SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
Ciclo do Ouro
• Ciclo do Ouro foi o momento em que, no
século XVIII, a extração do ouro foi a
principal atividade econômica brasileira.
• No final do século XVII, as exportações de
açúcar brasileiro começaram a diminuir.
Com preços mais baixos e boa qualidade,
a Europa passou a dar preferência para o
açúcar holandês. Esta crise no mercado
brasileiro colocou Portugal numa situação
de buscar novas fontes de renda.
• Foi neste contexto que os bandeirantes
começaram a encontrar minas de ouro em
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. No
século XVII, o bandeirante Fernão Dias saiu
de São Paulo com seus seguidores em
busca de prata e esmeraldas em Sabará.
• Porém, foi só no fim do século XVII que
revelou-se em Minas Gerais a ocorrência de
ouro. Os diamantes, por sua vez, foram
descobertos na segunda década do século
XVIII.O primeiro ouro encontrado era
chamado “ouro de aluvião”, ou seja, o ouro
que se encontra nos vales dos rios.
Extração do Ouro de Aluvião
Domingos
Jorge Velho
Sociedade Mineradora
• O ciclo econômico da mineração
dinamizou a sociedade brasileira.
Diferente do ciclo do açúcar, a riqueza
proveniente do ouro não ficou
concentrada nas mãos de um único grupo
social.
• Como as riquezas passaram a se
concentrar na região sudeste, a capital da
colônia deixou de ser Salvador e passou a
ser o Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
tornava mais fácil e rápido o acesso as
regiões mineradoras.
• Com o desenvolvimento de cidades como
Vila Rica, Mariana, Diamantina, entre
outras, apareceram os comerciantes,
artesãos, intelectuais, padres,
funcionários públicos e outros
profissionais liberais.
• Os escravos também ganharam
importância, e muitos deles conquistaram
junto a seus senhores o direito à liberdade
devido ao êxito das minerações. Eram
denominados negros alforriados ou forros.
Outros compravam sua liberdade.
Mariana MG
• Um outro grupo que se destacou foram os
tropeiros, que faziam comércio de
alimentos e mercadorias. Muitos faziam o
transporte da carga entre Rio Grande do
Sul e São Paulo, seguindo depois para
Minas Gerais.
Tropeiros
• O desenvolvimento da vida urbana trouxe
também mudanças culturais e intelectuais
na colônia, destacando-se a chamada
escola mineira, geralmente ligada ao
Barroco.
• São expoentes as obras esculturais e
arquitetônicas de Antônio Francisco
Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais
e do Mestre Valentim, no Rio de Janeiro.
Os 12 profetas (obra de Aleijadinho)
• Na música, destacou-se o estilo sacro do
mineiro José Mesquita, além da música
popular representada pela modinha e pela
cantiga de ninar de origem lusitana e pelo
lundu de origem africana.
• Na literatura, se destacaram grandes
poetas, como Cláudio Manoel da Costa,
Tomás Antônio Gonzaga, entre outros.
Exploração do Ouro
• Haviam duas formas principais de
exploração do ouro na região das minas:
a lavra e a faiscação.
• A lavra era o tipo mais frequente.
Consistia na extração em grandes jazidas,
utilizando mão-de-obra de escravos
africanos.
• Por sua vez, a faiscação – também
conhecida como faisqueira – era a
extração representada pelo trabalho do
próprio garimpeiro, raramente auxiliado
por ajudantes.
• Na segunda metade do século XVIII, a
mineração entrou em decadência como
esgotamento das jazidas.
Fiscalização e Impostos
• Portugal exerceu sobre a exploração do
ouro controle maior do que aquele
exercido no açúcar. Um dos motivos é o
fato de que, no decorrer do século XVIII, a
economia portuguesa estava muito
dependente da economia inglesa.
• Assim, para recuperar sua economia,
Portugal criou vários mecanismos de
controle e fiscalização, como a
Intendência de Minas e as Casas de
Fundição.
• A Intendência de Minas foi um órgão
criado em 1702. Controlado pelo rei, a
intendência tinha a função de distribuir
terras para exploração do ouro, fiscalizar
e cobrar impostos.
• As Casas de Fundição, por sua vez, eram
locais em que todo o ouro encontrado nas
minas era transformado em barras para
facilitar a cobrança de impostos.
• Dentre os principais impostos cobrados
sobre a exploração do ouro, podemos
destacar o quinto, a capitação e a
derrama.
Casa de fundição de Vila Rica
Ouro após passar pelas casas de fundição
• Como vimos anteriormente, a coroa
portuguesa lucrava muito com a cobrança
de taxas e impostos. Assim, quem
encontrava ouro na colônia deveria pagar
o quinto. Este imposto era cobrado nas
Casas de Fundição, que retiravam 20%
do total e enviavam para Portugal.
