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TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada
de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é
relativo. Tudo depende. Abordagem contigencial explica que existe
uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas
administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da
organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes,
enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro
de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade
direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o
ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez
de relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente
(independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe
uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se-
então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Segundo Chiavenato (Chiavenato, Idalberto; Administração: Teoria,
Processo e Prática, 3ª Edição, pág. 22), "as empresas bem sucedidas
são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas
ambientais." As características das organizações dependem das
características do ambiente que estão inseridas. Nesse sentido, o
ambiente molda as organizações.
A TEORIA - PESQUISAS
A Teoria Contingencial surge a partir de pesquisas (1960) diante da
necessidade de elaboração de um modelo de organização que se
adapte de forma eficaz ao ambiente externo, o que implicaria em
consequência a mudança no ambiente interno.
Fator condicional como preponderante frente as mudanças
Mudanças na dinâmica do mercado: Concorrência crescente
CAUSAS PARA A PESQUISA
Incerteza ambiental (mercado)
Concorrência desleal
Mercado consumidor desconhecido (análises tímidas sobre o perfil do
consumidor e suas preferências)
Crises de ordem econômicas
Nada é absoluto, tudo é variável...
“...tudo muda o tempo inteiro no mundo...”
TEORIA CONTINGENCIAL
Destaca-se quatro pesquisas centrais para a compreensão da Teoria
Contingencial
Estratégia e Estrutura Organizacional – Alfred D. Chandler
Organizações Mecanicistas e Orgânicas – T. Burns e G.M. Stalker
Ambiente Externo e Mudança Organizacional – F.E. Emery e E.L. Trist
Conflitos do meio externo e interno – P.R. Laurence e J. W. Lorsch
O AMBIENTE
Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando
internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada
pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas
abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar
a eficácia das organizações, mas nem toda a preocupação foi capaz de
produzir total entendimento do meio ambiente. As teorias da gestão têm
ênfase no interior e exterior da organização. O ambiente geral e o
ambiente da tarefa.
O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente
toda e qualquer organização, é constituído de um conjunto de
condições semelhantes, são elas tecnológicas, legais, políticas,
econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.
O AMBIENTE
Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras
organizações, é preciso se adaptar para não perder a competitividade.
As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas,
fiscais, civis, de carácter comercial, etc.
As condições políticas são decisões e definições políticas. As condições
econômicas constituem o que determina o desenvolvimento
econômico. Inflação, balança de pagamentos do país, distribuição de
renda interna, etc; são problemas econômicos que não passam
despercebidos pela organização. A condição demográfica determina o
mercado de acordo com a taxa de crescimento, população, raça,
religião, distribuição geográfica, etc. A condição cultural é a expectativa
da população que interfere no consumo. Todas essas condições
interagem entre si, e suas forças juntas têm efeito sistêmico.
TIPOS DE AMBIENTES
Homogênio Heterogênio
Estável Instável
PESQUISA DE ALFRED D. CHANDLER
• Envolvendo o processo histórico das grandes empresas Du Pont, General
Motors, Sears e Standard Oil. A conclusão de Chandler é de que, na historia
industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes
empresas americanas foi sendo gradualmente determinada pela sua
estratégia de mercado. A estrutura organizacional corresponde ao desenho
da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar
seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de
alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As
organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases
iniciais distintas
acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas
instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A
preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de
compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de
matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o
aparecimento das economias de escala.
racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas
tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais
recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio
da criação de uma estrutura funcional, os lucros dependiam da
racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às
oscilações do mercado. Para reduzir os risco das flutuações do mercado, as
empresas se preocuparam com o planejamento, organização e coordenação.
continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda
fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo
entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a
procura de novos produtos e novos mercados.
racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na
estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos
mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional,
inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e
operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada
linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão
autónoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias.
Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a
preocupação crescente com o planejamento de longo prazo, a gestão
voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão.
Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adoptar diferentes
estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.
PESQUISA DE T. BURNS E G.M STALKER
• Pesquisaram para verificar a relação existente entre as praticas
administrativas e o ambiente externo dessas organizações. Ficaram
impressionadas com os métodos nitidamente diferentes encontrados.
Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organização
“mecanicistas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas administrativas e as
relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas
(burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no
comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no
conhecimento e na consulta).
• As organizações mecanicistas apresentam as seguintes características:
• Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho. A organização se caracteriza por
ciclos de atividades rotineiras que se repetem indefinidamente.
• Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada
um executa sua tarefa como se fosse distinta e separada das demais.
• Centralização das decisões: tomadas somente pela cúpula da organização
• Hierarquia de autoridade rígida: com pouca permeabilidade entre os níveis hierárquicos, autoridade baseada na
posição.
