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A MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL
A descoberta do ouro
 É provável que as primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais
ocorreram devido às expedições organizadas pelos bandeirantes
paulistas.
 Milhares de pessoas foram para Minas Gerais com a esperança de
enriquecer com a exploração do ouro. Com a mineração formaram-
se várias vilas, próximas umas das outras, nas áreas onde havia ouro.
 Diferentemente do que acontecia com a atividade açucareira, a
atividade mineradora não requeria grandes investimentos. Assim,
qualquer pessoa, mesmo com poucos recursos financeiros, poderia
se lançar nessa empreitada.
A guerra dos emboabas (1707- 1709)
 Os paulistas julgaram-se donos das lavras descobertas.
 Confronto entre paulistas e emboabas.
 Os paulistas saíram derrotados e partiram para a
região centro-sul da colônia, onde passaram a criar
gado.
 Foram fundadas vilas, que eram administradas por
funcionários da Coroa para manter a ordem na área
mineradora.
A exploração do ouro
 Como era fácil praticar contrabando, a Coroa impôs normas rígidas
para a exploração aurífera. Pelas leis da época, os metais preciosos eram
propriedade da Coroa.
 A descoberta de cada lavra (minas de ouro) tinha de ser comunicada ao
governo e precisava de autorização especial para ser explorada.
 Depois de registrada, a mina era dividida em lotes chamados datas. O
descobridor podia escolher as duas primeiras datas, e a seguinte ficava
para o rei.
 Por volta de 1770, na decadência da atividade mineradora, as faiscações
(pequenas lavras de ouro) tornaram-se comuns. O número de pessoas
que trabalhavam nelas era reduzido.
Regiões mineradoras
Controle sobre a exploração do ouro
 Intendência das minas: Órgão encarregado de controlar a exploração de ouro,
cobrar impostos e fazer justiça na região
 O quinto: 20% de todo metal encontrado pelos mineradores pertencia a Coroa
portuguesa.
 Casas de fundição: local onde o ouro era pesado, transformado em barra com o
selo real e o quinto era recolhido.
 A capitação: previa a cobrança de 17gramas de ouro por cada escravo que se
possuísse.
 A derrama: era a cobrança de impostos atrasados. Estabelecia que a população
completasse a cota de ouro com seus próprios recursos, caso a meta não fosse
atingida.
Santo do Pau Oco
Era usado para esconder o contrabando
de ouro e passar sem que as autoridades
vissem.
O ouro era, também escondido entre os
dedos dos pés, cabelos e das mais
diversas formas.
O trabalho escravo
 No início, a exploração de ouro foi realizada pelos
próprios descobridores e indígenas escravizados.
 Com o tempo, os indígenas foram substituídos por
escravos africanos.
 Os escravos eram submetidos à péssimas condições de
trabalho, longas jornadas nas minas, sem descanso.
 Baixa expectativa de vida.
A Revolta de Felipe dos Santos ou
Revolta de Vila Rica
 Causas:
- Pesada cobrança de impostos.
- Fundação das casas de fundição.
 Objetivo:
- Impedir a criação das casas de fundição.
Estabelecida em 1653, a Casa de
fundição, já serviu como quartel e Casa
da Câmara e Cadeia, atualmente abriga
o Museu Municipal de Iguape.
Equipamentos usados
para fundir o ouro.
Ouro em barra
com o selo real.
A descoberta de diamantes
 Excessivo controle por parte do governo português.
Formação do distrito diamantino e da Intendência dos
diamantes.
A extração de diamantes era de exclusividade dos
contratadores (funcionários reais, ligados diretamente
a Coroa).
 Em 1771, foi criada a Real Fazenda e extinto o cargo de
contratador.
A sociedade mineradora
 A descoberta de ouro na região das Minas atraiu pessoas de
várias partes do Brasil e da Europa.
Em torno das lavras surgiram casas, ruas e os primeiros espaços
públicos.
 A velocidade do surgimento das vilas mineiras, ao lado de outros
fatores, explica a instabilidade social que caracterizou a região, a
pobreza em que vivia a maior parte da população e a dificuldade
de estabelecer atividades estáveis e duradouras.
Apesar da abundância de ouro, poucos habitantes das cidades
mineiras conseguiram acumular fortunas. O alto custo de vida e
o grande número de impostos dificultava o enriquecimento.
Sociedade mineradora
ricos
Camadas
médias
Homens livres
pobres
escravizados
O cotidiano das cidades mineradoras
 Em geral, as ridências eram simples e pequenas, os
mais ricos viviam em sobrados.
O casamento era importante para fortalecer laços
sociais e políticos.
 A vida social: igrejas e festas religiosas.
Importância social das irmandades religiosas.
Consequências da exploração do ouro
O eixo da economia deslocou-se do Nordeste para o Sudeste.
O comércio entre várias regiões da colônia se intensificou.
Nas regiões de mineração, surgiram núcleos urbanos .
Transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de
Janeiro, para que a sede ficasse mais próxima à área das minas.
A maior parte do ouro explorado na colônia foi para a Inglaterra,
como pagamentos dos produtos manufaturados que os
portugueses compravam dos ingleses.
