SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
3. Mise-en-scène
DFCH454: Linguagem do Cinema e do Audiovisual
Prof. Cristiano Canguçu
Pra começar...
...um truque de cartas.
Encenação
Introdução
No cinema também tendemos a não prestar atenção nas
técnicas cenográficas (a não ser quando são feitas para chamar
atenção) e na marcação dos atores.
Mas essas técnicas se fazem presentes e podem ser
consideradas ferramentas importantes para diversos fins:
• contar uma história;
• provocar suspense;
• esconder e revelar informações;
• criar uma tonalidade emocional;
• ou conferir uma assinatura pessoal ao filme.
Encenação no teatro e no cinema
Rejeição retórica ao teatro, em termos como “diálogos teatrais”
e “teatro filmado”.
Mas o cinema deve tanto ao teatro quando à pintura, à
literatura e à música.
É difícil comparar “o cinema” com “o teatro” no singular, pois há
muitas formas cênicas diferentes:
• palco italiano,
• teatro de arena,
• teatro de rua...
Encenação no teatro e no cinema
No entanto, há basicamente duas diferenças realmente
fundamentais entre as duas artes:
• No cinema há somente um ponto de vista simultâneo (a câmera,
com um ângulo específico de percepção), em vez de uma
pluralidade;
• Esse “ponto de vista” pode se deslocar (através da montagem ou
de movimentos de câmera) nos eixos x, y e z.
Convenções em cenas de diálogos
A maior parte das cenas nos filmes de ficção consistem em
cenas de diálogos entre personagens, dominadas por duas
técnicas convencionais de encenação:
• O esquema stand-and-deliver (“levanta-e-fala”), o mais comum
ainda hoje: pôr duas pessoas frente-a-frente, ou em pequena
angulação diagonal, para compôr a montagem plano-
contraplano;
• O esquema walk-and-talk (“anda-e-fala”), com uso de planos em
travelling, em que a câmera acompanha pessoas que andam
lado-a-lado.
Levanta-e-fala (stand and deliver)
• Plano de exposição em que os personagens tomam suas
posições frente-a-frente;
• Respeito ao eixo da ação e à regra dos 180°;
• Ligação entre os planos por raccords de olhar e de gesto;
• Aproximação gradual da câmera, em planos-próximos,
primeiros-planos e planos-detalhes;
• Novos planos de exposição quando houver deslocamentos.
• Exemplos: Matrix
Anda-e-fala
(walk-and-talk)
• Em vez de deslocar as figuras humanas, a própria câmera se
desloca -- contornando, seguindo, se aproximando e se
afastando delas;
• O esquema walk-and-talk é empregado desde o tempo dos
carrinhos de trilhos (tracking shots), mas se populariza
imensamente com as gruas e a steadicam.
• Planos-seqüências demorados, normalmente em direção à
própria câmera (que se afasta na mesma velocidade)
• Exemplos:
• Soberba (Orson Welles, 1942)
• The West Wing (série de tv, 1999).
Limites dos esquemas
convencionais
Problema da superutilização desses esquemas: pouco se explora
a opção estilística da câmera fixa e deslocamento dos próprios
atores, apoiando-se muito na montagem.
Pode-se substituir técnicas de montagem por outras técnicas de
encenação, normalmente enfatizando um dos seguintes
parâmetros...
Encenação lateral (eixo X);
Muito comum no início do cinema:
Le Trust (Louis Feuillade, 1911)
Festim diabólico (Hitchcock, 1948), sistematicamente usou a
encenação e o travelling lateral.
Em Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007), esta técnica é usada
para direcionar a atenção do apreciador.
Encenação em profundidade
(eixos Y e Z)
Um dos modos dominantes de encenação entre os anos 1920 e
1950.
Orson Welles é conhecido como um mestre da profundidade de
campo. Ex: Cidadão Kane (1941).
Outro exemplo importante dessa técnica é o cineasta japonês Kenji
Mizoguchi.
Encenação paralela
(câmera aérea);
Um caso gradual: Vale dos Lamentos (Théo Angelopoulos, 1998)
Um caso radical: A Conversação (Francis Ford Coppola)
Iluminação
Sombras e pontos de luz
• Pontos de luz (highlights): onde a luz bate diretamente
• As sombras podem ser incorporadas (a luz não ilumina o
objeto inteiro) ou projetadas (a luz é bloqueada por um outro
objeto).
Obatedordecarteiras(Robert
Bresson,1959)eAmarcadofogo
(CecilB.DeMille,1915)
Qualidade da luz: dura
• A luz dura realça texturas e contrastes e projeta sombras
escuras, com contornos nítidos.
Qualidade da luz: difusa
• A luz difusa (esbatida) suaviza texturas e contrastes,
projetando sombras semitransparentes.
Qualidade da luz: dura vs. difusa
• Exemplo prático da diferença entre luz dura e luz difusa
(suave).
Direção da luz: frontal
• Elimina a maior parte das sombras
• Achata a imagem
AChinesa(Jean-LucGodard,1967)
Direção da luz: descendente
• Ressalta detalhes das feições humanas
• Em geral emagrece os rostos
OSegredodasJóias(JohnHuston,1950)
OExpressodeShanghai(JosefvonSternberg,1932)
Direção da luz: lateral
• Cria muitas sombras incorporadas e projetadas
• Aumenta a sensação de profundidade dos rostos
AMarcadaMaldade(Orson
Welles,1958)
Direção da luz: ascendente
• Distorce as feições humanas
• Em geral empregada para efeitos de horror e suspense
Osextosentido(M.Night
Shyamalan,1999)
Direção da luz: contraluz
• Isoladamente : transforma figuras em silhuetas
• Complementando outras fontes: contorno luminoso que
separa figura de fundo e confere um “ar angelical”
RajadadeMorte(JosephH.Lewis,1955)
Asas(WilliamA.Wellman,1927)
Sistema de três pontos
• Luz-guia , ou luz de
ataque (key light): dura,
direcional, mais forte
que as outras
• Luz-complemento ou de
preenchimento (fill light):
esbatida, suaviza
sombras, contrastes e
texturas
• Contraluz (backlight):
separa figura de fundo,
impressão de
profundidade
• Como fazer
Iluminação “high-key” (alto
ataque)
• Muita luz difusa, sombras suaves, muitos elementos bem-
iluminados, baixo contraste.
OfabulosodestinodeAméliePoulain(Jean-PierreJeunet,
2001)
Iluminação “high-key”
• Luz “high-key” não é sinônimo de iluminação diurna. Em
filmes mais leves, mesmo cenas à noite são high-key.
Devoltaparaofuturo2(Robert
Zemeckis,1985)
Iluminação “low-key”
(baixo ataque)
• Fontes de luz mais duras, pouca ou nenhuma luz-
complemento. Projeção de sombras definidas e opacas. Uso
de contraluz para criar silhuetas misteriosas.
Ohomemquenãoestavalá(Joele
EthanCoen,2001)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Linguagem Cinematográfica
Linguagem CinematográficaLinguagem Cinematográfica
Linguagem CinematográficaLaércio Góes
 
