O documento discute a educação na Finlândia como um caso de sucesso, destacando fatores como o foco no aprendizado individual, currículo nacional flexível, valorização dos professores e investimento em infraestrutura escolar. Também aborda conceitos de letramento informacional e competências necessárias para a sociedade moderna.
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
Apresentação maristinha 2012
1. Novos olhares
e a mudança
de
paradigmas.
Conversando com
colegas!
Kelley Cristine Gasque
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2. Agenda
• 1ª PARTE
• Educação
• O caso da Finlândia
• Letramento Informacional
• Pesquisa X Letramento
• Desafios para implementar o letramento informacional
• INTERVALO
• 2ª PARTE
• Possibilidades de trabalho do CRA
• 3ª PARTE
• Reflexão final
• O que é possível fazer?
• Monitoração do processo
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6. Códigos da Modernidade
1. Domínio da leitura e da escrita.
2. Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas.
3. Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados,
fatos e situações.
4. Capacidade de compreender e atuar em seu entorno
social.
5. Receber criticamente os meios de comunicação.
6. Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a
informação acumulada.
7. Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo.
RESGATES DOS VALORES E CAPACIDADES SOCIAIS
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7. Educação no Brasil
Baixo
desempenho nas
Funcionamento do avaliações: saeb,
sistema: baixa ENEM, PISA
qualidade,
repetência,
ineficiência e
iniqüidade
Problemas
organizacionais:
a burocracia,
questões
administrativas e
estruturais.
Qualidade de ensino:
Dificuldades de calcular, de resolver
problemas, problemas na
compreensao e prdução textual …
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8. O caso da Finlândia
• 5,3 milhões de habitantes
• Há 100 anos era um país periférico, agrário e
subdesenvolvido. Hoje é uma das sociedades de
conhecimento mais avançadas do mundo.
• O ensino na Finlândia. Inclui material escolar para o ensino
fundamental, refeição quente diária, assistência à saúde e
serviços odontológicos e transporte gratuito.
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http://www.finlandia.org.br/public/default.aspx?contentid=168419&contentlan=17&culture=pt-BR
9. Fatores que contribuem para a qualidade da
educação finlandesa
• Foco no aprendizado e bem-estar individuais,
• currículo base nacional com aplicação de acordo com a
realidade local,
• ampla rede de bibliotecas públicas
• cultura que ressalta a atitude positiva em relação à
escola e educação,
• cooperação interdisciplinar,
• alto nível educacional dos corpo docente (no mínimo
mestrado),
• a valorização dos profissionais com reconhecimento
público,
• remuneração competitiva.
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10. O que e como se ensina nas escolas
finlandesas
• Os princípios pedagógicos baseam-se nas teorias
de Célestin Freinet: aprender fazendo!
• As crianças vão à escola em grupos de no
máximo 24 alunos por faixa etária.
• Nos seis primeiros anos da escola, as crianças
são ensinadas por um professor da classe, que
ministra praticamente todas as matérias.
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11. • O ensino durante os últimos três anos do
fundamental é efetuado por professores de
matérias
• Disciplinas: língua e literatura finlandesas, estudo
ambiental, educação cívica, religião ou ética,
história, estudos sociais, matemática, física,
química, biologia, geografia, educação física,
música, artes, trabalhos manuais e economia
doméstica específicas.
• As metas de ensino e o currículo básico são os
mesmos no país inteiro, mas as autoridades e
escolas locais elaboram o seu próprio currículo
local com base nestas matérias.
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12. • O alto nível educacional dos professores
permite-lhes planejar e selecionar as
metodologias de trabalho de forma
independente. O sistema escolar finlandês
baseia-se numa cultura de confiança, não
de controle, e os professores desempenham
papel ativo no desenvolvimento das suas
atividades laborais. Com o seu próprio
trabalho, estabelecem um exemplo de
aprendizagem permanente.
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14. Aprender
a aprender
LETRAMENTO Planejar e
Saber
pesquisar INFORMACIONAL resolver
problemas
Desenvolver
pensamento
reflexivo
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15. “O significado do saber mudou.
Atualmente, mais do que lembrar e
repetir informação, as pessoas
devem ser capazes de encontrá-
las e usá-las” (Herbert Simon)
“Tentamos fazer com que ele busque
as informações sozinho, em vez de
aprender nos livros didáticos.
