1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 17/06/2015
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Procafé: redução no tamanho dos frutos de café nesta safra
Fundação Procafé
17/06/2015
* J.B. Matiello, Iran B. Ferreira e J.E. Pinto Paiva, engenheiros agrônomos da Fundação Procafé, e
Carlos H. S. Carvalho, engenheiro agrônomo da Embrapa Café
Frutos de café de menor tamanho estão presentes em
maior quantidade na safra cafeeira atual, que agora está
sendo colhida. Esta condição de frutos pequenos tem sido
objeto de inúmeras reclamações, que temos recebido de
cafeicultores, de diferentes regiões de Minas Gerais.
Para verificar e dimensionar esse problema, foi efetuado um levantamento, no final de maio/15,
através de amostragem em lavoura da cultivar Catuai vermelho 144, na Fazenda Experimental de
Varginha. A análise dos frutos coletados evidenciou a seguinte situação:
a) Nos frutos maduros (42%):
- 65% de frutos normais
- 35% de frutos pequenos
b) Nos frutos verdes (58%):
- 26% de frutos normais
- 74% de frutos pequenos
Frutos chochos = 7%
A avaliação dos dois diferentes tipos de frutos, normais e pequenos, mostrou que existia um
diferencial médio de peso entre eles da ordem de 39%, o qual, obviamente, vai se refletir no peso dos
grãos beneficiados, com perdas previstas no café produzido.
Aplicando-se este diferencial médio de peso sobre a percentagem total de frutos pequenos (maduros
e verdes), chega-se a uma redução provável de produção, por esse efeito, de cerca de 21,8%.
Uma vez demonstrado e quantificado, no exemplo da lavoura amostrada, o problema da ocorrência
anormal de frutos pequenos, vamos ver as prováveis causas do problema.
Os fatores que podem influenciar o tamanho dos frutos de café estão ligados ao suprimento de água
e de nutrientes às plantas. Neste ano houve uma condição de estresse hídrico, associado a altas
temperaturas, no período de crescimento dos frutos, em dezembro e janeiro. O déficit hídrico foi
menor do que o do ano passado, tanto que não afetou, de forma grave, o chochamento dos frutos,
tendo-se verificado, na amostragem, 7% de chochos, o que está apenas ligeiramente acima do nível
normal, de 3% a 5%.
Com relação ao tamanho dos frutos, chamou a atenção o grande percentual de frutos pequenos.
Nesse aspecto, verificou-se que o diferencial foi maior nos frutos da 2ª e 3ª floradas, que se
apresentavam verdes em maio/15. Isto indica que o problema de déficit e temperaturas altas
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influenciou no suprimento de água e nutrientes aos cafeeiros, afetando menos a parcela de frutos da
1ª florada, os quais já se encontravam mais desenvolvidos na época do estresse.
Por sua vez, os frutos da 2ª e 3ª floradas, que constituíam a parcela de verdes na época da coleta,
além do maior efeito sofrido pelo estresse hídrico, acabaram sendo prejudicados, também, pelo
carreamento e pelo uso das reservas preferencialmente pelos frutos da 1ª florada.
Pode-se ver, à esquerda, os frutos normais, os maduros (acima) e os verdes (abaixo). Nas fotos à
direita, em comparação, aparecem os frutos pequenos, nos dois estágios de maturação, os quais, na
média pesaram 39% a menos.
MG: agronegócio contribui com 33% das exportações mineiras
Agência Minas
16/06/2015
O agronegócio contribuiu com 33% da pauta mineira de exportações, no
acumulado de janeiro a maio deste ano, totalizando US$ 3,02 bilhões e
crescimento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O
índice é considerado recorde, já que o percentual máximo atingido pelo
agronegócio nas exportações totais do estado foi de 29%, alcançado em
2009. A informação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa) com base em dados do Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Segundo o Superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria
de Agricultura, João Ricardo Albanez, esse indicador evidencia que os
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produtos do agronegócio mineiro continuam a se destacar no mercado externo. De acordo com o
levantamento, o grupo “café e derivados” manteve a posição de liderança do ranking do Estado entre
os principais produtos vendidos para o exterior. As exportações deste segmento, principalmente de
café verde, atingiram R$ 1,6 bilhão, o que corresponde a 53,6% da receita do agronegócio estadual.
