SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
PATRÍCIA EMANUELE GOMES GUARATE




                “DIDÁTICA DA MATEMÁTICA”




                                   Trabalho de APS.

                                   Profª: Monique




                        SANTOS

                          2012
DIDÁTICA DA MATEMÁTICA

INTRODUÇÃO

A Educação      Matemática também        chamada          de Didáctica   Matemática (em
países europeus) é o estudo das relações de ensino e aprendizagem
de Matemática.     Está    na    fronteira   entre    a    Matemática,    a Pedagogia e
a Psicologia.

Desde o início do século XX professores de matemática se reúnem para
pensar o ensino dessa matéria nas escolas. A partir da década de 1950,
a UNESCO organiza congressos sobre educação matemática. E a partir
da década de 1970 surge inicialmente na França, a didática da matemática
enquanto campo para a sistematização dos estudos a cerca do ensino da
matemática. Os teóricos envolvidos defendiam que cada área de ensino
deveria pensar em sua própria didática, reconhecendo que não poderia haver
um campo de estudo único que atendesse as especificidades de ensino de
cada campo do conhecimento.

A    organização      de        campos       de      pesquisa      na     área   dentro
das universidades incentivou a criação de organizações de professores de
matemática, que atualmente tem grande influência sobre a elaboração das
diretrizes curriculares na área em diversos países.

A psicologia aparece como o campo do conhecimento científico que dá
instrumentos para compreendermos os processos educativos. Nesse sentido
as principais correntes da didática da matemática, sempre estiveram
diretamente ligadas às diferentes tendências da psicologia.

      Esse trabalho busca refletir sobre as contribuições da formação
matemática do pedagogo, de modo especial, na disciplina Didática da
Matemática, em consonância com a prática pedagógica desse profissional,
numa perspectiva crítico-reflexivo para o contexto das séries iniciais do ensino
fundamental. É parte da proposta de discussão teórica de uma pesquisa em
andamento que estamos realizando em um Programa de Pós-Graduação em
Educação.
Para tanto, propomos um estudo de natureza qualitativa de cunho
explicativo.   Inicialmente   apresentamos     uma     reflexão    acerca    da
contextualização do ensino da Matemática nas séries iniciais do ensino
fundamental, considerando aspectos relacionados às Diretrizes Curriculares
Nacionais para essa área do conhecimento, para destacarmos em seguida, a
formação matemática direcionada aos licenciados do curso, a partir de uma
análise de documentos como o plano de curso da disciplina Didática da
Matemática e o fluxograma das disciplinas oferecidas pelo curso de Pedagogia
da referida instituição.

       Finalmente, em complemento às reflexões anteriores, consideramos
imprescindível, abordarmos uma discussão sobre a atuação do professor
crítico-reflexivo como uma nova abordagem proposta para o ensino de
Matemática.

       Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a relação entre a formação
matemática inicial docente a partir da disciplina Didática da Matemática, com
suas contribuições na prática pedagógica dos professores das séries iniciais do
Ensino.

       Fundamental. Acreditamos que, orientados por uma perspectiva crítico-
reflexivo, seja possível repensar as estruturas dos cursos de licenciatura, de
forma específica o curso e as práticas escolares para a formação docente que
levem os alunos à construção de um conhecimento matemático significativo.
Os estudos acerca da formação do professor que trabalha com Matemática nas
séries iniciais, comumente o pedagogo, e as discussões que circundam sobre
essa formação são ainda recentes e em quantidade limitada, sendo uma área
ainda pouco explorada e que, portanto, necessita de mais questionamentos.

       Isso se faz necessário, principalmente se considerarmos as dificuldades
que cercam a área de conhecimento em foco seja, por um lado, em relação às
dificuldades muitas vezes demonstradas pelos alunos, seja, por outro lado, no
que concerne às dificuldades dos próprios professores que alegam não ter
afinidade com essa disciplina. Como, então, o curso de matemática tem se
posicionado quanto a essa formação. A quantidade de disciplinas e o tempo
disponível para o tratamento das questões que surgem são suficientes. Como
os professores lidam com essas questões na prática?

       Discutir as questões levantadas é o nosso propósito. No entanto, são
questões implícitas na temática, pautadas, portanto, nas concepções de
formação e prática pedagógica, para um redimensionamento das práticas
vigentes. Pensar, pois, a Matemática, na formação inicial do licenciando ate em
Pedagogia é de fundamental importância para a sua prática, conforme Brito
(2006, p. 44-45):

       Seria ingênuo esperar que a formação inicial dessa conta de toda a
dinâmica do processo ensino-aprendizagem, todavia é coerente buscar, nesse
processo, uma sólida formação teórico-prática alicerçada em saberes
peculiares ao processo de ensinar/aprender, a fim de formar professores nas
concretas situações de ensino, oportunizando, com base nas diferentes leituras
do cotidiano da sala de aula, novas apropriações sobre o ensinar e o aprender.

       Dessa forma, essa autora demonstra consenso com a idéia defendida
por Imbernóm (2002) que nos fala da importância da formação inicial dotar os
futuros professores de uma bagagem sólida, de modo que possa assumir a
tarefa educativa em toda a sua complexidade, apoiando suas ações em uma
fundamentação válida para evitar cair no paradoxo de ensinar a não ensinar.
Essa é uma exigência que postula uma formação de professores para a prática
docente em Matemática capaz de dotá-los de conhecimentos, habilidades e
atitudes na e sobre essa prática. Principalmente se considerarmos que os
baixos índices avaliativos que envolvem essa disciplina muitas vezes são
associados à falta de interesse ou capacidade do aluno.

       Esta realidade demanda discussões mais amplas que incidem numa
nova postura dos cursos de formação de professores das séries iniciais,
passando a considerar a reflexão do professor sobre sua prática como um fator
relevante a partir da formação inicial.

       O Ensino de Matemática e a Formação Docente O surgimento da
Matemática é associado a necessidades cotidianas do homem, como contar,
medir e organizar o espaço em que vive. Atualmente, como disciplina escolar,
há uma cobrança quanto ao papel que ela deve desempenhar, seja para a
formação do cidadão, no sentido de favorecer a aquisição de conceitos e
símbolos matemáticos, seja para a aplicação na vida diária.

       Entretanto, ela gera acepções contraditórias, pois ao mesmo tempo em
que é considerada uma área de conhecimento importante, é vista como algo
inacessível para a maioria das pessoas. Nessa visão, Danyluk (1999, p. 289)
diz que a Matemática é vista por muitas pessoas como a ciência que alguns
podem construir e da qual podem desfrutar, restando àqueles que não são
gênios a busca de um esforço incomparável do pensamento para entender
esse conhecimento mostrado por asserções intocáveis ou, então, o imediato
afastamento de tudo aquilo que solicite matemática.

      Apontam    para   a   importância   do   conhecimento   matemático   na
complexidade do contexto social em que o indivíduo está inserido e, como tal,
“No âmbito escolar, a educação matemática tem por objetivo a construção e
apropriação do conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para
compreender e transformar a sua realidade.” (DCMT, 2008, p. 196)

      Conforme o exposto, nesses documentos são apresentados alguns
princípios relacionados à Matemática que evidenciam a sua importância,
inclusive como uma disciplina que precisa estar ao alcance de todos, tendo em
vista o aparecimento de novos campos a ela relacionados. Para isso, necessita
prioritariamente do trabalho docente delineado por um por um processo
formativo que dê subsídios para uma prática pedagógica eficiente. Nesse
aspecto, temos dois pontos a destacar. Primeiro, no que se refere à
importância atribuída à Matemática nas escolas, como é enfatizado por Santos
e Mendes Sobrinho (2008, p. 53, grifo nosso) ao afirmarem que educação
passaram a incentivar práticas que priorizassem o ensino da Língua
Portuguesa e da Matemática, nas séries iniciais do Ensino Fundamental mas
denunciando à tradicional falta de prioridade com as demais disciplinas, em
virtude de práticas como aplicação de provas para classificação das escolas,
com ênfase nas avaliações apenas nas duas disciplinas apontadas.
O que percebemos, no entanto, é que, apesar de ser priorizada dentre
as disciplinas abordadas na escola, a Matemática continua apresentando
baixos índices de desempenho em processos avaliativos. O segundo ponto a
considerar,   presente   nas   Diretrizes   Curriculares,   está   relacionado    à
responsabilidade atribuída aos professores no que concerne ao ensino de
Matemática. A esse respeito, essas diretrizes postulam,é necessário que o
professor tenha em mente os preceitos de conhecer a fundo a disciplina, seus
métodos, ramificações e aplicações para poder escolher a maneira correta de
ensinar e avaliar seus alunos; conhecer a história de vida de seus alunos para
sintonizar o ensino com a sua experiência prévia; ter clareza sobre suas
próprias   concepções    no    campo   do   conhecimento     matemático    e     da
aprendizagem da Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as
escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as
formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções; (DCMT,
2008, p. 196-197). Para Abrantes et al (1998, p. 17), “Aprender matemática é
um direito básico de todas as pessoas ,e uma resposta a necessidades
individuais e sociais”. Portanto, em conformidade com as recomendações
propostas nos PCN – Matemática (1997), quanto ao ensino da disciplina em
referência, exige-se do professor das séries iniciais uma prática que supere à
mera apresentação de conteúdos oralmente, partindo de definições, exemplos,
demonstrações e, depois, propõe-se a aplicação por meio da resolução de
exercícios de fixação. Nesse contexto, espera-se dos professores novas
dimensões a partir de uma perspectiva de trabalho que considere a criança
como agente de construção do seu conhecimento.

