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MARCIA BERALDO LAGOS
A MATEMÁTICA E A IMPRENSA ESCRITA
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MARCIA BERALDO LAGOS
A MATEMÁTICA E A IMPRENSI., ESCRITA
Monografia apresentada para
obtenção do título de Especialista
no Curso de Especialização em
Matemática-Dimensões Teórico
Metodológico, no Setor de
Educação da Universidade Estadual
de Ponta Grossa.
Orientadora: prof' Ms. Joseli
Almeida Camargo
PONTA GROSSA
2003
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AGRADECIMENTOS
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Aos meus pais Marcelino (in memorian) e Terezinha que contribuíram desde o início de
minha formação com palavras de incentivos e apoiando-me nos momentos difíceis.
Aos meus irmãos Elton, Neide e Vaneide pelo apoio durante todo o curso e pelas
sugestões dadas.
A professora Joseli Almeida Camargo, pela Orientação precisa e o estímulo constante 110
desenvolvimento deste trabalho.
Ao professor João Domingues Ribas pelo incentivo e paciência no início deste trabalho.
A todos os professores do curso que contribuíram para que este trabalho fosse realizado.
Aos meus alunos do terceiro ano que me mostraram que é possível aprender e ensinar
Matemática, "de forma nova sem cair no convencional", utilizando materiais pouco
convencionais.
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r RESUMO
o presente trabalho tem como objetivo focalizar o Ensino de Matemática via Resolução de
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Situações - problema, utilizando a imprensa escrita como material de apoio didático no Ensino
Médio. Foram levantados para reflexão alguns pontos considerados essenciais para a realização
desta forma de trabalho em sala de aula, como por exemplo, o papel do professor e do aluno no
processo de ensino/aprendizagem da Matemática via Resolução de Situações - problema.
Apresenta-se também, o resultado de um trabalho, envolvendo a imprensa escrita, desenvolvida
com' alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino, na cidade de Colombo, região
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metropolitana de Curitiba - Paraná.
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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS..................... 11
'" RESUMO........................................................................................................................... til
INTRODUÇÃO E JUSTIVICATlCA...................................................................................... 01
CAPÍTULO I - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - ALGUMAS PERSPECTiVAS...................... 03
1.1 Retrospectiva do Ensino da Matemática a Partir do Século Xx............... 03
1.2 Problemas: Algumas Definições ,....... 06
l.3 Resolução de Situações Problemas Enquanto Metodologia.................................... 09
1.4 O Papel do Professor e do Aluno na Resolução de Problemas............................. 13
l.5 Formas de Propor Problemas............. . 16
CAPíTULO n- A IMPRENSA ESCRITA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA...................... 19
2.1 O Jornal na Educação 19
2.2 Objetivos Básicos do Jornal na Educação.. 22
2.3 O Uso de Jornais e Revistas em Sala de Aula......................................................... 25
CAPíTULO m- UM EXEMPLO DE TRABALHO UTILIZANDO A IMPRENSA ESCRITA
COMO RECURSO DIDÁTICO . 30
"
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3.1 Os Primeiros Passos com os Alunos........................................................................ 30
3.2 Sobre as Atividades.................................................... 32
3.3 O Desenvolvimento das Atividades....................... 33
CONSIDERAÇÕES FmAls .,............................................................................................. 55
;...
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ANEXOS , ,.................................... 57
ANExo 1- Programas de Jornal na Educação.. 58
ANExo 2- Bolo Boletim de Leitura Orientada. 59
ANExo 3- Reportagem Malhação Capitalista 60
ANEXO4- Atividade Proposta................... 61
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REFEID:NCIAS BIBLIOGRÁFICAS , , , , , , . 62
BrnLIOGRAFIA COMPLEMENTAR.................................................................................. 65
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
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"Todas as coisas estão tiqadas,
assim. como o sangue nos une a
todos. O homem não teceu a
rede da vida, é ayenas um dós
fíos dela. O que quer que eie
faça à rede, fará a si mesmo. "
(Chefe Seatle)
Os estudos e pesquisas em Educação Matemática se ampliam e constituem uma área de
conhecimento cada vez mais consistente. No entanto, as incorporações desses avanços na prática
das salas de aula mostram-se muito lentos e as mudanças custam-se a realizar.
Uma das formas encontradas de incorporar os avanços da Educação Matemática na
prática em sala de aula foi ensinando matemática via Resolução de Problema, segundo BICUOO
(1999, p.203), a importância dada a Resolução de Problemas é recente e somente nas últimas
r
décadas é que os educadores matemáticos passaram a aceitar a idéia de que o desenvolvimento
da capacidade de se resolver problema merecia maior atenção.
A escolha do tema, "A matemática e a Imprensa Escrita" surgiu da necessidade de
relacionar a Matemática aprendida na escola com o dia-a-dia do aluno. Portanto, buscamos
utilizar um material de apoio didático que contemplasse áreas distintas do conhecimento, como:
revistas, livros, jornais, internet e filmes. Porém como o trabalho seria desenvolvido em uma
escola de periferia e devido à escassez de material optou-se por trabalhar apenas com a imprensa
escrita (jornal e revistas), com o seguinte questionamento: "A utilização de revistas e jornais,
.;...
como apoio didático auxilia no ensino I aprendizagem da matemática?"
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Para elaborar este trabalho, refletiremos sobre duas questões, que serão chamadas de
hipóteses:
l-A imprensa escrita pode ser um apoio didático na elaboração de Situações Problema em
Matemática.
2-A Resolução de Situações Problema enquanto metodologia de ensino aproxrrna a
matemática formal da matemática do cotidiano.
Tais hipóteses contemplaram neste trabalho os seguintes objetivos:
l-Refletir sobre a resolução de Situações Problema como uma metodologia de ensino de
matemática.
2-Refletir como o professor utiliza a resolução de Situações Problema em sala de aula.
3-Propor Situações Problema envolvendo conteúdos matemáticos elaborados a partir de
temas propostos pela imprensa escrita.
Com esses objetivos em foco, este trabalho foi desenvolvido a partir de setembro de
2002, no Colégio Estadual do Jardim Monza - Ensino Fundamental e Médio.
Os capítulos foram organizados da seguinte forma:
No primeiro capítulo algumas perspectivas acerca da resolução de problemas são
apresentadas, fazendo uma análise inicial de como foi o ensino da matemática a partir do século
XX, traz algumas definições do termo "problema", como está sendo vista a Resolução de
Problemas enquanto metodologia e o papel do professor e do aluno nesta concepção de ensino.
No segundo capítulo há uma discussão acerca da utilização da imprensa escrita dentro da
.
educação do ponto de vista da Resolução de Problemas e seus objetivos básicos na educação.
No terceiro capítulo há resultados de um trabalho realizado com alunos do terceiro ano do
ensino médio, onde procuramos colocar em prática o ensino da matemática via Resolução de
Problemas sendo que a imprensa escrita foi o material utilizado como apoio para o
desenvolvimento do mesmo.
3
CAPÍTULO I - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - ALGUl'lAS PERSPECTIVAS
L
".Jl matemática é o alfabeto com
o qual. Deus escreveu o universo. "
(Galileu Galilei)
1.1 RETROSPECTIVA DO ENSINO DA MATEMÁTICA A PARTIR DO SÉCULO XX
Todos os dias a sociedade depara-se com várias mudanças seja no código civil, na
constituição, no código penal, etc. Na educação não foi diferente, houve muitas mudanças no
século XX e com certeza continuarão existindo mudanças no século XXI. Essas mudanças
acontecem devido às necessidades da sociedade que está em constante transformação. Segundo,
BICUDO (1999), hoje caminha-se para uma sociedade de conhecimento que exige de todos "saber
muita matemática", esse é um dos motivos das mudanças no ensino da matemática.
"(..) os movimentos de reorientação curriculares ocorridos no Brasil a partir dos
anos 1920, não tiveram força suficiente para mudar a prática docente dos professores
para eliminar o caráter elitista desse ensino, bem como melhorar sua qualidade. Em
nosso país o ensino de matemática ainda é marcado pelos altos índices de retenção, pela
excessiva preocupação com o treino de habilidades e mecanização de processos sem
compreensão. "(BICUDO, 1999, p.200)
Durante o século XX pode-se identificar no Ensino da Matemática algumas reformas: o Ensino
da Matemática por Repetição, o Ensino da Matemática com Compreensão, o Movimento da
Matemática Moderna e a Resolução de Problemas.
De acordo com BICUDO (1999) no início do século XX o professor era o detentor do
conhecimento cabendo ao aluno ouvir as informações, escrevê-Ias e repeti-Ias através de
exercícios de treinamento em sala de aula ou em casa. O conhecimento do aluno era medido
através de testes, em que, se ele repetisse com precisão as informações repassadas pelo professor
4
determinava que ele havia aprendido. A orientação no ensino de matemática era de que os alunos
deveriam aprender matemática com compreensão, tentando desta forma descartar a concepção de
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o
ensino por repetição. Mas poucos foram os avanços nessa época, em que os alunos deveriam
aprender matemática por compreensão, pOIS professores não eram preparados para
desenvolverem as idéias matemáticas nesta perspectiva. Portanto permaneceu um trabalho que se
resumia no treinamento de técnicas operatórias que seriam utilizadas na resolução de problemas
padrão.
Foi durante essa época, que começou a se falar em resolução de problemas como um
meio de aprender matemática, há referências bibliográficas tais como DEWEY (1896 e 1904)
POLCA (1945) os quals descrevem experiências significati vas enfatizando a resolução de
problemas.
Nos Estados Unidos Herbert F. Spitzer em 1948 começou a desenvolver um trabalho de
aritmética sob a concepção do ensino com compreensão, utilizando situações - problema. Como
ponto de partida no Brasil o professor Luís Alberto S Brasil em 1964 defendia o ensino da
matemática a partir de um problema gerador de novos conteúdos e conceitos. (13ICUDO, 1999,
p.202)
Na década de 1960 surge o movimento "Matemática Moderna", que influencia o ensino
da matemática no Brasil e, em outros países. Esse movimento introduziu a teoria dos conjuntos e
outros tópicos no currículo. Preocupava-se com as abstrações matemáticas e apresentava uma
linguagem matemática universal. Porém, nesta reforma a prática de ensino da matemática não
mudou permanecendo a rnernorização, a repetição de exercícios e a centralização das ações
pedagógicas assumidas pelo professor. Mais tarde veio o fracasso da Matemática Moderna,
segundo TEIXEIRA.
"São anos e anos de domínio da pedagogia tecnicista - clássica... E o movimento
da Matemática Moderna ... Não introduziu ele a teoria dos conjuntos e mais outro.')'
tópicos no currículo? Tudo isso é verdade, porém, acreditamos que a pedagogia do
ensino da matemática nãofoi mudada em sua essência, somente novos conteúdos/oram
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acrescentados, sem modificar a velha memorização, a repetição infindável de exercícios
e o poder de centralização das ações pedagógicas assumidas pelo professor. Lembremos
de uma crítica dos professores: Por que o aluno tem que mostrar que 5 + 7 = 7 + 5?
Isso não leva a nada, como preconizou o próprio fracasso da Matemática Moderna. "
TEIXEIRA, (2002 p.42)
Apesar das críticas à Matemática Tradicional I e ao ensino mecânico da disciplina, a
concepção de matemática continuou inalterada durante e após o movimento da Matemática
Moderna, CURRícULO BÁSICO (1990).
No ano de 1980 iniciam-se vários questionamentos sobre a concepção atua.l do ensino de
matemática e a partir daí, pode-se dizer, que começa a era das situações - problema. O ensino da
resolução de problemas começou a ser investigado sob a influência de POLYA, nos Estados
Unidos, em 1960.
"Em nível mundial, as investigações sistemáticas sobre Resolução de Problemas
e suas implicações curriculares têm inicio na década de 1970. Embora grande parte da
literatura hoje conhecida em Resolução de Problemas tenha sido desenvolvida a partir
dos anos 70, os trabalhos de George Polya datam de 1944 '.'
"(..) O ensino de resolução de problemas limitava-se ao ensino da busca de
solução, tipo treino, num esquema cognitivo estímulo resposta. Posteriormente,
período 60 -80, a preocupação voltou-se para o processo envolvido do problema e,
assim centrando o ensino no uso de diferentes estratégias". (BICUDO, 1999 p.20J-204)
r
Em 1980 é editada nos Estados Unidos, uma publicação do NCTM (National Counci! qf
Teachers os Mathematics), um documento que chamava todas as pessoas e grupos interessados a
se juntarem para buscarem uma melhor educação matemática para todos. O documento constava
de várias recomendações, quanto a Educação Matemática de acordo com B[CUDO (l999), é
importante destacar:
• Resolver problema deve ser o foco da matemática escolar nos anos 80;
• O desenvolvimento da habilidade em resolução de problemas deveria dirigir esforços
dos educadores matemáticos por toda essa década;
I Matemática Tradicional - assim chamada por não incorporar os avanços da Ciência Matemática ocorridos
principalmente no século XIX. Currículo Básico, 1990 p.63
, .,.,~.
6
• O desempenho em saber resolver problema mediria a eficiência de um domínio
,
/ pessoal e nacional, da competência matemática;
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Apesar de todas as discussões, no Brasil e no mundo na década de 1980 o ensino via de
resolução de problema ganhou mais espaço nas escolas, a partir da proposta feita nos PCN's,
1
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1999. O ensino da matemática via resolução de problemas é muito recente, embora seja apontada
como uma metodologia capaz de atingir vários objetivos propostos pelos os PCN's, ainda não
conseguiu atingir a educação como um todo.
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1.2 - PROBLEMAS: ALGUMAS DEFINIÇÕES
,
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Vejamos as seguintes situações:
• A violência urbana presente em nosso cotidiano é um problema a ser solucionado nas
grandes cidades?
• Alcançar um objeto em cima de um armário, pode ser um grande desafio para uma criança
que está aprendendo a subir pequenos degraus?
Nestas duas situações o termo "problema" faz referência a ambas situações em função do
contexto no qual ocorrem, das características e expectativas das pessoas que nelas se encontram
envolvidas. A primeira situação requer todo um cuidado ao ser analisado, pois envolve toda uma
sociedade, podendo surgir outros problemas oriundos da soJução dada. Enquanto que a segunda
situação é individual, envolvendo uma criança e um objeto. Nas duas situações teria que buscar e
organizar os conhecimentos já existentes, e se necessário buscar novos conhecimentos tendo em
vista a resolução do problema apresentado, SILVA (1989).
A busca de caminhos para solucionar situações como estas só irão ocorrer, se o(s)
indivíduo(s) estiver (em) interessado(s) em fazer este investimento Logo o que para nós pode ser
L
7
um problema relevante e significativo pode resultar em trivial ou carecer de sentidos para outras
pessoas, DEL PUY e POZO (1998).
L
Concordo com SILVA, (1989, p.8) quando diz que "a cada problema resolvido é uma
experiência nova que vive e que se incorpora ao que já trazia dentro de nós, fazendo-nos crescer
como pessoa em vários aspectos, dependo do problema que foi superado".
A intenção aqui é refletir sobre o significado do termo "problema" a ser considerado no
ensino da matemática.
Uma definição, com a qual parecem concordar a maioria dos autores descrita por SILVA
(1989, p.9-12) é dada por LESTER,(1983) que diz: "uma situação que um indivíduo ou um grupo
quer ou precisa resolver e para o qual não dispõe de um caminho rápido e direto que o leve a
solução". Segundo SILVA (1989), esses problemas podem ser encaixados dentro de uma
classificação, dada por CHARLES& LESTER.
• Exercícios de Treiuameuto-» são exercícios para o treinamento de determinado algoritmo
já conhecido.
• Problemas de Tradução Simples-» são problemas que para resolvê-los, basta traduzir as
palavras em uma simples expressão matemática.
• Problemas de Tradução Complexa-» este tipo de problema é bastante parecido com o de
tradução simples, mas envolve pelo menos dois passos.
• Problema de Processo-e- as soluções deste tipo de problemas não requerem a aplicação
direta de um algoritmo ou fato matemático, mas sim o uso do raciocínio mais elaborado, que
leve à compreensão e escolha de um caminho a seguir.
• Problemas de Aplicação-» são situações do dia-a-dia , cuja solução, além de requerer o uso
de fatos, conceitos e procedimentos matemáticos, também utiliza-se de conhecimentos de
outra natureza.
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Problemas de Quebra - Cabeça-» este tipo de problema é importante para que os alunos
percebam várias maneiras de atacar um mesmo problema e o valor de analisá-Ia sob
diferentes perspectivas.
Outra classificação é dada por BUTTS (1997, p.33-36), o qual divide o conjunto de problemas
em cinco subconjuntos arbitrários:
1- Exercícios de Reconhecimento;
2- Exercícios de AIgoritmos;
3- Problemas de Aplicação;
4- Problemas de Pesquisa Aberta;
5- Situações Problemas;
Onde:
Exercícios de Reconhecimento ~ é o que normalmente pede ao aluno para reconhecer,
recordar, definir ou enunciar um teorerna, de fato específico.
Exemplo: O triângulo que possui todos os lados com comprimentos diferentes é chamado de
r
Exercícios de Algoritmos -t exercícios que podem ser resolvidos usando um procedimento
passo - a - passo.
Exemplo: Calcule 324 + 54 -- 2J J
Problemas de Aplicação -t a característica desses problemas é que seu enunciado contém uma
estratégia para a resolvê-los, e a manipulação de símbolos através de algoritmos diversos.
Exemplo: O metro quadrado de uma determinada lajota custa R$ 18,50. Quantos metros
quadrados posso comprar com R$ 456,007
Problemas de Pesquisa Aberta -t são problemas, cujo enunciado não há estratégia de como
resolvê-Ias.
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9
Exemplo: Quantos triângulos diferentes podem ser desenhados tendo os dois maiores lados de
comprimento 6 em e 8 em?
Situações Problemas ~ neste conjunto não estão incluídos problemas propriamente ditos, mas
situações nas quais os alunos precisam identificar o(s) problema(s) inerente(s) à situação, cuja
seleção irá melhorá-Ia.
Exemplo: Faça a planta do quarto que você gostaria de ter.
Os três primeiros subconjuntos definidos por BUrTS e CHARLES & LESTER incluindo a
quinta classificação de CHARLES & LESTER, conforme afirma DEL PUY e Pala (1998) servem
para consolidar e automatizar certas técnicas, habilidades e procedimentos necessários para
posterior solução de problemas. Mas dificilmente podem trazer alguma ajuda para que essas
técnicas sejam usadas em contextos diferentes daquelas que foram aprendidas ou exercitadas, ou
dificilmente podem servir para a aprendizagem e compreensão de conceitos. Enquanto que os
últimos subconjuntos servem para ampliar a visão do aluno em relação à matemática levando-o à
aplicação de conhecimentos adquiridos em situações distintas.
CI-fARLES & LEs'rER e BUTTS usam nomes diferentes para classificar problemas, mas
convergem para o mesmo objetivo. As classificações apresentadas levantam vários tipos de
problemas, mostrando a finalidade de cada um deles. Em sala de aula podemos trabalhar com
todos os itens apresentados, porém é importante que saibamos enfatizar mais um tipo do que
outro, conforme a abordagem que estamos dando a resolução de problemas em sala de aula.
1.3 - RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES PROBLEMAS ENQUANTO METODOLOGIA
y
Diante do panorama geral que a educação vem apresentando, segundo MENDONÇA,
(1999, p.IS) é fácil culpar modos de ensino e atitudes dos professores pelas deficiências
apresentadas no desempenho dos alunos. No entanto, a história da Educação Matemática - em
I
r
10
especial das teorias de aprendizagem - tem revelado que as propostas inovadoras não "decolam",
pois a prática pedagógica da sala da aula sempre retoma ao ensino mecanizado priorizando a
j
y-
I
repetição.
Segundo SCIIROEDER& LESTER(1989) no ensino de matemática tem-se pensado de três
I
, maneiras diferentes a resolução de problemas: ensinar sobre resolução de problemas, ensinar a
L
resolver problemas e ensinar através de resolução de problemas. O professor ao ensinar via
resolução de problemas procura ressaltar o modelo de POLYA, que propõe quatro fases
interdependentes: compreender o problema, criar um plano, levar adiante esse plano e voltar ao
problema original. Ao ensinar a resolver problemas, o professor concentra-se na maneira como a
matemática pode ser ensinada e o que dela podemos aplicar na solução de problemas rotineiros e
não rotineiros2
Mesmo sendo importante o conhecimento matemático o essencial nesta proposta
é ser capaz de utilizar a matemática.
BICUOO(1999) escreve sobre a resolução de problemas como um ponto de partida e um
meio de se ensinar matemática Nesta concepção, a resolução de problemas é utilizada para a
construção do conhecimento onde eles são propostos ou formulados de modo a contribuir para a
formação de conceitos antes mesmo da sua apresentação em linguagem formal. Na década de
1990 a resolução de problemas como metodologia de ensino passa a ser o lema de várias
pesquisas e estudos na área de ensino
,
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Ensinar matemática através da resolução de problemas é poder transformar problemas
rotineiros em não rotineiros. Segundo MENDONÇi (1999), o processo de apr~ndizagem via
resolução de problemas pode ser um convite à exploração /discussão de modo a organizar
/construir o conhecimento do aluno em vários níveis de complexidade.
A resolução de problemas precisa ser desafiadora, um problema deve ser formulado para
aguçar a curiosidade dos alunos, proporcionando a elaboração de um ou vários procedimentos, à
'~
11
medida que o aluno for aprofundando na resolução do problema a compreensão do conteúdo
torna-se mais ampla e rica ea sua habilidade em usar a matemática em vários contextos aumenta
consideravelmente.
Na década de 1980, no Brasil, começa-se a questionar o ensino da matemática, através de
um Programa de Etnomatemática, proposto por Ubiratan D' Ambrósio.
"(..) um programa de pesquisa no sentido lakatosiano que vem crescendo em
repercussão e vem se mostrando uma alternativa 'válida para um programa de ação
pedagógica ':
"(..) liberar-se do padrão eurocêntrico e procurar entender, dentro do próprio
contexto cultural do indivíduo, seus processos de pensamento e seus modos de explicar,
de entender e de se empenhar na sua realidade" (D' AMI3RÓSIO - 1993, p. 6).
Estudos feitos pela comunidade da Educação Matemática e os PCN's (Parâmetros
Curriculares Nacionais) apontam a resolução de problemas como uma metodologia capaz de
proporcionar ao aluno uma formação mais geral, que busca o desenvolvimento da capacidade de
criar, formular. Estes foram os princípios básicos que orientaram a reformulação curricular do
ensino fundamental e médio e que expressa a nova Lei de Diretrizes e Bases Educacionais -
9394/96.
A resolução de problemas nos PCN's é entendida como um ponto de partida de
atividades matemáticas, discutindo caminhos para fazer matemática na sala de aula, destacando-
se as Tecnologias e a Comunicação.
c...) "a presença da tecnologia nos permitem afirmar que aprender Matemática no
Ensino Médio deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência e que a
aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada ao domínio de um saber
fazer Matemática e de um saber pensar Matemática." PCN's -Ensino Médio (1999 p.84)
(...) "a utilização de produtos do mercado de informação, tais como: revistas, jornais,
livros, CD-ROM, programas de rádio e televisão, home-pages, sites, correio eletrônico,
além de possibilitar novas formas de comunicação gera novas formas de produzir o
conhecimento". PCN' s Ensino Fundamental (1998 p.13 5-136).
Nesta perspectiva o aluno deve ser orientado para que possa construir o seu próprio
conhecimento e nós, professores, devemos vê-los como seres pensantes, capazes de
2 Problemas não rotineiros: São problemas que envolvem situações abertas ou novas, a solução desses problemas
representa paro o aluno uma demanda cognitiva e motivacionaJ maior do que a execução de exercícios, pelo que,
12
interpretarem e de se lembrarem de fatos baseados em seu conhecimento e em suas experiências
cotidianas.
Para POLYA (1965) resolver problemas é muito importante para se fazer matemática, é
"ensinar o aluno a pensar". Nesta concepção de resolução de problemas como metodologia, o
aluno aprende matemática resolvendo problemas e também aprende para resolver problemas,
afirma BICUDO (1999). Esta concepção de ensino não é mais um processo isolado é fruto de um
processo amplo, que se faz por meio da resolução de problemas buscando tudo o que havia de
bom nas demais concepções de ensino.
A resolução de problemas como metodologia de ensino não domina a ação pedagógica
nas nossas escolas, devido à falta de profissionais qualificados, restrições ligadas à condição de
trabalho, ausência de políticas educacionais efetivas e interpretações equivocadas de concepções
pedagógicas.