• Sistemas rígido de controle: com estreita amplitude administrativa pela qual cada supervisor tem um numero
determinado de subordinados.
• Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase sempre conduz mais ordens de cima para baixo
do que dados e retorno de baixo para cima.
• Predomínio da interação vertical: entre superior e subordinado.
• Ênfase nas regras e nos procedimentos: formalizados por escrito e que servem para definir os comportamentos
das pessoas
• Ênfase nos princípios universais da gestão: princípios funcionam como norma sobre como a empresa deve ser
organizada e dirigida.
• Na realidade a organização mecanicistas funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo,
determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o
envolver
• As organizações orgânicas apresentam:
• Estrutura organizacional flexível e adaptável
• Os cargos são continuamente modificados e redefinidos
• Descentralização das decisões
• Hierarquia flexível
• Amplitude de comando do supervisor e extensa
• Maior confiabilidade nas comunicações informais
• Predomínio da interação lateral e horizontal
• Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano
• Na realidade as organizações orgânicas funcionam como um sistema vivo, aberto e complexo,
extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com o ambiente externo. A adaptação e o
ajustamento as demandas ambientais provocam constantes mudanças internas na organização.
QUAL SISTEMA SE ADPTA DE MANEIRA MAIS EFICAZ AO AMBIENTE IMUTÁVEL? E AO MUTÁVEL?
PORQUE?
PESQUISA DE F.E EMERY E E.L. TRIST
• Eles procuravam identificar o processo e as reações que ocorrem no
ambiente como um todo, no sentido de classificar a natureza do ambiente
que circunda a organização e as consequências da natureza ambiental sobre
a natureza da organização. Para ambos existem quatro tipos de contexto
ambiental, cada qual proporcionando determinada estrutura e
comportamentos organizacionais. Identificaram 4 tipos de ambientes:
meio plácido e aleatório: concorrência pura, produtos homogéneos e muitas
empresas pequenas que não conseguem sozinhas influenciar o mercado.
Justamente pelo seu pequeno tamanho, a organização não pode afetar as
outras organizações do ambiente. Essas organizações sobrevivem em
pequenas unidades, isoladas, e dificilmente se adaptariam a um outro tipo de
ambiente: são bares, mercearias e pequenas oficinas.
meio plácido e segmentado: concorrência monopolística, produtos
diferenciados e organizações de médio porte com alguns controles sobre o
mercado. Dentro das condições ambientais as organizações tendem a
crescer em tamanho, tornam-se multifuncionais e muito hierarquizadas e
possuem controle e coordenação centralizados.
meio perturbado e reativo: neste ambiente mais dinâmico que estático,
desenvolvem-se organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das
mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado. Neste contexto
ambiental, as confrontações não ocorrem mais ao acaso, uma vez que todos
sabem o que os outros pretendem fazer e aonde a organização quer chegar.
Oligopólio, poucas e grandes organizações dominantes do mercado. Bancos,
concessionárias. Surgem rivalidades, tornando necessário o conhecimento das
reações dos rivais. Exemplo organizações que atuam num mercado estreitamente
disputado, como companhias de petróleo ou de cimento.
meio de campos turbulentos: caracterizam-se pela complexidade, turbulência e
dinamicidade. Entretanto, esta dinamicidade não é causada somente pela
presença de outras organizações, mais pelo complexo dinâmico de forças
existente no próprio ambiente. Esta condição requer um relacionamento que,
enquanto maximiza a cooperação, reconhece a autonomia de cada organização.
Além da cooperação inter-organizacional, ocorre neste tipo de ambiente uma
continua mudança associada com inovação, provocando relevantes incertezas.
Forte impulso para pesquisa e desenvolvimento ou tecnologia avançada. Mercado
monopólio puro, uma ou pouquíssimas organizações controladoras do mercado.
PESQUISA DE P.R. LAURENCE E J.W. LORSCH
• envolvendo dez empresas (plásticos, alimentos e recipientes), concluíram que os
problemas básicos são:
Diferenciação: á divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual
desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental também
especializado. Cada subsistema ou departamento tende a reagir unicamente àquela
parte do ambiente que é relevante para a sua própria tarefa especializada. Se houver
diferenciação ambiental, aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na
abordagem empregada pelos departamentos: do ambiente geral emergem assim
ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou departamento da
organização. Cada subsistema da empresa reage apenas à parte do ambiente que é
relevante às suas atividades.
Diferenciação versus integração: ambos os estados – diferenciação e integração – são
opostos e antagônicos: quanto mais diferenciada é uma organização, mais difícil é a
solução de pontos de vista conflitantes dos departamentos e a obtenção de colaboração
efetiva.