Apenas de café verde foram exportadas, de janeiro a maio, 8,07 milhões de sacas. A melhoria no
preço médio da saca de café exportada foi responsável pelo crescimento do 12,4% no faturamento.
A segunda posição entre os grupos exportadores ficou com o “Complexo soja”. De janeiro a maio, as
vendas externas desse grupo somaram US$ 388,81 milhões. O grupo “Carnes” ocupou a terceira
posição com US$ 303,04 milhões. O “complexo sucroalcooleiro” manteve a quarta posição com uma
receita de US$252,65 milhões e volume exportado de 733 mil toneladas.
Destino do Café – A Alemanha continua sendo o principal destino das exportações do café,
totalizando US$ 336,56 milhões, seguido de Estados Unidos (US$ 309,28 milhões), Itália (US$
166,03 milhões) e Bélgica (US$ 160,11 milhões).
Levando-se em conta toda a pauta de exportações do agronegócio, a China foi o principal destino dos
produtos mineiros nos cinco primeiros meses de 2015, gerando uma receita de US$ 408,86 milhões,
representando 13,6% de toda a cesta do setor. O “complexo soja” foi o principal grupo de produtos
exportados para esse país, com US$ 284,07 milhões, que representam 73% de toda a receita
adquirida desse segmento e 69,4% das divisas geradas pelas importações chinesas.
Sob a perspectiva do ranking estadual de exportadores do agronegócio, Minas Gerais permanece na
quinta posição, com um montante de US$ 3,02 bilhões, sendo responsável por 8,8% das exportações
do setor em âmbito nacional.
Comportamento no mês – Em maio, as exportações do agronegócio mineiro avançaram 33,8% (de
US$ 508,66 milhões para 680,74 milhões) quando comparadas com as de abril. Esse avanço pode
ser explicado pelo aumento na geração de divisas dos seguintes produtos: complexo soja (235,1%),
totalizando 198,6 milhões; complexo sucroalcooleiro (171,5%), somando US$ 56,8 milhões; couros,
produtos de couro e peleterias (60,6%), alcançando US$ 14,1 milhões; produtos apícolas (131,4%),
totalizando US$ 1,4 milhão; e fumo e seus produtos (198,4%), alcançando US$ 163,3 mil.
O agronegócio de Minas Gerais manteve o superávit em maio, com saldo comercial de US$ 647,60
milhões (33,8%) e corrente de comércio em US$ 713,89 milhões (30,9%).
Rodrigo Costa: café arábica abaixo de 120 cents compromete crescimento de longo prazo
Agência Estado
17/06/2015
Daniela Frabasile e Renato Oselame
Os contratos futuros de café arábica abaixo de 120 cents por libra-peso na Bolsa de Nova York (ICE
Futures US) podem comprometer o crescimento da produção mundial no longo prazo, avaliou
Rodrigo Corrêa da Costa, do Société Générale, durante Seminário Perspectivas para o Agribusiness
em 2015 e 2016, realizado pela BM&FBovespa em São Paulo. Ontem o vencimento julho, primeira
posição, encerrou a 129,35 cents, alta de 1,2%.
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Nos fundamentos, segundo ele, a oferta está apertada em relação à demanda e qualquer alteração
pode influenciar o mercado. Há a perspectiva de um crescimento estável da demanda mundial, em
1,7% ao ano. Ao mesmo tempo, a perspectiva é de um aumento da produção. No Brasil, em 2016/17,
o País deve produzir 59 milhões de sacas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA), acima das 52,4 milhões de sacas em 2015/16.
"A demanda crescente deve absorver safras maiores; o fato de o Brasil produzir mais não é um
problema, é necessário", afirmou Costa. Segundo ele, o aumento do rendimento é a resposta para a
variedade arábica. "Sem aumentar a área, a produção brasileira pode continuar a crescer, talvez em
um ritmo um pouco mais lento".
Quanto ao clima, Costa ponderou que "o El Niño pode não impactar tanto a produção de café no
Brasil, diferentemente do que acontece na Ásia".