...:
Entre os maiores desafios para a atualização pretendida 110 aprendizado de
Ciência e Tecnologia, 110 Ensino Médio, está a formação adequada de professores, a
elaboração de materiais instrucionais apropriados e até mesmo a modificação do
posicionamento e da estrutura da própria escola, relativamente ao aprendizado
individual e coletivo e a sua avaliação. PCN's Ensino Médio (1999, p.98)
(...) a leitura dos pareceres sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental - tanto referentes aos documentos para o primeiro e o segundo
ciclos, como referentes aos terceiros e quarto ciclos um ponto em comum se destacou:
todos os pareceristas afirmam que a reorientação da formação dos professores é
condição essencial para que o Ensino da Matemática em sala de aula realmente se
transforme e para que a implementação de propostas contidas em documentos como os
PCN's possa ocorrer, de fato. PIRES) (1998, p.9)
~'
Grande parte dos professores são frutos de uma educação que inibi o pensamento crítico e
J criativo, por isso talvez não conseguem lidar com a responsabilidade que Ihes é reservada, a de
"recriar" sua prática pedagógica. Torna-se necessário superar as limitações, colocar em ação a
força de vontade e a capacidade criativa do professor para executar as tarefas propostas, pois
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muitas vezes, os alunos não estão habituados a resolver. Pozo (1998 p. 17)
3 PIRES. Célia Maria Carolina: Membro do Comitê Assessor Nacional do Pró-Matemática e autora dos Parâmetros
curriculares Nacionais de Matemática.
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1
13
todo professor possui uma bagagem de conhecimentos a partir dos quais pode inovar sua prática
pedagógica.
Uma das barreiras a ser vencida pelo professor é saber "propor" situações - problema,
pois a maioria dos problemas que são propostos nos livros didáticos, principal recurso didático
utilizado. pelos professores, possuem características que se repetem no processo de resolução,
criando assim, procedimentos padronizados a serem utilizados na resolução de problemas
semelhantes. Deixam de ser problemas e passam a ser apenas exercícios, uma vez que dispõem e
utilizam mecanismos que levam imediatamente à solução.
A resolução de problemas vai além de algoritmos e operações, o problema matemático
precisa ser desafiador, não podendo ser resolvido de imediato, deve ser formulado para aguçar a
curiosidade dos alunos, proporcionando a elaboração de um ou vários procedimentos de
resolução, podendo haver comparações de outros resultados obtidos para validar os
procedimentos.
Ao se propor à utilização da resolução de problemas como uma metodologia de ensino,
. ....1
este deve ser proposto em qualquer momento do desenvolvimento de um conteúdo, existindo
sempre, um planejamento para o trabalho a ser desenvolvido.
1.4 - O PAPEL DO PROFESSOR E DO ALUNO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Em vários momentos falamos que os alunos devem construir o seu próprio conhecimento,
serem ativos em sala de aula, porém os professores devem ser tão ativos quanto os alunos
(SILVA, 1989)
Segundo SILVA, sobre o professor e o aluno ativos em sala de aula, PIAGET afirma:
"(..) A primeira dessas condições é naturalmente o recurso aos métodos ativos,
conferindo-se especial relevo à pesquisa espontânea da criança ou do adolescente e
exigindo-se que toda a verdade a ser adquirida seja reinventada pelo aluno, 011 pelo
menos, reconstruida e não transmitida ".
14
"(..) É evidente que o educador continua indispensável, a título animador, para
criar situações e armar os dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas úteis à
criança, e para organizar, em seguida, contra -exemplos que levem à reflexão e
obriguem ao controle das soluções demasiadas apressadas. (..)" (SILVA, 1989, p.29)
~'.
,-i
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, sugere-se que o papel do professor nesta
nova concepção de ensino seja:
• Mediador - promova debates acerca de procedimentos adotados e diferenças encontradas,
orientar e reformular soluções e valorize as soluções adequadas;
• Facilitador - fornecer informações, textos e materiais, que os alunos não conseguirem
encontrarem sozinhos;

r-' • lncentivador - estimular a cooperação entre os alunos;
• Avaliador- estar sempre atento para as atividades, verificando se está atingindo os objetivos
ou se é necessários reorganizar as atividades pedagógicas de maneira a atingi-los;
• Organizader - conhecer seus alunos (as condições socioculturais, as expectativas e o nível
de conhecimento deles) e escolher problemas para trabalhar em sala visando atingir os
objetivos no decorrer das atividades;
Esta nova postura vai fazer com que os professores mudem a dinâmica em sala de aula,
que em geral, são feitos de respostas ao invés de perguntas, afirma MENDONÇA, (1999). Como
FREIRE (1986), "o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada".
No ensino via resolução de problemas, o professor pode interpretar a sua utilização de
três formar diferentes: como objetivo, como um processo ou como um ponto de partida,
MENDONÇA (1999 p. 16-17)
• Como um objetivo: significa ensinar matemática para resolver problemas, após a exposição
da teoria, propondo problemas mais ou menos engenhosos.
• Como um processo: significa olhar para o desempenho do aluno como resolvedor, levá-Io a
enfrentar problemas de modo a desenvolver o seu potencial heurlstico.
15
• (amo ponto de partida: é tomar o problema como recurso pedagógico. apresentando-o no
início da aprendizagem. destinado a construção do conhecimento pelos alunos. Essa
.) interpretação contraria a primeira mais engloba a segunda. ao menos parcialmente. O
essencial em ambas é a interação professor/aluno e aluno/aluno na qual as idéias e as
sugestões dos alunos têm um papelfundamental na aprendizagem.
Portanto, falamos que as sugestões dos alunos têm um papel fundamental para a
.,
aprendizagem é porque perguntar, problematizar, formular problemas a partir da realidade do
aluno passou a ser o centro das atenções da Educação Matemática. O professor precisa estar
atento para os comentários dos alunos, para situações onde eles desenvolvam uma discussão
sobre determinado assunto e assim perceber o potencial de discussão/problematização para
encaminhar um processo de formulação de problemas matemáticos. São comentários que podem
vir desde uma peça de teatro, história em quadrinhos, nota no jornal, reportagem política ou até
uma simples "pelada?".
Neste trabalho o professor está mudando de comunicador de conhecimento para o de
observador, organizador, consultor, mediador, interventor, controlador e incentivador da
aprendizagem. Ao lançar questões desafiadoras estará levando os alunos a pensar e apoiarem-se
uns nos outros para atravessarem as dificuldades, afirma BIClJlJO,(1999).
Os alunos devem ser preparados com antecedência para essas dificuldades que irão
enfrentar ao resolver problemas que saem fora do padrão que foram acostumados. Neste
momento o professor pode trabalhar algumas estratégias de resolução de problemas que irá
proporcionar ao aluno uma maior segurança no trabalho que deverá desempenhar Vários autores
escreveram sugestões de fases que os alunos devem passar para resolver um problema, entre
eles, temos: 1. DEWEY, 1910, G. W ALLAS 1926 G. POLYA 1975. As fases de POLYA, estão
presentes nas sugestões de vários outros autores, segundo ele é preciso:
4 Pclacta: possui vários significados, no texto, quer dizer "Jogo de futebol ligeiro, sem importância, em geral entre
garotos ou amadores". Que se realiza em campo improvisado - Dicionário Aurélio
16
• Compreender o problema: o aluno reúne informações sobre o problema e pergunta: O que
se quer, o que é desconhecido? O que se tem, quais são os dados e as condições?
• Delinear um plano: o aluno procura valer-se da sua experiência com outros problemas para
encaminhar a solução e pergunta: Conheço um problema corre/ato que já foi antes
resolvido'! É possível utilizá-lo? Deve-se introduzir algum elemento auxiliar para tomar
r
possível a sua utilização?
• Colocar em execução o plano: o aluno experimenta o plano de solução conferindo cada
passo.
• Olhar retrospectivamente: o aluno deve examinar a solução obtida. lt posslvel chegar ao
resultado por um caminho diferente? É possivel utilizar o resultado, ou método, em algum
outro problema? (CADERNO CATARINENSE DE ENSINO DE FÍSICA, 1997 p.232-233.)
Estas fases quando trabalhadas em sala de aula proporcionam aos alunos uma
compreensão melhor dos problemas e ao professor meios de conduzir as aulas de modo atingir os
objetivos do ensino da matemática através da resolução de problemas, assim contribuindo para a
formação de um cidadão crítico e atuante na sociedade.
1.5 - FORMAS DE PROPOR PROBLEMAS
A resolução de problemas é um recurso bastante utilizado em praticamente todos os
níveis da escolarização A maioria dos problemas, que vêm descritos nos livros didáticos, possui
características que se repetem no processo de resolução, criando assim" procedimentos
padronizados para serem utilizados na resolução de problemas semelhantes que para DEL PUY e
Pozo, (1998), deixam de ser problemas e passam a ser exercícios, uma vez que dispõe e utilizam
mecanismos que levam, de forma imediata, à solução.
Os problemas na maioria dos livros didáticos são trabalhados no final de cada capítulo.
Porém, a proposta da Educação Matemática ao usar resolução de problemas como um recurso
17
pedagógico, é de usá-los em qualquer momento da explicação do conteúdo.O professor tem a
;
- liberdade de escolher e planejar como irá realizar este trabalho, deixando claro o objetivo que
pretende alcançar utilizando a resolução de problemas. Nos livros didáticos a maiona dos
problemas propostos encaixa-se nas três primeiras classificações dada por BUTTS
5
, pois no
ensino atual de matemática trabalha-se quase que exclusivamente o conhecimento dos fatos, de
algoritmos e da matemática em geral que cada aluno possui (SC1IOENFELD, 1985 e FERNANDES,
1989). As apostilas também não ficam fora desse ensino que traz problemas no final de cada
unidade, DEL PUY e Pozo (1998), afirmam serem exercícios, só que agora chamam de exercícios
propostos ou atividades complementares.
Os problemas parecem ter ficado mesmo a cargo dos professores, que podem levar para a
sala de aula um tema previamente escolhido, pode ser uma situação já trabalhada e fazer a
inversão do mesmo,jogos matemáticos, quebra-cabeças, propor perguntas relacionadas a algum
objeto matemático antes de dar o enunciado do problema, problemas extravagantes (BUTTS,
1997)
Veja um exemplo de problema extravagante dado por Burrs, (1997, p.44). Dois piratas
estavam enterrando seu butim em uma ilha, com a guarda -costeira em perseguição
inclemente. Perto da praia havia duas rochas grandes e uma palmeira solitária. Barba-azul
.,.. A saiu de uma das rochas e, caminhando ao longo da reta perpendicular à reta pela roeha e
a palmeira contou em passos uma distância igual àquela entre a rocha e a palmeira.
Barba-azul B fez uma coisa semelhante com relação à outra rocha e à pahne~r·a. Eles então
caminharam um em direção ao outro e enterraram o tesouro no meio do caminho. Dois
anos mais tarde, os piratas voltaram à ilha para desenterrar o tesouro, mas descobriram
que a palmeira não estava mais lá. Como eles poderiam proceder para encontrá-lu?
5 ver capitulo I - Problemas: algumas definições
18
Os professores podem ainda dividir essa tarefa de elaboração de problemas com os
alunos. Pedindo que elaborem problemas a partir de uma brincadeira, de uma manchete de
jornal, de um tema escolhido pela turma ou pelo grupo de trabalho ou simplesmente que
inventem, de acordo com o gosto individual, problemas que podem ser trabalhosos ou não para
serem resolvidos Como mostra MANUEL (1994), um grupo de alunos inventou um problema
sobre a capacidade de memória de um computador, a quebra e o conserto de diversas placas e o
preço de conserto. Onde a solução envolvia tantos cálculos que nem os próprios autores tiveram
paciência para resolvê-Ia Para MANDEL (1994), ao propor a elaboração de problemas, os alunos
são levados a pensar na linguagem que usam, serão mais críticos em relação aos problemas
elaborados pelos colegas promovendo assim um melhor entendimento de qualquer leitura que
fizerem e com o passar do tempo os problemas tornam-se mais interessantes e criativos.
19
CAPÍTULO II- A IMPRENSA ESCRITA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA
"Se a ciência busca a
compreensão e a explicaçâo de
fatos e fenômenos que ocorrem.
com o homem. e com. a natureza,
o jornal. apresenta. estes fatos,
yossíbí{ítanáo situá-Ios no
contexto, na importância e na
apiicahiiidade. "
(Sílvia Costa)
2.1 - O JORNAL NA EDUCAÇÃO
Nos últimos anos a precariedade na educação, a desigualdade social e econômica vem
crescendo em todo o Brasil, fazendo com que o jornal tenha um papel revolucionário na
educação melhorando o nível de competência dos professores e contribuindo para a formação
dos alunos, afirma ALMUDA
G
Os programas de jornal na educação existem há mais de vinte anos no Brasil, mas só nos
últimos anos é que vem ganhando espaço nas discussões da comunidade escolar e também na
ANJ (Associação Nacional dos Jornais). Há uma conscientização de que o futuro da imprensa
escrita depende muito das estratégias adotadas pelas empresas em preparar o leitor do futuro,
melhorando os índices nacionais de instrução e também a formação do hábito da leitura de
jornais, adquiridos em geral nos momentos mais críticos na vida das pessoas. (ANI, 2003).
6 ALMEIDA, Maria A. Borelli - coordenadora do Subcornitê Jornal na Educação da Associação Nacional dos
Jornais, numa palestra sobre a "Importância do Jornal na Educação", durante a comemoração das 10 do Correio
Escola, programa do Correio Popular, de Campinas/SP - 2003
20
Dentro do contexto brasileiro a ANJ destaca algumas maneiras de adquirir o hábito da
leitura:
• A familiaridade com a imprensa (desde a infância a partir da experiência doméstica com
adultos que já o possuem);
• A necessidade de informações diversificadas e de atualidades em virtude do vestibular e em
v' função da atividade profissional;
• Atividades escolares com o apoio de jornais;
No Brasil o pioneiro nessa área foi o jornal O Globo com o programa: Quem Lê Sabe
Mais, criado em 1982 por Péricles de Barros, Seguidos de outros jornais que também estão
j
contribuindo para a formação de novos leitores e dando a oportunidade a estudantes de todo o
país a terem acesso ao jornal. Segundo ANJ os programas mantiveram-se estáveis entre 2000 e
2002.
;;1
·.i
Veja a evolução dos Programas de Jornal na Educação em todo o país na tabela abaixo.
L
Ano Jornal com Escolas Alunos
programa participantes Atendidos
1994 20 4.300 1.700.000
1995 27 5.500 1.850.000
1996 28 6.500 2.200.000
1997 31 7.000 2.700.000
1998 35 7.500 3.000.000
1999 36 7.900 3.200.000
2000 38 8.500 3.500.000
2001 37 8.500 3.500.000
Fonte: Associação Nacional de Jornais (ANJ)
.~;
Os resultados dos programas de jornal na educação têm sido comemorados e incentivados
pelos vários cantos do país, segundo BELÉM
7
, do jornal de Goiânia O Popular, o maior
responsável pelo sucesso e pelo crescimento do número de programas nas escolas é o professor
apaixonado pela profissão e aberto a novas possibilidades. Ele é o melhor mediador que o jornal
7 BELÉM, Valéria - editora do AJmanaque, membro do subcomitê de Jornal na Educação da ANJ, coordenadora do
Programa Almanaque Escola e escritora - 2003.
21
poderia ter junto à escola, facilitando a entrada do jovem no mundo das letras, que devem ser
absorvidas no interior de cada um.
Em vários países, encontramos a presença da imprensa escrita na escola, seja uma
"iniciativa individual ou em conjunto. Nos Estados Unidos existe o NlE (Newspaper In
Educalion), atualmente com mais de mil jornais atuantes. Na França existe CLEMI (Centro de
Ligação do Ensino e dos meios de Informação). Na Argentina há um programa de repercussão
nacional - EI Diário em Ia Escuela - coordenado pela Associação dos Diários do Interior da
República Argentina (ADIRA), que realiza um congresso anualmente de repercussão
internacional - Los Medias de Cominicacián y Ia Educacion - conforme descreve Sílvia Costa.
No Brasil existem vários jornais'' que desenvolvem programas semelhantes aos existentes
. ,..J
no exterior (ver anexo 1 - Programas de Jornal na Educação). O jornal O Globo do Rio de
Janeiro e Zero Hora de POItOAlegre foram os primeiros a desenvolverem um programa voltado
J
para a educação .
..J
Os programas fornecem às escolas determinadas cotas de jornais, sem ônus e também
: J
·>1 orientação quanto ao uso pedagógico. Esta orientação pode ser através de uma pessoa, que
j
geralmente é o coordenador do programa ou de um material escrito associado a um material de
1.
apoio didático de qualidade, visando orientar o uso do jornal em cada uma das disciplinas do
currículo escolar.
O Jornal Gazeta do Povo, no Paraná desenvolve o programa, Ler & Pensar, já
implantado em algumas escolas de Curitiba e Região Metropolitana, oferecendo uma cota de
.~
jornal aos colégios participantes do programa e um boletim informativo aos professores, (ver
anexo 2 - BOLO - Boletim de Leitura Orientada) e cursos para que o professor possa aproveitar
melhor o jornal em sala de aula.
f
-.1
8 Segundo a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) atualmente 40 jornais no país desenvolvem programas de Jornal
na Educação.
22
Poucas escolas adotam os programas, pOIS nem sempre contam com professores
.<.j
. "} preparados para desenvolverem os trabalhos propostos e os investimentos do governo ainda são
muitos pequenos. Segundo COSTA (2000, p.17), somente o governo do Distrito Federal financiou
assinaturas de jornais diários para os alunos das escolas do ensino fundamental e médio da rede
pública. O financiamento partiu da Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), que
também foi o responsável pelo treinamento dos professores.
2.2 - OBJETIVOS BÁSICOS DO JORNAL NA EDUCAÇÃO
A dificuldade em estimular os alunos a aprenderem matemática em uma sociedade onde
as informações estão por todos os lados e a maioria dos livros didáticos são ultrapassados e
escritos no modelo tradicional não é uma tarefa fácil. Não se trata de negar a qualidade de muitos
livros didáticos, mas a didática precisa ser envolvente, como afirma CILALlTA
9
CoRRf'~ (1992, p.30) em suas pesquisas percebe que materiais como textos didáticos,
paradidáticos, revistas especializadas e jornais, dependendo de como e quando são utilizados,
revelam-se em excelentes recursos didáticos, auxiliando no desenvolvimento cognitivo do aluno.
São materiais que podem ser trabalhados desde as séries iniciais até as classes universitárias.
A imprensa escrita é um material que aos poucos vai substituindo os livros didáticos,
afirma CORRÊ!. (1992, p.30), pOIS contém informações atualizadas que vão gerar
questíonamentos, extrapolando os limites semânticos do texto e permitindo. que o aluno
estabeleça relações, faça analogias com o seu cotidiano criando situações matemáticas para a
construção de conceitos. A utilização da imprensa escrita como recurso pedagógico engloba os
aspectos descritos por SCHOENfELD (1985 a) e FERNiNDES (1989), acerca da resolução de
problemas.
9 Gabriel Chalita=- professor universitário e escritor - Revista Veja Jovens - Setembro de 200 I
~
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4'"'
.,...
I
~
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r
23
(a) Conhecimento dos fatos, de algoritmos e da matemática em geral que cada aluno
possui;
(b) Conhecimento de estratégia de resolução de problemas, também conhecidos por
estratégias heurí sticas Io;
(c) Conhecimento de estratégias de verificação (controle) , que têm haver com a forma
como o indivíduo utiliza e gere as informações que está ao seu alcance;
(d) Sistemas de concepções / pré-conceitos que se relacionam com a visão que cada um
tem de si próprio, da matemática, dos problemas e do mundo em geral;
Os textos jornalísticos trazem uma contribuição diferenciada, pOIS promovem debates,
incentiva opiniões e questionamentos, propiciando ao aluno estabelecimentos de relações
matemáticas mais amplas, resgatando conceitos já estudados e levando-os a construção de novos
conceitos.
A imprensa escrita é um recurso didático recente com pouca bibliografia, mas que vem
ganhando espaço em todas as áreas da educação. Segundo COSTA (2000, p.I8), as próprias
diretrizes dos Parâmetros Curriculares elegeram o jornal como principal ferramenta que
possibilita à escola viver a realidade, quando citam a necessidade dos professores utilizarem os
''textos do mundo".
O jornal não é um livro didático pOIS estaríamos voltando à etapa inicial, que é a
utilização de livros didáticos, e não conseguiríamos atingir o objetivo do Jornal na Educação que
é despertar o interesse do aluno pela busca de informações e a formação de habilidades e atitudes
decorrentes da prática de leituras.
A dinâmica do jornal possibilita a reciclagem cultural do professor e do aluno levando
ambos a quebra de rotina e a atualização permanente.
10 Heuristica: Método de perguntas e respostas usado para encontrar a solução de problemas que, embora não
rigorosos, geralmente refletem o conhecimento humano e permite obter uma solução satisfatória. - Dicionário
Aurélio - 2000
·1
2.3 - O USO DE JORNAIS E REVISTAS EM SALA DE AULA
.;
'. ~
;)
O jornal é um veículo de informação diária desempenhando o papel de formador de
opiniões. O que se pretende com os programas de jornal na Educação é criar uma consciência
crítica nos alunos de forma que ao desenvolver esses programas os jornais alcancem vários
objetivos dentro da escola, tais como:
• Desenvolver a empatia a/uno <Jornal, possibilitando ao leitor em potencial
manipular o material concretamente e sefamiliarizar com ele:
1-
•
•
i
Desenvolver o gosto e o hábito de leitura dejornal;
Estimular o aluno a se manter informado sobre assuntos de interesse particular
e comunitário;
• Estimular o aluno à discussão de sua realidade, desenvolvendo o espírito
crítico, pensamento lógico e criativo, tendo em vista a formação do cidadão
consciente e participante;
• Possibilitar ao aluno e ao professor o enriquecimento de seu universo
existencial, inteirando-se do que se passa em outras regiões, nos mais diversos
setores da atividade humana, através do jornal e das pesquisas que ele suscita;
•. Viabilizar a utilização do jornal como recurso de apoio didático para todas as
disciplinas curriculares;
• Promover a integração entre o currlculo escolar e a realidade do dia-a-dia;
• Incentivar a aproximação familiar, tornando menor à distância entre as
gerações dafamilia, através de discussão de temas comum;
26
• Conscientizar e promover o exercício da cidadania, discutindo os problemas da
comunidade e buscando soluções;
• Atender à proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais ~. peN's, que
indicam a utilização dos 'Textos do Mundo ", nas salas de aliIas;
• Desenvolver o processo de aprendizagem, exercitando as capacidades
operacionais da mente do aluno possibilitando uma postura de pesquisa,
critica a atuação bem fundamentada, coerente e construtiva (COSTA, 2000
:~
p.16).
Atingir todos esses objetivos não é urna tarefa fácil, mas para CAVALCANTI (J 999,
p.45) não estamos apenas formando cidadãos inteligentes, mas cidadãos com capacidade de
serem criativos e de solucionarem problemas
Para propor atividades utilizando jornais e revistas, é necessário que professor e aluno
coletem vários artigos, montando assim uma herneroteca':'. Quando as atividades precisarem de
t.
um jornal do rua, dependendo do contexto, o professor poderá solicitar que os próprios alunos
tragam esses jornais.
Segundo CAVALCANTI, (1999, p.48) ao estabelecer o uso do jornal é importante que os
alunos conheçam a organização de um jornal, para facilitar a leitura de forma que ele já irá
selecionando o tipo de matéria que mais lhe interessa.
As atividades com jornal despertam novas experiências provocando uma prática
inteniisciplinar, trazendo resultados positivos para os estudantes e também para.os professores
quando possuem caráter lúdico - pedagógico. Podem ser elaboradas atividades de caráter social,
que também é importante no espaço da sala de aula. Destacamos a seguir algumas atividades
com caráter lúdico - pedagógico matemático, segundo CAVALCANTI (1999 p. 71- 87).
12 Seção da biblioteca em que se colecionamjomais s revistas- Dicionário Aurélio
'.1
27
l-FEsTA SURPRESA
Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
Procedimento: o grupo realizará uma festa surpresa para outros grupos.
- listar o que necessita para a festa;
- fazer um orçamento especial para a festa;
-procurar no jornal os preços dos alimentos necessários;
- calcular o valor que será despendido;
- determinar o valor que cada um deverá contribuir
O grupo poderá usar e abusar da criatividade para a elaboração da festa.
2-IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
Procedimento: relacionar produtos que são importados e exportados
Relacionar os países que estão importando esses produtos brasileiros e países dos quais o
Brasil importa. Recortar notícias sobre a qualidade dos produtos ern questão, analisando-os.
3-PROBLEMAS SOCiAiS
Material: jornal, cola tesoura, papel, hidrocor, material de a/1es.
Procedimento: as seções de notícias dos jornais abastecem-nos com suas reportagens diárias e
artigos sobre problemas enfrentados por nossa sociedade. Os jornalistas podem oferecer suas
interpretações sobre o assunto em discussão e suas propostas de solução nas páginas do editorial.
Ler o jornal, escolher um assunto ou problema de seu interesse
Usando o jornal como a principal fonte de informação, escrever um texto que inclua o
seguinte:
Qual poderia ser a situação ideal com respeito a esse assunto ou problema? Qual a
situação atual?
Que informação encontrou no jornal relativas ao assunto?
-.,.:
28
Identificar as várias soluções possíveis para o problema, de maneira que puder.
Certificar-se de que considerou as conseqüências positivas e negativas de cada solução.
