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A BIBLIOTECA ESCOLAR NA




                                                                                                                        artigo de revisão
      FORMAÇÃO DE COMUNIDADES DE
        LEITORES-AUTORES VIA WEB

                                                            Cassia Cordeiro Furtado*
                                                                     Lidia Oliveira**

RESUMO               O artigo faz um recorte na literatura científica sobre a
                     importância da leitura na sociedade atual e acentua a
                     responsabilidade da escola e da biblioteca no incentivo
                     a prática da leitura literária. Recomenda a formação de
                     comunidade híbrida leitor-autor, pela biblioteca escolar, não
                     só, através da plataforma digital, mas também, com aliança
                     e interação entre as várias textualidades. Considera que
                     com o uso das tecnologias participativas, a biblioteca escolar
                                                                                        * Departamento de Biblioteconomia da
                     pode aproximar crianças e jovens da literatura, uma vez que          Universidade Federal do Maranhão.
                     seus principais usuários são os nativos digitais e convivem          Doutoranda em Informação e Comu-
                                                                                          nicação em Plataformas Digitais - Uni-
                     de forma habitual e intuitiva com o aparato tecnológico que          versidade de Aveiro.
                     permeia a humanidade.                                                E-mail: cfurtado@ua.pt

                                                                                        ** Departamento de Comunicação e
Palavras-chave:      Biblioteca Escolar. Comunidade de Leitores-autores. Leitura.          Artes - Universidade de Aveiro. Pes-
                                                                                           quisadora do Cetac.media.
                     Escrita.                                                              E-mail: lidia@ua.pt




1 INTRODUÇÃO                                                                   ou estilos, como tem acontecido entre
                                                                               as gerações anteriores. Verificou-se uma



A
        sociedade contemporânea é marcada pela                                 enorme descontinuidade. Poderíamos
                                                                               até chamar-lhe uma “singularidade” -
        naturalização das tecnologias nas rotinas
                                                                               um acontecimento que muda as coisas
        cognitivas e sociais dos indivíduos, de                                de tal modo que não há absolutamente
tal modo que se torna habitual e intuitivo o uso                               nenhuma ligação com o passado. O que
das mesmas, em particular, das tecnologias da                                  designo de “singularidade” é a chegada
informação e da comunicação. Neste contexto,                                   e a rápida disseminação da tecnologia
                                                                               digital nas últimas décadas do século XX.
deve-se repensar o papel da biblioteca escolar na
                                                                               (PRENSKY, 2001, p.1-2, tradução nossa/
formação de leitores, levando em consideração                                  grifo nosso).
que seus usuários se caracterizam por serem
nativos digitais e têm novas expectativas acerca
da biblioteca e novas competências centradas no                      Só tendo em mente esta singularidade/
uso da tecnologia.                                            descontinuidade geracional (nativos/imigrantes
                                                              digitais) e as implicações que isso provoca
                  É incrível que em todos os debates          na forma como os jovens encaram a leitura, a
                  sobre o declínio da educação nos E.U.A.     questão da partilha e a geração de comunidades é
                  ignoramos o mais fundamental das suas
                  causas. Os nossos alunos mudaram            que se poderá aspirar a reflectir sobre o fenômeno
                  radicalmente. Os estudantes de              contemporâneo da leitura.
                  hoje não são mais as pessoas que                   Dessa forma, é fundamental trazer para
                  o nosso sistema educativo foi               o processo de investigação e de construção
                  concebido para ensinar. Hoje em dia         reflexiva de conhecimento os próprios jovens,
                  os estudantes não apenas mudaram de
                  forma incremental relativamente ao          pois, eles têm um olhar situado a partir de um
                  passado, não mudaram simplesmente as        prisma e de uma praxis diversa do investigador
                  suas gírias, roupas, adornos de corpo,      adulto, imigrante digital.

Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010                                                                 13
Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

      O contexto contemporâneo caracteriza-se                         Atualmente, a temática é estudada em
por ser marcado por um processo de transição                   várias áreas do conhecimento que apresentam
paradigmática, ao nível social, cultural,                      contribuições de destaque e o conceito de leitura
econômico e político.                                          sofrem modificações. Entretanto, devido à sua
                                                               complexidade, não é um termo de conceito
                É um período histórico que não se sabe         simples e único.
                bem quando começa e muito menos
                                                                      Em particular, na área da Educação,
                quando acaba. E uma mentalidade
                fraturada entre lealdades inconsistentes       ler ainda pode ser sinônimo de alfabetização.
                e aspirações desproporcionadas entre           Tfouni (1995) refere-se à alfabetização, no âmbito
                saudosismos anacrónicos e voluntarismos        individual, como aquisição de habilidade de ler e
                excessivos. Se, por um lado, as raízes         escrever, o que resulta, em regra, do processo da
                ainda pesam, mas já não sustentam,
                                                               escolarização. Mas também, destaca os aspectos
                por outro, as opções parecem
                simultaneamente infinitas e nulas. A           social, histórico e cultural da alfabetização,
                transição paradigmática é, assim, um           como práticas sociais de leitura e escrita, o que
                ambiente de incerteza, de complexidade         conceitua como letramento. O termo é muito
                e de caos que se repercute nas estruturas      usado na educação brasileira e é entendido como
                e nas práticas sociais, nas instituições e
                                                               a capacidade do sujeito colocar-se como autor
                nas ideologias, nas representações sociais
                e nas inteligibilidades, na vida vivida e na   (sujeito) do próprio discurso, não apenas do
                personalidade. (SANTOS, 2000, p. 239)          texto oral, mas também no que se refere ao texto
                                                               escrito.
       Neste quadro de transição paradigmática,                       Contudo, para atingir esse patamar o
em que existe indefinição das fronteiras, é                     indivíduo (autor/leitor/autor) deve estabelecer
necessário investigar no sentido de criar ambientes            elos entre a palavra e sua da compreensão
híbridos, que usufruam de séculos de experiência               da realidade. Nas palavras de Freire (1989)
da leitura, como ferramenta cognitiva de aquisição             integrar leitura e mundo. Assim, a leitura é vista
de conhecimentos e olhar para novos suportes                   numa perspectiva existencial, na construção de
e novas ferramentas, como os livros digitais e as              sentido e na experiência crítica. Ao invés de “o
redes sociais na Internet, entre outras, como novas            autor quis dizer”, o leitor passa a ser visto como
formas de dar continuidade às boas práticas da                 sujeito da leitura, que evolui e constrói a partir
leitura e da escrita a partir do ato de ler.                   do que ler.
       Com este olhar de fronteira, entre os                          A sociedade atual, conhecida como
imigrantes e os nativos digitais, é interessante               Sociedade da Informação,
vislumbrar oportunidades de interação criadora
entre os leitores, que permitam potenciar as                                    [...] Representa uma profunda mudança
experiências das crianças e jovens, de forma a                                 na organização da sociedade e da
                                                                               economia, [...]. É um fenômeno global,
motivá-los para a leitura. A análise da questão
                                                                               com elevado potencial transformador
da leitura, da biblioteca escolar e da comunidade                              das atividades sociais e econômicas,
de leitores, que são cada vez mais leitores-                                   uma vez que a estrutura e a dinâmica
autores, far-se-á neste contexto de transição                                  dessas atividades inevitavelmente serão,
paradigmática, pois urge uma leitura crítica que                               em alguma medida, afetadas pela infra-
                                                                               estrutura de informações disponível
abra novas possibilidades às existências.
                                                                               (BRASIL, 2000, p.5).

2 LEITURA                                                             Nesse contexto, a leitura tem um papel
                                                               decisivo na vida dos individuos, uma vez que se
       A história da leitura sempre esteve atrelada            constitui, ainda, o principal meio de informação,
ao processo de alfabetização, ou seja, fortemente              aprendizagem e construção do conhecimento e
vinculada à decifração de signos alfabéticos                   participação social.
e restrita à identificação da palavra escrita.                         O individuo, na aprendizagem inicial, deve
Com o avanço de estudos, no último século, o                   ser capaz de ler e escrever, produzir e interpretar
conceito de leitura teve sua amplitude alargada,               textos orais e escritos e participar de situações
compreendendo agora um processo complexo e                     de comunicação na sociedade letrada, missão
interdisciplinar (ZILBERMAN; SILVA, 1989).                     fundamental da escola (BINDÉ, 2007).

