpitações
 Soplo sistólico
 Hipercinesia que pode desencadear uma I.C por exceso de Vol/min.
 Respiratórios:
 Taquipnea
 Dispneia de esforço
 Síntomas Gerais:
 Cefaleia
 Irritabilidade
 Anorexia
 Astenia
 Síntomas acompanhantes:
 Nutricionais
 Hemolíticos
 Aplásicos
Fisiopatologia
Classificação Etiológica das Anemias
I. DEFICIÊNCIA DE PRODUÇÃO (ANEMIA CENTRAL):
A) Deficiência de nutrientes essenciais
● Ferro
● Ác. Fólico
● Vitamina B12
● Proteínas
B) Hipoplasia eritroblástica
• 1. Anemias aplásticas
 Hereditárias
 Idiopáticas
 Induzidas por Agentes Químicos e Físicos
• 2. Hipoplasia eritroblástica pura:
 Timoma
 Agentes Químicos
 Antagonistas Ác. Fólico
 Anticorpos Hereditários
C) Infiltração Medula Óssea:
 Leucemias e Linfomas
 Mieloma Múltiplo
 Carcinomas e Sarcomas
 Mielofibrose
D) Anemia Sideroblástica
 Deficit de ALA-sintetase (congénito)
 Fármaco: Isoniazida (inibição de piridoxina Vit-B6)
 Álcoolismo crônico (Causa mais comum)
E) Endocrinopatias
• Deficit da Eritropoetina
• Deficit H. tiroideas, androgenios, corticoides
F) Insuficiência renal crônica (IRC)
G) Doenças Inflamatórias Crônicas
H) Hepatopatias
II. ANEMIAS POR DESTRUIÇAO (ANEMIA PERIFERICA):
A) Fatores Extracorpusculares
 Anticorpos (eritroblastose fetal, Transf. Incompativel,
neoplasias, colagenoses, Hiperesplinismo
 Agentes físicos (P.V.C) e químicos (benzenos, Venenos)
 Traumatismo eritrocitário
 Infecciosas (Malária, Clost. perfrigens)
B) Adquiridas (intracorpusculares)
 Defeitos de Membrana (H.P.Noturna, Esferocitose
Hered.,Eliptocitse)
 Defeitos de Hb (anemia falciforme e talassemia)
 Defeitos Enzimáticos (G-6-P Desidrogenase)
III. ANEMIAS POR PERDAS AGUDAS DE SANGUE:
A) Anemia pós-hemorragia
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS
ANEMIAS
I - Anemia Macrocítica:
 VCM: 97 - 160 fL
 HCM: 32 - 50 pg
 CHCM: 32 - 36 g/dL
 A. Megaloblásticas:
 Deficiência de folato vit-b12
 Síntese deficiente de DNA (hereditária ou por drogas)
 B. Não-megaloblásticas:
 Hipotiroidismo/ hepatopatias/hipoplasias/Alcoolismo
 Reticulocitose
II - Anemia Hipocrômica Microcítica (AHM):
 VCM: 50 - 80 fL
 HCM: 12 - 27 pg
 CHCM: 24 - 32 g/dL
 Outras Alterações nas Hemácias:
˃ Anisocitose
˃ Poiquilocitose
˃ Esferócitos - Células em Alvo
˃ Eliptócitos
˃ Acantócitos - Estomatócitos
˃ Fragmentos Eritrocitários
˃ Células em Gota
˃ Policromatofilia
˃ Basofilia
˃ Ponteado Basófilo
 TRATAMENTO
˃ Anemia não é diagnóstico, mas manifestação!
˃ Procurar defeito básico.
˃ Transfusão de sangue = RISCOS.
Tipos de Anemias
1. Anemias Ferroprivas
2. Anemias Megaloblastica
3. Anemia Perniciosa
4. Anemias Hemolíticas
5. Esferocitose Hereditária
6. Anemia Falciforme
7. Anemias Mediadas por Anticorpos (Ac)
8. Anemia Hemolítica Auto-imune
9. Hemoglobinúria Paroxística Noturna
1. ANEMIA FERROPENICA (Quadro Clínico):
Cutáneo - Mucoso:
 Palidez acentuada
 Pele seca e quebradiça
 Mucosas atróficas
 Fragilidade das unhas, coiloniquia
 Pelos raros, quebradiça
Síntomas Digestivos:
 Anorexia
 Disfagia e mal absorção (excepcional)
Síntomas Neurológicos:
 Astenia
 Irritabilidade
 Falta de concentração
Síntomas Cardiovasculares:
 Síndrome anémico
Síntomas Musculares:
 Cansaço fácil
Hiperplasia ósea
Inmunológicas:
 Inmunidade celular
 Inmunidade humoral
Laboratório
 Hemograma
 HIPOcrômica MICROcítica.
 CHCM < 32 %
 VGM < 83 fl
 HCM < 27 pg
 Plaquetas aumentadas (por estímulo à MO para aumentar a produção)
 Ferro sérico e Capacidade de transporte
 IS < 10%
 Medula Óssea
 Análise de Ferro em depósitos
 Depósitos em hemossiderina diminuídos
 Sideroblastos ausentes ou diminuídos
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL A. FERROPRIVA
 Anemia das doenças crônicas
 Talassemia minor
 Anemia Sideroblástica
Tratamento - Anemia Ferropriva
˃ Eliminar a causa
˃ Ferro: reposição oral com Sulfato Ferroso.
˃ Há necessidade de tratar com 120 - 200 mg de Ferro elementar.
˃ Sulfato Ferroso tem apenas 20% de Ferro. Corrigir com regra de três.
˃ Portanto, para 120 - 200 mg de Ferro deve-se ministrar de 600 -
1000mg de Sulfato Ferroso
˃ Se Mal absorção, dar por via parenteral (100mg em 2ml)
 Palidez, anorexia, cansaço, irritabilidade, infecções respiratorias
recorrentes, diarreias, glossitis atrófica, língua despapilada,
displasia da mucosa vaginal
 Tríada da deficiencia de B12:
˃ Glossitis
˃ Palidez flavínica e
˃ Parestesias
 Manifestaciones neurológicas:
˃ Parestesias simétrica e dorsal, fundamentalmente nas mãos e nos pes.
˃ Perdida da sensibilidade
˃ Trastornos dos Reflexos osteotendineos
˃ Trastornos psíquicos
˃ Impotencia
˃ Disfunção vesical
2. Anemia Megaloblastica
(Características Clínicas)
Cont. (Anamia Megaloblastica)
 Anemia Megaloblástica e não Megaloblasticas
 Anemia Macrocítica: VCM > 100 fl
 Deficiência: B12 e/ou ácido fólico
 Vit-B12
 É essencial como coenzima de reações na síntese de ác.
nucléicos. (principalmente DNA)
 O requerimento diário: 1 - 2,5µg
 Fator Intrínseco
 A B12 é absorvida no íleo terminal
 B12 sérica: 200-900 pg/ml.
 Estoques: 5000 microgramas (2000 - 10000). Só no fígado:
aproximadamente 1700 microgramas
 É importantíssimo para a síntese dos ácidos nucléicos
(principalmente DNA)
 Necessidade diária: 50 - 100 microgramas.
 Absorção: Porções distais (duodeno e jejuno)
 Sérico: 5 - 20 mg/100ml. A dosagem é tão onerosa
quanto a da B12.
 Depósitos: 5 a 10 mg (Esgotam em 8 meses)
Ácido Fólico
 A déficit. De Vit-B12 está associada a
PANCITOPÉNIA
 A déficit. De Vit-B12 clinicamente pode levar a
sintomas neurológicos ) = “loucura megaloblástica”