      Diante do que é exigido aos professores das séries iniciais para o ensino
de Matemática cabe alguns questionamentos, tais como: a formação inicial do
pedagogo dá subsídios para a sua atuação docente na disciplina de
Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental? A relação desses
licenciados com a Matemática sofre alguma alteração ao cursar a disciplina
Didática da Matemática. Quanto à formação docente, concomitantemente às
exigências acima mencionadas é reconhecida sua fragilidade, tendo em vista o
que revela o PCN de Matemática:
Parte dos problemas referentes ao ensino de Matemática está
relacionada ao processo de formação do magistério, tanto em relação à
formação inicial como à formação continuada. Decorrentes dos problemas da
formação de professores, as práticas na sala de aula tomam por base os livros
didáticos, que, infelizmente, são muitas vezes de qualidade insatisfatória. A
implantação de propostas inovadoras, por sua vez, esbarra na falta de uma
formação profissional qualificada, na existência de concepções pedagógicas
inadequadas e, ainda, nas restrições ligadas às condições de trabalho
(BRASIL, 1997, p. 24).

       Dada a natureza da realidade que circunda a formação e a prática
pedagógica, é importante acentuar que uma nova postura docente exige
paralelamente uma alteração nos cursos de formação, permitindo um perfil
profissional   que   atenda   as   exigências   preconizadas,   considerando,
principalmente, que os futuros professores chegam à formação com crenças e
concepções em relação à Matemática, trazidas das experiências enquanto
alunos.

       Pensar sobre essa questão pressupõe indagar sobre quais crenças
predominam acerca do ensino de Matemática, de sua aprendizagem, dos
conteúdos que devem ser ensinados, do tipo de avaliação que requer além das
concepções, nem sempre positivos, dos futuros professores acerca dessa
disciplina.

       Diante dessa perspectiva, é fundamental que na formação inicial, o
licenciado possa discutir acerca dessas questões, numa relação direta com a
prática, para assumir a formação como um suporte fundamental de seu
desenvolvimento profissional. Segundo Ponte (1998), essa formação “formal” é
de suma importância, tendo em vista que muitos professores não se assumem
ainda como os protagonistas que deveriam ser no processo de ensino e
aprendizagem.

       É preciso considerar que, provavelmente, essa idéia predominante de
formação se consolide em virtude do tipo de formação inicial que costuma ser
oferecido, o que, para Imbernóm (2002), não oportuniza uma preparação que
venha subsidiar a aplicação de uma nova metodologia, nem de métodos
desenvolvidos teoricamente na prática cotidiana de sala de aula. “Para esse
autor, o momento destinado a essa formação é muito importante, pois o início
da profissionalização, um período em que as virtudes, os vícios, as rotinas etc
são assumidos como processos usuais da profissão.” (p. 41).

      Vale ressaltar, assim, a urgência em se pensar a formação desses
profissionais para que estes possam vir a trabalhar numa concepção teórica-
prática a partir da compreensão do contexto sociocultural e histórico da
Matemática, relacionando-a à dinâmica problematiza Dora própria da
sociedade atual. Dessa forma, pensamos ser possível garantir a participação
dos alunos na construção do seu próprio conhecimento matemático de forma
mais ativa, reflexiva e crítica possível.Refletir sobre a formação inicial dos
futuros professores que, provavelmente, irão trabalhar Matemática com
crianças nas séries iniciais do ensino fundamental torna-se relevante, tendo em
vista que, segundo Gomes (2002, p. 363), a aprendizagem matemática ainda
se constitui em um grande problema, tanto para as crianças quanto para os
professores que estão sendo formados nos cursos de Pedagogia, o que
favorece a criação de sujeitos fóbicos e analfabetos matematicamente.

      Corroborando o pensamento do autor em tela, Pavanello (2001) acredita
que muitas das dificuldades das crianças em relação ao tema estudado, no
caso da Geometria, podem estar relacionadas à atuação didática do professor.
Para Gomes (2002), portanto, é importante considerar que nenhum professor
consegue criar, planejar, gerir e avaliar situações didáticas eficientes sem que
tenha um domínio dos conteúdos específicos das áreas de conhecimentos.
Dessa forma, o autor defende que a aquisição e a compreensão de conceitos
matemáticos fundamentais deveriam ocorrer nos cursos de formação inicial,
partindo dessa premissa e acreditando que a organização do currículo do à
formação    matemática    do   pedagogo     é   de   suma    importância   para
compreendermos essa formação, nos deteremos ao âmbito específico.

      Didática da Matemática com uma carga horária de 60 horas e apresenta
a seguinte ementa:
Concepções de ensino da Matemática. Tendências atuais do ensino e
aprendizagem de Matemática. Proposições teórico-metodológicas do ensino da
Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Conteúdos e materiais
didáticos no ensino de Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Experiências e projetos de ensino da Matemática.

      Numa análise ponderada do plano de curso que apresenta a ementa
supracitada, verificamos a importância atribuída à Matemática como uma área
de conhecimento que possui papel decisivo no desenvolvimento do indivíduo e,
por isso, explicita a relevância de um trabalho voltado para a construção de
aprendizagens significativas, objetiva a formação adequada dos futuros
professores que ainda não possuem a experiência da docência ou os já em
exercício efetivo que buscam a formação superior.

      Por um lado, a proposta apresentada para a disciplina Didática da
Matemática considera-se, sobretudo, a contextualização do ensino e
aprendizagem dessa área de conhecimento relativo ao âmbito escolar, na
intenção de articular teoria e prática mediante reflexão crítica acerca dos
saberes e práticas pedagógicas vigentes, buscando com isso redimensioná-los
a partir da relação direta com os problemas cotidianos. Em conformidade com
essa prática, Mendes (2007, p. 72) sinaliza:

      Entendemos que o curso e a instituição formadora devam proporcionar o
ambiente necessário para que o licenciado construa suas capacidades
profissionais, desde a construção de saberes docentes.

      Conteúdos necessários à compreensão do ato de ensinar e de aprender,
a partir da realidade da prática docente, das relações sociais da profissão e da
escola para o pleno exercício da cidadania no desempenho profissional.

      As   questões    metodológicas     apresentadas    apontam    para   uma
perspectiva dialógica, que favorece momentos de reflexão coletiva acerca das
questões teóricas e práticas que envolvem a área de Matemática nas séries
iniciais, conforme sugerido por Perez (2004), que aponta para a importância da
reflexão na e sobre a prática como um momento indispensável para o
desenvolvimento profissional do professor, superando assim, a idéia e a prática
de apenas gerar “produtos acabados” na formação inicial.

       É um momento, conforme Mendes Sobrinho (2008) de troca mais
intensa de experiências com os docentes-alunos, com reflexos positivos na
sala de aula. No tocante aos objetivos e conteúdos abordados no plano de
curso da disciplina didática da Matemática, podemos perceber a ênfase que
provavelmente é dada aos momentos de diálogo sobre a prática, tendo em
vista os objetivos explicitados, da mesma forma, em relação aos conteúdos
propostos para essa disciplina, fica explícita a preocupação em fundamentar
teoricamente os futuros professores em relação às tendências de ensino e
aprendizagem da Matemática.