14                                                Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

       Além do que, a questão da cidadania                            A leitura literária realizada no contexto
também passa pelo domínio da leitura e escrita.                escolar está distante do mundo das crianças
O analfabeto funcional, compreendido como a                    e jovens e de suas das experiências pessoais.
pessoa que apesar de alfabetizada na escola não                Chartier, numa entrevista em 2007, alarmou que
é capaz de entender e produzir textos, encontra                “a escola se afastou da literatura, principalmente
dificuldades para fazer uso efetivo da leitura                  no Brasil [...] é papel da escola incentivar a
e da escrita nas diversas esferas da sociedade                 relação dos alunos com um patrimônio cultural
atual.                                                         cujos textos servem de base para pensar a relação
       O Instituto Paulo Montenegro (2009)                     consigo mesmo, com os outros e com o mundo”
apresentou dados alarmantes, do analfabetismo                  (CHARTIER, 2009).
funcional no Brasil, pesquisa realizada em 2001.                      A prática e o gosto pela leitura literária
Da amostra pesquisada 31% das pessoas foram                    dependem fortemente da escola e cabe à mesma
classificadas no nível 1, ou seja, conseguem retirar            o incentivo desde as primeiras séries, com o
uma informação explícita apenas em textos muito                uso de estratégias inovadoras e motivadores
curto.                                                         nesse processo. A escola deve “criar na sala
       Nesse contexto, geralmente a criança, ao                de aula um ‘universo de leitura”, é uma das
ingressar na escola, encontra obstáculos para                  sugestões interessantes de Sá (2004, p.19). Além
passar da oralidade para a escrita, em razão                   de necessitar de estímulo, a formação de leitores
do distanciamento com os textos escritos.                      passa pela questão de exemplos dos agentes
E ao chegar à escola, a criança encontra a                     do espaço social da criança, como professores,
leitura embutida de regras e normas, restrita                  bibliotecários, pais e da família. Devendo haver
a frações de textos previamente escolhidos e,                  parceria com relação à leitura; eles devem falar de
algumas vezes, obsoletos e desarmônicos com                    suas leituras com as crianças, autores prediletos,
a realidade do aluno. A leitura no contexto                    sobre literatura, trocar opiniões, sugestões.
escolar continua vinculada ao processo de                             A formação de leitores é responsabilidade
escolarização e não como um instrumento para                   do conjunto de instituições. A escola e professores
toda vida.                                                     devem chamar à família para compartilhar e
       A escola se constitui como o espaço de                  informá-la sobre o tipo, estilo e nível de leitura de
aprendizagem, valorização e consolidação da                    seus filhos,
leitura e da escrita, integrado com o processo de
legitimação da literatura (ZILBERMAN; SILVA,                                    [...] sensibilizar os pais para a importância
                                                                                do livro e da leitura na educação,
1989). Porém, a literatura na escola é transformada
                                                                                incentivando-os a adquirir livros para os
em atividade didática, limitada a exercícios de                                 filhos, a acompanhá-los na descoberta
vocabulário e gramática. A imposição dos temas,                                 do prazer de ler e, se possível,
dos autores, do gênero, dentre outras, não conduz                               a dialogar com eles sobre o
ao prazer do texto literário. No Brasil, os livros                              conteúdo das obras (GOMES,
                                                                                1996, p. 17).
de literatura são usados como atividade de férias,
são escolhidos previamente pelos professores,                          A parceria com a família do educando
toda a classe lê o mesmo livro e, no termino (se é             é essencial, mas torna-se numa preocupação,
que a leitura é iniciada) devem preencher a ficha               uma vez que, em grande maioria, os pais não se
de avaliação.                                                  constituem leitores, não sabem trabalhar o texto
       A Fundação Abrinq, instituição brasileira               literário com as crianças e o livro de literatura
sem fim lucrativo que desenvolve projetos de                    não se faz presente no ambiente familiar. A
incentivo a leitura, conclui que                               razão para essa realidade decorre que também
                 [...] muitas escolas, tanto públicas quanto   não foram incentivados na idade escolar,
                 particulares, não formam leitores porque      fechando assim um ciclo. Neste cenário, a escola
                 nem sempre estão preparadas para lidar        e a biblioteca têm um papel reforçado no sentido
                 com a literatura e transformam o que          de quebrar a reprodução social de ausência de
                 deveria ser uma leitura prazerosa e livre
                 em uma atividade didática, compulsória,
                                                               rotinas cognitivas e sociais associadas à leitura
                 impessoal e utilitária, afastando as          e incentivar as crianças para serem agentes
                 crianças dos livros (FUNDAÇÃO...,             de mudança, na introdução da leitura e da
                 2008, p.37).                                  literatura na rotina da família e da comunidade.

Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010                                                       15
Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

Com essa estratégia, escola, biblioteca e família            do livro de literatura com as tecnologias de
estarão estabelecendo um elo essencial no                    informação e comunicação.
desenvolvimento da prática da leitura.                              Uma vez que a biblioteca escolar tem como
         Foucambert (1994) enfatiza que a leitura            público alvo as crianças e jovens deve atentar
literária não deve ser ensinada, mas sim, facilitada         que a “geração net” nasceu e vive num contato
através do acesso a vários tipos de textos e do              habitual e intenso com a tecnologia (TAPSCOTT,
desenvolvimento de atividades inseridas em uma               2009). Nesse sentido, deve desenvolver serviços
prática social e cultural. Assim, é fundamental a            e atividades unindo o texto literário impresso e
participação das crianças em eventos culturais,              digitalizado, objetivando, assim, conquista de
visitas frequentes as bibliotecas, feiras de livros,         seus usuários, visibilidade e espaço na Sociedade
museus, teatro, cinema, contato com escritores,              da Informação.
etc.
        A    biblioteca   escolar,   inserida     no         3 COMUNIDADE DE LEITORES-AUTORES
sistema educacional, também coaduna com a
responsabilidade pela formação de leitores. O                       Observando a história da humanidade,
Manifesto da IFLA/UNESCO para Biblioteca                     verifica-se que a leitura já foi considerada uma
Escolar (2008) estabelece os objetivos das mesmas,           prática coletiva, onde os letrados usavam a
em relação à leitura: Desenvolver e manter                   oralidade e, lendo em voz alta, transmitiam
nas crianças o hábito e o prazer da leitura e da             aos outros o conteúdo dos livros. Depois, com
aprendizagem, bem como o uso dos recursos da                 a leitura em silêncio, surge a leitura pessoal e
biblioteca ao longo da vida:                                 introspectiva (CHARTIER, 1991). Assim, percebe-
                                                             se que a leitura tem forte relação com a história e
                                                             cultura, influenciando e sendo influenciada pelas
                [...]  Oferecer     oportunidades  de
                                                             transformações que afetam a sociedade.
                vivências destinadas à produção e uso
                da informação voltada ao conhecimento,              A questão da leitura é vista por
                à compreensão, imaginação e ao               estudiosos, como Chartier e Bourdieu (1996),
                entretenimento;                              em uma perspectiva sócio-antropológica,
                                                             uma vez que, a leitura é muito mais do que
                [...]                                        decodificação de signos lingüísticos, realizada
                                                             de forma mecanicista. Considera-se a leitura
                                                             um processo de atribuição de significados e
                Promover leitura, recursos e serviços da
                biblioteca escolar junto à comunidade        sentidos, incorporados na prática humana, com
                escolar e ao seu redor. [...] (IFLA,2008).   base na família e sendo fortemente influenciada
                                                             pelas instituições e organizações, que os
       Assim, percebe-se a importância da                    indivíduos fazem parte ao longo de suas vidas,
biblioteca escolar no incentivo a leitura, não               como escola, classe e grupo social, formação
só da leitura didática, mas também, a leitura                profissional, etc.
como entretenimento e prazer. Não se trata                          Chartier (1991, 1999) chama atenção para
somente de complemento à aprendizagem                        a dimensão plural da leitura, entendida como
formal realizada na sala de aula, mas também, e              diversas maneiras de praticá-la, modelos e
principalmente, trabalhar num contexto dinâmico              modos que variam de acordo com os tempos, os
e interativo, proporcionando acesso à literatura e           lugares e as comunidades. O autor ainda contesta
oportunizando a leitura prazerosa.                           as classificações que restringem e simplificam a
       Através do texto literário, a biblioteca              leitura em categorias, como: leitores e não-leitores
escolar pode ser o portal de ligação com o mundo             ou alfabetizados e analfabetos. Explica Chartier,
da criança, aproximando escola e cultura lúdica              “cada leitor, a partir de suas próprias referências,
infantil, pois, segundo Brougère (2006) “há uma              individuais ou sociais, históricas ou existenciais,
enorme distância - quem sabe uma oposição                    dá um sentido mais ou menos singular, mais ou
-, que não se pode subestimar, entre a cultura               menos partilhado, aos textos de que se apropria”
infantil contemporânea e a escola”. Para tanto,              (1996, p.20).
deve valer-se de estratégias originais e atividades                 Dessa maneira, a leitura é um ato social e
lúdicas com o texto literário, através da união              uma prática geradora de socialização, já que