A riqueza formada pelo ouro possibilitou a formação de um
conjunto arquitetônico, do qual se destacam as igrejas.

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Ciclo do Ouro - A mineração no Brasil Colonial

  • 1. A MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL
  • 2. A descoberta do ouro  É provável que as primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais ocorreram devido às expedições organizadas pelos bandeirantes paulistas.  Milhares de pessoas foram para Minas Gerais com a esperança de enriquecer com a exploração do ouro. Com a mineração formaram- se várias vilas, próximas umas das outras, nas áreas onde havia ouro.  Diferentemente do que acontecia com a atividade açucareira, a atividade mineradora não requeria grandes investimentos. Assim, qualquer pessoa, mesmo com poucos recursos financeiros, poderia se lançar nessa empreitada.
  • 3. A guerra dos emboabas (1707- 1709)  Os paulistas julgaram-se donos das lavras descobertas.  Confronto entre paulistas e emboabas.  Os paulistas saíram derrotados e partiram para a região centro-sul da colônia, onde passaram a criar gado.  Foram fundadas vilas, que eram administradas por funcionários da Coroa para manter a ordem na área mineradora.
  • 4. A exploração do ouro  Como era fácil praticar contrabando, a Coroa impôs normas rígidas para a exploração aurífera. Pelas leis da época, os metais preciosos eram propriedade da Coroa.  A descoberta de cada lavra (minas de ouro) tinha de ser comunicada ao governo e precisava de autorização especial para ser explorada.  Depois de registrada, a mina era dividida em lotes chamados datas. O descobridor podia escolher as duas primeiras datas, e a seguinte ficava para o rei.  Por volta de 1770, na decadência da atividade mineradora, as faiscações (pequenas lavras de ouro) tornaram-se comuns. O número de pessoas que trabalhavam nelas era reduzido.
  • 6. Controle sobre a exploração do ouro  Intendência das minas: Órgão encarregado de controlar a exploração de ouro, cobrar impostos e fazer justiça na região  O quinto: 20% de todo metal encontrado pelos mineradores pertencia a Coroa portuguesa.  Casas de fundição: local onde o ouro era pesado, transformado em barra com o selo real e o quinto era recolhido.  A capitação: previa a cobrança de 17gramas de ouro por cada escravo que se possuísse.  A derrama: era a cobrança de impostos atrasados. Estabelecia que a população completasse a cota de ouro com seus próprios recursos, caso a meta não fosse atingida.
  • 7. Santo do Pau Oco Era usado para esconder o contrabando de ouro e passar sem que as autoridades vissem. O ouro era, também escondido entre os dedos dos pés, cabelos e das mais diversas formas.
  • 8. O trabalho escravo  No início, a exploração de ouro foi realizada pelos próprios descobridores e indígenas escravizados.  Com o tempo, os indígenas foram substituídos por escravos africanos.  Os escravos eram submetidos à péssimas condições de trabalho, longas jornadas nas minas, sem descanso.  Baixa expectativa de vida.
  • 9.
  • 10. A Revolta de Felipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica  Causas: - Pesada cobrança de impostos. - Fundação das casas de fundição.  Objetivo: - Impedir a criação das casas de fundição.
  • 11. Estabelecida em 1653, a Casa de fundição, já serviu como quartel e Casa da Câmara e Cadeia, atualmente abriga o Museu Municipal de Iguape. Equipamentos usados para fundir o ouro. Ouro em barra com o selo real.
  • 12. A descoberta de diamantes  Excessivo controle por parte do governo português. Formação do distrito diamantino e da Intendência dos diamantes. A extração de diamantes era de exclusividade dos contratadores (funcionários reais, ligados diretamente a Coroa).  Em 1771, foi criada a Real Fazenda e extinto o cargo de contratador.
  • 13. A sociedade mineradora  A descoberta de ouro na região das Minas atraiu pessoas de várias partes do Brasil e da Europa. Em torno das lavras surgiram casas, ruas e os primeiros espaços públicos.  A velocidade do surgimento das vilas mineiras, ao lado de outros fatores, explica a instabilidade social que caracterizou a região, a pobreza em que vivia a maior parte da população e a dificuldade de estabelecer atividades estáveis e duradouras. Apesar da abundância de ouro, poucos habitantes das cidades mineiras conseguiram acumular fortunas. O alto custo de vida e o grande número de impostos dificultava o enriquecimento.
  • 15. O cotidiano das cidades mineradoras  Em geral, as ridências eram simples e pequenas, os mais ricos viviam em sobrados. O casamento era importante para fortalecer laços sociais e políticos.  A vida social: igrejas e festas religiosas. Importância social das irmandades religiosas.
  • 16. Consequências da exploração do ouro O eixo da economia deslocou-se do Nordeste para o Sudeste. O comércio entre várias regiões da colônia se intensificou. Nas regiões de mineração, surgiram núcleos urbanos . Transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, para que a sede ficasse mais próxima à área das minas. A maior parte do ouro explorado na colônia foi para a Inglaterra, como pagamentos dos produtos manufaturados que os portugueses compravam dos ingleses. A riqueza formada pelo ouro possibilitou a formação de um conjunto arquitetônico, do qual se destacam as igrejas.