O documento discute os processos de modelagem e reforçamento diferencial na aquisição de novos comportamentos. A modelagem envolve aproximações sucessivas de um comportamento inicial para um comportamento final, onde respostas intermediárias semelhantes são reforçadas diferencialmente até o comportamento alvo ser atingido. O reforçamento diferencial seleciona respostas úteis e faz com que respostas menos apropriadas desapareçam.
3. É POSSÍVEL REFORÇAR UMA
RESPOSTA QUE NUNCA OCORREU?
COMO UMA RESPOSTA OCORRE
PELA PRIMEIRA VEZ ?
A RESPOSTA DEVE OCORRER PELA
PRIMEIRA VEZ PARA SER
REFORÇADA.
4. Modelagem de respostas já
existentes
Modelação (imitação)
Instrução (regras)
Indução (variação)
5. MODELAGEM
Qual é a origem de um novo comportamento?
Como se criam as respostas no repertório de um
indivíduo?
Repertório comportamental
Falar
Comer com garfo e faca
Escrever
Dirigir um veículo
Fazer um desenho
Andar de bicicleta
Reforçamento diferencial
Modelagem
6. MODELAGEM
Aprender a escrever a letra “a”
1) Segurar o lápis e fazer qualquer rabisco;
2) fazer um círculo disforme;
3) círculo mais perfeito;
4) círculo mais “perna” da letra “a”.
7. MODELAGEM É O PROCESSO PELO
QUAL OS COMPORTAMENTOS
OPERANTES SÃO MODIFICADOS NUMA
SÉRIE DE PASSOS, DO DESEMPENHO
INICIAL ATÉ O DESEMPENHO FINAL.
8. MODELAGEM
Procedimento de reforçamento diferencial com
aproximações sucessivas, até um comportamento
final;
Processo de mudança gradual da topografia de
um comportamento em direção a um
comportamento terminal produzido por
reforçamento diferencial de aproximações
sucessivas.
9. REFORÇAMENTO DIFERENCIAL
Reforço para alguns comportamentos e extinção
para outros comportamentos.
O reforçamento diferencial seleciona as respostas
que são úteis, no contexto de SD, e faz com que
desapareçam as respostas menos apropriadas.
10. Reforçamento diferencial
Variabilidade do comportamento;
Reforçamento, extinção e punição;
“Sempre que o comportamento de alguém é
variável e algumas de suas formas são
reforçadas e outras não...”
12. Reforçamento diferencial
Aspectos fundamentais:
- Somente R que se aproximem do Cpto alvo
devem ser reforçadas;
- Modificação gradual das exigências para
reforçamento – aproximação sucessiva nas
respostas a serem reforçadas.
16. Branco (copa de 1994) ou Roberto Carlos
Lançam a bola de muito longe, com uma
velocidade muito acima da média e eventualmente
fazem gols com essas tentativas.
Como chegaram nesse padrão?
Algumas respostas foram reforçadas, outras não.
A resposta final provavelmente passou por um
processo de reforçamento diferencial.
Reforçamento diferencial
Diferenciação de respostas
17. Ex: Salto em altura
Inicialmente: 1,60m SR
Habilidades reforçadas: melhor lugar para saltar,
tensão dos músculos, empuxo...
salto: 1,67m – Novo comportamento
Csq natural!
19. MODELAGEM
Indução
“Quando um operante é reforçado e aumenta
de freqüência, respostas semelhantes
podem aparecer e aumentar de freqüência
mesmo que não tenham sido reforçadas”.
20. EFEITOS DO REFORÇAMENTO
Indução (ou generalização de respostas):
fortalecimento de respostas fora da classe
seguida por reforçamento, mas que guardam
alguma proximidade; distribuição de respostas
além do conjunto reforçado
Diferenciação (ou seleção de respostas):
fortalecimento das respostas pertencentes ao
conjunto que foi seguido pela conseqüência;
distribuição de respostas circunscrita aos limites
das respostas reforçadas
21. Reforçamento diferencial no
ambiente social
Padrões inconsistentes de reforçamento
dificultam a aquisição de comportamentos;
- Uma vendedora no primeiro contato com o cliente
- Um jovem que vai dar uma “cantada”
Diferenciação de respostas mais lenta;
Pode resultar em discriminações sutis;
Convivência frequente com amigo
Começo de um relacionamento
Escolher uma piada
“Mulheres e mulheres, homens e homens”
Útil na aquisição de habilidades sociais;
22. Ex:
Criança pedir mesada para o pai quando o
mesmo está de bom humor.