Rodrigo Costa afirmou que há ainda uma possibilidade de os fundos de índice poderem voltar ao
mercado de commodities para um reajuste no segundo semestre, "em algum momento, quando
outros fundos estiverem com uma posição vendida maior que a atual. Isso, eventualmente, pode dar
um viés altista para os preços e reverter a tendência".
Produtividade é a saída para café brasileiro
Revista Globo Rural
17/06/2015
Por Cassiano Ribeiro
Para atender a crescente demanda internacional e se manter competitivo no exterior, o Brasil não
precisa ampliar a área destinada aos cafezais, mas sim, produzir mais por hectare. A avaliação é dos
participantes deste mercado, que discutiram as tendências para o grão em evento promovido pela
BM&FBovespa e Ministério da Agricultura, em São Paulo, nesta terça (16/6).
Se os rendimentos do campo, que hoje estão entorno de 22 sacas por hectare, aumentarem, os
custos seriam diluídos, sobrando mais lucro para os produtores. “Se conseguíssemos uma média de
40 sacas por hectare, os custos de produção cairiam de cerca de R$ 400 por saca para R$ 250 por
saca. Se crescermos em cinco sacas por hectare, teríamos uma oferta 10 milhões de sacas superior”,
projetou Carlos Brando, da P&A marketing internacional.
O ganho dos rendimentos, segundo ele, está mais relacionado à disseminação de tecnologias já
existentes, especialmente para pequenos produtores. “O pequeno tem vantagens que o grande não
tem: pode trabalhar melhor a irrigação, guardando toda a água da chuva necessária e adotando
técnicas de sombreamento, por exemplo, que aceleram o período de maturação. A agricultura de
precisão também é uma ferramenta que pode redimensionar a produtividade”, disse.
Brando ainda destacou a necessidade de tecnologias para viabilizar a cafeicultura de montanhas,
como em regiões do Espírito Santo e ao sul da Bahia.
Nos últimos anos, o consumo mundial de café tem crescido de 1,5% a 2% ao ano. Nesse ritmo, em
dez anos a necessidade de oferta será de 30 milhões de sacas a mais do que é hoje.
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“A porta de entrada para o consumo em novos mercados é predominante pelo café conilon, ou
robusta. A variedade também oferece maior remuneração ao produtor, porque os custos são
reduzidos em relação à variedade arábica. Já nos consolidados, que crescem menos, a tendência é
do aumento no consumo das variedades gourmet”, acrescentou Rodrigo Corrêa da Costa, do banco
Société Générale.
Segundo ele, a volatilidade na produção do grão dificulta o planejamento do negócio. “Precisamos
caminhar para uma média estável de 60 milhões de sacas, mas isso não vai acontecer em 2020.”
Devido a uma quebra na produção brasileira, provocada pela seca, a expectativa do mercado é que a
oferta e, 2015 será inferior ao consumo em mais de 7 milhões de sacas. Para os especialistas, a
produtividade e a colheita serão retomados a partir da próxima safra.
Brando: câmbio garante rentabilidade do produtor brasileiro de café
Agência Estado
17/06/2015
Daniela Frabasile e Renato Oselame
O desempenho do câmbio no Brasil tem garantido a rentabilidade dos produtores
brasileiros de café, disse Carlos Brando, diretor da P&A Marketing Internacional,
durante apresentação no Seminário Perspectivas para o Agribusiness 2015 e
2016, em São Paulo.
Segundo ele, apesar da forte queda dos futuros de arábica na Bolsa de Nova
York (ICE Futures US), o preço recebido pelos produtores brasileiros, em reais,
caiu apenas 1,83%, levando em consideração valores de maio, na comparação
com igual mês de 2014. Enquanto isso, nos principais países competidores na
produção de café, a queda foi mais acentuada. No Vietnã, por exemplo, a queda foi de 25%, e na
Indonésia houve retração de 18% nos valores recebidos.
Brando afirmou que a produtividade no Brasil é superior à obtida nos demais países, o que reduz o
custo da produção. "A lucratividade chega a ser igual ou maior do que a de países conhecidos por ter
preços mais elevados do que os nossos, como a Guatemala e a Colômbia", disse.
