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KARL MARX


  SOCIOLOGIA

Profª Maria do Carmo



                       1
2
DADOS BIOGRÁFICOS

Nasceu em 5 de maio de1818, na
  cidade de Treves,capital da
  província alemã do Reno
e morreu em 14 de março de 1883,
  em Londres.
Estudou Direito nas universidades de
  Bonn e Berlim, História e Filosofia.
Defendeu seu doutorado em 1841,
  com uma tese de filosofia sobre “As
  diferenças da filosofia da natureza
  em Demócrito e Epicuro”, versando
  sobre a materialismo na antiguidade
  grega .                                3
DADOS BIOGRÁFICOS

Em 1842 tornou-se redator-chefe
 da Gazeta Renana, jornal liberal
 publicado em Colônia. Foi
 então que tomou conhecimento
 dos problemas econômicos e
 conheceu melhor o socialismo
 francês, pela leitura de Saint-
 Simon, Fourier, Proudhon.

                                    4
DADOS BIOGRÁFICOS

Em 1843, casou-se com uma
  amiga de infância Jenny von
  Westphalen, e mudou-se para
 Paris, onde conheceu Friedrich
  Engels, seu companheiro de
  idéias e publicações por toda a
  vida.


                                    5
ENGELS




         6
DADOS BIOGRÁFICOS

Em 1844, escreveu Manuscritos
 Econômico-Filosóficos, nos
 quais o jovem Marx
 desenvolveu uma filosofia onde
 a alienação é o tema central.
Na mesma época redigiu:
 Contribuição à crítica da
 filosofia do direito de Hegel;
                                  7
DADOS BIOGRÁFICOS

Em 1845, escreveu com Engels, A
 Sagrada Família e
 A Ideologia Alemã (só publicada
 em 1932).
Em 1847, redigiu Miséria da
 Filosofia.
O período vivido em Paris (1843-45)
 e depois em Bruxelas (1845-48) foi
 marcado por uma intensa atividade
 política.
                                      8
DADOS BIOGRÁFICOS

Em 1848, toda a Europa foi
 palco de violentas lutas de
 classe, cujo clímax ocorreu com
 a queda de Luís Felipe na
 França e com as jornadas de
 julho, com repercussões que
 ensangüentaram a Alemanha
 no último semestre desse ano.

                                   9
DADOS BIOGRÁFICOS

No mesmo ano, 1848, Marx e
 Engels escreveram O
 Manifesto do Partido
 Comunista,
obra fundadora do marxismo
 enquanto movimento político e
 social a favor do proletariado.


                                   10
DADOS BIOGRÁFICOS

Expulso da Alemanha e depois da
  França,
pois defendia a aliança do
  proletariado e dos camponeses
  com a burguesia, numa soma de
  esforços que deveria visar à
  liquidação dos restos do Antigo
  Regime,
refugiou-se em 1849 em
  Londres, onde viveu na miséria.
                                    11
DADOS BIOGRÁFICOS

Em 1850, escreveu Lutas de Classes
 na França.
Em 1852, escreveu O 18 Brumário
 de Luís Bonaparte, onde analisa o
 golpe de Estado de Napoleão III, e
 o bonapartismo como uma forma de
 governo em que a burguesia se
 deixa levar quando se vê na
 emergência de uma crise.

                                      12
DADOS BIOGRÁFICOS

Em Londres, Marx trabalhou árdua e
  sistematicamente na compreensão
  da economia política de seu tempo,
  resultando em 1859 um texto
  intitulado “Contribuição à Crítica
  da Economia Política”.
 E em 1867, a primeira parte de sua
  obra-prima O Capital foi
  publicada. Os livros II e III são
  póstumos.
                                       13
DADOS BIOGRÁFICOS

Segundo Raymond Aron , na obra
 As Etapas do Pensamento
 Sociológico, p.145:
“O Capital é um livro de
 economia que é, ao mesmo
 tempo, uma sociologia do
 capitalismo e uma história
 filosófica da humanidade”.
                                 14
DIALÉTICA E
     MATERIALISMO

Marx e Engels, conceberam
 um método de abordagem
 da vida social,
 denominado,
 posteriormente, de
 materialismo histórico.

                            15
DIALÉTICA E
      MATERIALISMO

Método materialista –
porque parte da realidade material
 do objeto;
Método histórico –
porque leva em conta o movimento
 histórico onde o objeto está
 inserido sincrônica e
 diacronicamente;

                                     16
DIALÉTICA E
      MATERIALISMO
Conforme essa perspectiva, todo
 fenômeno social ou cultural é
 efêmero.
Logo, tanto a análise da evolução
 dos processos econômicos quanto
 a produção de conceitos para
 estruturar a sua compreensão
 devem partir do reconhecimento
 de que:

                                    17
DIALÉTICA E
     MATERIALISMO
“As formas econômicas sob as
 quais os homens produzem,
 consomem e trocam são
 transitórias e históricas.
Ao adquirir novas forças
 produtivas, os homens mudam
 seu modo de produção,


                               18
DIALÉTICA E
MATERIALISMO




               19
DIALÉTICA E
     MATERIALISMO

e com o modo de produção
 mudam as relações
 econômicas,que não eram
 mais que as relações
 necessárias daquele modo
 concreto de
 produção ...”(p.31)

                            20
DIALÉTICA E
     MATERIALISMO

De acordo com o materialismo
 histórico, as relações
 materiais que os homens
 estabelecem e o modo como
 produzem seus meios de vida
 formam a base de todas as suas
 relações.
Essa maneira de exercer a
 atividade ...
                                  21
DIALÉTICA E
      MATERIALISMO
“[...] já constitui um modo
  determinado de atividade de tais
  indivíduos, uma forma
  determinada de manifestar a sua
  vida, um modo de vida
  determinado. A forma como os
  indivíduos manifestam a sua vida
  reflete muito exatamente aquilo
  que são.

                                     22
DIALÉTICA E
MATERIALISMO




               23
DIALÉTICA E
MATERIALISMO




               24
DIALÉTICA E
      MATERIALISMO

O que são coincide, portanto, com
 a sua produção, isto é, tanto com
 aquilo que produzem, como com
 a forma como produzem .
Aquilo que os indivíduos são
 depende, portanto, das
 condições materiais de sua
 produção”(A Ideologia Alemã,
 p.19).
                                     25
DIALÉTICA E
     MATERIALISMO
Para Marx,
 tanto os processos ligados à
  produção são transitórios,
como as idéias, concepções,
  gostos, crenças, categorias de
  conhecimento e ideologias os
  quais,
gerados socialmente, dependem do
  modo como os homens se
  organizam para produzir.

                                   26
DIALÉTICA E
     MATERIALISMO

Portanto,
o pensamento e a consciência
 são, em última instância,
decorrência da relação
 homem / natureza, isto é, das
 relações materiais.


                                 27
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

A premissa da análise
 marxista da sociedade:
Os seres humanos, por meio da
 interação com a natureza e
 com os outros indivíduos, dão
 origem à sua vida material.


                                 28
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

.




                     29
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

Os seres humanos produzem
 seus meios de vida, na busca
 de atender às suas carências.
É nessa atividade que recriam a
 si próprios e reproduzem sua
 espécie num processo que é
 continuamente transformado pela
 ação das sucessivas gerações.