Reversível com suplementação de Vit-B12
NECESSIDADES DE VIT-B12
a) Aporte diminuído de B12
 Ingestão deficiente
 Absorção alterada: Anemia Perniciosa
 Competição (Síndrome de Alça Cega; Doença
Diverticular; Tênia Européia)
b) Necessidades aumentadas de B12
 Neoplasias (grande destruição celular)
 Hipertireoidismo (hipermetabolismo)
 Utilização prejudicada de B12
 Deficiências enzimáticas;
 Transporte TC II (falta ou anormal)
 Administração de NO2 (óxido nitroso)
 Deficiência de Ácido Fólico
 Aporte deficiente de ácido fólico
 Dieta
 Alcoolismo
 Hemodiálise
 Absorção alterada
Requerimentos Aumentados de ácido fólico
 Gestação (múltiplas principalmente)
 Crianças em crescimento
 Hipertireoidismo
 Hematopoiese acelerada
 Neoplasias
 Dermatite expoliativa
Utilização prejudicada de ácido fólico
 Drogas anti-neoplásicas (Metrotrexato- é um anti-
fólico)
 Triamtereno (muito pouco usado)
 Trimetropin
 Deficiências enzimáticas
˃ Inibidores Metabólicos
 Drogas anti-neoplásicas
˃ Erros Inatos
 Sd de Lesch-Nyham
 Oroticoaciduria hereditaria
 Deficiência enzimática
˃ Inexplicáveis
 Piridina
 Tiamina
 Eritroleucemia
Falta de Resposta a Vit-B12 e Ác. Fólico
3. Anemia Perniciosa
˃ Descrita pelo Addison 1855 como idiopática
˃ 1872 Biermer descreveu como Anemia Perniciosa
˃ Deficiência da Vitamina B12:
˃ Deficiência de Factor Intrínseco
˃ Atrofia Gástrica
˃ Autoimune
˃ Acloridria
Factores de Risco
˃ História familiar da doença
˃ Descendência norte-europeia
˃ Idade (>60A)
˃ Doenças auto-imunes (DM tipo 1 e Doença de Crohn)
Sinais e Sintomas:
˃ Evolução lenta e sintomas pouco específicos:
˃ Astenia
˃ Diarreia
˃ Perda de peso
˃ Mal estar e nauseas
Tratamento
˃ Causa de Base
˃ Transfusão com concetrado de hemácias para permitir
oxigenação do miocárdio, 1 a 2 unidades pra evitar
sobrecarga circulatoria
˃ Administração de Hidroxicobalamina, via IM 1mg na
primeira semana em dias alternos
˃ Segunda Semana 1mg/semana/2x
˃ Terceira semana 1mg/semana
˃ Manutenção - 100µg/mês
4. Anemia Hemolítica
 DEFEITOS FUNDAMENTAIS
I. Intrínsecos (ou intracorpusculares)
 Quando o defeito está na célula
II. Extrínsecos (extracorpuscular)
 Quando o defeito está no plasma ou nos vasos, mas as
células são normais.
 CLASSIFICAÇÃO
I. Anemia hemolítica por defeito intracorpuscular
II. Defeitos na membrana:
 Esferocitose hereditária (+ comum)
 Estomatocitose
 Eliptocitose
 Talassemias (Hb normal presente no período
anormal)
 Hemoglobinúria paroxística norturna (HPN):
˃ Defeito intracorpuscular com manifestação tardia de urina
cor de coca-cola, em surtos e geralmente após o sono.
˃ É a única anemia hemolítica intracelular adquirida.
Anemia Hemolítica por
Deficiência Extracorpuscular
I. Com Anti-corpos
 Isoimune (ABO, rh)
 Auto-imunes (quente, fria, drogas)
II. Sem Anti-corpos
 Ação direta de tóxicos (arsina – A3H3)
 Toxinas bacterianas (sépsis por G- (Clostridium)
ou G+)
 Parasitas: malária
 Microangiopáticas
 Eclâmpsia
 Próteses cardíacas
 PTT (púrpura trombocitopênica trombótica)
 Interação das anormalidades
 Favismo (células com anormalidades morfológicas feijão
fava + deficiência de G6PD)
 Enzimas + drogas (cloroquina p/ tto. Malária + defeito
enzimático)
 Hb instáveis + drogas ou infecções
 Chumbo
Anemia Hemolítica Vs Doença Hemolítica
˃ Característica principal- Icteru
5. Esferocitose Hereditária
 Defeitos de Espectrina, Anquirina e actina:
 Clínica:
˃ Anemia + icterícia ( 1ºs anos)
˃ Esplenomegalia
˃ Crises hemolíticas (febre etc...)
˃ Infecções sem causa aparente
˃ Colecistopatia calculosa (50% dos casos)
˃ Úlceras de perna
 Sangue e Laboratório:
˃ Anemia + esferocitose
˃ Reticulocitose (10 a 20%)
˃ Aumento de bilirrubina indireta
˃ Fragilidade osmótica dos eritrócitos
˃ Dosagem de espectrina, anquirina, proteína 3
Tratamento
˃ Esplenectomia, que irá corrigir o efeito deletério
(mecanismo hemolítico), mas não a causa da doença.
˃ O paciente continua doente mas não mais anêmico.
˃ Deve-se aguardar nos casos infantis até 10-12 anos de
idade para a realização do procedimento pelo risco de
sépsis pós-esplenectomia por Haemophilus.
6. Anemia Falciforme
˃ 1ª doença molecular descrita
˃ Ocorre pela troca de um ácido glutâmico por valina na
cadeia beta, o que confere menor solubilidade, ciclização
e enfoiçamento em baixas tensões de O2, formando
hemoglobina S (HbS).
Heterozigotos:
˃ 9% dos negros americanos;
˃ 20% população africana
 HbS = 25 a 40%
 HbA = 60 a 75%
Clínica
(Geralmente em vigência de ↓ con. de O2)
 Hematúria / dor lombar
 Infarto esplênico
 Resistência relativa ao P. Falciparum
 Aos esforços: IA
 Homozigotos:
˃ 0.3 a 1.3% dos negros americanos
˃ Hbs > 45%
 Clínica:
˃ Desde a infância
˃ Rara nos 1ºs 6 meses
˃ Sem sinais de anemia
˃ Crises de dor óssea
˃ Crises de dor abdominal (abdome agudo não cirúrgico)
˃ Febre
˃ Coma
˃ Litíase vesicular
˃ Osteomielite por samonella
˃ Úlceras da perna
TALASSEMIAS
˃ São doenças hereditárias caracterizadas pela alteração da produção
de cadeias de globulinas alfa e beta, partes formadoras da
hemoglobina.
˃ É uma anemia hipoproliferativa, hemolítica e com deficiência de
hemoglobina circulante.
Cursa com:
˃ Microcitose não compatível com o grau de anemia
˃ História familiar positiva para talassemias ou com longa história de
anemia microcítica
˃ Morfologia celular alterada com: microcitose, acantocitose, células
alvo (dianócitos)
˃ Níveis elevados de HbA2 (talassemias alfa) ou F (talassemias beta)
 Aproximadamente 98% da Hb circulante é:
˃ Tipo A (2 cadeias alfa e 2 cadeias beta), com 1 a 2% de HbF ou