Descrever qual seria a melhor solução. Ela pode ser implementada?
Como poderia avaliar o sucesso dessa solução')
.,
4- OBSERV A1'IDO o TEMPO
Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
Procedimento: comparar notícias de jornal com mapas que identifiquem temperaturas, chuvas,
umidade e verificar se estão coerentes com a estação do ano.
Verificar a freqüência das chuvas e o fluxo econômico de certas cidades (implicações no
turismo, na agricultura, etc).
'~
, Criar um cartaz que exponha os problemas dos morros a respeito das chuvas.
.5- CALCULANDO COM O JORNAL
Material: jornal.cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
Procedimentos: montar uma loja ou feira, utilizando gravuras e operacionalizar seu
funcionamento.
Montar tabelas de preços, à vista ou a prazo;
Efetuar vendas fictícias dos produtos anunciados;
Calcular os descontos para compras feitas à prestação;
Resolver desafios do tipo "quem compra mais". Exemplo: Todos os grupos deverão ter à
mão tabelas de preço dos mesmos produtos anunciados no jornal. Uma pessoa dev~rá representar
o papel do professor e determinar uma quantia disponível para a "compra" dos produtos.A um
sinal do "professor", o restante do grupo deverá Iistar todos os produtos da tabela que poderão
ser comprados com a quantia estipulada. Ganha quem conseguir listar maior número de produto.
6- A MATEMÁTICA DOS ANÚNCIOS
Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
29
Procedimentos: a partir de anúncios de alimentos, montar uma cesta básica. Compare o preço
.f
dos produtos oferecidos. Faça operações básicas como somar, dividir, subtrair, multiplicar.
Explore o valor nutritivo dos alimentos da cesta básica. Discuta o tipo de alimentação adequada
a sua região e o acesso da população a ela. Confeccione com o jornal a sua cesta básica. Use e
abuse da criatividade.
7- MONTANDO UMA AGÊNCIA DE EMPREGOS
Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
Procedimento: montar uma agência de empregos. Anunciar no jornal os serviços prestados,
preços e profissionais. Onde anunciar? A que classe social pertencem às pessoas que procuram
tais serviços? Como realizar troca de serviços na comunidade?
Há várias outras atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula que certamente
vão surgir no desenvolvimento de cada atividade realizada, que deverá ir provocando os alunos,
possibilitando ao professor aumentar os níveis de discussão em sala.
30
-J
CAPíTULO III - UM EXEMPLO DE TRABALHO UTILIZANDO A IMPRENSA ESCRITA COMO
RECURSO DIDÁTICO
"o jorna[ é um iivro diário que
coloca frente os nossos olhos todos
os dias uma yorção de todas as
culturas do mundo. Nesse yonto
chega a modificar radicalmeru:e
a tendencia da. imprensa. em
acentuar tão somente a cuitura.
riacional: "
(Marshall McLuhan ln Teoria da Cultura de Massa, Jl.152)
3.1 - OS PRIMEIROS PASSOS COM OS ALUNOS
Duas turmas do terceiro ano do ensino médio (com aproximadamente 25 alunos em cada
uma) foram escolhidas para o desenvolvimento do trabalho, que estavam na faixa etária, entre 17
e 25 anos. Ambas as turmas pertencem à rede pública de ensino, no período noturno, na cidade
de Colombo, cidade metropolitana de Curitiba. A escolha das turmas foi aleatória, dentre as seis
turmas do colégio que estavam sob minha responsabilidade no ano de 2002.
Já venho trabalhando com turmas do ensino médio a aproximadamente cinco anos, em
geral trabalho com aulas expositivas, utilizando livros didáticos como guia para as atividades.
Buscando melhorar a prática pedagógica e a forma de melhor conduzir os trabalhos em sala de
aula para assim poder incentivar os alunos, principalmente àqueles que estudam no período
noturno e moram na periferia que visivelmente acreditam não conseguir uma oportunidade
melhor, a repensarem suas posições na sociedade uma vez que as mudanças dependem de nós.
31
A proposta de trabalhar com: artigo de revistas e jornais em sala de aula foi realizado em
:.,!
duas turmas de maneiras diferentes, para posteriormente estabelecer uma comparação visando à
"~
busca da melhor forma de aplicação das atividades. Não havia intenção de trabalhar um conteúdo
específico do terceiro ano do ensino médio, mas sim de rever conteúdos já trabalhados durante o
ano e dos anos anteriores, p01S estava para imciar naquele momento o quarto bimestre e a
preocupação dos alunos era em obter o "diploma," devido a pressões profissionais e sociais (uma
vez que a sociedade exige o término do ensino médio), e poucos iriam tentar um vestibular.
Portanto, parte das atividades consistia em interpretação e matemática básica, tendo em vista as
preocupações de cada aluno, a proposta foi muito bem aceita pelos alunos.
Ainda na primeira aula decidimos, que as atividades seriam realizadas em grupos, os
alunos tiveram a liberdade para formar os grupos conforme a preferência de cada um.
o trabalho não seria sentar junto e cada um fazer a sua atividade, mas todos os
participantes poderiam e deveriam dar as suas opiniões, caso fossem diferentes e não chegassem
a nenhum consenso poderiam escrever ambas as opiniões nos espaços reservadas para a solução.
Essa explicação tomou toda a aula, mas foi necessária para que não ficasse nenhuma
dúvida entre os alunos.
Como foi colocado inicialmente, a proposta de trabalho foi realizado com duas turmas
diferentes, que vamos identificá-Ias por turma A e turma B. A reportagem (ver anexo 3 -
i
.~
Reportagem: Malhação Capitalista) escolhida foi determinada peja professora.
Na turma A os trabalhos iniciaram-se com os alunos num grande ,círculo, todos
·1
"
receberam uma cópia da reportagem, que foi lida, os alunos discutiram as idéias principais.
Quando achava necessário o professor intervinha na discussão, mas na maioria do tempo as
discussões ficaram mesmo entre os alunos. Quando achava necessário o professor apenas
organizava as falas para que a aula não ficasse tumultuada e perdesse de vista o objetivo inicial.
. Como houve bastante entusiasmo o tempo passou sem que percebêssemos, e a aula já estava
32
chegando ao fim. Assim tivemos que deixar para iniciar as atividades escritas (ver anexo 4-
Atividades Propostas) para serem feitas na próxima aula. No dia seguinte os alunos já estavam
com os grupos prontos para as atividades e a maioria contava com no máximo três participantes.
Na turma B também foi feita uma explicação sobre como seria a realização das atividades
usando a reportagem, porém não foi realizada leitura e nem discussão inicial da reportagem com
toda a turma. Todos receberam cópia das atividades, sentaram-se em pequenos círculos ou
duplas para fazerem a leitura das atividades antes de começarem a trabalhar as questões
propostas. Mesmo as atividades sendo colocadas de formas diferentes, em ambas as turmas
houve entusiasmo durante a realização do trabalho
Os terceiros anos da noite tinham três aulas semanais de quarenta e cinco minutos cada,
de modo que trabalhamos durante duas semanas para concluir as atividades, o que foi
perfeitamente possível tendo em vista que o nosso trabalho tinha o objetivo de revisar alguns
itens da matemática básica e trabalhar com a interpretação do texto lido usando como apoio
didático à imprensa escrita.
3.2 - SOBRE AS ATIVIDADES
A proposta é de que os conteúdos fossem trabalhados através de situações problemas
previamente selecionados pelo professor. A escolha da reportagem foi de acordo com a faixa
etária dos alunos envolvidos no trabalho, procurando um tema que chamasse a atenção e
permitisse fazer referências a outros temas relacionando sempre que possível com alguns
conteúdos matemáticos.
Durante as atividades a postura do professor diante dos grupos teve um papel
fundamental para o bom desempenho da proposta de trabalho, a sua capacidade de criar um
.,
.1
ambiente favorável a buscas e descobertas, valorizando as discussões no processo de elaboração
das respostas para se chegar à solução final
As atividades deste trabalho foram elaboradas na tentativa de aproximar-se da definição
dada a situações problema no Capítulo I, ficando a cargo do professor e dos alunos fazerem as
observações necessárias e tirar conclusões em cada item Foram elaboradas questões de
':-j
interpretação de texto e questões relacionadas à matemática Em algumas questões foi possível
trabalhar outros temas buscando sempre a visão do aluno, mas as questões ainda estão longe de
. ) serem consideradas situações problemas. Os problemas trabalhados foram classificados como
problema de processo.
o tempo destinado às atividades foi de três semanas o equivalente a nove horas aulas
neste estabelecimento. Esse tempo pode parecer muito para se trabalhar as atividades propostas,
mas devido a alguns contra-tempos e considerando que os conceitos da matemática básica não se
.J encontravam bem estruturados para alguns alunos, utilizamos as aulas quando necessário para
esclarecer dúvidas que persistiam, logo o tempo gasto não foi excessivo
- . ~
~.!
3.3- O DESENVOL 11ME NT o DAS ATJVIDADES
As reportagens e as atividades foram entregues para cada aluno da sala e começamos a
trabalhar. Os alunos estavam bem integrados no grupo, fazendo sugestões, criticando, discutindo
as idéias dos colegas e colaborando para o desenvolvimento das atividades.
Ao circular pelos grupos de trabalho foi possível observar que os alunos conseguiram
levantar vários pontos de discussão no grupo, e, com algumas dificuldades elaborar respostas
para as questões, mais objetivas. No entanto as dificuldades maiores foram interpretar e colocar
no papel as questões relacionadas à matemática.
34
Após a entrega das atividades propostas, nas duas turmas, foram feitas algumas
observações, transcrevo aqui o trabalho proposto e algumas respostas dos alunos, selecionadas
aleatoriamente, sendo cinco trabalhos da turma A e cinco da turma B As respostas dos alunos
foram escritas na integra, considerando erros de ortografia e concordância.
PJ) Escreva de forma clara e objetiva a idéia principal desta reportagem.
RiA - Que seus [uncionarios sejam todos saudáveis, assim. yoáendo
aumentar aproduriv idade das e11?]Jresas.
R2A - :Jvlaísrnot ivação de rrahaihos e ter maior yrodutívícfade
R.JA - .Jl idéia. é que osfuncíonáYíos tenh am. mais vontade, ânimo de
rrabalhar melhor disposicâo yara agüentar todos os seus horários.
RtA - Objetivo foí com a impiant açâo da malhaçâo capit alist a. e
. ; reduz ir as doenças dos seus [umcionários yroyoY de condu.z ir as yessoas
. I cuidarem. de si mesmo e a principai idéia joi que tudo liso redúzir muito
os custos dá emyYesa com os [uricionários.
RSA - i que osfuncíonáríos travaIfiem com. saúde e yrazer, sem que o
stress e o cansaço façam yaYte do seu dia-a-dia.
~B - 'Reiat ar sobre a idéia dos ernpresdr ios implantarem academias
;, em suas emyresas.
R7B - Jt idéia.yríncfpal desta report aqem. é rnostyar que a ariv idade
[isica diminui os gastos médicos no trabalho
Rsn-.Jl ideia. yYínciya{ do texto é a apresentaçâo das emyYesas que
investiram. e11Luma malh.açâo yara reverter o grande índice de
· i
sedentarismo em reiaçâo a seus [uncionarios, ayos as emyresas terem
adoradas esse rnétodo o grande índice dé sedent arismo dim.inu.iu.
- [
R9B - 5l idéia. yrínCÍya[ é haseada na const atacão de que urn.
funcíonárío saudavei tr ahaiha. melhor e farta menos se economizam. 3,2
dOláres em custos médicos.
RlOB - Se os [uncionarios estiverem. satísfeítos yroáuzeln melhor.
P2) Quais foram os motivos que levaram os empresários a implernentar suas
empresas com academias de ginásticas.
RlA - Joram osfunc ionarios doentes, Sel1'Lyreyaro fis íco (obesidade)
yor exempto, farta de h.u.mor; e assim. C01'nacademias de gínástícas, da
ainda mais ânimo aos [uncionarios yara tr ahalh.arem,
R1A - Com.os gastos de doe'nças, ho.ixa.ansiedade, farta de e111)JYegoe
melhoram. hurnor dosfuncíonáríos fícam mais saudavei.
RJA - 'Para que os [uricionários de rnais atenção yara sua saúde e
yrecísem menos defartar sey'Víço e que sentam o'prazer de rrahalh ar.
~A - Joral1'Lminimiz ar os custos C01na saúde com os[uncionarios,
também. yerdiam dinheiro quarido uns dos seus [uncionarios [aitav am. o
e111)Jregoyor causa de doença.
Rs.< - Com um contíngente altissimo de [uncionarios gordos e
sedentários, as emyresas resoliverarn.fazer as contas doyrejuÍzo causado
,
~
36
.1
yefos maus h.ábiros. Descobriram. que não era youco dinheiro que
yerdíam com asfartas ao tra6a[ho e os gastos com doenças.
~B - 'Para diminuir os gastos C0111saúde yoís C0111a ginástica feíta
. ~
diariamente diminui-se muíto as doenças entre os [uncionários.
Rm- Descobriram. que não era youco o dinhe iro que yerdlam com as
fartas e os gastos com doenças.
Rsn - O granáe número de sedent ários, a aiimentaçâo coritrola.da. e
fazer chek-ups anuais yara 'Ver o número de goyc[uras.
R9B - As emyresas resotveram. fazer contas do yrejuízo causado
ye{Ós maus fiáGítos dé funcíonáríos gordOs e se.derit ários. 'E1112000
aiinqirarn. 910 6í[hões de dôíares e 30 % dessa. conta é yaga ye[as
emyresas. C01'nacademias os [uncioriários yroáuzem mais e dão 111en05
yrejuízo com assisténcia. médica.
RlOD - Porque eles gastariam menos C0111a saúde.
P3) No Brasil empresas já adotaram as academias para minimizar os custos com a
saúde dos funcionários. Além das academias que outras atitudes foram tomadas por essas
empresas para que o programa dê certo.
RIA - Tem rnuit as e1nyresas que não yaga1n hora extra com certeza,
se essas. emyresas yagasse1n) esses [uncionários rrabath.ariom. mais
aleqres.
R2A - Para que os funcíonáríos tivessem. rnais mot ivaçâo ao seu
trabalho e [aitasse menos yratícanCÚJ atividades [isicas
R3A - 'Passaram. a conrroiar o cardap io dos bandejões e a [azerem.
exames de rotinas.
RtA - 'Umas das at itudes tornadas foram trazer yrofessores bem
yreyaradós de yrímeíra Iinfia, ex iqem. U111.ambiente e caracteristicas
técnicas senle{h.antes aos áasn'w{hores academias e tam6ón yassaram a
controlar o cardapio dos baridejões e custear exames de rotina, como
check-ups anuais.
R5A - t yrecíso ter yrofessoyes 6e111.yreyaraáos, aparelhos de
yrímeíra iinh.a. e yrogramas que incent ivem. os [uncionarios a suar a
carniset a. J't{ém disso, as emyresas brasileir as yassaram a conrrolar o
cardápio dos bandejões e a custear exames áe rotina. como chei: - uy.
14/J - 'Para que osfuncionáriDs tÍveSSe11'Lmais rnot ivaçâo, disposição
e fartassem menos.
R7J3 - .J.s e'rnyresas brasileiras yassaram a controlar o cardápio dos
bandejões e a custear exames de rotina, como chei: - uys anuais.
~B - O controle de cardápios e chek-u.ps anuais.
R91l - As emyresas brasileiras yassaram a contratar o cardápio dos
bandejões e a custear os exames de rotina. como chei: - uys anuais.
R10R - J'oral1t com alimentação, inclu.i exames [isicos, detalhados
com medição dós índices de goráuras Corporal. e a assistência nutricionai.
As três primeiras questões propostas são de interpretação, a maioria dos alunos,
conseguiram identificar a idéia principal da reportagem, o que era o programa e quais as
, j
I
f
I 38
::1
r:
".;
-;.
vantagens para essas empresas. Podemos observar nas respostas que há erros de ortografia,
dificuldade na elaboração das frases e erros de concordância, como a respostas dada na questão
2: "Com os gastos de doenças, baixa ansiedade, falta de emprego e melhoram humor dos
funcionários ficam mais saudável."
Houve também respostas que não estavam coerentes com as questões propostas, veja duas
respostas dada à questão 3: "Tem muitas empresas que não pagam hora extra com certeza, se
essas empresas pagassem, esses funcionários trabalhariam mais alegres". "Para que os
funcionários tivessem mais motivação ao seu trabalho e faltasse menos praticando atividades
fisicas" ..
t -
Foi possível observar que durante as discussões em grupo os a/unos consegurram
identificar a solução, mas tinham dificuldades no momento passar as respostas no papel.
P4) Retire do texto expressões e palavras que estão relacionadas com a matemática.
;
r
RlA: Os cálculos mostram. que, e111 1980, os custos do ...; 'Das 1000
ir
!
maiores companhias do yalS, 93% fwje yossuem uma academia. de
qinâstica; Lá, freqüentam a academia. 1200 dos 2000 [uricionarios; 'U111
recorde se comparado aos níveis médios mu.ndiais de 15 % a 20%.
R2A: NÚl11erOSnaturais, yorcentage1n, decimais e inteiros.
R.JA: Porcentagem, números naturais, tempo e sistema rnonet ário.
~A: 1980, 173 6í[fiões de dotares , 2000, 910 6í(fiões , 30%,,1000, 93%,
4300 emyresas, 3,2 dó(ares, 40% 15%, 20%, 1,2 rniihôes de do (ares, 10% dos
[uricionários, 40%, 4000 [uricionarios, 1200 dos 2000 [uncionários, 1000
metros e 3000 médicos.
('
)
r
.,
r'
39
r
r
RSA : Dínheíro, 1980, J73 bilhões, 2000, 910 bilhôes, 30%, 1000, 93%,
!v-
i--
.~
}
,
r
4300, números, 3,2 dôlares, rneio, yrímeíra~ fiora, tempos, trimestrais,
40% .niveis médios, 15%. 20%, 1,2 rniihões, 80%, yarte, centro, 4000, ordem,
r,
medição, 1200 metros quadrados, 3000.
148: Contas. Cálculos, yrímeíra, miihâo, maior, menos, 1980, 2000,
,
'..- 30%,90%.
R7B: 173 !3í{{iõesde doíares, 'Em 2000 ..., atinqiram. inacrediiaveis 910
bilhôes, cerca de 30%, das maiores companhias ..., 93% hoje yossuem ..., já
são 4300 emyresas ..., cnega a 40% ..., de 15% a 20%, 1,2 milhões de
-dátares, 80%, 40%, 4000, 1200 dós 2000 funcíonáríos, rnais áe /000 rnet ros
I
r-i quadrados, 3000 médicos.
!
r
RsB:40% um Record. se comparado aos rtiveis anuais, com a adesâo.,
~
!
de 80%. dos [uncionarios as consuitas dos amhuiatorios diminui quase
j
!.---
40%.

r-
I
.r
ir
~
R9B: 173 6í(fiões áe dotares, 910 6í(fiões, 30%, 93%, 3,2 dáiares, 40%,
t.rimestrais, 15%, 1,2 milhão de dotares, 80%; 1000 metros quadrados.
RlUB~ Nurrier ais monetários, números naturais eyorcentagem.
As duas turmas apresentaram respostas semelhantes para esta questão, alguns grupos
foram mais objetivos, outros exploraram melhores as informações contidas na reportagem. A
dificuldade em elaborar respostas que não sejam numéricas em matemática é muito comum, pois
i
r os aJunos não estão acostumados a raciocinar e escrever na disciplina de matemática, mas sim
aplicar fórmulas para obter respostas, na maioria das vezes, exatas
·;.-.
40
Na pergunta seguinte, além da resposta numérica a questão pedia um comentário ou
justificativa, vejamos como foram as respostas.
Ps) Segundo a reportagem em 1980 os custos com o sistema de saúde dos americanos
foram em média 173 bilhões de dólares e em 2000 de 910 bilhões sendo que,,
"
aproximadamente 30 % dessa conta é paga pelas empresas.
a) De quanto foi o aumento de custo com o sistema de saúde americano de 1980 a
2000.Comente a sua resposta.
b) Considerando que esse aumento foi uniforme nesse período, de quanto foi o
i--.
aumento por ano. Comente sua resposta.
c) De quanto foi o valor aproximado pago pelas empresas em 1980 e em 2000.
J
·1
Comente sua resposta.
,
l~
RIA:a) 910 - 173 = 737720 = 36,85 bilhões
6) 737 20 = 36,85 bilhôes
:
:~
c) 1980 = 173 - 121,1= 51,9 6í{ftões,
!
;,..-
2000 = 910 - 673 = 273 bilhôes
Não fez comentário em nenhuma questão.
;
L-
R2A: a) 910 - 173 = 737720 = 36,85 hiihôes
.",
6) 737 20 = 36,85 bilhões
c) 1980 = 173 - 121,1= 51,9 bí[ftões
2000 = 910 - 673 = 273 bilhões
Não fez comentário em nenhuma questão.
R.JA:a) 173 - 910 = 737·
Comentário: Os custos de saúde subiram. muíto em 20 anos.
41
6) 36,85
Comentário: 'Esseaumento foí, muito alem. do que devia por ano.
c) 173 - 30% = 121,1 e 173 - 121= 52 yor ano
Não comentou a última questão,
R.A: a) 910 - 173 = 737 bilhões de áó {ares.
Coment ário: foí muito grande o v alor de custo yago ye{a emyresa
ir',
depois de 20 anos.
[
,~
6) 737/20 = 36,85 37 IJí[fiõesdê dotares
Comentário: 'Um aumento de aproximadarnente 30% é muíto alto.
c) 910/30 = 30,33 x 100 = 3033,3
Comeru.ário: Se fosse aqui no Brasil essas emyresas nem tinharn.
nome escríto no muro. t muito alto.
RsA: a) foí áe 737 6í{fiões.
Comeritario: J:ls emyresas estão cada. vez mau interessados na
saúde dos seus [uncumár ios, yor isso Iucram. com os investimentos.
6) 910 -':-20= 45,5 bilhões
Comentário: t um v alor muito alto yara ser investido.
c) 'Em 1980 foí yago ye[a emyresa 51,9 hiihões de dotares e em
2000 273 6í{hões.
Comentaria: tyrecíso ter certeza dê que irá dar certo yara yodér
investir tanto dinheiro.
~B : a) 910 - 173 = 737 -':-20= 36,85 hilh.ões de dotares
42
6) 737 -ê- 20 = 36,85 biihôes
c) 1980 = 173 - 121,1= 51,9 bilhôes
2000 = 910 - 637 = 273 biihôes.
Não fez comentários.
R7B: a) 34 %
c) 1980 = 51,9 e 2000 = 273
Não fez comentários e nem respondeu o item b.
RsB: a) 40%
Comentario: 'Em numero isso sígnifica que yara cada dotar
I
investidos em atividade físíca se economizam. 3,2 dotares em custos
méáícos.
6) Comentário: 80% desse aU111.entoyor ano.
c} Comeni drio: Cerca de 30% dessa conta é yaga ye{as emyresas.
R9S: a) 910 - 173 = 737 biihôes yor ano
Comentário: Com este aumento de ínvestímento em. tratamentos
justifíca-se a inst alação de academias nas e11'lyresas.
i~
j
i
l~
I
I
:-6) O aumento foí de 36,85 bilhões de dolares
Coment ario: O aumento yor ano demonstra que os [uncionarios a
cada dia. se tornavam mais gordos e sedeni arios.
c) 'Em 1980 foí de aproximadament:e 576 bilhôes de dôlares e em
2000 foí de aproximadamente 3,033 bilhôes de dotares.
43
Comerüario: O custo yago ye{as enpresas é alto, mas ayenas 30 % do
v alor, dá yara se ter uma idéia. de quanto o governo gasta yara manter
a saúde no yaís.
RtoB : a) Joí de 737 6í{/iões.
Comentario: O aumento foí muito youco yorque em. 20 anos era
yara ter um aumento maior.
6) 36,85 yor ano.
Comentário: Por ano considera. um. v ator razodvei:
c) 173 - 30% = 121,1 e 173 - 121 = 52 yor ano.
Coment ário: Poderiam. rneíhor rnais.
Como a resolução iniciava com uma operação de subtração, referente aos valores gastos
no ano de 1980 e de 2000, os alunos resolveram corretamente, houve alguns erros, como: Rm=
34% e RsB = 40 (~/o,porém poucos fizerem comentários, isto nos leva a crer, que não estavam
seguros quanto ao aumento dos gastos nestes 20 anos.Na questão seguinte, os alunos utilizaram a
operação da divisão, o número de acertos foi grande, mas houve algumas confusões quanto ao
valor a ser considerado para esta operação,tais como: R5A de 910 -7- 20 = 45,5 , R8B = 80% desse
. aumento por ano. No item c o número de acertos também foi grande, contanto com alguns erros,
como: "Cerca de 30% dessa conta é paga pelas empresas". "Em 1980 foi de aproximadamente
576 bilhões de dólares e em 2000 foi de aproximadamente 3,033 bilhões de dólares" e alguns
grupos arredondaram os valores obtidos no item c, talvez porque foram acostumados a
trabalharem com números inteiros.