                                   30
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

A Ideologia Alemã (p.33):
“Um primeiro pressuposto de toda
  existência humana e, portanto,
  de toda história, a saber [é] que
  os homens devem estar em
  condições de poder viver a fim
  de “fazer história”. Mas, para
  viver, é necessário antes de mais
  nada beber, comer, ter um teto
  onde se abrigar, vestir-se etc.
                                      31
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
      E REPRODUÇÃO
A Ideologia Alemã
  (p.33):
“. Mas, para viver, é
  necessário antes de
  mais nada beber,
comer,
ter um teto onde se
  abrigar,
vestir-se etc.

                        32
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

O primeiro fato histórico é pois
 a produção dos meios que
 permitem satisfazer essas
 necessidades, a produção da
 própria vida material;




                                   33
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

Trata-se de um fato histórico, de
 uma condição fundamental de
 toda a história, que é
 necessário, tanto hoje como há
 milhares de anos, executar, dia
 a dia, hora a hora, a fim de
 manter os homens vivos”.


                                    34
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

Os seres humanos, ao produzir
 para prover-se do que precisam ,
 procuram dominar as
 circunstâncias naturais, e podem
 modificar a fauna e a flora.
Para isto, organizam-se
 socialmente, estabelecem
 relações sociais.

                                    35
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

O ato de produzir gera
também novas
necessidades, que não
são simples exigências
naturais ou físicas, mas
produtos da existência
social.
                           36
DIALÉTICA E
MATERIALISMO




               37
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

“[...] a produção determina não
  só o objeto do consumo, mas
  também o modo de consumo, e
  não só de forma objetiva, mas
  também subjetiva.
Logo, a produção cria o
  consumidor” (p.33).


                                  38
DIALÉTICA E
MATERIALISMO




               39
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

Logo,”a própria quantidade das
 supostas necessidades naturais,
 como o modo de satisfazê-las,
 é um produto histórico que
 depende em grande parte do
 grau de civilização alcançado”
 (p.33).


                                   40
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

Na busca de controlar as
 condições naturais,
os homens criam novos objetos
 os quais não só se incorporam
 ao meio ambiente,
 modificando-o, como passam às
 próximas gerações.


                                 41
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

Os resultados da atividade e da
 experiência humanas que se
 objetivam são acumulados e
 transmitidos por meio da
 cultura.




                                  42
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
      E REPRODUÇÃO
É por meio da ação produtiva que o
  homem
humaniza a
natureza
e também
a si mesmo



                                     43
NECESSIDADES: PRODUÇÃO
     E REPRODUÇÃO

O processo de produção e reprodução
  da vida através do trabalho é,
para Marx, a atividade humana
  básica, a partir da qual se constitui
  a “história dos homens”,
é para ele que se volta o
  materialismo histórico, método
  de análise da vida econômica,
  social, política, intelectual.
                                          44
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO

SOCIEDADE – “produto da ação
 recíproca dos homens”, mas não é
 uma obra que eles realizam de
 acordo com os seus desejos
 particulares.
ESTRUTURA DA SOCIEDADE –
 depende do estado de
 desenvolvimento de suas forças
 produtivas e das relações sociais de
 produção que lhes são
 correspondentes.

                                        45
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO

Forças produtivas –
conceito que busca apreender o
 modo como os indivíduos
 obtêm,
em determinados momentos,
os bens que necessitam e,
para isso,


                                 46
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


em que grau desenvolveram
  sua tecnologia, processos e
  modos de cooperação,
a divisão técnica do trabalho,
  habilidades e conhecimentos
  utilizados na produção,
a qualidade dos instrumentos e
  as matérias – primas de que
  dispõem.                       47
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


Conceito de forças produtivas –
  refere-se aos instrumentos e
  habilidades que possibilitam o
  controle das condições naturais
  para a produção,
e seu desenvolvimento é em geral
  cumulativo.


                                    48
49
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


Relações sociais de produção-
refere-se às formas
  estabelecidas de distribuição
  dos meios de produção e do
  produto, e o tipo de divisão social
  do trabalho numa dada sociedade
  e em um período histórico
  determinado (p.34)

                                        50
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO

Relações sociais de produção-
 são as formas pelas quais os
 homens se organizam para
 executar a atividade
 produtiva.
Referem-se às diversas
 maneiras pelas quais são
 apropriados e distribuídos os
 elementos envolvidos no
 processo de trabalho:
                                 51
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO

:as matérias-primas, os
  instrumentos e a técnica,
   os próprios trabalhadores
   e o produto final.
Assim, as rel.produção podem
  ser: cooperativistas,
  escravistas, servis (como na
  Europa feudal), capitalistas.

                                  52
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


A cada forma de organização
 das forças produtivas
 corresponde uma
 determinada forma de
 relação de produção.




                              53
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO




                           54
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


Relações sociais de produção
 – expressa o modo como os
 homens se organizam entre si
 para produzir; ... (p.34)
 expressa as formas pelas quais
 os homens se organizam para
 executar a atividade produtiva;


                                   55
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


trata das diferentes formas de
  organização da produção

e distribuição,

da posse e dos tipos de
 propriedade dos meios de
 produção.

                                 56
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO
 e como se constituem no
   substrato para a estruturação
   das desigualdades expressas na
   forma de classes sociais.




                                    57
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


Conceito de forças produtivas –
  trata
das
relações
homem/
natureza



                                  58
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
      SOCIAS DE PRODUÇÃO

Conceito de relações sociais de
  produção -
 trata das
relações entre
os homens
no processo
produtivo


                                  59
FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES
    SOCIAS DE PRODUÇÃO


As noções de forças
 produtivas e de relações
 sociais de produção
 mostram que tais relações se
 interligam de modo que as
 mudanças em uma provocam
 alterações na outra.

                                60
ESTRUTURA E
        SUPERTRUTURA

ESTRUTURA ou BASE
Formada pelo conjunto das forças
  produtivas e das relações sociais de
  produção de uma sociedade;
É o fundamento sobre o qual se
  constituem as instituições políticas e
  sociais;
É a base econômica e material da
  sociedade; modo como os homens
  estão organizados no processo
  produtivo.
                                           61
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA
SUPERESTRUTURA são as
 ideologias políticas, concepções
 religiosas, códigos morais e
 estéticos, sistemas legais, de
 ensino, de comunicação, o
 conhecimento filosófico e
 científico, representações
 coletivas de sentimentos, ilusões,
 modos de pensar e concepções de
 vidas diversos plasmados de
 modo particular.
                                      62
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA
ARTICULAÇÃO ENTRE OS DOIS
  NÍVEIS
“são os homens que produzem as
  suas representações, as suas
  idéias etc., mas os homens reais,
  atuantes, e tais como foram
  condicionados por um
  determinado desenvolvimento das
  suas forças produtivas e do modo
  de relações que lhes corresponde
  [...].
                                      63
Não é a consciência que
 determina a vida, mas sim
 a vida que determina a
 consciência” (p.37).




                             64
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA
A base material é expressa no conceito
  de MODO DE PRODUÇÃO :
Descreve a maneira, a forma, o modo
  pelos quais se produzem os bens
  materiais em diferentes sociedades e
  épocas.
Descreve a maneira pela qual a
  sociedade produz seus bens e serviços,
  como os utiliza e os distribui.

                                           65
ESTRUTURA E
       SUPERTRUTURA
Conceito de Modo de Produção:
Serve para caracterizar distintas etapas
  da história humana.
Marx faz menção aos seguintes modos
  de produção:
Comunista primitivo;Antigo;Feudal;
Capitalista nas sociedades ocidentais;
Asiático – sociedades orientais e pré-
  colombianas da América do Sul;
Comunista.


                                           66
ESTRUTURA E
       SUPERTRUTURA
Complexidade da relação estrutura
  e superestrutura levou a
  interpretações contraditórias
  do marxismo.
“Segundo a concepção materialista
  da história, o fator que em última
  instância determina a história é a
  produção e a reprodução da vida
  real[...].