Conceitos básicos da produção audio visual
Conceitos básicos da produção audio visualConceitos básicos da produção audio visual
Conceitos básicos da produção audio visualFrancisco Machado
 
Montagem e Edição de Vídeo
Montagem e Edição de VídeoMontagem e Edição de Vídeo
Montagem e Edição de VídeoLuciano Dias
 
Introdução ao Audiovisual
Introdução ao Audiovisual Introdução ao Audiovisual
Introdução ao Audiovisual Vinícius Souza
 
Produção e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produção
Produção e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produçãoProdução e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produção
Produção e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produçãoPedro Almeida
 
Animação 1 - Personagens - Expressões e Posturas
Animação 1 - Personagens - Expressões e PosturasAnimação 1 - Personagens - Expressões e Posturas
Animação 1 - Personagens - Expressões e Posturasprofealbattaiola
 
Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual
Oficina de Introdução ao Roteiro AudiovisualOficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual
Oficina de Introdução ao Roteiro AudiovisualPaola Giovana
 
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIROINTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIROFausto Coimbra
 
Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.
Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.
Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.Ian Moreno-Melgar
 
Produção e realização Audiovisual
Produção e realização AudiovisualProdução e realização Audiovisual
Produção e realização AudiovisualFeliciano Novo
 
Montagem e edição no cinema
Montagem e edição no cinemaMontagem e edição no cinema
Montagem e edição no cinemaBianca Pasetto
 