Porém a maioria dos alunos não fez comentários. Observando os alunos, em sala, percebi
que houve discussão a respeito dos resultados no entanto a dificuldade em passar isso para o
44
.~
papel está muito presente e poucos se arriscaram a tecer um comentário por escrito. Eles estão
acostumados a dar respostas numéricas sem questionar a sua coerência com as questões
propostas, ou talvez, não se sentem capazes de questionar algo que parece tão certo como é
considerada a matemática
P6} Que tipo de relações podemos fazer com "Os custos do sedentarismo ... e os
Beneficios do Incentivo à ginástica", conforme mostra a reportagem.
RIA - Não respondeu as questões.
R2A - Diminuiu. os custos com os [uncionários, aumenta o trabaiho
dentro dá emyresa e osfuncionários mantém uma saudávei.
RJA - Éyrecíso também de academias no serviço.
RtA - Só com o trabalho sem. os beneficios dá 9 inástica os
trabalhadores fartavam mais e davam. mais despesas yara as firmas. 'E
com os benefícios' da ginástica os trabalhadores tr ahalham. mats, dão
menos despesa. e estão semyre motivados e com bom ânimo.
RsA - Tem que ser atrativo o suficíente yara manter os alunos. 5ls
emyresas fízeram as contas dos yrejuízos causados ye{os maus fiá6ítos.
I
Descobriram. que não era youco o dinheiro que yerdiam com as [aiias dó
rrahalho e os gastos C01n doenças. 'Entre tantos outros beneficios, os,
,'.--
exercícíos [ortaiecem. o sístema imurioloqico, baixam. a ansiedade e
melhoram. o h.umor, yoís [uncioruirios saudáveis, trabalh.am. melhor e
falta menos.
45
,'.....
,-..
~D - 'Diminui muito os custos com [uncionarios, yois a ginástíca
traz um beneficio yara a enpresa que foi a diminuição doas doenças
que os[uncionários tinham.
R78 - 11m rrabaih.ador sedentário tem. mais custo com a saúde, traz
mais yro6(ernas yara as elnyresas, farta 6astante. 'ilrn. tra6a[fiaáor com
incentivo a ginástíca trabalha. mais do que sedentário, tem 40 % mais
rendimento ..farta menos) não tem. quase gastos com. a saúde geranáo
maior yroáutiviáadé.
Rsn - O incentivo é ter um [uncionário saudavet que trabalh.a
nulJior e que farte menos ao rrahalho.
R98 - Juncíonáríos sedentários fartam 30 % mais e gera 40 % a mais
de despesa. com. saúde. Fumcionários que yratícaln qinástica. tem. maior
yroáutívíáadé e uma ótíma motivação yara o trahalho e iucros yara as
emyresas.
L
RlOB - O tr abaihador sedentário farta 30 % mais ao emyrego e gera
40 % a mais de despesa com saúde yara as emyresas. O incentivo à
L
gínástíca tem um. índice de 30% maíor áe yroáutivíáadé e reqistra. uma
motivaçâo 'para o trabatho de 40 % que que o [umcionario que é
sedentário.
Poucos grupos deixaram de responder esta questão, conseguiram fazer relação do custo
de sedentarismo e o incentivo à ginástica tanto para as empresas como para os funcionários,
1, como escreve o grupo R5A - "Tem que ser atrativo o suficiente para manter os alunos. As
L
46
empresas fizeram as contas dos prejuízos causados pelos maus hábitos. Descobriram que não era
...
!
pouco o dinheiro que perdiam com as faltas do trabalho e os gastos com doenças. Entre tantos
outros beneficios, os exercícios fortalecem o sistema imunológico, baixam a ansiedade e
melhoram o humor, pois funcionários saudáveis, trabalham melhor e falta menos". A maioria
dos alunos que participar'am destas atividades trabalha, portanto houve várias discussões quanto
a este tipo de empreendimento que vem ocorrendo nas empresas de grande porte e vários deles
·~r.,~.' ,
manifestaram a vontade de trabalharem nestas empresas.
P7) Quais empresas no Brasil já aderiram ao programa das academias. E como os
funcionários reagiram aos programas.
. ; RIA - A Coca. - Cora, a Souza Cruz, Tohrison. & Tofins011, Pão de
Açúcar, o 'Hospital Paulist à Santa Loana. Reaqiram. com simpatia.
.. i
R1A - 'Rede central; 'Pâo áe Açúcar, em. São Paulo, :J-{osyíta.fPaulista.
Santa Toana, Lohrison & Lohrison em São José dos Campos, Coca - Cora no
'Rio de Laneiro, Os funcíonáríos [icam, com mais ânimo yara ir ao
: .t
,.-<
trabalho diminuindo suas fartas e mantendo seus coryos em forma e
saudávei:
RJA - Supermercado Pâo dê Açúcar em São Paulo, o Hospital
Paulista. Santa Toaria., na Lohrison.& Tohrisoriem. São José dos Campos.
-.
Como a maioria. das yessoas aderiram. os exerCLCWSe sinal' dé que
reaqiram. com muita. espont áriiedade
R..A - Coca- Cora, Souza Cruz, Lohrison.& .Iofinson, Tão de Açúcar.
Parecia. ordem. dó yatrão, mas as auras de gínástícas foram recebidas
com simpatia. ye[os [uricionários.
47
RsA. - Na Cocas - cora as aferíções são trimestrais, a adesão 'a
academia na sede da. e111:.presano 'Rio de Taneiro, chega aa 40 % . Na.
Souza Cruz, com investimento de 1,2 miihão , a adesão é de 80 % dos
-;
--,
[uncionários. Se voa yarte dos [uncionarios não fumasse, os resultados
seriam. melhores . ..Jl. fohmson. & Lonnson , em São José dos Campos, os 4000
funcíonáríos yartíciyam da academia. O supermercado Tão de Açúcar,
;..
em São 'Paulo, a academia éfrequentaáa yor 1200 dos 2000 [uncionários.
O Eospitai Paulist a. Santa Loanà também. montou seu esyaço que fica à
disposição de 3000 médicos e inciuindo quadra. de ténis .
. -;
Rsu - Coca- Cora, Souza Cruz, ]on.nson & Toh.nson, 'Pão de Açúcar e
.Hospit asi Santa Toaria:
R78 - Coca- cora, Souza Cruz, Lolinson & Lohrison, 'Pâo de ..Jl.çúcar e
i
.r-
.Hospitai Santa Toana. . Bem. , yoís dá um incentivo maior aos seus
trabalhadores em serv íço
RsB - A Totinsori & Tohrison.em São Paulo na reqiâo de São José dós
Campos e afávríca de ciqarros Souza Cruz.
R9B - Coca - cora, a aáesão di1.academia. na sede da. em}J1;:-esano río
;
1"- de Janeiro chega à 40 %, um recorde se compar ado aos riiveis mundiais,
de 15 % 'a 20 %. Souza - Cruz, com adesão de 80 % dos funcíonáríos as
consultas nos ambuiarorios da companhia. cairam. 40 % desde a
inauquraçâo da academia.
48
-1,,-:.....)j
)
~.:!
j
I
:;....!
í;...(. -. ~
-; !,-... ;
Lohrisori & Tohrisori foí acompanhada de uma iniciativ a. meío ínervante
'yor yarte do depart ameriio dé recursos h.urriarios, yoís no fínt do dia os
4000 funcíonáríos recebiam. a sequinte mensagem na teia do compurador
"Hora da.gínástíca". 'Efoí recebida com simpatia.
RnlB - Coca - Cora,Souza Cruz, Jofinson & Lohnson. e Pão de Açúcar.
. i
o-r' Os trabalh.adores reaqiram. de [orm.a. naturai' porque eles recebiam. a
mensagem yeCos compuradores. 'ECesadotaram. corno uma ordem. de
tra6 a{Fio.
Ps) A rede de supermercados Pão de Açúcar em São Paulo adotou o programa de
academia na empresa. Como este programa foi organizado para que pudessem atingir o
,-./- objetivo do programa.
RIA - A ínfra estrutura inciu.i exames físícos deralhados como a
..:--
me~íção dos índices de qordura. corporal. e assistência. nutricional.
.;
-;-
R2A - .Jt rede inclui inclu.i exames físicos detaihados com mediação
de.goráura corpor ai e assistência. nutricional.
.;
I·
~A - :roí oraan.izado C01numa ínfi/a estrutura, com exames físícos
detalhados com medição dós índices de goráura corporal. e assistência.
riutricional: São mais de 10()() 1n2
de instaiaçôes e equipamentos
comparáveis aos melhores centros de qinásticas.
~A - No escritório central da. rede supermercados Pão de .J'lçúcar,
em São Pau [O, a ínfra estrutura inclu.i exames físícos detathados como a
medição de índices de qordura. corporal e assistência. nutricionai.
/
49
RSA - Com ínfra estrutura que inciui. exames [isicos detaihados,
J
-1
• 1
r'<
como a mediçâo dos indices de goráuras corporal. e assistência.
ruuricionai.
~n - Pois a infra estrutura inciui exames [isicos detalhados como a
meáíção de índices áR gordura coryora{ e assisténcia. nutrícíona{ e são
J rnais de 1000 mr de instaiaçâo.
R7B - Inciu.i exames físícos det alh.ados como a medição de índices de
, 1
r
goráura corporal, assisténcia nutricionai: Com. mais de 1000 mr de
instalações, equip amentos comparáveis aos das maiores centros áe
j
academias de gínástíca.
RsB - .Jt ínfra estrutura inclu.i exames [isicos detalhados com a
).
m.eáíção de índices de gorcfura corporal. e assisténcia. nurricional: Lá
frequentam a academia 1200 dos 2000 [uncionários sendo mais dê 1000
'Jn2 de instaiaçâo.
R9B - Inciu.i exames fis icos detath.ados, como a medição de índices dê
qordura corporal e uma assisténciá nutricionai. 1200 dos 2000
[uncionários, 1000 m2
de ínsta[ações cornparaveis aos melhores centro de
academias de gínástícas
,
'!-
RJOB - .Jl ínfra estrutura inctu.i exames físícos detalhados conto a
L
medição de índices de goráuras corporal' e assistência. nutricionai; 1000
'-,
'~
51
RSA: De quanto foí o v alor aproximado yago ye{as emyresas no ano
áe 2002.
910 +22 = 41,36 Fo! yago aproximadamente 41,36 6í{fiões.
~B: :faça uma conta onde se caicula a áiferença entre 30% e 90%.
90% - 30% = 60 %
Quantos anos têm que nasceu em 1980. Sabendo que estamos no ano
de 2000 .
.J
2000 - 1980 = 20 anos
R7B: 'Urna. emyresa têm 2000 [uncionarios, desses 1200 vão ser
dispensados. Qua{ a yorcentagem de [uncionários que cont.inuam na
empregados?
60 %
Rsa: 'Por exempio dizemos que numa emyresa fiá 2000 [uncionários
e demita. 40% deres,fíca no tot al. ayenas 800 [uncionários só na emyresa
e com. ISSO os Iucros do yroyríetárío aumenta e cada vez mais os
desempreqados.
R~m·.Não fez.questão.
RlOB: 1200 - 20 % = 960
Esta foi à questão que os alunos mais reclamaram, pois tinham que elaborar e resolver
uma questão, e a maioria achava melhor resolver questões já elaboradas pelo professor. Os
alunos estão acostumados a resolver exercícios já prontos e quando se deparam com situações
diferentes, como no caso da questão 9, a maioria preferiu não fazer a questão, deram pouca
, ,
50
J.
·1
mr de instalações e equipamentos comparáveis aos melhores centros de
academias de gínástíca.
Nas questões 7 e 8,os grupos obtiveram aproveitamento máximo, alguns fornecendo mais
)
detalhes, corno R9B- "Coca - Cola, a adesão da academia na sede da empresa no Rio de Janeiro
chega a 40 %, um recorde se comparado aos níveis mundiais, de 15 % 'a 20 %. Souza - Cruz,
.L
com adesão de 80 % dos funcionários as consultas nos ambulatórios da companhia caíram 40 %
desde a inauguração da academia. Na empresa Johnson & Johnson foi acompanhada de uma
iniciativa meio enervante por parte do departamento de recursos humanos, pois no fim do dia os
4000 funcionários recebiam a seguinte mensagem na tela do computador "Hora da ginástica" e
foi recebida com simpatia". Outros sendo mais objetivos, como: "R3A - Supermercado Pão de
Açúcar em São Paulo, o Hospital Paulista Santa Joana , na Johnson & Johnson em São José dos
Campos. Como a maioria das pessoas aderiu os exercícios é sinal de que reagiram com muita
espontaneidade"
Na questão seguinte os grupos tinham liberdade para elaborar um exercício ou uma
.)---
situação problema e resolvê-Ia.
,
r
P9R) Elabore e resolva exercícios Isituações problemas que envolvam alguns dos
itens relacionados na questão 4
RIA: Não fez.
910 - 173 = 1,083
4300 - 90% = 8,170
i- R.JA:1200 - 20% = 960
~A: 910 biihôes de doiares e teve 30 %yago ye{a enpresa.
910 +30 % = 3·033.33 13í{hõesde dotares ye{a emyresa entre 1980 e 2000.
importância ao enunciado, alguns fizeram cálculos errados e respostas que não tinham nada a ver
com a atividade proposta, como aconteceu nas respostas R2A, ~A e R6B. Poucos elaboraram um
enunciado para as questões, apresentando só as operações a serem realizadas, isto nos leva a crer
que desde o início a matemática foi apresentada a eles como sendo somente cálculos numéricos,
onde a escrita tem pouca importância.
Esta experiência mostra a importância do professor trabalhar com problemas elaborados
pelos alunos, pois ao longo do ano os alunos são levados a pensar na linguagem que usam, a
importância em expressar com clareza as idéias de uma situação problema para que o leitor possa
entender a pergunta ali proposta. Os problemas apresentados pelos alunos podem ser
classificados como exercício de treinamento.
PIO) Se fosse funcionário de uma empresa que adota este programa, o que acharia?
Por quê?
RIA - .Jl..cnaríamosmuíto bom,yoís com certeza é verdade ira afrase
qu.e diz: u.mayessoa que não faz exercícío nenhum, fíca com mar humor
e não aumenta ayrodutívícfade no trabalho.
RZA - Seria muito bom, yoís dessa mane íra o rrahalho se tornaria.
um Iuqar onde todos os[uncionários teriam. maus ânimo e disposição.
R:JA - Acharía bom, yorque eu.me empenharia. yara trabalhar m.ais
já que teria mais disposição e sabendo que estaria. bem. de saúde.
&tA - 'Eu acharia. muíto bom, porque ele incentiva. nós a [azermos
semyre exercicio e deixaria. o tra6a[ho com o ambiente [amiliar onde
yodéríamos contar nossas hístórías e comentar sobre serviços dó dia a
áía.
·'
';j
. L
53
RsA - Acharía ótímo. Porque só com uma boa saúde mental e um
co~po sau.dável; é que yodémos trabalhar com. -verdadeira. saiis[ação,
trazendo Iucros e benejicios ydra a emyresa.
R6n - Acharía ótímo, yoís hoje em dia o que a yoyu[ação mais
yrecisa éfazer gínástíca, yoís o número de doenças aumenta a cada dia.
'E também a gínástíca ajuda a diminuir o stress que também cresce
muito e também yara sentir-se em forma e me {horysíco{ógícamente.
R711 - Acharíab01n, yorque seria uma forma de dar v aior ao
trabalhador e aiudaria a acabar C0111o stress.
RS8 - Seria. muíto bom ver uma emyresa se yreocuyar com seus
funcúmárws, yoís a arividade tr=. é boa yara o coryo e todo o
[uncionamento dó coryo humano. Já que as estimativas das emyresas
que adotaram. esseyrograma v iram. que seus [uncionários [icararn. mais
motivados no rrabalho.
R9B - 'É bom fazer exercícío requiares e ter semyre um médico a
disposição.
RIOB - Eu.já traôathei em. uma emyresa com, academia, o yessoa{
adorava: t import aru.e esseyrogra1na e uma forma de fazer e faz bem
yara a saúde.
Todos os grupos responderam à última questão dando suas opiniões, algumas ricas em
detalhes e outras mais objetivas.
54
o fato de ter sido realizada uma leitura e discussão da reportagem com todo o grupo na
turma A, facilitou o desenvolvimento das atividades propostas, já a turma B demorou um pouco
mais para entrar no clima de discussão em grupo, querendo inicialmente dar respostas
L individuais sem considerar sugestões dos colegas, como podemos perceber nas respostas dada na
primeira pessoa do singular.
No geral, achei os resultados foram bastante positivos para o professor e para os alunos,
I
~ pois mesmo no intervalo vinham perguntar a respeito das questões, se estavam fazendo certo ou
~"
L-
o que tinham que fazer para chegar a uma resposta. Para mim ficou claro que estava no caminho
certo ao trabalhar com a resolução de problemas no ensino de matemática, mas que há muito a
melhorar. Ao observar as dificuldades apresentadas pejos alunos, percebi que é necessário fazer
todo um trabalho anterior desde a elaboração de um exercício, o enunciado e a solução dos
"i--- mesmos devem ser claras para o professor e para os alunos que irão ler, a diferença entre
v-
I
;
.>:
exercícios e problemas. A elaboração de problemas pelos próprios alunos como uma ferramenta
adicional, muitas vezes valiosas, na tarefa de ensinar Matemática, não substitui as muitas outras
ferramentas que nós, professores, usamos. Ela é, sim, uma a mais para ser usada.M.ANDEL(1994
p.lI)
.,,-.
;~
55
CONSIDERAÇÕES FINAIS
.:1-
Neste momento é preciso retomar o problema que colocamos no início deste trabalho "A
utilização de revistas e jornais, como apoio didático auxilia no ensino/aprendizagem da
matemática ?"
..L,
Concluímos que sim, para isso basta observarmos as respostas dadas pelos alunos e o
comportamento dos mesmos em sala de aula. Com isso, é possível estabelecer objetivos a serem
alcançados durantes nas aulas, bem como garantir a formação de cidadãos mais consciente dos
problemas da sociedade.
Para a desenvolvimento deste trabalho partimos das seguintes hipóteses: a imprensa
escrita pode ser um apoio didático na elaboração de situações problemas em matemática e a
resolução de situações problemas enquanto metodologia de ensino aproxima a matemática
formal da matemática do cotidiano. Dentro dos limites delineados no início deste trabalho,
fizemos uma reflexão sobre a resolução de Situações Problema como uma metodologia de ensino
de matemática, sendo necessário que o professor reconheça seu papel de artífice de um currículo
que privilegia as condições de aprendizagens que a utilização da imprensa escrita na sala de aula
contém nos seus diversos domínios de informativo social, retirando-o da clandestinidade,
.explicitando-o como recurso pedagógico de professores cônscios de sua autonomia e
responsabilidade no processo de ensino / aprendizagem. Ao escrevermos sobre como o professor
!
!~,
utiliza a resolução de Situações Problema em sala de aula, vimos como é dificil, mudarmos a
prática pedagógica do professor e porque os avanços discutidos na Educação Matemática são
incorporados lentamente nas salas de aula. Seja pelas condições de trabalho que a maioria dos
professores estão submetidos, pela própria formação ou falta de informação. Ao apresentarmos
uma proposta de Situações problema envolvendo conteúdos matemáticos elaborados a partir de
temas propostos pela imprensa escrita, percebemos que conseguimos desenvolver o espírito
56
crítico dos alunos, os quais apresentaram uma motivação maror pelas aulas de matemática.
Além disso puderam desenvolver o aspecto social, cultural e econômico, ajudando a formar um
cidadão consciente, acreditando que as mudanças também acontecem a partir de cada um de nós.
Precisamos conceber a matemática como uma construção humana e histórica, conjuntural e, por
J
)-
isso, é mutável.
Não é nossa pretensão afirmar que uma proposta metodológíca seja melhor ou pior que
outra, mas acreditamos que ao escolhermos a Resolução de Situações- problema para trabalhar a
imprensa escrita como apoio pedagógico no processo de ensino laprendizagem da matemática,
I
I
t
conseguimos atingir os alunos, no tempo disponível, além dos limites da informação científica,
maJ também na formação enquanto cidadãos. Enfatizo estas questões, pois devemos ter clareza
I
quanto ao objetivo que pretendemos alcançar, enquanto educador, no momento da escolha da
metodologia a ser utilizada no processo de ensino laprendizagem, neste caso da Matemática.
1
Analisando nossa caminhada até aqui, podemos afirmar que estamos conscientes da
necessidade de estarmos buscando o aperfeiçoamento quanto ao trabalho que desenvolvemos em
sala de aula, pois encontramos nesta pesquisa, não a resposta para as nossas angustias
pedagógicas, mas o início de uma constante reflexão pedagógica sobre o espaço da sala de aula e
sobre as ações de cada um dos elementos que a compõem.
57
•~L

i,
! -
ANEXOS
j
l~
,
l~
1
r
I
i~
!
'~
"
PROGRAMAS DE JORNAL NA EDUCAÇÃO
ANExol
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i
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1m:;
t~,
'-
'".":""',''1
'Amazonas (AM) A Crítica A Crítica na Escola
--_.._--------_._-- .-- .. '- - .,' -.
. ·Bahia (BA) A Tarde A Tarde na Escola
-_._-._-------,-- ..- ..•._- -
Ceará (CE) Diário do Nordeste Jornal na Sala de Aula
----------'-_._----_.----------_ ..- ..-
Distrito Federal (DF) Correio Braziliense Correio Escolas
...-------_.-.. -
Gazeta Mercantil Gazeta Mercantil na
------- .._._---_. -- --_..._-
Universidade
A Gazeta na Sala de Aula
------ . - -- --.- .
Espírito Santo (E~.L__;_g.a~~~ .. ._.
____ G_oiás~g.<?~..<?!:0r::~J~~ o
Minas Gerais (MG) Correio
Almanaque-Escola
Correio Educação
EM Vai às Aulas
Correio e Escola
Estado de Minas•••••••• _ "·.0 •• "
Mato Grosso do Sul (MS) Correio do Estado
,._- ---------_.'
.. ... O Progresso
Pará (PA) O Liberal
. --_.----- - -
Pernambuco (PE)
Piauí (PI)
._--
Paraná (PR)
......:_-_.-----_.
O Progresso na Educação
O Liberal na Escola
"---' . - .. -
Diario de Pemambuco Leitor do Futuro
Jornal do CommercioJC nas Escolas_. _.._---
O Dia O Dia na Escola- ... _._..._-_ .. - .
Folha de Londrina Projeto Cidadania- •• ', ••• "'" •• "-_ •••••••. 0"0 , _
Gazeta do Povo Ler & Pensar
... -- - '"
Folha de Palotina Fazendo Escola
O Diário do O Diário na Escola
J~:'
~ "'i
l~
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%Ia~.
liI
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I!.~ Norte do Paraná
ODia
O Globo
Rio de Janeiro (RJ)
~;:
O Dia na Sala de Aula- ..._- ..,.-.-._- .. - - .-.
Quem Lê Jornal Sabe Mais
. ' ..- - " •..-. -
Diário de Natal Projeto Ler
A Razão A Razão de Ler
Jornal NH NH na Escola
Zero Hora ZH na Sala de Aula,---.- o, _. '"
Santa Catarina (SC) A Notícia A Notícia na Escola___ o __ .~ - _._.
Folha do Oeste Jornal na Escola
--_.----
São Paulo (SP) A Tribuna Jornal, Escola e Comunidade
- -_._---- -----
.._~orr_ei~ Popular .. __.__S:?l!~!~_E~c.~la
Diário da Região .g.!_?l}2~I_naEducação
_._. .__ [~iá~() de Sorocaba _I?!.ário.~?~_~ação
Diário de Suzano DS Escola--_._._-----~----_._-----_ ... _- - -_..__ .._----.---_ ..__ ..__ .. _-- -- .'-'-".
_____ . . ~i~.???~?~~. .E~~~0_Jj_c1.u~a9ã~__ ... _ ._..
. . _.,.[).~~o P~P~~ __ O Jo~~~_~~~l~_?_~_~ul~_
___ . ---'F_~~~d_~_Re~ão __ Fol~:J.~_e~i~~.~~ .__.
1!:'
Rio Grande do Norte (RN)
Rio Grande do §.?,l.~~)
, ..•.
j>. -
Sala de Aula
j i;,:~.::
'"
.....
No Próximo número:
o PAPEL DA
INFORMAÇAO
JORNAlíSTICA
NO ENSINO
UNIVERSITÁRIO
? Por que os estudantes uni ver
Ia sitários não lêem jornais?
? Por que é tão importante a in •
11 formação jornalística no nível
universitário?
? Como conscientizar professo
• res e estudantes sobre a impor-
tância da informação jornalística na
formação dos universitários?
li) Como otirnizar o uso do jornal
!:I como fonte de pesquisa e como
indicador das necessidades sociais
que devem ser objeto de pesquisas
universitárias?
? Como proceder a interação
HI universidade/jornal dernocra
tizando a informação científica?
? Como a interação universida
• de/jornal pode contribuir para
o desenvolvimento de uma classe
universitária mais crítica e consci-
ente?
