1. Dor no Idoso
Módulo 6: Higiene no Idoso
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde
Mariana Rei N.º12
2013/2014
Colégio D. José I
2. Conceito de
Dor
“Efeito de um mal que o
corpo experimenta.”
Sensação corporal;
Mal-estar emocional;
Atividade de evitamento.
Sistema Sensorial
Informa o indivíduo sobre o seu
ambiente e sobre o estado do seu
organismo
4. Controlo da
Dor: um desfio
em equipa
Idoso
Família
Médicos e
Profissionais
C. Saúde
Enfermeiro
C. Saúde
Profissionais
Unidade Dor
Farmácia
Comissão
Feridas
Outros…
5. Não há testes objetivos para medir a dor, a sua presença e a intensidade devem ser avaliadas e
medidas pelo que o doente exprime...
Para tal é importante:
Monitorizar, reavaliar e registar a dor por rotina;
Inquirir obrigatoriamente a presença de dor em todos os idosos, tentando obter,
em primeiro lugar, a autoavaliação do idoso, mesmo que seja uma resposta
sim/não à pergunta “tem dor?”.
Valorizar na primeira observação do idoso as alterações comportamentais e
cognitivas e as possíveis manifestações de dor em repouso, em movimento e
durante os cuidados e estar atento a outros indicadores, nomeadamente:
oA expressão facial;
o Os movimentos corporais;
oAs verbalizações ou vocalizações;
oA alteração das relações interpessoais;
oAs alterações do estado mental.
6. Classificação da Dor:
Classificação
Topográfica
Classificação
Fisiopatológica
Classificação
Temporal
Focal
Radicular
Referida
Central
Dor nociceptiva
Dor sem lesão tecidular ativa
Aguda
Crónica
Recidivante
7. Classificação Fisiopatológica
Dor Nocicetiva
Devida a uma lesão tecidular contínua, estando o
Sistema Nervoso central íntegro.
É originada nos nociceptores, mecânicos, térmicos ou
químicos junto da área física em que ocorre o estímulo
que a origina.
Dor Sem Lesão Tecidular Ativa
Devida a compromisso neurológico (dor neuropática)
ou de origem psicossocial (dor psicogénica).
Dor Neuropática é uma dor provocada por uma lesão
ou uma doença no sistema nervoso. Normalmente são
descritas como sensações agudas, de queimadura ou de
choque elétrico, ou ainda como sensações de
formigueiro. É de difícil tratamento e frequentemente
torna-se crónica. É muitas vezes incapacitante.
Dor Psicogénica é de origem emocional, e é rara,
podendo no entanto ser muito incapacitante e de difícil
tratamento.
8. Classificação Temporal da Dor
Aguda
Crónica
Recidivante
Dor aguda: É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada. Normalmente há uma definição temporal
e/ou causal para a dor aguda.
Dor crónica: É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação temporal e/ou causal, que causa
sofrimento, podendo manifestar-se com várias características e gerar diversos estádios patológicos.
Dor recidivante: Característica da doença que recidiva, que acontece de forma recorrente ou repetitiva.
9. Características da Dor
o Localização
o Irradiação
o Carácter ou qualidade
o Intensidade
o Duração
o Evolução
o Relação com funções orgânicas
o Fatores desencadeastes
o Fatores de alívio
o Manifestações associadas
Fatores Desencadeantes ou
Agravantes
o Alimentação
o Execução de Esforço
o Repouso
o Peso
o Movimento
o Compressão local
10. Fluxograma de Avaliação da Dor no Idoso
Comunica?
Aparenta
dor mas
não
colabora
Avaliar dor (escala
qualitativa ou
numérica)
Avaliar mal-estar,
sofrimento
(escala
comportamental)
Refere e
aparenta
dor
Localizar
Dor
História
da Dor
Tratar a
dor
11. Tabela – Resumo da avaliação
Identificar a presença de dor no idoso qualquer que seja o contexto de observação.
Avaliar a dor por rotina considerando que os idosos podem não a manifestar
Considerar como dor outros termos usados pelos idosos para a expressar;
Escolher a Escala Numérica ou a Escala Qualitativa como primeira alternativa
Recorrer a observação comportamental completa
Usar diagramas ou, em alternativa, considerar os locais que o idoso apontar
Detetar as possíveis causas de dor
Completar sempre a avaliação da história da dor com as outras dimensões (social, cultural,
espiritual, espiritual e psicológica)
Solicitar a colaboração de familiares e/ou cuidadores
12. Classificação da Intensidade da Dor
o Escalas visuais
o Escalas numéricas
o Escalas faciais
o Questionário de dor McGill (MPQ)
Escalas qualitativa
13. Escala Numérica
• Régua dividida em 11 partes iguais, numeradas
de 0 a 10;
• Apresenta-se na horizontal ou na vertical;
• A classificação numérica indicada pelo idoso
será assinalada na folha de registo com a hora
e data.
