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A Inquisição


A Inquisição foi criada pelo Papa Gregório IX em 20 de abril de 1233, e
tinha o caráter de instituição judicial cujos objetivos eram localizar,
processar e sentenciar pessoas culpadas de heresia. Restaurada pelo
Papa Paulo III, em 1542,a Inquisição vigiava, perseguia e condenava
aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Exercia
também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e
censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a
todas as inovações científicas. Na verdade, a Igreja receava que as
ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à
contestação da autoridade do Papa.                Leitura do doc da pág 119
Em Portugal, a Inquisição
                                 foi introduzida em 1536,
                                 no reinado de D. João III,
                                 e as suas principais
                                 vítimas      foram     os
                                 cristãos-novos, isto é,
                                 os descendentes dos
                                 judeus convertidos ao
                                 Cristianismo durante o
                                 reinado de D. Manuel I.




                                                              sambenito



Pedro Berruguete [1450 – 1503]
Auto-de-fé; Museu do Prado
Em muitos casos as perseguições e as condenações não eram motivadas por
razões religiosas, mas sim por razões económicas. É que os bens dos
condenados passavam a pertencer à Inquisição e muitos cristãos-novos eram
ricos burgueses.
Quando não havia certeza sobre a culpabilidade do acusado, mas sendo
provável que o mesmo realizara o crime que lhe era imputado, o Tribunal, por
maioria dos seus membros, podia recomendar a tortura como meio de ser obtida
a confissão.




                                                    Leitura do doc da pág 120
 A tortura era um recurso utilizado para extrair confissões dos
  acusados de pequenos delitos, até crimes mais graves. Diversos
  métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo dos anos. Os
  métodos de tortura mais agressivos eram reservados àqueles que
  provavelmente seriam condenados à morte.
Diversos métodos de tortura foram
desenvolvidos ao longo dos anos
Cadeira inquisitória


 Empregada em interrogatórios
 pelo inquisidor. O réu sentava nu
 e com o mínimo de movimento, as
 agulhas penetravam-lhe o corpo,
 provocando efeitos terríveis. A
 cadeira, às vezes, era aquecida
 até ficar em brasa. Esta ao lado
 tem 1.606 pontas de madeira e 23
 de ferro.
A dama de Ferro:

É     uma    espécie    de
sarcófago com espinhos
metálicos na face interna
das      portas.     Estes
espinhos não atingiam os
órgãos vitais da vítima,
mas feriam gravemente.
Mesmo sendo um método
de tortura, era comum
que as vítimas fossem
deixadas lá por vários
dias, até que morressem.
Mesa de evisceração

Conhecida também
de esquartejamento
manual.O condenado
era colocado deitado,
preso pelas juntas e
eviscerado vivo pelo
carrasco. Abria-lhe o
estômago com uma
lâmina, prendia com
pequenos pregos as
vísceras e, com a
roda, lentamente ia
puxando os ganchos.
Os órgãos iam saindo
do corpo durante
horas, até morrer.
Roda de
Despedaçamento
Este instrumento produzia um
sistema de morte horrível. Sob
a roda colocava-se brasas, e o
carrasco, girando a roda cheia
de pontas, fazia com que o
condenado morresse
praticamente assado. Esteve
em uso no período de 1100 a
1700.
Balcão de estiramento

Instrumento para
desmembramento dos
ombros e as
articulações do
condenado, seguido
pelo desmembramento
da coluna vertebral e
então pelo rompimento
dos músculos, abdome
e peito. Antes desses
efeitos mortais, porém,
o corpo da vítima se
alongava até trinta
centímetros.
 As       pessoas        viviam
  amedrontadas e sabiam que
  podiam ser denunciadas a
  qualquer momento sem que
  houvesse     necessariamente
  razão para isso. Quando
  alguém     era     denunciado,
  levavam-no preso e, muitas
  vezes, era torturado até
  confessar.      Alguns     dos
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  para acabar com a tortura.
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  chamadas autos-da-fé, a
  morrer na fogueira.
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                     públicas - Autos de Fé
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A Inquisição: tortura e perseguição religiosa