Edição e Montagem - Aulas 8 e 9
Edição e Montagem - Aulas 8 e 9Edição e Montagem - Aulas 8 e 9
Edição e Montagem - Aulas 8 e 9Mauricio Fonteles
 
A arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa Silva
A arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa SilvaA arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa Silva
A arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa SilvaTeresa Silva
 
Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)Mauricio Mallet Duprat
 
Film Language - Cinematography
Film Language - CinematographyFilm Language - Cinematography
Film Language - Cinematographyjonreigatemedia
 

Mais procurados (20)

Linguagem Cinematográfica
Linguagem CinematográficaLinguagem Cinematográfica
Linguagem Cinematográfica
 
Animação 1 - Storyboard
Animação 1 - StoryboardAnimação 1 - Storyboard
Animação 1 - Storyboard
 
Conceitos básicos da produção audio visual
Conceitos básicos da produção audio visualConceitos básicos da produção audio visual
Conceitos básicos da produção audio visual
 
Montagem e Edição de Vídeo
Montagem e Edição de VídeoMontagem e Edição de Vídeo
Montagem e Edição de Vídeo
 
Introdução ao Audiovisual
Introdução ao Audiovisual Introdução ao Audiovisual
Introdução ao Audiovisual
 
Produção e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produção
Produção e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produçãoProdução e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produção
Produção e Realização Audiovisual 1 - aula pré-produção
 
Animação 1 - Personagens - Expressões e Posturas
Animação 1 - Personagens - Expressões e PosturasAnimação 1 - Personagens - Expressões e Posturas
Animação 1 - Personagens - Expressões e Posturas
 
Aula linguagem audiovisual 02
Aula linguagem audiovisual 02Aula linguagem audiovisual 02
Aula linguagem audiovisual 02
 
Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual
Oficina de Introdução ao Roteiro AudiovisualOficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual
Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual
 
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIROINTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
 
Plano cinematógrafico
Plano cinematógraficoPlano cinematógrafico
Plano cinematógrafico
 
Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.
Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.
Film Language: Mise-En-Scene explanation and examples.
 
Produção e realização Audiovisual
Produção e realização AudiovisualProdução e realização Audiovisual
Produção e realização Audiovisual
 
6. Forma e narrativa
6. Forma e narrativa6. Forma e narrativa
6. Forma e narrativa
 
Montagem e edição no cinema
Montagem e edição no cinemaMontagem e edição no cinema
Montagem e edição no cinema
 
Edição e Montagem - Aulas 8 e 9
Edição e Montagem - Aulas 8 e 9Edição e Montagem - Aulas 8 e 9
Edição e Montagem - Aulas 8 e 9
 
Eav cinema hq planos 1
Eav cinema hq planos 1Eav cinema hq planos 1
Eav cinema hq planos 1
 
A arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa Silva
A arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa SilvaA arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa Silva
A arte do cinema: Como se faz um filme - Teresa Silva
 
Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 1 (Planos e enquadramentos)
 
Film Language - Cinematography
Film Language - CinematographyFilm Language - Cinematography
Film Language - Cinematography
 

Destaque

9. Narração histórico-materialista
9. Narração histórico-materialista9. Narração histórico-materialista
9. Narração histórico-materialistaCristiano Canguçu
 
Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)Mauricio Mallet Duprat
 
8. Narração moderna ou "de arte"
8. Narração moderna ou "de arte"8. Narração moderna ou "de arte"
8. Narração moderna ou "de arte"Cristiano Canguçu
 
Photo mise en scène
Photo mise en scènePhoto mise en scène
Photo mise en scèneWafa Bourkhis
 
Manual nutricao (nao profissional) 5
Manual nutricao (nao profissional) 5Manual nutricao (nao profissional) 5
Manual nutricao (nao profissional) 5projetacursosba
 
Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014
Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014
Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014b12 filmes
 
5. representation of gender mise en scene cine
5. representation of gender mise en scene cine 5. representation of gender mise en scene cine
5. representation of gender mise en scene cine ibz10
 
Aula 06 Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalli
Aula 06  Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalliAula 06  Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalli
Aula 06 Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalliGisele Santos
 
Aula 02 definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...
Aula 02   definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...Aula 02   definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...
Aula 02 definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...Gisele Santos
 
Introdução ao cinema
Introdução ao cinemaIntrodução ao cinema
Introdução ao cinemaDaiane Pettine
 
