5. Humanismo
Utilização de recursos
matemáticos:
proporcionalidade,
representação do espaço
em três dimensões,
geometria
Antropocentrismo – o
homem como sendo o
centro do conhecimento
Obra: O homem Vetruviano
Autor: Leonardo da Vinci
6. Imagem: Homem vitruviano / Leonardo da Vinci (1452 – 1519) /
Disponibilizada por Lviatour / Domínio Público
Antropocentrismo
Racionalismo
Humanismo e individualismo
Do grego anthropos “humano” e
kentro “centro”, ou seja, o
Homem no centro das atenções.
individualismo em oposição ao
teocentrismo e às concepções da
filosofia escolástica.
Esta nova concepção expressou-se
nas Artes Plásticas e na Literatura e
fez desenvolver o estudo da
Medicina, da Física, entre outras
Esta doutrina afirma que existe
uma causa inteligível em tudo,
mesmo que não possa ser
demonstrada de fato, como a
origem do Universo.
7. Marco da transição da cultura medieval para a cultura
moderna
Movimento intelectual – artístico, filosófico, científico
e literário
Desenvolveu-se a partir do final do século XIV, na
Península Itálica, mas teve seu auge durante o século
XVI
8. O Classicismo é um movimento cultural que valoriza e
resgata elementos artísticos da cultura clássica
(grecoromana). Nas artes plásticas, teatro e literatura, o
classicismo ocorreu no período do Renascimento Cultural
(séculos XIV ao XVI)
9. O fascínio pela vida das cidades e o desejo de desfrutar os
prazeres que o dinheiro podia proporcionar levaram a
sociedade renascentista a cultivar cada vez mais os valores
terrenos.
O Classicismo irá perdurar até 1580 com a unificação da
Península Ibérica sob o domínio Espanhol.
Apogeu da Nação Portuguesa;
Grandes Descobertas Ultramarinas;
Lisboa se transforma em uma grande metrópole.
Vasco da Gama descobriu o caminho às Índias em 1489.
Descobrimento do Brasil em 1500.
10.
11. CONTEXTO HISTÓRICO
. Crise da Igreja.
. Expansão marítima.
. Mercantilismo: desenvolvimento do
comércio.
. Absolutismo monárquico.
. Reforma protestante.
. Antropocentrismo.
. Formação cultural da burguesia.
Desenvolvimento científico:
. Copérnico: heliocentrismo
(o Sol como centro do sistema solar)
. Galileu Galilei: sistema astronômico.
12. O Teocentrismo medieval cede lugar ao Antropocentrismo
- o homem adquire consciência de sua capacidade
realizadora: conquista, inventa, cria, descobre, produz.
A preocupação passa a ser com a vida terrena, deixando
em segundo plano as questões referentes à eternidade, à
salvação e à redenção da alma.
13. A cultura vira um bem precioso para os novos ricos, porque,
patrocinando artistas e poetas, eles justificam sua aceitação pela
nobreza. Essa troca de interesses entre burgueses e artistas faz aparecer
a figura dos mecenas (termo que significa patrocínio ou incentivo à arte).
O enriquecimento dos
mercadores e comerciantes
amplia o público dos textos
literários e filosóficos,
incluindo agora a burguesia
em ascensão.
14. Francisco de Sá Miranda
A volta do poeta, em 1526, é
considerado o momento
inicial do Classicismo em
Portugal ;
Utilizou em suas obras a medida
nova e a velha.
Inspirado no mestre italiano,
Petrarca, entrou em contato com a
visão humanista.
15. 1- Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade:
Homero, Virgílio, Ovídio, etc...
2- Uso da mitologia: Os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos
gregos e latinos
aparecem também nos clássicos renascentistas: Os Lusíadas: (Vênus) = a
deusa do amor; Marte (o deus da guerra), protegem os portugueses em
suas conquistas marítimas.
16. O homem do Renascimento identifica na
cultura greco-latina os valores da época e
passa a cultuá-la. Integra seu universo artístico
os deuses da mitologia grega.
• Busca do rigor e da perfeição formal.
• Separação rigorosa dos gêneros literários
(lírico, épico e dramático).
17. 3- Predomínio da razão sobre os sentimentos: A
linguagem clássica não é subjetiva nem impregnada de
sentimentalismos e de figuras, porque procura coar,
através da razão, todas os dados fornecidos pela
natureza e, desta forma expressou verdades universais.
4- Uso de uma linguagem sóbria, simples, SEM
excesso de figuras literárias.
18. 5- Idealismo: O classicismo aborda o homem
ideal, liberto de suas necessidades diárias,
comuns. Os personagens centrais das
epopéias(grandes poemas sobre grandes feitos e
heróicos) nos são apresentados como seres
superiores, verdadeiros semi-deuses, sem
defeitos. Ex.: Vasco da Gama em os Lusíadas: é
um ser dotados de virtudes extraordinárias,
incapaz de cometer qualquer erro.
19. 6- Amor Platônico: Os poetas
clássicos revivem a ideia de Platão
de que o amor deve ser sublime,
elevado, espiritual, puro, não-
físico.
.
A mulher é vista como um ser superior, sublime,
angelical, perfeita.
Idealização amorosa, amor platônico.
20. Na poesia – metrificação rigorosa e preferência
pelo versos decassílabos.
7- Busca da universalidade e impessoalidade: A obra
clássica torna-se a expressão de verdades universais,
eternas e despreza o particular, o individual, aquilo que
é relativo.