                                       67
ESTRUTURA E
     SUPERTRUTURA

A situação econômica é a base,
 mas os diversos fatores da
 superestrutura [...] exercem
 igualmente a sua ação sobre o
 curso das lutas históricas e, em
 muitos casos, determinam
 predominantemente sua forma...”
 (p.39).

                                    68
ESTRUTURA E
     SUPERTRUTURA

“Somos nós mesmos que
 fazemos a história,mas, nós a
 fazemos, em primeiro lugar,
 segundo premissas e condições
 muito concretas. Entre elas, são
 as econômicas as que, em
 última instância decidem. Mas


                                    69
ESTRUTURA E
     SUPERTRUTURA

Mas também desempenham
 um papel, ainda que não seja
 decisivo, as condições
 políticas e até a tradição que
 rondam como um duende nas
 cabeças dos homens...(p.39)


                                  70
ESTRUTURA E
     SUPERTRUTURA

A complexidade da relação
 estrutura e superestrutura trouxe
 interpretações contraditórias
 do marxismo.
As leituras economicistas
 enfatizam o determinismo da vida
 econômica sobre as formas
 superestruturais, excluindo

                                     71
ESTRUTURA E
    SUPERTRUTURA
qualquer possibilidade de
 que as ideologias, as
 ciências, a arte, as crenças
 religiosas, as formas de
 consciência coletiva, tanto de
 classes como de outros
 modos de associação,
 sistemas jurídicos ou de
 governo
                                  72
ESTRUTURA E
    SUPERTRUTURA

tenham exercido sobre a
 história de um povo um
 papel, se não
 determinante, pelo menos
 com peso semelhante ao
 da estrutura.

                            73
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA
Como entender esta relação a
 partir da metáfora
 arquitetônica de Marx e Engels:
O edifício tem um alicerce ou uma
 infra-estrutura e uma
 superestrutura – a ideologia - que
 se constrói sobre este alicerce.
Mas a ideologia não se limita a ser
 apenas uma instância da
 superestrutura.
                                      74
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA
A ideologia desliza também por
 entre as partes do edifício social;
 é como o cimento que
 assegura a coesão do edifício.
A ideologia faz os indivíduos aderir
 aos seus papéis, suas funções e
 suas relações sociais.
A ideologia tem como função
 adaptar os indivíduos a suas
 tarefas fixadas pela sociedade.
                                       75
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA
“A ideologia impregna todas as
  atividades do homem,
Está presente nas atitudes e nos
  juízos políticos, no cinismo, na
  honestidade, na resignação e na
  rebelião. Governa os
  comportamentos familiares dos
  indivíduos e suas relações com
  os demais homens e com a
  natureza.
Está presente em seus juízos
  acerca do “sentido da vida”.       76
ESTRUTURA E
     SUPERTRUTURA

A ideologia não é um produto
 subjetivo mas objetivo e
 necessário, assim como o
 “social” em sentido
 durkheimiano é algo exterior,
 que se impõe ao indivíduo, por
 mais que este possa assumi-lo
 subjetivamente.

                                  77
ESTRUTURA E
     SUPERTRUTURA

Sua vigência não se restringe
 ao capitalismo, mas é
 conotação de qualquer
 sociedade, no sentido de
 instrumento fundamental de
 coesão.


                                78
ESTRUTURA E
      SUPERTRUTURA

A ideologia, no capitalismo, procura
 levar os exploradores a aceitarem
 a condição de exploração como
 natural,
bem como a classe dominante a
 justificar a exploração como
 fenômeno funcional.


                                       79
CLASSES SOCIAIS E
   ESTRUTURA SOCIAL

Marx não deixou uma teoria
 sistematizada sobre as classes
 sociais, embora este seja um
 tema obrigatório para que
 suas interpretações a respeito
 das desigualdades sociais, da
 exploração, do Estado e da
 revolução sejam
 compreendidas.
                                  80
CLASSES SOCIAIS E
ESTRUTURA SOCIAL




                    81
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

Segundo Marx, as desigualdades
  sociais observadas no seu tempo
  eram provocadas pelas
relações de produção do sistema
  capitalista, que dividem os
  homens em proprietários e não
  proprietários dos meios de
  produção.

                                    82
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

As desigualdades são a base da
 formação das classes sociais.
As relações entre os homens se
 caracterizam por relações de
 oposição, antagonismo,
 exploração e
 complementariedade entre as
 classes sociais.

                                 83
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

Relações de exploração da
 classe dos proprietários – a
 burguesia – sobre a dos
 trabalhadores – o
 proletariado. Isso porque a
 posse dos meios de produção
 sob a forma legal de
 propriedade privada,
                                84
CLASSES SOCIAIS E
   ESTRUTURA SOCIAL

faz com que os trabalhadores, a
  fim de assegurar a sobrevivência,
  tenham de vender sua força de
  trabalho ao empresário
  capitalista, o qual se apropria do
  produto do trabalho de seus
  operários.



                                       85
CLASSES SOCIAIS E
   ESTRUTURA SOCIAL
Relações de oposição e
 antagonismo, na medida em
 que os interesses de classe são
 inconciliáveis.
O capitalista deseja preservar os
 seus direitos e o trabalhador, por
 sua vez procura diminuir a
 exploração ao lutar por menor
 jornada de trabalho, melhores
 salários e participação nos lucros.
                                       86
CLASSES SOCIAIS E
   ESTRUTURA SOCIAL

As relações entre as classes são
 complementares, pois uma só
 existe em relação à outra.
Só existem proprietários porque há
 operários cuja única propriedade
 é sua força de trabalho, que
 precisam vender para assegurar a
 sobrevivência.

                                     87
CLASSES SOCIAIS E
   ESTRUTURA SOCIAL

O desenvolvimento do modo de
 produção capitalista resultou em
 novas subdivisões no interior das
 classes sociais, como o crescimento
 das chamadas classes médias e
 dos setores tecnoburocráticos.
Em outros casos, consolidou a
 existência de antigas relações de
 produção, tanto no campo como nas
 cidades.
                                       88
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

Formaram-se historicamente
 estruturas econômicas e
 sociais complexas,
 conjugando relações entre as
 novas classes e frações de
 classe típicas das sociedades
 capitalistas tradicionais.

                                 89
CLASSES SOCIAIS E
   ESTRUTURA SOCIAL

Fração de classe: corresponde
 aos subgrupos nos quais se pode
 decompor uma classe.
Por exemplo: a burguesia, como
 classe, se decompõe em
 burguesia industrial, burguesia
 comercial e burguesia financeira.


                                     90
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

Existem grupos que não podem
 ser definidos como classes
 sociais,
quer por representar grupos
 intermediários entre as duas
 classes antagônicas em nível da
 produção, como se dá no caso
 dos técnicos e administradores

                                   91
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

 quer por não estarem ligados
  diretamente à produção e sim
  a serviço de instituições da
  superestrutura:
professores, advogados,
  funcionários públicos.


                                 92
CLASSES SOCIAIS E
ESTRUTURA SOCIAL




                    93
CLASSES SOCIAIS E
  ESTRUTURA SOCIAL

O domínio dos possuidores dos
 meios de produção não se
 restringe à esfera produtiva: a
 classe que detém o poder
 material numa dada sociedade
 é também a potência política e
 espiritual dominante (p.42)



                                   94
LUTAS DE CLASSES

Luta de classes: confronto (não
 necessariamente explícito) que se
 produz entre duas classes
 antagônicas quando lutam por
 seus interesses de classe.
A história das sociedades cuja
 estrutura produtiva baseia-se na
 apropriação privada dos meios de
 produção pode ser descrita como
 a história das lutas de classes.
                                     95
LUTAS DE CLASSES

Para o materialismo histórico, a
  luta de classes relaciona-se
  diretamente à mudança social.
Ela é conhecida como o “motor da
  história”, pois impulsiona as
  principais transformações
  estruturais.
A classe explorada constitui-se no
  mais potente agente de mudança.