      Bem como de levar o futuro professor a conhecer e discutir questões
relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem em perspectivas
diferentes, dotando-o, portanto, de subsídios teórico-práticos que poderão
auxiliá-los na prática pedagógica dessa disciplina. No entanto, no que se refere
aos conteúdos e materiais didáticos a serem enfatizados na disciplina Didática
da Matemática, não são enfatizados no plano de curso por nós analisado. Ao
mesmo tempo, enquanto verificamos uma estreita relação entre a proposta
apresentada e as competências exigidas aos futuros professores no exercício
de sua prática, de acordo com os PCN e as DCMT, mencionadas ao longo
deste item, fica a questionar quanto à proposta o apresentada e a quantidade
de horas destinadas as disciplinado cotidiano que iremos usar no dia a dia.




ANALISE




A metodologia de resolução de problemas em educação matemática visa a tirar
o aluno de sua tradicional postura passiva em sala de aula, para uma postura
ativa e interessada e desconstruir a noção de que a matemática é algo pronto e
acabado. Problema, segundo autores como Lourdes Onuchic, é algo para o
qual não se tem solução, mas se está interessado em buscar uma.
A motivação em resolver problemas permite um processo de investigação que
delinea novas propriedades matemáticas. Na busca pela solução do problema
nova situações se colocam que instigam a curiosidade matemática, muitas
vezes dormente em cada um de nós.

Fazer uma auto avaliação da prática docente deve ser um exercício contínuo
dos educadores, e nesta revisão um dos importantes itens a ser observado é
o Contrato Didático.

O Contrato Didático é definido por Guy Brousseau como sendo a totalidade de
comportamentos do docente esperados pelo aluno e a totalidade dos
comportamentos do aluno que são esperados por esse docente, ou seja, são
as expectativas do professor em relação ao aluno e deste em relação ao
professor, incluindo-se o saber e as maneiras como esse saber é tratado por
ambas às partes.

É importante diferenciar a Didática da matemática visto que este último é
gerido de relações sociais, atitudes, regras e convenções, porém não coloca
em jogo o saber. Esse saber é específico do contrato didático, o qual é
influenciado pelos contextos de ensino e aprendizagem.

A partir do momento em que o é mal-administrado ou qualquer uma das partes
(professor ou aluno) não o respeitam, será necessária sua ruptura e
conseqüentemente sua renegociação. Com este fato, podem emergir fatores
tanto positivos quanto negativos na aprendizagem.

Substituir a maneira de apresentar um determinado saber pode ser identificado
ou, seja na abstração geométrica ou na resolução de problemas. E é neste
momento que o professor deve atentar-se para as dificuldades que poderão
surgir por parte dos alunos.

O trabalho com a resolução de problemas é uma forma de criar experiências
valiosas nos processos de matemática, porém o professor deve ter atenção
aos tipos de problemas que irá propor.

Geralmente são trabalhados, com os alunos, os problemas fechados (aqueles
que são resolvidos, fazendo-se uma “conta”). Esses até podem continuar
sendo trabalhados, porém não de forma sistematizada e única como o
professor costuma trabalhar.

O aluno carece da percepção de que aquela não é a única forma de resolver o
problema, porém isso é vigente no contrato didático pactuado. Acreditar que
um problema é resolvido através de uma conta e que, seu enunciado dá pistas
sobre qual operação utilizar é “cláusulas” do Contrato Didático firmado em sala
de aula.

O professor ao propor problemas abertos (aqueles que são resolvidos por
diversos meios), problemas que não tenham solução, que tenham mais de uma
solução ou problemas com dados em demasia, faz com que o aluno sinta
dificuldades em resolvê-los, justamente em virtude do Contrato Didático.

Negociar continuamente o contrato pode tirar o verdadeiro caráter dos
conteúdos matemáticos, pois o professor tende a “ajudar” o aluno a acertar
através de diversas atitudes ou práticas. Com isso concluímos que a mediação
do professor é importante, porém não pode interferir no processo de
autoconstrução do conhecimento dos alunos.

Alguns efeitos do contrato didático podem emergir.

O efeito “Pigmaleão” é um deles, onde o professor limita suas expectativas e
cobranças em relação aos alunos pela imagem que cria sobre eles, ou seja,
não avança com a turma ou com um determinado aluno.

Quando o professor institui circunstâncias para o aluno superar dificuldades,
porém sem seu genuíno engajamento pessoal é chamado efeito “Topaze”. Aqui
o professor seleciona questões que tenham respostas “prontas”, ou então
questões que incitam respostas esperadas. Isso pode guiar para o
desaparecimento do conhecimento visado.

O efeito “Jordain” acontece quando o professor utiliza conhecimentos dos
alunos (que não são os conhecimentos corretos, porém que cheguem às
respostas) para apresentar e desenvolver com os alunos o conhecimento de
fato visado.
O deslize meta cognitivo acontece quando o professor faz uso de técnicas úteis
para solucionar determinados problemas e não prioriza o legítimo saber a
desenvolver.

A utilização constante de analogia também pode ser um efeito a ocorrer.
Mostrar um saber analogamente a outro, pode ter seu lado positivo, porém
pode descaracterizar esse novo saber. Com isso, o professor deve mediar
quando utilizar tais analogias.

Ao examinar estes efeitos, percebe-se que o professor fica em um “fogo
cruzado”, pois ao mesmo tempo em que precisa criar situações para a
aprendizagem, será que sua prática em sala de aula não está atrapalhando
essa aprendizagem disciplinas que trabalha a Matemática é muito restrito,
tendo em vista que esse número varia de uma a quatro disciplinas.

Espera-se desse profissional que tenha consciência da sua função e que atue
na perspectiva da ação-reflexão-ação. Dessa forma, faz-se necessário um
rompimento com uma prática ainda muito presente tanto no contexto escolar
como no contexto da formação, de racionalidade técnica, em busca de um
processo formativo pautado na perspectiva reflexiva.

Portanto, é cada vez mais presente a discussão em torno da necessidade de
superação de uma concepção de professor como um mero aplicador de
técnicas pensadas e produzidas por especialistas em contraposição a um novo
paradigma de formação do professor em que, segundo Brito (2006, p. 45) e no
qual comungamos, “este se perceba como profissional reflexivo, capaz de
buscar e construir no cotidiano de seu fazer pedagógico, desenvolvendo uma
prática transformadora, bem como um processo contínuo de reflexão na e
sobre a ação”.

A julgar por essa perspectiva, reiteramos a defesa de outros teóricos
educacionais contemporâneos acerca da necessidade de superação desse
modelo de formação que considera o professor como transmissor de
conhecimentos,     preocupado     apenas   com   atitudes   de   obediência   e
subordinação dos alunos e que os vê como meros assimiladores de conteúdos
a partir da memorização, sem estabelecer relações entre o conhecimento e o
contexto no qual está inserido.



Resultado



O estudo de fenômenos de ensino e de aprendizagem trouxe à tona a
necessidade de desenvolver modelos teórica que pudessem caracterizar os
conhecimentos e saberes, como também sua evolução, tanto histórica quanto
aquela que se desenvolve no aluno.

      Muitas questões que interessam, ao futuro professor de Matemática no
Ensino Fundamental e Médio. Algumas delas nem chegam a ser formuladas
durante sua vida acadêmica no curso de Licenciatura e, às vezes, nem ao
Iongo da sua trajetória, depois que se torna professor daqueles níveis de
ensino. Entendendo que, para a formação do professor, não e suficiente
levantar questões, mas que e igualmente necessária buscar uma compreensão
Quando somos avaliado futuros professores o ensino que recebemos ou que
praticamos, temos a sensação de contemplar uma obra que necessita ser
restaurada, no Pais, nos Estado em que a vemos, temos uma vaga idéia do
que foi ou deveria ser. E razoável acreditar que a ser, hoje, um professor de
Matemática e dar aula no ensino fundamental e medio ainda e um processo a
ser melhorado, tendo em vista problemas de toda ordem a que estamos
acostumados.

      Em condições que deixam a desejar.        O que configura um círculo
vicioso, em que o efeito e a causa são a mesma coisa. Já deu para observar
também que soluções milagrosas não acontecem, mas que e possível tentar a
quebra desse círculo e ate romper alguns dos seus elos, num esforço de
realizar os princípios de que nada e natural, quando o que esta em questão e a
realização de um projeto de ensino, com finalidades que devem estar bem
definidas.