? Como adequar o programa Jor
li nal na Educação ao nível uni-
versitário?
Participeda
VOCE
elaboração desta
matéria
Envie suas idéias, sugestões, opini-
ões, dicas de livros, artigos ou no-
mes de pessoas e instituições liga-
das ao tema.
~~.l-:;-
f.. )::.,
.:jt,""
t,;.;.,
III
.L
I
-1--
BOLO - BOLETIM DE LEITURA ORIENTADA
ANEXO 2
;
i
:"
A Matemática na Imprensa Escrita
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A Matemática na Imprensa Escrita

  • 1. I f' I r MARCIA BERALDO LAGOS A MATEMÁTICA E A IMPRENSA ESCRITA PONT 1 GROSSA 2003 ----- -- , 'I
  • 2. r- "'~'í!"", f (,..-, , r- , r r A { r- ~ ~, r: r r. ~ ( rr r: i-' r r í r- r r: I r: ;~ r r '! r , r- ~ r- ;-., r ,.'1 r- r: ,.k 'i ~ .r r -: r> ;-. ;-....., r .. ;-.. ;-- ,h f-- h ; r MARCIA BERALDO LAGOS A MATEMÁTICA E A IMPRENSI., ESCRITA Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no Curso de Especialização em Matemática-Dimensões Teórico Metodológico, no Setor de Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Orientadora: prof' Ms. Joseli Almeida Camargo PONTA GROSSA 2003
  • 3. :3- ! T' ! ~ .J. meu marido, J'ranFi S. Lagos, i ,'- companheiro semyre yresente, ye[a yacíêncía, ye[o carinho e ye[o amor que tem me dedicado. -i .).---- I r j r 1 r í r , ;- 1 r-
  • 4. '- AGRADECIMENTOS L Aos meus pais Marcelino (in memorian) e Terezinha que contribuíram desde o início de minha formação com palavras de incentivos e apoiando-me nos momentos difíceis. Aos meus irmãos Elton, Neide e Vaneide pelo apoio durante todo o curso e pelas sugestões dadas. A professora Joseli Almeida Camargo, pela Orientação precisa e o estímulo constante 110 desenvolvimento deste trabalho. Ao professor João Domingues Ribas pelo incentivo e paciência no início deste trabalho. A todos os professores do curso que contribuíram para que este trabalho fosse realizado. Aos meus alunos do terceiro ano que me mostraram que é possível aprender e ensinar Matemática, "de forma nova sem cair no convencional", utilizando materiais pouco convencionais. ~ r- !- L ; ,.-- Y" 'o'""' '- II ~ h "..
  • 5. 1 r RESUMO o presente trabalho tem como objetivo focalizar o Ensino de Matemática via Resolução de r r r Situações - problema, utilizando a imprensa escrita como material de apoio didático no Ensino Médio. Foram levantados para reflexão alguns pontos considerados essenciais para a realização desta forma de trabalho em sala de aula, como por exemplo, o papel do professor e do aluno no processo de ensino/aprendizagem da Matemática via Resolução de Situações - problema. Apresenta-se também, o resultado de um trabalho, envolvendo a imprensa escrita, desenvolvida com' alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino, na cidade de Colombo, região r metropolitana de Curitiba - Paraná. , r: I r .L i r: r ~ ~- 111 Y" "....,. j--.
  • 6. I r- SUMÁRIO AGRADECIMENTOS..................... 11 '" RESUMO........................................................................................................................... til INTRODUÇÃO E JUSTIVICATlCA...................................................................................... 01 CAPÍTULO I - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - ALGUMAS PERSPECTiVAS...................... 03 1.1 Retrospectiva do Ensino da Matemática a Partir do Século Xx............... 03 1.2 Problemas: Algumas Definições ,....... 06 l.3 Resolução de Situações Problemas Enquanto Metodologia.................................... 09 1.4 O Papel do Professor e do Aluno na Resolução de Problemas............................. 13 l.5 Formas de Propor Problemas............. . 16 CAPíTULO n- A IMPRENSA ESCRITA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA...................... 19 2.1 O Jornal na Educação 19 2.2 Objetivos Básicos do Jornal na Educação.. 22 2.3 O Uso de Jornais e Revistas em Sala de Aula......................................................... 25 CAPíTULO m- UM EXEMPLO DE TRABALHO UTILIZANDO A IMPRENSA ESCRITA COMO RECURSO DIDÁTICO . 30 " r-: 3.1 Os Primeiros Passos com os Alunos........................................................................ 30 3.2 Sobre as Atividades.................................................... 32 3.3 O Desenvolvimento das Atividades....................... 33 CONSIDERAÇÕES FmAls .,............................................................................................. 55 ;... '- ANEXOS , ,.................................... 57 ANExo 1- Programas de Jornal na Educação.. 58 ANExo 2- Bolo Boletim de Leitura Orientada. 59 ANExo 3- Reportagem Malhação Capitalista 60 ANEXO4- Atividade Proposta................... 61 ..~ REFEID:NCIAS BIBLIOGRÁFICAS , , , , , , . 62 BrnLIOGRAFIA COMPLEMENTAR.................................................................................. 65
  • 7. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ..A .:.L- "Todas as coisas estão tiqadas, assim. como o sangue nos une a todos. O homem não teceu a rede da vida, é ayenas um dós fíos dela. O que quer que eie faça à rede, fará a si mesmo. " (Chefe Seatle) Os estudos e pesquisas em Educação Matemática se ampliam e constituem uma área de conhecimento cada vez mais consistente. No entanto, as incorporações desses avanços na prática das salas de aula mostram-se muito lentos e as mudanças custam-se a realizar. Uma das formas encontradas de incorporar os avanços da Educação Matemática na prática em sala de aula foi ensinando matemática via Resolução de Problema, segundo BICUOO (1999, p.203), a importância dada a Resolução de Problemas é recente e somente nas últimas r décadas é que os educadores matemáticos passaram a aceitar a idéia de que o desenvolvimento da capacidade de se resolver problema merecia maior atenção. A escolha do tema, "A matemática e a Imprensa Escrita" surgiu da necessidade de relacionar a Matemática aprendida na escola com o dia-a-dia do aluno. Portanto, buscamos utilizar um material de apoio didático que contemplasse áreas distintas do conhecimento, como: revistas, livros, jornais, internet e filmes. Porém como o trabalho seria desenvolvido em uma escola de periferia e devido à escassez de material optou-se por trabalhar apenas com a imprensa escrita (jornal e revistas), com o seguinte questionamento: "A utilização de revistas e jornais, .;... como apoio didático auxilia no ensino I aprendizagem da matemática?" I r.
  • 8. L 1 r J i- t, , r- '- 2 Para elaborar este trabalho, refletiremos sobre duas questões, que serão chamadas de hipóteses: l-A imprensa escrita pode ser um apoio didático na elaboração de Situações Problema em Matemática. 2-A Resolução de Situações Problema enquanto metodologia de ensino aproxrrna a matemática formal da matemática do cotidiano. Tais hipóteses contemplaram neste trabalho os seguintes objetivos: l-Refletir sobre a resolução de Situações Problema como uma metodologia de ensino de matemática. 2-Refletir como o professor utiliza a resolução de Situações Problema em sala de aula. 3-Propor Situações Problema envolvendo conteúdos matemáticos elaborados a partir de temas propostos pela imprensa escrita. Com esses objetivos em foco, este trabalho foi desenvolvido a partir de setembro de 2002, no Colégio Estadual do Jardim Monza - Ensino Fundamental e Médio. Os capítulos foram organizados da seguinte forma: No primeiro capítulo algumas perspectivas acerca da resolução de problemas são apresentadas, fazendo uma análise inicial de como foi o ensino da matemática a partir do século XX, traz algumas definições do termo "problema", como está sendo vista a Resolução de Problemas enquanto metodologia e o papel do professor e do aluno nesta concepção de ensino. No segundo capítulo há uma discussão acerca da utilização da imprensa escrita dentro da . educação do ponto de vista da Resolução de Problemas e seus objetivos básicos na educação. No terceiro capítulo há resultados de um trabalho realizado com alunos do terceiro ano do ensino médio, onde procuramos colocar em prática o ensino da matemática via Resolução de Problemas sendo que a imprensa escrita foi o material utilizado como apoio para o desenvolvimento do mesmo.
  • 9. 3 CAPÍTULO I - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - ALGUl'lAS PERSPECTIVAS L ".Jl matemática é o alfabeto com o qual. Deus escreveu o universo. " (Galileu Galilei) 1.1 RETROSPECTIVA DO ENSINO DA MATEMÁTICA A PARTIR DO SÉCULO XX Todos os dias a sociedade depara-se com várias mudanças seja no código civil, na constituição, no código penal, etc. Na educação não foi diferente, houve muitas mudanças no século XX e com certeza continuarão existindo mudanças no século XXI. Essas mudanças acontecem devido às necessidades da sociedade que está em constante transformação. Segundo, BICUDO (1999), hoje caminha-se para uma sociedade de conhecimento que exige de todos "saber muita matemática", esse é um dos motivos das mudanças no ensino da matemática. "(..) os movimentos de reorientação curriculares ocorridos no Brasil a partir dos anos 1920, não tiveram força suficiente para mudar a prática docente dos professores para eliminar o caráter elitista desse ensino, bem como melhorar sua qualidade. Em nosso país o ensino de matemática ainda é marcado pelos altos índices de retenção, pela excessiva preocupação com o treino de habilidades e mecanização de processos sem compreensão. "(BICUDO, 1999, p.200) Durante o século XX pode-se identificar no Ensino da Matemática algumas reformas: o Ensino da Matemática por Repetição, o Ensino da Matemática com Compreensão, o Movimento da Matemática Moderna e a Resolução de Problemas. De acordo com BICUDO (1999) no início do século XX o professor era o detentor do conhecimento cabendo ao aluno ouvir as informações, escrevê-Ias e repeti-Ias através de exercícios de treinamento em sala de aula ou em casa. O conhecimento do aluno era medido através de testes, em que, se ele repetisse com precisão as informações repassadas pelo professor
  • 10. 4 determinava que ele havia aprendido. A orientação no ensino de matemática era de que os alunos deveriam aprender matemática com compreensão, tentando desta forma descartar a concepção de i o ensino por repetição. Mas poucos foram os avanços nessa época, em que os alunos deveriam aprender matemática por compreensão, pOIS professores não eram preparados para desenvolverem as idéias matemáticas nesta perspectiva. Portanto permaneceu um trabalho que se resumia no treinamento de técnicas operatórias que seriam utilizadas na resolução de problemas padrão. Foi durante essa época, que começou a se falar em resolução de problemas como um meio de aprender matemática, há referências bibliográficas tais como DEWEY (1896 e 1904) POLCA (1945) os quals descrevem experiências significati vas enfatizando a resolução de problemas. Nos Estados Unidos Herbert F. Spitzer em 1948 começou a desenvolver um trabalho de aritmética sob a concepção do ensino com compreensão, utilizando situações - problema. Como ponto de partida no Brasil o professor Luís Alberto S Brasil em 1964 defendia o ensino da matemática a partir de um problema gerador de novos conteúdos e conceitos. (13ICUDO, 1999, p.202) Na década de 1960 surge o movimento "Matemática Moderna", que influencia o ensino da matemática no Brasil e, em outros países. Esse movimento introduziu a teoria dos conjuntos e outros tópicos no currículo. Preocupava-se com as abstrações matemáticas e apresentava uma linguagem matemática universal. Porém, nesta reforma a prática de ensino da matemática não mudou permanecendo a rnernorização, a repetição de exercícios e a centralização das ações pedagógicas assumidas pelo professor. Mais tarde veio o fracasso da Matemática Moderna, segundo TEIXEIRA. "São anos e anos de domínio da pedagogia tecnicista - clássica... E o movimento da Matemática Moderna ... Não introduziu ele a teoria dos conjuntos e mais outro.')' tópicos no currículo? Tudo isso é verdade, porém, acreditamos que a pedagogia do ensino da matemática nãofoi mudada em sua essência, somente novos conteúdos/oram
  • 11. 5 i acrescentados, sem modificar a velha memorização, a repetição infindável de exercícios e o poder de centralização das ações pedagógicas assumidas pelo professor. Lembremos de uma crítica dos professores: Por que o aluno tem que mostrar que 5 + 7 = 7 + 5? Isso não leva a nada, como preconizou o próprio fracasso da Matemática Moderna. " TEIXEIRA, (2002 p.42) Apesar das críticas à Matemática Tradicional I e ao ensino mecânico da disciplina, a concepção de matemática continuou inalterada durante e após o movimento da Matemática Moderna, CURRícULO BÁSICO (1990). No ano de 1980 iniciam-se vários questionamentos sobre a concepção atua.l do ensino de matemática e a partir daí, pode-se dizer, que começa a era das situações - problema. O ensino da resolução de problemas começou a ser investigado sob a influência de POLYA, nos Estados Unidos, em 1960. "Em nível mundial, as investigações sistemáticas sobre Resolução de Problemas e suas implicações curriculares têm inicio na década de 1970. Embora grande parte da literatura hoje conhecida em Resolução de Problemas tenha sido desenvolvida a partir dos anos 70, os trabalhos de George Polya datam de 1944 '.' "(..) O ensino de resolução de problemas limitava-se ao ensino da busca de solução, tipo treino, num esquema cognitivo estímulo resposta. Posteriormente, período 60 -80, a preocupação voltou-se para o processo envolvido do problema e, assim centrando o ensino no uso de diferentes estratégias". (BICUDO, 1999 p.20J-204) r Em 1980 é editada nos Estados Unidos, uma publicação do NCTM (National Counci! qf Teachers os Mathematics), um documento que chamava todas as pessoas e grupos interessados a se juntarem para buscarem uma melhor educação matemática para todos. O documento constava de várias recomendações, quanto a Educação Matemática de acordo com B[CUDO (l999), é importante destacar: • Resolver problema deve ser o foco da matemática escolar nos anos 80; • O desenvolvimento da habilidade em resolução de problemas deveria dirigir esforços dos educadores matemáticos por toda essa década; I Matemática Tradicional - assim chamada por não incorporar os avanços da Ciência Matemática ocorridos principalmente no século XIX. Currículo Básico, 1990 p.63
  • 12. , .,.,~. 6 • O desempenho em saber resolver problema mediria a eficiência de um domínio , / pessoal e nacional, da competência matemática; I ?- Apesar de todas as discussões, no Brasil e no mundo na década de 1980 o ensino via de resolução de problema ganhou mais espaço nas escolas, a partir da proposta feita nos PCN's, 1 r 1999. O ensino da matemática via resolução de problemas é muito recente, embora seja apontada como uma metodologia capaz de atingir vários objetivos propostos pelos os PCN's, ainda não conseguiu atingir a educação como um todo. L 1.2 - PROBLEMAS: ALGUMAS DEFINIÇÕES , i- Vejamos as seguintes situações: • A violência urbana presente em nosso cotidiano é um problema a ser solucionado nas grandes cidades? • Alcançar um objeto em cima de um armário, pode ser um grande desafio para uma criança que está aprendendo a subir pequenos degraus? Nestas duas situações o termo "problema" faz referência a ambas situações em função do contexto no qual ocorrem, das características e expectativas das pessoas que nelas se encontram envolvidas. A primeira situação requer todo um cuidado ao ser analisado, pois envolve toda uma sociedade, podendo surgir outros problemas oriundos da soJução dada. Enquanto que a segunda situação é individual, envolvendo uma criança e um objeto. Nas duas situações teria que buscar e organizar os conhecimentos já existentes, e se necessário buscar novos conhecimentos tendo em vista a resolução do problema apresentado, SILVA (1989). A busca de caminhos para solucionar situações como estas só irão ocorrer, se o(s) indivíduo(s) estiver (em) interessado(s) em fazer este investimento Logo o que para nós pode ser
  • 13. L 7 um problema relevante e significativo pode resultar em trivial ou carecer de sentidos para outras pessoas, DEL PUY e POZO (1998). L Concordo com SILVA, (1989, p.8) quando diz que "a cada problema resolvido é uma experiência nova que vive e que se incorpora ao que já trazia dentro de nós, fazendo-nos crescer como pessoa em vários aspectos, dependo do problema que foi superado". A intenção aqui é refletir sobre o significado do termo "problema" a ser considerado no ensino da matemática. Uma definição, com a qual parecem concordar a maioria dos autores descrita por SILVA (1989, p.9-12) é dada por LESTER,(1983) que diz: "uma situação que um indivíduo ou um grupo quer ou precisa resolver e para o qual não dispõe de um caminho rápido e direto que o leve a solução". Segundo SILVA (1989), esses problemas podem ser encaixados dentro de uma classificação, dada por CHARLES& LESTER. • Exercícios de Treiuameuto-» são exercícios para o treinamento de determinado algoritmo já conhecido. • Problemas de Tradução Simples-» são problemas que para resolvê-los, basta traduzir as palavras em uma simples expressão matemática. • Problemas de Tradução Complexa-» este tipo de problema é bastante parecido com o de tradução simples, mas envolve pelo menos dois passos. • Problema de Processo-e- as soluções deste tipo de problemas não requerem a aplicação direta de um algoritmo ou fato matemático, mas sim o uso do raciocínio mais elaborado, que leve à compreensão e escolha de um caminho a seguir. • Problemas de Aplicação-» são situações do dia-a-dia , cuja solução, além de requerer o uso de fatos, conceitos e procedimentos matemáticos, também utiliza-se de conhecimentos de outra natureza.
  • 14. r r- ;- :$ r ,;,j- o , ~ :.-- r- r 8 Problemas de Quebra - Cabeça-» este tipo de problema é importante para que os alunos percebam várias maneiras de atacar um mesmo problema e o valor de analisá-Ia sob diferentes perspectivas. Outra classificação é dada por BUTTS (1997, p.33-36), o qual divide o conjunto de problemas em cinco subconjuntos arbitrários: 1- Exercícios de Reconhecimento; 2- Exercícios de AIgoritmos; 3- Problemas de Aplicação; 4- Problemas de Pesquisa Aberta; 5- Situações Problemas; Onde: Exercícios de Reconhecimento ~ é o que normalmente pede ao aluno para reconhecer, recordar, definir ou enunciar um teorerna, de fato específico. Exemplo: O triângulo que possui todos os lados com comprimentos diferentes é chamado de r Exercícios de Algoritmos -t exercícios que podem ser resolvidos usando um procedimento passo - a - passo. Exemplo: Calcule 324 + 54 -- 2J J Problemas de Aplicação -t a característica desses problemas é que seu enunciado contém uma estratégia para a resolvê-los, e a manipulação de símbolos através de algoritmos diversos. Exemplo: O metro quadrado de uma determinada lajota custa R$ 18,50. Quantos metros quadrados posso comprar com R$ 456,007 Problemas de Pesquisa Aberta -t são problemas, cujo enunciado não há estratégia de como resolvê-Ias. r
  • 15. 9 Exemplo: Quantos triângulos diferentes podem ser desenhados tendo os dois maiores lados de comprimento 6 em e 8 em? Situações Problemas ~ neste conjunto não estão incluídos problemas propriamente ditos, mas situações nas quais os alunos precisam identificar o(s) problema(s) inerente(s) à situação, cuja seleção irá melhorá-Ia. Exemplo: Faça a planta do quarto que você gostaria de ter. Os três primeiros subconjuntos definidos por BUrTS e CHARLES & LESTER incluindo a quinta classificação de CHARLES & LESTER, conforme afirma DEL PUY e Pala (1998) servem para consolidar e automatizar certas técnicas, habilidades e procedimentos necessários para posterior solução de problemas. Mas dificilmente podem trazer alguma ajuda para que essas técnicas sejam usadas em contextos diferentes daquelas que foram aprendidas ou exercitadas, ou dificilmente podem servir para a aprendizagem e compreensão de conceitos. Enquanto que os últimos subconjuntos servem para ampliar a visão do aluno em relação à matemática levando-o à aplicação de conhecimentos adquiridos em situações distintas. CI-fARLES & LEs'rER e BUTTS usam nomes diferentes para classificar problemas, mas convergem para o mesmo objetivo. As classificações apresentadas levantam vários tipos de problemas, mostrando a finalidade de cada um deles. Em sala de aula podemos trabalhar com todos os itens apresentados, porém é importante que saibamos enfatizar mais um tipo do que outro, conforme a abordagem que estamos dando a resolução de problemas em sala de aula. 1.3 - RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES PROBLEMAS ENQUANTO METODOLOGIA y Diante do panorama geral que a educação vem apresentando, segundo MENDONÇA, (1999, p.IS) é fácil culpar modos de ensino e atitudes dos professores pelas deficiências apresentadas no desempenho dos alunos. No entanto, a história da Educação Matemática - em
  • 16. I r 10 especial das teorias de aprendizagem - tem revelado que as propostas inovadoras não "decolam", pois a prática pedagógica da sala da aula sempre retoma ao ensino mecanizado priorizando a j y- I repetição. Segundo SCIIROEDER& LESTER(1989) no ensino de matemática tem-se pensado de três I , maneiras diferentes a resolução de problemas: ensinar sobre resolução de problemas, ensinar a L resolver problemas e ensinar através de resolução de problemas. O professor ao ensinar via resolução de problemas procura ressaltar o modelo de POLYA, que propõe quatro fases interdependentes: compreender o problema, criar um plano, levar adiante esse plano e voltar ao problema original. Ao ensinar a resolver problemas, o professor concentra-se na maneira como a matemática pode ser ensinada e o que dela podemos aplicar na solução de problemas rotineiros e não rotineiros2 Mesmo sendo importante o conhecimento matemático o essencial nesta proposta é ser capaz de utilizar a matemática. BICUOO(1999) escreve sobre a resolução de problemas como um ponto de partida e um meio de se ensinar matemática Nesta concepção, a resolução de problemas é utilizada para a construção do conhecimento onde eles são propostos ou formulados de modo a contribuir para a formação de conceitos antes mesmo da sua apresentação em linguagem formal. Na década de 1990 a resolução de problemas como metodologia de ensino passa a ser o lema de várias pesquisas e estudos na área de ensino , :~ Ensinar matemática através da resolução de problemas é poder transformar problemas rotineiros em não rotineiros. Segundo MENDONÇi (1999), o processo de apr~ndizagem via resolução de problemas pode ser um convite à exploração /discussão de modo a organizar /construir o conhecimento do aluno em vários níveis de complexidade. A resolução de problemas precisa ser desafiadora, um problema deve ser formulado para aguçar a curiosidade dos alunos, proporcionando a elaboração de um ou vários procedimentos, à '~
  • 17. 11 medida que o aluno for aprofundando na resolução do problema a compreensão do conteúdo torna-se mais ampla e rica ea sua habilidade em usar a matemática em vários contextos aumenta consideravelmente. Na década de 1980, no Brasil, começa-se a questionar o ensino da matemática, através de um Programa de Etnomatemática, proposto por Ubiratan D' Ambrósio. "(..) um programa de pesquisa no sentido lakatosiano que vem crescendo em repercussão e vem se mostrando uma alternativa 'válida para um programa de ação pedagógica ': "(..) liberar-se do padrão eurocêntrico e procurar entender, dentro do próprio contexto cultural do indivíduo, seus processos de pensamento e seus modos de explicar, de entender e de se empenhar na sua realidade" (D' AMI3RÓSIO - 1993, p. 6). Estudos feitos pela comunidade da Educação Matemática e os PCN's (Parâmetros Curriculares Nacionais) apontam a resolução de problemas como uma metodologia capaz de proporcionar ao aluno uma formação mais geral, que busca o desenvolvimento da capacidade de criar, formular. Estes foram os princípios básicos que orientaram a reformulação curricular do ensino fundamental e médio e que expressa a nova Lei de Diretrizes e Bases Educacionais - 9394/96. A resolução de problemas nos PCN's é entendida como um ponto de partida de atividades matemáticas, discutindo caminhos para fazer matemática na sala de aula, destacando- se as Tecnologias e a Comunicação. c...) "a presença da tecnologia nos permitem afirmar que aprender Matemática no Ensino Médio deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência e que a aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada ao domínio de um saber fazer Matemática e de um saber pensar Matemática." PCN's -Ensino Médio (1999 p.84) (...) "a utilização de produtos do mercado de informação, tais como: revistas, jornais, livros, CD-ROM, programas de rádio e televisão, home-pages, sites, correio eletrônico, além de possibilitar novas formas de comunicação gera novas formas de produzir o conhecimento". PCN' s Ensino Fundamental (1998 p.13 5-136). Nesta perspectiva o aluno deve ser orientado para que possa construir o seu próprio conhecimento e nós, professores, devemos vê-los como seres pensantes, capazes de 2 Problemas não rotineiros: São problemas que envolvem situações abertas ou novas, a solução desses problemas representa paro o aluno uma demanda cognitiva e motivacionaJ maior do que a execução de exercícios, pelo que,
  • 18. 12 interpretarem e de se lembrarem de fatos baseados em seu conhecimento e em suas experiências cotidianas. Para POLYA (1965) resolver problemas é muito importante para se fazer matemática, é "ensinar o aluno a pensar". Nesta concepção de resolução de problemas como metodologia, o aluno aprende matemática resolvendo problemas e também aprende para resolver problemas, afirma BICUDO (1999). Esta concepção de ensino não é mais um processo isolado é fruto de um processo amplo, que se faz por meio da resolução de problemas buscando tudo o que havia de bom nas demais concepções de ensino. A resolução de problemas como metodologia de ensino não domina a ação pedagógica nas nossas escolas, devido à falta de profissionais qualificados, restrições ligadas à condição de trabalho, ausência de políticas educacionais efetivas e interpretações equivocadas de concepções pedagógicas. ...: Entre os maiores desafios para a atualização pretendida 110 aprendizado de Ciência e Tecnologia, 110 Ensino Médio, está a formação adequada de professores, a elaboração de materiais instrucionais apropriados e até mesmo a modificação do posicionamento e da estrutura da própria escola, relativamente ao aprendizado individual e coletivo e a sua avaliação. PCN's Ensino Médio (1999, p.98) (...) a leitura dos pareceres sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental - tanto referentes aos documentos para o primeiro e o segundo ciclos, como referentes aos terceiros e quarto ciclos um ponto em comum se destacou: todos os pareceristas afirmam que a reorientação da formação dos professores é condição essencial para que o Ensino da Matemática em sala de aula realmente se transforme e para que a implementação de propostas contidas em documentos como os PCN's possa ocorrer, de fato. PIRES) (1998, p.9) ~' Grande parte dos professores são frutos de uma educação que inibi o pensamento crítico e J criativo, por isso talvez não conseguem lidar com a responsabilidade que Ihes é reservada, a de "recriar" sua prática pedagógica. Torna-se necessário superar as limitações, colocar em ação a força de vontade e a capacidade criativa do professor para executar as tarefas propostas, pois ··L muitas vezes, os alunos não estão habituados a resolver. Pozo (1998 p. 17) 3 PIRES. Célia Maria Carolina: Membro do Comitê Assessor Nacional do Pró-Matemática e autora dos Parâmetros curriculares Nacionais de Matemática.