Ele afirmou, ainda, que é possível elevar a produtividade média do País. "O ponto fraco são os
pequenos produtores, além de áreas de menor rendimento", lembrou. "Temos uma grande
oportunidade com o conilon (robusta) na Bahia, Espírito Santo e Rondônia, e podemos envolver mais
os pequenos produtores, com assistência técnica, extensão, e parcerias público-privadas", avaliou
Brando.
Segundo ele, a curva do aumento da produção tem mais relação com as mudanças climáticas do que
com o preço internacional da commodity. "O clima é um risco; nos últimos dois anos, tivemos perdas
por conta do clima e, nesse cenário, produtores mais competitivos terão mais facilidade para lidar
com essas mudanças, porque têm mais tecnologia, mais organização e mais financiamento",
concluiu.
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Colheita do café conilon no Espírito Santo chega a 80%/90%
Agência SAFRAS
17/06/2015
Lessandro Carvalho
A colheita da safra nova de café conilon no Espírito Santo está
em torno de 80% a 90% do total a ser colhido, com os trabalhos
do arábica em cerca de 20%/25%. Na média, entre conilon e
arábica, a colheita no estado estaria em torno dos 50%. A
análise é de Marcus Magalhães (foto: reprodução Facebook), da Maros Corretora.
As temperaturas caíram nas regiões produtoras capixabas e o tempo ficou mais
úmido, o que atrapalha a colheita. Nos próximos três dias, ainda deve chover em
algumas áreas, segundo Magalhães.
De qualquer forma, a colheita do conilon no estado se encaminha para o final, e vai confirmando que
a safra tende a ser bem menor que o esperado, com a qualidade também prejudicada. Para o
arábica, observa, o outono com condições climáticas irregulares e com o verão tendo excesso de
calor e falta de chuvas, a maturação dos grãos foi desuniforme, o que agora torna lento o processo
de colheita, com muito café ainda verde.
Em relação à comercialização, os negócios seguem lentos no Espírito Santo, comentou Magalhães.
O café conilon tipo 7, base Vitória/Espírito Santo, está em cerca de R$ 290,00/300,00 a saca. Mas os
compradores demonstram preocupação com a oferta e houve negócios para entrega
agosto/setembro já na faixa de R$ 315,00/320,00 para a indústria. E para 2016 há indicação de
negócios a R$ 340,00.
Broca-do-café: ação da praga reduz a competitividade do produtor
DuPont Brasil Proteção de Cultivos
17/06/2015
A propagação da broca-do-café nas lavouras continua a preocupar os produtores. Se não monitorada
e controlada, a ação da praga de nome científico Hypothenemus hampei contribui para a depreciação
do grão de café no mercado. De acordo com o CNC – Conselho Nacional do Café, para cada 5% de
frutos atacados pela broca, até 1% dos grãos apresenta defeito. A praga interfere na qualidade da
bebida e nos preços recebidos pelos produtores.
Ainda segundo o órgão, em casos graves de infestação as perdas podem chegar a 12 kg em cada
saca de 60 kg de café beneficiado. “Com 100% de infestação na colheita, perdem-se 20% no peso”,
reforça Julio Cesar de Souza, pesquisador científico da Epamig, a Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais.
Detectada pela primeira vez no Brasil em 1913, na região de Campinas, no interior do estado de São
Paulo, a broca-do-café é encontrada hoje em todas as regiões produtoras do Brasil, sobretudo no
estado de Minas Gerais.
Segundo o cafeicultor Marcelo Montanari, a população da broca aumentou significativamente de dois
anos para cá. “Ela come o café, causa a perda de peso do grão. Isso dificulta a comercialização”,
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resume Montanari, proprietário da Fazenda São Paulo, em Patrocínio (MG).
“Temos detectado grãos com perda de até 60% na massa”, adianta Marco Antônio de Castro, trader
da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, a Expocaccer, também de Patrocínio (MG).
Eduardo Mosca, engenheiro agrônomo e consultor de Araguari (MG), relata que em sua região houve
casos de áreas com altos níveis de infestação. “Na hora em que o produtor foi vender o café no
mercado seu produto foi desvalorizado em até 80 reais por saca”, diz Mosca.
