Em meados do século XVI, a estrutura física rudimentar da máquina fotográfica atual já era conhecida, com a sugestão do uso de lentes para melhorar a imagem na câmara escura. No século XVII, Kepler inventou uma câmara escura portátil e, no século XVIII, artistas como Vermeer passaram a usar a câmara escura para auxiliar na pintura. A primeira fotografia foi tirada por Niépce em 1826 e o processo foi aprimorado por Dag
1. A pré fotografia
Em 1490 (final do séc XV) Leonardo da Vinci deu duas
descrições fundamentais da câmara obscura em seus
cadernos:
2. A pré fotografia
Em 1550 o físico milanês Girolamo Cardano sugeriu o uso de uma lente
biconvexa junto ao orifício, permitindo uma imagem clara sem perder a nitidez.
Dessa forma, nos meados do século XVI (1.500) a estrutura física
rudimentar da máquina fotográfica atual já era conhecida.
3. Câmara Obscura
Em 1620, Kepler inventou uma câmara escura portátil que viria a ser
utilizada para ajuda na execução de desenhos.
4. Câmara Obscura
A pintura se vangloria da câmara obscura
The Milkmaid - 1660. Óleo sobre tela Young Woman with a Water Pitcher -1664.
Óleo sobre tela
5. Várias experiências, vários nomes
“Façamos, entretanto, um enquadramento histórico do
aparecimento da fotografia. Esta é, naturalmente, uma
obra que resulta da intervenção de várias experiências e
tentativas por parte de várias pessoas. Foi a junção de
diversos processos, de vários conceitos, de múltiplos
estudos que levaram ao aparecimento da fotografia, tal
como hoje a conhecemos. Não estamos, assim, perante
uma invenção que se atribua unicamente a uma só
pessoa.”
TAVARES, 2009 p.120
6. O nascimento da fotografia
Um início confuso
A primeira fotografia que se tem
notícia foi tirada em 1826 pelo
francês Joseph Nicéphore Niepce,
chamada “vista da janela em le
Grass”. Passou despercebida na
época e somente em 1839 ela foi
revelado ao mundo.
7. Vista da janela em le Grass, Niépce (1826).
Heliografia
16,5 x 20cm
8. Niépce
Suporte | Emulsão
Metal (estanho) Betume da judéia
(asfalto)
Tempo de exposição: 8 horas
Placa única
Nome: Heliografia
12. Frederick Scott Archer
Suporte | Emulsão
Placa de vidro Sais de prata e colódio
(celulose nítrica)
Tempo de exposição: 30 segundos
Nome: Colódio Úmido
Produzia negativos bem mais nítidos e com maior
gradação tonal do que os negativos de papel encerado
empregados até então.
13. O proceso do colódio
• Espalhar cuidadosamente o colódio com iodeto de potássio sobre o
vidro, escorrendo até formar uma superfície uniforme.
• No quarto escuro, com luz alaranjada, a placa era submetida a um
banho de nitrato de prata.
• A placa era exposta na câmara escura ainda úmida, porque a
sensibilidade diminuía rapidamente à medida que o colódio secava.
O tempo médio de exposição ao sol era de 30 segundos.
• Antes que o éter, que se evaporava rapidamente, secasse,
tornando-se impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com
sulfato ferroso.
• A fixagem era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de
potássio (venenoso), e finalmente lavava-se bem o negativo.
14. Abraham Lincoln, Anthony Berger
(1864). Colódio úmido. Foto escaneada
apartir do negativo original de vidro.
15. Uma colheita da morte, Timothy H. O’sullivan, (1863). Colódio úmido.
Guerra civil Americana, Gettysburg, Pensilvânia.
A primeira guerra a ser fotografada, o que causou grande repercussão por aqueles que
não conheciam o horror da guerra. Fotógrafos saiam em carroças munida de câmara
escura. Devido ao longo tempo de exposição, raramente as fotografias mostram cenas
de conflitos.
16. Henry Fox Talbot
Suporte | Emulsão
Papel Nitrato de prata
Tempo de exposição: 30 segundos
Nome: Calótipo/Talbótico
A primeira fotografia que podia ser copiada de um
negativo. Estas cópias eram feitas por contato.
17. The Haystack, Henry Fox Talbot (1844) Livro: The Pencil of Nature, Parte 2 (Publlicado
em 29 de Janeiro 1845).
Calótipo/Talbótipo
18. “Você aperta o botão, nós fazemos
o resto”
George Eastman, 1888.
19. A câmera fica pequena
Em 1888 Eastman lança uma câmera portátil
chamada Kodak, projetada para utilizar seu filme
de rolo de papel. Após o sucesso da câmera
Eastman introduziu o rolo de filme celuloide em
1889, que serviu de base para o cinema.
20. George
Eastman a
bordo do SS
Gallia.
Frederick
Church,
(1890).
Câmera Kodak
nº2
21. A fotografia e a pintura
“A fotografia quando surgiu no séc 19 ‘ameaçou’
a pintura, descobrindo coisas que a pintura não
sabia, pois é diretamente ligada à realidade e
ainda assim reproduz a perspectiva
renascentista.”
