SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
A pré fotografia

Em 1490 (final do séc XV) Leonardo da Vinci deu duas
  descrições fundamentais da câmara obscura em seus
  cadernos:
A pré fotografia




     Em 1550 o físico milanês Girolamo Cardano sugeriu o uso de uma lente
biconvexa junto ao orifício, permitindo uma imagem clara sem perder a nitidez.


    Dessa forma, nos meados do século XVI (1.500) a estrutura física
       rudimentar da máquina fotográfica atual já era conhecida.
Câmara Obscura
Em 1620, Kepler inventou uma câmara escura portátil que viria a ser
  utilizada para ajuda na execução de desenhos.
Câmara Obscura
               A pintura se vangloria da câmara obscura

The Milkmaid - 1660. Óleo sobre tela   Young Woman with a Water Pitcher -1664.
                                                   Óleo sobre tela
Várias experiências, vários nomes
   “Façamos, entretanto, um enquadramento histórico do
  aparecimento da fotografia. Esta é, naturalmente, uma
  obra que resulta da intervenção de várias experiências e
  tentativas por parte de várias pessoas. Foi a junção de
  diversos processos, de vários conceitos, de múltiplos
  estudos que levaram ao aparecimento da fotografia, tal
  como hoje a conhecemos. Não estamos, assim, perante
  uma invenção que se atribua unicamente a uma só
  pessoa.”

TAVARES, 2009 p.120
O nascimento da fotografia
    Um início confuso

A primeira fotografia que se tem
  notícia foi tirada em 1826 pelo
  francês Joseph Nicéphore Niepce,
  chamada “vista da janela em le
  Grass”. Passou despercebida na
  época e somente em 1839 ela foi
  revelado ao mundo.
Vista da janela em le Grass, Niépce (1826).
Heliografia
16,5 x 20cm
Niépce
Suporte           |   Emulsão

Metal (estanho)         Betume da judéia
                            (asfalto)
Tempo de exposição: 8 horas
Placa única
Nome: Heliografia
Boulevard du temple, Louis Daguerre (1838).
Daguerreótipo
Daguerre

Suporte         |   Emulsão

Metal e cobre         Prata

Tempo de exposição: 30 minutos. 10
 minutos posteriormente
Nome: Daguerreótipo
Carruagem fotográfica, Roger Fenton, 1885
prova de papel salgado a partir de negativo de vidro.
Frederick Scott Archer
Suporte           |       Emulsão

Placa de vidro    Sais de prata e colódio
                     (celulose nítrica)
Tempo de exposição: 30 segundos
Nome: Colódio Úmido

   Produzia negativos bem mais nítidos e com maior
 gradação tonal do que os negativos de papel encerado
 empregados até então.
O proceso do colódio
• Espalhar cuidadosamente o colódio com iodeto de potássio sobre o
  vidro, escorrendo até formar uma superfície uniforme.

• No quarto escuro, com luz alaranjada, a placa era submetida a um
  banho de nitrato de prata.

• A placa era exposta na câmara escura ainda úmida, porque a
  sensibilidade diminuía rapidamente à medida que o colódio secava.
  O tempo médio de exposição ao sol era de 30 segundos.

• Antes que o éter, que se evaporava rapidamente, secasse,
  tornando-se impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com
  sulfato ferroso.

• A fixagem era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de
  potássio (venenoso), e finalmente lavava-se bem o negativo.
Abraham Lincoln, Anthony Berger
(1864). Colódio úmido. Foto escaneada
apartir do negativo original de vidro.
Uma colheita da morte, Timothy H. O’sullivan, (1863). Colódio úmido.

Guerra civil Americana, Gettysburg, Pensilvânia.

A primeira guerra a ser fotografada, o que causou grande repercussão por aqueles que
não conheciam o horror da guerra. Fotógrafos saiam em carroças munida de câmara
escura. Devido ao longo tempo de exposição, raramente as fotografias mostram cenas
de conflitos.
Henry Fox Talbot
  Suporte           |          Emulsão

Papel                         Nitrato de prata

Tempo de exposição: 30 segundos
Nome: Calótipo/Talbótico


   A primeira fotografia que podia ser copiada de um
    negativo. Estas cópias eram feitas por contato.
The Haystack, Henry Fox Talbot (1844) Livro: The Pencil of Nature, Parte 2 (Publlicado
em 29 de Janeiro 1845).

