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Plano Nacional de Avaliação da Dor na UCI
Todos nós sabemos o que é a
Dor…


  …mas ao tentar mensurá-la
  percebemos que interiorizámos o
  seu significado de uma forma
  intuitiva, isto porque….


         … a dor é sempre uma
         experiência subjectiva.
“A dor é uma experiência sensorial e emocional
desagradável, associada a uma lesão tecidular, real
ou potencial, ou que pode ser descrita de acordo
com as manifestações próprias de tal lesão.”
Joint Commission on Accreditation
          of Health-care Organizations’s (JCAHO’s)

          Normas para a avaliação e gestão da dor

“os pacientes críticos têm o direito à analgesia adequada e à
gestão da sua dor”
                                          (grau de recomendação C)

“a avaliação da dor e a resposta à terapêutica deve ser
realizada regularmente através de uma escala adequada à
população de doentes e sistematicamente documentada”
                                          (grau de recomendação C)
Joint Commission on Accreditation
          of Health-care Organizations’s (JCAHO’s)

          Normas para a avaliação e gestão da dor

“O nível de dor relatada pelo paciente deve ser considerado o
“gold standard” para a avaliação da dor e resposta à
analgesia. O uso da EVN é recomendada para avaliar a dor”
                                         (grau de recomendação B)


“A dor em pacientes que não podem comunicar, deve ser
avaliada por meio subjectivo da observação de
comportamentos e indicadores fisiológicos”
                                         (grau de recomendação B)
“Os doentes críticos estão
particularmente vulneráveis à dor.”

“A dor não é considerada uma
prioridade.”

“A dor tem sido identificada com um
factor que agrava a condição clínica do
doente.”

“A eficaz gestão só pode ser alcançada
com uma avaliação precisa da dor.”
“A dor em doentes críticos é comum.”

“Existe um grande desafio em analisar e
avaliar a dor.”
AVALIAÇÃO DA DOR EM
                  UCI
      Complexa                                               Desafio Universal
Med Intensiva 2006;30(8)101:1470-6                            Crit Care Med 2002 vol.30 nº1 120-135




                                     Difícil em doentes que
                                         não comunicam
                                      Dimensions of Critical Care Nursing vol 22 nº6
1 década em Portugal
     3 décadas no Mundo

Avaliação da dor em UCI
“Esforços devem ser feitos para melhorar a avaliação
e o tratamento da dor em doentes críticos e
representa uma oportunidade de melhoria na
qualidade de cuidados”
Princípios da Avaliação da Dor
“Dor é o que a pessoa que experimenta diz que é
e existe sempre que a pessoa diz que existe”
                                                    IASP

“A dor deve ser avaliada, monitorizada, controlada
e aliviada”                                DGS, 2003


“A avaliação deve ser registada para facilitar a
comunicação entre os profissionais” Gordon et al, 2005

“A dor é uma experiência subjectiva”
                                              E.P.A, 2003
Procedimento de Avaliação de Dor
     Auto-Avaliação        • O paciente faz a Auto-Avaliação da dor


Causas Potenciais de Dor   • Procurar Causas Potenciais de dor


      Observação
                           • Observar comportamentos
    Comportamental


 Observação da Família     • A família identifica comportamentos


  Titulação Analgésica     • Avaliação analgésica

                           •
      Reavaliação          • Reavaliar sistematicamente
Auto-Avaliação
                   “Esforços devem ser feitos
                   para obter a auto-avaliação da
                   dor de todos os doentes”
Causas Potencias
    de Dor

                                     McCaffery & Pasero, 1999

  Observação
Comportamental

                   “A melhor forma de avaliar a
Observação da      dor é perguntar ao doente”
   Família
                                N Engl J Med. 1994; 330: 592-6
                                Am J Crit Care. 2002; 11:41-29

   Titulação
  Analgésica

                   GOLD STANDARD
  Reavaliação
Auto-Avaliação
                          Pode ser prejudicada por:
Causas Potencias
    de Dor
                   Alterações da percepção dolorosa do
                   doente:
  Observação
Comportamental     –Idade
                   –Perturbações cognitivas
Observação da
   Família
                   –Experiências dolorosas
   Titulação
                   –Delírio
  Analgésica

                   –Estado emotivo
  Reavaliação
Auto-Avaliação
                          Pode ser prejudicada por:
Causas Potencias
    de Dor
                   Incapacidade de comunicação

  Observação

                   –Nível de consciência
Comportamental




Observação da
   Família
                   –Estado de sedação
                   –Presença de tubo endotraqueal
   Titulação
  Analgésica       –Bloqueadores neuromusculares

  Reavaliação
Auto-Avaliação
                   “Mesmo o paciente com capacidade
                   cognitiva diminuída pode relatar a
Causas Potencias
    de Dor
                   sua dor”
                                         Chest 2009;135;1069-1074


  Observação

                    Tentar pelo menos
Comportamental




Observação da
   Família




   Titulação
  Analgésica
                   SIM                   NÃO
  Reavaliação
Auto-Avaliação


                               Patologia
Causas Potencias
    de Dor


  Observação                 Procedimentos
                 Infecções
Comportamental
                                   de      Imobilidade
                  Ocultas
Observação da
                              Enfermagem
   Família




   Titulação
  Analgésica
                        Procedimentos invasivos

 Reavaliação
Auto-Avaliação
                    Procedimentos de Enfermagem
                         – Reabilitação
Causas Potencias         – Tratamento de feridas
    de Dor
                         – Aspiração de secreções
                           endotraqueais
  Observação
Comportamental
                         – Posicionamento


Observação da
   Família
                     “OS MAIS DOLOROSOS”

   Titulação
  Analgésica
                   (Jacob & Puntillo,1999; Puntillo et al.,2001, 2004;
                   Simons et al.,2003;
                   Stanik-Hutt et al., 2001;
 Reavaliação       Foster et al., 2003; Gordon et al., 2004)
Auto-Avaliação               Enfermeiros

Causas Potencias
    de Dor
                   “ “Os Enfermeiros estão presentes
  Observação         em quase todos os
Comportamental
                     procedimentos dolorosos,
                     portanto são os profissionais
Observação da        indicados para avaliar e
   Família
                     monitorizar a dor do doente
                     crítico”
   Titulação                                      IASP
  Analgésica




 Reavaliação
Auto-Avaliação



                                       Neonatologia e
                                        crianças no
Causas Potencias
    de Dor
                   Demência              pré-verbal
   Observação
 Comportamental              Doentes Adultos
                             Entubados e/ou
 Observação da
    Família
                              Inconscientes