Tipo A2 (2 cadeias alfa e 2 cadeias gama).
˃ Quando há alteração nestas proporções, diagnosticam-se as
talassemias, que podem ser alfa ou beta, de acordo com a cadeia
alterada.
1. Talassemias Alfa:
 Ocorrem por deleção no cromosoma 16, com
consequente diminuição de produção de cadeias alfa.
 Epidemiologia:
˃ Povos da Ásia, China e em negros
 Quadro clínico:
˃ O paciente normal ou portador silencioso não exibe clínica ou
alterações laboratoriais significativas
˃ Mutações pontuais no cromossoma 11 resultando na diminuição
(beta +) ou ausência (beta 0) de expressão dos genes para a
formação das cadeias beta (erros na transcrição de DNA).
˃ O excesso de cadeias alfa resultante levará estas cadeias a uma
ligação instável, precipitação e diminuição da efetividade da MO
(hemólise intramedular).
 Epidemiologia:
˃ Povos mediterrâneos (Itália, Grécia), seguidos por asiáticos e negros
 Quadro Clínico:
˃ Anemia severa no 1º ano de vida com início de sintomatologia aos 6
meses (transição HbF HbA).
2. Talassemias beta
˃ Palidez cutâneo-mucosa
˃ Hepato-esplenomegália
˃ Icterícia
˃ Deformidades ósseas
˃ Fraturas patológicas (osteopenia por tentativa compensatória da MO
que se torna hiperplásica mas inefetiva pois produz células
defeituosas = aumento do éritron).
˃ Este quadro pode ser amenizado com transfusões sanguíneas, que no
entanto resultarão em hemocromatose e hemossiderose e deposição
em tecidos nobres como fígado e coração, que levarão a óbito por
insuficiência hepática ou ICC ao redor dos 20 ou 30 anos.
Sinais e Sintomas
Laboratório:
˃ Anemia microcítica e hipocrômica
˃ ht de 10% ou menos se não transfundido
˃ Poiquilocitose, células alvo, basofilia, hemacias nucleadas
˃ Eletroforese de proteínas: hba <<< ou 0; hba2 (quantidade
variável); hbf >>>
˃ Alteração da função hepática (TGO, TGP, fosfatase alcalina, TAP,
albumina sérica) – fase tardia com infiltração sideroblástica no
órgão.
7. Anemias Mediadas Por Anticorpos (Ac)
 Importante ramificação dentro das anemias .
Tipos de AC :
 Aloanticorpos: adquiridos em transfusões ou gestação com
contato sangue mãe – feto (são os chamados isoAC).
 Autoanticorpos:
Quentes :
˃ Manifestam-se em temperatura >37ºC
˃ Prova de Coombs direta +
˃ IgG não fixando complemento
˃ Especificidade anti Rh
˃ Resultando em hemólise no baço (portanto hemoglobinemia e
hemoglobinúria difíceis de ocorrer).
˃ Gera anemia menos severa
Frios :
˃ Manifestam-se em temperaturas <20ºC
˃ Com anemia variável
˃ Fenômenos de Raynaud
˃ IgG fixando complemento (hemólise intravascular =
hemoglobinemia e hemoglobinúria)
˃ Crioaglutininas agudas ou crônicas
8. Anemia Hemolítica Auto-Imune
I. Primária ou ididopática
II. Secundária a:
˃ linfomas
˃ Leucemia linfocítica crônica
˃ Lupus eritematoso disseminado
˃ Tumores (pulmão e rim)
˃ Drogas (metildopa, penicilinas, quinidina)
Etiopatogenia:
˃ Modificação dos antígenos (Ag) eritrocitários (não provada no
homem)
˃ Ac com reação cruzada (ex: crioAc da pneumonite por Micoplasma)
˃ Insuficiência de controle de autoimunização
˃ Genética (em estudo)
Quadro Clínico
˃ Anemia hemolítica
˃ Esplenomegalia discreta a moderada
˃ É doença adquirida
Laboratório:
˃ anemia discreta a moderada
˃ esferócitos antes inexistentes
˃ provas de Coombs direta +
˃ doença de base (marcadores tumorais, FAN, célula LE, VHS)
Tratamento
˃ Corticóides
˃ Aquecimento (nos casos de AC a frio)
˃ Esplenectomia
˃ Imunosupressores
˃ TMO (para casos refratários aos Ttos Acima)
 É uma das anemias hemolíticas com manifestações
clínicas tardias decorre da:
˃ Sensibilização alterada ao complemento (fração
C3b)
˃ Tem sua atividade aumentada durante as horas de
repouso (noite) pela discreta acidose respiratória
fisiológica decorrente do sono
˃ A hemólise pode ocorrer continuamente ou em
crises, mas sempre após o sono.
9. Hemoglobinúria
Paroxística Noturna
Quadro clínico / Laboratório
˃ Hemoglobinemia (hemólise intravascular)
˃ Hemoglobinúria e hemossidenúria
˃ Pancitopenia
˃ Teste da sacarose +
˃ Teste de HAM (soroácido) +
Patogenia:
 Sensibilidade ao C3b do complemento
 Diminuição da acetilcolinesterase
 Células jovens (mais sensíveis à lise pelo C)
Tratamento:
 Pode-se fazer transfusão com papa de hemácias lavadas (para
diminuir a quantidade de plasma, e consequentemente C,
aderida às células)
Prognóstico: Anemias Aplásticas e Leucocitoses Agudas
Tipo de Anemia Hemograma Esfregaço Bioquímica
Exame de
Urina
Exame de
Fezes
Ferropénica
↓Hgb,
↓VCM,
↓CHCM,
↑PLQ; (na
fase
avançada)
GV
microcíticos/
hipocrômicos
Normal
Normal se
carência
alimentar de
ferro;
- com sangue se
causada por perda
de sangue
Megaloblástica
(carência vit
B12
a.fólico)
↓Hgb,
↓PLQ,
↑VCM
GV
macrocíticos/
normocrômic
os
↑bilurubi
na
Normal Normal
Diagnóstico Diferencial
Laboratorial de Anemia
Tipo de
Anemia
Hemograma Esfregaço Bioquímica
Exame de
Urina
Exame de
Fezes
Aplástica
↓Hgb, ↓GB,
↓GV, ↓PLQ ,
Normal Normal
Drepanocito
se
(anemia
hemolítica)
Hgb 5-
9g/dl;
Htc 17-
29%;
Leucocitose
↑PLQ
GV em forma
de
alvo; de foice,
GV
com inclusões
no
citoplasma,
normocrômicos;
reticulocitose
↑bil
AST,
ALT
Hematúria
visível
Normal
Perda de
sangue ↓
↓Hgb, ↓GV
GV
Normocíticos
ou macrocíticos
e
normocrómicos
---------
Hematúria
se perdas
urinárias
Presença de
sangue se
perdas
digestivas
Referência Bibliográfica
Medicina Interna de Cecil, 23a
edição
Medicina Interna,
Diagnóstico e Tratamento,
Miguel Matarrama Penate
Medicina Interna de
Harrison, 18a Edição
Obrigado
˃ Acrescimos
˃ Sugestões
˃ Dúvidas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)cuidadoaoadulto
 