Calótipo/Talbótipo
“Você aperta o botão, nós fazemos
             o resto”
           George Eastman, 1888.
A câmera fica pequena
Em 1888 Eastman lança uma câmera portátil
chamada Kodak, projetada para utilizar seu filme
de rolo de papel. Após o sucesso da câmera
Eastman introduziu o rolo de filme celuloide em
1889, que serviu de base para o cinema.
George
  Eastman a
 bordo do SS
    Gallia.
  Frederick
   Church,
   (1890).
Câmera Kodak
     nº2
A fotografia e a pintura

 “A fotografia quando surgiu no séc 19 ‘ameaçou’
a pintura, descobrindo coisas que a pintura não
sabia, pois é diretamente ligada à realidade e
ainda assim reproduz a perspectiva
renascentista.”

 Walter Carvalho, ABC
Impressão ao nascer do sol, Claude Monet (1872). Óleo sobre tela.

  Pintura que consagra o Impressionismo. Os abandonam o
            estúdio e começam a pintar ao ar livre.
Impressionismo
“Pode-se dizer que que a fotografia está
virtualmente presente nas telas impressionistas: ao
mesmo tempo ativa e rejeitada. Quando, em 1863,
Manet expõe seu quadro (Almoço na relva), a
fotografia se beneficia de uma grande popularidade
entre os Burgueses, que se precipitam como
verdadeiros narcisos, para serem retratados nos
grandes estúdios da cidade. Porém isso teve
pouca motivação artística.”

André Rouillé
Almoço na Relva , 1863, Manet. Óleo sobre tela, 214 X 270 cm. Museu do Louvre, Paris,
                                      França
O Pictorialismo - 1890
  Tendência de caráter acadêmico que visava
reproduzir na fotografia modelos de pintura
clássica para separar os fotógrafos artistas dos
puramente industriais, fazendo com que a
fotografia se elevasse ao posto de arte. Eclodiu na
França, na Inglaterra e nos Estados Unidos .
Rejeitava o registro, o automatismo, a imitação
servil, a máquina, a objetividade e a cópia literal.
Roda gigante no jardim das
 tulheiras, Pierre Dubreuil
           (1905).
Wapping, Alvin Langdon Coburn (1904).
   Platinotipia (processo alternativo)
The Pines Whisper George
Seeley (1904). Platinum print.
Chuvas de primavera, Alfred
Stieglitz (1900). Photogravure on
              vellum.
“As pessoas acreditam na realidade da fotografia, mas não
  na realidade das pinturas. Isso dá uma vantagem para
  os fotógrafos. O problema é que os fotógrafos também
  acreditam na realidade das fotografias.”
                             Duane Michals
Pictorialismo
O problema é que essa ânsia de
reconhecimento levou muito dos adeptos do
pictorialismo a simplesmente tentar imitar a
aparência e o acabamento de pinturas,
gravuras e desenhos ao invés de tentarem
explorar os novos campos estéticos
oferecidos pela fotografia, o que gerou uma
crise estética-identitária da fotografia.
A intervenção no processo
Os pictorialistas acreditavam que a intervenção no
  processo, em todos os estágios (no negativo, ao fazer a
  tomada, no positivo e no momento da impressão) abriria
  a fotografia para o campo das artes. A aliança máquina-
  mão supõe assegurar a passagem da imitação servil
  para a interpretação artística.

