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Ângela Melo, n.º 5
      12.º F
Jean Honoré Fragonard foi um
pintor francês, cujo seu estilo
Rococó destacou-se de uma forma
notável de facilidade, exuberância e
hedonismo. Um dos mais prolíficos
artistas   activos    nas    últimas
décadas           do          Antigo
Regime, Fragonard produziu mais
de 550 pinturas (sem contar com
desenho e água-forte), dos quais
apenas cinco estão datadas. As
suas obras mais populares são as
pinturas     de      género      que
conseguiram transmitir a atmosfera
da intimidade e do erotismo.
Nasceu em Grasse, Alpes-Maritimes. Foi
enviado a Paris por seu pai, onde mostrou
talento e interesse pela arte, conhecendo
François Boucher.

  Boucher reconheceu os dotes do
jovem, porém decidiu não gastar tempo no
desenvolvimento        da       formação
dele, enviando-o ao atelier de Jean-
Baptiste-Siméon Chardin.

  Fragonard estudou durante seis meses
sob a tutela do grande iluminista e, em
seguida, voltou, mais preparado, para
Boucher, cujo estilo adquiriu tão completo
que o comandante confiou-lhe a execução
de réplicas das suas pinturas.



                                             François Boucher
Depois,    transferiu-se   para
Roma      (1756),      onde    se
entusiasmou com a obra de
Giovanni      Battista    Tiepolo.
Protegido do abade e amante
das artes – Richard de Saint-Non
– viajou pela Itália pesquisando
as obras dos grandes mestres
até que ambos se fixaram
residência em Paris (1761).

  A sua consagração veio com a
apresentação no Salão de Paris
(1765) com o enorme quadro de
tema     trágico,   Coresus    et
Callirhoe, que foi adquirido pelo
rei Luís XV.



                                     Coresus et Callithoe
Entrou para a a Academia Real (1765) e casou-se (1769) com
Marie-Anne Gérard, e viajou novamente para Itália, onde pintou
uma série de desenhos de vistas e paisagens.

  Voltando a Paris (1773), reduziu sua pintura de paisagens com
pequenas figuras, passando a dedicar-se à reprodução de cenas
domésticas e sentimentais.

  Fragonard foi tão ignorado, que Lübke, em História da Arte
(1873) omite o seu nome. No entanto, a influência de Fragonard
na manipulação de cor local e expressiva não pode ser
subestimada.

 Na última fase da sua vida pintou cenas de amor e da natureza e
morreu em Paris, pobre e quase esquecido.
O Beijo
Jovem a ler
La visite à la nourrice
Le Verrou
L'aurore
Beijo Roubado
Carta de Amor
La Couronne Des Fleurs
É retratada uma jovem num
baloiço na área central do
quadro, cercada por
roseiras e árvores imensas
Ao fundo um homem está a
baloiça-la, e mais a frente um
outro homem, o
“voyeur”, camuflado entre os
arbustos a observa-la. No
retrato, é enfatizado no
momento em que o balanço
atinge o seu ponto mais
alto, permitindo ao
espectador vislumbrar o que
está por baixo de suas
anáguas. São perceptíveis os
olhos, tanto da jovem como
do voyeur, ela olha para ele e
ele olha para o que está
oculto sob as anáguas.
Outros elementos no
quadro também
simbolizam o
voyeurismo, os dois
cupidos
posicionados acima
de um golfinho, um
dos quais está
olhando para ela.
Golfinhos, na
mitologia
clássica, puxavam a
carruagem de
Vénus, a deusa do
amor.
A origem do quadro é
mencionada no diário do
francês Collé, onde consta o
caso do pintor Doyen, que
teria sido abordado por um
barão para pintar a
“Madame”, sua amante, num
baloiço empurrado por um
bispo, no qual o barão
deveria ser retratado de tal
modo que pudesse ver as
pernas da moça.
Doyen, contudo recusou o
encargo e encaminhou-o
para Fragonard, considerado
na época o “querubim da
pintura erótica”. Fragonard
aceitou o trabalho, mas
limitou-se a retratar um leigo
em lugar do bispo.
É comum combinar o namoro, o
jardim do amor, o baloiço e outros
elementos do cenário, constituindo
uma longa tradição na arte
europeia, e este retrato de
Fragonard não é uma excepção.
Inserir o baloiço na natureza
garante um ambiente de
intimidade, onde o voyeur vê algo
que os outros não podem ver. A
mulher sabe que está a ser
observada, sugerindo o desejo de
ser vista. Fragonard, desta
forma, expressou no mesmo
quadro o desejo de ser vista e o
desejo de ver, onde o desvelo
calculado do corpo feminino aos
olhos do voyeur é o tema central
que confirma o carácter sexual do
retrato.
É atribuído ao homem um
significado possível da
personagem encontrar-se
à mercê do desejo de ser
vista pela personagem
feminina. A personagem
do voyeur mostrou-se um
admirador ajoelhado
suplicando para ver o que
há por baixo das
anáguas. Este retrato
pode ser
considerado, segundo a
autora, uma crítica ou
uma ironia sobre o
voyeurismo dos olhares
masculinos de soslaio.
O sapato a sair do pé
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Fragonard