  • 19. ·<'j 1 13 todo professor possui uma bagagem de conhecimentos a partir dos quais pode inovar sua prática pedagógica. Uma das barreiras a ser vencida pelo professor é saber "propor" situações - problema, pois a maioria dos problemas que são propostos nos livros didáticos, principal recurso didático utilizado. pelos professores, possuem características que se repetem no processo de resolução, criando assim, procedimentos padronizados a serem utilizados na resolução de problemas semelhantes. Deixam de ser problemas e passam a ser apenas exercícios, uma vez que dispõem e utilizam mecanismos que levam imediatamente à solução. A resolução de problemas vai além de algoritmos e operações, o problema matemático precisa ser desafiador, não podendo ser resolvido de imediato, deve ser formulado para aguçar a curiosidade dos alunos, proporcionando a elaboração de um ou vários procedimentos de resolução, podendo haver comparações de outros resultados obtidos para validar os procedimentos. Ao se propor à utilização da resolução de problemas como uma metodologia de ensino, . ....1 este deve ser proposto em qualquer momento do desenvolvimento de um conteúdo, existindo sempre, um planejamento para o trabalho a ser desenvolvido. 1.4 - O PAPEL DO PROFESSOR E DO ALUNO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Em vários momentos falamos que os alunos devem construir o seu próprio conhecimento, serem ativos em sala de aula, porém os professores devem ser tão ativos quanto os alunos (SILVA, 1989) Segundo SILVA, sobre o professor e o aluno ativos em sala de aula, PIAGET afirma: "(..) A primeira dessas condições é naturalmente o recurso aos métodos ativos, conferindo-se especial relevo à pesquisa espontânea da criança ou do adolescente e exigindo-se que toda a verdade a ser adquirida seja reinventada pelo aluno, 011 pelo menos, reconstruida e não transmitida ".
  • 20. 14 "(..) É evidente que o educador continua indispensável, a título animador, para criar situações e armar os dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas úteis à criança, e para organizar, em seguida, contra -exemplos que levem à reflexão e obriguem ao controle das soluções demasiadas apressadas. (..)" (SILVA, 1989, p.29) ~'. ,-i Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, sugere-se que o papel do professor nesta nova concepção de ensino seja: • Mediador - promova debates acerca de procedimentos adotados e diferenças encontradas, orientar e reformular soluções e valorize as soluções adequadas; • Facilitador - fornecer informações, textos e materiais, que os alunos não conseguirem encontrarem sozinhos; r-' • lncentivador - estimular a cooperação entre os alunos; • Avaliador- estar sempre atento para as atividades, verificando se está atingindo os objetivos ou se é necessários reorganizar as atividades pedagógicas de maneira a atingi-los; • Organizader - conhecer seus alunos (as condições socioculturais, as expectativas e o nível de conhecimento deles) e escolher problemas para trabalhar em sala visando atingir os objetivos no decorrer das atividades; Esta nova postura vai fazer com que os professores mudem a dinâmica em sala de aula, que em geral, são feitos de respostas ao invés de perguntas, afirma MENDONÇA, (1999). Como FREIRE (1986), "o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada". No ensino via resolução de problemas, o professor pode interpretar a sua utilização de três formar diferentes: como objetivo, como um processo ou como um ponto de partida, MENDONÇA (1999 p. 16-17) • Como um objetivo: significa ensinar matemática para resolver problemas, após a exposição da teoria, propondo problemas mais ou menos engenhosos. • Como um processo: significa olhar para o desempenho do aluno como resolvedor, levá-Io a enfrentar problemas de modo a desenvolver o seu potencial heurlstico.
  • 21. 15 • (amo ponto de partida: é tomar o problema como recurso pedagógico. apresentando-o no início da aprendizagem. destinado a construção do conhecimento pelos alunos. Essa .) interpretação contraria a primeira mais engloba a segunda. ao menos parcialmente. O essencial em ambas é a interação professor/aluno e aluno/aluno na qual as idéias e as sugestões dos alunos têm um papelfundamental na aprendizagem. Portanto, falamos que as sugestões dos alunos têm um papel fundamental para a ., aprendizagem é porque perguntar, problematizar, formular problemas a partir da realidade do aluno passou a ser o centro das atenções da Educação Matemática. O professor precisa estar atento para os comentários dos alunos, para situações onde eles desenvolvam uma discussão sobre determinado assunto e assim perceber o potencial de discussão/problematização para encaminhar um processo de formulação de problemas matemáticos. São comentários que podem vir desde uma peça de teatro, história em quadrinhos, nota no jornal, reportagem política ou até uma simples "pelada?". Neste trabalho o professor está mudando de comunicador de conhecimento para o de observador, organizador, consultor, mediador, interventor, controlador e incentivador da aprendizagem. Ao lançar questões desafiadoras estará levando os alunos a pensar e apoiarem-se uns nos outros para atravessarem as dificuldades, afirma BIClJlJO,(1999). Os alunos devem ser preparados com antecedência para essas dificuldades que irão enfrentar ao resolver problemas que saem fora do padrão que foram acostumados. Neste momento o professor pode trabalhar algumas estratégias de resolução de problemas que irá proporcionar ao aluno uma maior segurança no trabalho que deverá desempenhar Vários autores escreveram sugestões de fases que os alunos devem passar para resolver um problema, entre eles, temos: 1. DEWEY, 1910, G. W ALLAS 1926 G. POLYA 1975. As fases de POLYA, estão presentes nas sugestões de vários outros autores, segundo ele é preciso: 4 Pclacta: possui vários significados, no texto, quer dizer "Jogo de futebol ligeiro, sem importância, em geral entre garotos ou amadores". Que se realiza em campo improvisado - Dicionário Aurélio
  • 22. 16 • Compreender o problema: o aluno reúne informações sobre o problema e pergunta: O que se quer, o que é desconhecido? O que se tem, quais são os dados e as condições? • Delinear um plano: o aluno procura valer-se da sua experiência com outros problemas para encaminhar a solução e pergunta: Conheço um problema corre/ato que já foi antes resolvido'! É possível utilizá-lo? Deve-se introduzir algum elemento auxiliar para tomar r possível a sua utilização? • Colocar em execução o plano: o aluno experimenta o plano de solução conferindo cada passo. • Olhar retrospectivamente: o aluno deve examinar a solução obtida. lt posslvel chegar ao resultado por um caminho diferente? É possivel utilizar o resultado, ou método, em algum outro problema? (CADERNO CATARINENSE DE ENSINO DE FÍSICA, 1997 p.232-233.) Estas fases quando trabalhadas em sala de aula proporcionam aos alunos uma compreensão melhor dos problemas e ao professor meios de conduzir as aulas de modo atingir os objetivos do ensino da matemática através da resolução de problemas, assim contribuindo para a formação de um cidadão crítico e atuante na sociedade. 1.5 - FORMAS DE PROPOR PROBLEMAS A resolução de problemas é um recurso bastante utilizado em praticamente todos os níveis da escolarização A maioria dos problemas, que vêm descritos nos livros didáticos, possui características que se repetem no processo de resolução, criando assim" procedimentos padronizados para serem utilizados na resolução de problemas semelhantes que para DEL PUY e Pozo, (1998), deixam de ser problemas e passam a ser exercícios, uma vez que dispõe e utilizam mecanismos que levam, de forma imediata, à solução. Os problemas na maioria dos livros didáticos são trabalhados no final de cada capítulo. Porém, a proposta da Educação Matemática ao usar resolução de problemas como um recurso
  • 23. 17 pedagógico, é de usá-los em qualquer momento da explicação do conteúdo.O professor tem a ; - liberdade de escolher e planejar como irá realizar este trabalho, deixando claro o objetivo que pretende alcançar utilizando a resolução de problemas. Nos livros didáticos a maiona dos problemas propostos encaixa-se nas três primeiras classificações dada por BUTTS 5 , pois no ensino atual de matemática trabalha-se quase que exclusivamente o conhecimento dos fatos, de algoritmos e da matemática em geral que cada aluno possui (SC1IOENFELD, 1985 e FERNANDES, 1989). As apostilas também não ficam fora desse ensino que traz problemas no final de cada unidade, DEL PUY e Pozo (1998), afirmam serem exercícios, só que agora chamam de exercícios propostos ou atividades complementares. Os problemas parecem ter ficado mesmo a cargo dos professores, que podem levar para a sala de aula um tema previamente escolhido, pode ser uma situação já trabalhada e fazer a inversão do mesmo,jogos matemáticos, quebra-cabeças, propor perguntas relacionadas a algum objeto matemático antes de dar o enunciado do problema, problemas extravagantes (BUTTS, 1997) Veja um exemplo de problema extravagante dado por Burrs, (1997, p.44). Dois piratas estavam enterrando seu butim em uma ilha, com a guarda -costeira em perseguição inclemente. Perto da praia havia duas rochas grandes e uma palmeira solitária. Barba-azul .,.. A saiu de uma das rochas e, caminhando ao longo da reta perpendicular à reta pela roeha e a palmeira contou em passos uma distância igual àquela entre a rocha e a palmeira. Barba-azul B fez uma coisa semelhante com relação à outra rocha e à pahne~r·a. Eles então caminharam um em direção ao outro e enterraram o tesouro no meio do caminho. Dois anos mais tarde, os piratas voltaram à ilha para desenterrar o tesouro, mas descobriram que a palmeira não estava mais lá. Como eles poderiam proceder para encontrá-lu? 5 ver capitulo I - Problemas: algumas definições
  • 24. 18 Os professores podem ainda dividir essa tarefa de elaboração de problemas com os alunos. Pedindo que elaborem problemas a partir de uma brincadeira, de uma manchete de jornal, de um tema escolhido pela turma ou pelo grupo de trabalho ou simplesmente que inventem, de acordo com o gosto individual, problemas que podem ser trabalhosos ou não para serem resolvidos Como mostra MANUEL (1994), um grupo de alunos inventou um problema sobre a capacidade de memória de um computador, a quebra e o conserto de diversas placas e o preço de conserto. Onde a solução envolvia tantos cálculos que nem os próprios autores tiveram paciência para resolvê-Ia Para MANDEL (1994), ao propor a elaboração de problemas, os alunos são levados a pensar na linguagem que usam, serão mais críticos em relação aos problemas elaborados pelos colegas promovendo assim um melhor entendimento de qualquer leitura que fizerem e com o passar do tempo os problemas tornam-se mais interessantes e criativos.
  • 25. 19 CAPÍTULO II- A IMPRENSA ESCRITA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA "Se a ciência busca a compreensão e a explicaçâo de fatos e fenômenos que ocorrem. com o homem. e com. a natureza, o jornal. apresenta. estes fatos, yossíbí{ítanáo situá-Ios no contexto, na importância e na apiicahiiidade. " (Sílvia Costa) 2.1 - O JORNAL NA EDUCAÇÃO Nos últimos anos a precariedade na educação, a desigualdade social e econômica vem crescendo em todo o Brasil, fazendo com que o jornal tenha um papel revolucionário na educação melhorando o nível de competência dos professores e contribuindo para a formação dos alunos, afirma ALMUDA G Os programas de jornal na educação existem há mais de vinte anos no Brasil, mas só nos últimos anos é que vem ganhando espaço nas discussões da comunidade escolar e também na ANJ (Associação Nacional dos Jornais). Há uma conscientização de que o futuro da imprensa escrita depende muito das estratégias adotadas pelas empresas em preparar o leitor do futuro, melhorando os índices nacionais de instrução e também a formação do hábito da leitura de jornais, adquiridos em geral nos momentos mais críticos na vida das pessoas. (ANI, 2003). 6 ALMEIDA, Maria A. Borelli - coordenadora do Subcornitê Jornal na Educação da Associação Nacional dos Jornais, numa palestra sobre a "Importância do Jornal na Educação", durante a comemoração das 10 do Correio Escola, programa do Correio Popular, de Campinas/SP - 2003
  • 26. 20 Dentro do contexto brasileiro a ANJ destaca algumas maneiras de adquirir o hábito da leitura: • A familiaridade com a imprensa (desde a infância a partir da experiência doméstica com adultos que já o possuem); • A necessidade de informações diversificadas e de atualidades em virtude do vestibular e em v' função da atividade profissional; • Atividades escolares com o apoio de jornais; No Brasil o pioneiro nessa área foi o jornal O Globo com o programa: Quem Lê Sabe Mais, criado em 1982 por Péricles de Barros, Seguidos de outros jornais que também estão j contribuindo para a formação de novos leitores e dando a oportunidade a estudantes de todo o país a terem acesso ao jornal. Segundo ANJ os programas mantiveram-se estáveis entre 2000 e 2002. ;;1 ·.i Veja a evolução dos Programas de Jornal na Educação em todo o país na tabela abaixo. L Ano Jornal com Escolas Alunos programa participantes Atendidos 1994 20 4.300 1.700.000 1995 27 5.500 1.850.000 1996 28 6.500 2.200.000 1997 31 7.000 2.700.000 1998 35 7.500 3.000.000 1999 36 7.900 3.200.000 2000 38 8.500 3.500.000 2001 37 8.500 3.500.000 Fonte: Associação Nacional de Jornais (ANJ) .~; Os resultados dos programas de jornal na educação têm sido comemorados e incentivados pelos vários cantos do país, segundo BELÉM 7 , do jornal de Goiânia O Popular, o maior responsável pelo sucesso e pelo crescimento do número de programas nas escolas é o professor apaixonado pela profissão e aberto a novas possibilidades. Ele é o melhor mediador que o jornal 7 BELÉM, Valéria - editora do AJmanaque, membro do subcomitê de Jornal na Educação da ANJ, coordenadora do Programa Almanaque Escola e escritora - 2003.
  • 27. 21 poderia ter junto à escola, facilitando a entrada do jovem no mundo das letras, que devem ser absorvidas no interior de cada um. Em vários países, encontramos a presença da imprensa escrita na escola, seja uma "iniciativa individual ou em conjunto. Nos Estados Unidos existe o NlE (Newspaper In Educalion), atualmente com mais de mil jornais atuantes. Na França existe CLEMI (Centro de Ligação do Ensino e dos meios de Informação). Na Argentina há um programa de repercussão nacional - EI Diário em Ia Escuela - coordenado pela Associação dos Diários do Interior da República Argentina (ADIRA), que realiza um congresso anualmente de repercussão internacional - Los Medias de Cominicacián y Ia Educacion - conforme descreve Sílvia Costa. No Brasil existem vários jornais'' que desenvolvem programas semelhantes aos existentes . ,..J no exterior (ver anexo 1 - Programas de Jornal na Educação). O jornal O Globo do Rio de Janeiro e Zero Hora de POItOAlegre foram os primeiros a desenvolverem um programa voltado J para a educação . ..J Os programas fornecem às escolas determinadas cotas de jornais, sem ônus e também : J ·>1 orientação quanto ao uso pedagógico. Esta orientação pode ser através de uma pessoa, que j geralmente é o coordenador do programa ou de um material escrito associado a um material de 1. apoio didático de qualidade, visando orientar o uso do jornal em cada uma das disciplinas do currículo escolar. O Jornal Gazeta do Povo, no Paraná desenvolve o programa, Ler & Pensar, já implantado em algumas escolas de Curitiba e Região Metropolitana, oferecendo uma cota de .~ jornal aos colégios participantes do programa e um boletim informativo aos professores, (ver anexo 2 - BOLO - Boletim de Leitura Orientada) e cursos para que o professor possa aproveitar melhor o jornal em sala de aula. f -.1 8 Segundo a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) atualmente 40 jornais no país desenvolvem programas de Jornal na Educação.
  • 28. 22 Poucas escolas adotam os programas, pOIS nem sempre contam com professores .<.j . "} preparados para desenvolverem os trabalhos propostos e os investimentos do governo ainda são muitos pequenos. Segundo COSTA (2000, p.17), somente o governo do Distrito Federal financiou assinaturas de jornais diários para os alunos das escolas do ensino fundamental e médio da rede pública. O financiamento partiu da Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), que também foi o responsável pelo treinamento dos professores. 2.2 - OBJETIVOS BÁSICOS DO JORNAL NA EDUCAÇÃO A dificuldade em estimular os alunos a aprenderem matemática em uma sociedade onde as informações estão por todos os lados e a maioria dos livros didáticos são ultrapassados e escritos no modelo tradicional não é uma tarefa fácil. Não se trata de negar a qualidade de muitos livros didáticos, mas a didática precisa ser envolvente, como afirma CILALlTA 9 CoRRf'~ (1992, p.30) em suas pesquisas percebe que materiais como textos didáticos, paradidáticos, revistas especializadas e jornais, dependendo de como e quando são utilizados, revelam-se em excelentes recursos didáticos, auxiliando no desenvolvimento cognitivo do aluno. São materiais que podem ser trabalhados desde as séries iniciais até as classes universitárias. A imprensa escrita é um material que aos poucos vai substituindo os livros didáticos, afirma CORRÊ!. (1992, p.30), pOIS contém informações atualizadas que vão gerar questíonamentos, extrapolando os limites semânticos do texto e permitindo. que o aluno estabeleça relações, faça analogias com o seu cotidiano criando situações matemáticas para a construção de conceitos. A utilização da imprensa escrita como recurso pedagógico engloba os aspectos descritos por SCHOENfELD (1985 a) e FERNiNDES (1989), acerca da resolução de problemas. 9 Gabriel Chalita=- professor universitário e escritor - Revista Veja Jovens - Setembro de 200 I
  • 29. ~ .~ .~ ;~ . '/ 4'"' .,... I ~ ;1' r 23 (a) Conhecimento dos fatos, de algoritmos e da matemática em geral que cada aluno possui; (b) Conhecimento de estratégia de resolução de problemas, também conhecidos por estratégias heurí sticas Io; (c) Conhecimento de estratégias de verificação (controle) , que têm haver com a forma como o indivíduo utiliza e gere as informações que está ao seu alcance; (d) Sistemas de concepções / pré-conceitos que se relacionam com a visão que cada um tem de si próprio, da matemática, dos problemas e do mundo em geral; Os textos jornalísticos trazem uma contribuição diferenciada, pOIS promovem debates, incentiva opiniões e questionamentos, propiciando ao aluno estabelecimentos de relações matemáticas mais amplas, resgatando conceitos já estudados e levando-os a construção de novos conceitos. A imprensa escrita é um recurso didático recente com pouca bibliografia, mas que vem ganhando espaço em todas as áreas da educação. Segundo COSTA (2000, p.I8), as próprias diretrizes dos Parâmetros Curriculares elegeram o jornal como principal ferramenta que possibilita à escola viver a realidade, quando citam a necessidade dos professores utilizarem os ''textos do mundo". O jornal não é um livro didático pOIS estaríamos voltando à etapa inicial, que é a utilização de livros didáticos, e não conseguiríamos atingir o objetivo do Jornal na Educação que é despertar o interesse do aluno pela busca de informações e a formação de habilidades e atitudes decorrentes da prática de leituras. A dinâmica do jornal possibilita a reciclagem cultural do professor e do aluno levando ambos a quebra de rotina e a atualização permanente. 10 Heuristica: Método de perguntas e respostas usado para encontrar a solução de problemas que, embora não rigorosos, geralmente refletem o conhecimento humano e permite obter uma solução satisfatória. - Dicionário Aurélio - 2000
  • 30. ·1 2.3 - O USO DE JORNAIS E REVISTAS EM SALA DE AULA .; '. ~ ;) O jornal é um veículo de informação diária desempenhando o papel de formador de opiniões. O que se pretende com os programas de jornal na Educação é criar uma consciência crítica nos alunos de forma que ao desenvolver esses programas os jornais alcancem vários objetivos dentro da escola, tais como: • Desenvolver a empatia a/uno <Jornal, possibilitando ao leitor em potencial manipular o material concretamente e sefamiliarizar com ele: 1- • • i Desenvolver o gosto e o hábito de leitura dejornal; Estimular o aluno a se manter informado sobre assuntos de interesse particular e comunitário; • Estimular o aluno à discussão de sua realidade, desenvolvendo o espírito crítico, pensamento lógico e criativo, tendo em vista a formação do cidadão consciente e participante; • Possibilitar ao aluno e ao professor o enriquecimento de seu universo existencial, inteirando-se do que se passa em outras regiões, nos mais diversos setores da atividade humana, através do jornal e das pesquisas que ele suscita; •. Viabilizar a utilização do jornal como recurso de apoio didático para todas as disciplinas curriculares; • Promover a integração entre o currlculo escolar e a realidade do dia-a-dia; • Incentivar a aproximação familiar, tornando menor à distância entre as gerações dafamilia, através de discussão de temas comum;
  • 31. 26 • Conscientizar e promover o exercício da cidadania, discutindo os problemas da comunidade e buscando soluções; • Atender à proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais ~. peN's, que indicam a utilização dos 'Textos do Mundo ", nas salas de aliIas; • Desenvolver o processo de aprendizagem, exercitando as capacidades operacionais da mente do aluno possibilitando uma postura de pesquisa, critica a atuação bem fundamentada, coerente e construtiva (COSTA, 2000 :~ p.16). Atingir todos esses objetivos não é urna tarefa fácil, mas para CAVALCANTI (J 999, p.45) não estamos apenas formando cidadãos inteligentes, mas cidadãos com capacidade de serem criativos e de solucionarem problemas Para propor atividades utilizando jornais e revistas, é necessário que professor e aluno coletem vários artigos, montando assim uma herneroteca':'. Quando as atividades precisarem de t. um jornal do rua, dependendo do contexto, o professor poderá solicitar que os próprios alunos tragam esses jornais. Segundo CAVALCANTI, (1999, p.48) ao estabelecer o uso do jornal é importante que os alunos conheçam a organização de um jornal, para facilitar a leitura de forma que ele já irá selecionando o tipo de matéria que mais lhe interessa. As atividades com jornal despertam novas experiências provocando uma prática inteniisciplinar, trazendo resultados positivos para os estudantes e também para.os professores quando possuem caráter lúdico - pedagógico. Podem ser elaboradas atividades de caráter social, que também é importante no espaço da sala de aula. Destacamos a seguir algumas atividades com caráter lúdico - pedagógico matemático, segundo CAVALCANTI (1999 p. 71- 87). 12 Seção da biblioteca em que se colecionamjomais s revistas- Dicionário Aurélio
  • 32. '.1 27 l-FEsTA SURPRESA Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes. Procedimento: o grupo realizará uma festa surpresa para outros grupos. - listar o que necessita para a festa; - fazer um orçamento especial para a festa; -procurar no jornal os preços dos alimentos necessários; - calcular o valor que será despendido; - determinar o valor que cada um deverá contribuir O grupo poderá usar e abusar da criatividade para a elaboração da festa. 2-IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes. Procedimento: relacionar produtos que são importados e exportados Relacionar os países que estão importando esses produtos brasileiros e países dos quais o Brasil importa. Recortar notícias sobre a qualidade dos produtos ern questão, analisando-os. 3-PROBLEMAS SOCiAiS Material: jornal, cola tesoura, papel, hidrocor, material de a/1es. Procedimento: as seções de notícias dos jornais abastecem-nos com suas reportagens diárias e artigos sobre problemas enfrentados por nossa sociedade. Os jornalistas podem oferecer suas interpretações sobre o assunto em discussão e suas propostas de solução nas páginas do editorial. Ler o jornal, escolher um assunto ou problema de seu interesse Usando o jornal como a principal fonte de informação, escrever um texto que inclua o seguinte: Qual poderia ser a situação ideal com respeito a esse assunto ou problema? Qual a situação atual? Que informação encontrou no jornal relativas ao assunto?