      A formação matemática do aluno do ensino fundamental ou medio. O
professor e um processo que exige reflexão, planejamento, avaliação,
redefinição de rumos ate para que o imprevisível e imponderável tenha um
encaminhamento adequado na sala de aula. Lidar com todas as variáveis no
ensino e uma tarefa presumivelmente difícil, porem, ao nosso alcance. E um
desafio para nos futuros professor na sua sala de aula como e também um
desafio.

       Ha um grande numero de questões que dizem respeito a quem ensina
ou pretende ensinar Matemática, em qualquer nível de escolaridade, as quais
são permanentes e, por isso, merecem, com freqüência, nossa atenção. Se
não temos respostas satisfatórias para todas elas, o exercício de pensar sobre
a natureza do nosso trabalho, por que e como o realizamos e a condição
primeira para que aconteça alguma coisa interessante e se encontrem
possíveis respostas. O uni verse de questões relacionadas com o ensino de
Matemática.

      Algumas Contribuições da Didática da Matemática. A Resolução de
Problemas e planejar situações que garantam a aprendizagem têm sido um
dos grandes desafios de todos os que se ocupam da reflexão sobre o trabalho
em sala de aula.

      Sabemos, pelas contribuições sobre os processos internos de
construção de conhecimento, que a aprendizagem acontece por aproximações
sucessivas, o indivíduo age e atua com o meio e, a partir dessa ação,
estabelece relações entre o que já sabe e o novo, construindo, assim, um novo
conhecimento que, por sua vez, será reorganizado em outra oportunidade a
partir de relações com novos observáveis. E assim sucessivamente, para
planejar boas situações de aprendizagem, no entanto, para além de conhecer o
processo de aquisição de conhecimento, faz-se necessário conhecer as
didáticas específicas das diferentes áreas, uma vez que as disciplinas se
organizam de formas diferentes, em função da própria natureza dos conteúdos
de cada uma delas. Em Matemática, as propostas são uma valiosa contribuição
para a reflexão sobre o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula, já que os
estudos, nessa área, investigam os processos envolvidos no ensino da
matemática com o objetivo de controlá-los e, através desse controle, garantir
que a aprendizagem dos alunos aconteça de fato.
A partir da criação, desenvolvimento, análise e controle de seqüência
didático tornaram possível a elaboração de uma teoria, que propõe o ensino
pautado em situações que pretendem dar aos alunos meios para descobrir o
saber que se pretende ensinar a ele, em oposição ao ensino pautado na
comunicação de um saber científico, totalmente desprovido de sentido. Trata
se de dois aspectos fundamentais dessa teoria: o espaço ocupado pela
resolução de problemas e o papel do professor.

      A resolução de problemas: atividade matemática essencial para a
construção dos sentidos dos conhecimentos, resolver problemas é o meio para
a construção dos conhecimentos matemáticos, é a essência da matemática. É
buscando respostas para problemas ainda não solucionados que os
matemáticos avançam em direção a novas descobertas.

      Não se trata de propor que os alunos solucionem os mesmos problemas
que os matemáticos, mas sim de propor situações em que, para solucioná-los,
os alunos necessitem antecipar e formular resultados inúmeras vezes, formular
justificativas, argumentar e, ao reproduzir, dessa forma, o processo de
descoberta   do    matemático,   acabem   por    construir   um   conhecimento
contextualizado.

      O professor sabe o que quer que seus alunos aprendam e escolhe um
problema que os auxilie a avançar em direção à compreensão do que lhes quer
ensinar. No ensino fundamental, por exemplo, o que se pretende que os alunos
aprendam é muito mais do que simples algoritmos. São propostos problemas
específicos para a aprendizagem das propriedades, regularidades e idéias das
operações, de forma que os alunos possam ampliar a compreensão não só de
cada uma das operações, como, também, do próprio sistema de numeração.

      O professor responsabiliza-se pela aprendizagem de seus alunos e, para
tal, planeja as situações de forma a fornecer-lhes meios para aquisição dos
conhecimentos e buscar soluções.
Bibliografias




BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: Matemática.

Brasília: MEC/SEF, 1997.14

BRITO, Antônia Edna. Formar professores: rediscutindo o trabalho e os
saberes docentes.: MENDES SOBRINHO, José Augusto de Carvalho;
CARVALHO, Marlene Araújo de. Formação de professores e práticas docentes:
olhares contemporâneos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p.41-53.

CURI, Edda. Formação de professores polivalentes: uma análise do
conhecimento para ensinar Matemática e de crenças e atitudes que interferem
na constituição desses conhecimentos. Tese (Doutorado em Educação
Matemática.) – Faculdade de Educação Matemática, PUCSP.

MARINECEK, Vania. Aprender Matemática Resolvendo Problemas. Porto
Alegre: Artmed, 2001.Setor de Educação de Jovens e Adultos

FUNDAÇÃOBRADESCO

http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_matem%C3%A1tica




BRASIL. Ministério da Educa9ao e do Desporto. Diretriz curricular nacionais
para o ensino media. Brasília, 1999.

Parâmetros curriculares nacionais, matemática. Brasília, 1997.

GARCIA, M. M. Conocimiento profissional do professor de matemáticas: el
concepto de funciona como objeto de enserianza-aprendizaje. Se Villa:

GIEM-Univ. de Se Villa, 1997.

http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n74/v28n74a08.pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Spe 2013 novo_ef61_mat_programação
Spe 2013 novo_ef61_mat_programaçãoSpe 2013 novo_ef61_mat_programação
Spe 2013 novo_ef61_mat_programaçãorosefarias123
 
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...Rosi Whindson
 
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...ProfessorPrincipiante
 
Significados do aprender e ensinar matemtica modulo 1
Significados do aprender e ensinar matemtica  modulo 1Significados do aprender e ensinar matemtica  modulo 1
Significados do aprender e ensinar matemtica modulo 1lucilaineabitante
 
O uso de Modelagem no ensino de função exponencial
O uso de Modelagem no ensino de função exponencialO uso de Modelagem no ensino de função exponencial
O uso de Modelagem no ensino de função exponencialBrucki Maria
 
Mat ed-bas
Mat ed-basMat ed-bas
Mat ed-baselisabte
 
Modelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científicaModelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científicaednilson73
 
PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...
PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...
PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...ProfessorPrincipiante
 
Matemática programa - cursos profissionais
Matemática   programa - cursos profissionaisMatemática   programa - cursos profissionais
Matemática programa - cursos profissionaisJoaquim Marques
 
Livro aprender mais_matematica_anos_finais
Livro aprender mais_matematica_anos_finaisLivro aprender mais_matematica_anos_finais
Livro aprender mais_matematica_anos_finaisFran Correa
 
ANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIAL
ANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIALANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIAL
ANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIALProfessorPrincipiante
 
O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...
O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...
O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...Brucki Maria
 
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...ProfessorPrincipiante
 
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)HILDAGOMES1
 

Mais procurados (19)

Spe 2013 novo_ef61_mat_programação
Spe 2013 novo_ef61_mat_programaçãoSpe 2013 novo_ef61_mat_programação
Spe 2013 novo_ef61_mat_programação
 
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...
 
Aplicaoes ensino medio
Aplicaoes ensino medioAplicaoes ensino medio
Aplicaoes ensino medio
 
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...
 
Significados do aprender e ensinar matemtica modulo 1
Significados do aprender e ensinar matemtica  modulo 1Significados do aprender e ensinar matemtica  modulo 1
Significados do aprender e ensinar matemtica modulo 1
 
Modelagem Matemática
Modelagem MatemáticaModelagem Matemática
Modelagem Matemática
 
O uso de Modelagem no ensino de função exponencial
O uso de Modelagem no ensino de função exponencialO uso de Modelagem no ensino de função exponencial
O uso de Modelagem no ensino de função exponencial
 
Matemática - reflita um pouco
Matemática - reflita um poucoMatemática - reflita um pouco
Matemática - reflita um pouco
 
Mat ed-bas
Mat ed-basMat ed-bas
Mat ed-bas
 
Modelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científicaModelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científica
 
PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...
PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...
PROFESSORAS INICIANTES E O ENSINO DE MATEMÁTICA: A RELAÇÃO ENTRE SEUS CONHECI...
 