Escala Qualitativa
• Solicita-se ao idoso que classifique a
intensidade da sua Dor de acordo com os
seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor Ligeira”,
“Dor Moderada”, “Dor Intensa” ou “Dor
Máxima”;
• Estes adjetivos devem ser registados na folha
de registo, com data e hora.
14. Escala de Faces Wong Baker
o Solicita-se ao idoso que classifique a intensidade da
sua dor de acordo com a mímica representada em
cada face desenhada.
o Regista-se no processo do idoso o número
equivalente à face selecionada pelo doente.
15. Escala Visual Analógica (EVA)
• Linha horizontal ou vertical, com 10 cm de comprimento que tem
assinalada numa extremidade a classificação “Sem Dor” e, na outra, a
classificação “Dor Máxima”.
• O idoso faz um traço ou cruz, perpendicular à linha, ponto que
representa a intensidade da sua Dor.
• É útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais
os procedimentos que têm surtido melhores resultados, assim como se
há alguma deficiência no tratamento, de acordo com o grau de melhora
ou piora da dor.
• É a mais usual.
16. Questionário de Dor McGill (MPQ)
Elaborado em 1975 por
Melzack, na Universidade
McGill, no Canadá, com o
objetivo de fornecer medidas
qualitativas de dor que possam
ser analisadas estatisticamente.
Avalia qualidades:
o Sensoriais
o Afetivas
o Temporais
17. Terapêuticas farmacológicas para o controlo da dor no Idoso
São medicamentos que, não sendo verdadeiros analgésicos, contribuem para o alívio da dor, potenciando os
analgésicos nos vários fatores que podem agravar o quadro álgico. São exemplo, entre outros, os antidepressivos, os
ansiolíticos, os anti convulsivantes, os corticosteroides, os relaxantes musculares e os anti-histamínicos.
As técnicas farmacológicas mais conservadoras envolvem, fundamentalmente, a utilização de fármacos analgésicos e
adjuvantes.
Os analgésicos podem ser opioides (morfina, por exemplo, e codeína) e não opioides (os anti-inflamatórios não
esteroides e os antipiréticos, como o paracetamol e o metamizol).
18. Terapêuticas não farmacológicas para o controlo da dor no Idoso
o Exercício
o Aplicação do Calor ou Frio
o Massagem
o Diatermia e Ultrassons
o Imobilização
Deve ser adaptado às necessidades e preferências de cada
idoso, e realizado, no mínimo, durante oito a doze
semanas. Os exercícios melhoram a capacidade funcional
e diminui a dor.
É benéfica nos espasmos musculares ou na
dor neuropática periférica. Ter especial
cuidado em
presença de alterações cognitivas ou da
sensibilidade, por exemplo nos diabéticos.
Está indicada nos espasmos
musculares, devendo ser
realizada por profissionais.
Têm indicação no alívio da
dor músculo‐esquelética
profunda.
Tem benefício no alívio da dor osteoarticular, se
realizada por curtos períodos (alguns dias).
Se prolongada aumenta o risco de capsulite adesiva e de
diminuição permanente da amplitude articular.
19. o Cirurgia
o Estimulação Elétrica
Nervosa Transcutânea
(TENS)
o Educação do Idoso e
Cuidador
o Estratégias Cognitivas
o Distração
Terapêuticas não farmacológicas para o controlo da dor no Idoso
Tem demonstrado bons resultados em
programas individuais ou em grupo, desde
que adaptados às
necessidades do idoso e à sua capacidade de
compreensão.
Pode ser benéfica em diversos tipos
de dor, nomeadamente fratura
costal.
Em programas individuais ou em grupo, têm
como objetivo alterar as atitudes e crenças
do idoso e promover a modificação da
experiência da dor e sofrimento.
A artroplastia está indicada em idosos com
patologia dolorosa que a justifique. A neuro
ablação é benéfica
em idosos com dor refratária e esperança de
vida curta.
A utilização de técnicas como a
música, leitura, ou outra, tem
demonstrado benefício no controlo
da dor no idoso.
Notas do Editor
A dor pode ser definida como “Efeito de um mal que o corpo experiment.” Sendo
assim, esta definição pretende identificar três elementos presentes: uma sensação corporal, um
mal-estar emocional e uma actividade de evitamento. É uma sensação na medida em que a dor
é desencadeada por um sistema sensorial especializado de descodificação que informa o
indivíduo sobre o seu ambiente e sobre o estado do seu organismo