  • 33. -.,.: 28 Identificar as várias soluções possíveis para o problema, de maneira que puder. Certificar-se de que considerou as conseqüências positivas e negativas de cada solução. Descrever qual seria a melhor solução. Ela pode ser implementada? Como poderia avaliar o sucesso dessa solução') ., 4- OBSERV A1'IDO o TEMPO Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes. Procedimento: comparar notícias de jornal com mapas que identifiquem temperaturas, chuvas, umidade e verificar se estão coerentes com a estação do ano. Verificar a freqüência das chuvas e o fluxo econômico de certas cidades (implicações no turismo, na agricultura, etc). '~ , Criar um cartaz que exponha os problemas dos morros a respeito das chuvas. .5- CALCULANDO COM O JORNAL Material: jornal.cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes. Procedimentos: montar uma loja ou feira, utilizando gravuras e operacionalizar seu funcionamento. Montar tabelas de preços, à vista ou a prazo; Efetuar vendas fictícias dos produtos anunciados; Calcular os descontos para compras feitas à prestação; Resolver desafios do tipo "quem compra mais". Exemplo: Todos os grupos deverão ter à mão tabelas de preço dos mesmos produtos anunciados no jornal. Uma pessoa dev~rá representar o papel do professor e determinar uma quantia disponível para a "compra" dos produtos.A um sinal do "professor", o restante do grupo deverá Iistar todos os produtos da tabela que poderão ser comprados com a quantia estipulada. Ganha quem conseguir listar maior número de produto. 6- A MATEMÁTICA DOS ANÚNCIOS Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes.
  • 34. 29 Procedimentos: a partir de anúncios de alimentos, montar uma cesta básica. Compare o preço .f dos produtos oferecidos. Faça operações básicas como somar, dividir, subtrair, multiplicar. Explore o valor nutritivo dos alimentos da cesta básica. Discuta o tipo de alimentação adequada a sua região e o acesso da população a ela. Confeccione com o jornal a sua cesta básica. Use e abuse da criatividade. 7- MONTANDO UMA AGÊNCIA DE EMPREGOS Material: jornal, cola, tesoura, papel, hidrocor, material de artes. Procedimento: montar uma agência de empregos. Anunciar no jornal os serviços prestados, preços e profissionais. Onde anunciar? A que classe social pertencem às pessoas que procuram tais serviços? Como realizar troca de serviços na comunidade? Há várias outras atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula que certamente vão surgir no desenvolvimento de cada atividade realizada, que deverá ir provocando os alunos, possibilitando ao professor aumentar os níveis de discussão em sala.
  • 35. 30 -J CAPíTULO III - UM EXEMPLO DE TRABALHO UTILIZANDO A IMPRENSA ESCRITA COMO RECURSO DIDÁTICO "o jorna[ é um iivro diário que coloca frente os nossos olhos todos os dias uma yorção de todas as culturas do mundo. Nesse yonto chega a modificar radicalmeru:e a tendencia da. imprensa. em acentuar tão somente a cuitura. riacional: " (Marshall McLuhan ln Teoria da Cultura de Massa, Jl.152) 3.1 - OS PRIMEIROS PASSOS COM OS ALUNOS Duas turmas do terceiro ano do ensino médio (com aproximadamente 25 alunos em cada uma) foram escolhidas para o desenvolvimento do trabalho, que estavam na faixa etária, entre 17 e 25 anos. Ambas as turmas pertencem à rede pública de ensino, no período noturno, na cidade de Colombo, cidade metropolitana de Curitiba. A escolha das turmas foi aleatória, dentre as seis turmas do colégio que estavam sob minha responsabilidade no ano de 2002. Já venho trabalhando com turmas do ensino médio a aproximadamente cinco anos, em geral trabalho com aulas expositivas, utilizando livros didáticos como guia para as atividades. Buscando melhorar a prática pedagógica e a forma de melhor conduzir os trabalhos em sala de aula para assim poder incentivar os alunos, principalmente àqueles que estudam no período noturno e moram na periferia que visivelmente acreditam não conseguir uma oportunidade melhor, a repensarem suas posições na sociedade uma vez que as mudanças dependem de nós.
  • 36. 31 A proposta de trabalhar com: artigo de revistas e jornais em sala de aula foi realizado em :.,! duas turmas de maneiras diferentes, para posteriormente estabelecer uma comparação visando à "~ busca da melhor forma de aplicação das atividades. Não havia intenção de trabalhar um conteúdo específico do terceiro ano do ensino médio, mas sim de rever conteúdos já trabalhados durante o ano e dos anos anteriores, p01S estava para imciar naquele momento o quarto bimestre e a preocupação dos alunos era em obter o "diploma," devido a pressões profissionais e sociais (uma vez que a sociedade exige o término do ensino médio), e poucos iriam tentar um vestibular. Portanto, parte das atividades consistia em interpretação e matemática básica, tendo em vista as preocupações de cada aluno, a proposta foi muito bem aceita pelos alunos. Ainda na primeira aula decidimos, que as atividades seriam realizadas em grupos, os alunos tiveram a liberdade para formar os grupos conforme a preferência de cada um. o trabalho não seria sentar junto e cada um fazer a sua atividade, mas todos os participantes poderiam e deveriam dar as suas opiniões, caso fossem diferentes e não chegassem a nenhum consenso poderiam escrever ambas as opiniões nos espaços reservadas para a solução. Essa explicação tomou toda a aula, mas foi necessária para que não ficasse nenhuma dúvida entre os alunos. Como foi colocado inicialmente, a proposta de trabalho foi realizado com duas turmas diferentes, que vamos identificá-Ias por turma A e turma B. A reportagem (ver anexo 3 - i .~ Reportagem: Malhação Capitalista) escolhida foi determinada peja professora. Na turma A os trabalhos iniciaram-se com os alunos num grande ,círculo, todos ·1 " receberam uma cópia da reportagem, que foi lida, os alunos discutiram as idéias principais. Quando achava necessário o professor intervinha na discussão, mas na maioria do tempo as discussões ficaram mesmo entre os alunos. Quando achava necessário o professor apenas organizava as falas para que a aula não ficasse tumultuada e perdesse de vista o objetivo inicial. . Como houve bastante entusiasmo o tempo passou sem que percebêssemos, e a aula já estava
  • 37. 32 chegando ao fim. Assim tivemos que deixar para iniciar as atividades escritas (ver anexo 4- Atividades Propostas) para serem feitas na próxima aula. No dia seguinte os alunos já estavam com os grupos prontos para as atividades e a maioria contava com no máximo três participantes. Na turma B também foi feita uma explicação sobre como seria a realização das atividades usando a reportagem, porém não foi realizada leitura e nem discussão inicial da reportagem com toda a turma. Todos receberam cópia das atividades, sentaram-se em pequenos círculos ou duplas para fazerem a leitura das atividades antes de começarem a trabalhar as questões propostas. Mesmo as atividades sendo colocadas de formas diferentes, em ambas as turmas houve entusiasmo durante a realização do trabalho Os terceiros anos da noite tinham três aulas semanais de quarenta e cinco minutos cada, de modo que trabalhamos durante duas semanas para concluir as atividades, o que foi perfeitamente possível tendo em vista que o nosso trabalho tinha o objetivo de revisar alguns itens da matemática básica e trabalhar com a interpretação do texto lido usando como apoio didático à imprensa escrita. 3.2 - SOBRE AS ATIVIDADES A proposta é de que os conteúdos fossem trabalhados através de situações problemas previamente selecionados pelo professor. A escolha da reportagem foi de acordo com a faixa etária dos alunos envolvidos no trabalho, procurando um tema que chamasse a atenção e permitisse fazer referências a outros temas relacionando sempre que possível com alguns conteúdos matemáticos. Durante as atividades a postura do professor diante dos grupos teve um papel fundamental para o bom desempenho da proposta de trabalho, a sua capacidade de criar um ., .1
  • 38. ambiente favorável a buscas e descobertas, valorizando as discussões no processo de elaboração das respostas para se chegar à solução final As atividades deste trabalho foram elaboradas na tentativa de aproximar-se da definição dada a situações problema no Capítulo I, ficando a cargo do professor e dos alunos fazerem as observações necessárias e tirar conclusões em cada item Foram elaboradas questões de ':-j interpretação de texto e questões relacionadas à matemática Em algumas questões foi possível trabalhar outros temas buscando sempre a visão do aluno, mas as questões ainda estão longe de . ) serem consideradas situações problemas. Os problemas trabalhados foram classificados como problema de processo. o tempo destinado às atividades foi de três semanas o equivalente a nove horas aulas neste estabelecimento. Esse tempo pode parecer muito para se trabalhar as atividades propostas, mas devido a alguns contra-tempos e considerando que os conceitos da matemática básica não se .J encontravam bem estruturados para alguns alunos, utilizamos as aulas quando necessário para esclarecer dúvidas que persistiam, logo o tempo gasto não foi excessivo - . ~ ~.! 3.3- O DESENVOL 11ME NT o DAS ATJVIDADES As reportagens e as atividades foram entregues para cada aluno da sala e começamos a trabalhar. Os alunos estavam bem integrados no grupo, fazendo sugestões, criticando, discutindo as idéias dos colegas e colaborando para o desenvolvimento das atividades. Ao circular pelos grupos de trabalho foi possível observar que os alunos conseguiram levantar vários pontos de discussão no grupo, e, com algumas dificuldades elaborar respostas para as questões, mais objetivas. No entanto as dificuldades maiores foram interpretar e colocar no papel as questões relacionadas à matemática.
  • 39. 34 Após a entrega das atividades propostas, nas duas turmas, foram feitas algumas observações, transcrevo aqui o trabalho proposto e algumas respostas dos alunos, selecionadas aleatoriamente, sendo cinco trabalhos da turma A e cinco da turma B As respostas dos alunos foram escritas na integra, considerando erros de ortografia e concordância. PJ) Escreva de forma clara e objetiva a idéia principal desta reportagem. RiA - Que seus [uncionarios sejam todos saudáveis, assim. yoáendo aumentar aproduriv idade das e11?]Jresas. R2A - :Jvlaísrnot ivação de rrahaihos e ter maior yrodutívícfade R.JA - .Jl idéia. é que osfuncíonáYíos tenh am. mais vontade, ânimo de rrabalhar melhor disposicâo yara agüentar todos os seus horários. RtA - Objetivo foí com a impiant açâo da malhaçâo capit alist a. e . ; reduz ir as doenças dos seus [umcionários yroyoY de condu.z ir as yessoas . I cuidarem. de si mesmo e a principai idéia joi que tudo liso redúzir muito os custos dá emyYesa com os [uricionários. RSA - i que osfuncíonáríos travaIfiem com. saúde e yrazer, sem que o stress e o cansaço façam yaYte do seu dia-a-dia. ~B - 'Reiat ar sobre a idéia dos ernpresdr ios implantarem academias ;, em suas emyresas. R7B - Jt idéia.yríncfpal desta report aqem. é rnostyar que a ariv idade [isica diminui os gastos médicos no trabalho Rsn-.Jl ideia. yYínciya{ do texto é a apresentaçâo das emyYesas que investiram. e11Luma malh.açâo yara reverter o grande índice de
  • 40. · i sedentarismo em reiaçâo a seus [uncionarios, ayos as emyresas terem adoradas esse rnétodo o grande índice dé sedent arismo dim.inu.iu. - [ R9B - 5l idéia. yrínCÍya[ é haseada na const atacão de que urn. funcíonárío saudavei tr ahaiha. melhor e farta menos se economizam. 3,2 dOláres em custos médicos. RlOB - Se os [uncionarios estiverem. satísfeítos yroáuzeln melhor. P2) Quais foram os motivos que levaram os empresários a implernentar suas empresas com academias de ginásticas. RlA - Joram osfunc ionarios doentes, Sel1'Lyreyaro fis íco (obesidade) yor exempto, farta de h.u.mor; e assim. C01'nacademias de gínástícas, da ainda mais ânimo aos [uncionarios yara tr ahalh.arem, R1A - Com.os gastos de doe'nças, ho.ixa.ansiedade, farta de e111)JYegoe melhoram. hurnor dosfuncíonáríos fícam mais saudavei. RJA - 'Para que os [uricionários de rnais atenção yara sua saúde e yrecísem menos defartar sey'Víço e que sentam o'prazer de rrahalh ar. ~A - Joral1'Lminimiz ar os custos C01na saúde com os[uncionarios, também. yerdiam dinheiro quarido uns dos seus [uncionarios [aitav am. o e111)Jregoyor causa de doença. Rs.< - Com um contíngente altissimo de [uncionarios gordos e sedentários, as emyresas resoliverarn.fazer as contas doyrejuÍzo causado
  • 41. , ~ 36 .1 yefos maus h.ábiros. Descobriram. que não era youco dinheiro que yerdíam com asfartas ao tra6a[ho e os gastos com doenças. ~B - 'Para diminuir os gastos C0111saúde yoís C0111a ginástica feíta . ~ diariamente diminui-se muíto as doenças entre os [uncionários. Rm- Descobriram. que não era youco o dinhe iro que yerdlam com as fartas e os gastos com doenças. Rsn - O granáe número de sedent ários, a aiimentaçâo coritrola.da. e fazer chek-ups anuais yara 'Ver o número de goyc[uras. R9B - As emyresas resotveram. fazer contas do yrejuízo causado ye{Ós maus fiáGítos dé funcíonáríos gordOs e se.derit ários. 'E1112000 aiinqirarn. 910 6í[hões de dôíares e 30 % dessa. conta é yaga ye[as emyresas. C01'nacademias os [uncioriários yroáuzem mais e dão 111en05 yrejuízo com assisténcia. médica. RlOD - Porque eles gastariam menos C0111a saúde. P3) No Brasil empresas já adotaram as academias para minimizar os custos com a saúde dos funcionários. Além das academias que outras atitudes foram tomadas por essas empresas para que o programa dê certo. RIA - Tem rnuit as e1nyresas que não yaga1n hora extra com certeza, se essas. emyresas yagasse1n) esses [uncionários rrabath.ariom. mais aleqres. R2A - Para que os funcíonáríos tivessem. rnais mot ivaçâo ao seu trabalho e [aitasse menos yratícanCÚJ atividades [isicas
  • 42. R3A - 'Passaram. a conrroiar o cardap io dos bandejões e a [azerem. exames de rotinas. RtA - 'Umas das at itudes tornadas foram trazer yrofessores bem yreyaradós de yrímeíra Iinfia, ex iqem. U111.ambiente e caracteristicas técnicas senle{h.antes aos áasn'w{hores academias e tam6ón yassaram a controlar o cardapio dos baridejões e custear exames de rotina, como check-ups anuais. R5A - t yrecíso ter yrofessoyes 6e111.yreyaraáos, aparelhos de yrímeíra iinh.a. e yrogramas que incent ivem. os [uncionarios a suar a carniset a. J't{ém disso, as emyresas brasileir as yassaram a conrrolar o cardápio dos bandejões e a custear exames áe rotina. como chei: - uy. 14/J - 'Para que osfuncionáriDs tÍveSSe11'Lmais rnot ivaçâo, disposição e fartassem menos. R7J3 - .J.s e'rnyresas brasileiras yassaram a controlar o cardápio dos bandejões e a custear exames de rotina, como chei: - uys anuais. ~B - O controle de cardápios e chek-u.ps anuais. R91l - As emyresas brasileiras yassaram a contratar o cardápio dos bandejões e a custear os exames de rotina. como chei: - uys anuais. R10R - J'oral1t com alimentação, inclu.i exames [isicos, detalhados com medição dós índices de goráuras Corporal. e a assistência nutricionai. As três primeiras questões propostas são de interpretação, a maioria dos alunos, conseguiram identificar a idéia principal da reportagem, o que era o programa e quais as
  • 43. , j I f I 38 ::1 r: ".; -;. vantagens para essas empresas. Podemos observar nas respostas que há erros de ortografia, dificuldade na elaboração das frases e erros de concordância, como a respostas dada na questão 2: "Com os gastos de doenças, baixa ansiedade, falta de emprego e melhoram humor dos funcionários ficam mais saudável." Houve também respostas que não estavam coerentes com as questões propostas, veja duas respostas dada à questão 3: "Tem muitas empresas que não pagam hora extra com certeza, se essas empresas pagassem, esses funcionários trabalhariam mais alegres". "Para que os funcionários tivessem mais motivação ao seu trabalho e faltasse menos praticando atividades fisicas" .. t - Foi possível observar que durante as discussões em grupo os a/unos consegurram identificar a solução, mas tinham dificuldades no momento passar as respostas no papel. P4) Retire do texto expressões e palavras que estão relacionadas com a matemática. ; r RlA: Os cálculos mostram. que, e111 1980, os custos do ...; 'Das 1000 ir ! maiores companhias do yalS, 93% fwje yossuem uma academia. de qinâstica; Lá, freqüentam a academia. 1200 dos 2000 [uricionarios; 'U111 recorde se comparado aos níveis médios mu.ndiais de 15 % a 20%. R2A: NÚl11erOSnaturais, yorcentage1n, decimais e inteiros. R.JA: Porcentagem, números naturais, tempo e sistema rnonet ário. ~A: 1980, 173 6í[fiões de dotares , 2000, 910 6í(fiões , 30%,,1000, 93%, 4300 emyresas, 3,2 dó(ares, 40% 15%, 20%, 1,2 rniihôes de do (ares, 10% dos [uricionários, 40%, 4000 [uricionarios, 1200 dos 2000 [uncionários, 1000 metros e 3000 médicos.
  • 44. (' ) r ., r' 39 r r RSA : Dínheíro, 1980, J73 bilhões, 2000, 910 bilhôes, 30%, 1000, 93%, !v- i-- .~ } , r 4300, números, 3,2 dôlares, rneio, yrímeíra~ fiora, tempos, trimestrais, 40% .niveis médios, 15%. 20%, 1,2 rniihões, 80%, yarte, centro, 4000, ordem, r, medição, 1200 metros quadrados, 3000. 148: Contas. Cálculos, yrímeíra, miihâo, maior, menos, 1980, 2000, , '..- 30%,90%. R7B: 173 !3í{{iõesde doíares, 'Em 2000 ..., atinqiram. inacrediiaveis 910 bilhôes, cerca de 30%, das maiores companhias ..., 93% hoje yossuem ..., já são 4300 emyresas ..., cnega a 40% ..., de 15% a 20%, 1,2 milhões de -dátares, 80%, 40%, 4000, 1200 dós 2000 funcíonáríos, rnais áe /000 rnet ros I r-i quadrados, 3000 médicos. ! r RsB:40% um Record. se comparado aos rtiveis anuais, com a adesâo., ~ ! de 80%. dos [uncionarios as consuitas dos amhuiatorios diminui quase j !.--- 40%. r- I .r ir ~ R9B: 173 6í(fiões áe dotares, 910 6í(fiões, 30%, 93%, 3,2 dáiares, 40%, t.rimestrais, 15%, 1,2 milhão de dotares, 80%; 1000 metros quadrados. RlUB~ Nurrier ais monetários, números naturais eyorcentagem. As duas turmas apresentaram respostas semelhantes para esta questão, alguns grupos foram mais objetivos, outros exploraram melhores as informações contidas na reportagem. A dificuldade em elaborar respostas que não sejam numéricas em matemática é muito comum, pois i r os aJunos não estão acostumados a raciocinar e escrever na disciplina de matemática, mas sim aplicar fórmulas para obter respostas, na maioria das vezes, exatas
  • 45. ·;.-. 40 Na pergunta seguinte, além da resposta numérica a questão pedia um comentário ou justificativa, vejamos como foram as respostas. Ps) Segundo a reportagem em 1980 os custos com o sistema de saúde dos americanos foram em média 173 bilhões de dólares e em 2000 de 910 bilhões sendo que,, " aproximadamente 30 % dessa conta é paga pelas empresas. a) De quanto foi o aumento de custo com o sistema de saúde americano de 1980 a 2000.Comente a sua resposta. b) Considerando que esse aumento foi uniforme nesse período, de quanto foi o i--. aumento por ano. Comente sua resposta. c) De quanto foi o valor aproximado pago pelas empresas em 1980 e em 2000. J ·1 Comente sua resposta. , l~ RIA:a) 910 - 173 = 737720 = 36,85 bilhões 6) 737 20 = 36,85 bilhôes : :~ c) 1980 = 173 - 121,1= 51,9 6í{ftões, ! ;,..- 2000 = 910 - 673 = 273 bilhôes Não fez comentário em nenhuma questão. ; L- R2A: a) 910 - 173 = 737720 = 36,85 hiihôes .", 6) 737 20 = 36,85 bilhões c) 1980 = 173 - 121,1= 51,9 bí[ftões 2000 = 910 - 673 = 273 bilhões Não fez comentário em nenhuma questão. R.JA:a) 173 - 910 = 737· Comentário: Os custos de saúde subiram. muíto em 20 anos.
  • 46. 41 6) 36,85 Comentário: 'Esseaumento foí, muito alem. do que devia por ano. c) 173 - 30% = 121,1 e 173 - 121= 52 yor ano Não comentou a última questão, R.A: a) 910 - 173 = 737 bilhões de áó {ares. Coment ário: foí muito grande o v alor de custo yago ye{a emyresa ir', depois de 20 anos. [ ,~ 6) 737/20 = 36,85 37 IJí[fiõesdê dotares Comentário: 'Um aumento de aproximadarnente 30% é muíto alto. c) 910/30 = 30,33 x 100 = 3033,3 Comeru.ário: Se fosse aqui no Brasil essas emyresas nem tinharn. nome escríto no muro. t muito alto. RsA: a) foí áe 737 6í{fiões. Comeritario: J:ls emyresas estão cada. vez mau interessados na saúde dos seus [uncumár ios, yor isso Iucram. com os investimentos. 6) 910 -':-20= 45,5 bilhões Comentário: t um v alor muito alto yara ser investido. c) 'Em 1980 foí yago ye[a emyresa 51,9 hiihões de dotares e em 2000 273 6í{hões. Comentaria: tyrecíso ter certeza dê que irá dar certo yara yodér investir tanto dinheiro. ~B : a) 910 - 173 = 737 -':-20= 36,85 hilh.ões de dotares
  • 47. 42 6) 737 -ê- 20 = 36,85 biihôes c) 1980 = 173 - 121,1= 51,9 bilhôes 2000 = 910 - 637 = 273 biihôes. Não fez comentários. R7B: a) 34 % c) 1980 = 51,9 e 2000 = 273 Não fez comentários e nem respondeu o item b. RsB: a) 40% Comentario: 'Em numero isso sígnifica que yara cada dotar I investidos em atividade físíca se economizam. 3,2 dotares em custos méáícos. 6) Comentário: 80% desse aU111.entoyor ano. c} Comeni drio: Cerca de 30% dessa conta é yaga ye{as emyresas. R9S: a) 910 - 173 = 737 biihôes yor ano Comentário: Com este aumento de ínvestímento em. tratamentos justifíca-se a inst alação de academias nas e11'lyresas. i~ j i l~ I I :-6) O aumento foí de 36,85 bilhões de dolares Coment ario: O aumento yor ano demonstra que os [uncionarios a cada dia. se tornavam mais gordos e sedeni arios. c) 'Em 1980 foí de aproximadament:e 576 bilhôes de dôlares e em 2000 foí de aproximadamente 3,033 bilhôes de dotares.