O ideal pictorialista visava conferir às imagens fotográficas
  o prestígio de obras completas, capazes de concorrer
  com as artes gráficas e com a pintura no interior do
  sistema das belas artes.
Filmes fotográficos
Primeira confusão: Comparar número com tamanho
Número do filme serve para que a Kodak possa
   sistematizar a produção.
Ex: 120 e 135

• 120 é considerado médio formato (6×4.5, 6x7, 6x9, e
   6×12cm)

• 135 é considerado o normal, 35 milímetros.
Filmes fotográficos
Segunda confusão: Nomenclatura

(Cromo, slide, positivo, diapositivo, reversível.. É tudo
  farinha do mesmo saco)

Existem dois tipos básicos de filme: Negativo e Slide

O Negativo colorido é revelado em C-41
O negativo PB é revelado em D-76
O Slide é revelado em E-6
Slide
Filme que não utiliza o negativo. A própria
película colocada na câmera, quando
revelada já produz uma imagem positiva,
ou seja, visível.
Negativo
Filme original exposto na câmera. A luz
aparece como um área escura e as
sombras aparecem como áreas claras.
Em um negativo colorido as cores são
trocadas pelas suas cores opostas.
Médio formato
Câmera TLR (Twin lens
reflex). (lentes gêmeas).
Foram inventadas devido
   ao erro de paralaxe
 causado pelas câmeras
   portáteis até então
       existentes.
 A lente de cima é a que
  produz a imagem que
você no visor (despolido)
e a lente de baixo produz
a imagem que vai para o
        filme 120.
 A imagem no visor está
invertida horizontalmente.
Médio formato

“Se o bom Deus quisesse que se fotografasse em 6×6, ele teria
   colocado nossos olhos na barriga. É incômodo olhar as pessoas
   pelo umbigo. E depois que você se curva, só falta emendar no pai
   nosso.”

Henri Cartier-Bresson, O olhar do século.
Grande formato (Larget Format)
Existem basicamente três tipos de câmeras de
  grande formato: As câmeras de imprensa
  (Press), as de campo (Field) e as de trilho
  (View).

A câmera de imprensa é a menor das três. São as
  únicas que dá para segurar na mão sem tripé.
  Tem suporte para flash, mas tem alguns ajustes
  limitados.
Press câmera
Field câmera


São câmeras que dobram
   até formarem uma
 maletinha. São as mais
  bonitas de por serem
    feitas de madeira.
Precisam de tripé e estão
  no meio da escala de
       portabilidade
View câmera



 São o topo da linha
   em termos de
   versatilidade.
 Constituem sistemas
de trilhos complexos e
   fazem todo tipo de
 tamanho de foto. Na
   década de 90 todo
       estúdio que
 trabalhasse com foto
publicitária tinha uma
         dessa.
View câmera
Robert Polidori 20x25cm
Robert Polidori 20x25cm
Robert Polidori 20x25cm

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A HistóRia Da Fotografia
A HistóRia Da FotografiaA HistóRia Da Fotografia
A HistóRia Da FotografiaVictor Marinho
 
9o. ano história da fotografia
9o. ano  história da fotografia   9o. ano  história da fotografia
9o. ano história da fotografia ArtesElisa
 
Historia da fotografia
Historia da fotografiaHistoria da fotografia
Historia da fotografiaPaula Vinhas
 
Historiada fotografia
Historiada fotografia Historiada fotografia
Historiada fotografia cafumilena
 
Historia da Fotografia
Historia da FotografiaHistoria da Fotografia
Historia da FotografiaCid Costa Neto
 
Carlos Miguel - Máquina Fotográfica
Carlos Miguel - Máquina FotográficaCarlos Miguel - Máquina Fotográfica
Carlos Miguel - Máquina Fotográficariscas
 
9o. ano historia da fotografia -elisa herrera-
9o. ano  historia da fotografia -elisa herrera-9o. ano  historia da fotografia -elisa herrera-
9o. ano historia da fotografia -elisa herrera-elisabhp
 
História da Fotografia
História da FotografiaHistória da Fotografia
História da Fotografiaguest668b3
 
A história da fotografia
A história da fotografiaA história da fotografia
A história da fotografiaruijmoreira
 
Breve História da Fotografia
Breve História da FotografiaBreve História da Fotografia
Breve História da FotografiaJoão Lima
 
História da fotografia aula 1
História da fotografia   aula 1História da fotografia   aula 1
História da fotografia aula 1Luci Correia
 
HistóRia Da Fotografia
HistóRia Da FotografiaHistóRia Da Fotografia
HistóRia Da Fotografiamartha
 
Apresentação - Fotografia
Apresentação - FotografiaApresentação - Fotografia
Apresentação - FotografiaMayara Borges
 

Mais procurados (19)