Realmente, aprendemos buscando
informações.”
(Kirsti Santaholma, Escola Geral Itäskeskus, Helsinque)/(Artigo: BORDEWICH,
Fergus M. Nota 10. Seleções Reader’s Digest, março 2006)
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16. • "O excesso de informação
provoca amnésia"
• “A internet é perigosa para o
ignorante e útil para o sábio
porque ela não filtra o
conhecimento e congestiona a
memória do usuário”.
• “Seria preciso criar uma teoria da
filtragem. Uma disciplina prática,
baseada na experimentação
cotidiana com a internet. Fica aí
uma sugestão para as
universidades: elaborar uma
teoria e uma ferramenta de
filtragem que funcionem para o
bem do conhecimento.
Conhecer é filtrar”. Umberto Eco Page 16
17. Conceitos básicos
• Ações de localizar, selecionar, acessar,
organizar, usar informação e gerar
conhecimento, visando à tomada de
decisão e à resolução de problemas.
• Information Literacy: surge nos EUA na
década de 70.
• Termos/expressões utilizados: ALFIN,
‘Literacia da Informação’, ‘Information
Literacy’, ‘letramento informacional’,
‘alfabetização informacional’,
‘habilidade informacional’ e
‘competência informacional’
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18. Concepções
• Concepções de Information literacy:
• ênfase na tecnologia da informação
(concepção da informação),
• ênfase nos processos cognitivos
(concepção cognitiva) e
• ênfase no aprendizado (concepção da
inteligência)
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19. Literacia, Letramento ou
alfabetização Informacional?
• Tradução do conceito em língua portuguesa:
‘literacia’ (usado em alguns trabalhos lusitanos).
• Literacia não consta nos principais dicionários
de língua portuguesa do Brasil.
• O termo ‘Information Literacy’ foi utilizado no
original.
• Conceito, no Brasil, mais próximo da derivação
do inglês literacy : ' letramento‘.
• No Brasil, autores como Gasque (2006, 2008),
Neves (2008) e, em seu livro mais recente,
Campello (2009), optaram por esse termo. Page 19
20. LETRAMENTO
• Uso relativamente recente no campo da
pedagogia e da educação.
• Emergiu no início da década de 80, com
os estudos acerca da psicogênese da
língua escrita.
• Autores: Kleiman (1995), Soares (1995,
1998) e Tfouni (1995).
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21. • ‘Letramento’: refere-se ao estado ou à
condição de quem não apenas sabe ler e
escrever, mas cultiva e exerce as práticas
sociais que usam a escrita (SOARES,
1998).
• Uso competente e efetivo da escrita para
compreender, produzir textos e viver na
sociedade letrada.
• Funcionalidade.
• Aproximação semântica entre ‘letramento’
e ‘alfabetização’: concepção equivocada
de que os dois fenômenos se confundem,
e até se fundem” (SOARES, 2004).
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22. Alfabetização X letramento
• Alfabetização: processo de aquisição
de um código e das habilidades de
utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o
domínio da tecnologia – do conjunto de
técnicas – para exercer a arte e ciência
da escrita.
• Letramento: exercício efetivo e
competente da tecnologia da escrita
denomina
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23. No universo informacional
• Information Literacy transcende a
simples soma dos conceitos
informação e letramento, sendo um
conceito essencialmente complexo e
abrangente. O letramento
informacional tem como finalidade a
adaptação e a socialização dos
indivíduos na sociedade da
aprendizagem.
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24. Analogia entre letramento e
alfabetização no contexto da informação
• Alfabetização informacional: envolve o
conhecimento básico dos suportes de
informação — noção da organização de
dicionários e enciclopédias —,
compreensão de conceitos relacionados
às práticas de busca e uso de informação,
tais como números de chamada,
classificação, índice, sumário, autoria,
banco de dados, bem como o domínio das
funções básicas do computador — uso do
teclado, habilidade motora para usar o
mouse, dentre outros.
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25. • letramento informacional:
capacidade de buscar e usar a
informação eficazmente.
• Ex: identificando palavras sinônimas
em um dicionário, produzindo um
artigo para submissão em
congresso, comprando algo a partir
da interpretação e sistematização de
ideias ou ainda obtendo informações
atualizadas e apropriadas sobre
determinada doença.