  • 1. A Inquisição A Inquisição foi criada pelo Papa Gregório IX em 20 de abril de 1233, e tinha o caráter de instituição judicial cujos objetivos eram localizar, processar e sentenciar pessoas culpadas de heresia. Restaurada pelo Papa Paulo III, em 1542,a Inquisição vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. Na verdade, a Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa. Leitura do doc da pág 119
  • 2. Em Portugal, a Inquisição foi introduzida em 1536, no reinado de D. João III, e as suas principais vítimas foram os cristãos-novos, isto é, os descendentes dos judeus convertidos ao Cristianismo durante o reinado de D. Manuel I. sambenito Pedro Berruguete [1450 – 1503] Auto-de-fé; Museu do Prado
  • 3. Em muitos casos as perseguições e as condenações não eram motivadas por razões religiosas, mas sim por razões económicas. É que os bens dos condenados passavam a pertencer à Inquisição e muitos cristãos-novos eram ricos burgueses. Quando não havia certeza sobre a culpabilidade do acusado, mas sendo provável que o mesmo realizara o crime que lhe era imputado, o Tribunal, por maioria dos seus membros, podia recomendar a tortura como meio de ser obtida a confissão. Leitura do doc da pág 120
  • 4.  A tortura era um recurso utilizado para extrair confissões dos acusados de pequenos delitos, até crimes mais graves. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram reservados àqueles que provavelmente seriam condenados à morte.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo dos anos
  • 13.
  • 14. Cadeira inquisitória Empregada em interrogatórios pelo inquisidor. O réu sentava nu e com o mínimo de movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos terríveis. A cadeira, às vezes, era aquecida até ficar em brasa. Esta ao lado tem 1.606 pontas de madeira e 23 de ferro.
  • 15. A dama de Ferro: É uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.
  • 16. Mesa de evisceração Conhecida também de esquartejamento manual.O condenado era colocado deitado, preso pelas juntas e eviscerado vivo pelo carrasco. Abria-lhe o estômago com uma lâmina, prendia com pequenos pregos as vísceras e, com a roda, lentamente ia puxando os ganchos. Os órgãos iam saindo do corpo durante horas, até morrer.
  • 17. Roda de Despedaçamento Este instrumento produzia um sistema de morte horrível. Sob a roda colocava-se brasas, e o carrasco, girando a roda cheia de pontas, fazia com que o condenado morresse praticamente assado. Esteve em uso no período de 1100 a 1700.
  • 18. Balcão de estiramento Instrumento para desmembramento dos ombros e as articulações do condenado, seguido pelo desmembramento da coluna vertebral e então pelo rompimento dos músculos, abdome e peito. Antes desses efeitos mortais, porém, o corpo da vítima se alongava até trinta centímetros.
  • 19.  As pessoas viviam amedrontadas e sabiam que podiam ser denunciadas a qualquer momento sem que houvesse necessariamente razão para isso. Quando alguém era denunciado, levavam-no preso e, muitas vezes, era torturado até confessar. Alguns dos suspeitos chegavam a confessar-se culpados só para acabar com a tortura. No caso do acusado não se mostrar arrependido ou de ser reincidente, era condenado, em cerimónias chamadas autos-da-fé, a morrer na fogueira.
  • 20. As sentenças do Tribunal eram lidas e executadas em Cerimónias públicas - Autos de Fé
  • 21. Os autos de Fé eram espectáculos cuidadosamente encenados que tinham como finalidade comover as massas. Os gritos dos condenados provocavam o júbilo da assistência. Exclamações de alegria acompanhavam as sessões
  • 22. Toda a atmosfera criada tinha como objectivo levar à confissão pelo medo e pelo terror. A morte pelo fogo era um acto de fé para salvar uma alma condenada