A HistóRia Da Fotografia
A HistóRia Da FotografiaA HistóRia Da Fotografia
A HistóRia Da Fotografia
 
9o. ano história da fotografia
9o. ano  história da fotografia   9o. ano  história da fotografia
9o. ano história da fotografia
 
Fotografia de A a Z - Aula 01
Fotografia de A a Z - Aula 01Fotografia de A a Z - Aula 01
Fotografia de A a Z - Aula 01
 
Historia da fotografia
Historia da fotografiaHistoria da fotografia
Historia da fotografia
 
Historiada fotografia
Historiada fotografia Historiada fotografia
Historiada fotografia
 
Historia da Fotografia
Historia da FotografiaHistoria da Fotografia
Historia da Fotografia
 
Carlos Miguel - Máquina Fotográfica
Carlos Miguel - Máquina FotográficaCarlos Miguel - Máquina Fotográfica
Carlos Miguel - Máquina Fotográfica
 
430488
430488430488
430488
 
9o. ano historia da fotografia -elisa herrera-
9o. ano  historia da fotografia -elisa herrera-9o. ano  historia da fotografia -elisa herrera-
9o. ano historia da fotografia -elisa herrera-
 
História da Fotografia
História da FotografiaHistória da Fotografia
História da Fotografia
 
A história da fotografia
A história da fotografiaA história da fotografia
A história da fotografia
 
Breve História da Fotografia
Breve História da FotografiaBreve História da Fotografia
Breve História da Fotografia
 
Curso fotografia e historia 2013
Curso fotografia e historia 2013Curso fotografia e historia 2013
Curso fotografia e historia 2013
 
História da fotografia aula 1
História da fotografia   aula 1História da fotografia   aula 1
História da fotografia aula 1
 
HistóRia Da Fotografia
HistóRia Da FotografiaHistóRia Da Fotografia
HistóRia Da Fotografia
 
Nascimento da Fotografia.ppt
Nascimento da Fotografia.pptNascimento da Fotografia.ppt
Nascimento da Fotografia.ppt
 
Módulo 1 - CGA
Módulo 1 - CGAMódulo 1 - CGA
Módulo 1 - CGA
 
História da Fotografia
História da FotografiaHistória da Fotografia
História da Fotografia
 
Apresentação - Fotografia
Apresentação - FotografiaApresentação - Fotografia
Apresentação - Fotografia
 

Semelhante a Apresentação

História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuiçõesHistória da fotografia - Pioneiros e suas contribuições
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuiçõesisisnogueira
 
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.isisnogueira
 
História da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
História da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICAHistória da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
História da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICAisisnogueira
 
Slide Introdução a fotografia.pdf
Slide Introdução a fotografia.pdfSlide Introdução a fotografia.pdf
Slide Introdução a fotografia.pdfIsabellaQueiroz18
 
historiadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdf
historiadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdfhistoriadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdf
historiadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdfWeslleyDias8
 
Historia da fotografia
Historia da fotografiaHistoria da fotografia
Historia da fotografiaPaula Vinhas
 
Historia da fotografia
Historia da fotografiaHistoria da fotografia
Historia da fotografiaPaula Vinhas
 
Slides Histoire de la Photographie
Slides Histoire de la PhotographieSlides Histoire de la Photographie
Slides Histoire de la Photographieolharfrancess
 
UFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptx
UFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptxUFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptx
UFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptxssuser7052cd
 
História da fotografia
História da fotografiaHistória da fotografia
História da fotografiaTatiana Aneas
 
Historia da fotografia parte 1
Historia da fotografia parte 1Historia da fotografia parte 1
Historia da fotografia parte 1Cláudia
 
CAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptx
CAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptxCAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptx
CAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptxTATE9
 
Primórdios da Fotografia
Primórdios da FotografiaPrimórdios da Fotografia
Primórdios da FotografiaMichele Pó
 
Impressionismo em fotografia
Impressionismo em fotografiaImpressionismo em fotografia
Impressionismo em fotografiaLuizRoberto8
 
Neto a emergencia da fotografia e do cinema
Neto   a emergencia da fotografia e do cinemaNeto   a emergencia da fotografia e do cinema
Neto a emergencia da fotografia e do cinemaPedro Pereira Neto
 
releitura e fotografia, arte contemporânea
releitura e fotografia, arte contemporâneareleitura e fotografia, arte contemporânea
releitura e fotografia, arte contemporâneaMilenaAguiarDomingue
 

Semelhante a Apresentação (20)

História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuiçõesHistória da fotografia - Pioneiros e suas contribuições
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições
 
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.
História da fotografia - Pioneiros e suas contribuições.
 