Prob est
Prob estProb est
Prob est
 
Matemática programa - cursos profissionais
Matemática   programa - cursos profissionaisMatemática   programa - cursos profissionais
Matemática programa - cursos profissionais
 
12 1222-1-pb
12 1222-1-pb12 1222-1-pb
12 1222-1-pb
 
Livro aprender mais_matematica_anos_finais
Livro aprender mais_matematica_anos_finaisLivro aprender mais_matematica_anos_finais
Livro aprender mais_matematica_anos_finais
 
ANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIAL
ANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIALANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIAL
ANÁLISE DE PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER NA FORMAÇÃO INICIAL
 
O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...
O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...
O ensino de Função Exponencial utilizando fractais e robótica como instrument...
 
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
 
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
 

Semelhante a Ditatica.

Currículo referência matemática6º ao 9º ano
Currículo referência  matemática6º ao 9º anoCurrículo referência  matemática6º ao 9º ano
Currículo referência matemática6º ao 9º anotecnicossme
 
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.Jesus Silva
 
Jose Augusto Florentino da Silva
Jose Augusto Florentino da SilvaJose Augusto Florentino da Silva
Jose Augusto Florentino da SilvaAdonias Aquino
 
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...ProfessorPrincipiante
 
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...ProfessorPrincipiante
 
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...Augusto Bello
 
Monografia Leonardo Matemática 2011
Monografia Leonardo Matemática 2011Monografia Leonardo Matemática 2011
Monografia Leonardo Matemática 2011Biblioteca Campus VII
 
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...ProfessorPrincipiante
 
Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...
Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...
Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...Mauricio Paulino Marques Fernandes
 
ETAPA II- 5º CADERNO Matemática
ETAPA II- 5º CADERNO  Matemática ETAPA II- 5º CADERNO  Matemática
ETAPA II- 5º CADERNO Matemática josinalda
 
Monografia Ademiton Matemática 2010
Monografia Ademiton Matemática 2010Monografia Ademiton Matemática 2010
Monografia Ademiton Matemática 2010Biblioteca Campus VII
 
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612Dííh Garcia
 
Proposta programa matematica_basico.20130423
Proposta programa matematica_basico.20130423Proposta programa matematica_basico.20130423
Proposta programa matematica_basico.20130423pr_afsalbergaria
 
Formação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipalFormação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipalCristina Assis
 
Caderno 5 2ª etapa pacto
Caderno 5   2ª etapa pactoCaderno 5   2ª etapa pacto
Caderno 5 2ª etapa pactoAdri Ruas
 
Um esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadraUm esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadraslucarz
 
Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010
Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010
Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010Abraão Matos
 
Anexo 009 o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitos
Anexo 009   o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitosAnexo 009   o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitos
Anexo 009 o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitosRegina Helena Souza Ferreira
 

Semelhante a Ditatica. (20)

Artigo sobre ensino da matematica
Artigo sobre ensino da matematicaArtigo sobre ensino da matematica
Artigo sobre ensino da matematica
 
Currículo referência matemática6º ao 9º ano
Currículo referência  matemática6º ao 9º anoCurrículo referência  matemática6º ao 9º ano
Currículo referência matemática6º ao 9º ano
 
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.
 
Jose Augusto Florentino da Silva
Jose Augusto Florentino da SilvaJose Augusto Florentino da Silva
Jose Augusto Florentino da Silva
 
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
 
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
 
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...
 
Monografia Leonardo Matemática 2011
Monografia Leonardo Matemática 2011Monografia Leonardo Matemática 2011
Monografia Leonardo Matemática 2011
 
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
 
Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...
Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...
Relações Matemáticas ferramenta_no_combate_ao desinteresse_d...
 
ETAPA II- 5º CADERNO Matemática
ETAPA II- 5º CADERNO  Matemática ETAPA II- 5º CADERNO  Matemática
ETAPA II- 5º CADERNO Matemática
 
Monografia Ademiton Matemática 2010
Monografia Ademiton Matemática 2010Monografia Ademiton Matemática 2010
Monografia Ademiton Matemática 2010
 
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
 
Proposta programa matematica_basico.20130423
Proposta programa matematica_basico.20130423Proposta programa matematica_basico.20130423
Proposta programa matematica_basico.20130423
 
Formação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipalFormação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipal
 
Caderno 5 2ª etapa pacto
Caderno 5   2ª etapa pactoCaderno 5   2ª etapa pacto
Caderno 5 2ª etapa pacto
 
Um esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadraUm esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadra
 
Zet 2009 197
Zet 2009 197Zet 2009 197
Zet 2009 197
 
Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010
Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010
Projeto de ensino; operações matemáticas na cesta básica. 2010
 
Anexo 009 o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitos
Anexo 009   o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitosAnexo 009   o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitos
Anexo 009 o ensino de matemática na perspectiva da formação de conceitos
 

Ditatica.

