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Arte Rococó
na Europa e no BrasilProfessora Andréa Dressler
ROCOCÓ NA EUROPA
CONTEXTO
Nas primeiras décadas do século XVIII, numa transição
quase imperceptível, o Barroco deu lugar ao período
Rococó. Não existem grandes marcos a separar o
Barroco do Rococó, mas há uma diferença
fundamental que torna esse último estilo singular: ele
se consolida na decadente aristocracia, exaltando o
prazer como um bem supremo e deixando de lado os
valores morais e religiosos que fundamentaram o
Barroco.
ORIGEM
O estilo surgiu na França, onde recebeu outros nomes
como “Estilo Luis XV e Luis XVI”. O nome, rococó,
inclusive, deriva da palavra francesa “rocaille”, em
referência às formas curvas das conchas marinhas,
mas pode estar também associada à expressão
“embrechado”, que remete a uma técnica de
incrustação de conchas, pedras, cacos de cerâmica e
vidros utilizada em muros e grutas artificiais,
considerada uma versão decorativa do barroco.
PINTURA
Diferente dos temas religiosos barrocos, a
temática do rococó mostra preferencialmente
uma vida de divertimento, que levou uma parte
da crítica a classifica-lo de pintura “fútil”. Seus
temas eram a vida cortesã, a mitologia e cenas
sensuais. Apresentava uma estilização estética
vegetal: flores e folhas como moldura.
BARROCO
Caravaggio,
Vocação de São Mateus – 1600
Temas predominantemente religiosos, uso
de contraste entre luz e sombra,
dramaticidade, emoção.
ROCOCÓ
Jean-Antoine Watteau,
O embarque para Cythera, 1717
Temas cotidianos, frívolos (festas,
piquiniques, etc), tons pastéis,
sensualismo e feminilidade.
Nicolas Lancret (França), Uma senhora e um cavalheiro com
duas meninas em um jardim, 1742
Jean-Honoré Fragonard (França)
O Balanço, 1767-68
Jean-Antoine Watteau (França),
Festas Venezianas, 1718-19
Francesco Guardi (Itália), Concerto de Gala Veneziano, 1782
Thomas Gainsborough (Inglaterra), Senhor e Senhora Andrews, c.1750
Hyacinthe Rigaud (França) ,
Louis XIV , 1701
ARQUITETURA
Perde o rigor da arquitetura barroca e ganha
uma decoração excessiva tanto na fachada
quanto na parede interna das construções por
meio de ornamentações em relevo. As paredes
ficam mais finas e os tons pastéis contracenam e
disputam com os tons brancos. Detalhes
dourados com figuras de folhas e anjos decoram
as janelas e colunas.
O Palácio de Versailles, a uma hora de Paris, é o maior símbolo arquitetônico desse
período. Construído por Luis XIV no século XVI o palácio possui 2.153 janelas, 67
escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque.
A Galeria dos Espelhos, projetada por Jules Hardouin-Mansart em 1678 e toda
decorada por Charles Le Brun ao longo de vários anos, possui 357 espelhos que
refletem todo o poder e glória do Rei Luis XIV, também conhecido como o Rei Sol.
Entre 1787-88, próximo ao grande palácio, Jules Hardouin-Mansart também projetou o
Grand Trianon , uma construção em estilo italiano com 22 colunas de mármore rosa
pesando 10 toneladas cada uma.
Além da França, o estilo esta presente também na Itália, como nas escadarias do Palazzo
Madama, em Turim, projeta por Filippo Juvarra entre 1718-21.
Na Alemanha encontramos o estilo na Sala dos espelhos do Amalienburg, no Schloss
Nymphenburg, em Munique, projetada por François de Cuvilliés entre 1734-39
Já em Wurzburg o Palácio
Residenz projetado por
Balthasar Neumann apresenta
afrescos belíssimos feitos em
por Giovanni Battista Tiepolo no
teto do Salão Imperial.
E na Áustria o melhor exemplo do estilo é o Schloss Schönbrunn, em Viena, projetado
por Johan Bernhard Fischer von Erlach entre 1696-99. Construído originalmente em
estilo barroco para abrigar os Habsburgo durante o verão, o Palácio foi todo reformado
no seu interior em estilo rococó posteriormente.
ESCULTURA
Com proporções menores e decoração
compatível com o tema, os artistas
desenvolveram formas em gesso, madeira e
mármore. Os volumes de linhas suaves e
graciosas substituem o vigor e a energia barroca.
A escultura rococó foi muito utilizada para
retratar personalidades da época e temas
mitológicos.