• Este era o procedimento legal e exigido
pela coroa portuguesa. Porém, muitos
sonegavam mesmo correndo riscos de
prisão ou degredo, ou seja, expulsão do
país.
• Outro imposto era a Capitação, valor
cobrado por cada escravo utilizado como
mão-de-obra na extração das minas.
• Portugal cobrava de cada região aurífera
uma certa quantidade de ouro,
aproximadamente 1500 kg anuais.
Quando esta taxa não era paga, havia a
execução da derrama. Neste caso,
soldados entravam nas residências e
retiravam os bens dos moradores até
completar o valor devido.
• As cobranças excessivas de impostos, as
punições e a forte fiscalização da coroa
portuguesa provocaram reações na
população. Várias revoltas ocorreram
neste período, como a Guerra dos
Emboabas, a Revolta de Felipe dos
Santos, a Inconfidência Mineira e a
Conjuração Baiana.
Guerra dos Emboabas
• A Guerra dos Emboabas ocorreu entre
1707 e 1709, em Minas Gerais. Dentre as
causas, podemos destacar os embates
entre paulistas e portugueses pelo direito
de explorar ouro na região das minas.
• Pelo fato de terem sido os primeiros a
descobrir as minas, os paulistas queriam
ter mais direitos e benefícios sobre o ouro
que haviam encontrado.
• Por outro lado, os portugueses–também
denominados emboabas, ou forasteiros -
queriam o direito de exploração do ouro e
formaram comunidades dentro da região
que já era habitada pelos paulistas.
• Dentre os líderes estavam o bandeirante
Manuel de Borba Gato, que chefiava os
paulistas. O português Manuel Nunes
Viana, por sua vez, chefiava os
emboabas.
Borba Gato
• Dentro desta rivalidade ocorreram muitos
conflitos e mortes que abalaram
consideravelmente as relações entre os
dois grupos. No fim, foi criada a capitania
de São Paulo.
Capitania de
São Paulo
século XVIII
Inconfidência Mineira
• A Inconfidência Mineira, também conhecida
como Conjuração Mineira, ocorreu em 1789,
em Minas Gerais. É considerada um
movimento separatista, pois tinha a intenção
de separar o Brasil de Portugal.
• Dentre as causas da revolta, podemos
destacar a cobrança excessiva de impostos,
em especial a derrama, além da proibição de
instalação de fábricas em território brasileiro.
Além disso, as idéias de liberdade, pregadas
pelo iluminismo europeu, contagiaram boa
parte do povo e da elite econômica mineira.
• Os principais líderes foram Tomas Antonio
Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e
Joaquim José da Silva Xavier, conhecido
como Tiradentes. Chamados de
inconfidentes, a ideia do grupo era
conquistar a liberdade de Portugal e
implantar o sistema de governo
republicano em nosso país. Vale ressaltar
que, sobre a escravidão, o grupo não
tinha posição definida.
• Os inconfidentes haviam marcado o dia
do movimento para uma data em que a
derrama seria executada. Desta forma,
poderiam contar com o apoio de parte da
população que estaria revoltada. Porém,
um dos inconfidentes, Joaquim Silvério
dos Reis, delatou o movimento para as
autoridades portuguesas, em troca do
perdão de suas dívidas com a coroa.
• Todos os inconfidentes foram
presos, enviados para o Rio de Janeiro e
acusados pelo crime de infidelidade ao
rei. Alguns inconfidentes ganharam como
punição o degredo para a África e outros
pena de prisão. Porém, Tiradentes, após
assumir a liderança do movimento, foi
condenado à forca em praça pública.
Bandeira da Inconfidência
Tiradentes
Esquartejado (Pedro
Américo)
Conjuração Baiana
• A Conjuração Baiana, também chamada
de Revolta dos Alfaiates, ocorreu em
1798, em Salvador.
• Da mesma forma que a Conjuração
Mineira, também foi um movimento
separatista e desejava a proclamação da
República. Porém, ao contrário daquela,
esta teve maior participação popular e
defendia o fim da escravidão.
• Dentre as causas principais, podemos
destacar a mudança da capital da colônia
de Salvador para o Rio de Janeiro, os
altos impostos, a concentração de terras e
as imposições de Portugal.
• Além disso, o movimento foi influenciado
pela Independência dos Estados Unidos,
do Haiti e pela Revolução Francesa. As
idéias iluministas de liberdade, igualdade
e fraternidade estimulavam os
conjuradores.
.
• A conjuração contou com a participação
de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-
escravos e escravos. No fim, o movimento
foi sufocado por Portugal e os principais
líderes foram, presos, degredados ou
condenados à morte.
Praça da Piedade (local da execução dos
conjurados)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Brasil - Revoltas Coloniais
Brasil - Revoltas ColoniaisBrasil - Revoltas Coloniais
Brasil - Revoltas Coloniais
carlosbidu
 
Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)
Isaquel Silva
 
Brasil república 9º ano
Brasil república 9º anoBrasil república 9º ano
Brasil república 9º ano
Eloy Souza
 

Mais procurados (20)

3º ano Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
3º ano   Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)3º ano   Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
3º ano Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
 
1 guerra mundial atividades
1 guerra mundial atividades1 guerra mundial atividades
1 guerra mundial atividades
 
Brasil - Revoltas Coloniais
Brasil - Revoltas ColoniaisBrasil - Revoltas Coloniais
Brasil - Revoltas Coloniais
 
Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)Segundo reinado (1840 1889)
Segundo reinado (1840 1889)
 
Prova de historia 2 ano 4 bimestre
Prova de historia 2  ano 4 bimestreProva de historia 2  ano 4 bimestre
Prova de historia 2 ano 4 bimestre
 
As Grandes Navegações
As Grandes NavegaçõesAs Grandes Navegações
As Grandes Navegações
 
atividades sobre a Primeira Guerra Mundial
atividades sobre a Primeira Guerra Mundialatividades sobre a Primeira Guerra Mundial
atividades sobre a Primeira Guerra Mundial
 
3° ano República da Espada
3° ano   República da Espada3° ano   República da Espada
3° ano República da Espada
 
Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil
Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil
Aula cfgv - A vinda da família real para o Brasil
 
Mapa Conceitual Revoltas Regenciais
Mapa Conceitual Revoltas Regenciais  Mapa Conceitual Revoltas Regenciais
Mapa Conceitual Revoltas Regenciais
 
Brasil república 9º ano
Brasil república 9º anoBrasil república 9º ano
Brasil república 9º ano
 
Atividade 8 ano
Atividade 8 anoAtividade 8 ano
Atividade 8 ano
 
Pré-História
Pré-HistóriaPré-História
Pré-História
 
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdfMapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
 
8 2º reinado
8  2º reinado8  2º reinado
8 2º reinado
 
1ª Guerra Mundial 9º ano
1ª Guerra Mundial 9º ano1ª Guerra Mundial 9º ano
1ª Guerra Mundial 9º ano
 
Brasil Holandês
Brasil HolandêsBrasil Holandês
Brasil Holandês
 
Mineração no Brasil colônia
Mineração no Brasil colôniaMineração no Brasil colônia
Mineração no Brasil colônia
 
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
 
Chegada da Família Real – início do processo de independência do brasil
Chegada da Família Real – início do processo de independência do brasilChegada da Família Real – início do processo de independência do brasil
Chegada da Família Real – início do processo de independência do brasil
 

Destaque

Mineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaMineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil Colônia
Jerry Guimarães
 
G2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro finalG2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro final
Rafael Vasco
 

Destaque (20)

G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
 
O Ciclo do ouro
O Ciclo do  ouroO Ciclo do  ouro
O Ciclo do ouro
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
 
Ciclo do Ouro
Ciclo do OuroCiclo do Ouro
Ciclo do Ouro
 
O ciclo do ouro brasileiro e a cultura
O ciclo do ouro brasileiro e a culturaO ciclo do ouro brasileiro e a cultura
O ciclo do ouro brasileiro e a cultura
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
 
Mineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaMineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil Colônia
 
Mineração no brasil
Mineração no brasilMineração no brasil
Mineração no brasil
 
A mineração no brasil colonial
A mineração no brasil colonialA mineração no brasil colonial
A mineração no brasil colonial
 
A exploração do ouro no brasil
A exploração do ouro no brasilA exploração do ouro no brasil
A exploração do ouro no brasil
 
A Mineração no Brasil Colonial - Ensino Fundamental
A Mineração no Brasil Colonial - Ensino FundamentalA Mineração no Brasil Colonial - Ensino Fundamental
A Mineração no Brasil Colonial - Ensino Fundamental
 
