As cooperativas agrícolas brasileiras aumentaram suas exportações em 12% no primeiro trimestre de 2016, impulsionadas principalmente pelo dólar forte. O milho e o etanol tiveram os maiores crescimentos nas exportações das cooperativas no período. Estudos da UFLA mostraram que o uso do hidrogel ajuda a reter água no solo e promove maior crescimento de pés de café.
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CLIPPING – 25/04/2016
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Venda externa de cooperativas sobe 12% no primeiro trimestre deste ano
Valor Econômico
25/04/2016
Cristiano Zaia
Estimuladas principalmente pelo dólar forte, que
eleva suas receitas em real, as cooperativas
agrícolas brasileiras exportaram US$ 1,36 bilhão no
primeiro trimestre deste ano, 12% a mais que nos
três primeiros meses de 2015.
Ao todo, 115 cooperativas do setor agropecuário
exportaram produtos nesse intervalo, o que totalizou
um volume de vendas 3 milhões de toneladas, um
acréscimo de 66% na comparação com o primeiro
trimestre do ano passado, de acordo com os dados compilados pela Organização das
Cooperativas do Brasil (OCB), com base nas informações geradas pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Do lado das importações, também houve alta, de 21,2%, para US$ 84,4 milhões, nos três
primeiros deste ano. Com isso, o saldo da balança comercial das cooperativas foi de US$ 1,2
bilhão, 11,5% maior que o verificado no período de janeiro a março de 2015.
"Ao contrário de anos anteriores, vemos hoje claramente que as cooperativas estão sendo
beneficiadas por ganho de receita cambial, o que é um componente que privilegia as
exportações", diz o coordenador do ramo agropecuário da OCB, Paulo César Dias. "Se o dólar
se mantiver nesse patamar atual, cotado acima de R$ 3, teremos uma boa performance das
cooperativas ao longo de todo o ano", afirma.
Entre os produtos mais exportados no primeiro trimestre deste ano pelas cooperativas destaca-
se a soja, que geralmente lidera os embarques do agronegócio brasileiro. As vendas externas
do grão pelas cooperativas mais que quadruplicaram, para US$ 260 milhões. O segundo item
que mais cresceu na pauta de exportações das cooperativas foi o milho, com US$ 122,6
milhões, alta de 92% no período. Logo depois veio o etanol, que gerou receita de US$ 54,3
milhões, uma alta de 63% em relação ao mesmo intervalo de 2015.
Para Dias, da OCB, a evolução das exportações de milho chama atenção. "O milho ocupou a
quinta posição entre os produtos mais exportados pelas cooperativas no primeiro trimestre,
mas nunca esteve nessa posição. Ao longo de 2015 ele foi o nono item mais vendido para
outros países", destacou.
Outros produtos que geralmente figuram entre os mais exportados pelas principais
cooperativas brasileiras registraram queda nos embarques no primeiro trimestre. As
exportações de açúcar recuaram 11%, para US$ 202,5 milhões, as de miúdos de frangos
caíram 5,6%, para US$ 193,5 milhões, e as de café em grão diminuíram 41,4%, para US$ 159
milhões.
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A China aparece como principal destino para as exportações das cooperativas agrícolas. De
janeiro a março de 2016, as vendas externas das cooperativas ao país asiático somaram US$
303,3 milhões, o dobro do alcançado no mesmo período de 2015. Como resultado, a China
ampliou sua participação nas exportações das cooperativas, de 10% no primeiro trimestre de
2015 para 22% nos três primeiros meses deste ano.
O segundo principal destino para as exportações das cooperativas brasileiras foram os Estados
Unidos. As vendas ao país recuaram 15% para US$ 101,3 milhões. A seguir vêm os Emirados
Árabes Unidos, que importaram US$ 95 milhões (alta de 4,1%), depois a Alemanha, que
importou o equivalente a US$ 90 milhões (uma retração de 21,6%).
As cooperativas que mais puxaram esses resultados, conforme a OCB, foram a Coamo, do
Paraná, Copersucar, de São Paulo, a catarinense Aurora, a Cooxupé, de Minas Gerais, e a
paranaense C.Vale.
Em todo o ano passado, as exportações agrícolas das cooperativas nacionais somaram US$
5,3 bilhões, alta de 1,3% sobre 2014. O volume exportado também aumentou em relação a
2014: 30,9%, para 9,2 milhões de toneladas.
Uso de hidrogel retém água em pés de café durante estiagem, diz Ufla
G1 Sul de Minas
25/04/2016
Do G1 Sul de Minas
Uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG) comprovou que o hidrogel pode
ser um aliado dos cafezais no período de estiagem. O produto ajuda a reter a água nas
plantas, e os estudos apontaram que os pés de café que receberam o gel tiveram um
crescimento a mais de cerca de 10%.
O hidrogel é um pó branco, um polímero, que vira gel quando misturado na água. Um quilo e
meio do produto rende 400 litros. No Sul de Minas, o hidrogel foi um recurso pra diminuir os
reflexos da estiagem prolongada nos cafezais.