                                     96
LUTAS DE CLASSES

Marx distingue, para fins analíticos,
 as classes em si das classes para
 si.
Classes em si: conjunto dos
 membros de uma sociedade que
 são identificados por compartilhar
 determinadas condições
 objetivas, ou a mesma situação
 no que se refere è propriedade
 dos meios de produção.
                                        97
LUTAS DE CLASSES

Classes para si:
classes que se organizam
  politicamente para a defesa
  consciente de seus interesses, e
  cuja identidade é construída
  também do ponto de vista
  subjetivo.


                                     98
LUTAS DE CLASSES

A consciência de classe conduz, na
 sociedade capitalista, à formação
 de associações políticas
 (sindicatos, partidos) que buscam
 a união solidária entre os
 membros da classe oprimida com
 vistas à defesa de seus interesses
 e ao combate aos opressores.

                                      99
LUTAS DE CLASSES

Um exemplo histórico do papel
 revolucionário exercido por uma
 classe social foi dado pela
 burguesia durante as revoluções
 ocidentais no início da Idade
 Moderna.
Durante aquele processo ela
 representava uma nova força
 produtiva, dotada de possibilidades
 gigantescas de transformação nas
 relações sociais.
                                       100
O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA
        BURGUESIA

A burguesia cumpriu um papel
 revolucionário quando:
Sua ação destruiu os modos de
 organização do trabalho e as
 formas da propriedade no campo
 e na cidade,
Debilitou as antigas classes
 dominantes – como a aristocracia
 e o clero -,

                                    101
O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA
        BURGUESIA

Substituiu a legislação feudal,
Eliminou os impostos e obrigações
  feudais, as corporações de ofício,
  o sistema de vassalagem que
  impedia que os servos se
  transformassem em
  trabalhadores livres,
Eliminou o regime político
  monárquico.

                                       102
O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA
        BURGUESIA

A burguesia foi, naquele
 momento, a mais nítida
 expressão da modernidade e do
 processo de racionalização.
A premência de encontrar novos
 mercados e matérias-primas e de
 gerar novas necessidades leva a
 burguesia a estabelecer-se em
 todas as partes.

                                   103
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA

Manifesto do Partido
  Comunista:
“A moderna sociedade burguesa,
  que saiu das ruínas da sociedade
  feudal não aboliu as contradições
  entre as classes. Unicamente
  substituiu as velhas classes, as
  velhas condições de opressão, as
  velhas formas de luta por outras
  novas.[...]
                                      104
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA


Toda a sociedade vai dividindo-se,
 cada vez mais, em dois grandes
 campos inimigos, em duas
 grandes classes, que se
 enfrentam diretamente: a
 burguesia e o proletariado”.
Mantiveram-se dessa forma, as
 condições da luta de classes.

                                     105
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA


“As armas de que se serviu a
  burguesia para derrubar o
  feudalismo voltam-se hoje contra a
  própria burguesia. Porém a
  burguesia não forjou somente as
  armas que lhe darão a morte;
  produziu também os homens que
  empunharão essas armas – os
  operários modernos, os proletários.

                                        106
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA


Na mesma proporção em que
 se desenvolve a burguesia,
 quer dizer, o capital,
 desenvolve-se também o
 proletariado ...”




                              107
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA


Ao mesmo tempo em que cresce o
 proletariado, aumenta também a
 sua concentração em centros
 industriais, sua capacidade de
 organização e luta e a consciência
 de sua situação social.
Marx e Engels atribuem ao
 proletariado o papel de agente
 transformador da sociedade
 capitalista.
                                      108
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA


No caso de uma revolução
 proletária, as condições de
 apropriação e concentração dos
 meios de produção existentes em
 mãos de uma classe desaparecem
 e, a partir de então, inicia-se um
 processo de fundação da
 sociedade sobre novas bases.

                                      109
A TRANSITORIEDADE DO MODO DE
    PRODUÇÃO CAPITALISTA


Instalar-se-ia uma nova forma de
  organização social que, numa
  fase transitória, seria uma
  ditadura do proletariado mas,
  ao realizar todas as condições a
  que se propôs, tornar-se-ia uma
  sociedade comunista.



                                     110
A ECONOMIA CAPITALISTA

Em “O Capital”, Marx analisa a
 sociedade capitalista, a forma de
 organização social mais
 desenvolvida e mais variada de
 todas já existentes.
A unidade analítica mais simples
 dessa sociedade e a expressão
 elementar de sua riqueza é a
 mercadoria.

                                     111
A ECONOMIA CAPITALISTA

Mercadoria: forma assumida pelos
 produtos e pela própria força de
 trabalho.
Composta por dois fatores:
Valor de uso: propriedade do objeto
 de responder a uma necessidade
 humana determinada.
Coisas úteis, porém, podem não ser
 mercadorias, desde que não sejam
 produtos do trabalho ou não se
 destinem à troca.
                                      112
A ECONOMIA CAPITALISTA

Valor de troca: revela-se no tempo
 de trabalho gasto na produção de
 uma mercadoria em uma
 sociedade e em um período dados.
Em troca do que necessita, cada um
 oferece o fruto de seu próprio
 trabalho, ainda que
 metamorfoseado na forma de
 moeda.
                                     113
A ECONOMIA CAPITALISTA

As relações de produção
 capitalistas implicam na
 existência do mercado, onde
 também a força de trabalho é
 negociada por um certo valor
 entre o trabalhador livre e o
 capital.



                                 114
A ECONOMIA CAPITALISTA

A sociedade capitalista baseia-
 se na ideologia da igualdade,
 cujo parâmetro é o mercado.
De um lado, está o trabalhador
 que oferece no mercado sua
 força de trabalho, de outro, o
 empregador que a adquire por
 um salário.

                                  115
A ECONOMIA CAPITALISTA

Marx distingue o tempo de
 trabalho necessário durante o
 qual se dá a reprodução do
 trabalhador, e no qual gera o
 equivalente a seu salário, do
 tempo de trabalho excedente,
 período em que a atividade
 produtiva não cria valor para o
 trabalhador mas para o
 proprietário do capital.
                                   116
A ECONOMIA CAPITALISTA

A razão entre trabalho excedente e
 trabalho necessário dá a taxa de
 mais-valia e expressa o grau de
 exploração da força de trabalho
 pelo capital.
Mais-valia: valor que o
 trabalhador cria para além do
 valor de sua força de trabalho.

                                     117
118
A ECONOMIA CAPITALISTA

O trabalhador é pago pela sua
 força de trabalho através de um
 salário cujo valor tende a ser de
 mera sobrevivência, ou seja, que
 lhe permite tão somente repor
 ou reproduzir sua força de
 trabalho.
Mas o que o trabalhador produz
 vale mais do que a paga
 recebida em salário.

                                     119
A ECONOMIA CAPITALISTA

MAIS-VALIA:é trabalho não
 pago
É tempo de trabalho que o
 trabalhador entrega
 gratuitamente ao capitalista
 depois de haver trabalhado o
 suficiente para reproduzir o
 valor de sua própria força de
 trabalho.