  • 1. Ângela Melo, n.º 5 12.º F
  • 2. Jean Honoré Fragonard foi um pintor francês, cujo seu estilo Rococó destacou-se de uma forma notável de facilidade, exuberância e hedonismo. Um dos mais prolíficos artistas activos nas últimas décadas do Antigo Regime, Fragonard produziu mais de 550 pinturas (sem contar com desenho e água-forte), dos quais apenas cinco estão datadas. As suas obras mais populares são as pinturas de género que conseguiram transmitir a atmosfera da intimidade e do erotismo.
  • 3. Nasceu em Grasse, Alpes-Maritimes. Foi enviado a Paris por seu pai, onde mostrou talento e interesse pela arte, conhecendo François Boucher. Boucher reconheceu os dotes do jovem, porém decidiu não gastar tempo no desenvolvimento da formação dele, enviando-o ao atelier de Jean- Baptiste-Siméon Chardin. Fragonard estudou durante seis meses sob a tutela do grande iluminista e, em seguida, voltou, mais preparado, para Boucher, cujo estilo adquiriu tão completo que o comandante confiou-lhe a execução de réplicas das suas pinturas. François Boucher
  • 4. Depois, transferiu-se para Roma (1756), onde se entusiasmou com a obra de Giovanni Battista Tiepolo. Protegido do abade e amante das artes – Richard de Saint-Non – viajou pela Itália pesquisando as obras dos grandes mestres até que ambos se fixaram residência em Paris (1761). A sua consagração veio com a apresentação no Salão de Paris (1765) com o enorme quadro de tema trágico, Coresus et Callirhoe, que foi adquirido pelo rei Luís XV. Coresus et Callithoe
  • 5. Entrou para a a Academia Real (1765) e casou-se (1769) com Marie-Anne Gérard, e viajou novamente para Itália, onde pintou uma série de desenhos de vistas e paisagens. Voltando a Paris (1773), reduziu sua pintura de paisagens com pequenas figuras, passando a dedicar-se à reprodução de cenas domésticas e sentimentais. Fragonard foi tão ignorado, que Lübke, em História da Arte (1873) omite o seu nome. No entanto, a influência de Fragonard na manipulação de cor local e expressiva não pode ser subestimada. Na última fase da sua vida pintou cenas de amor e da natureza e morreu em Paris, pobre e quase esquecido.
  • 8. La visite à la nourrice
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. La Couronne Des Fleurs
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. É retratada uma jovem num baloiço na área central do quadro, cercada por roseiras e árvores imensas
  • 25. Ao fundo um homem está a baloiça-la, e mais a frente um outro homem, o “voyeur”, camuflado entre os arbustos a observa-la. No retrato, é enfatizado no momento em que o balanço atinge o seu ponto mais alto, permitindo ao espectador vislumbrar o que está por baixo de suas anáguas. São perceptíveis os olhos, tanto da jovem como do voyeur, ela olha para ele e ele olha para o que está oculto sob as anáguas.
  • 26. Outros elementos no quadro também simbolizam o voyeurismo, os dois cupidos posicionados acima de um golfinho, um dos quais está olhando para ela. Golfinhos, na mitologia clássica, puxavam a carruagem de Vénus, a deusa do amor.
  • 27. A origem do quadro é mencionada no diário do francês Collé, onde consta o caso do pintor Doyen, que teria sido abordado por um barão para pintar a “Madame”, sua amante, num baloiço empurrado por um bispo, no qual o barão deveria ser retratado de tal modo que pudesse ver as pernas da moça. Doyen, contudo recusou o encargo e encaminhou-o para Fragonard, considerado na época o “querubim da pintura erótica”. Fragonard aceitou o trabalho, mas limitou-se a retratar um leigo em lugar do bispo.
  • 28. É comum combinar o namoro, o jardim do amor, o baloiço e outros elementos do cenário, constituindo uma longa tradição na arte europeia, e este retrato de Fragonard não é uma excepção. Inserir o baloiço na natureza garante um ambiente de intimidade, onde o voyeur vê algo que os outros não podem ver. A mulher sabe que está a ser observada, sugerindo o desejo de ser vista. Fragonard, desta forma, expressou no mesmo quadro o desejo de ser vista e o desejo de ver, onde o desvelo calculado do corpo feminino aos olhos do voyeur é o tema central que confirma o carácter sexual do retrato.
  • 29. É atribuído ao homem um significado possível da personagem encontrar-se à mercê do desejo de ser vista pela personagem feminina. A personagem do voyeur mostrou-se um admirador ajoelhado suplicando para ver o que há por baixo das anáguas. Este retrato pode ser considerado, segundo a autora, uma crítica ou uma ironia sobre o voyeurismo dos olhares masculinos de soslaio.
  • 30. O sapato a sair do pé demonstra delicadeza e contribui para a acção do quadro e para o erotismo da cena.