24. Luís Vaz de Camões
Maior poeta da Língua Portuguesa
Neoplatonismo
Imortalizou as glórias de seu povo.
Registrou de forma sublime os
sofrimentos amorosos.
Os Lusíadas
Indagou sobre as inconstâncias e
incertezas da vida.
Desconcerto do mundo
25. É considerado o maior
poeta da Língua
Portuguesa.
Principal obra: Os
Lusíadas: são 8.816
versos decassílabos.
Narra a glória do povo
português no período
das grandes
navegações.
26. “Os Lusíadas” – Características da estrutura.
Canto I –
- Concílio dos deuses
- Acidentes atribuídos a Baco/ intervenções
salvadoras de Vênus
- Chegada a Mombaça.
Canto II
-Traição do rei de Mombaça,
-Intervenção de Vênus,
-Profecia de Júpiter,
-Em Melinde:
-O rei de Melinde pede a Vasco
da Gama que lhe conte a
História de Portugal.
Canto III
-História dos reis de Portugal –
D. Henrique a D. Fernando
- Batalha do Salado (episódio)
“Inês de Castro”(episódio)
Canto IV
-Hist. dos reis de Portugal: D. João I
a D. Manuel,
- Sonho profético de D. Manuel
- “O velho do Restelo” (episódio)
27. A lírica camoniana
O amor – a lírica amorosa camoniana está ligada a uma concepção
neoplatônica do amor. Isso quer dizer, o Amor é um ideal superior, único
e perfeito. Mas, seres decaídos e imperfeitos, somos incapazes de atingir
esse ideal.
O desconcerto do mundo – a vida humana não está condicionada a essas
imperfeições, mas o espírito anseia por outros horizontes. Disso resulta
uma visão extremamente pessimista da vida.
28. Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
30. Os Lusíadas (1572)
O poema se organiza tradicionalmente em cinco partes:
1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3)
Apresentação da matéria a ser cantada: os feitos dos navegadores portugueses,
em especial os da esquadra de Vasco da Gama e a história do povo português.
2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5)
O poeta invoca o auxílio das musas do rio Tejo, as Tágides, que irão inspirá-lo na
composição da obra.
3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18)
O poema é dedicado ao rei Dom Sebastião, visto como a esperança de
propagação da fé católica e continuação das grandes conquistas portuguesas por
todo o mundo.
4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144)
A matéria do poema em si. A viagem de Vasco da Gama e as glórias da história
heróica portuguesa.
5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156)
Grande lamento do poeta, que reclama o fato de sua “voz rouca” não ser ouvida
com mais atenção.
31. A armada de Vasco da Gama partiu do Restelo no dia 8 de Julho de
1497 e chegou a Calecute, na Índia, no dia 20 de Maio de 1498.
32. Resumo do enredo:
Portugal, como foi visto anteriormente,
passava por um momento de grandiosidade
diante das demais nações europeias. Esse
momento era ainda mais valorizado pelo
espírito de nacionalismo que surgia nos séculos
XV e XVI.
Motivados com a liderança nas grandes
navegações, foram várias as tentativas de fazer
uma epopéia sobre o assunto e, com isso,
registrar para a posteridade esse momento de
glória.
34. O EPISÓDIO DE INÊS DE CASTRO
Camões, como outros artistas que retrataram a
morte de Inês de Castro, prefere a imagem da
espada encravada no peito, sem dúvida, mais lírica, à
do degolamento:
Tais contra Inês os brutos matadores,
No colo de alabastro, que sustinha
As obras com que Amor matou de amores
Aquele que depois a fez rainha,
As espadas banhando e as brancas flores
Que ela dos olhos seus regadas tinha,
Se encarniçavam, férvidos e irosos,
No futuro castigo não cuidosos.
35. Tu, só tu puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano
Tuas aras banhar em sangue humano.
36.
37. O lirismo dentro da obra épica
Os Lusíadas é uma obra de caráter épico onde o universo
masculino é o predominante. Assim, todo o episódio de Inês de
Castro entra em perfeito contraste com a restante obra. Neste
episódio a personagem central é feminina e o lirismo presente nos
sonetos camonianos é transposto para estas estâncias. Luís de
Camões consegue estabelecer com o leitor um contacto
inquestionavelmente emotivo. com os versos O desespero que
Camões coloca nas falas de Inês (inventadas por si) faz com que um
universo de terror progrida e “arraste” consigo o próprio leitor.
Existem momentos em que o leitor é levado a sentir compaixão e
levado também a partilhar o sofrimento das personagens da
tragédia, a piedade perante tal destino trágico instala-se dando
assim origem à Catarse.
39. GIGANTE ADAMASTOR
O gigante chama os portugueses de ousados e afirma que nunca
repousam e que tem por meta a glória particular, pois chegaram aos
confins do mundo. Repare na ênfase que se dá ao fato de aquelas
águas nunca terem sido navegadas por outros: o gigante diz que
aquele mar que há tanto ele guarda nunca foi conhecido por outros.
E disse: "Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas,
Pois os vedados términos quebrantas
E navegar nos longos mares ousas,
Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho,
Nunca arados d’estranho ou próprio lenho:
40. Revela o interesse do
Renascimento pelo
homem. Reproduzida
de todas as formas
imagináveis, a magia
dessa figura
“feminina” continua
intacta.