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26. • A essência do letramento
informacional consiste, grosso
modo, no engajamento do sujeito
nesse processo de aprendizagem
a fim de desenvolver
competências e habilidades
necessárias para buscar e usar a
informação de modo eficiente e
eficaz.
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27. competência
• O termo polissêmico: soma de
conhecimentos ou de habilidades,
autoridade de um indivíduo em
determinado ramo do saber ou do
fazer.
• Capacidade dos indivíduos de resolver
problemas e realizar tarefas específicas
e circunscritas.
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28. • “competências são as modalidades
estruturais da inteligência, ou melhor,
ações e operações que utilizamos
para estabelecer relações com e
entre objetos, situações, fenômenos
e pessoas que desejamos conhecer”
(MEC)
• As habilidades decorrem das
competências adquiridas e referem-
se ao plano imediato do “saber
fazer”.
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29. • Competência designa a capacidade
de mobilizar diversos recursos
cognitivos para enfrentar
situações.(Perrenoud)
• O trabalho por competências pode
chegar ao
condutivismo/behaviorismo, se as
competências forem reduzidas aos
desempenhos observáveis e à
natureza do conhecimento ao
desempenho que ele pode
desencadear (RAMOS, 2002)
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30. • No processo de aprendizagem,
muitas vezes, o desenvolvimento
de competências pode extrapolar o
que foi planejado didaticamente e
mobilizar competências,
habilidades e atitudes que não
foram mapeadas anteriormente ao
processo.
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31. • ‘Competência’ é freqüentemente
empregado como sinônimo de
letramento informacional.
• Propõe-se que competência seja
utilizada como expressão do ‘saber-
fazer’, derivada das relações entre o
conhecimento que o sujeito detém, a
experiência adquirida pela prática e a
reflexão sobre a ação (GASQUE,
2003). Por sua vez, habilidade é a
realização de cada ação específica e
necessária para se alcançar
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32. ARCABOUÇO CONCEITUAL
DE L.I
habilidades
Alfabetização Letramento informacional
(Longlife)
Infancia Educação básica Universidade Vida profissional e pessoal
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33. • O letramento informacional é um
processo de aprendizagem,
compreendido como ação contínua e
prolongada, que ocorre ao longo da vida.
• O processo de aprendizagem pode
ocorrer de maneira informal ou formal.
• No Brasil, o letramento informacional não
tem sido foco da educação, em especial
da educação básica. Na graduação, com
a exigência dos TCC’s, os alunos têm a
possibilidade de desenvolver atitudes
cientificas, adquirindo, assim, as
competências mínimas para produzir
conhecimento científico.
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34. • PADRÃO 1:
• DETERMINAR A NATUREZA E EXTENSÃO DA
NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO
• INDICADORES DE PERFORMANCE
Define e articula as necessidades de informação
Identifica tipos e formatos de fontes potenciais de
informação.
Considera os custos e os benefícios de adquirir a
informação necessária.
Reavalia a natureza e a extensão da necessidade de
informação.
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35. • PADRÃO 2:
• ACESSAR AS INFORMAÇÕES EFETIVA E
EFICIENTEMENTE.
• INDICADORES DE PERFORMANCE
Seleciona os métodos mais apropriados de
investigação e os sistemas de recuperação de
informação para acessar a informação necessária.
Constrói e implementa projetos de estratégias de
busca de informação.
Recupera informações on-line ou pessoalmente
usando vários métodos.
Refina a estratégia de busca quando necessário.
Extrai, registra e gerencia as fontes de informação
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36. • PADRÃO 3:
• AVALIAR CRITICAMENTE A INFORMAÇÃO E SUAS
FONTES E INCORPORAR A INFORMAÇÃO
SELECIONADA EM SUA BASE DE CONHECIMENTO E
SISTEMA DE VALORES.
• INDICADORES DE PERFORMANCE
Resume as principais idéias a serem extraídas da informação
encontrada.
Articula e aplica os critérios iniciais para avaliar a informação
e as fontes de informação.
Sintetiza as idéias principais para construir novos conceitos.
Compara o novo conhecimento com o conhecimento inicial
para determinar o valor agregado, contradições ou outras
características únicas da informação.
Determina se o novo conhecimento tem impacto em seu
sistema de valores e tenta reconciliar as diferenças.