    Titulação
   Analgésica




  Reavaliação
                   Populações do Não-Verbal
                   American Society for Management Nursing, 2006
Auto-Avaliação


                   “Não se pode adoptar escalas de dor
Causas Potencias
    de Dor
                   concebidas para neonatologia ou
                   doentes com demência pois estes
                   instrumentos, expressamente
   Observação
 Comportamental    desenhados para estas populações,
                   não mostram fiabilidade nem
 Observação da
                   validade quando se aplicam em
    Família
                   adultos que não comunicam”

    Titulação                      Crit Care Med.2006;30:119-41
   Analgésica




  Reavaliação
Auto-Avaliação

                        Escalas                      Escalas
Causas Potencias
                   Multidimensionais           Unidimensionais
    de Dor




   Observação            Indicadores                  Indicadores
 Comportamental          Fisiológicos              Comportamentais


 Observação da
    Família              Indicadores
                      Comportamentais

    Titulação
   Analgésica


                       The Journal of Pain. 2008;9;2:2-10
  Reavaliação
Auto-Avaliação

                     Indicadores Fisiológicos
Causas Potencias
    de Dor
                   “Tradicionais indicadores de dor”
                        Intensive and Critical Care Nursing. 2006;22:32-9

   Observação
 Comportamental      – Frequência cardíaca
                     – Pressão arterial
 Observação da
    Família
                     – Frequência respiratória

    Titulação               (Jacob & Puntillo,1999; Puntillo et al.,2001, 2004;
   Analgésica
                                      Simons et al.,2003; Foster et al., 2003;
                                   Gordon et al., 2004 ;Céline Gélinas, 2008)

  Reavaliação
Auto-Avaliação

                   Indicadores Comportamentais
Causas Potencias
    de Dor
                      – Expressão Facial
                      – Presença de movimentos ou
   Observação
 Comportamental         posturas antiálgicas
                      – Aumento do tónus muscular
 Observação da        – Adptação ventilatória
    Família




    Titulação              (Jacob & Puntillo,1999; Puntillo et al.,2001, 2004;
   Analgésica                    Simons et al.,2003; Stanik-Hutt et al., 2001;
                                     Foster et al., 2003; Gordon et al., 2004)


  Reavaliação
Auto-Avaliação


                   Behavioral Pain Scale (BPS)
                                            Payen et al., 2001
Causas Potencias
    de Dor




   Observação      Critical Care Pain Observation Tool
 Comportamental    (CPOT)
                                            Gélinas et al, 2003
 Observação da
    Família

                   Escala de Comportamentos
    Titulação
                   Indicadores de Dor (ESCID)
   Analgésica                      Nacho Latorre Marco, 2011



  Reavaliação
Behavioral Pain Scale (BPS)
 Auto-Avaliação


                                   Payen et al., 2001

Causas Potencias
    de Dor




   Observação
 Comportamental


 Observação da
    Família




    Titulação
   Analgésica




  Reavaliação
Auto-Avaliação
                                         Escala de Comportamentos
                                         Indicadores de Dor (ESCID)
                                                                             Nacho Latorre Marco, 2011
Causas Potencias                                             ESCID
    de Dor
                                                0                     1                       2                Pont.
                                                                                                              Parcial



                                                               Em tensão, testa        Testa franzida
                    Musculatura Facial      Relaxada         franzida e ou facies   habitualmente e/ou
   Observação                                                      de dor             dentes cerrados

 Comportamental                            Tranquilo,
                                           relaxado,
                                                                Movimentos
                                                                ocasionais de
                                                                                        Movimentos
                                                                                    frequentes, incluindo
                      Tranquilidade
                                          movimentos          inquietude e/ou             cabeça ou
                                            normais               posição               extremidades
                                                             Aumentado. Flexão
                     Tónus Muscular          Normal                                         Rígido
                                                              de mãos e/ou pés
 Observação da
    Família
                     Adaptação à VM
                                                             Tosse, mas tolera
                     (descartar outras     Tolera VM                                Luta com Ventilador
                                                                    VM
                          causas)

                                                             Tranquiliza-se ao
                                          Confortável                               Difícil de confortar ao
    Titulação            Conforto                            toque e/ou a voz.
                                         e/ou tranquilo                                  toque e à voz
                                                              Fácil de distrair
   Analgésica
                   PONTUAÇÃO TOTAL                                                                            __/10
                        0: Sem Dor       1-3: Dor ligeira.   4-6:Dor Moderada          »6: Dor Intensa
                                           Contemplar
                                          outras causas

  Reavaliação
Plano Nacional
de Avaliação da Dor na UCI
Viseu, 19 de Abril de 2010
Problemática
Ausência de uniformização de ferramentas
avaliação da intensidade da Dor do doente
internado nas Unidades de Cuidados
Intensivos Portuguesas.
Objectivo Geral
     Designar uma escala comportamental, das
    duas indicadas, como instrumento de medida,
    para a avaliar a dor em doentes críticos, que
    não comunicam, sedados e submetidos à
    ventilação mecânica, a adoptar pelas UCI´s
    Portuguesas.
.
Objectivos Específicos
• Promover o desenvolvimento de competências
  na área da avaliação da dor em doentes críticos;

• Avaliar as propriedades, como instrumento de
  medida, de duas escalas de avaliação da dor em
  doentes críticos, que não comunicam e
  submetidos à ventilação mecânica.

• Conhecer a opinião dos enfermeiros participantes
  no PNAD, sobre a aplicabilidade das escalas
  propostas.
1ª Intervenção
Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos lança projectos pioneiro de avaliação
                                          da dor
  … Semana Europeia da Dor, que se assinalou entre 11 e 15 de Outubro, serviu para a
   Sociedade Portugue … as unidades de cuidados intensivos do país vão passar a usar
    duas escalas para avaliação da dor, se … para avaliar a dor do doente – que após a
             formação conseguirão disseminar aos restantes elementos d …
http://www.ordemenfermeiros.pt/comunicacao/Paginas/SociedadePortuguesaCuidados
                                     Intensivos.aspx
                                    20-10-2010 - 28KB



   Divulgação Oficial do Projecto
                Semana Europeia da Dor
Plataforma de Formação


• Estruturar
                    Enf. Ref.      • Formação em
  formação      • Formar             serviço a toda a
  inicial         Enfermeiros de     equipa de
                  Referência         Enfermagem

