1. A MINERAÇÃO NO BRASIL
COLONIAL
A descoberta de minas de ouro por bandeirantes paulistas no final do
século XVII provocou grande agitação.
Gente de Portugal e de outras capitanias brasileiras se dirigia para as
“minas gerais” (região mineradora, por isso o nome do Estado Minas
Gerais), na esperança de enriquecerem facilmente.
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05/05/2017
2. LEMBRE-SE DE QUE...
1-Até que fosse
descoberto ouro no
Brasil, a produção
açucareira tinha sido
fundamental para a
economia da América
Portuguesa.
2- A economia açucareira
colonial caracterizou-se
pela utilização de mão de
obra escrava e pelo
latifúndio (grandes
propriedades) e voltada
para o mercado externo.
3- Além do açúcar, outros
produtos, como o tabaco,
o gado e o algodão,
geravam riquezas para os
colonos e ajudavam a
impulsionar a economia
açucareira.
Lembre-se que...
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3. AS FORMAS DE MINERAÇÃO
As lavras, feitas em grandes jazidas, que
exigia muitos investimentos em equipamentos e
mão de obra escrava. Por este motivo, era
desenvolvida por mineradores ricos e foi
comum na fase áurea da mineração.
A faiscação era a pequena
extração realizada pelo próprio
garimpeiro que usava peneiras.
Eles eram homens livres pobres ou
mesmo escravos alforriados (ou
que buscavam se alforriar). Eram
feitas em áreas abandonadas,
principalmente no final do ciclo.
Havia duas formas de extração aurífera:
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4. Foi um conflito armado ocorrido na região das Minas Gerais
entre os anos de 1707 e 1709, envolvendo os bandeirantes
paulistas e os emboabas (portugueses e imigrantes de outras
regiões do Brasil).
O confronto tinha como causa principal a disputa pela
exploração das minas de ouro recém descobertas na região
das Minas Gerais. Os paulistas queriam exclusividade na
exploração da região, pois afirmavam que tinham descoberto
as minas.
ulistas foram derrotados e a Coroa Portuguesa criou a
Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.
CONSEQUÊNCIAS:
- A cobrança do quinto foi regulamentada.
- A Coroa Portuguesa, após acabar com o conflito e pacificar a
região, assumiu a exploração de ouro na região das Minas
Gerais.
- Os bandeirantes paulistas, expulsos da região das Minas
Gerais, foram procurar em busca de ouro nas regiões de Goiás
e Mato Grosso.
A GUERRA DOS EMBOABAS
05/05/2017Profa. Alinnie Silvestre
5. A FISCALIZAÇÃO DO OURO
Assim que foram descobertas as
primeiras minas de ouro, o rei de
Portugal tratou de organizar sua
extração e começou a cobrar o quinto.
O quinto era imposto que correspondia
a 20% de todo ouro encontrado na
colônia.
Ele era cobrado nas Casas de
Fundição e organizado pela
intendência das Minas (1702), que
também distribuía datas (terrenos),
favorecendo os ricos, que possuíam
mais escravos.
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6. OS SANTOS DO “PAU OCO”
A cobrança do quinto, muito alto para os
colonos, gerava insatisfação e favorecia o
contrabando.
Foi nesta época que apareceu os santos
de pau oco, destinados, entre outras
coisas, a esconder ouro no seu interior.
05/05/2017Profa. Alinnie Silvestre
7. OUTRAS REAÇÕES DOS COLONOS
Além dos santos de “pau oco”, alguns colonos
tentaram se revoltar contra a cobrança do quinto e
de outras taxas cobradas por Portugal.
Todos eles, entretanto, foram violentamente punidos,
com penas que variavam de prisão, expulsão do
país ou morte.
Este foi o caso da Revolta de Filipe dos Santos,
quando os moradores de Vila Rica (Ouro Preto), em
1720, tentaram se revoltar. Traído pelo governador
de Minas, o líder Filipe dos Santos, teve a sua casa
incendiada, foi enforcado e, como era de hábito na
época, também foi esquartejado.
Charge que retrata a execução de Filipe
dos Santos.Os portugueses fizeram desta
punição um exemplo para que outros
colonos não seguissem os seus caminhos.
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8. VAMOS PRATICAR?
O que era o
“quinto”?
a) Uma parte do componente
químico do ouro
b) Uma parte do lote destinado às
minas, de 20% das terras.
c) Um imposto pago à Portugal,
correspondia a 10% do
arrecadado.
d) Um imposto pago à Portugal,
correspondia a 20% do
arrecadado
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9. AS CIDADES DAS “MINAS GERAIS”
Não foi somente em
Minas Gerais que se
achou ouro no Brasil.
Nos estados de Mato
Grosso e Goiás
também houve extração.
Observe no mapa ao
lado as cidades
mineradoras do século
XVIII.