  • 1. PATRÍCIA EMANUELE GOMES GUARATE “DIDÁTICA DA MATEMÁTICA” Trabalho de APS. Profª: Monique SANTOS 2012
  • 2. DIDÁTICA DA MATEMÁTICA INTRODUÇÃO A Educação Matemática também chamada de Didáctica Matemática (em países europeus) é o estudo das relações de ensino e aprendizagem de Matemática. Está na fronteira entre a Matemática, a Pedagogia e a Psicologia. Desde o início do século XX professores de matemática se reúnem para pensar o ensino dessa matéria nas escolas. A partir da década de 1950, a UNESCO organiza congressos sobre educação matemática. E a partir da década de 1970 surge inicialmente na França, a didática da matemática enquanto campo para a sistematização dos estudos a cerca do ensino da matemática. Os teóricos envolvidos defendiam que cada área de ensino deveria pensar em sua própria didática, reconhecendo que não poderia haver um campo de estudo único que atendesse as especificidades de ensino de cada campo do conhecimento. A organização de campos de pesquisa na área dentro das universidades incentivou a criação de organizações de professores de matemática, que atualmente tem grande influência sobre a elaboração das diretrizes curriculares na área em diversos países. A psicologia aparece como o campo do conhecimento científico que dá instrumentos para compreendermos os processos educativos. Nesse sentido as principais correntes da didática da matemática, sempre estiveram diretamente ligadas às diferentes tendências da psicologia. Esse trabalho busca refletir sobre as contribuições da formação matemática do pedagogo, de modo especial, na disciplina Didática da Matemática, em consonância com a prática pedagógica desse profissional, numa perspectiva crítico-reflexivo para o contexto das séries iniciais do ensino fundamental. É parte da proposta de discussão teórica de uma pesquisa em andamento que estamos realizando em um Programa de Pós-Graduação em Educação.
  • 3. Para tanto, propomos um estudo de natureza qualitativa de cunho explicativo. Inicialmente apresentamos uma reflexão acerca da contextualização do ensino da Matemática nas séries iniciais do ensino fundamental, considerando aspectos relacionados às Diretrizes Curriculares Nacionais para essa área do conhecimento, para destacarmos em seguida, a formação matemática direcionada aos licenciados do curso, a partir de uma análise de documentos como o plano de curso da disciplina Didática da Matemática e o fluxograma das disciplinas oferecidas pelo curso de Pedagogia da referida instituição. Finalmente, em complemento às reflexões anteriores, consideramos imprescindível, abordarmos uma discussão sobre a atuação do professor crítico-reflexivo como uma nova abordagem proposta para o ensino de Matemática. Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a relação entre a formação matemática inicial docente a partir da disciplina Didática da Matemática, com suas contribuições na prática pedagógica dos professores das séries iniciais do Ensino. Fundamental. Acreditamos que, orientados por uma perspectiva crítico- reflexivo, seja possível repensar as estruturas dos cursos de licenciatura, de forma específica o curso e as práticas escolares para a formação docente que levem os alunos à construção de um conhecimento matemático significativo. Os estudos acerca da formação do professor que trabalha com Matemática nas séries iniciais, comumente o pedagogo, e as discussões que circundam sobre essa formação são ainda recentes e em quantidade limitada, sendo uma área ainda pouco explorada e que, portanto, necessita de mais questionamentos. Isso se faz necessário, principalmente se considerarmos as dificuldades que cercam a área de conhecimento em foco seja, por um lado, em relação às dificuldades muitas vezes demonstradas pelos alunos, seja, por outro lado, no que concerne às dificuldades dos próprios professores que alegam não ter afinidade com essa disciplina. Como, então, o curso de matemática tem se posicionado quanto a essa formação. A quantidade de disciplinas e o tempo
  • 4. disponível para o tratamento das questões que surgem são suficientes. Como os professores lidam com essas questões na prática? Discutir as questões levantadas é o nosso propósito. No entanto, são questões implícitas na temática, pautadas, portanto, nas concepções de formação e prática pedagógica, para um redimensionamento das práticas vigentes. Pensar, pois, a Matemática, na formação inicial do licenciando ate em Pedagogia é de fundamental importância para a sua prática, conforme Brito (2006, p. 44-45): Seria ingênuo esperar que a formação inicial dessa conta de toda a dinâmica do processo ensino-aprendizagem, todavia é coerente buscar, nesse processo, uma sólida formação teórico-prática alicerçada em saberes peculiares ao processo de ensinar/aprender, a fim de formar professores nas concretas situações de ensino, oportunizando, com base nas diferentes leituras do cotidiano da sala de aula, novas apropriações sobre o ensinar e o aprender. Dessa forma, essa autora demonstra consenso com a idéia defendida por Imbernóm (2002) que nos fala da importância da formação inicial dotar os futuros professores de uma bagagem sólida, de modo que possa assumir a tarefa educativa em toda a sua complexidade, apoiando suas ações em uma fundamentação válida para evitar cair no paradoxo de ensinar a não ensinar. Essa é uma exigência que postula uma formação de professores para a prática docente em Matemática capaz de dotá-los de conhecimentos, habilidades e atitudes na e sobre essa prática. Principalmente se considerarmos que os baixos índices avaliativos que envolvem essa disciplina muitas vezes são associados à falta de interesse ou capacidade do aluno. Esta realidade demanda discussões mais amplas que incidem numa nova postura dos cursos de formação de professores das séries iniciais, passando a considerar a reflexão do professor sobre sua prática como um fator relevante a partir da formação inicial. O Ensino de Matemática e a Formação Docente O surgimento da Matemática é associado a necessidades cotidianas do homem, como contar,
  • 5. medir e organizar o espaço em que vive. Atualmente, como disciplina escolar, há uma cobrança quanto ao papel que ela deve desempenhar, seja para a formação do cidadão, no sentido de favorecer a aquisição de conceitos e símbolos matemáticos, seja para a aplicação na vida diária. Entretanto, ela gera acepções contraditórias, pois ao mesmo tempo em que é considerada uma área de conhecimento importante, é vista como algo inacessível para a maioria das pessoas. Nessa visão, Danyluk (1999, p. 289) diz que a Matemática é vista por muitas pessoas como a ciência que alguns podem construir e da qual podem desfrutar, restando àqueles que não são gênios a busca de um esforço incomparável do pensamento para entender esse conhecimento mostrado por asserções intocáveis ou, então, o imediato afastamento de tudo aquilo que solicite matemática. Apontam para a importância do conhecimento matemático na complexidade do contexto social em que o indivíduo está inserido e, como tal, “No âmbito escolar, a educação matemática tem por objetivo a construção e apropriação do conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar a sua realidade.” (DCMT, 2008, p. 196) Conforme o exposto, nesses documentos são apresentados alguns princípios relacionados à Matemática que evidenciam a sua importância, inclusive como uma disciplina que precisa estar ao alcance de todos, tendo em vista o aparecimento de novos campos a ela relacionados. Para isso, necessita prioritariamente do trabalho docente delineado por um por um processo formativo que dê subsídios para uma prática pedagógica eficiente. Nesse aspecto, temos dois pontos a destacar. Primeiro, no que se refere à importância atribuída à Matemática nas escolas, como é enfatizado por Santos e Mendes Sobrinho (2008, p. 53, grifo nosso) ao afirmarem que educação passaram a incentivar práticas que priorizassem o ensino da Língua Portuguesa e da Matemática, nas séries iniciais do Ensino Fundamental mas denunciando à tradicional falta de prioridade com as demais disciplinas, em virtude de práticas como aplicação de provas para classificação das escolas, com ênfase nas avaliações apenas nas duas disciplinas apontadas.
  • 6. O que percebemos, no entanto, é que, apesar de ser priorizada dentre as disciplinas abordadas na escola, a Matemática continua apresentando baixos índices de desempenho em processos avaliativos. O segundo ponto a considerar, presente nas Diretrizes Curriculares, está relacionado à responsabilidade atribuída aos professores no que concerne ao ensino de Matemática. A esse respeito, essas diretrizes postulam,é necessário que o professor tenha em mente os preceitos de conhecer a fundo a disciplina, seus métodos, ramificações e aplicações para poder escolher a maneira correta de ensinar e avaliar seus alunos; conhecer a história de vida de seus alunos para sintonizar o ensino com a sua experiência prévia; ter clareza sobre suas próprias concepções no campo do conhecimento matemático e da aprendizagem da Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções; (DCMT, 2008, p. 196-197). Para Abrantes et al (1998, p. 17), “Aprender matemática é um direito básico de todas as pessoas ,e uma resposta a necessidades individuais e sociais”. Portanto, em conformidade com as recomendações propostas nos PCN – Matemática (1997), quanto ao ensino da disciplina em referência, exige-se do professor das séries iniciais uma prática que supere à mera apresentação de conteúdos oralmente, partindo de definições, exemplos, demonstrações e, depois, propõe-se a aplicação por meio da resolução de exercícios de fixação. Nesse contexto, espera-se dos professores novas dimensões a partir de uma perspectiva de trabalho que considere a criança como agente de construção do seu conhecimento. Diante do que é exigido aos professores das séries iniciais para o ensino de Matemática cabe alguns questionamentos, tais como: a formação inicial do pedagogo dá subsídios para a sua atuação docente na disciplina de Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental? A relação desses licenciados com a Matemática sofre alguma alteração ao cursar a disciplina Didática da Matemática. Quanto à formação docente, concomitantemente às exigências acima mencionadas é reconhecida sua fragilidade, tendo em vista o que revela o PCN de Matemática:
