SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada
de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é
relativo. Tudo depende. Abordagem contigencial explica que existe
uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas
administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da
organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes,
enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro
de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade
direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o
ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez
de relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente
(independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe
uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "seentão" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Segundo Chiavenato (Chiavenato, Idalberto; Administração: Teoria,
Processo e Prática, 3ª Edição, pág. 22), "as empresas bem sucedidas
são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas
ambientais." As características das organizações dependem das
características do ambiente que estão inseridas. Nesse sentido, o
ambiente molda as organizações.
A TEORIA - PESQUISAS
A Teoria Contingencial surge a partir de pesquisas (1960) diante da
necessidade de elaboração de um modelo de organização que se
adapte de forma eficaz ao ambiente externo, o que implicaria em
consequência a mudança no ambiente interno.

Fator condicional como preponderante frente as mudanças
Mudanças na dinâmica do mercado: Concorrência crescente
CAUSAS PARA A PESQUISA
Incerteza ambiental (mercado)
Concorrência desleal
Mercado consumidor desconhecido (análises tímidas sobre o perfil do
consumidor e suas preferências)
Crises de ordem econômicas
Nada é absoluto, tudo é variável...
“...tudo muda o tempo inteiro no mundo...”
TEORIA CONTINGENCIAL
Destaca-se quatro pesquisas centrais para a compreensão da Teoria
Contingencial
Estratégia e Estrutura Organizacional – Alfred D. Chandler
Organizações Mecanicistas e Orgânicas – T. Burns e G.M. Stalker
Ambiente Externo e Mudança Organizacional – F.E. Emery e E.L. Trist
Conflitos do meio externo e interno – P.R. Laurence e J. W. Lorsch
O AMBIENTE
Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando
internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada
pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas
abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar
a eficácia das organizações, mas nem toda a preocupação foi capaz de
produzir total entendimento do meio ambiente. As teorias da gestão têm
ênfase no interior e exterior da organização. O ambiente geral e o
ambiente da tarefa.
O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente
toda e qualquer organização, é constituído de um conjunto de
condições semelhantes, são elas tecnológicas, legais, políticas,
econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.
O AMBIENTE
Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras
organizações, é preciso se adaptar para não perder a competitividade.
As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas,
fiscais, civis, de carácter comercial, etc.

As condições políticas são decisões e definições políticas. As condições
econômicas constituem o que determina o desenvolvimento
econômico. Inflação, balança de pagamentos do país, distribuição de
renda interna, etc; são problemas econômicos que não passam
despercebidos pela organização. A condição demográfica determina o
mercado de acordo com a taxa de crescimento, população, raça,
religião, distribuição geográfica, etc. A condição cultural é a expectativa
da população que interfere no consumo. Todas essas condições
interagem entre si, e suas forças juntas têm efeito sistêmico.
TIPOS DE AMBIENTES
Homogênio

Heterogênio

Estável

Instável
PESQUISA DE ALFRED D. CHANDLER
•

Envolvendo o processo histórico das grandes empresas Du Pont, General
Motors, Sears e Standard Oil. A conclusão de Chandler é de que, na historia
industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes
empresas americanas foi sendo gradualmente determinada pela sua
estratégia de mercado. A estrutura organizacional corresponde ao desenho
da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar
seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de
alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As
organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases
iniciais distintas
acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas
instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A
preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de
compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de
matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o
aparecimento das economias de escala.
racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas
tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais
recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio
da criação de uma estrutura funcional, os lucros dependiam da
racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às
oscilações do mercado. Para reduzir os risco das flutuações do mercado, as
empresas se preocuparam com o planejamento, organização e coordenação.
continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda
fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo
entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a
procura de novos produtos e novos mercados.
racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na
estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos
mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional,
inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e
operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada
linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão
autónoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias.
Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a
preocupação crescente com o planejamento de longo prazo, a gestão
voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão.
Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adoptar diferentes
estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.
PESQUISA DE T. BURNS E G.M STALKER
•

Pesquisaram para verificar a relação existente entre as praticas
administrativas e o ambiente externo dessas organizações. Ficaram
impressionadas com os métodos nitidamente diferentes encontrados.
Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organização
“mecanicistas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas administrativas e as
relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas
(burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no
comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no
conhecimento e na consulta).
•

As organizações mecanicistas apresentam as seguintes características:

•

Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho. A organização se caracteriza por
ciclos de atividades rotineiras que se repetem indefinidamente.