                                 120
A ECONOMIA CAPITALISTA

Este “mais” é apropriado pelo dono
  dos meios de produção, o que se
  chama muitas vezes apropriação do
  excedente de trabalho.
Aí está a via fundamental da
  acumulação capitalista, através
  da qual o capital realiza sua
  vocação histórica:maximizar-se às
  custas do trabalhador.

                                      121
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

O fundamento da alienação, para
 Marx, encontra-se na atividade
 humana prática: o trabalho.
O trabalhador e suas propriedades
 humanas só existem para o
 capital. E como este lhe é
 estranho, a vida do trabalhador é
 também estranha para ele
 próprio.

                                     122
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA




                        123
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

Enquanto existir a propriedade
 privada dos meios de produção,
 as necessidades dos homens
 resumem-se a dinheiro, e as
 novas necessidades criadas
 servirão para obrigá-los a
 maiores sacrifícios e dependência
 (p.53).

                                     124
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

Em condições de alienação, o
 trabalho faz com que o
 crescimento da riqueza objetiva
 se anteponha à humanização (do
 homem e da natureza), sirva
 crescentemente como meio de
 exploração (ao transformar-se em
 capital), e só se realize como
 meio de vida.

                                    125
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

Marx considera que o trabalhador
  não se sente feliz, mortifica seu
  corpo e arruína seu espírito no
  trabalho que é obrigado a fazer,
  que é externo a ele.
E se não existisse coação ele
  fugiria do trabalho como da
  peste.

                                      126
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

A quantificação dos produtos do
  trabalho humano permite o
  cálculo de sua equivalência.
Troca-se uma certa quantidade de
  moeda por um saco de cimento.
  Mas essa relação parece ocorrer
  entre coisas. Conquanto seja
  “uma relação social determinada
  dos homens entre si [...]

                                    127
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

Adquire para eles a forma fantástica
 de uma relação de coisas entre si.
Marx chama de caráter fetichista
 da mercadoria, dado pela
 incapacidade dos produtores de
 perceber que, através da troca dos
 frutos de seus trabalhos no
 mercado, são eles próprios que
 estabelecem uma relação social.

                                       128
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

O fetichismo do mundo das
  mercadorias deve-se a que os
  atributos sociais do trabalho são
  ocultos detrás de sua aparência
  material.
Isso quer dizer que as relações
  sociais aparecem, aos olhos dos
  homens, encantadas sob a forma de
  valor, como se este fosse uma
  propriedade natural das coisas.
                                      129
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

Através da forma fixa em valor-
  dinheiro, o caráter social dos
  trabalhos privados e as relações
  sociais entre os produtores se
  obscurecem.
É como se um véu nublasse a
  percepção da vida social
  materializada na forma dos objetos,
  dos produtos do trabalho e de seu
  valor.
                                        130
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

A extinção das diversas formas
 de alienação exige que “as
 condições de trabalho e da
 vida prática apresentem ao
 homem relações
 transparentes e racionais com
 seus semelhantes e com a
 natureza”,
                                 131
TRABALHO, ALIENAÇÃO E
SOCIEDADE CAPITALISTA

reclama, então, uma sociedade
  onde o conflito entre homem
  e natureza e entre homem e
  homem se resolva: a
  sociedade comunista.




                                132
COMUNISMO

MARX afirma que
“o comunismo é a forma
 necessária e o princípio
 dinâmico do futuro imediato...”
O comunismo possibilita
 submeter a criação dos homens
 “ao poder dos indivíduos
 associados” e a divisão do
 trabalho à obediência aos
 interesses de toda a sociedade.
                                   133

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Karl Marx e o Materialismo Histórico