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10. AS CIDADES MINERADORAS E O
CRESCIMENTO COLONIAL
A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas provocou uma
verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho, desempregados do país
inteiro foram em busca do sonho de ficar rico com o ouro.
Neste movimento, cidades começaram a surgir e se deu o desenvolvimento urbano e cultural
nestas regiões. Vila Rica, atual Ouro Preto, se destacou muito neste período. O comércio das
regiões mineradoras desenvolveu a economia colonial brasileira no período.
A quantidade de pessoas com classes sociais diversas mudava a sociedade colonial, que se
tornava mais complexa e diversificada. Havia vários brancos livres pobres, chamados de “os
desclassificados do ouro”.
Casas de Ouro Preto no século XIX. Elas
eram bem parecidas com as do século XVIII.
Ouro Preto nos
dias atuais.
Notem que as
casas continuam
semelhantes, por
isso, ela se
tornou patrimônio
cultural da
Humanidade;
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11. A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES
O principal centro de extração da valiosa
pedra, foi o Arraial do Tijuco, hoje
Diamantina em Minas Gerais.
A partir de 1734, visando um maior controle
sobre a região diamantina, foi estabelecido
um sistema de exploração de diamantes para
um único contratador.
O primeiro deles em 1740, foi o milionário
João Fernandes de Oliveira, que se
apaixonou pela escrava Chica da Silva,
tornando-a uma nobre senhora do Arraial do
Tijuco, em Minas Gerais.
Cartaz do filme “Xica da Silva”, versão artística da
vida da escrava que se casou com o contratador, no
arraial do Tijuco, causando escândalo na Colônia..
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12. A SOCIEDADE MINERADORA
A sociedade mineradora se dividia em quatro
grupos sociais::
Os grandes mineradores, donos das
grandes minas e de inúmeros escravos.
A camada média, composta por funcionários
públicos, comerciantes, artesãos, padres,
militares, profissionais liberais e garimpeiros
bem sucedidos
Os trabalhadores livres pobres, brasileiros
de outras regiões do país ou portugueses
menos favorecidos que buscavam uma vida
melhor como garimpeiros. Entre eles
também estavam os escravos alforriados
(libertos).
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13. AS ARTES E A CULTURA
MINERADORA
Foi neste contexto de extração do ouro que apareceu um dos mais importantes artistas
plásticos do Brasil, Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Na música destaca-se o estilo sacro barroco do mineiro José Joaquim Emérico Lobo de
Mesquita, além da música popular representada pela modinha e pela cantiga de ninar
de origem lusitana e pelo lundu de origem africana.
Escultura de aleijadinho em
Sabará (MG), na Igreja de
Nossa Senhora do Carmo
Charge ironizando
Aleijadinho, dizendo
que ele não teria
futuro como
escultor por fazer
uma arte nova, além
dos preconceitos
com a sua
aparência.
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14. A DECADÊNCIA DA MINERAÇÃO
Na segunda metade do século XVIII, a
mineração entra em decadência com a
paralisação das descobertas.
Por serem de aluvião (feitos no leito dos
rios) o ouro e diamantes eram facilmente
extraídos. Isso levou a uma exploração
que fez com que as jazidas se
esgotassem rapidamente.
Esse esgotamento deveu-se ao
desconhecimento técnico dos
mineradores.
Após este período, aumenta a
diversificação de produtos agrícolas,
cultivados para abastecer o Brasil. Veja
no mapa ao lado.
O comércio, já aquecido, se intensifica
com o esgotamento das jazidas.
05/05/2017Profa. Alinnie Silvestre
15. CONSEQÜÊNCIAS DA MINERAÇÃO
A mineração foi responsável por profundas mudanças na vida colonial brasileira:
Em cem anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhões de
pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil.
Além do comércio de escravos, a mineração ampliou o comércio interno na colônia
para abastecer a região mineradora. Houve um aumento significativo na produção de
alimentos e bens de consumo para a região.
A sociedade colonial tornou-se mais diversificada que na economia açucareira: grandes
proprietários, camadas médias, trabalhadores livres pobre e escravos. Apesar da
concentração de riqueza ainda privilegiar os grandes proprietários.
Transferência do eixo social e econômico do litoral para o interior da colônia, o que
acarretou na própria mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, cidade de
mais fácil acesso à região mineradora e próxima do oceano Atlântico.
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16. O DESTINO DO OURO BRASILEIRO
A riqueza gerada pela mineração não permaneceu no Brasil e nem foi para Portugal.
A dependência lusa (portuguesa) em relação à Inglaterra era antiga (Tratado de
Methuem) e grande parte das dívidas portuguesas foram pagas com o ouro brasileiro.
Isso possibilitou uma grande acumulação de capital na Inglaterra, indispensável para
o seu pioneirismo na Revolução Industrial.
Este quadro explica o
caminho que o ouro
seguia quando saía do
Brasil. Mal chegava a
Portugal, ele seguia para
a Inglaterra para o
pagamento de dívidas e
das compras de tecidos.
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