•

Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada
um executa sua tarefa como se fosse distinta e separada das demais.

•

Centralização das decisões: tomadas somente pela cúpula da organização

•

Hierarquia de autoridade rígida: com pouca permeabilidade entre os níveis hierárquicos, autoridade baseada na
posição.

•

Sistemas rígido de controle: com estreita amplitude administrativa pela qual cada supervisor tem um numero
determinado de subordinados.

•

Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase sempre conduz mais ordens de cima para baixo
do que dados e retorno de baixo para cima.

•

Predomínio da interação vertical: entre superior e subordinado.

•

Ênfase nas regras e nos procedimentos: formalizados por escrito e que servem para definir os comportamentos
das pessoas

•

Ênfase nos princípios universais da gestão: princípios funcionam como norma sobre como a empresa deve ser
organizada e dirigida.

•

Na realidade a organização mecanicistas funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo,
determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o
envolver
•

As organizações orgânicas apresentam:

•

Estrutura organizacional flexível e adaptável

•

Os cargos são continuamente modificados e redefinidos

•

Descentralização das decisões

•

Hierarquia flexível

•

Amplitude de comando do supervisor e extensa

•

Maior confiabilidade nas comunicações informais

•

Predomínio da interação lateral e horizontal

•

Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano

•

Na realidade as organizações orgânicas funcionam como um sistema vivo, aberto e complexo,
extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com o ambiente externo. A adaptação e o
ajustamento as demandas ambientais provocam constantes mudanças internas na organização.

QUAL SISTEMA SE ADPTA DE MANEIRA MAIS EFICAZ AO AMBIENTE IMUTÁVEL? E AO MUTÁVEL?
PORQUE?
PESQUISA DE F.E EMERY E E.L. TRIST
•

Eles procuravam identificar o processo e as reações que ocorrem no
ambiente como um todo, no sentido de classificar a natureza do ambiente
que circunda a organização e as consequências da natureza ambiental sobre
a natureza da organização. Para ambos existem quatro tipos de contexto
ambiental, cada qual proporcionando determinada estrutura e
comportamentos organizacionais. Identificaram 4 tipos de ambientes:
meio plácido e aleatório: concorrência pura, produtos homogéneos e muitas
empresas pequenas que não conseguem sozinhas influenciar o mercado.
Justamente pelo seu pequeno tamanho, a organização não pode afetar as
outras organizações do ambiente. Essas organizações sobrevivem em
pequenas unidades, isoladas, e dificilmente se adaptariam a um outro tipo de
ambiente: são bares, mercearias e pequenas oficinas.
meio plácido e segmentado: concorrência monopolística, produtos
diferenciados e organizações de médio porte com alguns controles sobre o
mercado. Dentro das condições ambientais as organizações tendem a
crescer em tamanho, tornam-se multifuncionais e muito hierarquizadas e
possuem controle e coordenação centralizados.
meio perturbado e reativo: neste ambiente mais dinâmico que estático,
desenvolvem-se organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das
mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado. Neste contexto
ambiental, as confrontações não ocorrem mais ao acaso, uma vez que todos
sabem o que os outros pretendem fazer e aonde a organização quer chegar.
Oligopólio, poucas e grandes organizações dominantes do mercado. Bancos,
concessionárias. Surgem rivalidades, tornando necessário o conhecimento das
reações dos rivais. Exemplo organizações que atuam num mercado estreitamente
disputado, como companhias de petróleo ou de cimento.
meio de campos turbulentos: caracterizam-se pela complexidade, turbulência e
dinamicidade. Entretanto, esta dinamicidade não é causada somente pela
presença de outras organizações, mais pelo complexo dinâmico de forças
existente no próprio ambiente. Esta condição requer um relacionamento que,
enquanto maximiza a cooperação, reconhece a autonomia de cada organização.
Além da cooperação inter-organizacional, ocorre neste tipo de ambiente uma
continua mudança associada com inovação, provocando relevantes incertezas.
Forte impulso para pesquisa e desenvolvimento ou tecnologia avançada. Mercado
monopólio puro, uma ou pouquíssimas organizações controladoras do mercado.
PESQUISA DE P.R. LAURENCE E J.W. LORSCH
•