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

                 [...] a leitura não se constitui em ato            Assim, considera-se que, as tecnologias de
                 solitário, nem em atividade monológica      comunicação têm possibilitado o surgimento de
                 do indivíduo, pois este indivíduo ao        comunidades de leitores via web, nomeadamente
                 ler um texto, um livro, interage não
                 propriamente com o texto, com o livro,      entre os jovens. E, estas podem ser apreciadas
                 mas com os leitores virtuais criados pelo   como grupos de indivíduos com os mesmos
                 autor e também com esse próprio autor       interesses literários e com intenção de socialização
                 (ROCCO, 1994, p.39).                        destes interesses, que giram em torno de um
       O indivíduo sempre viveu em sociedade,                autor e/ou uma obra literária, e usam a Internet
ao nascer tem como primeira instituição de                   para interação.
socialização, a família, depois passa a participar                  Segundo Eckert, Goldman, e Wenger
da escola, vizinhança, trabalho e outros. Destaca-           (2009), as crianças e jovens vêem nas comunidades
se que, ao fazer parte de grupos sociais, o                  formas de adesão e identidade, de inserção no
indivíduo começa a estabelecer e manter diversas             mundo. Considera-se que os jovens a construírem
relações com as pessoas, formando pequenos                   comunidade de leitores, partilham mais do que
laços em sua volta, baseado em sentimentos,                  o interesse literário, socializam também gostos,
preferências e interesses comuns.                            práticas, expressões, etc.
       Com a Sociedade da Informação foram                          Os membros de uma comunidade
introduzidas novas formas de comunicação,                    compartilham experiências, estabelecem relações
agora as conexões tecnológicas, possibilitam                 de identidade e confiança, uns com os outros, o
a comunicação em várias direções, ao mesmo                   que contribui para a partilha e construção do
tempo e de formas nunca antes imaginadas. Da                 conhecimento (HUYSMAN; WENGER; WULF,
comunicação local, enraizada na condição espaço-             2003). Em razão da participação espontânea de
temporal do sujeito, para comunicação aldeia                 seus membros, as pessoas sentem-se a vontade
global, acarretando alterações nas coordenadas               para expor e partilhar suas idéias, mesmo não
de espaço, tempo e local, nas quais os indivíduos            havendo nivelamento e homogeneidade de
se envolvem. A partir de então, surgem novos                 conhecimento pelo tema, pois são nutridos pela
conceitos e teorias, em especial na área das                 paixão e identidade.
Ciências Sociais.                                                   Carvalho ao analisar uma comunidade, que
       Dentre as mudanças ocorridas com o                    usa a plataforma digital, detectou que os jovens
desenvolvimento tecnológico, notadamente na                  têm prática de leitura e escrita e compartilham
área da informação e comunicação, verificam-                  essa prática via web.
se transformações na compreensão do que antes
                                                                             No aparente “não-fazer-nada” os jovens,
era percebido como relações inter pessoais                                   em geral, lêem, anotam fragmentos
e     comunidade.      Proximidade     geográfica,                            do que lêem, inventam, criam textos,
agrupamento físico, vizinhança e parentesco eram                             escrevem livros baseados no que
sinônimos do conceito de comunidade. Porém,                                  lêem, constroem sites dedicados ao
no momento atual, passa a ser apenas uma das                                 que lêem, produzem sociabilidades
                                                                             baseadas    nos     gostos    literários
possibilidades de interação entre as pessoas, em                             (CARVALHO, 2009, p.13, grifo nosso).
virtude do notável aumento de relações mediadas
pela rede de computadores, acarretando assim                        Com a web 2.0 possibilitando, além do
novos conceitos e terminologias diversas.                    acesso a informação, a participação, tem-se agora
       A vida em redes e comunidades é uma                   um novo usuário da informação: o autor e editor.
realidade na sociedade atual, nomeadamente,                  Levando isto em consideração, percebe-se que
no contexto de crianças e jovens, que são                    as comunidades de leitores tornaram-se, neste
“nativos” da geração permeada pelas tecnologias              contexto, comunidades de leitores-autores.
de comunicação e informação e, agora, pela                          Reforçando o argumento, verifica-se no
convergência dos media.                                      espaço web um número relevante de sites com
       Chartier conceituou comunidade de leitores            fanfic construídos pelos jovens. Fanfic é uma
como “aquelas comunidades interpretativas, cujos             abreviatura do termo inglês fanfictions, que são
membros compartilham os mesmos estilos de                    histórias escritas por fãs, com base em textos da
leitura e as mesmas estratégias de interpretação”            literatura juvenil contemporânea. A partir do
( CHARTIER, 1994, p.216).                                    original eles constroem histórias modificando os

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Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

cenários, personagens e enredo. Apesar de, em             instrumental, sendo desperdiçada oportunidade
algumas situações, permear a questão dos direitos         de fazer elo da cultura digital com a educação.
autorais, de modo geral, as fanfic são permitidas                  Portanto, considera-se que o uso dos recursos
e estimuladas pelos autores, já que nascem a              disponibilizados pela tecnologia deva contribuir
partir da paixão e admiração pela trama original          para rompimento do fosso entre o sistema
e, principalmente, são criadas sem visar o lucro,         escolar e a vida cotidiana das crianças e jovens.
somente dar asas à imaginação a partir da idéia           E, principalmente, que os educadores devam
de outro, com forte sentimento de partilha.               aproveitar o capital social que os mesmos possuem
       Assim, considera-se que a leitura/                 com relação à tecnologia para trabalhar e aprender
escrita em comunidade, online e/ou offline,                juntos em um projeto colaborativo. “Pela primeira
traz contribuições para estimular, produzir               vez, são as crianças as que melhor dominam um
e reconstruir conhecimento. As atividades                 novo aparato tecnológico e estão na ponta de um
colaborativas em torno de um texto envolvem               processo transformador que atinge, cada vez mais,
ações, em que a pessoa precisa explicar e/                áreas da vida cotidiana” (AMARAL, 2008, p.45).
ou escrever o que pensa sobre o que leu. Tal                      Comparado com Japão, França, Espanha,
ato acarreta resultados positivos para todos              Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália,
os envolvidos, tanto para quem recebe a nova              Suíça e Alemanha, “o Brasil é o país que mais usa
informação, que entra em contato com novos                sites relacionados a comunidades, tanto em horas
conhecimentos, experiências e interpretações,             gastas nesse tipo de site quanto no número de
como e ainda mais, para quem produz, pois tem             acessos” (BRASIL, 2009).
a oportunidade de criar e expressar seu próprio                   Diante dessa realidade, coaduna-se com
conhecimento, de modo a se fazer entender por             autores que sugerem a sua aplicação na educação.
seus pares.                                               Wenger (2009) acentua que as escolas precisam
       Como forma de incentivo à leitura e à              proporcionar aos estudantes oportunidade
escrita literária para crianças e jovens Celaya           para formarem comunidades, e não os isolar
(2008) sugere o uso das ferramentas da web 2.0.           de muitas outras comunidades das quais os
                                                          mesmos participam. Cita-se também Miskulin
                Há muito tempo que esses                  et al (2006) que acrescenta competir à escola
                instrumentos eletrônicos deixaram de      conciliar conteúdo retificado com contextos de
                ser apenas um hobby para se tornar        participação, permitindo assim, sentido para
                os principais canais de comunicação       os alunos e valorização das oportunidades de
                e informação das novas gerações.
                                                          identidade e prática em comunidades.
                [...] Através destas tecnologias pode-
                se criar espaços para leitura e escrita           Assim, concebe-se a escola como uma porta
                mais próximo da forma como eles se        viável para mostrar aos alunos que a participação
                comunicam, o que motiva o seu futuro      em comunidades deve ser usada para o lúdico
                prazer de ler todos os tipos de textos,   e para o aprendizado, em realce em torno da
                em todas as mídias. (CELEYA, 2008.
                                                          literatura, na formação de comunidade de leitores
                Tradução nossa).
                                                          – autores.
                                                                  O texto literário é mencionado por Moss
                                                          e Baker (2009, p.320) como um tema atrativo e
4    BIBLIOTECA ESCOLAR        E COMUNIDADE DE            interessante para formação de comunidades no
     LEITORES-AUTORES                                     ambiente escolar.

      No Brasil, percebe-se que a introdução das                           As escolas são lugares que podem
tecnologias de informação e comunicação nas                                promover um claro senso de comunidade
                                                                           envolvendo funcionários, professores,
escolas tem se reduzido a aquisição e distribuição                         alunos e pais. Não há melhor tema para
de elementos tecnológicos, desacompanhados                                 a construção da escola-comunidade
de infra-estrutura física e humana e de projetos                           do que a alegria e a emoção de ler.
eficientes de modo a gerar resultados positivos                             (Tradução nossa)
e relevantes na área educacional do país. Na
grande maioria dos casos, o computador vem                      Nesse sentido, observa-se que existe uma
sendo usado simplesmente como um recurso                  lacuna no espaço web, onde as crianças possam

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

trocar impressões, interpretações sobre textos                vendas de seus livros impressos aumentaram
literários, discutir a obra, permutar informação              consideravelmente após serem publicados
sobre autores, trocar sugestões de livros, divulgar           gratuitamente, em formato digital” (ALMEIDA,
suas recriações e, ainda, considera-se que esse               2008, p.37). Assim sendo, a leitura de livros
espaço deve ser criado em torno da biblioteca.                digitais, em sua totalidade ou somente de alguns
        A biblioteca escolar, por não estar inclusa           capítulos, poderá impulsionar a presença de
nas exigências da legislação educacional, com                 crianças e jovens na biblioteca.
relação a currículo, disciplinas, horas de aula e                    Nas comunidades online o usuário
outras, se enquadra como o ambiente ideal para                participa ativamente de sua construção com
o incentivo à prática da leitura e escrita literária,         a edição de textos, dessa forma, a publicação
em grupo e comunidade, quer no espaço web ou                  na web pode ser usada como estímulo para
no recinto da mesma. Trabalhando assim com                    a escrita das crianças e jovens. Mesmo
a imaginação coletiva, promovendo interesse                   reconhecendo que há especificidade na leitura
mútuo e repertório compartilhado, tendo como                  e escrita na Internet, destaca-se que pode
instrumento a literatura.                                     haver “uma mediação entre o formalismo
        Alguns autores e organizações já                      da escrita para a comunicação em qualquer
disponibilizam na web sites com temática                      espaço” (AMARAL, 2008, p.31), aqui incluso
envolvendo a literatura infanto-juvenil, mas                  o ciberespaço, pois, com base em Freire (2008,
pesquisas mostram que os mesmos não são                       p.70), “não há razão para se temer que o
conhecidos e poucos utilizados pelas crianças.                internautês domine a língua”. Além do mais,
                                                              percebe-se que nos textos colocados dos sites
                 No que se refere aos hábitos na web,
                 pudemos verificar que a Internet é
                                                              de fanfic ou nos blogs construídos pelos jovens
                 usada para “jogos”. Foi mencionado           a escrita se apresenta, em quase sua totalidade,
                 também o acesso a chats, a diversos sites    com gramática e grafia formal.
                 para realização de pesquisas e a visita             Enfim, a formação de comunidade de
                 a sites como de desenhos animados,           leitores-autores pela biblioteca escolar poderá
                 de personagens, etc. Não é comum o
                 acesso a páginas educativas ou a histórias
                                                              contribuir para melhorar o aprendizado da
                 infantis. (AREND; RAMOS, 2007)               linguagem e da língua portuguesa, já que
                                                              “nenhuma criança [ou jovem] gostaria de
       A biblioteca escolar ao oferecer um serviço            apresentar um texto na internet com erros”
nesse contexto, tem a possibilidade de trabalhar              (AMARAL, 2008, p.32).
o acervo de literatura disponível nas escolas e                      Com base nos argumentos apresentados,
bibliotecas e somar a estes os livros digitalizados.          considera-se que as mudanças e inovações devem
Pois, considera-se que o livro em papel, mesmo                ser vistas como uma oportunidade de (r)evolução
com todo avanço tecnológico, continua a exercer               do papel da biblioteca e incentivo para novos
o fascínio e encantamento nas crianças. O                     serviços e produtos, para fins de atração de seus
que se recomenda é uma sinergia entre varias                  usuários e presença no cotidiano de crianças e
textualidades.                                                jovens.
       Com o advento da web 2.0 tem-se a
possibilidade de oferecer maior motivação para a
literatura infanto-juvenil, devido à convergência             5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
de múltiplas linguagens e oportunidade de                            Pesquisas recentes apontam que as
espaço para criação em torno do texto literário.              bibliotecas escolares brasileiras ainda configuram
                 É função da escola e dos meios de            uma realidade que precisa ser transformada.
                 comunicação [e da biblioteca escolar]        Campello (2009, p.100) destaca “a noção da
                 manter o conceito do que é uma criação       precariedade da biblioteca escolar no Brasil,
                 intelectual e valorizar os dois modos de     situação que vem sendo, há bastante tempo,
                 leitura, o digital e o papel. É essencial
                 fazer essa ponte nos dias de hoje.           excessivamente mencionada na literatura”,
                 (CHARTIER, 2009)                             como resultado de pesquisa com bibliotecários
                                                              de escolas do município de Belo Horizonte.
      A propósito, a editora Baen Books, que                  Pesquisadores constataram, em investigação
publica livros de ficção “constatou que as                     envolvendo escolas públicas de São Paulo, que:

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Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

               [...] as entrevistas e as visitas realizadas          Considera-se que um projeto de formação
               durante a pesquisa mostram que a               de comunidades leitores-autores nas escolas
               minoria das escolas realiza algum tipo         brasileiras, irá proporcionar otimização dos
               de ação dinâmica entre a biblioteca e
               o programa escolar vigente [...]. Nas          laboratórios de informática, que, via de regra,
               escolas em que se verificou a presença         ficam subutilizados, devido à ausência de
               de bibliotecas, há algumas que sofrem          projetos educativos envolvendo a comunidade
               as ações do tempo, como chuva e o              escolar. Nesse sentido, pode ser um incentivador
               vento, danificando assim o seu acervo e        para o uso das tecnologias participativas na
               o seu espaço. Há bibliotecas em que se
               observou o fato de alguns livros estarem       educação, por parte dos professores do ensino
               estragados SOUZA; GIROTTO, 2009,               básico.
               p.394-395).                                           Além do que, o contato das crianças
                                                              com a tecnologia dos computadores, de
       Contudo, convém assinalar que esforços                 forma lúdica e atrativa, colabora para o
estão sendo feitos para modificar essa situação,               aprendizado das ferramentas da informática
a exemplo de iniciativas do Conselho Federal de               e conduz à inclusão digital com finalidade
Biblioteconomia, de projetos desenvolvidos por                educativa.
universidades brasileiras e de alguns programas                      A biblioteca escolar ao oferecer o serviço
estaduais. Consideramos também de grande                      de comunidades de leitores, com o uso da web
valia Projeto de Lei Nº 3.044/2008, que tramita               2.0, amplia sua função de incentivo a leitura,
na Câmara dos Deputados, que dispõe sobre a                   pois a interação criadora entre os leitores
criação e manutenção de bibliotecas escolares em              possibilita potenciar as experiências das
todas as unidades de ensino do país e ainda que               crianças e jovens, de forma a motivá-los para a
a orientação e a supervisão das mesmas deverão                literatura.
ficar a cargo de Bacharéis de Biblioteconomia                         Além do que, a interação entre entre
(BRASIL, 2008).                                               pessoas, a partilha de interesses e de informações
       Com relação ao acesso e uso de                         e a construção coletiva de conhecimento oferece
computadores e da Internet, no Brasil, os dados               a ampliação das fronteiras sociais, culturais e
publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia              educacionais.
e Estatística – IBGE, em 2009, revelaram uma                         Finaliza-se fazendo uso das palavras
evolução com relação aos números anteriores,                  incentivadoras      de     Lux     (2007,    p.14),
entretanto somente 34,8% da população                         bibliotecária e presidente da IFLA, biênio
brasileira têm acesso à rede mundial de                       2007-2009; “Como bibliotecários, a nossa
computadores.                                                 missão é de interferir, se possível, ou
       Diante dessa realidade, “[...] o que                   explicar aos administradores ou políticos
fazer então? Esperar que as condições básicas                 responsáveis o papel que as bibliotecas
sejam atendidas para então iniciar o projeto de               podem ter no apoio aos seus programas”,
disseminação da cultura digital? [E de formação               [em especial, programas do sistema de
de leitores?] Infelizmente, não há tempo?”                    educação e de informação].
(AMARAL, 2008, p. 101).                                              E convidando os bibliotecários de
       Embora a maioria dos estudos sobre                     escolas brasileiras a adotarem, com as devidas
o uso das ferramentas participativas na                       adaptações, as sugestões de Ivan Chew, no
educação tenha sido feita nos Estados                         documento publicado pela IFLA, em dezembro
Unidos e na Europa, considera-se ser                          de 2008, Web 2.0 and Library Services for Young
possível a adoção dessas experiências, com                    Adults: an Introduction for librarians (disponível
as devidas adaptações, para a realidade                       em      www.http://www.ifla.org),          dirigido
brasileira, em especial, com relação à rede de                para bibliotecários em geral, com o objetivo
relacionamentos, pois, apesar de que grande                   de fazê-los “[...] entender e decidir a melhor
parte da população brasileira não tem acesso a                abordagem na utilização dos social media como
Internet, “Os brasileiros são avançados no uso                parte de seus serviços para jovens” (tradução
da internet. Adotaram coisas como o Orkut e                   nossa).
o Messenger mais que as pessoas em outros                            Pequenas iniciativas trarão grandes
países” (GREGO, 2009).                                        contribuições para transformar essa realidade!


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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB


THE SCHOOL LIBRARY IN THE READERS-AUTHORS COMMUNITY FORMATION VIA WEB

Abstract            The article makes an indentation in the scientific literature on the importance of reading in
                    today’s society and emphasizes the responsibility of the school and library in encouraging the
                    practice of literary reading. It recommends the formation of a hybrid reader-writer community
                    for the school library, not only through the digital platform, but also with alliance and interaction
                    among the various textualities. It considers that with the use of interactive technologies, the
                    school library can get children and young people close to literature, once the school library main
                    users are digital natives who habitually and intuitively live with the technological apparatus that
                    permiates humanity.

Keywords:           School Library. Community of Readers-authors. Reading. Writing.


                Artigo recebido em 06/11/2009 e aceito para publicação em 28/01/2010


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22                                       Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
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Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010                                   23