  • 1. KARL MARX SOCIOLOGIA Profª Maria do Carmo 1
  • 2. 2
  • 3. DADOS BIOGRÁFICOS Nasceu em 5 de maio de1818, na cidade de Treves,capital da província alemã do Reno e morreu em 14 de março de 1883, em Londres. Estudou Direito nas universidades de Bonn e Berlim, História e Filosofia. Defendeu seu doutorado em 1841, com uma tese de filosofia sobre “As diferenças da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro”, versando sobre a materialismo na antiguidade grega . 3
  • 4. DADOS BIOGRÁFICOS Em 1842 tornou-se redator-chefe da Gazeta Renana, jornal liberal publicado em Colônia. Foi então que tomou conhecimento dos problemas econômicos e conheceu melhor o socialismo francês, pela leitura de Saint- Simon, Fourier, Proudhon. 4
  • 5. DADOS BIOGRÁFICOS Em 1843, casou-se com uma amiga de infância Jenny von Westphalen, e mudou-se para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e publicações por toda a vida. 5
  • 6. ENGELS 6
  • 7. DADOS BIOGRÁFICOS Em 1844, escreveu Manuscritos Econômico-Filosóficos, nos quais o jovem Marx desenvolveu uma filosofia onde a alienação é o tema central. Na mesma época redigiu: Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel; 7
  • 8. DADOS BIOGRÁFICOS Em 1845, escreveu com Engels, A Sagrada Família e A Ideologia Alemã (só publicada em 1932). Em 1847, redigiu Miséria da Filosofia. O período vivido em Paris (1843-45) e depois em Bruxelas (1845-48) foi marcado por uma intensa atividade política. 8
  • 9. DADOS BIOGRÁFICOS Em 1848, toda a Europa foi palco de violentas lutas de classe, cujo clímax ocorreu com a queda de Luís Felipe na França e com as jornadas de julho, com repercussões que ensangüentaram a Alemanha no último semestre desse ano. 9
  • 10. DADOS BIOGRÁFICOS No mesmo ano, 1848, Marx e Engels escreveram O Manifesto do Partido Comunista, obra fundadora do marxismo enquanto movimento político e social a favor do proletariado. 10
  • 11. DADOS BIOGRÁFICOS Expulso da Alemanha e depois da França, pois defendia a aliança do proletariado e dos camponeses com a burguesia, numa soma de esforços que deveria visar à liquidação dos restos do Antigo Regime, refugiou-se em 1849 em Londres, onde viveu na miséria. 11
  • 12. DADOS BIOGRÁFICOS Em 1850, escreveu Lutas de Classes na França. Em 1852, escreveu O 18 Brumário de Luís Bonaparte, onde analisa o golpe de Estado de Napoleão III, e o bonapartismo como uma forma de governo em que a burguesia se deixa levar quando se vê na emergência de uma crise. 12
  • 13. DADOS BIOGRÁFICOS Em Londres, Marx trabalhou árdua e sistematicamente na compreensão da economia política de seu tempo, resultando em 1859 um texto intitulado “Contribuição à Crítica da Economia Política”. E em 1867, a primeira parte de sua obra-prima O Capital foi publicada. Os livros II e III são póstumos. 13
  • 14. DADOS BIOGRÁFICOS Segundo Raymond Aron , na obra As Etapas do Pensamento Sociológico, p.145: “O Capital é um livro de economia que é, ao mesmo tempo, uma sociologia do capitalismo e uma história filosófica da humanidade”. 14
  • 15. DIALÉTICA E MATERIALISMO Marx e Engels, conceberam um método de abordagem da vida social, denominado, posteriormente, de materialismo histórico. 15
  • 16. DIALÉTICA E MATERIALISMO Método materialista – porque parte da realidade material do objeto; Método histórico – porque leva em conta o movimento histórico onde o objeto está inserido sincrônica e diacronicamente; 16
  • 17. DIALÉTICA E MATERIALISMO Conforme essa perspectiva, todo fenômeno social ou cultural é efêmero. Logo, tanto a análise da evolução dos processos econômicos quanto a produção de conceitos para estruturar a sua compreensão devem partir do reconhecimento de que: 17
  • 18. DIALÉTICA E MATERIALISMO “As formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem e trocam são transitórias e históricas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam seu modo de produção, 18
  • 20. DIALÉTICA E MATERIALISMO e com o modo de produção mudam as relações econômicas,que não eram mais que as relações necessárias daquele modo concreto de produção ...”(p.31) 20
  • 21. DIALÉTICA E MATERIALISMO De acordo com o materialismo histórico, as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. Essa maneira de exercer a atividade ... 21
  • 22. DIALÉTICA E MATERIALISMO “[...] já constitui um modo determinado de atividade de tais indivíduos, uma forma determinada de manifestar a sua vida, um modo de vida determinado. A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente aquilo que são. 22
  • 25. DIALÉTICA E MATERIALISMO O que são coincide, portanto, com a sua produção, isto é, tanto com aquilo que produzem, como com a forma como produzem . Aquilo que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua produção”(A Ideologia Alemã, p.19). 25
  • 26. DIALÉTICA E MATERIALISMO Para Marx, tanto os processos ligados à produção são transitórios, como as idéias, concepções, gostos, crenças, categorias de conhecimento e ideologias os quais, gerados socialmente, dependem do modo como os homens se organizam para produzir. 26
  • 27. DIALÉTICA E MATERIALISMO Portanto, o pensamento e a consciência são, em última instância, decorrência da relação homem / natureza, isto é, das relações materiais. 27
  • 28. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO A premissa da análise marxista da sociedade: Os seres humanos, por meio da interação com a natureza e com os outros indivíduos, dão origem à sua vida material. 28
  • 29. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO . 29
  • 30. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO Os seres humanos produzem seus meios de vida, na busca de atender às suas carências. É nessa atividade que recriam a si próprios e reproduzem sua espécie num processo que é continuamente transformado pela ação das sucessivas gerações. 30
  • 31. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO A Ideologia Alemã (p.33): “Um primeiro pressuposto de toda existência humana e, portanto, de toda história, a saber [é] que os homens devem estar em condições de poder viver a fim de “fazer história”. Mas, para viver, é necessário antes de mais nada beber, comer, ter um teto onde se abrigar, vestir-se etc. 31
  • 32. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO A Ideologia Alemã (p.33): “. Mas, para viver, é necessário antes de mais nada beber, comer, ter um teto onde se abrigar, vestir-se etc. 32
  • 33. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO O primeiro fato histórico é pois a produção dos meios que permitem satisfazer essas necessidades, a produção da própria vida material; 33
  • 34. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO Trata-se de um fato histórico, de uma condição fundamental de toda a história, que é necessário, tanto hoje como há milhares de anos, executar, dia a dia, hora a hora, a fim de manter os homens vivos”. 34
  • 35. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO Os seres humanos, ao produzir para prover-se do que precisam , procuram dominar as circunstâncias naturais, e podem modificar a fauna e a flora. Para isto, organizam-se socialmente, estabelecem relações sociais. 35
  • 36. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO O ato de produzir gera também novas necessidades, que não são simples exigências naturais ou físicas, mas produtos da existência social. 36
  • 38. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO “[...] a produção determina não só o objeto do consumo, mas também o modo de consumo, e não só de forma objetiva, mas também subjetiva. Logo, a produção cria o consumidor” (p.33). 38
  • 40. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO Logo,”a própria quantidade das supostas necessidades naturais, como o modo de satisfazê-las, é um produto histórico que depende em grande parte do grau de civilização alcançado” (p.33). 40
  • 41. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO Na busca de controlar as condições naturais, os homens criam novos objetos os quais não só se incorporam ao meio ambiente, modificando-o, como passam às próximas gerações. 41
  • 42. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO Os resultados da atividade e da experiência humanas que se objetivam são acumulados e transmitidos por meio da cultura. 42
  • 43. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO É por meio da ação produtiva que o homem humaniza a natureza e também a si mesmo 43
  • 44. NECESSIDADES: PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO O processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é, para Marx, a atividade humana básica, a partir da qual se constitui a “história dos homens”, é para ele que se volta o materialismo histórico, método de análise da vida econômica, social, política, intelectual. 44
  • 45. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO SOCIEDADE – “produto da ação recíproca dos homens”, mas não é uma obra que eles realizam de acordo com os seus desejos particulares. ESTRUTURA DA SOCIEDADE – depende do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção que lhes são correspondentes. 45
  • 46. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Forças produtivas – conceito que busca apreender o modo como os indivíduos obtêm, em determinados momentos, os bens que necessitam e, para isso, 46
  • 47. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO em que grau desenvolveram sua tecnologia, processos e modos de cooperação, a divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção, a qualidade dos instrumentos e as matérias – primas de que dispõem. 47
  • 48. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Conceito de forças produtivas – refere-se aos instrumentos e habilidades que possibilitam o controle das condições naturais para a produção, e seu desenvolvimento é em geral cumulativo. 48
  • 49. 49
  • 50. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Relações sociais de produção- refere-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, e o tipo de divisão social do trabalho numa dada sociedade e em um período histórico determinado (p.34) 50
  • 51. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Relações sociais de produção- são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Referem-se às diversas maneiras pelas quais são apropriados e distribuídos os elementos envolvidos no processo de trabalho: 51
  • 52. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO :as matérias-primas, os instrumentos e a técnica, os próprios trabalhadores e o produto final. Assim, as rel.produção podem ser: cooperativistas, escravistas, servis (como na Europa feudal), capitalistas. 52