envolvendo dez empresas (plásticos, alimentos e recipientes), concluíram que os
problemas básicos são:

Diferenciação: á divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual
desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental também
especializado. Cada subsistema ou departamento tende a reagir unicamente àquela
parte do ambiente que é relevante para a sua própria tarefa especializada. Se houver
diferenciação ambiental, aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na
abordagem empregada pelos departamentos: do ambiente geral emergem assim
ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou departamento da
organização. Cada subsistema da empresa reage apenas à parte do ambiente que é
relevante às suas atividades.
Diferenciação versus integração: ambos os estados – diferenciação e integração – são
opostos e antagônicos: quanto mais diferenciada é uma organização, mais difícil é a
solução de pontos de vista conflitantes dos departamentos e a obtenção de colaboração
efetiva.
Integração: refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas
do ambiente global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação
entre os vários departamentos. as partes de uma empresa constituem um todo
indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as outras partes.
CONCLUSÕES
As organizações são de natureza sistêmica e por isso sua sobrevivência
está ligada a forma de adaptação ao meio externo.
A simbiose entre organizações e meio ambiente determinar sua forma
estrutural

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Teoria de sistemas e contingencial
Teoria de sistemas e contingencialTeoria de sistemas e contingencial
Teoria de sistemas e contingencialFernando Oliveira
 
Abordagens sistêmica e contingencial
Abordagens sistêmica e contingencialAbordagens sistêmica e contingencial
Abordagens sistêmica e contingencialCelia Carvalho
 
6 abordagem sistemica e contingencial
6   abordagem sistemica e contingencial6   abordagem sistemica e contingencial
6 abordagem sistemica e contingencialIsabella Couto Reis
 
2º tópico teoria da contingência - abordagem contingencial
2º tópico   teoria da contingência - abordagem contingencial2º tópico   teoria da contingência - abordagem contingencial
2º tópico teoria da contingência - abordagem contingencialTaty Bahia
 
Resenha: Teoria Contingencial: Ambiente
Resenha: Teoria Contingencial: AmbienteResenha: Teoria Contingencial: Ambiente
Resenha: Teoria Contingencial: Ambienteadmetz01
 
Teoria Estruturalista
Teoria EstruturalistaTeoria Estruturalista
Teoria Estruturalistaadmetz01
 
Teoria Geral de Sistemas
Teoria Geral de SistemasTeoria Geral de Sistemas
Teoria Geral de Sistemaspaulocsm
 
Abordagem sistêmica da administração
Abordagem sistêmica da administração Abordagem sistêmica da administração
Abordagem sistêmica da administração admetz01
 
Abordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracaoAbordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracaoFelipe Leo
 
Teorias administrativas e a enfermagem
Teorias administrativas e a enfermagemTeorias administrativas e a enfermagem
Teorias administrativas e a enfermagemMarianny Dantas
 
Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...
Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...
Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...Reginaldo Marcos Martins
 
Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...
Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...
Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...Eder Nogueira
 
Abordagem humanística da administração
Abordagem humanística da administraçãoAbordagem humanística da administração
Abordagem humanística da administraçãoHélia
 

Mais procurados (20)

Teoria de sistemas e contingencial
Teoria de sistemas e contingencialTeoria de sistemas e contingencial
Teoria de sistemas e contingencial
 