Walter Carvalho, ABC
22. Impressão ao nascer do sol, Claude Monet (1872). Óleo sobre tela.
Pintura que consagra o Impressionismo. Os abandonam o
estúdio e começam a pintar ao ar livre.
23. Impressionismo
“Pode-se dizer que que a fotografia está
virtualmente presente nas telas impressionistas: ao
mesmo tempo ativa e rejeitada. Quando, em 1863,
Manet expõe seu quadro (Almoço na relva), a
fotografia se beneficia de uma grande popularidade
entre os Burgueses, que se precipitam como
verdadeiros narcisos, para serem retratados nos
grandes estúdios da cidade. Porém isso teve
pouca motivação artística.”
André Rouillé
24. Almoço na Relva , 1863, Manet. Óleo sobre tela, 214 X 270 cm. Museu do Louvre, Paris,
França
25. O Pictorialismo - 1890
Tendência de caráter acadêmico que visava
reproduzir na fotografia modelos de pintura
clássica para separar os fotógrafos artistas dos
puramente industriais, fazendo com que a
fotografia se elevasse ao posto de arte. Eclodiu na
França, na Inglaterra e nos Estados Unidos .
Rejeitava o registro, o automatismo, a imitação
servil, a máquina, a objetividade e a cópia literal.
26. Roda gigante no jardim das
tulheiras, Pierre Dubreuil
(1905).
30. “As pessoas acreditam na realidade da fotografia, mas não
na realidade das pinturas. Isso dá uma vantagem para
os fotógrafos. O problema é que os fotógrafos também
acreditam na realidade das fotografias.”
Duane Michals
31. Pictorialismo
O problema é que essa ânsia de
reconhecimento levou muito dos adeptos do
pictorialismo a simplesmente tentar imitar a
aparência e o acabamento de pinturas,
gravuras e desenhos ao invés de tentarem
explorar os novos campos estéticos
oferecidos pela fotografia, o que gerou uma
crise estética-identitária da fotografia.
32. A intervenção no processo
Os pictorialistas acreditavam que a intervenção no
processo, em todos os estágios (no negativo, ao fazer a
tomada, no positivo e no momento da impressão) abriria
a fotografia para o campo das artes. A aliança máquina-
mão supõe assegurar a passagem da imitação servil
para a interpretação artística.
O ideal pictorialista visava conferir às imagens fotográficas
o prestígio de obras completas, capazes de concorrer
com as artes gráficas e com a pintura no interior do
sistema das belas artes.
33. Filmes fotográficos
Primeira confusão: Comparar número com tamanho
Número do filme serve para que a Kodak possa
sistematizar a produção.
Ex: 120 e 135
• 120 é considerado médio formato (6×4.5, 6x7, 6x9, e
6×12cm)
• 135 é considerado o normal, 35 milímetros.
34. Filmes fotográficos
Segunda confusão: Nomenclatura
(Cromo, slide, positivo, diapositivo, reversível.. É tudo
farinha do mesmo saco)
Existem dois tipos básicos de filme: Negativo e Slide
O Negativo colorido é revelado em C-41
O negativo PB é revelado em D-76
O Slide é revelado em E-6
35. Slide
Filme que não utiliza o negativo. A própria
película colocada na câmera, quando
revelada já produz uma imagem positiva,
ou seja, visível.
36. Negativo
Filme original exposto na câmera. A luz
aparece como um área escura e as
sombras aparecem como áreas claras.
Em um negativo colorido as cores são
trocadas pelas suas cores opostas.
37. Médio formato
Câmera TLR (Twin lens
reflex). (lentes gêmeas).
Foram inventadas devido
ao erro de paralaxe
causado pelas câmeras
portáteis até então
existentes.
A lente de cima é a que
produz a imagem que
você no visor (despolido)
e a lente de baixo produz
a imagem que vai para o
filme 120.
A imagem no visor está
invertida horizontalmente.
38. Médio formato
“Se o bom Deus quisesse que se fotografasse em 6×6, ele teria
colocado nossos olhos na barriga. É incômodo olhar as pessoas
pelo umbigo. E depois que você se curva, só falta emendar no pai
nosso.”
Henri Cartier-Bresson, O olhar do século.
39. Grande formato (Larget Format)
Existem basicamente três tipos de câmeras de
grande formato: As câmeras de imprensa
(Press), as de campo (Field) e as de trilho
(View).
A câmera de imprensa é a menor das três. São as
únicas que dá para segurar na mão sem tripé.
Tem suporte para flash, mas tem alguns ajustes
limitados.
41. Field câmera
São câmeras que dobram
até formarem uma
maletinha. São as mais
bonitas de por serem
feitas de madeira.
Precisam de tripé e estão
no meio da escala de
portabilidade
42. View câmera
São o topo da linha
em termos de
versatilidade.
Constituem sistemas
de trilhos complexos e
fazem todo tipo de
tamanho de foto. Na
década de 90 todo
estúdio que
trabalhasse com foto
publicitária tinha uma
dessa.