  • 53. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO A cada forma de organização das forças produtivas corresponde uma determinada forma de relação de produção. 53
  • 54. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO 54
  • 55. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Relações sociais de produção – expressa o modo como os homens se organizam entre si para produzir; ... (p.34) expressa as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva; 55
  • 56. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO trata das diferentes formas de organização da produção e distribuição, da posse e dos tipos de propriedade dos meios de produção. 56
  • 57. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO e como se constituem no substrato para a estruturação das desigualdades expressas na forma de classes sociais. 57
  • 58. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Conceito de forças produtivas – trata das relações homem/ natureza 58
  • 59. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO Conceito de relações sociais de produção - trata das relações entre os homens no processo produtivo 59
  • 60. FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAS DE PRODUÇÃO As noções de forças produtivas e de relações sociais de produção mostram que tais relações se interligam de modo que as mudanças em uma provocam alterações na outra. 60
  • 61. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA ESTRUTURA ou BASE Formada pelo conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade; É o fundamento sobre o qual se constituem as instituições políticas e sociais; É a base econômica e material da sociedade; modo como os homens estão organizados no processo produtivo. 61
  • 62. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA SUPERESTRUTURA são as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico, representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de pensar e concepções de vidas diversos plasmados de modo particular. 62
  • 63. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA ARTICULAÇÃO ENTRE OS DOIS NÍVEIS “são os homens que produzem as suas representações, as suas idéias etc., mas os homens reais, atuantes, e tais como foram condicionados por um determinado desenvolvimento das suas forças produtivas e do modo de relações que lhes corresponde [...]. 63
  • 64. Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência” (p.37). 64
  • 65. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA A base material é expressa no conceito de MODO DE PRODUÇÃO : Descreve a maneira, a forma, o modo pelos quais se produzem os bens materiais em diferentes sociedades e épocas. Descreve a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. 65
  • 66. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA Conceito de Modo de Produção: Serve para caracterizar distintas etapas da história humana. Marx faz menção aos seguintes modos de produção: Comunista primitivo;Antigo;Feudal; Capitalista nas sociedades ocidentais; Asiático – sociedades orientais e pré- colombianas da América do Sul; Comunista. 66
  • 67. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA Complexidade da relação estrutura e superestrutura levou a interpretações contraditórias do marxismo. “Segundo a concepção materialista da história, o fator que em última instância determina a história é a produção e a reprodução da vida real[...]. 67
  • 68. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA A situação econômica é a base, mas os diversos fatores da superestrutura [...] exercem igualmente a sua ação sobre o curso das lutas históricas e, em muitos casos, determinam predominantemente sua forma...” (p.39). 68
  • 69. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA “Somos nós mesmos que fazemos a história,mas, nós a fazemos, em primeiro lugar, segundo premissas e condições muito concretas. Entre elas, são as econômicas as que, em última instância decidem. Mas 69
  • 70. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA Mas também desempenham um papel, ainda que não seja decisivo, as condições políticas e até a tradição que rondam como um duende nas cabeças dos homens...(p.39) 70
  • 71. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA A complexidade da relação estrutura e superestrutura trouxe interpretações contraditórias do marxismo. As leituras economicistas enfatizam o determinismo da vida econômica sobre as formas superestruturais, excluindo 71
  • 72. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA qualquer possibilidade de que as ideologias, as ciências, a arte, as crenças religiosas, as formas de consciência coletiva, tanto de classes como de outros modos de associação, sistemas jurídicos ou de governo 72
  • 73. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA tenham exercido sobre a história de um povo um papel, se não determinante, pelo menos com peso semelhante ao da estrutura. 73
  • 74. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA Como entender esta relação a partir da metáfora arquitetônica de Marx e Engels: O edifício tem um alicerce ou uma infra-estrutura e uma superestrutura – a ideologia - que se constrói sobre este alicerce. Mas a ideologia não se limita a ser apenas uma instância da superestrutura. 74
  • 75. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA A ideologia desliza também por entre as partes do edifício social; é como o cimento que assegura a coesão do edifício. A ideologia faz os indivíduos aderir aos seus papéis, suas funções e suas relações sociais. A ideologia tem como função adaptar os indivíduos a suas tarefas fixadas pela sociedade. 75
  • 76. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA “A ideologia impregna todas as atividades do homem, Está presente nas atitudes e nos juízos políticos, no cinismo, na honestidade, na resignação e na rebelião. Governa os comportamentos familiares dos indivíduos e suas relações com os demais homens e com a natureza. Está presente em seus juízos acerca do “sentido da vida”. 76
  • 77. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA A ideologia não é um produto subjetivo mas objetivo e necessário, assim como o “social” em sentido durkheimiano é algo exterior, que se impõe ao indivíduo, por mais que este possa assumi-lo subjetivamente. 77
  • 78. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA Sua vigência não se restringe ao capitalismo, mas é conotação de qualquer sociedade, no sentido de instrumento fundamental de coesão. 78
  • 79. ESTRUTURA E SUPERTRUTURA A ideologia, no capitalismo, procura levar os exploradores a aceitarem a condição de exploração como natural, bem como a classe dominante a justificar a exploração como fenômeno funcional. 79
  • 80. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Marx não deixou uma teoria sistematizada sobre as classes sociais, embora este seja um tema obrigatório para que suas interpretações a respeito das desigualdades sociais, da exploração, do Estado e da revolução sejam compreendidas. 80
  • 82. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e não proprietários dos meios de produção. 82
  • 83. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL As desigualdades são a base da formação das classes sociais. As relações entre os homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e complementariedade entre as classes sociais. 83
  • 84. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Relações de exploração da classe dos proprietários – a burguesia – sobre a dos trabalhadores – o proletariado. Isso porque a posse dos meios de produção sob a forma legal de propriedade privada, 84
  • 85. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL faz com que os trabalhadores, a fim de assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus operários. 85
  • 86. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Relações de oposição e antagonismo, na medida em que os interesses de classe são inconciliáveis. O capitalista deseja preservar os seus direitos e o trabalhador, por sua vez procura diminuir a exploração ao lutar por menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros. 86
  • 87. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL As relações entre as classes são complementares, pois uma só existe em relação à outra. Só existem proprietários porque há operários cuja única propriedade é sua força de trabalho, que precisam vender para assegurar a sobrevivência. 87
  • 88. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL O desenvolvimento do modo de produção capitalista resultou em novas subdivisões no interior das classes sociais, como o crescimento das chamadas classes médias e dos setores tecnoburocráticos. Em outros casos, consolidou a existência de antigas relações de produção, tanto no campo como nas cidades. 88
  • 89. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Formaram-se historicamente estruturas econômicas e sociais complexas, conjugando relações entre as novas classes e frações de classe típicas das sociedades capitalistas tradicionais. 89
  • 90. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Fração de classe: corresponde aos subgrupos nos quais se pode decompor uma classe. Por exemplo: a burguesia, como classe, se decompõe em burguesia industrial, burguesia comercial e burguesia financeira. 90
  • 91. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL Existem grupos que não podem ser definidos como classes sociais, quer por representar grupos intermediários entre as duas classes antagônicas em nível da produção, como se dá no caso dos técnicos e administradores 91
  • 92. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL quer por não estarem ligados diretamente à produção e sim a serviço de instituições da superestrutura: professores, advogados, funcionários públicos. 92
  • 94. CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL O domínio dos possuidores dos meios de produção não se restringe à esfera produtiva: a classe que detém o poder material numa dada sociedade é também a potência política e espiritual dominante (p.42) 94
  • 95. LUTAS DE CLASSES Luta de classes: confronto (não necessariamente explícito) que se produz entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. A história das sociedades cuja estrutura produtiva baseia-se na apropriação privada dos meios de produção pode ser descrita como a história das lutas de classes. 95
