2. No Romantismo , a paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.
12. A pintura Romântica exaltou o passado histórico numa dimensão nacionalista e ética ,evocando acontecimentos e personagens exemplares. Esta arte ilustra acontecimentos históricos ou lendários de um modo propositadamente grandioso e nobre.
20. A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo. Foi o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se temas dramático - sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procurou-se no conteúdo, mais do que os valores da arte, os efeitos emotivos.
21. ● Na literatura do passado e do presente, em particular nos romances medievais de cavalaria, nos autores clássicos. ● em acontecimentos trágicos, heróicos ou épicos da realidade, tais como naufrágios ou lutas de libertação de minorias; ● na mitologia do sonho e do pesadelo , povoado por monstros imaginários e visões do subconsciente; ● na natureza protagonizada por lutas entre animais selvagens e pela paisagem, marcada por um certo dramatismo naturalista, iniciando assim as cenas “ao ar livre”; ● nos conteúdos exóticos, com cenas do Oriente ou do Norte de África; ● no retrato psicológico de mulheres e homens comuns, de personalidade e de loucos. A temática romântica baseou-se:
22. O sentimento individualiza os povos e as pessoas, contrariamente à razão. O individualismo burguês encontra no sentimentalismo romântico a sua forma de expressão. Os grandes cenários naturais, as grandes paisagens, os horizontes abertos e rasgados colocam o indivíduo em confronto com a Natureza. Caspar David Friedrich O Viajante Sobre o Mar de Névoa , 1818
23. John Constable O Moinho de Flatford 1817 Tate Gallery As paisagens rurais idílicas em tons fortes, reflectindo sentimentos profundos são um dos temas preferidos da arte romântica.
24. Francisco de Goya Os Fuzilamentos de 3 Maio de 1808 em Madrid [1814] Museu do Prado; Madrid No campo artístico, o Romantismo valorizava o sentimento nacionalista. O nacionalismo romântico exaltava a luta pela liberdade dos povos contra a opressão e a tirania.
27. Liberdade Guiando o Povo é uma pintura que comemora a Revolução de Julho de 1830, na qual se derrubou Carlos X. A pintura foi exibida no Salão Oficial em Maio de 1831. Delacroix pintou esta obra, no Outono; numa carta escreveu ao seu irmão: " O meu mau humor está a desaparecer graças ao trabalho árduo. Embarquei num assunto moderno, uma barricada. E se eu não lutei pelo meu país, pelo menos retratei-o. " Imagem
30. A multidão de revoltosos guiada pela Liberdade ao longo dos corpos. Envolvido em nuvens de poeira e fumo de pólvora, o resto da multidão alvoroçada enquadrada no cenário difuso da cidade.
31. Existe porém uma mistura entre classes sociais: A classe média pelo revolucionário. E o povo pelo rapaz ; E também a exploração e uso de armas de fogo, nomeadamente pistolas. Os “soldados” têm em comum a crueldade e determinação nos seus olhos.
32. O monte de cadáveres actua como uma espécie de pedestal da qual Liberdade dá largos passos.
33. A mulher simboliza a Liberdade, segura a bandeira da Revolução Francesa numa mão, e um mosquete na outra. Descreve-a como Marianne, um símbolo da nação. Tanto alegoricamente uma deusa como uma robusta mulher do povo, uma abordagem que os críticos acusaram como "ignóbil (reles) ". Apresenta-se d escalça e com o seio descoberto; usa um barrete jacobino que simboliza a liberdade durante a Revolução Francesa de 1789.
36. Millais passou quatro meses a pintar a vegetação que vemos em segundo plano, no mesmo local, em Surrey, Inglaterra. Criou densas e elaboradas superficies pictóricas baseadas na integração dos elementos naturalistas. Este procedimento foi descrito como uma espécie de «ecosistema pictórico». Depois regressou a Londres para pintar a sua modelo Elizabeth Siddal , na altura com 19 anos, que pousou numa banheira cheia de água, tal era a determinação do pintor em captar a imagem com autenticidade. Ou seja, a Ofélia foi modelada com uma atenção esmerada a um corpo verdadeiro na água, rodeada de uma profusão encantadora de flores selvagens genuínas. O resultado é estranhamente deslocado, como se o cenário, a rapariga e as flores não pertencessem uns aos outros, conservassem a sua própria realidade e ignorassem a dos outros. Imagem
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38. Alheia ao que a cerca, o seu semblante melancólico não esboça qualquer reacção. O artista procura imprimir uma visão imaterial da mulher, cuja textura do rosto, em tom de mármore, assemelha-se às madonas renascentistas. O corpo e principalmente os rosto emanam luz, conferindo-lhe intensa carga simbólica. A pose de Ofélia remete-nos aos tradicionais retratos de santos e mártires, contudo também já foi interpretada como erótica. As mãos abertas encontram-se pousadas sob a água enquanto ela flutua pela água. Abertas, mas acolhendo nada. Existe um certo vazio. Nós sabemos que ela já partiu…
42. Turner inspirou-se na história de um navio inglês que transportava escravos, o navio chamava-se Zong e viajava de África para a Jamaica em 1783. Uma doença espalhou-se no navio e o capitão inglês decidiu atirar todos os escravos (137) ao mar, por que se os escravos morressem da doença ele não receberia o dinheiro do seguro. Por isso atirou-os ao mar que estava infestado de tubarões e os escravos foram massacrados.
43. O navio está a ser quase engolido pela a água, simbolizando como o ser humano está desprotegido das forças da natureza, a luta entre a civilização e a natureza. A luz intensa no centro do quadro é a luz libertadora que parece castigar o capitão empurrando-o do navio para a tempestade.
44. A muito movimento neste quadro, está a ocorrer vários acontecimentos ao mesmo tempo. Sobre esta água turbulenta reparamos nos braços dos escravos a aparecerem ao de cima quase num último apelo pelas suas vidas na busca de ar e liberdade.
45. A luz luminosa no centro do quadro cria um género de linha vertical que divide o quadro em duas partes: O do lado da direita em que o céu está limpo e no lado da esquerda onde o céu está preenchido com nuvens que anunciam uma tempestade.
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47. A arquitectura Romântica Portuguesa tem como principais características a valorização das tradições da Idade Média, o estilo gótico e o estilo manuelino e o interesse pelo rústico e pelo pitoresco. Palácio da Pena – Barão de Eschwede, Sintra, 1840-1847 Palácio da Regaleira – Luigi Manini, Sintra, 1905-1911 Santuário de Santa Luzia, Ventura Terra, Viana do Castelo, 1903 Arquitectura Romântica em Portugal
48. Ópera de Paris – Charles Garnier, 1861-1875 Palácio da Neuschwanstein – Eduard Riedel e Georg von Dollmann, 1868-1886, Alemanha Parlamento de Londres – Charles Barry e Augustus Plugin - 1835 Pavilhão Real – John Nash, 1818, Inglaterra Edifícios Românticos