Andrew, j. dudley as principais teorias do cinema
Andrew, j. dudley   as principais teorias do cinemaAndrew, j. dudley   as principais teorias do cinema
Andrew, j. dudley as principais teorias do cinemaPriscila Ferreira
 
Manual - Enquadramento, Ângulos e planos
Manual - Enquadramento, Ângulos e planosManual - Enquadramento, Ângulos e planos
Manual - Enquadramento, Ângulos e planosAndreia Filipa Cardoso
 
Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...
Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...
Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...Julia Dantas
 

Destaque (20)

01. O cinema como arte
01. O cinema como arte01. O cinema como arte
01. O cinema como arte
 
9. Narração histórico-materialista
9. Narração histórico-materialista9. Narração histórico-materialista
9. Narração histórico-materialista
 
Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)
Elementos narrativos do cinema - Parte 2 (Ângulos e Efeitos Psicológicos)
 
8. Narração moderna ou "de arte"
8. Narração moderna ou "de arte"8. Narração moderna ou "de arte"
8. Narração moderna ou "de arte"
 
Como estudar
 Como estudar Como estudar
Como estudar
 
Photo mise en scène
Photo mise en scènePhoto mise en scène
Photo mise en scène
 
La composition
La compositionLa composition
La composition
 
Manual nutricao (nao profissional) 5
Manual nutricao (nao profissional) 5Manual nutricao (nao profissional) 5
Manual nutricao (nao profissional) 5
 
Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014
Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014
Apresentação b12 filmes para o evento SEO para Vídeos 18/09/2014
 
Encontro estadual 2º dia
Encontro estadual 2º diaEncontro estadual 2º dia
Encontro estadual 2º dia
 
Palestracomposicaocamera
PalestracomposicaocameraPalestracomposicaocamera
Palestracomposicaocamera
 
5. representation of gender mise en scene cine
5. representation of gender mise en scene cine 5. representation of gender mise en scene cine
5. representation of gender mise en scene cine
 
Aula 06 Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalli
Aula 06  Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalliAula 06  Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalli
Aula 06 Figurinos: o grande gatsby e roberto cavalli
 
Aula 02 definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...
Aula 02   definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...Aula 02   definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...
Aula 02 definição para figurino - figurino histórico - espaço, tempo e pers...
 
Introdução ao cinema
Introdução ao cinemaIntrodução ao cinema
Introdução ao cinema
 
Andrew, j. dudley as principais teorias do cinema
Andrew, j. dudley   as principais teorias do cinemaAndrew, j. dudley   as principais teorias do cinema
Andrew, j. dudley as principais teorias do cinema
 
Teorias do cinema aula 1
Teorias do cinema aula 1Teorias do cinema aula 1
Teorias do cinema aula 1
 
Palestra "Moda, Comunicação e Redes Sociais"
Palestra "Moda, Comunicação e Redes Sociais"Palestra "Moda, Comunicação e Redes Sociais"
Palestra "Moda, Comunicação e Redes Sociais"
 
Manual - Enquadramento, Ângulos e planos
Manual - Enquadramento, Ângulos e planosManual - Enquadramento, Ângulos e planos
Manual - Enquadramento, Ângulos e planos
 
Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...
Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...
Fotojornalismo II - Aula 2 - Fotojornalismo e ideologia / Mise-en-scène no Fo...
 

Semelhante a Encenação e iluminação no cinema

RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual 3
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  3RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  3
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual 3UNIP. Universidade Paulista
 
Bruna Alves
Bruna AlvesBruna Alves
Bruna Alvesladybru
 
PóS ProduçãO Teoria
PóS ProduçãO TeoriaPóS ProduçãO Teoria
PóS ProduçãO Teoriadribas
 
Características fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisualCaracterísticas fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisualThiago Assumpção
 
Pós Produção Teoria
Pós  Produção  TeoriaPós  Produção  Teoria
Pós Produção Teoriadribas
 
Linguagem cinematográfica
Linguagem cinematográficaLinguagem cinematográfica
Linguagem cinematográficaVenelouis Polar
 
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidadeaula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidadeR.A Gomes
 

Semelhante a Encenação e iluminação no cinema (13)

RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual 3
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  3RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual  3
RELAÇÕES PÚBLICAS criação e produção audiovisual 3
 