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores autores via web.doc

  • 1. A BIBLIOTECA ESCOLAR NA artigo de revisão FORMAÇÃO DE COMUNIDADES DE LEITORES-AUTORES VIA WEB Cassia Cordeiro Furtado* Lidia Oliveira** RESUMO O artigo faz um recorte na literatura científica sobre a importância da leitura na sociedade atual e acentua a responsabilidade da escola e da biblioteca no incentivo a prática da leitura literária. Recomenda a formação de comunidade híbrida leitor-autor, pela biblioteca escolar, não só, através da plataforma digital, mas também, com aliança e interação entre as várias textualidades. Considera que com o uso das tecnologias participativas, a biblioteca escolar * Departamento de Biblioteconomia da pode aproximar crianças e jovens da literatura, uma vez que Universidade Federal do Maranhão. seus principais usuários são os nativos digitais e convivem Doutoranda em Informação e Comu- nicação em Plataformas Digitais - Uni- de forma habitual e intuitiva com o aparato tecnológico que versidade de Aveiro. permeia a humanidade. E-mail: cfurtado@ua.pt ** Departamento de Comunicação e Palavras-chave: Biblioteca Escolar. Comunidade de Leitores-autores. Leitura. Artes - Universidade de Aveiro. Pes- quisadora do Cetac.media. Escrita. E-mail: lidia@ua.pt 1 INTRODUÇÃO ou estilos, como tem acontecido entre as gerações anteriores. Verificou-se uma A sociedade contemporânea é marcada pela enorme descontinuidade. Poderíamos até chamar-lhe uma “singularidade” - naturalização das tecnologias nas rotinas um acontecimento que muda as coisas cognitivas e sociais dos indivíduos, de de tal modo que não há absolutamente tal modo que se torna habitual e intuitivo o uso nenhuma ligação com o passado. O que das mesmas, em particular, das tecnologias da designo de “singularidade” é a chegada informação e da comunicação. Neste contexto, e a rápida disseminação da tecnologia digital nas últimas décadas do século XX. deve-se repensar o papel da biblioteca escolar na (PRENSKY, 2001, p.1-2, tradução nossa/ formação de leitores, levando em consideração grifo nosso). que seus usuários se caracterizam por serem nativos digitais e têm novas expectativas acerca da biblioteca e novas competências centradas no Só tendo em mente esta singularidade/ uso da tecnologia. descontinuidade geracional (nativos/imigrantes digitais) e as implicações que isso provoca É incrível que em todos os debates na forma como os jovens encaram a leitura, a sobre o declínio da educação nos E.U.A. questão da partilha e a geração de comunidades é ignoramos o mais fundamental das suas causas. Os nossos alunos mudaram que se poderá aspirar a reflectir sobre o fenômeno radicalmente. Os estudantes de contemporâneo da leitura. hoje não são mais as pessoas que Dessa forma, é fundamental trazer para o nosso sistema educativo foi o processo de investigação e de construção concebido para ensinar. Hoje em dia reflexiva de conhecimento os próprios jovens, os estudantes não apenas mudaram de forma incremental relativamente ao pois, eles têm um olhar situado a partir de um passado, não mudaram simplesmente as prisma e de uma praxis diversa do investigador suas gírias, roupas, adornos de corpo, adulto, imigrante digital. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 13
  • 2. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira O contexto contemporâneo caracteriza-se Atualmente, a temática é estudada em por ser marcado por um processo de transição várias áreas do conhecimento que apresentam paradigmática, ao nível social, cultural, contribuições de destaque e o conceito de leitura econômico e político. sofrem modificações. Entretanto, devido à sua complexidade, não é um termo de conceito É um período histórico que não se sabe simples e único. bem quando começa e muito menos Em particular, na área da Educação, quando acaba. E uma mentalidade fraturada entre lealdades inconsistentes ler ainda pode ser sinônimo de alfabetização. e aspirações desproporcionadas entre Tfouni (1995) refere-se à alfabetização, no âmbito saudosismos anacrónicos e voluntarismos individual, como aquisição de habilidade de ler e excessivos. Se, por um lado, as raízes escrever, o que resulta, em regra, do processo da ainda pesam, mas já não sustentam, escolarização. Mas também, destaca os aspectos por outro, as opções parecem simultaneamente infinitas e nulas. A social, histórico e cultural da alfabetização, transição paradigmática é, assim, um como práticas sociais de leitura e escrita, o que ambiente de incerteza, de complexidade conceitua como letramento. O termo é muito e de caos que se repercute nas estruturas usado na educação brasileira e é entendido como e nas práticas sociais, nas instituições e a capacidade do sujeito colocar-se como autor nas ideologias, nas representações sociais e nas inteligibilidades, na vida vivida e na (sujeito) do próprio discurso, não apenas do personalidade. (SANTOS, 2000, p. 239) texto oral, mas também no que se refere ao texto escrito. Neste quadro de transição paradigmática, Contudo, para atingir esse patamar o em que existe indefinição das fronteiras, é indivíduo (autor/leitor/autor) deve estabelecer necessário investigar no sentido de criar ambientes elos entre a palavra e sua da compreensão híbridos, que usufruam de séculos de experiência da realidade. Nas palavras de Freire (1989) da leitura, como ferramenta cognitiva de aquisição integrar leitura e mundo. Assim, a leitura é vista de conhecimentos e olhar para novos suportes numa perspectiva existencial, na construção de e novas ferramentas, como os livros digitais e as sentido e na experiência crítica. Ao invés de “o redes sociais na Internet, entre outras, como novas autor quis dizer”, o leitor passa a ser visto como formas de dar continuidade às boas práticas da sujeito da leitura, que evolui e constrói a partir leitura e da escrita a partir do ato de ler. do que ler. Com este olhar de fronteira, entre os A sociedade atual, conhecida como imigrantes e os nativos digitais, é interessante Sociedade da Informação, vislumbrar oportunidades de interação criadora entre os leitores, que permitam potenciar as [...] Representa uma profunda mudança experiências das crianças e jovens, de forma a na organização da sociedade e da economia, [...]. É um fenômeno global, motivá-los para a leitura. A análise da questão com elevado potencial transformador da leitura, da biblioteca escolar e da comunidade das atividades sociais e econômicas, de leitores, que são cada vez mais leitores- uma vez que a estrutura e a dinâmica autores, far-se-á neste contexto de transição dessas atividades inevitavelmente serão, paradigmática, pois urge uma leitura crítica que em alguma medida, afetadas pela infra- estrutura de informações disponível abra novas possibilidades às existências. (BRASIL, 2000, p.5). 2 LEITURA Nesse contexto, a leitura tem um papel decisivo na vida dos individuos, uma vez que se A história da leitura sempre esteve atrelada constitui, ainda, o principal meio de informação, ao processo de alfabetização, ou seja, fortemente aprendizagem e construção do conhecimento e vinculada à decifração de signos alfabéticos participação social. e restrita à identificação da palavra escrita. O individuo, na aprendizagem inicial, deve Com o avanço de estudos, no último século, o ser capaz de ler e escrever, produzir e interpretar conceito de leitura teve sua amplitude alargada, textos orais e escritos e participar de situações compreendendo agora um processo complexo e de comunicação na sociedade letrada, missão interdisciplinar (ZILBERMAN; SILVA, 1989). fundamental da escola (BINDÉ, 2007). 14 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
  • 3. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB Além do que, a questão da cidadania A leitura literária realizada no contexto também passa pelo domínio da leitura e escrita. escolar está distante do mundo das crianças O analfabeto funcional, compreendido como a e jovens e de suas das experiências pessoais. pessoa que apesar de alfabetizada na escola não Chartier, numa entrevista em 2007, alarmou que é capaz de entender e produzir textos, encontra “a escola se afastou da literatura, principalmente dificuldades para fazer uso efetivo da leitura no Brasil [...] é papel da escola incentivar a e da escrita nas diversas esferas da sociedade relação dos alunos com um patrimônio cultural atual. cujos textos servem de base para pensar a relação O Instituto Paulo Montenegro (2009) consigo mesmo, com os outros e com o mundo” apresentou dados alarmantes, do analfabetismo (CHARTIER, 2009). funcional no Brasil, pesquisa realizada em 2001. A prática e o gosto pela leitura literária Da amostra pesquisada 31% das pessoas foram dependem fortemente da escola e cabe à mesma classificadas no nível 1, ou seja, conseguem retirar o incentivo desde as primeiras séries, com o uma informação explícita apenas em textos muito uso de estratégias inovadoras e motivadores curto. nesse processo. A escola deve “criar na sala Nesse contexto, geralmente a criança, ao de aula um ‘universo de leitura”, é uma das ingressar na escola, encontra obstáculos para sugestões interessantes de Sá (2004, p.19). Além passar da oralidade para a escrita, em razão de necessitar de estímulo, a formação de leitores do distanciamento com os textos escritos. passa pela questão de exemplos dos agentes E ao chegar à escola, a criança encontra a do espaço social da criança, como professores, leitura embutida de regras e normas, restrita bibliotecários, pais e da família. Devendo haver a frações de textos previamente escolhidos e, parceria com relação à leitura; eles devem falar de algumas vezes, obsoletos e desarmônicos com suas leituras com as crianças, autores prediletos, a realidade do aluno. A leitura no contexto sobre literatura, trocar opiniões, sugestões. escolar continua vinculada ao processo de A formação de leitores é responsabilidade escolarização e não como um instrumento para do conjunto de instituições. A escola e professores toda vida. devem chamar à família para compartilhar e A escola se constitui como o espaço de informá-la sobre o tipo, estilo e nível de leitura de aprendizagem, valorização e consolidação da seus filhos, leitura e da escrita, integrado com o processo de legitimação da literatura (ZILBERMAN; SILVA, [...] sensibilizar os pais para a importância do livro e da leitura na educação, 1989). Porém, a literatura na escola é transformada incentivando-os a adquirir livros para os em atividade didática, limitada a exercícios de filhos, a acompanhá-los na descoberta vocabulário e gramática. A imposição dos temas, do prazer de ler e, se possível, dos autores, do gênero, dentre outras, não conduz a dialogar com eles sobre o ao prazer do texto literário. No Brasil, os livros conteúdo das obras (GOMES, 1996, p. 17). de literatura são usados como atividade de férias, são escolhidos previamente pelos professores, A parceria com a família do educando toda a classe lê o mesmo livro e, no termino (se é é essencial, mas torna-se numa preocupação, que a leitura é iniciada) devem preencher a ficha uma vez que, em grande maioria, os pais não se de avaliação. constituem leitores, não sabem trabalhar o texto A Fundação Abrinq, instituição brasileira literário com as crianças e o livro de literatura sem fim lucrativo que desenvolve projetos de não se faz presente no ambiente familiar. A incentivo a leitura, conclui que razão para essa realidade decorre que também [...] muitas escolas, tanto públicas quanto não foram incentivados na idade escolar, particulares, não formam leitores porque fechando assim um ciclo. Neste cenário, a escola nem sempre estão preparadas para lidar e a biblioteca têm um papel reforçado no sentido com a literatura e transformam o que de quebrar a reprodução social de ausência de deveria ser uma leitura prazerosa e livre em uma atividade didática, compulsória, rotinas cognitivas e sociais associadas à leitura impessoal e utilitária, afastando as e incentivar as crianças para serem agentes crianças dos livros (FUNDAÇÃO..., de mudança, na introdução da leitura e da 2008, p.37). literatura na rotina da família e da comunidade. