Este documento discute os impactos ambientais dos lava jatos e fornece diretrizes para minimizar a poluição da água, incluindo a instalação de caixas separadoras de água e óleo e o descarte adequado de resíduos.
Marcelo Manhães de Amorim - Educação Ambiental voltada a Lava Jatos e Oficinas Mecânicas
1. LAVA JATOS E SEUS
IMPACTOS
Poluição e conscientização
Mesquita /Julho 2008
PREFEITURA DA CIDADE DE MESQUITA – RJ.
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – SEMUAM
SUPERVISÃO DE LICENCIAMENTO E CONTROLE AMBIENTAL
2. A água é um recurso essencial
para a vida. Por isso é necessário
preserva - lá
3. Se constitui na espinha dorsal do direito
ambiental brasileiro, definindo que o poluidor
é obrigado a indenizar danos ambientais que
causar, independentemente da culpa.
Lei 6.938/81
Política Nacional do Meio
Ambiente
4. Lei 9.605/98
Crime Ambiental
A partir dela a pessoa jurídica, autora ou co-
autora, da infração ambiental (falta de uma
caixa separadora de água e óleo ,poço
de monitoramento fora da norma da
ABNT) pode ser penalizada chegando a
liquidação da empresa, pena de reclusão até 4
anos e/ou multa de 1.000 a 50.000.000 de
reais.
5. Qualidade da água disponível
A poluição das águas devido as atividades humanas aumentou vertiginosa-
mente nos últimos 50 anos.
De acordo com a legislação, a poluição da água pode ser:
ouPontual
Descarga de efluentes a partir
de indústrias e de estações
de tratamento de esgoto
São bem localizadas, fáceis
de identificar e de monitorar
Difusa
Escoamento superficial urbano, lava jatos,
oficinas mecânicas,
postos de abastecimento e lavanderias
escoamento superficial de áreas
agrícolas e deposição atmosférica
Espalham-se por toda a cidade,
são difíceis de identificar e tratar
6. Água + Poluente:
Substância no lugar errado
A lavagem de veículos resulta em uma
liberação de produtos poluidores que
chegam através de canaletas aos
coletores de esgoto, podendo causar a
obstrução das redes e danos aos
equipamentos e instalações das estações
de tratamento. Os lava jatos são,
portanto, uma outra fonte de
preocupação das empresas que tratam o
esgoto.
9. Poluição
Local errado
A coleta e o tratamento dos esgotos
está intimamente relacionada a
qualidade de vida. Infelizmente,
apenas 0,6% da água no mundo é
água doce disponível naturalmente.
11. Resultado da Poluição por petróleo
e seus derivados
A quantidade de oxigênio diminui e outras espécies
acabam morrendo
Os peixes da superfície
morrem por intoxicação
e falta de oxigênio
Peixes que vivem no
fundo e se alimentam
de resíduos, morrem
envenenados
13. Primeiro Passo - Três caixas são necessárias para reter o material prejudicial ao
sistema de esgoto. A caixa de areia serve para reter o material mais pesado, que é
conduzido pela água da lavagem de carros e das instalações. Ela deve ter dimensões
que proporcionem velocidades baixas no fluxo, que produzam a deposição de areia e
outras partículas no fundo da caixa. As partículas impregnadas de óleo que serão
retiradas devem ser encaminhadas aos aterros sanitários.
Tratamento eficaz
O segundo passo - instalar a caixa separadora de óleo e graxas, que tendem a
flutuar e podem ser retiradas do esgoto através de uma tubulação. Uma última caixa
coleta todo o óleo. É um depósito que deve ser esvaziado periodicamente. O óleo
deve, então ser acondicionado em recipiente próprio e encaminhado para a
reciclagem por meio da venda a refinadores credenciados pelo Instituto Estadual de
Ambiente – INEA, antiga FEEMA e devidamente licenciados.
O terceiro passo - as canaletas (indicar medidas) para coleta de efluentes,
interligadas ao conjunto separador de água e óleo (CSAO). Apresentar na planta o
desenho, com cotas, do CSAO adotado, indicando o corpo receptor dos efluentes do
CONJUNTO separador água/óleo;
14. CAIXAS SEPARADORAS DE ÁGUA E ÓLEO
CAIXA SEPARADORA
CAMINHO
DA ÁGUA
ÓLEO RETIDO
Objetiva separar o óleo acumulado
no setor de troca de óleo e
lavagem;
São dispositivos que devem ser
dimensionados em função das
áreas que destinam a atender;
São eficientes quando são limpas
em curtos períodos tempo.