Em 2014, o produtor rural Guilherme Miranda usou o produto no plantio da lavoura de café, em
Três Pontas (MG), e viu resultados. “A lavoura não estava definhando, não estava com folha
retorcida, estava indo pra frente”, conta.
Durante dois anos, os pesquisadores da Ufla analisaram a ação do hidrogel no plantio do café
e descobriram que o produto retém mesmo água no solo por mais tempo, proporcionando uma
hidratação contínua. O resultado foi surpreendente. A raiz que recebeu hidrogel cresceu 40%
mais que a da planta que não recebeu o produto.
Os pesquisadores observaram também um crescimento de cerca de 10% a mais na planta que
recebeu o hidrogel. Além disso, ela resistiu melhor ao calor. “Em dias muito quentes e pouco
úmidos, a gente nota que a planta onde tinha o polímero conseguem ter um maior vigor do que
as plantas que não tem o polímero”, afirma a estudante de doutorado, Dalyse Toledo
Castanheira.
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Uso na agricultura
Na hora do plantio, o gel é colocado bem próximo à
raiz da planta (foto: Reprodução EPTV). Depois de
um ano do começo do experimento, ainda havia
hidrogel no solo. “A gente ainda não sabe quanto
tempo o gel fica nas raízes, mas em constante
hidratação, sabemos que ele pode durar até mais de
ano nas raízes do café disponibilizando água”,
afirma o estudante de mestrado, Thales Barcelos
Resende.
O hidrogel já é um antigo aliado das lavouras de
eucalipto. No caso das árvores, o gel é mais um recurso pra ajudar na hidratação da planta,
que é grande consumidora de água.
No cultivo do café, o gel está sendo usado como uma reserva de água. “Nós já temos alguns
dados de pesquisa mostrando que ela cresce mais e, certamente, no futuro, quando nós
viermos a fazer esses testes, nós já temos uma hipótese muito provável de que nós podemos
conseguir um aumento também de produtividade”, promete o pesquisador de cafeicultura,
Rubens José Guimarães.
O pesquisador explica ainda que a comprovação da eficácia do produto traz segurança e
economia para o agricultor. “É um seguro para o produtor rural. Ele tem a certeza que ele vai
plantar, e caso ocorra um veranio, que é muito comum, ele vai conseguir que a planta pegue
em campo. Isso em termos econômicos é muito interessante”, conclui.
OIC: preço do café acompanhou demais commodities agrícolas em março
Agência Estado
25/04/2016
Fernando Nakagawa
A Organização Internacional do Café (OIC) reconhece
que a evolução do preço do grão tem sido mais
influenciada pelo comportamento das demais
commodities agrícolas do que pelos próprios
fundamentos do mercado cafeeiro. A avaliação consta do relatório mensal divulgado nesta
quarta-feira pela entidade. Em março, o preço médio composto calculado pela entidade subiu
5,4% e atingiu o maior valor desde outubro de 2015.
Segundo a OIC, o preço indicativo composto calculado pela entidade terminou março em
117,83 centavos de dólar por libra-peso. Durante o mês, o indicador oscilou do piso de 109,37
centavos no começo do mês até 124,95 centavos no dia 22. Mesmo com a alta, o café segue
com preço muito aquém da média de março do ano passado, de 127,04 centavos por libra-
peso, diz a OIC.
A entidade ressalta no relatório que "é preciso lembrar que o mercado cafeeiro não funciona
isoladamente". "Nos últimos três meses notou-se com clareza crescente que a evolução dos
preços do café espelha a de outros produtos básicos agrícolas, por exemplo, açúcar e cacau",
cita o documento que afirma que o preço do grão tem "sido apanhado pelo ciclo mais amplo da
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evolução dos preços dos produtos básicos".
Além desse quadro mais amplo das commodities agrícolas, a OIC nota que os preços do café
foram influenciados parcialmente pela "recuperação recente do crescimento da especulação
quanto à oferta, em particular da Colômbia e outras regiões produtoras de robusta".
Apesar dessa citada recuperação colombiana e da marca de 7,3 milhões de sacas na primeira
metade da safra 2015/16 no país vizinho, a entidade destaca que "crescem as preocupações
com a possibilidade de uma queda de produção devido às secas trazidas pelo El Niño na
segunda metade do ano e notícias sugerem que as secas poderão deixar os cafezais do país
mais suscetíveis a ataques da broca". O clima também afeta Brasil e Vietnã. "Secas também
estão afetando as expectativas quanto à oferta de café do Vietnã e do Espírito Santo no Brasil,
e isso talvez ajude a sustentar os preços do robusta no futuro próximo", diz a entidade.
Exportações
O relatório informa, ainda, que o volume total exportado em fevereiro de 2016 aumentou 1,7%,
para 9,2 milhões de sacas. Entre os diversos grãos, os robustas tiveram queda de 8,9% e
houve aumento de 8,1% dos embarques de arábicas. Com fevereiro, o total exportado nos
cinco primeiros meses da safra 2015/16 (outubro a fevereiro) alcançou 45,2 milhões de sacas,
volume 2% maior que no mesmo período do ano passado.