Guillaume Coustou,
Cavalo contido por um
cavalariço, 1739-45
Antonio Canova, Eros e Psique (Psique revive com beijo de cupido), 1787-93
DESIGN
Os artistas da ornamentação (artistas decorativos),
também exerceram considerável influência na
decoração de edifícios públicos, particularmente
nos trabalhos de serralheria em balaustradas,
corrimões e portões de ferro trabalhado e todo o
mobiliário característico do período.
Fiz uma montagem de alguns projetos da época
com móveis que encontramos ainda hoje em estilo
rococó. Destaque para os designers: Juste-Aurèle
Meissonier e Gilles-Marie Oppenord
MODA
Pra finalizar, não dá pra falar em rococó sem
citar a moda da época. Todo o vestuário e
indumentária cheio de plumas, flores, dourado,
cetim, seda e renda tornam o estilo rococó único
na história da arte. Eu diria que é o elemento
mais representativo do período, a primeira coisa
que vem a nossa mente ao pensar em “rococó”.
Revestimento de parede do
quarto de Maria Antonieta
no Palácio de Versalhes.
Esse tipo de estamparia se
estende para as cortinas,
almofadas, roupa de cama,
tapete e ainda pros
vestidos, sapatos, leques e
chapéus.
ROCOCÓ NO BRASIL
CONTEXTO
Não é possível determinar quando exatamente esse
estilo chegou no brasil. Considera-se que mais ou
menos na fase final do barroco brasileiros algumas
igrejas já vinham sendo construída nesse estilo.
Isso quer dizer que igrejas barrocas não deixaram de ser
construídas. Na verdade foi um processo de transição
muito discreto que aconteceu apenas em alguns
lugares misturando a imponência do estilo barroco
com a delicadeza do estilo rococó.
A Igreja de São Francisco
de Assis, Ouro Preto,
completamente
planejada por
Aleijadinho, possui
elementos barrocos na
sua fachada mas, no seu
interior mais iluminado
e com paredes brancas
se identifica mais o estilo
rococó.
As mesmas características barrocas e ao mesmo tempo rococó podemos notar
na Igreja Nossa Senhora do Carmo, projetada pelo pai de Aleijadinho alguns
anos antes.
falandodeartes.com.br
BIBLIOGRAFIA
Explicando a Arte Brasileira/ Lucília Garcez e Jô
Oliveira – Rio de Janeiro: Ediouro, 2006
Estudo Dirigido de Artes: Ensino Médio: volume
único/ Borges e Ribeiro. Brasília, DF:Editora do
Centro, 2011.

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Arte Rococó

  • 1. Arte Rococó na Europa e no BrasilProfessora Andréa Dressler
  • 3. CONTEXTO Nas primeiras décadas do século XVIII, numa transição quase imperceptível, o Barroco deu lugar ao período Rococó. Não existem grandes marcos a separar o Barroco do Rococó, mas há uma diferença fundamental que torna esse último estilo singular: ele se consolida na decadente aristocracia, exaltando o prazer como um bem supremo e deixando de lado os valores morais e religiosos que fundamentaram o Barroco.
  • 4. ORIGEM O estilo surgiu na França, onde recebeu outros nomes como “Estilo Luis XV e Luis XVI”. O nome, rococó, inclusive, deriva da palavra francesa “rocaille”, em referência às formas curvas das conchas marinhas, mas pode estar também associada à expressão “embrechado”, que remete a uma técnica de incrustação de conchas, pedras, cacos de cerâmica e vidros utilizada em muros e grutas artificiais, considerada uma versão decorativa do barroco.
  • 5. PINTURA Diferente dos temas religiosos barrocos, a temática do rococó mostra preferencialmente uma vida de divertimento, que levou uma parte da crítica a classifica-lo de pintura “fútil”. Seus temas eram a vida cortesã, a mitologia e cenas sensuais. Apresentava uma estilização estética vegetal: flores e folhas como moldura.
  • 6. BARROCO Caravaggio, Vocação de São Mateus – 1600 Temas predominantemente religiosos, uso de contraste entre luz e sombra, dramaticidade, emoção. ROCOCÓ Jean-Antoine Watteau, O embarque para Cythera, 1717 Temas cotidianos, frívolos (festas, piquiniques, etc), tons pastéis, sensualismo e feminilidade.
  • 7. Nicolas Lancret (França), Uma senhora e um cavalheiro com duas meninas em um jardim, 1742
  • 10. Francesco Guardi (Itália), Concerto de Gala Veneziano, 1782
  • 11. Thomas Gainsborough (Inglaterra), Senhor e Senhora Andrews, c.1750
  • 12. Hyacinthe Rigaud (França) , Louis XIV , 1701
  • 13. ARQUITETURA Perde o rigor da arquitetura barroca e ganha uma decoração excessiva tanto na fachada quanto na parede interna das construções por meio de ornamentações em relevo. As paredes ficam mais finas e os tons pastéis contracenam e disputam com os tons brancos. Detalhes dourados com figuras de folhas e anjos decoram as janelas e colunas.