       GAD                                ENFº
ANTES DO PROCEDIMENTO                                                    DURANTE MOBILIZAÇÃO/C. POSTURAL OU                                                                APÓS PERIODO DE RECUPERAÇÃO
                       (5-10 MINUTOS ANTES)                                                    DEPOIS DA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES                                                               (15 MIN. DEPOIS DO PROCEDIMENTO)
   EVA                                                                                       EVA                                                                                       EVA
   Sem dor                                         Pior dor imaginável                       Sem dor                                         Pior dor imaginável                       Sem dor                                         Pior dor imaginável
    _____________________________________________________________                             _____________________________________________________________                             _____________________________________________________________
    0      1    2     3     4     5     6     7     8       9     10                          0      1    2     3     4     5     6     7     8       9     10                          0      1    2     3     4     5     6     7     8       9     10
   EVN                                                                                       EVN                                                                                       EVN


                     Escala Comportamental da Dor                                                              Escala Comportamental da Dor                                                              Escala Comportamental da Dor
                              Relaxada                                               1                                  Relaxada                                               1                                  Relaxada                                              1
                              Ligeiramente contraída(ex.sobrancelhas arqueadas)      2                                  Ligeiramente contraída(ex.sobrancelhas arqueadas)      2                                  Ligeiramente contraída(ex.sobrancelhas arqueadas)     2
   Expressão Facial                                                                           Expressão Facial                                                                         Expressão Facial
                              Contracção Franca(ex.pálpebras cerradas)               3                                  Contracção Franca(ex.pálpebras cerradas)               3                                  Contracção Franca(ex.pálpebras cerradas)              3
                              Fácies com sinal de dor                                4                                  Fácies com sinal de dor                                4                                  Fácies com sinal de dor                               4
                              Sem movimento                                          1                                  Sem movimento                                          1                                  Sem movimento                                         1
   Tónus dos Membros          Ligeira Flexão                                         2        Tónus dos Membros         Ligeira Flexão                                         2       Tónus dos Membros          Ligeira Flexão                                        2
   Superiores                 Membros em flexão e punhos cerrados                    3        Superiores                Membros em flexão e punhos cerrados                    3       Superiores                 Membros em flexão e punhos cerrados                   3
                              Membros retraídos                                      4                                  Membros retraídos                                      4                                  Membros retraídos                                     4
                              Adaptado                                               1                                  Adaptado                                               1                                  Adaptado                                              1
                              Reacção esporádica ao ventilador                       2                                  Reacção esporádica ao ventilador                       2                                  Reacção esporádica ao ventilador                      2
   Adaptação à Ventilação                                                                     Adaptação à Ventilação                                                                   Adaptação à Ventilação
                              Luta contra o ventilador                               3                                  Luta contra o ventilador                               3                                  Luta contra o ventilador                              3
                              Impossível de ventilar                                 4                                  Impossível de ventilar                                 4                                  Impossível de ventilar                                4
            Ausência de dor = 3 pontos Dor Intensa = 12 pontos                                         Ausência de dor = 3 pontos Dor intensa= 12 pontos                                        Ausência de dor = 3 pontos Dor Intensa = 12 pontos




                                        ESCID                                                                                     ESCID                                                                                     ESCID
                                                                                 Pontuação                                                                                 Pontuação                                                                                 Pontuação
                            0                  1                  2               parcial                              0                 1                  2               parcial                             0                  1                  2               parcial
                                                                   Testa                                                                                     Testa                                                                                     Testa
     Musculatura                        Em tensão, testa         franzida                      Musculatura                        Em tensão, testa         franzida                       Musculatura                       Em tensão, testa         franzida
                         Relaxada                                                                                  Relaxada                                                                                  Relaxada
       facial                            franzida e/ou        habitualmente                      facial                            franzida e/ou        habitualmente                       facial                           franzida e/ou        habitualmente
                                         fácies de dor         e/ou dentes                                                         fácies de dor         e/ou dentes                                                         fácies de dor         e/ou dentes
                                                                cerrados                                                                                  cerrados                                                                                  cerrados
                                           Movimentos          Movimentos                                                            Movimentos          Movimentos                                                            Movimentos          Movimentos
                         Tranquilo,                                                                                Tranquilo,                                                                                Tranquilo,
                                            ocasionais         frequentes,                                                            ocasionais         frequentes,                                                            ocasionais         frequentes,
     Tranquilidade       relaxado,                                                             Tranquilidade       relaxado,                                                             Tranquilidade       relaxado,
                                         de inquietude          incluindo                                                          de inquietude          incluindo                                                          de inquietude          incluindo
                        movimentos                                                                                movimentos                                                                                movimentos
                                         e/ou mudança          cabeça e/ou                                                         e/ou mudança          cabeça e/ou                                                         e/ou mudança          cabeça e/ou
                         normais                                                                                   normais                                                                                   normais
                                           de posição         extremidades                                                           de posição         extremidades                                                           de posição         extremidades
                                          Aumentado.                                                                                Aumentado.                                                                                Aumentado.
    Tónus muscular       Normal         Flexão dosdedos        Rígido                         Tónus muscular       Normal         Flexão dosdedos        Rígido                         Tónus muscular       Normal         Flexão dosdedos        Rígido
                                         das mãos e/ou                                                                             das mãos e/ou                                                                             das mãos e/ou
                                               pés                                                                                       pés                                                                                       pés
                                             Tosse,                                                                                    Tosse,                                                                                    Tosse,
   Adaptação à VM                                             Luta com o                     Adaptação à VM                                             Luta com o                      Adaptação à VM                                            Luta com o
                       Tolera V.M.         mas tolera                                                             Tolera V.M.        mas tolera                                                            Tolera V.M.         mas tolera
   (Descartar outras                                          ventilador                     (Descartar outras                                          ventilador                      (Descartar otras                                          ventilador
                                             V.M.                                                                                      V.M.                                                                                      V.M.
       causas)                                                                                   causas)                                                                                    causas)

                        Confortável      Tranquiliza-se     Difícil de                                            Confortável      Tranquiliza-se     Difícil de                                            Confortável      Tranquiliza-se     Difícil de
       Conforto        e/ou tranquilo     ao toque e/ou    confortar, ao                         Conforto        e/ou tranquilo     ao toque e/ou    confortar, ao                         Conforto        e/ou tranquilo     ao toque e/ou    confortar, ao
                                         à voz. Fácil de   toque e à voz                                                           à voz. Fácil de   toque e à voz                                                           à voz. Fácil de   toque e à voz
                                             distrair                                                                                  distrair                                                                                  distrair
                              PONTUAÇÃO TOTAL                                       /10                                 PONTUAÇÃO TOTAL                                       /10                                 PONTUAÇÃO TOTAL                                       /10
                        1-3: Dor ligeira.                                                                         1-3: Dor ligeira.                                                                         1-3: Dor ligeira.
                                                   4-6: Dor                                                                                  4-6: Dor                                                                                  4-6: Dor
     0: Sem dor        Contemplar outras                                >6: dor intensa         0: Sem dor       Contemplar outras                                >6: dor intensa         0: Sem dor       Contemplar outras                                >6: Dor Intensa
                                                   moderada                                                                                  moderada                                                                                  moderada
                             causas                                                                                    causas                                                                                    causas