  • 96. LUTAS DE CLASSES Para o materialismo histórico, a luta de classes relaciona-se diretamente à mudança social. Ela é conhecida como o “motor da história”, pois impulsiona as principais transformações estruturais. A classe explorada constitui-se no mais potente agente de mudança. 96
  • 97. LUTAS DE CLASSES Marx distingue, para fins analíticos, as classes em si das classes para si. Classes em si: conjunto dos membros de uma sociedade que são identificados por compartilhar determinadas condições objetivas, ou a mesma situação no que se refere è propriedade dos meios de produção. 97
  • 98. LUTAS DE CLASSES Classes para si: classes que se organizam politicamente para a defesa consciente de seus interesses, e cuja identidade é construída também do ponto de vista subjetivo. 98
  • 99. LUTAS DE CLASSES A consciência de classe conduz, na sociedade capitalista, à formação de associações políticas (sindicatos, partidos) que buscam a união solidária entre os membros da classe oprimida com vistas à defesa de seus interesses e ao combate aos opressores. 99
  • 100. LUTAS DE CLASSES Um exemplo histórico do papel revolucionário exercido por uma classe social foi dado pela burguesia durante as revoluções ocidentais no início da Idade Moderna. Durante aquele processo ela representava uma nova força produtiva, dotada de possibilidades gigantescas de transformação nas relações sociais. 100
  • 101. O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BURGUESIA A burguesia cumpriu um papel revolucionário quando: Sua ação destruiu os modos de organização do trabalho e as formas da propriedade no campo e na cidade, Debilitou as antigas classes dominantes – como a aristocracia e o clero -, 101
  • 102. O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BURGUESIA Substituiu a legislação feudal, Eliminou os impostos e obrigações feudais, as corporações de ofício, o sistema de vassalagem que impedia que os servos se transformassem em trabalhadores livres, Eliminou o regime político monárquico. 102
  • 103. O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BURGUESIA A burguesia foi, naquele momento, a mais nítida expressão da modernidade e do processo de racionalização. A premência de encontrar novos mercados e matérias-primas e de gerar novas necessidades leva a burguesia a estabelecer-se em todas as partes. 103
  • 104. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Manifesto do Partido Comunista: “A moderna sociedade burguesa, que saiu das ruínas da sociedade feudal não aboliu as contradições entre as classes. Unicamente substituiu as velhas classes, as velhas condições de opressão, as velhas formas de luta por outras novas.[...] 104
  • 105. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Toda a sociedade vai dividindo-se, cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes, que se enfrentam diretamente: a burguesia e o proletariado”. Mantiveram-se dessa forma, as condições da luta de classes. 105
  • 106. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA “As armas de que se serviu a burguesia para derrubar o feudalismo voltam-se hoje contra a própria burguesia. Porém a burguesia não forjou somente as armas que lhe darão a morte; produziu também os homens que empunharão essas armas – os operários modernos, os proletários. 106
  • 107. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Na mesma proporção em que se desenvolve a burguesia, quer dizer, o capital, desenvolve-se também o proletariado ...” 107
  • 108. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Ao mesmo tempo em que cresce o proletariado, aumenta também a sua concentração em centros industriais, sua capacidade de organização e luta e a consciência de sua situação social. Marx e Engels atribuem ao proletariado o papel de agente transformador da sociedade capitalista. 108
  • 109. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA No caso de uma revolução proletária, as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes em mãos de uma classe desaparecem e, a partir de então, inicia-se um processo de fundação da sociedade sobre novas bases. 109
  • 110. A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Instalar-se-ia uma nova forma de organização social que, numa fase transitória, seria uma ditadura do proletariado mas, ao realizar todas as condições a que se propôs, tornar-se-ia uma sociedade comunista. 110
  • 111. A ECONOMIA CAPITALISTA Em “O Capital”, Marx analisa a sociedade capitalista, a forma de organização social mais desenvolvida e mais variada de todas já existentes. A unidade analítica mais simples dessa sociedade e a expressão elementar de sua riqueza é a mercadoria. 111
  • 112. A ECONOMIA CAPITALISTA Mercadoria: forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho. Composta por dois fatores: Valor de uso: propriedade do objeto de responder a uma necessidade humana determinada. Coisas úteis, porém, podem não ser mercadorias, desde que não sejam produtos do trabalho ou não se destinem à troca. 112
  • 113. A ECONOMIA CAPITALISTA Valor de troca: revela-se no tempo de trabalho gasto na produção de uma mercadoria em uma sociedade e em um período dados. Em troca do que necessita, cada um oferece o fruto de seu próprio trabalho, ainda que metamorfoseado na forma de moeda. 113
  • 114. A ECONOMIA CAPITALISTA As relações de produção capitalistas implicam na existência do mercado, onde também a força de trabalho é negociada por um certo valor entre o trabalhador livre e o capital. 114
  • 115. A ECONOMIA CAPITALISTA A sociedade capitalista baseia- se na ideologia da igualdade, cujo parâmetro é o mercado. De um lado, está o trabalhador que oferece no mercado sua força de trabalho, de outro, o empregador que a adquire por um salário. 115
  • 116. A ECONOMIA CAPITALISTA Marx distingue o tempo de trabalho necessário durante o qual se dá a reprodução do trabalhador, e no qual gera o equivalente a seu salário, do tempo de trabalho excedente, período em que a atividade produtiva não cria valor para o trabalhador mas para o proprietário do capital. 116
  • 117. A ECONOMIA CAPITALISTA A razão entre trabalho excedente e trabalho necessário dá a taxa de mais-valia e expressa o grau de exploração da força de trabalho pelo capital. Mais-valia: valor que o trabalhador cria para além do valor de sua força de trabalho. 117
  • 118. 118
  • 119. A ECONOMIA CAPITALISTA O trabalhador é pago pela sua força de trabalho através de um salário cujo valor tende a ser de mera sobrevivência, ou seja, que lhe permite tão somente repor ou reproduzir sua força de trabalho. Mas o que o trabalhador produz vale mais do que a paga recebida em salário. 119
  • 120. A ECONOMIA CAPITALISTA MAIS-VALIA:é trabalho não pago É tempo de trabalho que o trabalhador entrega gratuitamente ao capitalista depois de haver trabalhado o suficiente para reproduzir o valor de sua própria força de trabalho. 120
  • 121. A ECONOMIA CAPITALISTA Este “mais” é apropriado pelo dono dos meios de produção, o que se chama muitas vezes apropriação do excedente de trabalho. Aí está a via fundamental da acumulação capitalista, através da qual o capital realiza sua vocação histórica:maximizar-se às custas do trabalhador. 121
  • 122. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA O fundamento da alienação, para Marx, encontra-se na atividade humana prática: o trabalho. O trabalhador e suas propriedades humanas só existem para o capital. E como este lhe é estranho, a vida do trabalhador é também estranha para ele próprio. 122
  • 124. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA Enquanto existir a propriedade privada dos meios de produção, as necessidades dos homens resumem-se a dinheiro, e as novas necessidades criadas servirão para obrigá-los a maiores sacrifícios e dependência (p.53). 124
  • 125. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA Em condições de alienação, o trabalho faz com que o crescimento da riqueza objetiva se anteponha à humanização (do homem e da natureza), sirva crescentemente como meio de exploração (ao transformar-se em capital), e só se realize como meio de vida. 125
  • 126. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA Marx considera que o trabalhador não se sente feliz, mortifica seu corpo e arruína seu espírito no trabalho que é obrigado a fazer, que é externo a ele. E se não existisse coação ele fugiria do trabalho como da peste. 126
  • 127. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA A quantificação dos produtos do trabalho humano permite o cálculo de sua equivalência. Troca-se uma certa quantidade de moeda por um saco de cimento. Mas essa relação parece ocorrer entre coisas. Conquanto seja “uma relação social determinada dos homens entre si [...] 127
  • 128. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA Adquire para eles a forma fantástica de uma relação de coisas entre si. Marx chama de caráter fetichista da mercadoria, dado pela incapacidade dos produtores de perceber que, através da troca dos frutos de seus trabalhos no mercado, são eles próprios que estabelecem uma relação social. 128
  • 129. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA O fetichismo do mundo das mercadorias deve-se a que os atributos sociais do trabalho são ocultos detrás de sua aparência material. Isso quer dizer que as relações sociais aparecem, aos olhos dos homens, encantadas sob a forma de valor, como se este fosse uma propriedade natural das coisas. 129
  • 130. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA Através da forma fixa em valor- dinheiro, o caráter social dos trabalhos privados e as relações sociais entre os produtores se obscurecem. É como se um véu nublasse a percepção da vida social materializada na forma dos objetos, dos produtos do trabalho e de seu valor. 130
  • 131. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA A extinção das diversas formas de alienação exige que “as condições de trabalho e da vida prática apresentem ao homem relações transparentes e racionais com seus semelhantes e com a natureza”, 131
  • 132. TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA reclama, então, uma sociedade onde o conflito entre homem e natureza e entre homem e homem se resolva: a sociedade comunista. 132
  • 133. COMUNISMO MARX afirma que “o comunismo é a forma necessária e o princípio dinâmico do futuro imediato...” O comunismo possibilita submeter a criação dos homens “ao poder dos indivíduos associados” e a divisão do trabalho à obediência aos interesses de toda a sociedade. 133