  • 14. O Palácio de Versailles, a uma hora de Paris, é o maior símbolo arquitetônico desse período. Construído por Luis XIV no século XVI o palácio possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque.
  • 15. A Galeria dos Espelhos, projetada por Jules Hardouin-Mansart em 1678 e toda decorada por Charles Le Brun ao longo de vários anos, possui 357 espelhos que refletem todo o poder e glória do Rei Luis XIV, também conhecido como o Rei Sol.
  • 16. Entre 1787-88, próximo ao grande palácio, Jules Hardouin-Mansart também projetou o Grand Trianon , uma construção em estilo italiano com 22 colunas de mármore rosa pesando 10 toneladas cada uma.
  • 17. Além da França, o estilo esta presente também na Itália, como nas escadarias do Palazzo Madama, em Turim, projeta por Filippo Juvarra entre 1718-21.
  • 18. Na Alemanha encontramos o estilo na Sala dos espelhos do Amalienburg, no Schloss Nymphenburg, em Munique, projetada por François de Cuvilliés entre 1734-39
  • 19. Já em Wurzburg o Palácio Residenz projetado por Balthasar Neumann apresenta afrescos belíssimos feitos em por Giovanni Battista Tiepolo no teto do Salão Imperial.
  • 20. E na Áustria o melhor exemplo do estilo é o Schloss Schönbrunn, em Viena, projetado por Johan Bernhard Fischer von Erlach entre 1696-99. Construído originalmente em estilo barroco para abrigar os Habsburgo durante o verão, o Palácio foi todo reformado no seu interior em estilo rococó posteriormente.
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  • 22. ESCULTURA Com proporções menores e decoração compatível com o tema, os artistas desenvolveram formas em gesso, madeira e mármore. Os volumes de linhas suaves e graciosas substituem o vigor e a energia barroca. A escultura rococó foi muito utilizada para retratar personalidades da época e temas mitológicos.
  • 23. Guillaume Coustou, Cavalo contido por um cavalariço, 1739-45
  • 24. Antonio Canova, Eros e Psique (Psique revive com beijo de cupido), 1787-93
  • 25. DESIGN Os artistas da ornamentação (artistas decorativos), também exerceram considerável influência na decoração de edifícios públicos, particularmente nos trabalhos de serralheria em balaustradas, corrimões e portões de ferro trabalhado e todo o mobiliário característico do período. Fiz uma montagem de alguns projetos da época com móveis que encontramos ainda hoje em estilo rococó. Destaque para os designers: Juste-Aurèle Meissonier e Gilles-Marie Oppenord
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  • 29. MODA Pra finalizar, não dá pra falar em rococó sem citar a moda da época. Todo o vestuário e indumentária cheio de plumas, flores, dourado, cetim, seda e renda tornam o estilo rococó único na história da arte. Eu diria que é o elemento mais representativo do período, a primeira coisa que vem a nossa mente ao pensar em “rococó”.
  • 30. Revestimento de parede do quarto de Maria Antonieta no Palácio de Versalhes. Esse tipo de estamparia se estende para as cortinas, almofadas, roupa de cama, tapete e ainda pros vestidos, sapatos, leques e chapéus.
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  • 33. CONTEXTO Não é possível determinar quando exatamente esse estilo chegou no brasil. Considera-se que mais ou menos na fase final do barroco brasileiros algumas igrejas já vinham sendo construída nesse estilo. Isso quer dizer que igrejas barrocas não deixaram de ser construídas. Na verdade foi um processo de transição muito discreto que aconteceu apenas em alguns lugares misturando a imponência do estilo barroco com a delicadeza do estilo rococó.
  • 34. A Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto, completamente planejada por Aleijadinho, possui elementos barrocos na sua fachada mas, no seu interior mais iluminado e com paredes brancas se identifica mais o estilo rococó.
  • 35. As mesmas características barrocas e ao mesmo tempo rococó podemos notar na Igreja Nossa Senhora do Carmo, projetada pelo pai de Aleijadinho alguns anos antes.
  • 36. falandodeartes.com.br BIBLIOGRAFIA Explicando a Arte Brasileira/ Lucília Garcez e Jô Oliveira – Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 Estudo Dirigido de Artes: Ensino Médio: volume único/ Borges e Ribeiro. Brasília, DF:Editora do Centro, 2011.