Ass.Enf.____________________________________ Ass.Enf.____________________________________ Ass.Enf.____________________________________
População Alvo

Doentes internados em Unidade de Cuidados
Intensivos, aderentes ao estudo, que cumpram
todos os critérios de inclusão e nenhum de
exclusão.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

•Estar submetido a ventilação mecânica;

•Incapacidade para comunicar, de forma
verbal e/ou motora.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
•Doentes com capacidade para efectuar auto-avaliação
da dor;
• Ventilação espontânea;
•Tetraplegia;
•Tratamento com bloqueantes neuromusculares (ou
estar sobre o seu efeito);
•Coma profundo por afectação metabólica ou
neurológica, ou induzido por barbitúricos, com
pontuação de Glasgow Coma Score igual a 3 sobre 15;
•Polineuropatía do doente crítico;
•Morte cerebral.
“AVALIAR”

Intervenção simples e de baixo custo
J Am Med.2001;284:2578-85
AVALIAÇÃO DA DOR
“BEHAVIORAL PAIN SCALE”
                 Payen et al, 2001
BEHAVIORAL PAIN SCALE
                                                      (Payen et al, 2001)




                                       Doente
                                       Crítico

                            Ventilado
                                             Sedado
                              Artif.




ORIGEM
 Unidade de Cuidados Intensivos e Anestesiologia do Hospital de Saint Eloi
(França)
ESCALA COMPORTAMENTAL DE DOR
         Adaptada da Behavioral Pain Scale de Payen et al 2001

OBJECTIVO
 Avaliar comportamentos considerados indicadores de dor, na
pessoa em situação crítica.

AVALIAÇÃO DE 3 INDICADORES:
 Expressão Facial
 Tónus dos Membros Superiores
 Adaptação à Ventilação
Cada indicador é dividido em 4 descrições, reflectindo um
aumento gradual da intensidade da dor
ESCALA COMPORTAMENTAL DE DOR
PONTUAÇÃO :
 Selecção de um item de cada indicador, ao qual corresponderá
uma cotação entre 1 (sem resposta) e 4 (maior resposta)
 O resultado da intensidade da dor corresponderá à soma obtida
em cada indicador e pode oscilar entre 3 (sem dor) e 12 (dor
intensa)

 Com score de BPS ≥ 4, doente apresenta dor => Intervenção de
                                                     Alívio

AVALIAÇÃO NA PRÁTICA:
 Simples
 Rápida
 Implica conhecimento prévio do doente (Individualizada)
BEHAVIORAL PAIN SCALE




                   Payen et al , 2001, p. 2258-2263
Payen et al , 2001, p. 2258-2263
OBJECTIVO: Score <4

           Oscilação da Pontuação
                               Score total
     ausência da dor =               3
     dor intensa =                  12

NOTA:
Scores > 4 significa que há necessidade de
intervenção de alívio
ESCALA DE COMPORTAMENTOS INDICADORES DE DOR

                   ESCID
A ESCID TEM ORIGEM NA ESCALA UNIDIMENSIONAL DE
      CAMPBELL ( INDICADORES COMPORTAMENTAIS), ELABORADA
                        POR M. CAMPBELL:


 Pela necessidade de avaliar a dor nos doentes críticos impossibilitados de   qualquer
 tipo de comunicação da sua dor ( auto-avaliação).




Na tentativa de elaborar um instrumento de colheita de dados neste âmbito que
contemple o maior número possível de indicadores comportamentais sugestivos de
presença de dor.



Em termos de pontuação de intensidade de dor pudesse ter correspondência numérica
com as escalas validadas para doentes com capacidade de comunicar ( ex: EVA; EVN) – 0 a
10 (em que 0 = sem dor e 10 = dor severa incontrolável).
Contempla os seguintes itens
comportamentais:

        - Musculatura facial;

        - Tranquilidade;

        - Tónus muscular;

        - Vocalizações;

        - Conforto.
Nacho Latorre modifica esta escala substituindo o item
VOCALIZAÇÕES por ADAPTAÇÃO Á VENTILAÇÃO
MECÂNICA, passando-se a chamar-se de Escala de
Campbell modificada.



           Posteriormente e para validar a construção desta escala,
           denomina-a de ESCID (Escala de Comportamentos
           Indicadores de Dor), 2011:
           “(…) para valoración del dolor en pacientes críticos, no
           comunicativos y sometidos a ventilación mecánica.”
ESCALA DE COMPORTAMENTOS INDICADORES DE DOR (ESCID)
                                     Nacho Latorre Marco, 2011
Musculatura facial:
INTERPRETAÇÃO DA
      ESCID        0 pontos – “Relaxada”
                    - o doente apresenta expressão relaxada ou tranquila, não
                   franze a testa nem cerra os dentes e/ou os olhos;

                   1 ponto – “Em tensão, franze a testa e/ou fácies de dor”
                    - o doente franze a testa, tensão ou gesto de cerrar os olhos,
                   de forma intermitente, que alterna com fácies relaxada;

                   2 pontos – “Testa franzida de forma habitual e/ou dentes
                   cerrados”
                    - o doente apresenta na maioria do tempo ou sempre, fácies
                   de dor, mantendo testa franzida, cerrando os olhos e/ou os
                   dentes.

                   Tranquilidade:

                   0 pontos – “Tranquilo, relaxado, movimentos normais”
                    - o doente apresenta-se relaxado, não se move e, quando o
                   faz, os movimentos são normais e coordenados;

                   1 ponto – “Movimentos ocasionais de inquietude e/ou
                   mudança de posição”
                   - o doente, ocasionalmente, mostra-se inquieto, com
                   movimentos de mudança frequente de postura ou da cabeça,
                   ou, movimentos dirigidos a pontos dolorosos. São
                   movimentos ocasionais com duração entre eles superior a 10
                   – 15 segundos;
INTERPRETAÇÃO DA
      ESCID:       Tranquilidade:

                   2 pontos – “ Movimentos frequentes, incluindo cabeça
                   e/ou extremidades”
                    - o doente apresenta-se muito inquieto, efectuando
                   movimentos anteriormente descritos, de maneira
                   frequente, num espaço de tempo inferior a 10 – 15
                   segundos (entre cada movimento).