História da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
História da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICAHistória da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
História da fotografia - PIONEIROS E CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
 
Slide Introdução a fotografia.pdf
Slide Introdução a fotografia.pdfSlide Introdução a fotografia.pdf
Slide Introdução a fotografia.pdf
 
historiadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdf
historiadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdfhistoriadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdf
historiadafotografiaparte1-121116195401-phpapp01.pdf
 
Fotografia
FotografiaFotografia
Fotografia
 
430814
430814430814
430814
 
Historia da fotografia
Historia da fotografiaHistoria da fotografia
Historia da fotografia
 
Historia da fotografia
Historia da fotografiaHistoria da fotografia
Historia da fotografia
 
Slides Histoire de la Photographie
Slides Histoire de la PhotographieSlides Histoire de la Photographie
Slides Histoire de la Photographie
 
UFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptx
UFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptxUFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptx
UFCD 9954 Fotografia imagem digital.pptx
 
História da fotografia
História da fotografiaHistória da fotografia
História da fotografia
 
Historia da fotografia parte 1
Historia da fotografia parte 1Historia da fotografia parte 1
Historia da fotografia parte 1
 
CAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptx
CAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptxCAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptx
CAP 1. Fotografia -PERSPECTIVA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2022.pptx
 
Primórdios da Fotografia
Primórdios da FotografiaPrimórdios da Fotografia
Primórdios da Fotografia
 
Cinema
CinemaCinema
Cinema
 
Arte6
Arte6Arte6
Arte6
 
Impressionismo em fotografia
Impressionismo em fotografiaImpressionismo em fotografia
Impressionismo em fotografia
 
Neto a emergencia da fotografia e do cinema
Neto   a emergencia da fotografia e do cinemaNeto   a emergencia da fotografia e do cinema
Neto a emergencia da fotografia e do cinema
 
releitura e fotografia, arte contemporânea
releitura e fotografia, arte contemporâneareleitura e fotografia, arte contemporânea
releitura e fotografia, arte contemporânea
 