G2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro finalG2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro final
 
Conjuração Mineira
Conjuração MineiraConjuração Mineira
Conjuração Mineira
 
O ciclo do ouro
O ciclo do ouroO ciclo do ouro
O ciclo do ouro
 
Brasil ciclo do ouro.filé
Brasil ciclo do ouro.filéBrasil ciclo do ouro.filé
Brasil ciclo do ouro.filé
 
13 O Ciclo Da Mineração
13 O Ciclo Da Mineração13 O Ciclo Da Mineração
13 O Ciclo Da Mineração
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Expansão romana
Expansão romanaExpansão romana
Expansão romana
 
Da uniao-iberica-a-restauracao
Da uniao-iberica-a-restauracaoDa uniao-iberica-a-restauracao
Da uniao-iberica-a-restauracao
 

Semelhante a Ciclo do ouro

22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
Franciele Marques
 

Semelhante a Ciclo do ouro (20)

Mineração 8º ano
Mineração 8º anoMineração 8º ano
Mineração 8º ano
 
Mineracao no brasil
Mineracao no brasilMineracao no brasil
Mineracao no brasil
 
ciculo do ouro.pdf
ciculo do ouro.pdfciculo do ouro.pdf
ciculo do ouro.pdf
 
Mineração no Brasil Colonial..ppt
Mineração no Brasil Colonial..pptMineração no Brasil Colonial..ppt
Mineração no Brasil Colonial..ppt
 
Sistema colonial portugues (mineração)
Sistema colonial portugues (mineração)Sistema colonial portugues (mineração)
Sistema colonial portugues (mineração)
 
Brasil na época do Ouro
Brasil na época do OuroBrasil na época do Ouro
Brasil na época do Ouro
 
Mineração
MineraçãoMineração
Mineração
 
Amineraonobrasilcolonial 140308144938-phpapp02
Amineraonobrasilcolonial 140308144938-phpapp02Amineraonobrasilcolonial 140308144938-phpapp02
Amineraonobrasilcolonial 140308144938-phpapp02
 
O controle sobre ouro- Sociedade mineradora
O controle sobre ouro- Sociedade mineradoraO controle sobre ouro- Sociedade mineradora
O controle sobre ouro- Sociedade mineradora
 
Apostila de História do Brasil - Barão do Pirapora
Apostila de História do Brasil - Barão do PiraporaApostila de História do Brasil - Barão do Pirapora
Apostila de História do Brasil - Barão do Pirapora
 
Mineração no brasil
Mineração no brasilMineração no brasil
Mineração no brasil
 
Sistema e economia colonial parte 2
Sistema e economia colonial parte 2Sistema e economia colonial parte 2
Sistema e economia colonial parte 2
 
Goiás para concursos: século XVIII
Goiás para concursos: século XVIIIGoiás para concursos: século XVIII
Goiás para concursos: século XVIII
 
Revisão – pas.1pptx
Revisão – pas.1pptxRevisão – pas.1pptx
Revisão – pas.1pptx
 
América portuguesa
América portuguesaAmérica portuguesa
América portuguesa
 
3° ano - Brasil colônia - aula 3 e 4 - apostila 1 c
3° ano  - Brasil colônia - aula 3 e 4 - apostila 1 c3° ano  - Brasil colônia - aula 3 e 4 - apostila 1 c
3° ano - Brasil colônia - aula 3 e 4 - apostila 1 c
 
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
 
Cursinho 2013 - Primeira opção
Cursinho 2013 - Primeira opçãoCursinho 2013 - Primeira opção
Cursinho 2013 - Primeira opção
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
 
Ciclo do Ouro - A mineração no Brasil Colonial
Ciclo do Ouro - A mineração no Brasil ColonialCiclo do Ouro - A mineração no Brasil Colonial
Ciclo do Ouro - A mineração no Brasil Colonial
 

Mais de Lucas Reis

Resum oditaduramilitar
Resum oditaduramilitarResum oditaduramilitar
Resum oditaduramilitar
Lucas Reis
 
Primeiro reinado
Primeiro reinadoPrimeiro reinado
Primeiro reinado
Lucas Reis
 
10 curiosidades sobre a independência
10 curiosidades sobre a independência10 curiosidades sobre a independência
10 curiosidades sobre a independência
Lucas Reis
 
Ciclo do açúcar
Ciclo do açúcarCiclo do açúcar
Ciclo do açúcar
Lucas Reis
 
Administração colonial
Administração colonialAdministração colonial
Administração colonial
Lucas Reis
 
resumo: Era vargas
resumo: Era vargasresumo: Era vargas
resumo: Era vargas
Lucas Reis
 