                   Tónus muscular:

                   0 pontos – “Normal”
                    - o doente está relaxado, não apresenta tensão nem
                   resistência aos movimentos passivos;

                   1 ponto – “Aumentado. Flexão dos dedos das mãos e/ou
                   pés”
                   - o doente apresenta tensão muscular e/ou contracção
                   das extremidades, flexão dos dedos das mãos e/ou pés.
                   Resistência a movimentos passivos;

                   2 pontos – “Rígido”
                   - doente com contracção forte e permanente das
                   extremidades e dedos, resistência a movimentos passivos.
INTERPRETAÇÃO DA
                   Adaptação à ventilação mecânica:
      ESCID:
                   0 pontos – “Tolera a ventilação mecânica (VM)”
                   - o doente está adaptado à VM, não disparam alarmes;

                   1 ponto – “Tosse, mas tolera a VM”
                   - doente com episódios auto limitados de tosse ou de
                   activação de outros alarmes que se resolvem se actuar
                   directamente sobre ele, e que permite prosseguir com a
                   VM sem modificações;

                   2 pontos – “Luta com o ventilador”
                   - o doente tem intolerância à VM, alarmes que não param
                   e precisam de intervenção.

                   Conforto:

                   0 pontos – “Confortável e/ou tranquilo”
                   - o doente apresenta-se tranquilo relaxado;

                   1 ponto – “Tranquiliza-se à voz e/ou toque. Fácil de distrair
                   - o doente mostra-se pouco confortável, move-se e/ou
                   agita-se mas tranquiliza-se à voz e/ou ao toque;

                   2 pontos – “Difícil de confortar à voz e/ou toque”
                    - o doente mostra-se agitado e pouco confortável e não se
                   tranquiliza à voz e/ou toque.
Procedimento
• A avaliação da dor deverá ser realizada todos os
  turnos (MTN);
• A avaliação da dor deve ser realizada por um
  profissional com formação nesta área;

• A avaliação deve coincidir com a aplicação de
  procedimentos comuns da prática clínica habitual,
  e que estejam documentados como dolorosos: a
  mobilização, o posicionamento e a aspiração
  endotraqueal.
Agradecemos
                a atenção!