Integração: refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas
do ambiente global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação
entre os vários departamentos. as partes de uma empresa constituem um todo
indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as outras partes.
CONCLUSÕES
As organizações são de natureza sistêmica e por isso sua sobrevivência
está ligada a forma de adaptação ao meio externo.
A simbiose entre organizações e meio ambiente determinar sua forma
estrutural

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teoriadacontingncia-140218115535-phpapp02.pdf

  • 1.
  • 2. TEORIA DA CONTINGÊNCIA A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Abordagem contigencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se- então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização.
  • 3. TEORIA DA CONTINGÊNCIA Segundo Chiavenato (Chiavenato, Idalberto; Administração: Teoria, Processo e Prática, 3ª Edição, pág. 22), "as empresas bem sucedidas são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas ambientais." As características das organizações dependem das características do ambiente que estão inseridas. Nesse sentido, o ambiente molda as organizações.
  • 4. A TEORIA - PESQUISAS A Teoria Contingencial surge a partir de pesquisas (1960) diante da necessidade de elaboração de um modelo de organização que se adapte de forma eficaz ao ambiente externo, o que implicaria em consequência a mudança no ambiente interno. Fator condicional como preponderante frente as mudanças Mudanças na dinâmica do mercado: Concorrência crescente
  • 5. CAUSAS PARA A PESQUISA Incerteza ambiental (mercado) Concorrência desleal Mercado consumidor desconhecido (análises tímidas sobre o perfil do consumidor e suas preferências) Crises de ordem econômicas Nada é absoluto, tudo é variável... “...tudo muda o tempo inteiro no mundo...”
  • 6. TEORIA CONTINGENCIAL Destaca-se quatro pesquisas centrais para a compreensão da Teoria Contingencial Estratégia e Estrutura Organizacional – Alfred D. Chandler Organizações Mecanicistas e Orgânicas – T. Burns e G.M. Stalker Ambiente Externo e Mudança Organizacional – F.E. Emery e E.L. Trist Conflitos do meio externo e interno – P.R. Laurence e J. W. Lorsch
  • 7. O AMBIENTE Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, mas nem toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio ambiente. As teorias da gestão têm ênfase no interior e exterior da organização. O ambiente geral e o ambiente da tarefa. O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente toda e qualquer organização, é constituído de um conjunto de condições semelhantes, são elas tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.
  • 8. O AMBIENTE Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras organizações, é preciso se adaptar para não perder a competitividade. As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas, fiscais, civis, de carácter comercial, etc. As condições políticas são decisões e definições políticas. As condições econômicas constituem o que determina o desenvolvimento econômico. Inflação, balança de pagamentos do país, distribuição de renda interna, etc; são problemas econômicos que não passam despercebidos pela organização. A condição demográfica determina o mercado de acordo com a taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, etc. A condição cultural é a expectativa da população que interfere no consumo. Todas essas condições interagem entre si, e suas forças juntas têm efeito sistêmico.
  • 9. TIPOS DE AMBIENTES Homogênio Heterogênio Estável Instável
  • 10. PESQUISA DE ALFRED D. CHANDLER • Envolvendo o processo histórico das grandes empresas Du Pont, General Motors, Sears e Standard Oil. A conclusão de Chandler é de que, na historia industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradualmente determinada pela sua estratégia de mercado. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases iniciais distintas
  • 11. acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o aparecimento das economias de escala. racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio da criação de uma estrutura funcional, os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado. Para reduzir os risco das flutuações do mercado, as empresas se preocuparam com o planejamento, organização e coordenação.
  • 12. continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados. racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autónoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação crescente com o planejamento de longo prazo, a gestão voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão. Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adoptar diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.
  • 13. PESQUISA DE T. BURNS E G.M STALKER • Pesquisaram para verificar a relação existente entre as praticas administrativas e o ambiente externo dessas organizações. Ficaram impressionadas com os métodos nitidamente diferentes encontrados. Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organização “mecanicistas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas administrativas e as relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas (burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no conhecimento e na consulta).