  • 7. Parte dos problemas referentes ao ensino de Matemática está relacionada ao processo de formação do magistério, tanto em relação à formação inicial como à formação continuada. Decorrentes dos problemas da formação de professores, as práticas na sala de aula tomam por base os livros didáticos, que, infelizmente, são muitas vezes de qualidade insatisfatória. A implantação de propostas inovadoras, por sua vez, esbarra na falta de uma formação profissional qualificada, na existência de concepções pedagógicas inadequadas e, ainda, nas restrições ligadas às condições de trabalho (BRASIL, 1997, p. 24). Dada a natureza da realidade que circunda a formação e a prática pedagógica, é importante acentuar que uma nova postura docente exige paralelamente uma alteração nos cursos de formação, permitindo um perfil profissional que atenda as exigências preconizadas, considerando, principalmente, que os futuros professores chegam à formação com crenças e concepções em relação à Matemática, trazidas das experiências enquanto alunos. Pensar sobre essa questão pressupõe indagar sobre quais crenças predominam acerca do ensino de Matemática, de sua aprendizagem, dos conteúdos que devem ser ensinados, do tipo de avaliação que requer além das concepções, nem sempre positivos, dos futuros professores acerca dessa disciplina. Diante dessa perspectiva, é fundamental que na formação inicial, o licenciado possa discutir acerca dessas questões, numa relação direta com a prática, para assumir a formação como um suporte fundamental de seu desenvolvimento profissional. Segundo Ponte (1998), essa formação “formal” é de suma importância, tendo em vista que muitos professores não se assumem ainda como os protagonistas que deveriam ser no processo de ensino e aprendizagem. É preciso considerar que, provavelmente, essa idéia predominante de formação se consolide em virtude do tipo de formação inicial que costuma ser oferecido, o que, para Imbernóm (2002), não oportuniza uma preparação que
  • 8. venha subsidiar a aplicação de uma nova metodologia, nem de métodos desenvolvidos teoricamente na prática cotidiana de sala de aula. “Para esse autor, o momento destinado a essa formação é muito importante, pois o início da profissionalização, um período em que as virtudes, os vícios, as rotinas etc são assumidos como processos usuais da profissão.” (p. 41). Vale ressaltar, assim, a urgência em se pensar a formação desses profissionais para que estes possam vir a trabalhar numa concepção teórica- prática a partir da compreensão do contexto sociocultural e histórico da Matemática, relacionando-a à dinâmica problematiza Dora própria da sociedade atual. Dessa forma, pensamos ser possível garantir a participação dos alunos na construção do seu próprio conhecimento matemático de forma mais ativa, reflexiva e crítica possível.Refletir sobre a formação inicial dos futuros professores que, provavelmente, irão trabalhar Matemática com crianças nas séries iniciais do ensino fundamental torna-se relevante, tendo em vista que, segundo Gomes (2002, p. 363), a aprendizagem matemática ainda se constitui em um grande problema, tanto para as crianças quanto para os professores que estão sendo formados nos cursos de Pedagogia, o que favorece a criação de sujeitos fóbicos e analfabetos matematicamente. Corroborando o pensamento do autor em tela, Pavanello (2001) acredita que muitas das dificuldades das crianças em relação ao tema estudado, no caso da Geometria, podem estar relacionadas à atuação didática do professor. Para Gomes (2002), portanto, é importante considerar que nenhum professor consegue criar, planejar, gerir e avaliar situações didáticas eficientes sem que tenha um domínio dos conteúdos específicos das áreas de conhecimentos. Dessa forma, o autor defende que a aquisição e a compreensão de conceitos matemáticos fundamentais deveriam ocorrer nos cursos de formação inicial, partindo dessa premissa e acreditando que a organização do currículo do à formação matemática do pedagogo é de suma importância para compreendermos essa formação, nos deteremos ao âmbito específico. Didática da Matemática com uma carga horária de 60 horas e apresenta a seguinte ementa:
  • 9. Concepções de ensino da Matemática. Tendências atuais do ensino e aprendizagem de Matemática. Proposições teórico-metodológicas do ensino da Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Conteúdos e materiais didáticos no ensino de Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Experiências e projetos de ensino da Matemática. Numa análise ponderada do plano de curso que apresenta a ementa supracitada, verificamos a importância atribuída à Matemática como uma área de conhecimento que possui papel decisivo no desenvolvimento do indivíduo e, por isso, explicita a relevância de um trabalho voltado para a construção de aprendizagens significativas, objetiva a formação adequada dos futuros professores que ainda não possuem a experiência da docência ou os já em exercício efetivo que buscam a formação superior. Por um lado, a proposta apresentada para a disciplina Didática da Matemática considera-se, sobretudo, a contextualização do ensino e aprendizagem dessa área de conhecimento relativo ao âmbito escolar, na intenção de articular teoria e prática mediante reflexão crítica acerca dos saberes e práticas pedagógicas vigentes, buscando com isso redimensioná-los a partir da relação direta com os problemas cotidianos. Em conformidade com essa prática, Mendes (2007, p. 72) sinaliza: Entendemos que o curso e a instituição formadora devam proporcionar o ambiente necessário para que o licenciado construa suas capacidades profissionais, desde a construção de saberes docentes. Conteúdos necessários à compreensão do ato de ensinar e de aprender, a partir da realidade da prática docente, das relações sociais da profissão e da escola para o pleno exercício da cidadania no desempenho profissional. As questões metodológicas apresentadas apontam para uma perspectiva dialógica, que favorece momentos de reflexão coletiva acerca das questões teóricas e práticas que envolvem a área de Matemática nas séries iniciais, conforme sugerido por Perez (2004), que aponta para a importância da reflexão na e sobre a prática como um momento indispensável para o
  • 10. desenvolvimento profissional do professor, superando assim, a idéia e a prática de apenas gerar “produtos acabados” na formação inicial. É um momento, conforme Mendes Sobrinho (2008) de troca mais intensa de experiências com os docentes-alunos, com reflexos positivos na sala de aula. No tocante aos objetivos e conteúdos abordados no plano de curso da disciplina didática da Matemática, podemos perceber a ênfase que provavelmente é dada aos momentos de diálogo sobre a prática, tendo em vista os objetivos explicitados, da mesma forma, em relação aos conteúdos propostos para essa disciplina, fica explícita a preocupação em fundamentar teoricamente os futuros professores em relação às tendências de ensino e aprendizagem da Matemática. Bem como de levar o futuro professor a conhecer e discutir questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem em perspectivas diferentes, dotando-o, portanto, de subsídios teórico-práticos que poderão auxiliá-los na prática pedagógica dessa disciplina. No entanto, no que se refere aos conteúdos e materiais didáticos a serem enfatizados na disciplina Didática da Matemática, não são enfatizados no plano de curso por nós analisado. Ao mesmo tempo, enquanto verificamos uma estreita relação entre a proposta apresentada e as competências exigidas aos futuros professores no exercício de sua prática, de acordo com os PCN e as DCMT, mencionadas ao longo deste item, fica a questionar quanto à proposta o apresentada e a quantidade de horas destinadas as disciplinado cotidiano que iremos usar no dia a dia. ANALISE A metodologia de resolução de problemas em educação matemática visa a tirar o aluno de sua tradicional postura passiva em sala de aula, para uma postura ativa e interessada e desconstruir a noção de que a matemática é algo pronto e acabado. Problema, segundo autores como Lourdes Onuchic, é algo para o qual não se tem solução, mas se está interessado em buscar uma.
  • 11. A motivação em resolver problemas permite um processo de investigação que delinea novas propriedades matemáticas. Na busca pela solução do problema nova situações se colocam que instigam a curiosidade matemática, muitas vezes dormente em cada um de nós. Fazer uma auto avaliação da prática docente deve ser um exercício contínuo dos educadores, e nesta revisão um dos importantes itens a ser observado é o Contrato Didático. O Contrato Didático é definido por Guy Brousseau como sendo a totalidade de comportamentos do docente esperados pelo aluno e a totalidade dos comportamentos do aluno que são esperados por esse docente, ou seja, são as expectativas do professor em relação ao aluno e deste em relação ao professor, incluindo-se o saber e as maneiras como esse saber é tratado por ambas às partes. É importante diferenciar a Didática da matemática visto que este último é gerido de relações sociais, atitudes, regras e convenções, porém não coloca em jogo o saber. Esse saber é específico do contrato didático, o qual é influenciado pelos contextos de ensino e aprendizagem. A partir do momento em que o é mal-administrado ou qualquer uma das partes (professor ou aluno) não o respeitam, será necessária sua ruptura e conseqüentemente sua renegociação. Com este fato, podem emergir fatores tanto positivos quanto negativos na aprendizagem. Substituir a maneira de apresentar um determinado saber pode ser identificado ou, seja na abstração geométrica ou na resolução de problemas. E é neste momento que o professor deve atentar-se para as dificuldades que poderão surgir por parte dos alunos. O trabalho com a resolução de problemas é uma forma de criar experiências valiosas nos processos de matemática, porém o professor deve ter atenção aos tipos de problemas que irá propor. Geralmente são trabalhados, com os alunos, os problemas fechados (aqueles que são resolvidos, fazendo-se uma “conta”). Esses até podem continuar