  Em nome de todos os
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  • 1. Plano Nacional de Avaliação da Dor na UCI
  • 2.
  • 3. Todos nós sabemos o que é a Dor… …mas ao tentar mensurá-la percebemos que interiorizámos o seu significado de uma forma intuitiva, isto porque…. … a dor é sempre uma experiência subjectiva.
  • 4. “A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidular, real ou potencial, ou que pode ser descrita de acordo com as manifestações próprias de tal lesão.”
  • 5.
  • 6. Joint Commission on Accreditation of Health-care Organizations’s (JCAHO’s) Normas para a avaliação e gestão da dor “os pacientes críticos têm o direito à analgesia adequada e à gestão da sua dor” (grau de recomendação C) “a avaliação da dor e a resposta à terapêutica deve ser realizada regularmente através de uma escala adequada à população de doentes e sistematicamente documentada” (grau de recomendação C)
  • 7. Joint Commission on Accreditation of Health-care Organizations’s (JCAHO’s) Normas para a avaliação e gestão da dor “O nível de dor relatada pelo paciente deve ser considerado o “gold standard” para a avaliação da dor e resposta à analgesia. O uso da EVN é recomendada para avaliar a dor” (grau de recomendação B) “A dor em pacientes que não podem comunicar, deve ser avaliada por meio subjectivo da observação de comportamentos e indicadores fisiológicos” (grau de recomendação B)
  • 8. “Os doentes críticos estão particularmente vulneráveis à dor.” “A dor não é considerada uma prioridade.” “A dor tem sido identificada com um factor que agrava a condição clínica do doente.” “A eficaz gestão só pode ser alcançada com uma avaliação precisa da dor.”
  • 9. “A dor em doentes críticos é comum.” “Existe um grande desafio em analisar e avaliar a dor.”
  • 10.
  • 11. AVALIAÇÃO DA DOR EM UCI Complexa Desafio Universal Med Intensiva 2006;30(8)101:1470-6 Crit Care Med 2002 vol.30 nº1 120-135 Difícil em doentes que não comunicam Dimensions of Critical Care Nursing vol 22 nº6
  • 12. 1 década em Portugal 3 décadas no Mundo Avaliação da dor em UCI
  • 13. “Esforços devem ser feitos para melhorar a avaliação e o tratamento da dor em doentes críticos e representa uma oportunidade de melhoria na qualidade de cuidados”
  • 14. Princípios da Avaliação da Dor “Dor é o que a pessoa que experimenta diz que é e existe sempre que a pessoa diz que existe” IASP “A dor deve ser avaliada, monitorizada, controlada e aliviada” DGS, 2003 “A avaliação deve ser registada para facilitar a comunicação entre os profissionais” Gordon et al, 2005 “A dor é uma experiência subjectiva” E.P.A, 2003
  • 15. Procedimento de Avaliação de Dor Auto-Avaliação • O paciente faz a Auto-Avaliação da dor Causas Potenciais de Dor • Procurar Causas Potenciais de dor Observação • Observar comportamentos Comportamental Observação da Família • A família identifica comportamentos Titulação Analgésica • Avaliação analgésica • Reavaliação • Reavaliar sistematicamente
  • 16. Auto-Avaliação “Esforços devem ser feitos para obter a auto-avaliação da dor de todos os doentes” Causas Potencias de Dor McCaffery & Pasero, 1999 Observação Comportamental “A melhor forma de avaliar a Observação da dor é perguntar ao doente” Família N Engl J Med. 1994; 330: 592-6 Am J Crit Care. 2002; 11:41-29 Titulação Analgésica GOLD STANDARD Reavaliação
  • 17. Auto-Avaliação Pode ser prejudicada por: Causas Potencias de Dor Alterações da percepção dolorosa do doente: Observação Comportamental –Idade –Perturbações cognitivas Observação da Família –Experiências dolorosas Titulação –Delírio Analgésica –Estado emotivo Reavaliação
  • 18. Auto-Avaliação Pode ser prejudicada por: Causas Potencias de Dor Incapacidade de comunicação Observação –Nível de consciência Comportamental Observação da Família –Estado de sedação –Presença de tubo endotraqueal Titulação Analgésica –Bloqueadores neuromusculares Reavaliação
  • 19. Auto-Avaliação “Mesmo o paciente com capacidade cognitiva diminuída pode relatar a Causas Potencias de Dor sua dor” Chest 2009;135;1069-1074 Observação Tentar pelo menos Comportamental Observação da Família Titulação Analgésica SIM NÃO Reavaliação
  • 20. Auto-Avaliação Patologia Causas Potencias de Dor Observação Procedimentos Infecções Comportamental de Imobilidade Ocultas Observação da Enfermagem Família Titulação Analgésica Procedimentos invasivos Reavaliação
  • 21. Auto-Avaliação Procedimentos de Enfermagem – Reabilitação Causas Potencias – Tratamento de feridas de Dor – Aspiração de secreções endotraqueais Observação Comportamental – Posicionamento Observação da Família “OS MAIS DOLOROSOS” Titulação Analgésica (Jacob & Puntillo,1999; Puntillo et al.,2001, 2004; Simons et al.,2003; Stanik-Hutt et al., 2001; Reavaliação Foster et al., 2003; Gordon et al., 2004)
  • 22. Auto-Avaliação Enfermeiros Causas Potencias de Dor “ “Os Enfermeiros estão presentes Observação em quase todos os Comportamental procedimentos dolorosos, portanto são os profissionais Observação da indicados para avaliar e Família monitorizar a dor do doente crítico” Titulação IASP Analgésica Reavaliação
  • 23. Auto-Avaliação Neonatologia e crianças no Causas Potencias de Dor Demência pré-verbal Observação Comportamental Doentes Adultos Entubados e/ou Observação da Família Inconscientes Titulação Analgésica Reavaliação Populações do Não-Verbal American Society for Management Nursing, 2006
  • 24. Auto-Avaliação “Não se pode adoptar escalas de dor Causas Potencias de Dor concebidas para neonatologia ou doentes com demência pois estes instrumentos, expressamente Observação Comportamental desenhados para estas populações, não mostram fiabilidade nem Observação da validade quando se aplicam em Família adultos que não comunicam” Titulação Crit Care Med.2006;30:119-41 Analgésica Reavaliação
  • 25. Auto-Avaliação Escalas Escalas Causas Potencias Multidimensionais Unidimensionais de Dor Observação Indicadores Indicadores Comportamental Fisiológicos Comportamentais Observação da Família Indicadores Comportamentais Titulação Analgésica The Journal of Pain. 2008;9;2:2-10 Reavaliação
  • 26. Auto-Avaliação Indicadores Fisiológicos Causas Potencias de Dor “Tradicionais indicadores de dor” Intensive and Critical Care Nursing. 2006;22:32-9 Observação Comportamental – Frequência cardíaca – Pressão arterial Observação da Família – Frequência respiratória Titulação (Jacob & Puntillo,1999; Puntillo et al.,2001, 2004; Analgésica Simons et al.,2003; Foster et al., 2003; Gordon et al., 2004 ;Céline Gélinas, 2008) Reavaliação
  • 27. Auto-Avaliação Indicadores Comportamentais Causas Potencias de Dor – Expressão Facial – Presença de movimentos ou Observação Comportamental posturas antiálgicas – Aumento do tónus muscular Observação da – Adptação ventilatória Família Titulação (Jacob & Puntillo,1999; Puntillo et al.,2001, 2004; Analgésica Simons et al.,2003; Stanik-Hutt et al., 2001; Foster et al., 2003; Gordon et al., 2004) Reavaliação