Bruna Alves
Bruna AlvesBruna Alves
Bruna Alves
 
PóS ProduçãO Teoria
PóS ProduçãO TeoriaPóS ProduçãO Teoria
PóS ProduçãO Teoria
 
Características fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisualCaracterísticas fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisual
 
Pós Produção Teoria
Pós  Produção  TeoriaPós  Produção  Teoria
Pós Produção Teoria
 
Linguagem cinematográfica
Linguagem cinematográficaLinguagem cinematográfica
Linguagem cinematográfica
 
Slides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeo
Slides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeoSlides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeo
Slides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeo
 
Projeto stopmotion
Projeto  stopmotionProjeto  stopmotion
Projeto stopmotion
 
Projeto 5 s stopmotion
Projeto 5 s stopmotionProjeto 5 s stopmotion
Projeto 5 s stopmotion
 
Eav 5 terror e suspense 2
Eav 5   terror e suspense 2Eav 5   terror e suspense 2
Eav 5 terror e suspense 2
 
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidadeaula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
 
Artigo cacique wcseit2013
Artigo cacique wcseit2013Artigo cacique wcseit2013
Artigo cacique wcseit2013
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 

Mais de Cristiano Canguçu (7)

Béla Balázs
Béla BalázsBéla Balázs
Béla Balázs
 
André Bazin
André BazinAndré Bazin
André Bazin
 
Siegfried Kracauer
Siegfried KracauerSiegfried Kracauer
Siegfried Kracauer
 
História do conceito de arte
História do conceito de arteHistória do conceito de arte
História do conceito de arte
 
Realismo (introdução)
Realismo (introdução)Realismo (introdução)
Realismo (introdução)
 
Hugo Münsterberg
Hugo MünsterbergHugo Münsterberg
Hugo Münsterberg
 
5. Som e música
5. Som e música5. Som e música
5. Som e música
 

Último

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 

Último (20)