Anemia Megaloblástica
Anemia MegaloblásticaAnemia Megaloblástica
Anemia MegaloblásticaAmanda Amate
 
Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.
Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.
Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.Enfermagem Florence
 
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
Aula 1   introdução a bioquímica metabólica Aula 1   introdução a bioquímica metabólica
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica Silvana Arage
 
vitaminas
vitaminas vitaminas
vitaminas divadias
 
Sais minerais bioquimica
Sais minerais bioquimicaSais minerais bioquimica
Sais minerais bioquimicaAmaury Xavier
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaJoziane Brunelli
 
Fisiopatologia e dieto aula iii
Fisiopatologia e dieto aula iiiFisiopatologia e dieto aula iii
Fisiopatologia e dieto aula iiiCarlos Patricio
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosresenfe2013
 
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisSaúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisMario Gandra
 
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínasII. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínasRebeca Vale
 

Mais procurados (20)

Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
 
Anemia Megaloblástica
Anemia MegaloblásticaAnemia Megaloblástica
Anemia Megaloblástica
 
2 Anemias - Visão Geral
2  Anemias - Visão Geral2  Anemias - Visão Geral
2 Anemias - Visão Geral
 
Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.
Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.
Apresentação do trabalho de Anemia. Enfermagem Florence.
 
Trabalho anemia
Trabalho anemiaTrabalho anemia
Trabalho anemia
 
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
Aula 1   introdução a bioquímica metabólica Aula 1   introdução a bioquímica metabólica
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
 
vitaminas
vitaminas vitaminas
vitaminas
 
Anemia Falciforme
Anemia FalciformeAnemia Falciforme
Anemia Falciforme
 
Sais minerais bioquimica
Sais minerais bioquimicaSais minerais bioquimica
Sais minerais bioquimica
 
Aula Proteinas
Aula ProteinasAula Proteinas
Aula Proteinas
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Transtornos alimentares 2014
Transtornos alimentares 2014Transtornos alimentares 2014
Transtornos alimentares 2014
 
Aula 03 hábitos alimentares
Aula 03   hábitos alimentaresAula 03   hábitos alimentares
Aula 03 hábitos alimentares
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Anemia ferropriva
Anemia ferroprivaAnemia ferropriva
Anemia ferropriva
 
Fisiopatologia e dieto aula iii
Fisiopatologia e dieto aula iiiFisiopatologia e dieto aula iii
Fisiopatologia e dieto aula iii
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
 
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentaisSaúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
Saúde Coletiva - 1. introdução e conceitos fundamentais
 
3 Anemias Carenciais
3  Anemias Carenciais3  Anemias Carenciais
3 Anemias Carenciais
 
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínasII. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
 

Semelhante a Anemias, VF.ppt

Anemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infânciaAnemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infânciaHenrique Fiorillo
 
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01Maristela Lima
 
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...fernandoalvescosta3
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasSEMUSA
 
Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticasdapab
 
Anemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico DiferencialAnemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico DiferencialSafia Naser
 
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofiliaDisfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofiliaNEELLITON SANTOS
 
Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]
Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]
Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]Raquel Silva
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrsjaninemagalhaes
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrsjaninemagalhaes
 

Semelhante a Anemias, VF.ppt (20)

Anemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infânciaAnemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infância
 
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
 
Anemias
AnemiasAnemias
Anemias
 
Anemias (1)
Anemias (1)Anemias (1)
Anemias (1)
 
Anemia e sindrome nefrótica
Anemia e sindrome nefróticaAnemia e sindrome nefrótica
Anemia e sindrome nefrótica
 
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
 
Anemias na infância
Anemias na infânciaAnemias na infância
Anemias na infância
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
 
Anemia e suas características
Anemia e suas característicasAnemia e suas características
Anemia e suas características
 
Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticas
 
Anemia.pdf
Anemia.pdfAnemia.pdf
Anemia.pdf
 
Hematologia
HematologiaHematologia
Hematologia
 
Anemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico DiferencialAnemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico Diferencial
 
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofiliaDisfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
 
Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]
Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]
Anemia%20 reduzida%20[modo%20de%20compatibilidade]
 
Anemia-1A
Anemia-1AAnemia-1A
Anemia-1A
 
2 anemias - visão geral
2  anemias - visão geral2  anemias - visão geral
2 anemias - visão geral
 
Hematúria na pediatria
Hematúria na pediatriaHematúria na pediatria
Hematúria na pediatria
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 

Último

PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Último (20)

PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 

Anemias, VF.ppt

  • 1. Faculdade de Ciências de Saúde MÓDULO: Medicina Interna / Curso: Medicina Geral - 4º Ano Anemias e suas Classificações Nampula, Maio de 2019 Descentes: - Cachepa Hilário - Buanjuma Mussa - Rosaria Santos - Estefânia Augusto - Rachel Jumaine Docente: - Dr. Sergio Ferrão
  • 2. Conteúdos da Palestra  Introdução  Conceito  Epidemiologia  Etiologia  Fisiopatologia  Quadro clínico  Diagnóstico  Exames complementares  Tratamento  Complicações e Diagnóstico Diferencial
  • 3. Introdução ˃ A anemia é um problema de saúde pública que afecta a população a nivel mundial. ˃ Embora a causa primaria é a deficiência de ferro, raramente esta presente em isolamento. ˃ Mais frequentemente coexiste com um número de outras causas, tais como infecções: ˃ Parasitárias ˃ Virais ˃ Fúngicas ˃ Deficiências nutricionais ˃ Tumores e hemoglobinopatias.
  • 4. Conceito Anemia: ˃ Provém do grego: an = Privação haima = Sangue ˃ É a redução do número de eritrócitos em circulação. ˃ Sendo a OMS: Define anemia como o nivel de hemoglobina ˂13g/dL nos Homens e ˂12g/dL nas mulheres.
  • 5. Etiologia ˃ Distúrbios primários da medula óssea (resultando em baixa produção de eritrócitos) ˃ Anomalias primárias de eritrócitos (resultando em taxa mais alta de destruição) ˃ Distúrbios imunológicos ˃ Deficiências nutricionais ˃ Amplo espectro de doenças sistêmicas
  • 6. As manifestações anemicas resultam de: 1. Captação de O2 deficiente ˃ Tensão do O2 atmosférico ˃ Função pulmonar ˃ Concentração de Hb ˃ Afinidade da Hb pelo O2 2. Liberação de O2 deficiente ˃ Débito cardíaco ˃ Afinidade da Hb pelo O2 ˃ Concentração de Hb 3. Mecanismos de Defesa ˃ Aumento do débito cardíaco 3-4 vezes ˃ ↑ PH→desvio da curva de dissociaçao pra direita ˃ Aumento do 2,3 difosfoglicerato (2,3 DPG) ˃ Hipóxia renal - > aumento da Eritropoetina ˃ Diminuição do esforço físico
  • 7. Classificação das Anemias ˃ De acordo com a Concentração da hemoglobina ˃ De acordo com a Etiologia e ˃ De acordo com a Morfologia
  • 8. Classificação das Anemias Anemia Leve • 9 - 12 g/dL Anemia Moderada • 7 - 10 g/dL Anemia Grave • 3 - 7 g/dL 1. CLASSIF. DE ACORDO COM CONCENTRAÇAO DE Hb:
  • 9. Manifestações Clínicas Anemia Leve • Mecanismos compensadores (ausência de sintomas) • Exercícios intensos -sintomas: (Palpitações, dispnéia, sudorese excessiva) Anemia Moderada • Sintomas mais evidentes • Fadiga fácil • Sonolência (mecanismo compensador para ↓ esforço) Anemia Grave • Astenia • Hipotensão ortostática • Insônia e cefaléia (por irritação das cél. Nervosas pela hipóxia) • Anorexia • ICC Os sintomas dependem também do tipo de anemia e da forma de instalação.
  • 10. Sintomas e Sinais do Sindrome Anemico  Palidez da pele e mucosas (Pseudoanemia)  Sintomas funcionais (Hipoxia tisular):  Cardiacos:  Taquicardia  Palpitações  Soplo sistólico  Hipercinesia que pode desencadear uma I.C por exceso de Vol/min.  Respiratórios:  Taquipnea  Dispneia de esforço  Síntomas Gerais:  Cefaleia  Irritabilidade  Anorexia  Astenia  Síntomas acompanhantes:  Nutricionais  Hemolíticos  Aplásicos
  • 12. Classificação Etiológica das Anemias I. DEFICIÊNCIA DE PRODUÇÃO (ANEMIA CENTRAL): A) Deficiência de nutrientes essenciais ● Ferro ● Ác. Fólico ● Vitamina B12 ● Proteínas B) Hipoplasia eritroblástica • 1. Anemias aplásticas  Hereditárias  Idiopáticas  Induzidas por Agentes Químicos e Físicos • 2. Hipoplasia eritroblástica pura:  Timoma  Agentes Químicos  Antagonistas Ác. Fólico  Anticorpos Hereditários
  • 13. C) Infiltração Medula Óssea:  Leucemias e Linfomas  Mieloma Múltiplo  Carcinomas e Sarcomas  Mielofibrose D) Anemia Sideroblástica  Deficit de ALA-sintetase (congénito)  Fármaco: Isoniazida (inibição de piridoxina Vit-B6)  Álcoolismo crônico (Causa mais comum) E) Endocrinopatias • Deficit da Eritropoetina • Deficit H. tiroideas, androgenios, corticoides F) Insuficiência renal crônica (IRC) G) Doenças Inflamatórias Crônicas H) Hepatopatias
