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Gestão de resíduos sólidos:
importância do aterro sanitário
Prof.ª Me: Aline Furtado Louzada
Engenheira Ambiental
Contato: eng.alinelouzada@yahoo.com.br 1
Sumário
• Introdução
• Resíduos Sólidos
• Destinação de RSU
• Lixão
• Aterro controlado
• Aterro sanitário
• Marco Legal e normas técnicas
• Critérios de seleção de área de aterro
• Especificações técnicas e aspectos funcionais de
um aterro sanitário
• Considerações Finais
Introdução
• A quantidade de resíduos sólidos gerados pela atividade
humana aliada a diminuição de locais adequados para a
disposição final tem se apresentado como um dos
grandes desafios a serem enfrentados não só pelas
administrações municipais, como também, por toda a
sociedade.
• A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) traz um
grande desafio, com diretrizes que precisam ser
seguidas desde o empresário até os governos,
passando pelas esferas municipal, estadual e federal.
Introdução
• A PNRS prevê o término dos lixões (até agosto de 2014)
e o encaminhamento apenas dos rejeitos (restos de
resíduos que não podem ser reaproveitados) para os
aterros sanitários.
• A lei nº 12.305/2010 define algumas atividades que são
proibidas nas áreas de disposição final dos resíduos
sólidos como, por exemplo, catação, criação de animais
domésticos e fixação de habitação temporária ou
permanente.
Resíduos Sólidos no Mundo
• De acordo com documento elaborado pelo Banco
Mundial (2012) o total de RSU no mundo é de 1,3
bilhões de toneladas por ano, ou 1,2 kg por dia para
cada habitante.
• As previsões são de que em 2025 este valor chegue a
2,2 bilhões de toneladas.
• Os EUA ficam em 1º lugar com mais de 2,5 kg de
resíduos produzidos, em média, por cada cidadão em
um único dia.
• Na Noruega também se chega nestes níveis.
• A Itália produz cerca de 89.000 toneladas de resíduos
por dia, 2,23 kg per capita.
Resíduos Sólidos no Brasil
• De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico realizada pelo IBGE em 2000, coletou-se no
Brasil 125,281 mil toneladas por dia de resíduos
domiciliares e 52,8% dos municípios
Brasileiros dispõe seus resíduos em lixões.
• Segundo a ABRELPE (2012) a quantidade de resíduos
sólidos urbanos gerados em 2011 foi de 198.514
toneladas, perfazendo um total de 1,223 Kg/hab./dia.
Em 2012 foram gerados pela população brasileira um
total de 201.058 toneladas de resíduos sólidos, com
índice de 1,228 1,223 Kg/hab./dia.
Resíduos Sólidos no Brasil
• Merecem destaque os números relacionados à
destinação final dos resíduos coletados, cuja pesquisa
revelou que 58% seguiram para aterros sanitários em
2012, praticamente sem alteração do cenário registrado
no ano anterior.
• Nesse sentido, é importante ressaltar que os 42%
restantes correspondem a 76 mil toneladas diárias,
que são encaminhadas para lixões ou aterros
controlados.
Resíduos Sólidos no Brasil
• A destinação inadequada de RSU se faz presente em
todas as regiões e estados brasileiros e 3.352
municípios, correspondentes a 60,2% do total, ainda
fizeram uso em 2012 de locais impróprios para
destinação final dos resíduos coletados.
Resíduos Sólidos na Região Norte
• Os 449 municípios da região Norte geraram, em 2012, a
quantidade de 13.754 toneladas/dia de RSU, das quais
84,23% foram coletadas.
• Dos resíduos coletados na região, cerca de 65%,
correspondentes a 7.522 toneladas diárias, ainda são
destinados para lixões e aterros controlados (ABRELPE,
2012).
Resíduos Sólidos no Pará
• Coleta e Geração de RSU no Estado do Pará
Resíduos Sólidos no Pará
• Destinação final de RSU no Estado do Pará (t/dia)
Resíduos Sólidos em Tucuruí
• Segundo dados fornecidos pela concessionária de
serviços de limpeza urbana de Tucuruí (CLEAN Gestão
Ambiental), no período de 2011, foram coletados 50.000
kg/dia de RSU .