  • 14. • As organizações mecanicistas apresentam as seguintes características: • Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho. A organização se caracteriza por ciclos de atividades rotineiras que se repetem indefinidamente. • Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada um executa sua tarefa como se fosse distinta e separada das demais. • Centralização das decisões: tomadas somente pela cúpula da organização • Hierarquia de autoridade rígida: com pouca permeabilidade entre os níveis hierárquicos, autoridade baseada na posição. • Sistemas rígido de controle: com estreita amplitude administrativa pela qual cada supervisor tem um numero determinado de subordinados. • Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase sempre conduz mais ordens de cima para baixo do que dados e retorno de baixo para cima. • Predomínio da interação vertical: entre superior e subordinado. • Ênfase nas regras e nos procedimentos: formalizados por escrito e que servem para definir os comportamentos das pessoas • Ênfase nos princípios universais da gestão: princípios funcionam como norma sobre como a empresa deve ser organizada e dirigida. • Na realidade a organização mecanicistas funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo, determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o envolver
  • 15. • As organizações orgânicas apresentam: • Estrutura organizacional flexível e adaptável • Os cargos são continuamente modificados e redefinidos • Descentralização das decisões • Hierarquia flexível • Amplitude de comando do supervisor e extensa • Maior confiabilidade nas comunicações informais • Predomínio da interação lateral e horizontal • Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano • Na realidade as organizações orgânicas funcionam como um sistema vivo, aberto e complexo, extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com o ambiente externo. A adaptação e o ajustamento as demandas ambientais provocam constantes mudanças internas na organização. QUAL SISTEMA SE ADPTA DE MANEIRA MAIS EFICAZ AO AMBIENTE IMUTÁVEL? E AO MUTÁVEL? PORQUE?
  • 16. PESQUISA DE F.E EMERY E E.L. TRIST • Eles procuravam identificar o processo e as reações que ocorrem no ambiente como um todo, no sentido de classificar a natureza do ambiente que circunda a organização e as consequências da natureza ambiental sobre a natureza da organização. Para ambos existem quatro tipos de contexto ambiental, cada qual proporcionando determinada estrutura e comportamentos organizacionais. Identificaram 4 tipos de ambientes:
  • 17. meio plácido e aleatório: concorrência pura, produtos homogéneos e muitas empresas pequenas que não conseguem sozinhas influenciar o mercado. Justamente pelo seu pequeno tamanho, a organização não pode afetar as outras organizações do ambiente. Essas organizações sobrevivem em pequenas unidades, isoladas, e dificilmente se adaptariam a um outro tipo de ambiente: são bares, mercearias e pequenas oficinas. meio plácido e segmentado: concorrência monopolística, produtos diferenciados e organizações de médio porte com alguns controles sobre o mercado. Dentro das condições ambientais as organizações tendem a crescer em tamanho, tornam-se multifuncionais e muito hierarquizadas e possuem controle e coordenação centralizados.
  • 18. meio perturbado e reativo: neste ambiente mais dinâmico que estático, desenvolvem-se organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado. Neste contexto ambiental, as confrontações não ocorrem mais ao acaso, uma vez que todos sabem o que os outros pretendem fazer e aonde a organização quer chegar. Oligopólio, poucas e grandes organizações dominantes do mercado. Bancos, concessionárias. Surgem rivalidades, tornando necessário o conhecimento das reações dos rivais. Exemplo organizações que atuam num mercado estreitamente disputado, como companhias de petróleo ou de cimento. meio de campos turbulentos: caracterizam-se pela complexidade, turbulência e dinamicidade. Entretanto, esta dinamicidade não é causada somente pela presença de outras organizações, mais pelo complexo dinâmico de forças existente no próprio ambiente. Esta condição requer um relacionamento que, enquanto maximiza a cooperação, reconhece a autonomia de cada organização. Além da cooperação inter-organizacional, ocorre neste tipo de ambiente uma continua mudança associada com inovação, provocando relevantes incertezas. Forte impulso para pesquisa e desenvolvimento ou tecnologia avançada. Mercado monopólio puro, uma ou pouquíssimas organizações controladoras do mercado.
  • 19. PESQUISA DE P.R. LAURENCE E J.W. LORSCH • envolvendo dez empresas (plásticos, alimentos e recipientes), concluíram que os problemas básicos são: Diferenciação: á divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental também especializado. Cada subsistema ou departamento tende a reagir unicamente àquela parte do ambiente que é relevante para a sua própria tarefa especializada. Se houver diferenciação ambiental, aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na abordagem empregada pelos departamentos: do ambiente geral emergem assim ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou departamento da organização. Cada subsistema da empresa reage apenas à parte do ambiente que é relevante às suas atividades. Diferenciação versus integração: ambos os estados – diferenciação e integração – são opostos e antagônicos: quanto mais diferenciada é uma organização, mais difícil é a solução de pontos de vista conflitantes dos departamentos e a obtenção de colaboração efetiva. Integração: refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas do ambiente global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação entre os vários departamentos. as partes de uma empresa constituem um todo indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as outras partes.
  • 20. CONCLUSÕES As organizações são de natureza sistêmica e por isso sua sobrevivência está ligada a forma de adaptação ao meio externo. A simbiose entre organizações e meio ambiente determinar sua forma estrutural