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 15
  • 4. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira Com essa estratégia, escola, biblioteca e família do livro de literatura com as tecnologias de estarão estabelecendo um elo essencial no informação e comunicação. desenvolvimento da prática da leitura. Uma vez que a biblioteca escolar tem como Foucambert (1994) enfatiza que a leitura público alvo as crianças e jovens deve atentar literária não deve ser ensinada, mas sim, facilitada que a “geração net” nasceu e vive num contato através do acesso a vários tipos de textos e do habitual e intenso com a tecnologia (TAPSCOTT, desenvolvimento de atividades inseridas em uma 2009). Nesse sentido, deve desenvolver serviços prática social e cultural. Assim, é fundamental a e atividades unindo o texto literário impresso e participação das crianças em eventos culturais, digitalizado, objetivando, assim, conquista de visitas frequentes as bibliotecas, feiras de livros, seus usuários, visibilidade e espaço na Sociedade museus, teatro, cinema, contato com escritores, da Informação. etc. A biblioteca escolar, inserida no 3 COMUNIDADE DE LEITORES-AUTORES sistema educacional, também coaduna com a responsabilidade pela formação de leitores. O Observando a história da humanidade, Manifesto da IFLA/UNESCO para Biblioteca verifica-se que a leitura já foi considerada uma Escolar (2008) estabelece os objetivos das mesmas, prática coletiva, onde os letrados usavam a em relação à leitura: Desenvolver e manter oralidade e, lendo em voz alta, transmitiam nas crianças o hábito e o prazer da leitura e da aos outros o conteúdo dos livros. Depois, com aprendizagem, bem como o uso dos recursos da a leitura em silêncio, surge a leitura pessoal e biblioteca ao longo da vida: introspectiva (CHARTIER, 1991). Assim, percebe- se que a leitura tem forte relação com a história e cultura, influenciando e sendo influenciada pelas [...] Oferecer oportunidades de transformações que afetam a sociedade. vivências destinadas à produção e uso da informação voltada ao conhecimento, A questão da leitura é vista por à compreensão, imaginação e ao estudiosos, como Chartier e Bourdieu (1996), entretenimento; em uma perspectiva sócio-antropológica, uma vez que, a leitura é muito mais do que [...] decodificação de signos lingüísticos, realizada de forma mecanicista. Considera-se a leitura um processo de atribuição de significados e Promover leitura, recursos e serviços da biblioteca escolar junto à comunidade sentidos, incorporados na prática humana, com escolar e ao seu redor. [...] (IFLA,2008). base na família e sendo fortemente influenciada pelas instituições e organizações, que os Assim, percebe-se a importância da indivíduos fazem parte ao longo de suas vidas, biblioteca escolar no incentivo a leitura, não como escola, classe e grupo social, formação só da leitura didática, mas também, a leitura profissional, etc. como entretenimento e prazer. Não se trata Chartier (1991, 1999) chama atenção para somente de complemento à aprendizagem a dimensão plural da leitura, entendida como formal realizada na sala de aula, mas também, e diversas maneiras de praticá-la, modelos e principalmente, trabalhar num contexto dinâmico modos que variam de acordo com os tempos, os e interativo, proporcionando acesso à literatura e lugares e as comunidades. O autor ainda contesta oportunizando a leitura prazerosa. as classificações que restringem e simplificam a Através do texto literário, a biblioteca leitura em categorias, como: leitores e não-leitores escolar pode ser o portal de ligação com o mundo ou alfabetizados e analfabetos. Explica Chartier, da criança, aproximando escola e cultura lúdica “cada leitor, a partir de suas próprias referências, infantil, pois, segundo Brougère (2006) “há uma individuais ou sociais, históricas ou existenciais, enorme distância - quem sabe uma oposição dá um sentido mais ou menos singular, mais ou -, que não se pode subestimar, entre a cultura menos partilhado, aos textos de que se apropria” infantil contemporânea e a escola”. Para tanto, (1996, p.20). deve valer-se de estratégias originais e atividades Dessa maneira, a leitura é um ato social e lúdicas com o texto literário, através da união uma prática geradora de socialização, já que 16 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
  • 5. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB [...] a leitura não se constitui em ato Assim, considera-se que, as tecnologias de solitário, nem em atividade monológica comunicação têm possibilitado o surgimento de do indivíduo, pois este indivíduo ao comunidades de leitores via web, nomeadamente ler um texto, um livro, interage não propriamente com o texto, com o livro, entre os jovens. E, estas podem ser apreciadas mas com os leitores virtuais criados pelo como grupos de indivíduos com os mesmos autor e também com esse próprio autor interesses literários e com intenção de socialização (ROCCO, 1994, p.39). destes interesses, que giram em torno de um O indivíduo sempre viveu em sociedade, autor e/ou uma obra literária, e usam a Internet ao nascer tem como primeira instituição de para interação. socialização, a família, depois passa a participar Segundo Eckert, Goldman, e Wenger da escola, vizinhança, trabalho e outros. Destaca- (2009), as crianças e jovens vêem nas comunidades se que, ao fazer parte de grupos sociais, o formas de adesão e identidade, de inserção no indivíduo começa a estabelecer e manter diversas mundo. Considera-se que os jovens a construírem relações com as pessoas, formando pequenos comunidade de leitores, partilham mais do que laços em sua volta, baseado em sentimentos, o interesse literário, socializam também gostos, preferências e interesses comuns. práticas, expressões, etc. Com a Sociedade da Informação foram Os membros de uma comunidade introduzidas novas formas de comunicação, compartilham experiências, estabelecem relações agora as conexões tecnológicas, possibilitam de identidade e confiança, uns com os outros, o a comunicação em várias direções, ao mesmo que contribui para a partilha e construção do tempo e de formas nunca antes imaginadas. Da conhecimento (HUYSMAN; WENGER; WULF, comunicação local, enraizada na condição espaço- 2003). Em razão da participação espontânea de temporal do sujeito, para comunicação aldeia seus membros, as pessoas sentem-se a vontade global, acarretando alterações nas coordenadas para expor e partilhar suas idéias, mesmo não de espaço, tempo e local, nas quais os indivíduos havendo nivelamento e homogeneidade de se envolvem. A partir de então, surgem novos conhecimento pelo tema, pois são nutridos pela conceitos e teorias, em especial na área das paixão e identidade. Ciências Sociais. Carvalho ao analisar uma comunidade, que Dentre as mudanças ocorridas com o usa a plataforma digital, detectou que os jovens desenvolvimento tecnológico, notadamente na têm prática de leitura e escrita e compartilham área da informação e comunicação, verificam- essa prática via web. se transformações na compreensão do que antes No aparente “não-fazer-nada” os jovens, era percebido como relações inter pessoais em geral, lêem, anotam fragmentos e comunidade. Proximidade geográfica, do que lêem, inventam, criam textos, agrupamento físico, vizinhança e parentesco eram escrevem livros baseados no que sinônimos do conceito de comunidade. Porém, lêem, constroem sites dedicados ao no momento atual, passa a ser apenas uma das que lêem, produzem sociabilidades baseadas nos gostos literários possibilidades de interação entre as pessoas, em (CARVALHO, 2009, p.13, grifo nosso). virtude do notável aumento de relações mediadas pela rede de computadores, acarretando assim Com a web 2.0 possibilitando, além do novos conceitos e terminologias diversas. acesso a informação, a participação, tem-se agora A vida em redes e comunidades é uma um novo usuário da informação: o autor e editor. realidade na sociedade atual, nomeadamente, Levando isto em consideração, percebe-se que no contexto de crianças e jovens, que são as comunidades de leitores tornaram-se, neste “nativos” da geração permeada pelas tecnologias contexto, comunidades de leitores-autores. de comunicação e informação e, agora, pela Reforçando o argumento, verifica-se no convergência dos media. espaço web um número relevante de sites com Chartier conceituou comunidade de leitores fanfic construídos pelos jovens. Fanfic é uma como “aquelas comunidades interpretativas, cujos abreviatura do termo inglês fanfictions, que são membros compartilham os mesmos estilos de histórias escritas por fãs, com base em textos da leitura e as mesmas estratégias de interpretação” literatura juvenil contemporânea. A partir do ( CHARTIER, 1994, p.216). original eles constroem histórias modificando os Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 17