  • 48. 43 Comerüario: O custo yago ye{as enpresas é alto, mas ayenas 30 % do v alor, dá yara se ter uma idéia. de quanto o governo gasta yara manter a saúde no yaís. RtoB : a) Joí de 737 6í{/iões. Comentario: O aumento foí muito youco yorque em. 20 anos era yara ter um aumento maior. 6) 36,85 yor ano. Comentário: Por ano considera. um. v ator razodvei: c) 173 - 30% = 121,1 e 173 - 121 = 52 yor ano. Coment ário: Poderiam. rneíhor rnais. Como a resolução iniciava com uma operação de subtração, referente aos valores gastos no ano de 1980 e de 2000, os alunos resolveram corretamente, houve alguns erros, como: Rm= 34% e RsB = 40 (~/o,porém poucos fizerem comentários, isto nos leva a crer, que não estavam seguros quanto ao aumento dos gastos nestes 20 anos.Na questão seguinte, os alunos utilizaram a operação da divisão, o número de acertos foi grande, mas houve algumas confusões quanto ao valor a ser considerado para esta operação,tais como: R5A de 910 -7- 20 = 45,5 , R8B = 80% desse . aumento por ano. No item c o número de acertos também foi grande, contanto com alguns erros, como: "Cerca de 30% dessa conta é paga pelas empresas". "Em 1980 foi de aproximadamente 576 bilhões de dólares e em 2000 foi de aproximadamente 3,033 bilhões de dólares" e alguns grupos arredondaram os valores obtidos no item c, talvez porque foram acostumados a trabalharem com números inteiros. Porém a maioria dos alunos não fez comentários. Observando os alunos, em sala, percebi que houve discussão a respeito dos resultados no entanto a dificuldade em passar isso para o
  • 49. 44 .~ papel está muito presente e poucos se arriscaram a tecer um comentário por escrito. Eles estão acostumados a dar respostas numéricas sem questionar a sua coerência com as questões propostas, ou talvez, não se sentem capazes de questionar algo que parece tão certo como é considerada a matemática P6} Que tipo de relações podemos fazer com "Os custos do sedentarismo ... e os Beneficios do Incentivo à ginástica", conforme mostra a reportagem. RIA - Não respondeu as questões. R2A - Diminuiu. os custos com os [uncionários, aumenta o trabaiho dentro dá emyresa e osfuncionários mantém uma saudávei. RJA - Éyrecíso também de academias no serviço. RtA - Só com o trabalho sem. os beneficios dá 9 inástica os trabalhadores fartavam mais e davam. mais despesas yara as firmas. 'E com os benefícios' da ginástica os trabalhadores tr ahalham. mats, dão menos despesa. e estão semyre motivados e com bom ânimo. RsA - Tem que ser atrativo o suficíente yara manter os alunos. 5ls emyresas fízeram as contas dos yrejuízos causados ye{os maus fiá6ítos. I Descobriram. que não era youco o dinheiro que yerdiam com as [aiias dó rrahalho e os gastos C01n doenças. 'Entre tantos outros beneficios, os, ,'.-- exercícíos [ortaiecem. o sístema imurioloqico, baixam. a ansiedade e melhoram. o h.umor, yoís [uncioruirios saudáveis, trabalh.am. melhor e falta menos.
  • 50. 45 ,'..... ,-.. ~D - 'Diminui muito os custos com [uncionarios, yois a ginástíca traz um beneficio yara a enpresa que foi a diminuição doas doenças que os[uncionários tinham. R78 - 11m rrabaih.ador sedentário tem. mais custo com a saúde, traz mais yro6(ernas yara as elnyresas, farta 6astante. 'ilrn. tra6a[fiaáor com incentivo a ginástíca trabalha. mais do que sedentário, tem 40 % mais rendimento ..farta menos) não tem. quase gastos com. a saúde geranáo maior yroáutiviáadé. Rsn - O incentivo é ter um [uncionário saudavet que trabalh.a nulJior e que farte menos ao rrahalho. R98 - Juncíonáríos sedentários fartam 30 % mais e gera 40 % a mais de despesa. com. saúde. Fumcionários que yratícaln qinástica. tem. maior yroáutívíáadé e uma ótíma motivação yara o trahalho e iucros yara as emyresas. L RlOB - O tr abaihador sedentário farta 30 % mais ao emyrego e gera 40 % a mais de despesa com saúde yara as emyresas. O incentivo à L gínástíca tem um. índice de 30% maíor áe yroáutivíáadé e reqistra. uma motivaçâo 'para o trabatho de 40 % que que o [umcionario que é sedentário. Poucos grupos deixaram de responder esta questão, conseguiram fazer relação do custo de sedentarismo e o incentivo à ginástica tanto para as empresas como para os funcionários, 1, como escreve o grupo R5A - "Tem que ser atrativo o suficiente para manter os alunos. As L
  • 51. 46 empresas fizeram as contas dos prejuízos causados pelos maus hábitos. Descobriram que não era ... ! pouco o dinheiro que perdiam com as faltas do trabalho e os gastos com doenças. Entre tantos outros beneficios, os exercícios fortalecem o sistema imunológico, baixam a ansiedade e melhoram o humor, pois funcionários saudáveis, trabalham melhor e falta menos". A maioria dos alunos que participar'am destas atividades trabalha, portanto houve várias discussões quanto a este tipo de empreendimento que vem ocorrendo nas empresas de grande porte e vários deles ·~r.,~.' , manifestaram a vontade de trabalharem nestas empresas. P7) Quais empresas no Brasil já aderiram ao programa das academias. E como os funcionários reagiram aos programas. . ; RIA - A Coca. - Cora, a Souza Cruz, Tohrison. & Tofins011, Pão de Açúcar, o 'Hospital Paulist à Santa Loana. Reaqiram. com simpatia. .. i R1A - 'Rede central; 'Pâo áe Açúcar, em. São Paulo, :J-{osyíta.fPaulista. Santa Toana, Lohrison & Lohrison em São José dos Campos, Coca - Cora no 'Rio de Laneiro, Os funcíonáríos [icam, com mais ânimo yara ir ao : .t ,.-< trabalho diminuindo suas fartas e mantendo seus coryos em forma e saudávei: RJA - Supermercado Pâo dê Açúcar em São Paulo, o Hospital Paulista. Santa Toaria., na Lohrison.& Tohrisoriem. São José dos Campos. -. Como a maioria. das yessoas aderiram. os exerCLCWSe sinal' dé que reaqiram. com muita. espont áriiedade R..A - Coca- Cora, Souza Cruz, Lohrison.& .Iofinson, Tão de Açúcar. Parecia. ordem. dó yatrão, mas as auras de gínástícas foram recebidas com simpatia. ye[os [uricionários.
  • 52. 47 RsA. - Na Cocas - cora as aferíções são trimestrais, a adesão 'a academia na sede da. e111:.presano 'Rio de Taneiro, chega aa 40 % . Na. Souza Cruz, com investimento de 1,2 miihão , a adesão é de 80 % dos -; --, [uncionários. Se voa yarte dos [uncionarios não fumasse, os resultados seriam. melhores . ..Jl. fohmson. & Lonnson , em São José dos Campos, os 4000 funcíonáríos yartíciyam da academia. O supermercado Tão de Açúcar, ;.. em São 'Paulo, a academia éfrequentaáa yor 1200 dos 2000 [uncionários. O Eospitai Paulist a. Santa Loanà também. montou seu esyaço que fica à disposição de 3000 médicos e inciuindo quadra. de ténis . . -; Rsu - Coca- Cora, Souza Cruz, ]on.nson & Toh.nson, 'Pão de Açúcar e .Hospit asi Santa Toaria: R78 - Coca- cora, Souza Cruz, Lolinson & Lohrison, 'Pâo de ..Jl.çúcar e i .r- .Hospitai Santa Toana. . Bem. , yoís dá um incentivo maior aos seus trabalhadores em serv íço RsB - A Totinsori & Tohrison.em São Paulo na reqiâo de São José dós Campos e afávríca de ciqarros Souza Cruz. R9B - Coca - cora, a aáesão di1.academia. na sede da. em}J1;:-esano río ; 1"- de Janeiro chega à 40 %, um recorde se compar ado aos riiveis mundiais, de 15 % 'a 20 %. Souza - Cruz, com adesão de 80 % dos funcíonáríos as consultas nos ambuiarorios da companhia. cairam. 40 % desde a inauquraçâo da academia.
  • 53. 48 -1,,-:.....)j ) ~.:! j I :;....! í;...(. -. ~ -; !,-... ; Lohrisori & Tohrisori foí acompanhada de uma iniciativ a. meío ínervante 'yor yarte do depart ameriio dé recursos h.urriarios, yoís no fínt do dia os 4000 funcíonáríos recebiam. a sequinte mensagem na teia do compurador "Hora da.gínástíca". 'Efoí recebida com simpatia. RnlB - Coca - Cora,Souza Cruz, Jofinson & Lohnson. e Pão de Açúcar. . i o-r' Os trabalh.adores reaqiram. de [orm.a. naturai' porque eles recebiam. a mensagem yeCos compuradores. 'ECesadotaram. corno uma ordem. de tra6 a{Fio. Ps) A rede de supermercados Pão de Açúcar em São Paulo adotou o programa de academia na empresa. Como este programa foi organizado para que pudessem atingir o ,-./- objetivo do programa. RIA - A ínfra estrutura inciu.i exames físícos deralhados como a ..:-- me~íção dos índices de qordura. corporal. e assistência. nutricional. .; -;- R2A - .Jt rede inclui inclu.i exames físicos detaihados com mediação de.goráura corpor ai e assistência. nutricional. .; I· ~A - :roí oraan.izado C01numa ínfi/a estrutura, com exames físícos detalhados com medição dós índices de goráura corporal. e assistência. riutricional: São mais de 10()() 1n2 de instaiaçôes e equipamentos comparáveis aos melhores centros de qinásticas. ~A - No escritório central da. rede supermercados Pão de .J'lçúcar, em São Pau [O, a ínfra estrutura inclu.i exames físícos detathados como a medição de índices de qordura. corporal e assistência. nutricionai. /
  • 54. 49 RSA - Com ínfra estrutura que inciui. exames [isicos detaihados, J -1 • 1 r'< como a mediçâo dos indices de goráuras corporal. e assistência. ruuricionai. ~n - Pois a infra estrutura inciui exames [isicos detalhados como a meáíção de índices áR gordura coryora{ e assisténcia. nutrícíona{ e são J rnais de 1000 mr de instaiaçâo. R7B - Inciu.i exames físícos det alh.ados como a medição de índices de , 1 r goráura corporal, assisténcia nutricionai: Com. mais de 1000 mr de instalações, equip amentos comparáveis aos das maiores centros áe j academias de gínástíca. RsB - .Jt ínfra estrutura inclu.i exames [isicos detalhados com a ). m.eáíção de índices de gorcfura corporal. e assisténcia. nurricional: Lá frequentam a academia 1200 dos 2000 [uncionários sendo mais dê 1000 'Jn2 de instaiaçâo. R9B - Inciu.i exames fis icos detath.ados, como a medição de índices dê qordura corporal e uma assisténciá nutricionai. 1200 dos 2000 [uncionários, 1000 m2 de ínsta[ações cornparaveis aos melhores centro de academias de gínástícas , '!- RJOB - .Jl ínfra estrutura inctu.i exames físícos detalhados conto a L medição de índices de goráuras corporal' e assistência. nutricionai; 1000 '-, '~
  • 55. 51 RSA: De quanto foí o v alor aproximado yago ye{as emyresas no ano áe 2002. 910 +22 = 41,36 Fo! yago aproximadamente 41,36 6í{fiões. ~B: :faça uma conta onde se caicula a áiferença entre 30% e 90%. 90% - 30% = 60 % Quantos anos têm que nasceu em 1980. Sabendo que estamos no ano de 2000 . .J 2000 - 1980 = 20 anos R7B: 'Urna. emyresa têm 2000 [uncionarios, desses 1200 vão ser dispensados. Qua{ a yorcentagem de [uncionários que cont.inuam na empregados? 60 % Rsa: 'Por exempio dizemos que numa emyresa fiá 2000 [uncionários e demita. 40% deres,fíca no tot al. ayenas 800 [uncionários só na emyresa e com. ISSO os Iucros do yroyríetárío aumenta e cada vez mais os desempreqados. R~m·.Não fez.questão. RlOB: 1200 - 20 % = 960 Esta foi à questão que os alunos mais reclamaram, pois tinham que elaborar e resolver uma questão, e a maioria achava melhor resolver questões já elaboradas pelo professor. Os alunos estão acostumados a resolver exercícios já prontos e quando se deparam com situações diferentes, como no caso da questão 9, a maioria preferiu não fazer a questão, deram pouca
  • 56. , , 50 J. ·1 mr de instalações e equipamentos comparáveis aos melhores centros de academias de gínástíca. Nas questões 7 e 8,os grupos obtiveram aproveitamento máximo, alguns fornecendo mais ) detalhes, corno R9B- "Coca - Cola, a adesão da academia na sede da empresa no Rio de Janeiro chega a 40 %, um recorde se comparado aos níveis mundiais, de 15 % 'a 20 %. Souza - Cruz, .L com adesão de 80 % dos funcionários as consultas nos ambulatórios da companhia caíram 40 % desde a inauguração da academia. Na empresa Johnson & Johnson foi acompanhada de uma iniciativa meio enervante por parte do departamento de recursos humanos, pois no fim do dia os 4000 funcionários recebiam a seguinte mensagem na tela do computador "Hora da ginástica" e foi recebida com simpatia". Outros sendo mais objetivos, como: "R3A - Supermercado Pão de Açúcar em São Paulo, o Hospital Paulista Santa Joana , na Johnson & Johnson em São José dos Campos. Como a maioria das pessoas aderiu os exercícios é sinal de que reagiram com muita espontaneidade" Na questão seguinte os grupos tinham liberdade para elaborar um exercício ou uma .)--- situação problema e resolvê-Ia. , r P9R) Elabore e resolva exercícios Isituações problemas que envolvam alguns dos itens relacionados na questão 4 RIA: Não fez. 910 - 173 = 1,083 4300 - 90% = 8,170 i- R.JA:1200 - 20% = 960 ~A: 910 biihôes de doiares e teve 30 %yago ye{a enpresa. 910 +30 % = 3·033.33 13í{hõesde dotares ye{a emyresa entre 1980 e 2000.
  • 57. importância ao enunciado, alguns fizeram cálculos errados e respostas que não tinham nada a ver com a atividade proposta, como aconteceu nas respostas R2A, ~A e R6B. Poucos elaboraram um enunciado para as questões, apresentando só as operações a serem realizadas, isto nos leva a crer que desde o início a matemática foi apresentada a eles como sendo somente cálculos numéricos, onde a escrita tem pouca importância. Esta experiência mostra a importância do professor trabalhar com problemas elaborados pelos alunos, pois ao longo do ano os alunos são levados a pensar na linguagem que usam, a importância em expressar com clareza as idéias de uma situação problema para que o leitor possa entender a pergunta ali proposta. Os problemas apresentados pelos alunos podem ser classificados como exercício de treinamento. PIO) Se fosse funcionário de uma empresa que adota este programa, o que acharia? Por quê? RIA - .Jl..cnaríamosmuíto bom,yoís com certeza é verdade ira afrase qu.e diz: u.mayessoa que não faz exercícío nenhum, fíca com mar humor e não aumenta ayrodutívícfade no trabalho. RZA - Seria muito bom, yoís dessa mane íra o rrahalho se tornaria. um Iuqar onde todos os[uncionários teriam. maus ânimo e disposição. R:JA - Acharía bom, yorque eu.me empenharia. yara trabalhar m.ais já que teria mais disposição e sabendo que estaria. bem. de saúde. &tA - 'Eu acharia. muíto bom, porque ele incentiva. nós a [azermos semyre exercicio e deixaria. o tra6a[ho com o ambiente [amiliar onde yodéríamos contar nossas hístórías e comentar sobre serviços dó dia a áía.
  • 58. ·' ';j . L 53 RsA - Acharía ótímo. Porque só com uma boa saúde mental e um co~po sau.dável; é que yodémos trabalhar com. -verdadeira. saiis[ação, trazendo Iucros e benejicios ydra a emyresa. R6n - Acharía ótímo, yoís hoje em dia o que a yoyu[ação mais yrecisa éfazer gínástíca, yoís o número de doenças aumenta a cada dia. 'E também a gínástíca ajuda a diminuir o stress que também cresce muito e também yara sentir-se em forma e me {horysíco{ógícamente. R711 - Acharíab01n, yorque seria uma forma de dar v aior ao trabalhador e aiudaria a acabar C0111o stress. RS8 - Seria. muíto bom ver uma emyresa se yreocuyar com seus funcúmárws, yoís a arividade tr=. é boa yara o coryo e todo o [uncionamento dó coryo humano. Já que as estimativas das emyresas que adotaram. esseyrograma v iram. que seus [uncionários [icararn. mais motivados no rrabalho. R9B - 'É bom fazer exercícío requiares e ter semyre um médico a disposição. RIOB - Eu.já traôathei em. uma emyresa com, academia, o yessoa{ adorava: t import aru.e esseyrogra1na e uma forma de fazer e faz bem yara a saúde. Todos os grupos responderam à última questão dando suas opiniões, algumas ricas em detalhes e outras mais objetivas.
  • 59. 54 o fato de ter sido realizada uma leitura e discussão da reportagem com todo o grupo na turma A, facilitou o desenvolvimento das atividades propostas, já a turma B demorou um pouco mais para entrar no clima de discussão em grupo, querendo inicialmente dar respostas L individuais sem considerar sugestões dos colegas, como podemos perceber nas respostas dada na primeira pessoa do singular. No geral, achei os resultados foram bastante positivos para o professor e para os alunos, I ~ pois mesmo no intervalo vinham perguntar a respeito das questões, se estavam fazendo certo ou ~" L- o que tinham que fazer para chegar a uma resposta. Para mim ficou claro que estava no caminho certo ao trabalhar com a resolução de problemas no ensino de matemática, mas que há muito a melhorar. Ao observar as dificuldades apresentadas pejos alunos, percebi que é necessário fazer todo um trabalho anterior desde a elaboração de um exercício, o enunciado e a solução dos "i--- mesmos devem ser claras para o professor e para os alunos que irão ler, a diferença entre v- I ; .>: exercícios e problemas. A elaboração de problemas pelos próprios alunos como uma ferramenta adicional, muitas vezes valiosas, na tarefa de ensinar Matemática, não substitui as muitas outras ferramentas que nós, professores, usamos. Ela é, sim, uma a mais para ser usada.M.ANDEL(1994 p.lI) .,,-.
  • 60. ;~ 55 CONSIDERAÇÕES FINAIS .:1- Neste momento é preciso retomar o problema que colocamos no início deste trabalho "A utilização de revistas e jornais, como apoio didático auxilia no ensino/aprendizagem da matemática ?" ..L, Concluímos que sim, para isso basta observarmos as respostas dadas pelos alunos e o comportamento dos mesmos em sala de aula. Com isso, é possível estabelecer objetivos a serem alcançados durantes nas aulas, bem como garantir a formação de cidadãos mais consciente dos problemas da sociedade. Para a desenvolvimento deste trabalho partimos das seguintes hipóteses: a imprensa escrita pode ser um apoio didático na elaboração de situações problemas em matemática e a resolução de situações problemas enquanto metodologia de ensino aproxima a matemática formal da matemática do cotidiano. Dentro dos limites delineados no início deste trabalho, fizemos uma reflexão sobre a resolução de Situações Problema como uma metodologia de ensino de matemática, sendo necessário que o professor reconheça seu papel de artífice de um currículo que privilegia as condições de aprendizagens que a utilização da imprensa escrita na sala de aula contém nos seus diversos domínios de informativo social, retirando-o da clandestinidade, .explicitando-o como recurso pedagógico de professores cônscios de sua autonomia e responsabilidade no processo de ensino / aprendizagem. Ao escrevermos sobre como o professor ! !~, utiliza a resolução de Situações Problema em sala de aula, vimos como é dificil, mudarmos a prática pedagógica do professor e porque os avanços discutidos na Educação Matemática são incorporados lentamente nas salas de aula. Seja pelas condições de trabalho que a maioria dos professores estão submetidos, pela própria formação ou falta de informação. Ao apresentarmos uma proposta de Situações problema envolvendo conteúdos matemáticos elaborados a partir de temas propostos pela imprensa escrita, percebemos que conseguimos desenvolver o espírito
  • 61. 56 crítico dos alunos, os quais apresentaram uma motivação maror pelas aulas de matemática. Além disso puderam desenvolver o aspecto social, cultural e econômico, ajudando a formar um cidadão consciente, acreditando que as mudanças também acontecem a partir de cada um de nós. Precisamos conceber a matemática como uma construção humana e histórica, conjuntural e, por J )- isso, é mutável. Não é nossa pretensão afirmar que uma proposta metodológíca seja melhor ou pior que outra, mas acreditamos que ao escolhermos a Resolução de Situações- problema para trabalhar a imprensa escrita como apoio pedagógico no processo de ensino laprendizagem da matemática, I I t conseguimos atingir os alunos, no tempo disponível, além dos limites da informação científica, maJ também na formação enquanto cidadãos. Enfatizo estas questões, pois devemos ter clareza I quanto ao objetivo que pretendemos alcançar, enquanto educador, no momento da escolha da metodologia a ser utilizada no processo de ensino laprendizagem, neste caso da Matemática. 1 Analisando nossa caminhada até aqui, podemos afirmar que estamos conscientes da necessidade de estarmos buscando o aperfeiçoamento quanto ao trabalho que desenvolvemos em sala de aula, pois encontramos nesta pesquisa, não a resposta para as nossas angustias pedagógicas, mas o início de uma constante reflexão pedagógica sobre o espaço da sala de aula e sobre as ações de cada um dos elementos que a compõem.
  • 63. j l~ , l~ 1 r I i~ ! '~ " PROGRAMAS DE JORNAL NA EDUCAÇÃO ANExol 1_ i ;~ !- i.1~ il~
  • 64. i?!lf u{ i1~i :t-.. &1, '~':~Jtj, ~'~!. ,~f(~' .~'"'r,' ·ú ~'i tlt~ 1m:; t~, '- '".":""',''1 'Amazonas (AM) A Crítica A Crítica na Escola --_.._--------_._-- .-- .. '- - .,' -. . ·Bahia (BA) A Tarde A Tarde na Escola -_._-._-------,-- ..- ..•._- - Ceará (CE) Diário do Nordeste Jornal na Sala de Aula ----------'-_._----_.----------_ ..- ..- Distrito Federal (DF) Correio Braziliense Correio Escolas ...-------_.-.. - Gazeta Mercantil Gazeta Mercantil na ------- .._._---_. -- --_..._- Universidade A Gazeta na Sala de Aula ------ . - -- --.- . Espírito Santo (E~.L__;_g.a~~~ .. ._. ____ G_oiás~g.<?~..<?!:0r::~J~~ o Minas Gerais (MG) Correio Almanaque-Escola Correio Educação EM Vai às Aulas Correio e Escola Estado de Minas•••••••• _ "·.0 •• " Mato Grosso do Sul (MS) Correio do Estado ,._- ---------_.' .. ... O Progresso Pará (PA) O Liberal . --_.----- - - Pernambuco (PE) Piauí (PI) ._-- Paraná (PR) ......:_-_.-----_. O Progresso na Educação O Liberal na Escola "---' . - .. - Diario de Pemambuco Leitor do Futuro Jornal do CommercioJC nas Escolas_. _.._--- O Dia O Dia na Escola- ... _._..._-_ .. - . Folha de Londrina Projeto Cidadania- •• ', ••• "'" •• "-_ •••••••. 0"0 , _ Gazeta do Povo Ler & Pensar ... -- - '" Folha de Palotina Fazendo Escola O Diário do O Diário na Escola J~:' ~ "'i l~ '~~ %Ia~. liI li! I!.~ Norte do Paraná ODia O Globo Rio de Janeiro (RJ) ~;: O Dia na Sala de Aula- ..._- ..,.-.-._- .. - - .-. Quem Lê Jornal Sabe Mais . ' ..- - " •..-. - Diário de Natal Projeto Ler A Razão A Razão de Ler Jornal NH NH na Escola Zero Hora ZH na Sala de Aula,---.- o, _. '" Santa Catarina (SC) A Notícia A Notícia na Escola___ o __ .~ - _._. Folha do Oeste Jornal na Escola --_.---- São Paulo (SP) A Tribuna Jornal, Escola e Comunidade - -_._---- ----- .._~orr_ei~ Popular .. __.__S:?l!~!~_E~c.~la Diário da Região .g.!_?l}2~I_naEducação _._. .__ [~iá~() de Sorocaba _I?!.ário.~?~_~ação Diário de Suzano DS Escola--_._._-----~----_._-----_ ... _- - -_..__ .._----.---_ ..__ ..__ .. _-- -- .'-'-". _____ . . ~i~.???~?~~. .E~~~0_Jj_c1.u~a9ã~__ ... _ ._.. . . _.,.[).~~o P~P~~ __ O Jo~~~_~~~l~_?_~_~ul~_ ___ . ---'F_~~~d_~_Re~ão __ Fol~:J.~_e~i~~.~~ .__. 1!:' Rio Grande do Norte (RN) Rio Grande do §.?,l.~~) , ..•. j>. - Sala de Aula j i;,:~.:: '" ..... No Próximo número: o PAPEL DA INFORMAÇAO JORNAlíSTICA NO ENSINO UNIVERSITÁRIO ? Por que os estudantes uni ver Ia sitários não lêem jornais? ? Por que é tão importante a in • 11 formação jornalística no nível universitário? ? Como conscientizar professo • res e estudantes sobre a impor- tância da informação jornalística na formação dos universitários? li) Como otirnizar o uso do jornal !:I como fonte de pesquisa e como indicador das necessidades sociais que devem ser objeto de pesquisas universitárias? ? Como proceder a interação HI universidade/jornal dernocra tizando a informação científica? ? Como a interação universida • de/jornal pode contribuir para o desenvolvimento de uma classe universitária mais crítica e consci- ente? ? Como adequar o programa Jor li nal na Educação ao nível uni- versitário? Participeda VOCE elaboração desta matéria Envie suas idéias, sugestões, opini- ões, dicas de livros, artigos ou no- mes de pessoas e instituições liga- das ao tema. ~~.l-:;- f.. )::., .:jt,"" t,;.;., III
  • 65. .L I -1-- BOLO - BOLETIM DE LEITURA ORIENTADA ANEXO 2 ; i :"