Valida a sua compreensão e interpretação da informação por
meio de conversas com outros indivíduos e peritos da área.
Determina se a questão inicial deve ser revisada.
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37. • PADRÃO 4:
• USAR, INDIVIDUALMENTE OU EM
GRUPO, A INFORMAÇÃO
EFETIVAMENTE PARA ACOMPANHAR
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
• INDICADORES DE PERFORMANCE
Aplica o novo conhecimento para
planejamento e criação de produtos ou
resultados.
Revisa o processo de desenvolvimento do
produto ou resultados.
Comunica o produto ou realizações
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efetivas para outros.
38. • PADRÃO 5:
• COMPREENDER OS ASPECTOS ECONÔMICO,
LEGAL E SOCIAL DAS QUESTÕES RELACIONADAS
AO ACESSO E USO DA INFORMAÇÃO E USAR A
INFORMAÇÃO DE FORMA ÉTICA E LEGAL.
• INDICADORES DE PERFORMANCE
Compreende muito dos aspectos ético, legal e
socioeconômico das questões relacionadas à
informação e à tecnologia da informação.
Segue as leis, regulações, políticas institucionais e
normas relacionadas ao acesso e uso dos recursos
informacionais.
Reconhece o uso de fontes de informação na
comunicação de produtos e resultados.
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40. Trocando em miúdos…
• Aprender a pesquisar
• Aprender conteúdos de pesquisa:
buscar informação,
avaliar a informação,
organizar a informação (ler, interpretar, fazer
esquemas, resumos, textos científicos)
Compreender o que é plágio, valor da
informação, questões éticas, produção da
informação científica/tecnológica.
Apresentar o conhecimento (seminários,
formas de se comunicar…) Page 40
41. Como ensinar esses conteúdos?
• Contextualização
• Projetos de pesquisa/resolução
de problemas
• Pesquisa: tema + conteúdos
de pesquisa.
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42. Desafios
• (1) mudar a cultura pedagógica:
• (2) Formação professores:
Professor-pesquisador – coerência
entre a formação e forma como o
professor deve ensinar em sala de aula.
(3) Repensar a concepção de
ensino/aprendizagem: aluno ativo,
responsável pela própria aprendizagem.
• Partir da experiência; Metacognição,
Perspectiva reflexiva e crítica.
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43. • (4) a organização do currículo:
Currículo flexível: a problematização, a
interação,
os trabalhos por projetos e o processo
de construção
do pensamento reflexivo.
• (5) Saber usar a Infraestrutura de
informação:
Uso quase exclusivo do livro didático
Bibliotecas como Centro de Recursos de
Aprendizagem (OEA) Page 43
44. Reflexão final
• O que é possível fazer?
• Como será a monitoração
do processo?
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46. Para saber mais:
• GASQUE, Kelley Cristine G. D. Arcabouço
Conceitual do Letramento Informacional. Ciência
da Informação, Brasília, v.39, n.3, 2010.
http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/view/1
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• GASQUE, Kelley Cristine G. D. ; TESCAROLO, Ricardo.
Desafios Educacionais para implementação do letramento
informacional. Educação em Revista, Belo Horizonte v.26,
n.1 Apr. 2010. <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
46982010000100003&script=sci_arttext>.
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47. Temas relacionados
• GASQUE, Kelley Cristine G. D. O papel da experiência na
aprendizagem: perspectivas na busca e no uso da informação.
Transinformação, v. 20, p. 149-158, 2008. Disponível em:
http://revistas.puc-
campinas.edu.br/transinfo/viewarticle.php?id=232. Acesso em: 22
jun. 2011
• GASQUE, Kelley Cristine G. D. ; TESCAROLO, Ricardo .
Sociedade da aprendizagem: informação, reflexão e ética. Ciência
da Informação, Brasília, v. 33, p. 35-40, 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n3/a05v33n3.pdf>. Acesso em: 01
fev.2010.
• GASQUE, Kelley Cristine G. D; CUNHA, Marcus Vinícius da. A
epistemologia de John Dewey e o letramento informacional.
TransInformação, Campinas, v. 22, n. 2, p.139-146, maio/ago.,
2010. Disponível em:
http://www.brapci.ufpr.br/documento.php?dd0=0000009762&dd1=5
4a6f. Acesso em: 22 jun. 2011.
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