Abordagens sistêmica e contingencial
Abordagens sistêmica e contingencialAbordagens sistêmica e contingencial
Abordagens sistêmica e contingencial
 
6 abordagem sistemica e contingencial
6   abordagem sistemica e contingencial6   abordagem sistemica e contingencial
6 abordagem sistemica e contingencial
 
slidee.pptx
slidee.pptxslidee.pptx
slidee.pptx
 
2º tópico teoria da contingência - abordagem contingencial
2º tópico   teoria da contingência - abordagem contingencial2º tópico   teoria da contingência - abordagem contingencial
2º tópico teoria da contingência - abordagem contingencial
 
Chandler: estratégia de estrutura
Chandler: estratégia de estruturaChandler: estratégia de estrutura
Chandler: estratégia de estrutura
 
Resenha: Teoria Contingencial: Ambiente
Resenha: Teoria Contingencial: AmbienteResenha: Teoria Contingencial: Ambiente
Resenha: Teoria Contingencial: Ambiente
 
Teoria geral da administração
Teoria geral da administraçãoTeoria geral da administração
Teoria geral da administração
 
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSM
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSMORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSM
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSM
 
Teoria Estruturalista
Teoria EstruturalistaTeoria Estruturalista
Teoria Estruturalista
 
Aula17
Aula17Aula17
Aula17
 
Teoria Geral de Sistemas
Teoria Geral de SistemasTeoria Geral de Sistemas
Teoria Geral de Sistemas
 
Teoria de Sistemas
Teoria de SistemasTeoria de Sistemas
Teoria de Sistemas
 
Abordagem sistêmica da administração
Abordagem sistêmica da administração Abordagem sistêmica da administração
Abordagem sistêmica da administração
 
Abordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracaoAbordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracao
 
Teorias administrativas e a enfermagem
Teorias administrativas e a enfermagemTeorias administrativas e a enfermagem
Teorias administrativas e a enfermagem
 
Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...
Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...
Administração Científica: O Taylorismo - Elaborado por Prof. Reginaldo Marcos...
 
Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...
Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...
Abordagem humanística da administração e decorrências da teoria das relações ...
 
Teorias da Administração
Teorias da AdministraçãoTeorias da Administração
Teorias da Administração
 
Abordagem humanística da administração
Abordagem humanística da administraçãoAbordagem humanística da administração
Abordagem humanística da administração
 

Semelhante a Teoria da Contingência e Ambientes Organizacionais

teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdf
teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdfteoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdf
teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdfJujuLima8
 
Abordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracaoAbordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracaoAdilson P Motta Motta
 
Teoria da Administração - contigencia.pdf
Teoria da Administração - contigencia.pdfTeoria da Administração - contigencia.pdf
Teoria da Administração - contigencia.pdfPedroLuis216164
 
Seminário de Administração.pptx
Seminário de Administração.pptxSeminário de Administração.pptx
Seminário de Administração.pptxAmarildoJosMorett
 
Abordagem sistemica e contigencial
Abordagem sistemica e contigencialAbordagem sistemica e contigencial
Abordagem sistemica e contigencialBruna Elisson
 
Organizações mecanicistas x organizações flexíveis
Organizações mecanicistas x organizações flexíveisOrganizações mecanicistas x organizações flexíveis
Organizações mecanicistas x organizações flexíveisJoici Borges
 
Ead aula presencial - tga 2014 maio 2014
Ead aula  presencial - tga 2014 maio 2014Ead aula  presencial - tga 2014 maio 2014
Ead aula presencial - tga 2014 maio 2014Endryelle Santos
 
Ambiente externo
Ambiente externoAmbiente externo
Ambiente externoFelipe Leo
 
Aula 5 marketing teoria da contingencia.
Aula 5 marketing teoria da contingencia.Aula 5 marketing teoria da contingencia.
Aula 5 marketing teoria da contingencia.ssuserd4f153
 
teoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdf
teoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdfteoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdf
teoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdfJujuLima8
 