Povos da mesopotâmia
Povos da mesopotâmiaPovos da mesopotâmia
Povos da mesopotâmia
Lucas Reis
 
Pré história
Pré históriaPré história
Pré história
Lucas Reis
 

Mais de Lucas Reis (12)

Resum oditaduramilitar
Resum oditaduramilitarResum oditaduramilitar
Resum oditaduramilitar
 
Persas
PersasPersas
Persas
 
Hebreus
HebreusHebreus
Hebreus
 
Fenícios
FeníciosFenícios
Fenícios
 
Primeiro reinado
Primeiro reinadoPrimeiro reinado
Primeiro reinado
 
10 curiosidades sobre a independência
10 curiosidades sobre a independência10 curiosidades sobre a independência
10 curiosidades sobre a independência
 
Resumo
ResumoResumo
Resumo
 
Ciclo do açúcar
Ciclo do açúcarCiclo do açúcar
Ciclo do açúcar
 
Administração colonial
Administração colonialAdministração colonial
Administração colonial
 
resumo: Era vargas
resumo: Era vargasresumo: Era vargas
resumo: Era vargas
 
Povos da mesopotâmia
Povos da mesopotâmiaPovos da mesopotâmia
Povos da mesopotâmia
 
Pré história
Pré históriaPré história
Pré história
 

Último

ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Último (20)

Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 

Ciclo do ouro

  • 2. • Ciclo do Ouro foi o momento em que, no século XVIII, a extração do ouro foi a principal atividade econômica brasileira. • No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a diminuir. Com preços mais baixos e boa qualidade, a Europa passou a dar preferência para o açúcar holandês. Esta crise no mercado brasileiro colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda.
  • 3. • Foi neste contexto que os bandeirantes começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. No século XVII, o bandeirante Fernão Dias saiu de São Paulo com seus seguidores em busca de prata e esmeraldas em Sabará. • Porém, foi só no fim do século XVII que revelou-se em Minas Gerais a ocorrência de ouro. Os diamantes, por sua vez, foram descobertos na segunda década do século XVIII.O primeiro ouro encontrado era chamado “ouro de aluvião”, ou seja, o ouro que se encontra nos vales dos rios.
  • 4. Extração do Ouro de Aluvião
  • 5.
  • 7. Sociedade Mineradora • O ciclo econômico da mineração dinamizou a sociedade brasileira. Diferente do ciclo do açúcar, a riqueza proveniente do ouro não ficou concentrada nas mãos de um único grupo social. • Como as riquezas passaram a se concentrar na região sudeste, a capital da colônia deixou de ser Salvador e passou a ser o Rio de Janeiro. Rio de Janeiro tornava mais fácil e rápido o acesso as regiões mineradoras.
  • 8. • Com o desenvolvimento de cidades como Vila Rica, Mariana, Diamantina, entre outras, apareceram os comerciantes, artesãos, intelectuais, padres, funcionários públicos e outros profissionais liberais. • Os escravos também ganharam importância, e muitos deles conquistaram junto a seus senhores o direito à liberdade devido ao êxito das minerações. Eram denominados negros alforriados ou forros. Outros compravam sua liberdade.
  • 10.
  • 11. • Um outro grupo que se destacou foram os tropeiros, que faziam comércio de alimentos e mercadorias. Muitos faziam o transporte da carga entre Rio Grande do Sul e São Paulo, seguindo depois para Minas Gerais.
  • 13. • O desenvolvimento da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais na colônia, destacando-se a chamada escola mineira, geralmente ligada ao Barroco. • São expoentes as obras esculturais e arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais e do Mestre Valentim, no Rio de Janeiro.
  • 14. Os 12 profetas (obra de Aleijadinho)
  • 15.
  • 16. • Na música, destacou-se o estilo sacro do mineiro José Mesquita, além da música popular representada pela modinha e pela cantiga de ninar de origem lusitana e pelo lundu de origem africana. • Na literatura, se destacaram grandes poetas, como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, entre outros.
  • 17. Exploração do Ouro • Haviam duas formas principais de exploração do ouro na região das minas: a lavra e a faiscação. • A lavra era o tipo mais frequente. Consistia na extração em grandes jazidas, utilizando mão-de-obra de escravos africanos.
  • 18. • Por sua vez, a faiscação – também conhecida como faisqueira – era a extração representada pelo trabalho do próprio garimpeiro, raramente auxiliado por ajudantes. • Na segunda metade do século XVIII, a mineração entrou em decadência como esgotamento das jazidas.
  • 19. Fiscalização e Impostos • Portugal exerceu sobre a exploração do ouro controle maior do que aquele exercido no açúcar. Um dos motivos é o fato de que, no decorrer do século XVIII, a economia portuguesa estava muito dependente da economia inglesa. • Assim, para recuperar sua economia, Portugal criou vários mecanismos de controle e fiscalização, como a Intendência de Minas e as Casas de Fundição.
  • 20. • A Intendência de Minas foi um órgão criado em 1702. Controlado pelo rei, a intendência tinha a função de distribuir terras para exploração do ouro, fiscalizar e cobrar impostos. • As Casas de Fundição, por sua vez, eram locais em que todo o ouro encontrado nas minas era transformado em barras para facilitar a cobrança de impostos. • Dentre os principais impostos cobrados sobre a exploração do ouro, podemos destacar o quinto, a capitação e a derrama.
  • 21. Casa de fundição de Vila Rica
  • 22. Ouro após passar pelas casas de fundição
  • 23. • Como vimos anteriormente, a coroa portuguesa lucrava muito com a cobrança de taxas e impostos. Assim, quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição, que retiravam 20% do total e enviavam para Portugal. • Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa. Porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou degredo, ou seja, expulsão do país.
  • 24. • Outro imposto era a Capitação, valor cobrado por cada escravo utilizado como mão-de-obra na extração das minas. • Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa quantidade de ouro, aproximadamente 1500 kg anuais. Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido.
  • 25. • As cobranças excessivas de impostos, as punições e a forte fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período, como a Guerra dos Emboabas, a Revolta de Felipe dos Santos, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
  • 26.
  • 27. Guerra dos Emboabas • A Guerra dos Emboabas ocorreu entre 1707 e 1709, em Minas Gerais. Dentre as causas, podemos destacar os embates entre paulistas e portugueses pelo direito de explorar ouro na região das minas. • Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir as minas, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado.
  • 28. • Por outro lado, os portugueses–também denominados emboabas, ou forasteiros - queriam o direito de exploração do ouro e formaram comunidades dentro da região que já era habitada pelos paulistas. • Dentre os líderes estavam o bandeirante Manuel de Borba Gato, que chefiava os paulistas. O português Manuel Nunes Viana, por sua vez, chefiava os emboabas.
  • 30. • Dentro desta rivalidade ocorreram muitos conflitos e mortes que abalaram consideravelmente as relações entre os dois grupos. No fim, foi criada a capitania de São Paulo.
  • 32. Inconfidência Mineira • A Inconfidência Mineira, também conhecida como Conjuração Mineira, ocorreu em 1789, em Minas Gerais. É considerada um movimento separatista, pois tinha a intenção de separar o Brasil de Portugal. • Dentre as causas da revolta, podemos destacar a cobrança excessiva de impostos, em especial a derrama, além da proibição de instalação de fábricas em território brasileiro. Além disso, as idéias de liberdade, pregadas pelo iluminismo europeu, contagiaram boa parte do povo e da elite econômica mineira.
  • 33. • Os principais líderes foram Tomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes. Chamados de inconfidentes, a ideia do grupo era conquistar a liberdade de Portugal e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Vale ressaltar que, sobre a escravidão, o grupo não tinha posição definida.
  • 34. • Os inconfidentes haviam marcado o dia do movimento para uma data em que a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa.
  • 35. • Todos os inconfidentes foram presos, enviados para o Rio de Janeiro e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros pena de prisão. Porém, Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado à forca em praça pública.
  • 38. Conjuração Baiana • A Conjuração Baiana, também chamada de Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798, em Salvador. • Da mesma forma que a Conjuração Mineira, também foi um movimento separatista e desejava a proclamação da República. Porém, ao contrário daquela, esta teve maior participação popular e defendia o fim da escravidão.
  • 39. • Dentre as causas principais, podemos destacar a mudança da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, os altos impostos, a concentração de terras e as imposições de Portugal. • Além disso, o movimento foi influenciado pela Independência dos Estados Unidos, do Haiti e pela Revolução Francesa. As idéias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade estimulavam os conjuradores. .
  • 40. • A conjuração contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex- escravos e escravos. No fim, o movimento foi sufocado por Portugal e os principais líderes foram, presos, degredados ou condenados à morte.
  • 41.
  • 42. Praça da Piedade (local da execução dos conjurados)