ROMANTISMO
CARACTERÍSTICAS:
• Reação à pintura do período Neoclássico
• Valorização dos sentimentos e emoção humana
• Dramaticidade
• Nacionalismo
• Fatos históricos da época
• Natureza representada de forma viva
• Livre expressão do artista
• Dinamismo
Os românticos se caracterizam por estar em oposição à arte
neoclássica. Eles queriam se libertar das regras e valorizar o estilo do
artista na obra. Ela se caracteriza por aderir os sentimentos, a
imaginação, o nacionalismo e a natureza, através das paisagens.
Presenciamos um contraste entre o estilo anterior e o Romantismo
que surgiu no final do século XVIII e se estendeu pelo século XIX.
Século agitado por mudanças social, políticas e culturais causadas pela
Revolução Industrial e pela Revolução Francesa.
O artista romântico criava em suas obras uma atmosfera de fantasia e
heroísmo, valorizando a emoção e a liberdade de criação.
O romantismo pode ser descrito como o movimento artístico e
filosófico decorrente das fortes mudanças sociais, políticas e culturais
na Europa, sob os efeitos da Revolução Francesa e da Revolução
Industrial. Ë uma visão de mundo subjetiva e emotiva, oposta à
racionalidade e objetividade do neoclassicismo e do iluminismo.
Como expoentes do romantismo, além do pintor Eugène Delacroix
(1798-1863), podem-se citar os artistas, na França William Turner
(1775 - 1851) e John Constable (1776 - 1837) na Inglaterra, entre
outros.
Carroça de Feno (1821), John Constable – 130cmx185cm – Galeria Nacional - Londres
CARROÇA DE FENO
A paisagem com duas figuras atravessando um rio raso numa
carroça parece incontroversa, as quando a obra foi exposta
pela primeira vez, em Londres, no ano de 1821, representou
uma ruptura radical com as convenções temáticas e técnicas.
Por esse motivo a pintura acabou não sendo levada a sério.
Para o artista, o mundo natural era inspirador e afetava
profundamente a sua produção. Constable buscava expressar
sua reação pessoal à natureza por meio de seus quadros
inovadores, que representavam a paisagem cotidiana inglesa
em escala grandiosa.
Em A Carroça de Feno o pintor buscava transmitir o
movimento, a vitalidade e a luz refletida que via no trecho de
rio. O céu possui uma profundidade realista e os aspectos
cambiantes se refletem na superficie dos campos e do rio. As
nuvens ondulantes dão ritmo e movimento à cena.
EMOÇÃO À TONA
• As cores fortes pretendem trazer a emoção do
momento até o expectador. Nessa obra, Delacroix
retrata um acontecimento histórico, a rebelião
dos republicanos e liberais contra o rei Carlos 10o
em 1830, na França. O fato escolhido pelo pintor
é verídico, mas a maneira de retratá-lo é
fantasiosa: é pouco provável que houvesse uma
mulher de seios nus durante a rebelião, guiando
os manifestantes!
O fuzilamento de 3 de maio de 1808 (1814 - 15), Goya – 263cm x 410cm – Museu do
Padro, Madri
O FUZILAMENTO DE 3 DE MAIO DE 1808
O quadro plasma a repressão do acontecimento que se
conhece como o levantamento de 3 de Maio, ocorrido
em 1808, após Napoleão invadir a Espanha e a casa real
seguir as suas ordens. A revolta estoura a 3 de Maio de
1808, quando uma parte do povo de Madrid tenta evitar
a saída, ordenada pelos franceses, do infante D. Francisco
de Paula de Bourbon para a França. A situação escalou e
as tropas francesas atiraram contra os madrilenos
sublevados.
Os madrilenos que foram encontrados com armas foram
assassinados. Foram ao redor de 400 vítimas. 44
revolucionários foram juntados e fuzilados na noite de 2 a
3 de Maio na colina do Príncipe Pío, em Madrid. Este é o
episódio que Goya mostra no seu quadro.
A IMPOTÊNCIA DO HOMEM SOBRE A
NATUREZA
Percebe-se a impotência do homem sobre a natureza. Outro
fator que determina essa nova mentalidade de expor no
quadro os “sentimentos” são as características dessa
natureza, isto é, o “turbilhão emocional” representado nas
obras é o que define todo o momento.
As cores que o autor utiliza, fazendo um “jogo” de como está
o ambiente naquele momento. Nota-se também que as
pessoas da pintura não possuem rostos caracterizados,
passando a ideia de que a natureza é superior às pessoas.
As ondas, a tempestade e as expressões das pessoas
(vistas através das posições de seus corpos) caracterizam esse
momento como sombrio, onde o preto representa o medo e a
idealização da morte.
Os desastres da guerra, nº 30: "Estragos da guerra". A gravura foi vista como um precedente
do Guernica pelo caos compositivo, a mutilação dos corpos, a fragmentação de objetos e
aprestos situados em qualquer lugar da gravura, a mão cortada de um dos cadáveres, a
desmembração dos seus corpos e a figura do menino morto com a cabeça invertida, que
recorda ao que aparece sustentado pela sua mãe à esquerda da obra capital de Picasso.