Apresentação

  • 1. A pré fotografia Em 1490 (final do séc XV) Leonardo da Vinci deu duas descrições fundamentais da câmara obscura em seus cadernos:
  • 2. A pré fotografia Em 1550 o físico milanês Girolamo Cardano sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo uma imagem clara sem perder a nitidez. Dessa forma, nos meados do século XVI (1.500) a estrutura física rudimentar da máquina fotográfica atual já era conhecida.
  • 3. Câmara Obscura Em 1620, Kepler inventou uma câmara escura portátil que viria a ser utilizada para ajuda na execução de desenhos.
  • 4. Câmara Obscura A pintura se vangloria da câmara obscura The Milkmaid - 1660. Óleo sobre tela Young Woman with a Water Pitcher -1664. Óleo sobre tela
  • 5. Várias experiências, vários nomes “Façamos, entretanto, um enquadramento histórico do aparecimento da fotografia. Esta é, naturalmente, uma obra que resulta da intervenção de várias experiências e tentativas por parte de várias pessoas. Foi a junção de diversos processos, de vários conceitos, de múltiplos estudos que levaram ao aparecimento da fotografia, tal como hoje a conhecemos. Não estamos, assim, perante uma invenção que se atribua unicamente a uma só pessoa.” TAVARES, 2009 p.120
  • 6. O nascimento da fotografia Um início confuso A primeira fotografia que se tem notícia foi tirada em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niepce, chamada “vista da janela em le Grass”. Passou despercebida na época e somente em 1839 ela foi revelado ao mundo.
  • 7. Vista da janela em le Grass, Niépce (1826). Heliografia 16,5 x 20cm
  • 8. Niépce Suporte | Emulsão Metal (estanho) Betume da judéia (asfalto) Tempo de exposição: 8 horas Placa única Nome: Heliografia
  • 9. Boulevard du temple, Louis Daguerre (1838). Daguerreótipo
  • 10. Daguerre Suporte | Emulsão Metal e cobre Prata Tempo de exposição: 30 minutos. 10 minutos posteriormente Nome: Daguerreótipo
  • 11. Carruagem fotográfica, Roger Fenton, 1885 prova de papel salgado a partir de negativo de vidro.
  • 12. Frederick Scott Archer Suporte | Emulsão Placa de vidro Sais de prata e colódio (celulose nítrica) Tempo de exposição: 30 segundos Nome: Colódio Úmido Produzia negativos bem mais nítidos e com maior gradação tonal do que os negativos de papel encerado empregados até então.
  • 13. O proceso do colódio • Espalhar cuidadosamente o colódio com iodeto de potássio sobre o vidro, escorrendo até formar uma superfície uniforme. • No quarto escuro, com luz alaranjada, a placa era submetida a um banho de nitrato de prata. • A placa era exposta na câmara escura ainda úmida, porque a sensibilidade diminuía rapidamente à medida que o colódio secava. O tempo médio de exposição ao sol era de 30 segundos. • Antes que o éter, que se evaporava rapidamente, secasse, tornando-se impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com sulfato ferroso. • A fixagem era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de potássio (venenoso), e finalmente lavava-se bem o negativo.
  • 14. Abraham Lincoln, Anthony Berger (1864). Colódio úmido. Foto escaneada apartir do negativo original de vidro.
  • 15. Uma colheita da morte, Timothy H. O’sullivan, (1863). Colódio úmido. Guerra civil Americana, Gettysburg, Pensilvânia. A primeira guerra a ser fotografada, o que causou grande repercussão por aqueles que não conheciam o horror da guerra. Fotógrafos saiam em carroças munida de câmara escura. Devido ao longo tempo de exposição, raramente as fotografias mostram cenas de conflitos.
  • 16. Henry Fox Talbot Suporte | Emulsão Papel Nitrato de prata Tempo de exposição: 30 segundos Nome: Calótipo/Talbótico A primeira fotografia que podia ser copiada de um negativo. Estas cópias eram feitas por contato.
  • 17. The Haystack, Henry Fox Talbot (1844) Livro: The Pencil of Nature, Parte 2 (Publlicado em 29 de Janeiro 1845). Calótipo/Talbótipo
  • 18. “Você aperta o botão, nós fazemos o resto” George Eastman, 1888.
  • 19. A câmera fica pequena Em 1888 Eastman lança uma câmera portátil chamada Kodak, projetada para utilizar seu filme de rolo de papel. Após o sucesso da câmera Eastman introduziu o rolo de filme celuloide em 1889, que serviu de base para o cinema.
  • 20. George Eastman a bordo do SS Gallia. Frederick Church, (1890). Câmera Kodak nº2
  • 21. A fotografia e a pintura “A fotografia quando surgiu no séc 19 ‘ameaçou’ a pintura, descobrindo coisas que a pintura não sabia, pois é diretamente ligada à realidade e ainda assim reproduz a perspectiva renascentista.” Walter Carvalho, ABC
  • 22. Impressão ao nascer do sol, Claude Monet (1872). Óleo sobre tela. Pintura que consagra o Impressionismo. Os abandonam o estúdio e começam a pintar ao ar livre.