Entre os grandes produtores, a OIC destaca o Brasil que "manteve um fluxo intenso de
exportações" com crescimento de 1,7% acima do ano passado. Entre os demais com aumento
dos embarques, foram citados Colômbia (+10,3%), Índia (+15,3%) e Etiópia (+28,5%). Com
esse desempenho positivo desses mercados, as exportações do Vietnã e da Indonésia teriam
diminuído 4% e 34,9%, respectivamente, estima a entidade.
Técnicos vistoriam estoques públicos em 12 estados e no DF
Conab - Gerência de Imprensa
25/04/2016
Os estoques públicos armazenados em 12 estados e no Distrito Federal serão vistoriados por
técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a partir desta semana. Nesta
terceira etapa de fiscalização de 2016, 25 profissionais irão visitar 106 armazéns públicos e
privados de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Sergipe, Ceará, Maranhão,
Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Roraima, Rio Grande do Norte e Piauí. Os trabalhos
prosseguem até a primeira semana de maio (06/05).
De acordo com a Superintendência de Fiscalização de Estoques da Companhia, a expectativa
da Companhia para esta terceira etapa é fiscalizar 883,662 mil toneladas de grãos entre arroz,
milho, feijão, café, trigo, farinha e fécula de mandioca. Os fiscais observarão, entre outros
quesitos, as condições de armazenagem e conservação e a quantidade de grãos
armazenados. Outras seis rodadas estão programadas até o final do ano.
Nas duas primeiras etapas de fiscalização de 2016, foram vistoriados 1.993 milhões de
toneladas de produtos em 163 armazéns localizados em 11 estados do país. As vistorias
identificaram cerca de 1,6 mil toneladas de perdas, 4.468 t de desvios, 1.307 t de produto fora
de tipo e desclassificação de 660 kg de café e 30,6 toneladas de feijão.
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No caso das perdas, os armazenadores terão que indenizar a Companhia. Já no caso da perda
de qualidade do café e do feijão, será aberta sindicância para apurar os motivos da
desclassificação dos produtos. Quando é identificado algum desvio, a irregularidade é
informada ao Ministério Público e à Polícia Federal. Além disso, a armazenadora fica
impossibilitada de operar com a Companhia por dois anos e deve restituir o estoque inicial em
dinheiro ou em produto.
Café reduz o risco de câncer de endométrio
VEJA / Saúde
25/04/2016
Beber pelo menos quatro xícaras de café
(foto: Thinkstock/VEJA) diariamente reduz
em 22% o risco de câncer no endométrio ou
do corpo do útero. A conclusão é de um
estudo apresentado na segunda-feira
durante o encontro anual da Sociedade
Americana de Pesquisa sobre o Câncer
(The American Association for Cancer
Research, AACR).
Pesquisadores de Harvard revisaram 19 estudos já publicados, envolvendo 40.000 mulheres,
das quais 12.000 tinham sido diagnosticadas com câncer de endométrio. As demais eram
saudáveis e foram usadas como controle. As informações são do site especializado Live
Science.
Os resultados mostraram que tomar café regularmente reduz o risco de desenvolvimento do
tumor. As participantes que ingeriam de duas a três xícaras da bebida por dia tinham um risco
7% menor do que aquelas que não bebiam nenhuma. Já naquelas que tomavam quatro xícaras
ou mais, houve uma redução de 22% no risco.
No entanto, esse efeito protetor do café só foi observado em participantes com sobrepeso ou
obesas, que já têm um risco aumentado para a doença. Embora não possam afirmam se a
cafeína desempenha um papel na diminuição do risco, já que nem todos os estudos analisados
perguntavam se o café ingerido era normal ou descafeinado, Marta Crous-Bou, principal autora
da revisão, afirma que naqueles em que havia essa especificação, somente a versão com
cafeína reduziu o risco da doença.
Em relação às possíveis razões para este efeito benéfico do café, Marta acredita que ele se
deva à ação de certos compostos da bebida na redução dos níveis de estrogênio e insulina.
Estudos anteriores já relacionaram os dois hormônios a um aumento na probabilidade de
desenvolvimento de câncer de endométrio.
Câncer de endométrio – O câncer de endométrio é um tumor que acomete, como o nome diz,
o endométrio, um tecido altamente vascularizado que reveste a parede interna do útero. De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) este é o sexto tipo de câncer mais frequente
entre as mulheres. Os principais fatores de risco para este tipo de tumor são menstruação
precoce, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal, obesidade e a idade - 85% dos
casos apresentam-se em mulheres acima dos 50 anos.
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"Os efeitos do El Niño e La Niña nas principais áreas de café, como Minas Gerais, serão
fracos, na melhor das hipóteses", disse o analista sênior de commodities do Rabobank, Carlos
Mera.
Mera disse que a La Niña pode causar aumento das chuvas na Colômbia, o que seria benéfico,
tendo em vista o atual déficit hídrico.
(Por David Brough e Ho Binh Minh; reportagem adicional por Bernadette Christina Munthe,
Patpicha Tanakasempipat e Rajendra Jadhav)