Aula de Modelos de Gestão.pptx
Aula de Modelos de Gestão.pptxAula de Modelos de Gestão.pptx
Aula de Modelos de Gestão.pptxPedro Luis Moraes
 
AMBIENTE DA CONTROLADORIA
AMBIENTE DA CONTROLADORIAAMBIENTE DA CONTROLADORIA
AMBIENTE DA CONTROLADORIAAline Maia
 
Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...Carlos Jonathan Santos
 
2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...
2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...
2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...JujuLima8
 
A D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ OA D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ Otaniamaciel
 

Semelhante a Teoria da Contingência e Ambientes Organizacionais (20)

teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdf
teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdfteoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdf
teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdf
 
Abordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracaoAbordagem contingencial da administracao
Abordagem contingencial da administracao
 
conti.ppt.pptx
conti.ppt.pptxconti.ppt.pptx
conti.ppt.pptx
 
Teoria da Administração - contigencia.pdf
Teoria da Administração - contigencia.pdfTeoria da Administração - contigencia.pdf
Teoria da Administração - contigencia.pdf
 
Seminário de Administração.pptx
Seminário de Administração.pptxSeminário de Administração.pptx
Seminário de Administração.pptx
 
Abordagem sistemica e contigencial
Abordagem sistemica e contigencialAbordagem sistemica e contigencial
Abordagem sistemica e contigencial
 
Organizações mecanicistas x organizações flexíveis
Organizações mecanicistas x organizações flexíveisOrganizações mecanicistas x organizações flexíveis
Organizações mecanicistas x organizações flexíveis
 
Ead aula presencial - tga 2014 maio 2014
Ead aula  presencial - tga 2014 maio 2014Ead aula  presencial - tga 2014 maio 2014
Ead aula presencial - tga 2014 maio 2014
 
Ambiente externo
Ambiente externoAmbiente externo
Ambiente externo
 
9013774
90137749013774
9013774
 
Aula 5 marketing teoria da contingencia.
Aula 5 marketing teoria da contingencia.Aula 5 marketing teoria da contingencia.
Aula 5 marketing teoria da contingencia.
 
teoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdf
teoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdfteoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdf
teoriadacontingncia-221208130436-03821c5e.pdf
 
Organização e os estudos organizacionais
Organização e os estudos organizacionaisOrganização e os estudos organizacionais
Organização e os estudos organizacionais
 
Aula de Modelos de Gestão.pptx
Aula de Modelos de Gestão.pptxAula de Modelos de Gestão.pptx
Aula de Modelos de Gestão.pptx
 
AMBIENTE DA CONTROLADORIA
AMBIENTE DA CONTROLADORIAAMBIENTE DA CONTROLADORIA
AMBIENTE DA CONTROLADORIA
 
Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...
 
Trabalho cap. 18 (final)
Trabalho cap. 18 (final)Trabalho cap. 18 (final)
Trabalho cap. 18 (final)
 
Aula16
Aula16Aula16
Aula16
 
2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...
2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...
2tpico-teoriadacontingncia-abordagemcontingencial-141109163633-conversion-gat...
 
A D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ OA D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ O
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 