  • 14. II. ANEMIAS POR DESTRUIÇAO (ANEMIA PERIFERICA): A) Fatores Extracorpusculares  Anticorpos (eritroblastose fetal, Transf. Incompativel, neoplasias, colagenoses, Hiperesplinismo  Agentes físicos (P.V.C) e químicos (benzenos, Venenos)  Traumatismo eritrocitário  Infecciosas (Malária, Clost. perfrigens) B) Adquiridas (intracorpusculares)  Defeitos de Membrana (H.P.Noturna, Esferocitose Hered.,Eliptocitse)  Defeitos de Hb (anemia falciforme e talassemia)  Defeitos Enzimáticos (G-6-P Desidrogenase) III. ANEMIAS POR PERDAS AGUDAS DE SANGUE: A) Anemia pós-hemorragia
  • 15. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS I - Anemia Macrocítica:  VCM: 97 - 160 fL  HCM: 32 - 50 pg  CHCM: 32 - 36 g/dL  A. Megaloblásticas:  Deficiência de folato vit-b12  Síntese deficiente de DNA (hereditária ou por drogas)  B. Não-megaloblásticas:  Hipotiroidismo/ hepatopatias/hipoplasias/Alcoolismo  Reticulocitose II - Anemia Hipocrômica Microcítica (AHM):  VCM: 50 - 80 fL  HCM: 12 - 27 pg  CHCM: 24 - 32 g/dL
  • 16.  Outras Alterações nas Hemácias: ˃ Anisocitose ˃ Poiquilocitose ˃ Esferócitos - Células em Alvo ˃ Eliptócitos ˃ Acantócitos - Estomatócitos ˃ Fragmentos Eritrocitários ˃ Células em Gota ˃ Policromatofilia ˃ Basofilia ˃ Ponteado Basófilo  TRATAMENTO ˃ Anemia não é diagnóstico, mas manifestação! ˃ Procurar defeito básico. ˃ Transfusão de sangue = RISCOS.
  • 17. Tipos de Anemias 1. Anemias Ferroprivas 2. Anemias Megaloblastica 3. Anemia Perniciosa 4. Anemias Hemolíticas 5. Esferocitose Hereditária 6. Anemia Falciforme 7. Anemias Mediadas por Anticorpos (Ac) 8. Anemia Hemolítica Auto-imune 9. Hemoglobinúria Paroxística Noturna
  • 18. 1. ANEMIA FERROPENICA (Quadro Clínico): Cutáneo - Mucoso:  Palidez acentuada  Pele seca e quebradiça  Mucosas atróficas  Fragilidade das unhas, coiloniquia  Pelos raros, quebradiça Síntomas Digestivos:  Anorexia  Disfagia e mal absorção (excepcional) Síntomas Neurológicos:  Astenia  Irritabilidade  Falta de concentração Síntomas Cardiovasculares:  Síndrome anémico Síntomas Musculares:  Cansaço fácil Hiperplasia ósea Inmunológicas:  Inmunidade celular  Inmunidade humoral
  • 19. Laboratório  Hemograma  HIPOcrômica MICROcítica.  CHCM < 32 %  VGM < 83 fl  HCM < 27 pg  Plaquetas aumentadas (por estímulo à MO para aumentar a produção)  Ferro sérico e Capacidade de transporte  IS < 10%  Medula Óssea  Análise de Ferro em depósitos  Depósitos em hemossiderina diminuídos  Sideroblastos ausentes ou diminuídos  DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL A. FERROPRIVA  Anemia das doenças crônicas  Talassemia minor  Anemia Sideroblástica
  • 20. Tratamento - Anemia Ferropriva ˃ Eliminar a causa ˃ Ferro: reposição oral com Sulfato Ferroso. ˃ Há necessidade de tratar com 120 - 200 mg de Ferro elementar. ˃ Sulfato Ferroso tem apenas 20% de Ferro. Corrigir com regra de três. ˃ Portanto, para 120 - 200 mg de Ferro deve-se ministrar de 600 - 1000mg de Sulfato Ferroso ˃ Se Mal absorção, dar por via parenteral (100mg em 2ml)
  • 21.  Palidez, anorexia, cansaço, irritabilidade, infecções respiratorias recorrentes, diarreias, glossitis atrófica, língua despapilada, displasia da mucosa vaginal  Tríada da deficiencia de B12: ˃ Glossitis ˃ Palidez flavínica e ˃ Parestesias  Manifestaciones neurológicas: ˃ Parestesias simétrica e dorsal, fundamentalmente nas mãos e nos pes. ˃ Perdida da sensibilidade ˃ Trastornos dos Reflexos osteotendineos ˃ Trastornos psíquicos ˃ Impotencia ˃ Disfunção vesical 2. Anemia Megaloblastica (Características Clínicas)
  • 22. Cont. (Anamia Megaloblastica)  Anemia Megaloblástica e não Megaloblasticas  Anemia Macrocítica: VCM > 100 fl  Deficiência: B12 e/ou ácido fólico  Vit-B12  É essencial como coenzima de reações na síntese de ác. nucléicos. (principalmente DNA)  O requerimento diário: 1 - 2,5µg  Fator Intrínseco  A B12 é absorvida no íleo terminal  B12 sérica: 200-900 pg/ml.  Estoques: 5000 microgramas (2000 - 10000). Só no fígado: aproximadamente 1700 microgramas
  • 23.  É importantíssimo para a síntese dos ácidos nucléicos (principalmente DNA)  Necessidade diária: 50 - 100 microgramas.  Absorção: Porções distais (duodeno e jejuno)  Sérico: 5 - 20 mg/100ml. A dosagem é tão onerosa quanto a da B12.  Depósitos: 5 a 10 mg (Esgotam em 8 meses) Ácido Fólico
  • 24.  A déficit. De Vit-B12 está associada a PANCITOPÉNIA  A déficit. De Vit-B12 clinicamente pode levar a sintomas neurológicos ) = “loucura megaloblástica” Reversível com suplementação de Vit-B12 NECESSIDADES DE VIT-B12 a) Aporte diminuído de B12  Ingestão deficiente  Absorção alterada: Anemia Perniciosa  Competição (Síndrome de Alça Cega; Doença Diverticular; Tênia Européia)
  • 25. b) Necessidades aumentadas de B12  Neoplasias (grande destruição celular)  Hipertireoidismo (hipermetabolismo)  Utilização prejudicada de B12  Deficiências enzimáticas;  Transporte TC II (falta ou anormal)  Administração de NO2 (óxido nitroso)  Deficiência de Ácido Fólico  Aporte deficiente de ácido fólico  Dieta  Alcoolismo  Hemodiálise  Absorção alterada
  • 26. Requerimentos Aumentados de ácido fólico  Gestação (múltiplas principalmente)  Crianças em crescimento  Hipertireoidismo  Hematopoiese acelerada  Neoplasias  Dermatite expoliativa Utilização prejudicada de ácido fólico  Drogas anti-neoplásicas (Metrotrexato- é um anti- fólico)  Triamtereno (muito pouco usado)  Trimetropin  Deficiências enzimáticas
