O documento descreve a evolução da percepção do corpo ao longo da história, desde a antiguidade até a era contemporânea. Na Idade Média, o corpo era visto como pecaminoso e devia ser punido e controlado. No Renascimento, o homem passou a ser o centro e usou a razão para dominar a natureza. Na era contemporânea, o corpo tornou-se um objeto de controle e produção no sistema capitalista.
1. CAÇAR
PESCAR
COLHER
CORPO UTILITARISTA
(ENERGIA, FORÇA,
AGILIDADE)
Se confunde com a natureza.
2. 4000 antes de Cristo até o ano de 476 depois de
Cristo, observamos a formação de uma série de
civilizações. Egípcios, sumérios, mesopotâmios,
gregos e romanos são os povos estudados com
maior frequênci.a
4. • FORMAÇÃO DA ÍNDOLE FORTE – CIDADES
GUERREIRAS/COMBATIVAS
• CORPO DO HERÓI – COM PADRÃO
TOTALMENTE NECESSÁRIO
• O HOMEM DO CAMPO – TRABALHO
AGRICULTURA, CORPO FORTE.
• SEMI-DEUS
5. Situada entre os anos de 476 e 1453, a Idade
Média compreende um período de
aproximadamente mil anos. Esse lugar foi tomado
pelos valores da religião cristã, que se torna uma
das mais importantes crenças de todo o planeta.
Mesmo tendo muito poder e autoridade, a Igreja
não tinha poder absoluto nesses tempos. As
artes, a literatura e a filosofia tiveram um espaço
muito rico e interessante nessa época da história.
6. O corpo passa a ser visto como dissociado da
mente , fragmentado, físico.
Representando a corrupção o pecado um
impedimento à elevação, ao desenvolvimento da
alma
E DESTA FORMA DEVENDO SER PUNIDO,
REPRIMIDO E CONTROLADO.
8. Platão (V e IV a.c)
o corpo com suas inclinações e paixões
CONTAMINAM a pureza da alma. O corpo
é a prisão da alma. Um obstáculo na
realização do bem e verdade que ele
aspira
MAS........
O HOMEM PODE SER ARRASTADO
PELAS FORÇAS DE SEUS DESEJOS –
MUNDANO, O CORPO SOFRE.
MORTIFICAR O CORPO PARA PURIFICAR
A ALMA
10. A Idade Média foi marcada pela opacidade da carne pecadora e pelo peso
esmagador do espírito de Deus habitando o corpo humano.
O corpo medieval é um
campo em que se digladíam as forças antagônicas do cristianismo, e ainda as
concepções pagãs, que nunca foram eficazmente reprimidas.
É um corpo mortificado
pelos longos jejuns dos dias santificados e
empanümado de comilança e bebedeira
11. O uso do cilício sobre a carne é sinal de
piedade superior
( Cilício era uma túnica, cinto ou cordão de crina, que se trazia sobre a pele para
mortificação ou penitência)
Abstinência sexual estão entre as virtudes
mais fortes
A gula e a luxúria são os maiores pecados
12. "Esses incômodos aceitos voluntariamente
unem o cristão a Jesus Cristo e aos
sofrimentos que Ele voluntariamente
aceitou para nos redimir do pecado".
13. A Idade Moderna fica datada entre os anos de 1453 e 1789. Nesse
tempo, diversas nações europeias passam a encontrar, dominar e
explorar várias regiões da América e da África. A tecnologia
desenvolvida nesse tempo permitiu reduzir distâncias e mostrar ao
homem europeu que o mundo era bem maior do que ele
imaginava. As monarquias chegaram ao seu auge e também
encararam sua queda nesse mesmo período. Com a Revolução
Francesa, ocorrida em 1789, novos padrões políticos apareceram.
14. O homem descobre o poder da RAZÃO para
transformar o mundo e produzi-lo conforme
sua necessidade (carteziano, matemático,
lógico)
O perfeição das formas, da beleza e da
perfeição – homem universal
Saia o homem razão – vem homem vontade –
que iluminado – permite dominar e modificar a
natureza
15. No Renascimento o homem voltou a
ser o centro das atenções, sua curiosidade
intelectual levou-o a novos inventos, sua
avidez por descobertas levou-o a novas temas sua
alegria pela vida levou-o a
construir castelos amplos e luminosos, a apreciar
as artes com refinamento e a cuidar
do corpo com dietas e exercícios.
16. O homem do Renascimento confiava
no progresso e nas ciências de seu
tempo.
17. Entretanto, é no decorrer do Renascimento que o
corpo humano começa a se descolar da carne; passa-se
progressivamente do corpo exercitado
(alegria de viver) ao corpo-dissecado (possibilidade de viver, pois a
As
18. doença não era mais vista como manifestação da
vontade divina- ou, antes, como
complacência em relação aos desejos da carne-
mas como um sintoma cuja causa
e, logo, a cura, era orgânica). Este corpo
dissecado, descrito em sua anatomia
interna, é cada vez mais comparado a um
mecanismo:
19. A Idade Contemporânea, que vai de 1789 até os dias de hoje, é um
período histórico bastante curto, mas ainda assim marcado por
muitos acontecimentos. As distâncias e relações humanas, em
parte graças à Revolução Industrial desenvolvida no século XVIII,
se tornam ainda menores. O desenvolvimento do sistema
capitalista permite a exploração de outras parcelas do mundo e
motiva terríveis guerras. Chegando ao século XX, a grande
renovação das tecnologias permite que pessoas, nações e ideias
se relacionem de uma forma nunca antes vista.
20. Pensador que deu início a idade moderna
Conhecimento científico – empírico
Observação da natureza
Ciência – técnica – razão – corporeidade – e
espírito – SE UNEM PARA DOMINAR O
MUNDO
21.
22.
23.
24. Regras e previsões
Orgãos centralizados de poder – estáveis – protegiam o
homem o homem da violência mas reprimia seus
impulsos corporais
Transformou – auto-controle
Ameaça - antes externas – passou a ser prioritário o
auto-controle – repressão dos sentimento de amor, ódio
– consequentente aparecem doenças psicossomáticas.
25. O sistema capitalista do século XIX apropiou-se
deste corpo dócil,
disciplinado e controlado. A Revolução Industrial
trouxe em cena o corpo utilitário,
que produz alienadamente - um corpo subnutrido,
massacrado por jornadas
extenuantes nas fábricas, adoecendo nas minas
[ 41].
26. se. por um lado, o indivíduo.
era incentivado ao narcisismo. descobrindo-se a
si mesmo atTavés do olhar que
detinha sobre seu corpo, por outro lado, este
corpo devia ser bastante coberto,
escondido do olhar do outro.
27. Embora estabelecendo-se uma identificação entre
o
sujeito e o seu corpo, o corpo que lhe aparecia ao
espelho, no interior protegido da
casa, nunca era o corpo que se apresentava aos
olhares do exterior. Em outras
palavras, o corpo privado dissociava-se do corpo
público.