O presidente da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Minas Gerais (Coocacer) e cafeicultor,
Jerry Magno Resende, revela que alguns lotes de café beneficiados em sua propriedade foram
atacados pela broca. “Uns 20% estavam ‘brocados’ e isso trouxe para nós um grande prejuízo”,
observa Resende.
“Se você não tiver uma boa produtividade, um café de primeira, você não consegue manter o seu
negócio”, afirma Francisco Pinheiro de Campos, cafeicultor da Fazenda Lajinha, de Patos de Minas
(MG).
Luiz Wanderlei Braga, engenheiro agrônomo da DuPont Proteção de Cultivos, ressalta que para o
controle eficiente da broca-do-café é necessário que o produtor entenda o comportamento da praga.
“A broca pode iniciar seu ataque aos cafezais após 90 dias do florescimento. Este é o momento de o
cafeicultor realizar o monitoramento e proteger a lavoura”, enfatiza Braga.
No Estado de Minas Gerais o controle químico da broca-do-café vem sendo realizado com emprego
do inseticida DuPont Benevia®. O agroquímico recebeu autorização emergencial e temporária de
importação durante a situação de emergência fitossanitária em vigor naquela região, decretada pelo
Ministério da Agricultura. A mesma medida vale hoje também nos Estados de São Paulo e Espírito
Santo.
Pesquisadores usam método australiano para melhorar qualidade do café do Brasil
Agência Brasil
17/06/2015
Por Alana Gandra / Edição:Maria Claudia
Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos e da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão
desenvolvendo um projeto para avaliação da qualidade do café
brasileiro (foto: Sérgio Parreiras Pereira), baseado no método
pioneiro da Cromatografia Gasosa Multidimensional Abrangente,
do professor Philip Marriot, da Universidade de Monash, Austrália.
O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “O professor
Marriot trabalha com uma ferramenta de análise que oferece
bastante informação. É um conjunto de dados muito grande. E
estamos aplicando isso no Brasil, para estudar o que acontece
com o café durante a torra”, disse hoje (16), à Agência Brasil, Humberto Bizzo, pesquisador da
Embrapa Agroindústria de Alimentos e vice-coordenador do projeto.
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Ao longo do processo de torra, os pesquisadores tentarão identificar o que vai ocorrendo com o café.
“Se o café torrar mais ou menos, você pode melhorar ou piorar a qualidade. Queremos estudar esse
processo, saber o que está ocorrendo, e usar essa informação para ajustar parâmetros de qualidade,
para poder fazer um grão torrado com mais qualidade”.
Para Humberto Bizzo, como o café é um produto agrícola importante para o Brasil, ele seria um bom
alvo para o desenvolvimento da técnica no país. O método do professor australiano já é utilizado pela
UFRJ em estudos de análise de petróleo, e também no Sul brasileiro, para diversas aplicações. "Esta
é, porém, a primeira vez que o método é usado com café", informou.
Ele acredita que os resultados da análise do processo de torra podem aumentar a competitividade do
café brasileiro no exterior. “No final, vai dar uma bebida de qualidade, diferenciada”. Bizzo destacou
que o Brasil exporta o grão verde do café, antes da torra.
O país não tem tradição de exportar grão torrado. "Se tivermos um bom controle da torra, podemos
começar a oferecer grão torrado, que vai ter um valor mais alto no mercado internacional”, afirmou o
especialista.
O Brasil é o maior produtor mundial de café cru e o maior exportador de café do tipo arábica.
Enquanto a exportação brasileira de cafés em grãos crus somou 33,1 milhões de sacas, em 2014, a
exportação do café torrado ficou em torno de 31,4 mil sacas, informou a Associação Brasileira da
Indústria de Café (Abic).
Atualmente, a classificação do café brasileiro é feita por tipo e por bebida. A primeira avaliação
considera a quantidade e os defeitos no grão verde. Já a qualidade da bebida é avaliada pela
degustação ou pelo processo conhecido por "prova de xícara". Estas classificações geram um
conjunto de informações úteis, porém bastante limitado.