  • 27. ˃ Inibidores Metabólicos  Drogas anti-neoplásicas ˃ Erros Inatos  Sd de Lesch-Nyham  Oroticoaciduria hereditaria  Deficiência enzimática ˃ Inexplicáveis  Piridina  Tiamina  Eritroleucemia Falta de Resposta a Vit-B12 e Ác. Fólico
  • 28. 3. Anemia Perniciosa ˃ Descrita pelo Addison 1855 como idiopática ˃ 1872 Biermer descreveu como Anemia Perniciosa ˃ Deficiência da Vitamina B12: ˃ Deficiência de Factor Intrínseco ˃ Atrofia Gástrica ˃ Autoimune ˃ Acloridria
  • 29. Factores de Risco ˃ História familiar da doença ˃ Descendência norte-europeia ˃ Idade (>60A) ˃ Doenças auto-imunes (DM tipo 1 e Doença de Crohn) Sinais e Sintomas: ˃ Evolução lenta e sintomas pouco específicos: ˃ Astenia ˃ Diarreia ˃ Perda de peso ˃ Mal estar e nauseas
  • 30. Tratamento ˃ Causa de Base ˃ Transfusão com concetrado de hemácias para permitir oxigenação do miocárdio, 1 a 2 unidades pra evitar sobrecarga circulatoria ˃ Administração de Hidroxicobalamina, via IM 1mg na primeira semana em dias alternos ˃ Segunda Semana 1mg/semana/2x ˃ Terceira semana 1mg/semana ˃ Manutenção - 100µg/mês
  • 31. 4. Anemia Hemolítica  DEFEITOS FUNDAMENTAIS I. Intrínsecos (ou intracorpusculares)  Quando o defeito está na célula II. Extrínsecos (extracorpuscular)  Quando o defeito está no plasma ou nos vasos, mas as células são normais.  CLASSIFICAÇÃO I. Anemia hemolítica por defeito intracorpuscular II. Defeitos na membrana:  Esferocitose hereditária (+ comum)  Estomatocitose  Eliptocitose
  • 32.  Talassemias (Hb normal presente no período anormal)  Hemoglobinúria paroxística norturna (HPN): ˃ Defeito intracorpuscular com manifestação tardia de urina cor de coca-cola, em surtos e geralmente após o sono. ˃ É a única anemia hemolítica intracelular adquirida.
  • 33. Anemia Hemolítica por Deficiência Extracorpuscular I. Com Anti-corpos  Isoimune (ABO, rh)  Auto-imunes (quente, fria, drogas) II. Sem Anti-corpos  Ação direta de tóxicos (arsina – A3H3)  Toxinas bacterianas (sépsis por G- (Clostridium) ou G+)  Parasitas: malária
  • 34.  Microangiopáticas  Eclâmpsia  Próteses cardíacas  PTT (púrpura trombocitopênica trombótica)  Interação das anormalidades  Favismo (células com anormalidades morfológicas feijão fava + deficiência de G6PD)  Enzimas + drogas (cloroquina p/ tto. Malária + defeito enzimático)  Hb instáveis + drogas ou infecções  Chumbo Anemia Hemolítica Vs Doença Hemolítica ˃ Característica principal- Icteru
  • 35. 5. Esferocitose Hereditária  Defeitos de Espectrina, Anquirina e actina:  Clínica: ˃ Anemia + icterícia ( 1ºs anos) ˃ Esplenomegalia ˃ Crises hemolíticas (febre etc...) ˃ Infecções sem causa aparente ˃ Colecistopatia calculosa (50% dos casos) ˃ Úlceras de perna  Sangue e Laboratório: ˃ Anemia + esferocitose ˃ Reticulocitose (10 a 20%) ˃ Aumento de bilirrubina indireta ˃ Fragilidade osmótica dos eritrócitos ˃ Dosagem de espectrina, anquirina, proteína 3
  • 36. Tratamento ˃ Esplenectomia, que irá corrigir o efeito deletério (mecanismo hemolítico), mas não a causa da doença. ˃ O paciente continua doente mas não mais anêmico. ˃ Deve-se aguardar nos casos infantis até 10-12 anos de idade para a realização do procedimento pelo risco de sépsis pós-esplenectomia por Haemophilus.
  • 37. 6. Anemia Falciforme ˃ 1ª doença molecular descrita ˃ Ocorre pela troca de um ácido glutâmico por valina na cadeia beta, o que confere menor solubilidade, ciclização e enfoiçamento em baixas tensões de O2, formando hemoglobina S (HbS). Heterozigotos: ˃ 9% dos negros americanos; ˃ 20% população africana  HbS = 25 a 40%  HbA = 60 a 75%
  • 38. Clínica (Geralmente em vigência de ↓ con. de O2)  Hematúria / dor lombar  Infarto esplênico  Resistência relativa ao P. Falciparum  Aos esforços: IA  Homozigotos: ˃ 0.3 a 1.3% dos negros americanos ˃ Hbs > 45%  Clínica: ˃ Desde a infância ˃ Rara nos 1ºs 6 meses ˃ Sem sinais de anemia ˃ Crises de dor óssea ˃ Crises de dor abdominal (abdome agudo não cirúrgico) ˃ Febre ˃ Coma ˃ Litíase vesicular ˃ Osteomielite por samonella ˃ Úlceras da perna
  • 39. TALASSEMIAS ˃ São doenças hereditárias caracterizadas pela alteração da produção de cadeias de globulinas alfa e beta, partes formadoras da hemoglobina. ˃ É uma anemia hipoproliferativa, hemolítica e com deficiência de hemoglobina circulante. Cursa com: ˃ Microcitose não compatível com o grau de anemia ˃ História familiar positiva para talassemias ou com longa história de anemia microcítica ˃ Morfologia celular alterada com: microcitose, acantocitose, células alvo (dianócitos) ˃ Níveis elevados de HbA2 (talassemias alfa) ou F (talassemias beta)
  • 40.  Aproximadamente 98% da Hb circulante é: ˃ Tipo A (2 cadeias alfa e 2 cadeias beta), com 1 a 2% de HbF ou Tipo A2 (2 cadeias alfa e 2 cadeias gama). ˃ Quando há alteração nestas proporções, diagnosticam-se as talassemias, que podem ser alfa ou beta, de acordo com a cadeia alterada.
  • 41. 1. Talassemias Alfa:  Ocorrem por deleção no cromosoma 16, com consequente diminuição de produção de cadeias alfa.  Epidemiologia: ˃ Povos da Ásia, China e em negros  Quadro clínico: ˃ O paciente normal ou portador silencioso não exibe clínica ou alterações laboratoriais significativas