15. A caixa é produzida de acordo com as
resoluções do Conama: nº. 20, de
18/06/1986, que prevê o teor máximo de
óleo e graxas menor que 20 mg/L e a de nº
273, de 29/11/2000, que estabelece o uso
das placas coalescentes. Ela também é
padronizada conforme as especificações da
NBR 14.605 válida a partir de 30/11/2000.
18. PISO EM CONCRETO
- O piso possui função de evitar a
passagem de poluentes para o
subsolo;
Este deverá ser construído
sobre malha de ferro e ter sua
superfície alisada de forma a
garantir o escoamento dos
líquidos pela sua superfície;
deverá ter caimento orientado
para o sistema de calhas
instaladas perifericamente às
ilhas de abastecimento;
No piso não deverão existir
trincas, fraturas ou juntas
abertas;
19. CANALETAS
- A função das canaletas é direcionar as
águas para a(s) caixa(s) separadoras;
- Estas canaletas sempre deverão contornar
toda área de lavagem;
- Deverão sempre estar localizadas na
área protegida pela cobertura (chuvas)
ou dimensionadas para atender a vazão;
- Construção de canaletas de drenagem,
em perfil cartola, seção de 7cmX7cm
com 2cm de aba, para cada lado –
PADRÃO PARA ÁREA DE LAVAGEM
COBERTA
- Deverão ser limpas se possível
diariamente no sentido de evitar que
sejam carregados resíduos sólidos (lixo)
juntamente com efluentes para a(s)
caixa(s) separadora(s).
21. Resíduos sólidos
Embalagens de óleo lubrificante, filtros
de óleo, xampu, limpa-vidros, filtros de
ar, removedores, resíduos de
borracharia, areia e lodo do fundo das
caixas do sistema separador água/óleo e
etc.
22. ARMAZENAMENTO E DESTINO
ADEQUADO DO “ÓLEO QUEIMADO”
Os coletores de óleos devem estar
acondicionados em bacias de contenção em
local coberto que suportem seu volume;
O óleo lubrificante usado somente poderá
ser alienado a coletores de óleos e re-
refinados conforme resolução CONAMA n°.
09 de 31/08/93.
23. O armazenamento do óleo
lubrificante usado também
pode ser feito em
tambores plásticos de 200
litros cada, depositados no
interior de caixa metálica
sob piso de concreto.
Ainda podemos ter
tambores metálicos, que
acondicionam o óleo
lubrificante usado, sendo os
mesmos instalados em
bacia de contenção.
24. Sistema de coleta e disposição final dos
resíduos sólidos
Embalagens de óleo lubrificante, filtros de óleo deverão seguir
a metodologia reversa, ou seja, terão que ser armazenadas e
posteriormente devolvidas aos seus distribuidores.
Embalagens de xampu, limpa-vidros, removedores poderão ter
como destino o aterro sanitário, mas também podem ser
entregues ao Programa Coleta Seletiva Solidária da Prefeitura
de Mesquita; é preciso que os vasilhames estejam sem
nenhum resíduo.
Filtros de ar – em levantamento
Resíduos de borracharia – fazer o cadastramento na vigilância
sanitária do município para que ela possa fazer o recolhimento.
Telefone: 3763-9760/9761/9762/9763 Ramal: 243 e 258;
Areia e lodo do fundo das caixas do sistema separador
água/óleo – deverão ser postos para secagem e
acondicionados em sacos plásticos de no máximo 25 litros e
encaminhados para aterro sanitários.
25. Poluição por óleo mineral
O óleo mineral não é biodegradável. Por isso, o
maior perigo aparece quando o destino de toda
a sujeira causada pelos lava jatos e oficinas são
lançados nas galerias de águas pluviais, pois
significa que toda a água é direcionada aos rios
e lagos sem nenhum tratamento. Sem falar na
ameaça dos lençóis freáticos com lançamentos
de óleo lubrificante, combustível e outras
substâncias químicas.
26. Conclusões
Temos que construir uma sociedade
“ecologicamente correta”
Eliminar hábitos de desperdícios de nossas
“reservas naturais”
E acabarmos com a triste mania de “retirar o lixo
da nossa casa jogando-o no quintal do vizinho”
27. Obrigado!
Marcelo Manhães de Amorim
Diretor de Licenciamento e Controle Ambiental
SEMUAM - MESQUITA
mmaforest@gmail.com
Agradecimentos aos membros da equipe da Supervisão de
Licenciamento e Controle Ambiental
• Carlos Werneck – Diretor do Depto.Controle Ambiental
• Cláudio Laurindo – Assistente de Fiscalização Ambiental
• Gisele Gómez – Fiscal Ambiental