  • 28. Auto-Avaliação Behavioral Pain Scale (BPS) Payen et al., 2001 Causas Potencias de Dor Observação Critical Care Pain Observation Tool Comportamental (CPOT) Gélinas et al, 2003 Observação da Família Escala de Comportamentos Titulação Indicadores de Dor (ESCID) Analgésica Nacho Latorre Marco, 2011 Reavaliação
  • 29. Behavioral Pain Scale (BPS) Auto-Avaliação Payen et al., 2001 Causas Potencias de Dor Observação Comportamental Observação da Família Titulação Analgésica Reavaliação
  • 30. Auto-Avaliação Escala de Comportamentos Indicadores de Dor (ESCID) Nacho Latorre Marco, 2011 Causas Potencias ESCID de Dor 0 1 2 Pont. Parcial Em tensão, testa Testa franzida Musculatura Facial Relaxada franzida e ou facies habitualmente e/ou Observação de dor dentes cerrados Comportamental Tranquilo, relaxado, Movimentos ocasionais de Movimentos frequentes, incluindo Tranquilidade movimentos inquietude e/ou cabeça ou normais posição extremidades Aumentado. Flexão Tónus Muscular Normal Rígido de mãos e/ou pés Observação da Família Adaptação à VM Tosse, mas tolera (descartar outras Tolera VM Luta com Ventilador VM causas) Tranquiliza-se ao Confortável Difícil de confortar ao Titulação Conforto toque e/ou a voz. e/ou tranquilo toque e à voz Fácil de distrair Analgésica PONTUAÇÃO TOTAL __/10 0: Sem Dor 1-3: Dor ligeira. 4-6:Dor Moderada »6: Dor Intensa Contemplar outras causas Reavaliação
  • 32. Viseu, 19 de Abril de 2010
  • 33. Problemática Ausência de uniformização de ferramentas avaliação da intensidade da Dor do doente internado nas Unidades de Cuidados Intensivos Portuguesas.
  • 34. Objectivo Geral Designar uma escala comportamental, das duas indicadas, como instrumento de medida, para a avaliar a dor em doentes críticos, que não comunicam, sedados e submetidos à ventilação mecânica, a adoptar pelas UCI´s Portuguesas. .
  • 35. Objectivos Específicos • Promover o desenvolvimento de competências na área da avaliação da dor em doentes críticos; • Avaliar as propriedades, como instrumento de medida, de duas escalas de avaliação da dor em doentes críticos, que não comunicam e submetidos à ventilação mecânica. • Conhecer a opinião dos enfermeiros participantes no PNAD, sobre a aplicabilidade das escalas propostas.
  • 37. Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos lança projectos pioneiro de avaliação da dor … Semana Europeia da Dor, que se assinalou entre 11 e 15 de Outubro, serviu para a Sociedade Portugue … as unidades de cuidados intensivos do país vão passar a usar duas escalas para avaliação da dor, se … para avaliar a dor do doente – que após a formação conseguirão disseminar aos restantes elementos d … http://www.ordemenfermeiros.pt/comunicacao/Paginas/SociedadePortuguesaCuidados Intensivos.aspx 20-10-2010 - 28KB Divulgação Oficial do Projecto Semana Europeia da Dor
  • 38. Plataforma de Formação • Estruturar Enf. Ref. • Formação em formação • Formar serviço a toda a inicial Enfermeiros de equipa de Referência Enfermagem GAD ENFº
  • 39. ANTES DO PROCEDIMENTO DURANTE MOBILIZAÇÃO/C. POSTURAL OU APÓS PERIODO DE RECUPERAÇÃO (5-10 MINUTOS ANTES) DEPOIS DA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES (15 MIN. DEPOIS DO PROCEDIMENTO) EVA EVA EVA Sem dor Pior dor imaginável Sem dor Pior dor imaginável Sem dor Pior dor imaginável _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 EVN EVN EVN Escala Comportamental da Dor Escala Comportamental da Dor Escala Comportamental da Dor Relaxada 1 Relaxada 1 Relaxada 1 Ligeiramente contraída(ex.sobrancelhas arqueadas) 2 Ligeiramente contraída(ex.sobrancelhas arqueadas) 2 Ligeiramente contraída(ex.sobrancelhas arqueadas) 2 Expressão Facial Expressão Facial Expressão Facial Contracção Franca(ex.pálpebras cerradas) 3 Contracção Franca(ex.pálpebras cerradas) 3 Contracção Franca(ex.pálpebras cerradas) 3 Fácies com sinal de dor 4 Fácies com sinal de dor 4 Fácies com sinal de dor 4 Sem movimento 1 Sem movimento 1 Sem movimento 1 Tónus dos Membros Ligeira Flexão 2 Tónus dos Membros Ligeira Flexão 2 Tónus dos Membros Ligeira Flexão 2 Superiores Membros em flexão e punhos cerrados 3 Superiores Membros em flexão e punhos cerrados 3 Superiores Membros em flexão e punhos cerrados 3 Membros retraídos 4 Membros retraídos 4 Membros retraídos 4 Adaptado 1 Adaptado 1 Adaptado 1 Reacção esporádica ao ventilador 2 Reacção esporádica ao ventilador 2 Reacção esporádica ao ventilador 2 Adaptação à Ventilação Adaptação à Ventilação Adaptação à Ventilação Luta contra o ventilador 3 Luta contra o ventilador 3 Luta contra o ventilador 3 Impossível de ventilar 4 Impossível de ventilar 4 Impossível de ventilar 4 Ausência de dor = 3 pontos Dor Intensa = 12 pontos Ausência de dor = 3 pontos Dor intensa= 12 pontos Ausência de dor = 3 pontos Dor Intensa = 12 pontos ESCID ESCID ESCID Pontuação Pontuação Pontuação 0 1 2 parcial 0 1 2 parcial 0 1 2 parcial Testa Testa Testa Musculatura Em tensão, testa franzida Musculatura Em tensão, testa franzida Musculatura Em tensão, testa franzida Relaxada Relaxada Relaxada facial franzida e/ou habitualmente facial franzida e/ou habitualmente facial franzida e/ou habitualmente fácies de dor e/ou dentes fácies de dor e/ou dentes fácies de dor e/ou dentes cerrados cerrados cerrados Movimentos Movimentos Movimentos Movimentos Movimentos Movimentos Tranquilo, Tranquilo, Tranquilo, ocasionais frequentes, ocasionais frequentes, ocasionais frequentes, Tranquilidade relaxado, Tranquilidade relaxado, Tranquilidade relaxado, de inquietude incluindo de inquietude incluindo de inquietude incluindo movimentos movimentos movimentos e/ou mudança cabeça e/ou e/ou mudança cabeça e/ou e/ou mudança cabeça e/ou normais normais normais de posição extremidades de posição extremidades de posição extremidades Aumentado. Aumentado. Aumentado. Tónus muscular Normal Flexão dosdedos Rígido Tónus muscular Normal Flexão dosdedos Rígido Tónus muscular Normal Flexão dosdedos Rígido das mãos e/ou das mãos e/ou das mãos e/ou pés pés pés Tosse, Tosse, Tosse, Adaptação à VM Luta com o Adaptação à VM Luta com o Adaptação à VM Luta com o Tolera V.M. mas tolera Tolera V.M. mas tolera Tolera V.M. mas tolera (Descartar outras ventilador (Descartar outras ventilador (Descartar otras ventilador V.M. V.M. V.M. causas) causas) causas) Confortável Tranquiliza-se Difícil de Confortável Tranquiliza-se Difícil de Confortável Tranquiliza-se Difícil de Conforto e/ou tranquilo ao toque e/ou confortar, ao Conforto e/ou tranquilo ao toque e/ou confortar, ao Conforto e/ou tranquilo ao toque e/ou confortar, ao à voz. Fácil de toque e à voz à voz. Fácil de toque e à voz à voz. Fácil de toque e à voz distrair distrair distrair PONTUAÇÃO TOTAL /10 PONTUAÇÃO TOTAL /10 PONTUAÇÃO TOTAL /10 1-3: Dor ligeira. 1-3: Dor ligeira. 1-3: Dor ligeira. 4-6: Dor 4-6: Dor 4-6: Dor 0: Sem dor Contemplar outras >6: dor intensa 0: Sem dor Contemplar outras >6: dor intensa 0: Sem dor Contemplar outras >6: Dor Intensa moderada moderada moderada causas causas causas Ass.Enf.____________________________________ Ass.Enf.____________________________________ Ass.Enf.____________________________________
