Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Transtorno de Ansiedade Generalizada - Disciplina: Psicologia Cognitivo-Comportamental
1.
2. RAFAEL PAVANI
P S I C Ó L O G O C O G N I T I V O - C O M P O R TA M E N TA L
M E M B R O D A F E D E R A Ç Ã O B R A S I L E I R A D E T E R A P I A S C O G N I T I VA S
Transtorno de Ansiedade
Generalizada
3. Outros Transtornos de Ansiedade
TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)
Transtorno de Pânico
Tricotilomania
Agorafobia
Oniomania (Compra Compulsiva)
Fobia Social
TEPT (Transtorno de Stress Pós Trauma)
Outros…
4. Conceito
Ansiedade: Boa ou Ruim?
Fatores gerais comuns: pensamentos
intrusivos, incertezas, não aceitação da ameaça, ruminações.
Situação intensa e desconfortável que compromete a
qualidade de vida do indivíduo. Patológicos quando geram
sofrimento e comprometimento funcional significativos.
Preocupações excessivas e difíceis de controlar relacionadas
às diversas situações do dia-a-dia.
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6. Epidemiologia
Nos últimos anos teve crescimento grande em pesquisas, mas ainda é um
dos transtornos menos pesquisados.
Prevalência de 3% a 5% da população (variando de 4% a 7% ao longo da
vida).
Ocorre mais em mulheres do que em homens – proporção de 2:1.
Início na adolescência e no início da vida adulta.
Eventos estressores podem contribuir para o início do transtorno.
Menor satisfação com a vida em família, atividades diárias e bem estar em
geral (comparado ao grupo controle).
7. Critérios Diagnósticos
DSM-IV-TR (DSM-V) e CID 10 (CID 11)
a) Ansiedade e preocupação excessiva (pelo menos 6 meses) em diversos eventos ou
atividades
b) O indivíduo considera difícil controlar a preocupação
c) 03 ou mais dos seguintes sintomas *(apenas 01 é exigido para crianças)
1.inquietação ou sensação de estar com os nervos a flor da pele
2. cansaço
3. dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente
4. irritabilidade
5. tensão muscular
6. transtorno do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono
insatisfatório e inquieto)
d) não se confunde com transtorno do eixo I
e) sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou
em outra áreas importantes da vida do indivíduo
f) não se deve a efeitos fisiológicos diretos de substâncias ou condição médica
geral, nem por Transtorno de Humor (p.ex)
8. Sintomas geralmente não remitem espontaneamente
com o passar do tempo.
Prejuízos no trabalho e em aproveitar momentos de lazer
devido a preocupações – prejuízo no desempenho
profissional e nas relações interpessoais.
9. Fatores Biológicos
“Diferenças genéticas, neurofisiológicas e de
temperamento vão favorecer uma vulnerabilidade
cognitivas que predispõe o indivíduo a aumentar ou
reduzir a inclinação de resposta ansiosa a uma ameaça ou
adversidade da vida” (Clark e Beck, 2010).
Hereditariedade 30% a 40% (estudos com gêmeos
univitelinos criados separadamente, independentemente
de fatores ambientais).
10. Tratamento
Intolerância a incerteza é o fator central da TAG.
Crenças negativas sobre incertezas levam uma pessoa a
interpretar situações ambíguas de uma maneira
distorcida, com uma conotação ameaçadora.
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12. Intolerância à incerteza
Maior preditor dos níveis de preocupações em amostras
clínicas.
Avaliar todos os fatores futuros: “e se...?” (vai que...!).
13. Preocupação
As obsessões são definidas como
ideias, pensamentos, impulsos, ou imagens persistentes que
são vivenciados como intrusivos e inadequados e causam
acentuada ansiedade ou sofrimento.
(ruminação depressiva é orientada para o passado, já a TAG é
orientada para o futuro).
Tipo I: eventos internos ou externos não cognitivos (saúde da
família, segurança própria, perder o emprego, etc).
Tipo II: avaliação negativa sobre a preocupação –
preocupação com a preocupação.
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15. Crenças [disfuncionais] sobre a Preocupação
“preocupando-me evito surpresas desagradáveis”
“a preocupação ajuda a encontrar soluções para os problemas”
“preocupando-me evito que coisas ruins aconteçam”
“a preocupação é um sinal de que uma pessoa é responsável e
cuidadosa”
Tais crenças são reforçadas negativamente pela não ocorrência, na
maioria das vezes, do evento temido (gerando: Orientação
disfuncional para problemas e Evitação Cognitiva).
16. Orientação disfuncional para problemas
Estudos apontam que pessoas com TAG tem boa
habilidade de solucionar problemas, porém uma
orientação disfuncional para o mesmo.
17. Evitação cognitiva
Refere-se a estratégias utilizadas por uma pessoa para se
afastar de estímulos cognitivos e emocionais aversivos.
A não exposição impede a habituação aos estímulos aversivos
e eles permanecem.
Por estarem menos expostas, ficam menos capazes de
perceber flutuações emocionais ao longo do dia.
Costumam evitar medos profundos, traumas
passados, problemas de relacionamentos interpessoais na
infância ou na vida atual.
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19. Avaliação psicológica
Entrevista deve focar nas preocupações do paciente para
tentar estabelecer um diagnóstico preciso.
Os sintomas da TAG são também sintomas de outros TAs.
Atenção à frequência, ao excesso e a falta de controle.
20. Tratamento Cognitivo-Comportamental
Cognitivo X Comportamental?
Método mais eficaz de tratamento (melhora clínica global – manutenção
dos ganhos).
Eficiente na redução dos sintomas clínicos e na recuperação
neuroendócrina.
Terapia estruturada, diretiva, breve, de tempo limitado, focada na relação
entre pensamentos disfuncionais, sentimentos e comportamentos;
estrutura e princípios da intervenção psicoterápica.
Psicoeducação do modelo cognitivo e do transtorno.
21. Foco nos esquemas mal-adaptativos relacionados a ameaça
geral (crenças sobre probabilidade e consequências);
vulnerabilidade pessoal (desamparo, inadequação e falta de
recursos pessoais);
intolerância a incertezas (crenças sobre frequência e
consequência) e
metacognição (efeitos positivos e negativos da preocupação e
seu controle).
22. Aprender a monitorar suas preocupações no dia-a-dia (registro
diário), classificação e propostas de solução.
Definir problemas; reformular objetivos; resolução e soluções
alternativas (analise de prós e contras) – implementar e avaliar
efetividade.
Resoluções imaginárias para problemas hipotéticos.
Analise de custo-benefício (em manter pensamento ou
comportamento).
Treino de relaxamento muscular e respiração diafragmal profunda.