Teoria da Contingência e Ambientes Organizacionais

  • 1.
  • 2. TEORIA DA CONTINGÊNCIA A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Abordagem contigencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "seentão" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização.
  • 3. TEORIA DA CONTINGÊNCIA Segundo Chiavenato (Chiavenato, Idalberto; Administração: Teoria, Processo e Prática, 3ª Edição, pág. 22), "as empresas bem sucedidas são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas ambientais." As características das organizações dependem das características do ambiente que estão inseridas. Nesse sentido, o ambiente molda as organizações.
  • 4. A TEORIA - PESQUISAS A Teoria Contingencial surge a partir de pesquisas (1960) diante da necessidade de elaboração de um modelo de organização que se adapte de forma eficaz ao ambiente externo, o que implicaria em consequência a mudança no ambiente interno. Fator condicional como preponderante frente as mudanças Mudanças na dinâmica do mercado: Concorrência crescente
  • 5. CAUSAS PARA A PESQUISA Incerteza ambiental (mercado) Concorrência desleal Mercado consumidor desconhecido (análises tímidas sobre o perfil do consumidor e suas preferências) Crises de ordem econômicas Nada é absoluto, tudo é variável... “...tudo muda o tempo inteiro no mundo...”
  • 6. TEORIA CONTINGENCIAL Destaca-se quatro pesquisas centrais para a compreensão da Teoria Contingencial Estratégia e Estrutura Organizacional – Alfred D. Chandler Organizações Mecanicistas e Orgânicas – T. Burns e G.M. Stalker Ambiente Externo e Mudança Organizacional – F.E. Emery e E.L. Trist Conflitos do meio externo e interno – P.R. Laurence e J. W. Lorsch
  • 7. O AMBIENTE Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, mas nem toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio ambiente. As teorias da gestão têm ênfase no interior e exterior da organização. O ambiente geral e o ambiente da tarefa. O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente toda e qualquer organização, é constituído de um conjunto de condições semelhantes, são elas tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.
  • 8. O AMBIENTE Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras organizações, é preciso se adaptar para não perder a competitividade. As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas, fiscais, civis, de carácter comercial, etc. As condições políticas são decisões e definições políticas. As condições econômicas constituem o que determina o desenvolvimento econômico. Inflação, balança de pagamentos do país, distribuição de renda interna, etc; são problemas econômicos que não passam despercebidos pela organização. A condição demográfica determina o mercado de acordo com a taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, etc. A condição cultural é a expectativa da população que interfere no consumo. Todas essas condições interagem entre si, e suas forças juntas têm efeito sistêmico.
  • 10. PESQUISA DE ALFRED D. CHANDLER • Envolvendo o processo histórico das grandes empresas Du Pont, General Motors, Sears e Standard Oil. A conclusão de Chandler é de que, na historia industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradualmente determinada pela sua estratégia de mercado. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases iniciais distintas
  • 11. acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o aparecimento das economias de escala. racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio da criação de uma estrutura funcional, os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado. Para reduzir os risco das flutuações do mercado, as empresas se preocuparam com o planejamento, organização e coordenação.
  • 12. continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados. racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autónoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação crescente com o planejamento de longo prazo, a gestão voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão. Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adoptar diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.
  • 13. PESQUISA DE T. BURNS E G.M STALKER • Pesquisaram para verificar a relação existente entre as praticas administrativas e o ambiente externo dessas organizações. Ficaram impressionadas com os métodos nitidamente diferentes encontrados. Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organização “mecanicistas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas administrativas e as relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas (burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no conhecimento e na consulta).
  • 14. • As organizações mecanicistas apresentam as seguintes características: • Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho. A organização se caracteriza por ciclos de atividades rotineiras que se repetem indefinidamente. • Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada um executa sua tarefa como se fosse distinta e separada das demais. • Centralização das decisões: tomadas somente pela cúpula da organização • Hierarquia de autoridade rígida: com pouca permeabilidade entre os níveis hierárquicos, autoridade baseada na posição. • Sistemas rígido de controle: com estreita amplitude administrativa pela qual cada supervisor tem um numero determinado de subordinados. • Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase sempre conduz mais ordens de cima para baixo do que dados e retorno de baixo para cima. • Predomínio da interação vertical: entre superior e subordinado. • Ênfase nas regras e nos procedimentos: formalizados por escrito e que servem para definir os comportamentos das pessoas • Ênfase nos princípios universais da gestão: princípios funcionam como norma sobre como a empresa deve ser organizada e dirigida. • Na realidade a organização mecanicistas funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo, determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o envolver