  • 42. ˃ Mutações pontuais no cromossoma 11 resultando na diminuição (beta +) ou ausência (beta 0) de expressão dos genes para a formação das cadeias beta (erros na transcrição de DNA). ˃ O excesso de cadeias alfa resultante levará estas cadeias a uma ligação instável, precipitação e diminuição da efetividade da MO (hemólise intramedular).  Epidemiologia: ˃ Povos mediterrâneos (Itália, Grécia), seguidos por asiáticos e negros  Quadro Clínico: ˃ Anemia severa no 1º ano de vida com início de sintomatologia aos 6 meses (transição HbF HbA). 2. Talassemias beta
  • 43. ˃ Palidez cutâneo-mucosa ˃ Hepato-esplenomegália ˃ Icterícia ˃ Deformidades ósseas ˃ Fraturas patológicas (osteopenia por tentativa compensatória da MO que se torna hiperplásica mas inefetiva pois produz células defeituosas = aumento do éritron). ˃ Este quadro pode ser amenizado com transfusões sanguíneas, que no entanto resultarão em hemocromatose e hemossiderose e deposição em tecidos nobres como fígado e coração, que levarão a óbito por insuficiência hepática ou ICC ao redor dos 20 ou 30 anos. Sinais e Sintomas
  • 44. Laboratório: ˃ Anemia microcítica e hipocrômica ˃ ht de 10% ou menos se não transfundido ˃ Poiquilocitose, células alvo, basofilia, hemacias nucleadas ˃ Eletroforese de proteínas: hba <<< ou 0; hba2 (quantidade variável); hbf >>> ˃ Alteração da função hepática (TGO, TGP, fosfatase alcalina, TAP, albumina sérica) – fase tardia com infiltração sideroblástica no órgão.
  • 45. 7. Anemias Mediadas Por Anticorpos (Ac)  Importante ramificação dentro das anemias . Tipos de AC :  Aloanticorpos: adquiridos em transfusões ou gestação com contato sangue mãe – feto (são os chamados isoAC).  Autoanticorpos: Quentes : ˃ Manifestam-se em temperatura >37ºC ˃ Prova de Coombs direta + ˃ IgG não fixando complemento ˃ Especificidade anti Rh ˃ Resultando em hemólise no baço (portanto hemoglobinemia e hemoglobinúria difíceis de ocorrer). ˃ Gera anemia menos severa
  • 46. Frios : ˃ Manifestam-se em temperaturas <20ºC ˃ Com anemia variável ˃ Fenômenos de Raynaud ˃ IgG fixando complemento (hemólise intravascular = hemoglobinemia e hemoglobinúria) ˃ Crioaglutininas agudas ou crônicas
  • 47. 8. Anemia Hemolítica Auto-Imune I. Primária ou ididopática II. Secundária a: ˃ linfomas ˃ Leucemia linfocítica crônica ˃ Lupus eritematoso disseminado ˃ Tumores (pulmão e rim) ˃ Drogas (metildopa, penicilinas, quinidina)
  • 48. Etiopatogenia: ˃ Modificação dos antígenos (Ag) eritrocitários (não provada no homem) ˃ Ac com reação cruzada (ex: crioAc da pneumonite por Micoplasma) ˃ Insuficiência de controle de autoimunização ˃ Genética (em estudo) Quadro Clínico ˃ Anemia hemolítica ˃ Esplenomegalia discreta a moderada ˃ É doença adquirida Laboratório: ˃ anemia discreta a moderada ˃ esferócitos antes inexistentes ˃ provas de Coombs direta + ˃ doença de base (marcadores tumorais, FAN, célula LE, VHS)
  • 49. Tratamento ˃ Corticóides ˃ Aquecimento (nos casos de AC a frio) ˃ Esplenectomia ˃ Imunosupressores ˃ TMO (para casos refratários aos Ttos Acima)
  • 50.  É uma das anemias hemolíticas com manifestações clínicas tardias decorre da: ˃ Sensibilização alterada ao complemento (fração C3b) ˃ Tem sua atividade aumentada durante as horas de repouso (noite) pela discreta acidose respiratória fisiológica decorrente do sono ˃ A hemólise pode ocorrer continuamente ou em crises, mas sempre após o sono. 9. Hemoglobinúria Paroxística Noturna
  • 51. Quadro clínico / Laboratório ˃ Hemoglobinemia (hemólise intravascular) ˃ Hemoglobinúria e hemossidenúria ˃ Pancitopenia ˃ Teste da sacarose + ˃ Teste de HAM (soroácido) + Patogenia:  Sensibilidade ao C3b do complemento  Diminuição da acetilcolinesterase  Células jovens (mais sensíveis à lise pelo C) Tratamento:  Pode-se fazer transfusão com papa de hemácias lavadas (para diminuir a quantidade de plasma, e consequentemente C, aderida às células) Prognóstico: Anemias Aplásticas e Leucocitoses Agudas
  • 52. Tipo de Anemia Hemograma Esfregaço Bioquímica Exame de Urina Exame de Fezes Ferropénica ↓Hgb, ↓VCM, ↓CHCM, ↑PLQ; (na fase avançada) GV microcíticos/ hipocrômicos Normal Normal se carência alimentar de ferro; - com sangue se causada por perda de sangue Megaloblástica (carência vit B12 a.fólico) ↓Hgb, ↓PLQ, ↑VCM GV macrocíticos/ normocrômic os ↑bilurubi na Normal Normal Diagnóstico Diferencial Laboratorial de Anemia
  • 53. Tipo de Anemia Hemograma Esfregaço Bioquímica Exame de Urina Exame de Fezes Aplástica ↓Hgb, ↓GB, ↓GV, ↓PLQ , Normal Normal Drepanocito se (anemia hemolítica) Hgb 5- 9g/dl; Htc 17- 29%; Leucocitose ↑PLQ GV em forma de alvo; de foice, GV com inclusões no citoplasma, normocrômicos; reticulocitose ↑bil AST, ALT Hematúria visível Normal Perda de sangue ↓ ↓Hgb, ↓GV GV Normocíticos ou macrocíticos e normocrómicos --------- Hematúria se perdas urinárias Presença de sangue se perdas digestivas
  • 54. Referência Bibliográfica Medicina Interna de Cecil, 23a edição Medicina Interna, Diagnóstico e Tratamento, Miguel Matarrama Penate Medicina Interna de Harrison, 18a Edição