  • 6. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira cenários, personagens e enredo. Apesar de, em instrumental, sendo desperdiçada oportunidade algumas situações, permear a questão dos direitos de fazer elo da cultura digital com a educação. autorais, de modo geral, as fanfic são permitidas Portanto, considera-se que o uso dos recursos e estimuladas pelos autores, já que nascem a disponibilizados pela tecnologia deva contribuir partir da paixão e admiração pela trama original para rompimento do fosso entre o sistema e, principalmente, são criadas sem visar o lucro, escolar e a vida cotidiana das crianças e jovens. somente dar asas à imaginação a partir da idéia E, principalmente, que os educadores devam de outro, com forte sentimento de partilha. aproveitar o capital social que os mesmos possuem Assim, considera-se que a leitura/ com relação à tecnologia para trabalhar e aprender escrita em comunidade, online e/ou offline, juntos em um projeto colaborativo. “Pela primeira traz contribuições para estimular, produzir vez, são as crianças as que melhor dominam um e reconstruir conhecimento. As atividades novo aparato tecnológico e estão na ponta de um colaborativas em torno de um texto envolvem processo transformador que atinge, cada vez mais, ações, em que a pessoa precisa explicar e/ áreas da vida cotidiana” (AMARAL, 2008, p.45). ou escrever o que pensa sobre o que leu. Tal Comparado com Japão, França, Espanha, ato acarreta resultados positivos para todos Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, os envolvidos, tanto para quem recebe a nova Suíça e Alemanha, “o Brasil é o país que mais usa informação, que entra em contato com novos sites relacionados a comunidades, tanto em horas conhecimentos, experiências e interpretações, gastas nesse tipo de site quanto no número de como e ainda mais, para quem produz, pois tem acessos” (BRASIL, 2009). a oportunidade de criar e expressar seu próprio Diante dessa realidade, coaduna-se com conhecimento, de modo a se fazer entender por autores que sugerem a sua aplicação na educação. seus pares. Wenger (2009) acentua que as escolas precisam Como forma de incentivo à leitura e à proporcionar aos estudantes oportunidade escrita literária para crianças e jovens Celaya para formarem comunidades, e não os isolar (2008) sugere o uso das ferramentas da web 2.0. de muitas outras comunidades das quais os mesmos participam. Cita-se também Miskulin Há muito tempo que esses et al (2006) que acrescenta competir à escola instrumentos eletrônicos deixaram de conciliar conteúdo retificado com contextos de ser apenas um hobby para se tornar participação, permitindo assim, sentido para os principais canais de comunicação os alunos e valorização das oportunidades de e informação das novas gerações. identidade e prática em comunidades. [...] Através destas tecnologias pode- se criar espaços para leitura e escrita Assim, concebe-se a escola como uma porta mais próximo da forma como eles se viável para mostrar aos alunos que a participação comunicam, o que motiva o seu futuro em comunidades deve ser usada para o lúdico prazer de ler todos os tipos de textos, e para o aprendizado, em realce em torno da em todas as mídias. (CELEYA, 2008. literatura, na formação de comunidade de leitores Tradução nossa). – autores. O texto literário é mencionado por Moss e Baker (2009, p.320) como um tema atrativo e 4 BIBLIOTECA ESCOLAR E COMUNIDADE DE interessante para formação de comunidades no LEITORES-AUTORES ambiente escolar. No Brasil, percebe-se que a introdução das As escolas são lugares que podem tecnologias de informação e comunicação nas promover um claro senso de comunidade envolvendo funcionários, professores, escolas tem se reduzido a aquisição e distribuição alunos e pais. Não há melhor tema para de elementos tecnológicos, desacompanhados a construção da escola-comunidade de infra-estrutura física e humana e de projetos do que a alegria e a emoção de ler. eficientes de modo a gerar resultados positivos (Tradução nossa) e relevantes na área educacional do país. Na grande maioria dos casos, o computador vem Nesse sentido, observa-se que existe uma sendo usado simplesmente como um recurso lacuna no espaço web, onde as crianças possam 18 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
  • 7. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB trocar impressões, interpretações sobre textos vendas de seus livros impressos aumentaram literários, discutir a obra, permutar informação consideravelmente após serem publicados sobre autores, trocar sugestões de livros, divulgar gratuitamente, em formato digital” (ALMEIDA, suas recriações e, ainda, considera-se que esse 2008, p.37). Assim sendo, a leitura de livros espaço deve ser criado em torno da biblioteca. digitais, em sua totalidade ou somente de alguns A biblioteca escolar, por não estar inclusa capítulos, poderá impulsionar a presença de nas exigências da legislação educacional, com crianças e jovens na biblioteca. relação a currículo, disciplinas, horas de aula e Nas comunidades online o usuário outras, se enquadra como o ambiente ideal para participa ativamente de sua construção com o incentivo à prática da leitura e escrita literária, a edição de textos, dessa forma, a publicação em grupo e comunidade, quer no espaço web ou na web pode ser usada como estímulo para no recinto da mesma. Trabalhando assim com a escrita das crianças e jovens. Mesmo a imaginação coletiva, promovendo interesse reconhecendo que há especificidade na leitura mútuo e repertório compartilhado, tendo como e escrita na Internet, destaca-se que pode instrumento a literatura. haver “uma mediação entre o formalismo Alguns autores e organizações já da escrita para a comunicação em qualquer disponibilizam na web sites com temática espaço” (AMARAL, 2008, p.31), aqui incluso envolvendo a literatura infanto-juvenil, mas o ciberespaço, pois, com base em Freire (2008, pesquisas mostram que os mesmos não são p.70), “não há razão para se temer que o conhecidos e poucos utilizados pelas crianças. internautês domine a língua”. Além do mais, percebe-se que nos textos colocados dos sites No que se refere aos hábitos na web, pudemos verificar que a Internet é de fanfic ou nos blogs construídos pelos jovens usada para “jogos”. Foi mencionado a escrita se apresenta, em quase sua totalidade, também o acesso a chats, a diversos sites com gramática e grafia formal. para realização de pesquisas e a visita Enfim, a formação de comunidade de a sites como de desenhos animados, leitores-autores pela biblioteca escolar poderá de personagens, etc. Não é comum o acesso a páginas educativas ou a histórias contribuir para melhorar o aprendizado da infantis. (AREND; RAMOS, 2007) linguagem e da língua portuguesa, já que “nenhuma criança [ou jovem] gostaria de A biblioteca escolar ao oferecer um serviço apresentar um texto na internet com erros” nesse contexto, tem a possibilidade de trabalhar (AMARAL, 2008, p.32). o acervo de literatura disponível nas escolas e Com base nos argumentos apresentados, bibliotecas e somar a estes os livros digitalizados. considera-se que as mudanças e inovações devem Pois, considera-se que o livro em papel, mesmo ser vistas como uma oportunidade de (r)evolução com todo avanço tecnológico, continua a exercer do papel da biblioteca e incentivo para novos o fascínio e encantamento nas crianças. O serviços e produtos, para fins de atração de seus que se recomenda é uma sinergia entre varias usuários e presença no cotidiano de crianças e textualidades. jovens. Com o advento da web 2.0 tem-se a possibilidade de oferecer maior motivação para a literatura infanto-juvenil, devido à convergência 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS de múltiplas linguagens e oportunidade de Pesquisas recentes apontam que as espaço para criação em torno do texto literário. bibliotecas escolares brasileiras ainda configuram É função da escola e dos meios de uma realidade que precisa ser transformada. comunicação [e da biblioteca escolar] Campello (2009, p.100) destaca “a noção da manter o conceito do que é uma criação precariedade da biblioteca escolar no Brasil, intelectual e valorizar os dois modos de situação que vem sendo, há bastante tempo, leitura, o digital e o papel. É essencial fazer essa ponte nos dias de hoje. excessivamente mencionada na literatura”, (CHARTIER, 2009) como resultado de pesquisa com bibliotecários de escolas do município de Belo Horizonte. A propósito, a editora Baen Books, que Pesquisadores constataram, em investigação publica livros de ficção “constatou que as envolvendo escolas públicas de São Paulo, que: Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 19
  • 8. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira [...] as entrevistas e as visitas realizadas Considera-se que um projeto de formação durante a pesquisa mostram que a de comunidades leitores-autores nas escolas minoria das escolas realiza algum tipo brasileiras, irá proporcionar otimização dos de ação dinâmica entre a biblioteca e o programa escolar vigente [...]. Nas laboratórios de informática, que, via de regra, escolas em que se verificou a presença ficam subutilizados, devido à ausência de de bibliotecas, há algumas que sofrem projetos educativos envolvendo a comunidade as ações do tempo, como chuva e o escolar. Nesse sentido, pode ser um incentivador vento, danificando assim o seu acervo e para o uso das tecnologias participativas na o seu espaço. Há bibliotecas em que se observou o fato de alguns livros estarem educação, por parte dos professores do ensino estragados SOUZA; GIROTTO, 2009, básico. p.394-395). Além do que, o contato das crianças com a tecnologia dos computadores, de Contudo, convém assinalar que esforços forma lúdica e atrativa, colabora para o estão sendo feitos para modificar essa situação, aprendizado das ferramentas da informática a exemplo de iniciativas do Conselho Federal de e conduz à inclusão digital com finalidade Biblioteconomia, de projetos desenvolvidos por educativa. universidades brasileiras e de alguns programas A biblioteca escolar ao oferecer o serviço estaduais. Consideramos também de grande de comunidades de leitores, com o uso da web valia Projeto de Lei Nº 3.044/2008, que tramita 2.0, amplia sua função de incentivo a leitura, na Câmara dos Deputados, que dispõe sobre a pois a interação criadora entre os leitores criação e manutenção de bibliotecas escolares em possibilita potenciar as experiências das todas as unidades de ensino do país e ainda que crianças e jovens, de forma a motivá-los para a a orientação e a supervisão das mesmas deverão literatura. ficar a cargo de Bacharéis de Biblioteconomia Além do que, a interação entre entre (BRASIL, 2008). pessoas, a partilha de interesses e de informações Com relação ao acesso e uso de e a construção coletiva de conhecimento