2. Teoria da contingência:Novas
Abordagens.
Introdução:
• A Teoria da Contingência enfatiza que não há
nada de absoluto nas organizações ou na teoria
administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende.
A abordagem contingencial explica que existe
uma relação funcional entre as condições do
ambiente e as técnicas administrativas
apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos
da organização.
3. Origens da teoria da contingência
• A Teoria da Contingência surgiu a partir de
várias pesquisas feitas para verificar os modelos
de estruturas organizacionais mais eficazes em
determinados tipos de empresas Essas pesquisas
pretendiam confirmar se as organizações mais
eficazes seguiam os pressupostos da Teoria
Clássica, como divisão do trabalho, amplitude de
controle, hierarquia de autoridade etc.
5. Pesquisa de Chandler sobre estratégia
e estrutura.
• Chandler realizou uma investigação histórica sobre as
mudanças estruturais de quatro grandes empresas
americanas a DuPont, a General Motors, a Standard Oil Co.
de NewJersey e a Sears Roebuck & Co.relacionando-as com a
estratégia de negócios para demonstrar como a estrutura
dessas empresas foi sendo continuamente adaptada e
ajustada à sua estratégia. A estrutura organizacional
corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma
organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos,
enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação
de recursos para atender às demandas do ambiente.
6. Fases.
• Acumulação de Recursos: Iniciada após a Guerra da
Secessão americana (1865), com a expansão da rede ferroviária que
provocou o fortalecimento do mercado de ferro e aço e o moderno
mercado de capitais. A migração rural e o início da imigração
européia delineiam a característica principal do período que é o
rápido crescimento urbano facilitado pela estrada de ferro. Nessa
fase, as empresas preferiam ampliar suas instalações de produção a
organizar uma rede de distribuição. A preocupação com as
matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e a
aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de
matérias-primas. Daí o controle por integração vertical que permitiu
a economia em escala.
7. Fase 2
• Racionalização do uso dos recursos: Foi iniciada em
pleno período da integração vertical. As empresas
verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam
ser organizadas, pois acumularam mais recursos (instalações
e pessoal) do que necessário. Os custos precisavam ser
contidos por meio de uma estrutura funcional com clara
definição de linhas de autoridade e comunicação. Os lucros
dependiam da racionalização da em presa e sua estrutura
deveria ser adequada às oscilações do mercado.
8. Fase 3
• Continuação do crescimento: A reorganização geral das
empresas na segunda fase permitiu o aumento de eficiência nas
vendas, compras, produção e distribuição, reduzindo as diferenças
de custo entre as várias empresas. Com isso, os lucros baixaram, o
mercado foi se tornando saturado e diminuindo as oportunidades de
reduzir ainda mais os custos. Daí, a decisão para diversificação e
busca de novos produtos e novos mercados. Como a velha estrutura
funcional criada na fase anterior não estava ajustada para essa
diversificação, a nova estratégia de diversificar provocou o
surgimento de departamentos de pesquisa e desenvolvimento
(P&D), engenharia de produto e desenho industrial.
9. Aspectos da teoria da contingência.
• a) A organização e de natureza sistêmica,isto é,
ela é um sistema aberto.
• b) As características organizacionais apresentam
uma interação entre si e com o ambiente
• c) As características ambientais funcionam como
variáveis independentes,enquanto as
características organizacionais são variáveis
dependentes daquelas.
10. Novas abordagens ao desenho
organizacional.
• A Teoria da Contingência preocupou-se com o desenho das
organizações devido à influência da abordagem de sistemas abertos.
O desenho organizacional retrata a configuração estrutural da
organização e implica o arranjo dos órgãos dentro da estrutura no
sentido de aumentar a eficiência e a eficácia organizacional. Como
as organizações vivem em um mundo de mudança a sua estrutura
deve caracterizar-se pela flexibilidade e adaptabilidade ao ambiente
e à tecnologia. O desenho da estrutura organizacional deve ser
função de um ambiente complexo e mutável e requer a identificação
das seguintes variáveis:
11. Modelo Contingencial de Motivação
• Os autores da contingência substituem as tradicionais teorias de
McGregor, Maslowe de Herzberg baseadas em uma estrutura
uniforme, hierárquica e universal de necessidades humanas por
novas teorias.
• Esses três fatores determinam a motivação do indivíduo para
produzir em quaisquer circunstâncias em que se encontre. O modelo
parte da hipótese de que a motivação é um processo que orienta
opções de comportamento (resultados intermediários) para alcançar
um determinado resultado final. Os resultados intermediários
compõem uma cadeia de relações entre meios e fins. Quando a
pessoa deseja alcançar um objetivo individual (resultado final).
12. Conclusão :
• Procuramos mostrar resumidamente as novas
abordagens da teoria administrativa, com base
no ambiente que a envolve, o seu caráter
expansionista, as premissas contingenciais, o
impacto ambiental, o impacto tecnológico, e o
retorno aos padrões prescritivos do desenho
organizacional.
13. • Obviamente, os aspectos acima explanados não
esgotam o enorme espectro de abordagens com
que se defronta a teoria administrativa de hoje,
mas são aqueles que mais nos chamaram a
atenção, porque são os mais criticamente
sujeitos a mudanças dentro da teoria
administrativa no momento, e porque sobre eles
se concentra uma enorme literatura, nem
sempre caracterizada por conclusões
coincidentes.