Os pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos e da UFRJ não fazem a classificação do
café por tipo nem por bebida. Eles partem de uma amostra padrão, já com certa qualidade, que é
feita, em geral, pela Abic, e promovem a torra, observando as modificações que vão aparecendo. Os
estudos preliminares já foram iniciados pelos pesquisadores que pretendem começar a fase
experimental em janeiro de 2016.
O projeto tem prazo de três anos e se insere dentro do programa do CNPq “Pesquisador Visitante
Especial”. Um aluno de doutorado brasileiro será enviado à Austrália, onde desenvolverá parte do
projeto durante um ano. Haverá também uma bolsa para pós-doutorado para um aluno que
desenvolverá no Rio de Janeiro outra parte do estudo. O projeto é liderado pela professora Cláudia
Rezende, do Instituto de Química da UFRJ.
Segundo Humberto Bizzo, o objetivo maior é formar recursos humanos com capacitação nessa
técnica, que ainda é pouco aplicada no Brasil. “A médio e longo prazo, a gente está interessado em
implantar a técnica, porque podemos usá-la para várias matrizes diferentes, como outros alimentos,
resíduos de pesticidas, várias análises que são importantes no caso da Embrapa para controle de
qualidade de alimentos”, destacou.
Já no curto prazo, o interesse é obter os dados para o café de forma específica, para dar uma
contribuição na questão da torra. “Ter uma torra mais controlada e um café torrado de qualidade bem
melhor”. De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2015
de café do Brasil deve ficar em 44,28 milhões de sacas.
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Produção de café da Nicarágua se recupera rumo a novo recorde
CaféPoint
17/06/2015
Reportagem: Agrimoney / Tradução: Juliana Santin
A produção de café da Nicarágua ultrapassará seu próprio recorde na próxima estação,
apoiada pela melhora na floração e por uma contínua recuperação nas plantações que
foram afetadas pelo fungo da ferrugem. O Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), em sua primeira estimativa de produção de café da Nicarágua em
2015/2016 (outubro a setembro), previu uma produção de 2,14 milhões de sacas.
Isso representaria a segunda estação consecutiva de recuperação na produção, desde o surto de
ferrugem. De fato, a colheita deverá passar o recorde atual de 2,10 milhões de sacas alcançado em
2012/2013.
A Nicarágua foi menos afetada pelo fungo da ferrugem – cuja virulência depende de fatores como
clima e cultivo de cafezais, além da aplicação de agroquímicos e nutrientes – do que outras partes da
América Central.
Mesmo na estação passada, “diferentes associações de café reportaram que a ferrugem não foi um
problema significativo, quando comparado com o ciclo anterior”.
“Produtores pequenos e médios foram capazes de controlar a ferrugem do café através da aplicação
de fungicidas e fertilizantes”. Ao mesmo tempo, a seca na Nicarágua no ano passado “também foi
benéfica para controlar a propagação do fungo da ferrugem do café”.
Além disso, diferentemente da estação passada, quando o período de floração foi marcado por falta
de chuva, fatores causadores como absorção de cerejas e maturação irregular, esse ano tem visto
uma “excelente floração dos cafezais”. Além disso, algumas plantações renovadas estão começando
a produzir.
O governo da Nicarágua, assim como administrações em algumas outras nações para as quais o
café representa um grande ganhador de moeda estrangeira, propôs um financiamento para ajudar a
aumentar a produção de grãos e visou dobrar a produção nas próximas décadas, ajudado pela
renovação das plantações velhas.
A indústria do café emprega cerca de 15% da força de trabalho da Nicarágua e representa 54% da
agricultura do país.
A maior produção em 2015/2016 aumentará as exportações também, que devem crescer pela
segunda estação consecutiva, para 2,04 milhões de sacas. Isso retornaria os envios para próximo de
2,07 milhões de sacas exportados em 2012/2013 e é apoiado pelo consumo relativamente baixo dos
nicaraguenses de seu próprio café.
“Os nicaraguenses têm uma baixa preferência cultural por beber café e mesmo quando o fazem,
escolhem grãos mais baratos. A maioria do café consumido na Nicarágua não é adequado para
exportação”.
Os principais mercados de exportação de café do país incluem Estados Unidos, Alemanha e Bélgica.