oferece computadores e da Internet, no Brasil, os dados a ampliação das fronteiras sociais, culturais e publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia educacionais. e Estatística – IBGE, em 2009, revelaram uma Finaliza-se fazendo uso das palavras evolução com relação aos números anteriores, incentivadoras de Lux (2007, p.14), entretanto somente 34,8% da população bibliotecária e presidente da IFLA, biênio brasileira têm acesso à rede mundial de 2007-2009; “Como bibliotecários, a nossa computadores. missão é de interferir, se possível, ou Diante dessa realidade, “[...] o que explicar aos administradores ou políticos fazer então? Esperar que as condições básicas responsáveis o papel que as bibliotecas sejam atendidas para então iniciar o projeto de podem ter no apoio aos seus programas”, disseminação da cultura digital? [E de formação [em especial, programas do sistema de de leitores?] Infelizmente, não há tempo?” educação e de informação]. (AMARAL, 2008, p. 101). E convidando os bibliotecários de Embora a maioria dos estudos sobre escolas brasileiras a adotarem, com as devidas o uso das ferramentas participativas na adaptações, as sugestões de Ivan Chew, no educação tenha sido feita nos Estados documento publicado pela IFLA, em dezembro Unidos e na Europa, considera-se ser de 2008, Web 2.0 and Library Services for Young possível a adoção dessas experiências, com Adults: an Introduction for librarians (disponível as devidas adaptações, para a realidade em www.http://www.ifla.org), dirigido brasileira, em especial, com relação à rede de para bibliotecários em geral, com o objetivo relacionamentos, pois, apesar de que grande de fazê-los “[...] entender e decidir a melhor parte da população brasileira não tem acesso a abordagem na utilização dos social media como Internet, “Os brasileiros são avançados no uso parte de seus serviços para jovens” (tradução da internet. Adotaram coisas como o Orkut e nossa). o Messenger mais que as pessoas em outros Pequenas iniciativas trarão grandes países” (GREGO, 2009). contribuições para transformar essa realidade! 20 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
  • 9. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB THE SCHOOL LIBRARY IN THE READERS-AUTHORS COMMUNITY FORMATION VIA WEB Abstract The article makes an indentation in the scientific literature on the importance of reading in today’s society and emphasizes the responsibility of the school and library in encouraging the practice of literary reading. It recommends the formation of a hybrid reader-writer community for the school library, not only through the digital platform, but also with alliance and interaction among the various textualities. It considers that with the use of interactive technologies, the school library can get children and young people close to literature, once the school library main users are digital natives who habitually and intuitively live with the technological apparatus that permiates humanity. Keywords: School Library. Community of Readers-authors. Reading. Writing. Artigo recebido em 06/11/2009 e aceito para publicação em 28/01/2010 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Programa Sociedade da Informação. Sociedade ALMEIDA, R. O leitor navegador (I). In: SILVA, da Informação no Brasil: livro verde. Brasília, E. (Org.). A leitura nos oceanos da Internet. 2.ed. 2000. 203p. São Paulo: Cortez, 2008.126p. BROUGÈRE, G. O interesse de estudar os AMARAL, S. Internet: novos valores e novos Pokémons é para demonstrar que, às vezes, comportamentos. In: SILVA, E. (Org.). A leitura as crianças têm competências extraordinárias nos oceanos da Internet. 2.ed. São Paulo: Cortez, para aprender. Zero a Seis, n.14, ago./dez., 2008.126p. 2006. Disponível em: <http://www.ced.ufsc. br/~zeroseis/1entrev14.doc.http://www.ced. AREND, S; RAMOS, F. Leitura de narrativa ufsc.br/>. Acesso em: 27 jan. 2009. literária virtual pela criança. Hipertextus Revista Digital, v. 1, 2007. Disponível em:<http://www. BOURDIEU, P.; CHARTIER, R. A leitura: uma hipertextus.net/volume1/artigo14-silvana-flavia. prática cultural. Debate entre Pierre Bourdieu pdf>. Acesso em: 20 jan. 2009. e Roger Chartier. In: CHARTIER, R. Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. BINDÉ, J.(Org.) Rumo às sociedades do conhecimento; relatório mundial da UNESCO. CAMPELLO, B. Letramento Informacional no Lisboa: Instituto Piaget, 2007. Brasil: práticas educativas de bibliotecários em escolas de ensino básico. 2009. Tese (Doutorado BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. em Ciência da Informação) – Escola de Ciência Projeto de Lei nº 3.044, de 2008. Dispõe sobre da Informação, Universidade Federal de Minas a universalização das bibliotecas escolares e Gerais. determina outras providências. Disponível em: <www.camara.gov.br/sileg/MostrarIntegra. Belo Horizonte, 2009. Disponível em: www.eci. asp?CodTeor=574707>. Aceso em: 20 dez. 2009. ufmg.br/gebe/?download=tese%20campello%20 2009.pdf. Acesso em: 2 maio de 2009. BRASIL é campeão mundial no uso de comunidades, diz estudo. Folha on line, São CARVALHO, L. Jovens leitores d’senhor dos anéis: produções culturais, saberes e Paulo, 19 jun 2008. Disponível em: <http:// sociabilidades. 2007. Dissertação (Mestrado em www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ Educação) - Faculdade de Educação, Programa ult124u414183.shtml>. Acesso em: 2 nov. 2009. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 21
  • 10. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira de Pós-Graduação em Educação, Universidade (Org.). A leitura nos oceanos da Internet. 2.ed. Federal do Rio Grande do Sul. São Paulo: Cortez, 2008. 126p. Rio Grande do Sul, 2007. Disponível em: <http:// FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Trad. www.lume.ufrgs.br/handle/10183/11098>. Bruno Charles Magne. Porto Alegre: Artes Acesso em: 20 mar. 2009. Médicas, 1994. CELAYA, J. Innovación en el fomento de la FREIRE, P. A importância do ato de ler. São lectura. Jornadas de Fomento de la Lectura Paulo: Cortez, 1989. y Medios de Comunicación. Aragón, 2008. Disponível em: <http://www.margencero.com/ FUNDAÇÃO ABRINQ. Biblioteca viva: fazendo articulos/articulos4/innovacion_lectura.htm>. história com livros e leituras. Disponível em: Acesso em: 1 mar. 2009. <http://www.fundabrinq.org.br/_Abrinq/ documents/biblioteca/biblioteca_viva%5B1%5D. CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao pdf> . Acesso em: 12 out. 2008. navegador. São Paulo: UNESP/IMESP, 1999. GOMES, J. Da nascente à voz: contributos para ______. As práticas da escrita. In: ARIÈS, P.; uma pedagogia da leitura. Lisboa: Caminho da CHARTIER, R. História da vida privada: da Educação, 1996. renascença ao século das luzes. 3. ed. São Paulo: Cia das Letras, 1991. GREGO, M. Célebro 2.0: efeitos da vida digital. INFO Online. Disponível em: <http://info.abril. ______. A ordem dos livros. Brasília: UNB, 1994. com.br/professional/tendencias/cerebro-20. shtml?3>. Acesso em 20 mar. 2009. ______. Os livros resistirão às tecnologias digitais. Revista Nova Escola, 2007. Disponível HUYSMAN, M.; WENGER, E.; WULF, V. em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/ Communities and Technologies. Kluwer pdf/0204/falamestre.pdf. Acesso em: 20 jan. Academic, 2003. 2009. IFLA. Manifesto IFLA/UNESCO para biblioteca ______. Práticas de leitura. São Paulo: Estação escolar. Disponível em: <http://www.ifla.org>. Liberdade, 1996. Acesso em: nov. 2008. CHEW, I. Web 2.0 and Library Services for INSTITUTO BRASIELIRO DE GEOGRAFIA E Young Adults: an Introduction for librarians. s. ESTATISTICA. Acesso à Internet e Posse de l., IFLA, 2008. Disponível em:< http://www. Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal. Rio ifla.org/files/libraries-for-children-and-ya/ de Janeiro, 2009. Disponível em: < http://www. publications/Web%202.0%20and%20Library%20 ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 20 dez 2009. Services%20for%20Young%20Adults%20-%20 An%20Introduction%20for%20Librarians_ INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. IFLA%20CHILD-YA%20Section_Dec%202008. Analfabetismo funcional. Disponível em: pdf>. Acesso em: 20 jan. 2009. <http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina. php?mpg=4.01.00.00.00&ver=por>. Acesso em: ECKERT,P.; GOLDMAN,S; WENGER,E. The School 28 maio 2009. as a Community of Engaged Learners. Disponível em: <http://www.stanford.edu/~eckert/PDF/ LUX, Claudia. Biblioteca na agenda: uma questão SasCEL.pdf>. Acesso em: 24 maio 2009. importante para a sociedade contemporânea. Revista Brasileira de Biblioteconomia e FREIRE, F. Formas de materialidade linguística, Documentação, São Paulo, v.3, n.2, p.14-33, jul- gêneros de discurso e interfaces. In: SILVA, E. dez. 2007. 22 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
  • 11. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB MISKULIN, R. et al. Identificação e Análise SANTOS, B. A Crítica da Razão Indolente: contra das Dimensões que Permeiam a Utilização das o desperdício da experiência. Porto: Edições Tecnologias de Informação e Comunicação Afrontamento, 2000. nas Aulas de Matemática no Contexto da Formação de Professores. Boletim de Educação SOUZA, R.; GIROTTTO,C. A leitura do Matemática, v. 19, n.26, 2006. texto literário: entre a sala de aula e a biblioteca escolar. In: CONFERÊNCIA MOSS, K.; BAKET, P. Creating a Community of INTERNACIONAL BIBLIOTECAS PARA Readers. Disponível em: <http://www.adi.org/ A VIDA, 2., 2009, Évora. Anais... Évora: journal/ss01/chapters/Chapter23-Baker&Moss. CIDEHUS/EU, 2009. p. 379-395. PDF>. Acesso em: 12 maio 2009. TAPSCOTT, D. O mundo da geração Net. Digital. PRENSKY, Marc. Digital natives, digital Vol. 0. Disponível em: <http://www.centroatl. immigrants. On the Horizon, v. 9, n. 5, out. 2001. pt/edigest/digital/edicoesd/di0cap1.html>. Disponível em: <http://www.marcprensky.com/ Acesso em: 13 abr. 2009. writing/Prensky%20-%20Digital%20Natives,%20 Digital%20Immigrants%20-%20Part1.pdf>. TFOUNI, L.V. Letramento e alfabetização. São Acesso em: 02 nov. 2009. Paulo: Cortez, 1995. ROCCO, M. A. A importância da leitura na WENGER, E . Communities of practice a sociedade contemporânea e o papel da escola brief introduction. Disponível em: http:// nesse contexto. Série Idéias, n. 13, 1994. www.ewenger.com/. Acesso em: 15 mar. 2009. SÁ, C. Leitura e compreensão escrita no 1º ciclo do ensino básico: algumas sugestões didáticas. ZILBERMAN, R.; SILVA, T. Leitura: perspectivas Aveiro: Universidade de Aveiro, 2004. interdisciplinares. São Paulo: Ática, 1989. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 23