  • 23. Impressionismo “Pode-se dizer que que a fotografia está virtualmente presente nas telas impressionistas: ao mesmo tempo ativa e rejeitada. Quando, em 1863, Manet expõe seu quadro (Almoço na relva), a fotografia se beneficia de uma grande popularidade entre os Burgueses, que se precipitam como verdadeiros narcisos, para serem retratados nos grandes estúdios da cidade. Porém isso teve pouca motivação artística.” André Rouillé
  • 24. Almoço na Relva , 1863, Manet. Óleo sobre tela, 214 X 270 cm. Museu do Louvre, Paris, França
  • 25. O Pictorialismo - 1890 Tendência de caráter acadêmico que visava reproduzir na fotografia modelos de pintura clássica para separar os fotógrafos artistas dos puramente industriais, fazendo com que a fotografia se elevasse ao posto de arte. Eclodiu na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos . Rejeitava o registro, o automatismo, a imitação servil, a máquina, a objetividade e a cópia literal.
  • 26. Roda gigante no jardim das tulheiras, Pierre Dubreuil (1905).
  • 27. Wapping, Alvin Langdon Coburn (1904). Platinotipia (processo alternativo)
  • 28. The Pines Whisper George Seeley (1904). Platinum print.
  • 29. Chuvas de primavera, Alfred Stieglitz (1900). Photogravure on vellum.
  • 30. “As pessoas acreditam na realidade da fotografia, mas não na realidade das pinturas. Isso dá uma vantagem para os fotógrafos. O problema é que os fotógrafos também acreditam na realidade das fotografias.” Duane Michals
  • 31. Pictorialismo O problema é que essa ânsia de reconhecimento levou muito dos adeptos do pictorialismo a simplesmente tentar imitar a aparência e o acabamento de pinturas, gravuras e desenhos ao invés de tentarem explorar os novos campos estéticos oferecidos pela fotografia, o que gerou uma crise estética-identitária da fotografia.
  • 32. A intervenção no processo Os pictorialistas acreditavam que a intervenção no processo, em todos os estágios (no negativo, ao fazer a tomada, no positivo e no momento da impressão) abriria a fotografia para o campo das artes. A aliança máquina- mão supõe assegurar a passagem da imitação servil para a interpretação artística. O ideal pictorialista visava conferir às imagens fotográficas o prestígio de obras completas, capazes de concorrer com as artes gráficas e com a pintura no interior do sistema das belas artes.
  • 33. Filmes fotográficos Primeira confusão: Comparar número com tamanho Número do filme serve para que a Kodak possa sistematizar a produção. Ex: 120 e 135 • 120 é considerado médio formato (6×4.5, 6x7, 6x9, e 6×12cm) • 135 é considerado o normal, 35 milímetros.
  • 34. Filmes fotográficos Segunda confusão: Nomenclatura (Cromo, slide, positivo, diapositivo, reversível.. É tudo farinha do mesmo saco) Existem dois tipos básicos de filme: Negativo e Slide O Negativo colorido é revelado em C-41 O negativo PB é revelado em D-76 O Slide é revelado em E-6
  • 35. Slide Filme que não utiliza o negativo. A própria película colocada na câmera, quando revelada já produz uma imagem positiva, ou seja, visível.
  • 36. Negativo Filme original exposto na câmera. A luz aparece como um área escura e as sombras aparecem como áreas claras. Em um negativo colorido as cores são trocadas pelas suas cores opostas.
  • 37. Médio formato Câmera TLR (Twin lens reflex). (lentes gêmeas). Foram inventadas devido ao erro de paralaxe causado pelas câmeras portáteis até então existentes. A lente de cima é a que produz a imagem que você no visor (despolido) e a lente de baixo produz a imagem que vai para o filme 120. A imagem no visor está invertida horizontalmente.
  • 38. Médio formato “Se o bom Deus quisesse que se fotografasse em 6×6, ele teria colocado nossos olhos na barriga. É incômodo olhar as pessoas pelo umbigo. E depois que você se curva, só falta emendar no pai nosso.” Henri Cartier-Bresson, O olhar do século.
  • 39. Grande formato (Larget Format) Existem basicamente três tipos de câmeras de grande formato: As câmeras de imprensa (Press), as de campo (Field) e as de trilho (View). A câmera de imprensa é a menor das três. São as únicas que dá para segurar na mão sem tripé. Tem suporte para flash, mas tem alguns ajustes limitados.
  • 41. Field câmera São câmeras que dobram até formarem uma maletinha. São as mais bonitas de por serem feitas de madeira. Precisam de tripé e estão no meio da escala de portabilidade
  • 42. View câmera São o topo da linha em termos de versatilidade. Constituem sistemas de trilhos complexos e fazem todo tipo de tamanho de foto. Na década de 90 todo estúdio que trabalhasse com foto publicitária tinha uma dessa.