Ex:
No ambiente de trabalho, cumprir horários, fazer
um trabalho bem feito, agir de maneira
produtiva e receber elogios do chefe.
23. APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS
Conjunto de comportamentos intermediários ordenados
pelo grau de semelhança que possuem com o
comportamento terminal.
Comportamento terminal ou final: comportamento alvo a ser
produzido pela modelagem
Sr gradual a respostas que se aproximem do comportamento
final
24. APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS
Andar de bicicleta (comportamento desejado)
Andar de triciclo com pedal
Pedalar bicicleta com rodas laterais grandes e baixas
Pedalar bicicleta com rodas laterais pequenas
Pedalar com rodas suspensas alguns centímetros
Pedalar sem rodas mas com apoio de um adulto
Andar de bicicleta (resposta final)
25. MODELAGEM –ASPECTOS FUNDAMENTAIS E
PASSOS
Aspectos fundamentais:
Reforçamento diferencial
Aproximações sucessivas: Modificação gradual das exigências
para reforçamento.
Definir o comportamento final desejado
Medir o nível operante do comportamento final (linha de
base)
Definir os comportamentos intermediários
Reforçar diferencialmente aproximações sucessivas até o
comportamento terminal desejado
26. APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS
Andar de bicicleta (comportamento desejado)
Andar de triciclo com pedal
Pedalar bicicleta com rodas laterais grandes e baixas
Pedalar bicicleta com rodas laterais pequenas
Pedalar com rodas suspensas alguns centímetros
Pedalar sem rodas mas com apoio de um adulto
Andar de bicicleta (resposta final)
Comportamento
s Intermediários
27. MODELAGEM NATURAL
Segurar colher para comer
“Colher torta” depois colher
“normal”
Comportamento do bebê
modelado por móbile
Desenvolvimento motor:
engatinhar, andar, pular.
31. MODELAGEM SISTEMÁTICA
É quando a modelagem é cuidadosamente
executada. Envolve todos os passos da
modelagem.
Ex:
Pai ensinando o filho a andar de bicicleta;
Professor modelando o comportamento de escrever do
aluno;
Terapeuta desenvolvendo assertividade no cliente.
32. OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES
Reforçamento imediato e contínuo
Reforçamento prolongado de respostas
intermediárias dificulta a passagem para o próximo
passo, devido a estereotipia
Mudar a resposta intermediária antes que ela
esteja bem estabelecida pode significar perda do
repertório já estabelecido
33. CONCLUINDO:
“A MODELAGEM É BASEADA NO REFORÇO
DIFERENCIAL: EM ESTÁGIOS SUCESSIVOS,
ALGUMAS RESPOSTAS SÃO REFORÇADAS E
OUTRAS NÃO. A MEDIDA QUE O RESPONDER SE
ALTERA, OS CRITÉRIOS PARA O REFORÇO
DIFERENCIAL TAMBÉM MUDAM, EM
APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS DA RESPOSTA A
SER MODELADA. A PROPRIEDADE DO
COMPORTAMENTO QUE TORNA A MODELAGEM
EFETIVA É A VARIABILIDADE COMPORTAMENTAL.”
(CATANIA, 1998)
38. ANDAR DE BICICLETA
Pedalar bicicleta com rodas laterais grandes
Pedalar bicicleta com rodas laterais pequenas
Pedalar bicicleta com rodas suspensas poucos
centímetros
Pedalar bicicleta sem rodas com apoio de adulto
Andar de bicicleta sozinho
39. PASSOS DA MODELAGEM
1) Definir o comportamento final desejado
2) Medir o nível operante do comportamento final
3) Definir os comportamentos intermediários
4) Reforçar diferencialmente aproximações sucessivas até
o comportamento terminal
40. EXEMPLO: ANDAR DE BICICLETA
Pedalar bicicleta com rodas laterais grandes
(NIVEL OPERANTE)
COMPORTAMENTOS INTERMEDIÁRIOS:
Pedalar bicicleta com rodas laterais pequenas
Pedalar bicicleta com rodas suspensas poucos
centímetros
Pedalar bicicleta sem rodas com apoio de adulto
Andar de bicicleta sozinho
(COMPORTAMENTO FINAL)