  • 15. • As organizações orgânicas apresentam: • Estrutura organizacional flexível e adaptável • Os cargos são continuamente modificados e redefinidos • Descentralização das decisões • Hierarquia flexível • Amplitude de comando do supervisor e extensa • Maior confiabilidade nas comunicações informais • Predomínio da interação lateral e horizontal • Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano • Na realidade as organizações orgânicas funcionam como um sistema vivo, aberto e complexo, extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com o ambiente externo. A adaptação e o ajustamento as demandas ambientais provocam constantes mudanças internas na organização. QUAL SISTEMA SE ADPTA DE MANEIRA MAIS EFICAZ AO AMBIENTE IMUTÁVEL? E AO MUTÁVEL? PORQUE?
  • 16. PESQUISA DE F.E EMERY E E.L. TRIST • Eles procuravam identificar o processo e as reações que ocorrem no ambiente como um todo, no sentido de classificar a natureza do ambiente que circunda a organização e as consequências da natureza ambiental sobre a natureza da organização. Para ambos existem quatro tipos de contexto ambiental, cada qual proporcionando determinada estrutura e comportamentos organizacionais. Identificaram 4 tipos de ambientes:
  • 17. meio plácido e aleatório: concorrência pura, produtos homogéneos e muitas empresas pequenas que não conseguem sozinhas influenciar o mercado. Justamente pelo seu pequeno tamanho, a organização não pode afetar as outras organizações do ambiente. Essas organizações sobrevivem em pequenas unidades, isoladas, e dificilmente se adaptariam a um outro tipo de ambiente: são bares, mercearias e pequenas oficinas. meio plácido e segmentado: concorrência monopolística, produtos diferenciados e organizações de médio porte com alguns controles sobre o mercado. Dentro das condições ambientais as organizações tendem a crescer em tamanho, tornam-se multifuncionais e muito hierarquizadas e possuem controle e coordenação centralizados.
  • 18. meio perturbado e reativo: neste ambiente mais dinâmico que estático, desenvolvem-se organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado. Neste contexto ambiental, as confrontações não ocorrem mais ao acaso, uma vez que todos sabem o que os outros pretendem fazer e aonde a organização quer chegar. Oligopólio, poucas e grandes organizações dominantes do mercado. Bancos, concessionárias. Surgem rivalidades, tornando necessário o conhecimento das reações dos rivais. Exemplo organizações que atuam num mercado estreitamente disputado, como companhias de petróleo ou de cimento. meio de campos turbulentos: caracterizam-se pela complexidade, turbulência e dinamicidade. Entretanto, esta dinamicidade não é causada somente pela presença de outras organizações, mais pelo complexo dinâmico de forças existente no próprio ambiente. Esta condição requer um relacionamento que, enquanto maximiza a cooperação, reconhece a autonomia de cada organização. Além da cooperação inter-organizacional, ocorre neste tipo de ambiente uma continua mudança associada com inovação, provocando relevantes incertezas. Forte impulso para pesquisa e desenvolvimento ou tecnologia avançada. Mercado monopólio puro, uma ou pouquíssimas organizações controladoras do mercado.
  • 19. PESQUISA DE P.R. LAURENCE E J.W. LORSCH • envolvendo dez empresas (plásticos, alimentos e recipientes), concluíram que os problemas básicos são: Diferenciação: á divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental também especializado. Cada subsistema ou departamento tende a reagir unicamente àquela parte do ambiente que é relevante para a sua própria tarefa especializada. Se houver diferenciação ambiental, aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na abordagem empregada pelos departamentos: do ambiente geral emergem assim ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou departamento da organização. Cada subsistema da empresa reage apenas à parte do ambiente que é relevante às suas atividades. Diferenciação versus integração: ambos os estados – diferenciação e integração – são opostos e antagônicos: quanto mais diferenciada é uma organização, mais difícil é a solução de pontos de vista conflitantes dos departamentos e a obtenção de colaboração efetiva. Integração: refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas do ambiente global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação entre os vários departamentos. as partes de uma empresa constituem um todo indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as outras partes.
  • 20. CONCLUSÕES As organizações são de natureza sistêmica e por isso sua sobrevivência está ligada a forma de adaptação ao meio externo. A simbiose entre organizações e meio ambiente determinar sua forma estrutural