  • 40. População Alvo Doentes internados em Unidade de Cuidados Intensivos, aderentes ao estudo, que cumpram todos os critérios de inclusão e nenhum de exclusão.
  • 41. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO •Estar submetido a ventilação mecânica; •Incapacidade para comunicar, de forma verbal e/ou motora.
  • 42. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO •Doentes com capacidade para efectuar auto-avaliação da dor; • Ventilação espontânea; •Tetraplegia; •Tratamento com bloqueantes neuromusculares (ou estar sobre o seu efeito); •Coma profundo por afectação metabólica ou neurológica, ou induzido por barbitúricos, com pontuação de Glasgow Coma Score igual a 3 sobre 15; •Polineuropatía do doente crítico; •Morte cerebral.
  • 43. “AVALIAR” Intervenção simples e de baixo custo J Am Med.2001;284:2578-85
  • 44. AVALIAÇÃO DA DOR “BEHAVIORAL PAIN SCALE” Payen et al, 2001
  • 45. BEHAVIORAL PAIN SCALE (Payen et al, 2001) Doente Crítico Ventilado Sedado Artif. ORIGEM  Unidade de Cuidados Intensivos e Anestesiologia do Hospital de Saint Eloi (França)
  • 46. ESCALA COMPORTAMENTAL DE DOR Adaptada da Behavioral Pain Scale de Payen et al 2001 OBJECTIVO  Avaliar comportamentos considerados indicadores de dor, na pessoa em situação crítica. AVALIAÇÃO DE 3 INDICADORES:  Expressão Facial  Tónus dos Membros Superiores  Adaptação à Ventilação Cada indicador é dividido em 4 descrições, reflectindo um aumento gradual da intensidade da dor
  • 47. ESCALA COMPORTAMENTAL DE DOR PONTUAÇÃO :  Selecção de um item de cada indicador, ao qual corresponderá uma cotação entre 1 (sem resposta) e 4 (maior resposta)  O resultado da intensidade da dor corresponderá à soma obtida em cada indicador e pode oscilar entre 3 (sem dor) e 12 (dor intensa)  Com score de BPS ≥ 4, doente apresenta dor => Intervenção de Alívio AVALIAÇÃO NA PRÁTICA:  Simples  Rápida  Implica conhecimento prévio do doente (Individualizada)
  • 48. BEHAVIORAL PAIN SCALE Payen et al , 2001, p. 2258-2263
  • 49. Payen et al , 2001, p. 2258-2263
  • 50. OBJECTIVO: Score <4 Oscilação da Pontuação Score total ausência da dor = 3 dor intensa = 12 NOTA: Scores > 4 significa que há necessidade de intervenção de alívio
  • 51. ESCALA DE COMPORTAMENTOS INDICADORES DE DOR ESCID
  • 52. A ESCID TEM ORIGEM NA ESCALA UNIDIMENSIONAL DE CAMPBELL ( INDICADORES COMPORTAMENTAIS), ELABORADA POR M. CAMPBELL: Pela necessidade de avaliar a dor nos doentes críticos impossibilitados de qualquer tipo de comunicação da sua dor ( auto-avaliação). Na tentativa de elaborar um instrumento de colheita de dados neste âmbito que contemple o maior número possível de indicadores comportamentais sugestivos de presença de dor. Em termos de pontuação de intensidade de dor pudesse ter correspondência numérica com as escalas validadas para doentes com capacidade de comunicar ( ex: EVA; EVN) – 0 a 10 (em que 0 = sem dor e 10 = dor severa incontrolável).
  • 53. Contempla os seguintes itens comportamentais: - Musculatura facial; - Tranquilidade; - Tónus muscular; - Vocalizações; - Conforto.
  • 54. Nacho Latorre modifica esta escala substituindo o item VOCALIZAÇÕES por ADAPTAÇÃO Á VENTILAÇÃO MECÂNICA, passando-se a chamar-se de Escala de Campbell modificada. Posteriormente e para validar a construção desta escala, denomina-a de ESCID (Escala de Comportamentos Indicadores de Dor), 2011: “(…) para valoración del dolor en pacientes críticos, no comunicativos y sometidos a ventilación mecánica.”
  • 55. ESCALA DE COMPORTAMENTOS INDICADORES DE DOR (ESCID) Nacho Latorre Marco, 2011
  • 56. Musculatura facial: INTERPRETAÇÃO DA ESCID 0 pontos – “Relaxada” - o doente apresenta expressão relaxada ou tranquila, não franze a testa nem cerra os dentes e/ou os olhos; 1 ponto – “Em tensão, franze a testa e/ou fácies de dor” - o doente franze a testa, tensão ou gesto de cerrar os olhos, de forma intermitente, que alterna com fácies relaxada; 2 pontos – “Testa franzida de forma habitual e/ou dentes cerrados” - o doente apresenta na maioria do tempo ou sempre, fácies de dor, mantendo testa franzida, cerrando os olhos e/ou os dentes. Tranquilidade: 0 pontos – “Tranquilo, relaxado, movimentos normais” - o doente apresenta-se relaxado, não se move e, quando o faz, os movimentos são normais e coordenados; 1 ponto – “Movimentos ocasionais de inquietude e/ou mudança de posição” - o doente, ocasionalmente, mostra-se inquieto, com movimentos de mudança frequente de postura ou da cabeça, ou, movimentos dirigidos a pontos dolorosos. São movimentos ocasionais com duração entre eles superior a 10 – 15 segundos;
  • 57. INTERPRETAÇÃO DA ESCID: Tranquilidade: 2 pontos – “ Movimentos frequentes, incluindo cabeça e/ou extremidades” - o doente apresenta-se muito inquieto, efectuando movimentos anteriormente descritos, de maneira frequente, num espaço de tempo inferior a 10 – 15 segundos (entre cada movimento). Tónus muscular: 0 pontos – “Normal” - o doente está relaxado, não apresenta tensão nem resistência aos movimentos passivos; 1 ponto – “Aumentado. Flexão dos dedos das mãos e/ou pés” - o doente apresenta tensão muscular e/ou contracção das extremidades, flexão dos dedos das mãos e/ou pés. Resistência a movimentos passivos; 2 pontos – “Rígido” - doente com contracção forte e permanente das extremidades e dedos, resistência a movimentos passivos.
  • 58. INTERPRETAÇÃO DA Adaptação à ventilação mecânica: ESCID: 0 pontos – “Tolera a ventilação mecânica (VM)” - o doente está adaptado à VM, não disparam alarmes; 1 ponto – “Tosse, mas tolera a VM” - doente com episódios auto limitados de tosse ou de activação de outros alarmes que se resolvem se actuar directamente sobre ele, e que permite prosseguir com a VM sem modificações; 2 pontos – “Luta com o ventilador” - o doente tem intolerância à VM, alarmes que não param e precisam de intervenção. Conforto: 0 pontos – “Confortável e/ou tranquilo” - o doente apresenta-se tranquilo relaxado; 1 ponto – “Tranquiliza-se à voz e/ou toque. Fácil de distrair - o doente mostra-se pouco confortável, move-se e/ou agita-se mas tranquiliza-se à voz e/ou ao toque; 2 pontos – “Difícil de confortar à voz e/ou toque” - o doente mostra-se agitado e pouco confortável e não se tranquiliza à voz e/ou toque.
  • 59. Procedimento • A avaliação da dor deverá ser realizada todos os turnos (MTN); • A avaliação da dor deve ser realizada por um profissional com formação nesta área; • A avaliação deve coincidir com a aplicação de procedimentos comuns da prática clínica habitual, e que estejam documentados como dolorosos: a mobilização, o posicionamento e a aspiração endotraqueal.
  • 60.
  • 61. Agradecemos a atenção! Em nome de todos os Enfermeiros do GAD-SPCI