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 

Encenação e iluminação no cinema

  • 1. 3. Mise-en-scène DFCH454: Linguagem do Cinema e do Audiovisual Prof. Cristiano Canguçu
  • 4. Introdução No cinema também tendemos a não prestar atenção nas técnicas cenográficas (a não ser quando são feitas para chamar atenção) e na marcação dos atores. Mas essas técnicas se fazem presentes e podem ser consideradas ferramentas importantes para diversos fins: • contar uma história; • provocar suspense; • esconder e revelar informações; • criar uma tonalidade emocional; • ou conferir uma assinatura pessoal ao filme.
  • 5. Encenação no teatro e no cinema Rejeição retórica ao teatro, em termos como “diálogos teatrais” e “teatro filmado”. Mas o cinema deve tanto ao teatro quando à pintura, à literatura e à música. É difícil comparar “o cinema” com “o teatro” no singular, pois há muitas formas cênicas diferentes: • palco italiano, • teatro de arena, • teatro de rua...
  • 6. Encenação no teatro e no cinema No entanto, há basicamente duas diferenças realmente fundamentais entre as duas artes: • No cinema há somente um ponto de vista simultâneo (a câmera, com um ângulo específico de percepção), em vez de uma pluralidade; • Esse “ponto de vista” pode se deslocar (através da montagem ou de movimentos de câmera) nos eixos x, y e z.
  • 7. Convenções em cenas de diálogos A maior parte das cenas nos filmes de ficção consistem em cenas de diálogos entre personagens, dominadas por duas técnicas convencionais de encenação: • O esquema stand-and-deliver (“levanta-e-fala”), o mais comum ainda hoje: pôr duas pessoas frente-a-frente, ou em pequena angulação diagonal, para compôr a montagem plano- contraplano; • O esquema walk-and-talk (“anda-e-fala”), com uso de planos em travelling, em que a câmera acompanha pessoas que andam lado-a-lado.
  • 8. Levanta-e-fala (stand and deliver) • Plano de exposição em que os personagens tomam suas posições frente-a-frente; • Respeito ao eixo da ação e à regra dos 180°; • Ligação entre os planos por raccords de olhar e de gesto; • Aproximação gradual da câmera, em planos-próximos, primeiros-planos e planos-detalhes; • Novos planos de exposição quando houver deslocamentos. • Exemplos: Matrix
  • 9. Anda-e-fala (walk-and-talk) • Em vez de deslocar as figuras humanas, a própria câmera se desloca -- contornando, seguindo, se aproximando e se afastando delas; • O esquema walk-and-talk é empregado desde o tempo dos carrinhos de trilhos (tracking shots), mas se populariza imensamente com as gruas e a steadicam. • Planos-seqüências demorados, normalmente em direção à própria câmera (que se afasta na mesma velocidade) • Exemplos: • Soberba (Orson Welles, 1942) • The West Wing (série de tv, 1999).
  • 10. Limites dos esquemas convencionais Problema da superutilização desses esquemas: pouco se explora a opção estilística da câmera fixa e deslocamento dos próprios atores, apoiando-se muito na montagem. Pode-se substituir técnicas de montagem por outras técnicas de encenação, normalmente enfatizando um dos seguintes parâmetros...
  • 11. Encenação lateral (eixo X); Muito comum no início do cinema: Le Trust (Louis Feuillade, 1911) Festim diabólico (Hitchcock, 1948), sistematicamente usou a encenação e o travelling lateral. Em Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007), esta técnica é usada para direcionar a atenção do apreciador.
  • 12. Encenação em profundidade (eixos Y e Z) Um dos modos dominantes de encenação entre os anos 1920 e 1950. Orson Welles é conhecido como um mestre da profundidade de campo. Ex: Cidadão Kane (1941). Outro exemplo importante dessa técnica é o cineasta japonês Kenji Mizoguchi.
  • 13. Encenação paralela (câmera aérea); Um caso gradual: Vale dos Lamentos (Théo Angelopoulos, 1998) Um caso radical: A Conversação (Francis Ford Coppola)
  • 15. Sombras e pontos de luz • Pontos de luz (highlights): onde a luz bate diretamente • As sombras podem ser incorporadas (a luz não ilumina o objeto inteiro) ou projetadas (a luz é bloqueada por um outro objeto). Obatedordecarteiras(Robert Bresson,1959)eAmarcadofogo (CecilB.DeMille,1915)
  • 16. Qualidade da luz: dura • A luz dura realça texturas e contrastes e projeta sombras escuras, com contornos nítidos.
  • 17. Qualidade da luz: difusa • A luz difusa (esbatida) suaviza texturas e contrastes, projetando sombras semitransparentes.
  • 18. Qualidade da luz: dura vs. difusa • Exemplo prático da diferença entre luz dura e luz difusa (suave).
  • 19. Direção da luz: frontal • Elimina a maior parte das sombras • Achata a imagem AChinesa(Jean-LucGodard,1967)
  • 20. Direção da luz: descendente • Ressalta detalhes das feições humanas • Em geral emagrece os rostos OSegredodasJóias(JohnHuston,1950) OExpressodeShanghai(JosefvonSternberg,1932)
  • 21. Direção da luz: lateral • Cria muitas sombras incorporadas e projetadas • Aumenta a sensação de profundidade dos rostos AMarcadaMaldade(Orson Welles,1958)
  • 22. Direção da luz: ascendente • Distorce as feições humanas • Em geral empregada para efeitos de horror e suspense Osextosentido(M.Night Shyamalan,1999)
  • 23. Direção da luz: contraluz • Isoladamente : transforma figuras em silhuetas • Complementando outras fontes: contorno luminoso que separa figura de fundo e confere um “ar angelical” RajadadeMorte(JosephH.Lewis,1955) Asas(WilliamA.Wellman,1927)
  • 24. Sistema de três pontos • Luz-guia , ou luz de ataque (key light): dura, direcional, mais forte que as outras • Luz-complemento ou de preenchimento (fill light): esbatida, suaviza sombras, contrastes e texturas • Contraluz (backlight): separa figura de fundo, impressão de profundidade • Como fazer
  • 25. Iluminação “high-key” (alto ataque) • Muita luz difusa, sombras suaves, muitos elementos bem- iluminados, baixo contraste. OfabulosodestinodeAméliePoulain(Jean-PierreJeunet, 2001)
  • 26. Iluminação “high-key” • Luz “high-key” não é sinônimo de iluminação diurna. Em filmes mais leves, mesmo cenas à noite são high-key. Devoltaparaofuturo2(Robert Zemeckis,1985)
  • 27. Iluminação “low-key” (baixo ataque) • Fontes de luz mais duras, pouca ou nenhuma luz- complemento. Projeção de sombras definidas e opacas. Uso de contraluz para criar silhuetas misteriosas. Ohomemquenãoestavalá(Joele EthanCoen,2001)