  • 12. sendo trabalhados, porém não de forma sistematizada e única como o professor costuma trabalhar. O aluno carece da percepção de que aquela não é a única forma de resolver o problema, porém isso é vigente no contrato didático pactuado. Acreditar que um problema é resolvido através de uma conta e que, seu enunciado dá pistas sobre qual operação utilizar é “cláusulas” do Contrato Didático firmado em sala de aula. O professor ao propor problemas abertos (aqueles que são resolvidos por diversos meios), problemas que não tenham solução, que tenham mais de uma solução ou problemas com dados em demasia, faz com que o aluno sinta dificuldades em resolvê-los, justamente em virtude do Contrato Didático. Negociar continuamente o contrato pode tirar o verdadeiro caráter dos conteúdos matemáticos, pois o professor tende a “ajudar” o aluno a acertar através de diversas atitudes ou práticas. Com isso concluímos que a mediação do professor é importante, porém não pode interferir no processo de autoconstrução do conhecimento dos alunos. Alguns efeitos do contrato didático podem emergir. O efeito “Pigmaleão” é um deles, onde o professor limita suas expectativas e cobranças em relação aos alunos pela imagem que cria sobre eles, ou seja, não avança com a turma ou com um determinado aluno. Quando o professor institui circunstâncias para o aluno superar dificuldades, porém sem seu genuíno engajamento pessoal é chamado efeito “Topaze”. Aqui o professor seleciona questões que tenham respostas “prontas”, ou então questões que incitam respostas esperadas. Isso pode guiar para o desaparecimento do conhecimento visado. O efeito “Jordain” acontece quando o professor utiliza conhecimentos dos alunos (que não são os conhecimentos corretos, porém que cheguem às respostas) para apresentar e desenvolver com os alunos o conhecimento de fato visado.
  • 13. O deslize meta cognitivo acontece quando o professor faz uso de técnicas úteis para solucionar determinados problemas e não prioriza o legítimo saber a desenvolver. A utilização constante de analogia também pode ser um efeito a ocorrer. Mostrar um saber analogamente a outro, pode ter seu lado positivo, porém pode descaracterizar esse novo saber. Com isso, o professor deve mediar quando utilizar tais analogias. Ao examinar estes efeitos, percebe-se que o professor fica em um “fogo cruzado”, pois ao mesmo tempo em que precisa criar situações para a aprendizagem, será que sua prática em sala de aula não está atrapalhando essa aprendizagem disciplinas que trabalha a Matemática é muito restrito, tendo em vista que esse número varia de uma a quatro disciplinas. Espera-se desse profissional que tenha consciência da sua função e que atue na perspectiva da ação-reflexão-ação. Dessa forma, faz-se necessário um rompimento com uma prática ainda muito presente tanto no contexto escolar como no contexto da formação, de racionalidade técnica, em busca de um processo formativo pautado na perspectiva reflexiva. Portanto, é cada vez mais presente a discussão em torno da necessidade de superação de uma concepção de professor como um mero aplicador de técnicas pensadas e produzidas por especialistas em contraposição a um novo paradigma de formação do professor em que, segundo Brito (2006, p. 45) e no qual comungamos, “este se perceba como profissional reflexivo, capaz de buscar e construir no cotidiano de seu fazer pedagógico, desenvolvendo uma prática transformadora, bem como um processo contínuo de reflexão na e sobre a ação”. A julgar por essa perspectiva, reiteramos a defesa de outros teóricos educacionais contemporâneos acerca da necessidade de superação desse modelo de formação que considera o professor como transmissor de conhecimentos, preocupado apenas com atitudes de obediência e subordinação dos alunos e que os vê como meros assimiladores de conteúdos
  • 14. a partir da memorização, sem estabelecer relações entre o conhecimento e o contexto no qual está inserido. Resultado O estudo de fenômenos de ensino e de aprendizagem trouxe à tona a necessidade de desenvolver modelos teórica que pudessem caracterizar os conhecimentos e saberes, como também sua evolução, tanto histórica quanto aquela que se desenvolve no aluno. Muitas questões que interessam, ao futuro professor de Matemática no Ensino Fundamental e Médio. Algumas delas nem chegam a ser formuladas durante sua vida acadêmica no curso de Licenciatura e, às vezes, nem ao Iongo da sua trajetória, depois que se torna professor daqueles níveis de ensino. Entendendo que, para a formação do professor, não e suficiente levantar questões, mas que e igualmente necessária buscar uma compreensão Quando somos avaliado futuros professores o ensino que recebemos ou que praticamos, temos a sensação de contemplar uma obra que necessita ser restaurada, no Pais, nos Estado em que a vemos, temos uma vaga idéia do que foi ou deveria ser. E razoável acreditar que a ser, hoje, um professor de Matemática e dar aula no ensino fundamental e medio ainda e um processo a ser melhorado, tendo em vista problemas de toda ordem a que estamos acostumados. Em condições que deixam a desejar. O que configura um círculo vicioso, em que o efeito e a causa são a mesma coisa. Já deu para observar também que soluções milagrosas não acontecem, mas que e possível tentar a quebra desse círculo e ate romper alguns dos seus elos, num esforço de realizar os princípios de que nada e natural, quando o que esta em questão e a realização de um projeto de ensino, com finalidades que devem estar bem definidas. A formação matemática do aluno do ensino fundamental ou medio. O professor e um processo que exige reflexão, planejamento, avaliação,
  • 15. redefinição de rumos ate para que o imprevisível e imponderável tenha um encaminhamento adequado na sala de aula. Lidar com todas as variáveis no ensino e uma tarefa presumivelmente difícil, porem, ao nosso alcance. E um desafio para nos futuros professor na sua sala de aula como e também um desafio. Ha um grande numero de questões que dizem respeito a quem ensina ou pretende ensinar Matemática, em qualquer nível de escolaridade, as quais são permanentes e, por isso, merecem, com freqüência, nossa atenção. Se não temos respostas satisfatórias para todas elas, o exercício de pensar sobre a natureza do nosso trabalho, por que e como o realizamos e a condição primeira para que aconteça alguma coisa interessante e se encontrem possíveis respostas. O uni verse de questões relacionadas com o ensino de Matemática. Algumas Contribuições da Didática da Matemática. A Resolução de Problemas e planejar situações que garantam a aprendizagem têm sido um dos grandes desafios de todos os que se ocupam da reflexão sobre o trabalho em sala de aula. Sabemos, pelas contribuições sobre os processos internos de construção de conhecimento, que a aprendizagem acontece por aproximações sucessivas, o indivíduo age e atua com o meio e, a partir dessa ação, estabelece relações entre o que já sabe e o novo, construindo, assim, um novo conhecimento que, por sua vez, será reorganizado em outra oportunidade a partir de relações com novos observáveis. E assim sucessivamente, para planejar boas situações de aprendizagem, no entanto, para além de conhecer o processo de aquisição de conhecimento, faz-se necessário conhecer as didáticas específicas das diferentes áreas, uma vez que as disciplinas se organizam de formas diferentes, em função da própria natureza dos conteúdos de cada uma delas. Em Matemática, as propostas são uma valiosa contribuição para a reflexão sobre o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula, já que os estudos, nessa área, investigam os processos envolvidos no ensino da matemática com o objetivo de controlá-los e, através desse controle, garantir que a aprendizagem dos alunos aconteça de fato.
  • 16. A partir da criação, desenvolvimento, análise e controle de seqüência didático tornaram possível a elaboração de uma teoria, que propõe o ensino pautado em situações que pretendem dar aos alunos meios para descobrir o saber que se pretende ensinar a ele, em oposição ao ensino pautado na comunicação de um saber científico, totalmente desprovido de sentido. Trata se de dois aspectos fundamentais dessa teoria: o espaço ocupado pela resolução de problemas e o papel do professor. A resolução de problemas: atividade matemática essencial para a construção dos sentidos dos conhecimentos, resolver problemas é o meio para a construção dos conhecimentos matemáticos, é a essência da matemática. É buscando respostas para problemas ainda não solucionados que os matemáticos avançam em direção a novas descobertas. Não se trata de propor que os alunos solucionem os mesmos problemas que os matemáticos, mas sim de propor situações em que, para solucioná-los, os alunos necessitem antecipar e formular resultados inúmeras vezes, formular justificativas, argumentar e, ao reproduzir, dessa forma, o processo de descoberta do matemático, acabem por construir um conhecimento contextualizado. O professor sabe o que quer que seus alunos aprendam e escolhe um problema que os auxilie a avançar em direção à compreensão do que lhes quer ensinar. No ensino fundamental, por exemplo, o que se pretende que os alunos aprendam é muito mais do que simples algoritmos. São propostos problemas específicos para a aprendizagem das propriedades, regularidades e idéias das operações, de forma que os alunos possam ampliar a compreensão não só de cada uma das operações, como, também, do próprio sistema de numeração. O professor responsabiliza-se pela aprendizagem de seus alunos e, para tal, planeja as situações de forma a fornecer-lhes meios para aquisição dos conhecimentos e buscar soluções.
  • 17. Bibliografias BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997.14 BRITO, Antônia Edna. Formar professores: rediscutindo o trabalho e os saberes docentes.: MENDES SOBRINHO, José Augusto de Carvalho; CARVALHO, Marlene Araújo de. Formação de professores e práticas docentes: olhares contemporâneos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p.41-53. CURI, Edda. Formação de professores polivalentes: uma análise do conhecimento para ensinar Matemática e de crenças e atitudes que interferem na constituição desses conhecimentos. Tese (Doutorado em Educação Matemática.) – Faculdade de Educação Matemática, PUCSP. MARINECEK, Vania. Aprender Matemática Resolvendo Problemas. Porto Alegre: Artmed, 2001.Setor de Educação de Jovens e Adultos FUNDAÇÃOBRADESCO http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_matem%C3%A1tica BRASIL. Ministério da Educa9ao e do Desporto. Diretriz curricular nacionais para o ensino media. Brasília, 1999. Parâmetros curriculares nacionais, matemática. Brasília, 1997. GARCIA, M. M. Conocimiento profissional do professor de matemáticas: el concepto de funciona como objeto de enserianza-aprendizaje. Se Villa: GIEM-Univ. de Se Villa, 1997. http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n74/v28n74a08.pdf