• A média per capita de geração de RSU do município é
de 0,500/kg/hab/dia.
Destinação de RSU
• Lixão
• Aterro Controlado
• Aterro Sanitário
Lixão
• É uma forma inadequada de disposição final de resíduos
sólidos, caracterizada pela sua descarga sobre o solo,
sem critérios técnicos e medidas de proteção ambiental
ou à saúde pública. É o mesmo que descarga a “céu
aberto”
• Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes
líquidos - o chorume. Este infiltra no solo podendo levar
substâncias contaminantes para o solo e tambám para o
lençol freático.
Lixão
• Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo
livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças,
adolescentes e adultos catam comida e materiais
recicláveis para vender.
• No lixão ao resíduos ficam expostos sem nenhum
procedimento que evite danos ambientais e impactos
sociais negativos.
Lixão de Tucuruí
Aterro Controlado
• O aterro controlado é uma fase intermediária entre o
lixão e o aterro sanitário.
• Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi
remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e
grama (idealmente selado com manta impermeável para
proteger a pilha da água de chuva) e captação de
chorume e gás.
Aterro Controlado
• Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos
com uma impermeabilização com manta e tem uma
operação que procura dar conta dos impactos negativos
tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou
outro material disponível como forração ou saibro.
• Tem também recirculação do chorume que é coletado e
levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua
absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de
tratamento para o chorume como uma estação de
tratamento para este efluente.
Aterro Controlado
Aterro Sanitário
• Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no
solo, sem causar danos à saúde pública e à sua
segurança, minimizando os impactos ambientais,
método este que utiliza princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos à menor área possível e
reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os
com uma camada de terra na conclusão de cada
jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se
necessário (NBR 8419:1992)
Aterro Sanitário
• Preferencialmente deve possuir uma vida útil superior a
10 anos, prevendo-se ainda o seu monitoramento por
alguns anos após o seu fechamento.
• No processo de decomposição dos resíduos sólidos,
ocorre a liberação de gases e líquidos (chorume ou
percolado) muito poluentes, o que leva um projeto de
aterro sanitário a exigir cuidados como
impermeabilização do solo, implantação de sistemas de
drenagem eficazes, entre outros, evitando uma possível
contaminação da água, do solo e do ar.
23
Corte esquemático de um aterro
sanitário
Características do aterro sanitário
• Impermeabilização da base do aterro: evita o contato
do chorume com as águas subterrâneas. A
impermeabilização pode ser feita com argila ou
geomenbranas sintéticas;
• Instalação de drenos de gás: canal de saída do gás do
interior do aterro. O biogás pode ser recolhido para o
aproveitamento energético através da ligação de todos
os drenos verticais com um ramal central.
Características do aterro sanitário
• Sistema de coleta de chorume: a coleta de chorume
deve ser feita pela base do aterro. O chorume coletado
é enviado a lagoas previamente preparadas com
impermeabilização do seu contorno ou enviados para
tanques de armazenamento fechados;
• Sistema de tratamento de chorume: após coletado, o
chorume deve ser tratado antes de ser descartado no
curso hídrico receptor. Os tipos de tratamento mais
convencionais são o tratamento biológico, tratamento
por oxidação ou tratamento químico;
Características do aterro sanitário
• Sistema de drenagem de águas pluviais: o sistema de
captação e drenagem de águas de chuva visa escorrer a
água por locais apropriados para evitar a infiltração que
gera o chorume.
• Além da operação, o aterro deve contar com unidades
de apoio, como acessos internos que permitam a
interligação entre os diversos pontos do aterro, portaria
para controlar a entrada e saída de pessoas e
caminhões de lixo e isolamento da área para
manutenção da ordem e do bom andamento das obras.
Aterro x Lixão
Aterro Lixão
Entrada restrita a veículos devidamente
cadastrados, desde que contenham
apenas resíduos permitidos para aquele
Aterro
Sem qualquer controle de entrada de
veículos e resíduos.
Recepção dos resíduos
Controle de entrada
Aterro Lixão
Pesagem, procedência, composição do
lixo, horário de entrada e de saída dos
veículos são observados
Não dispõe de controle de pesagem,
horário, procedência, etc.
Aterro x Lixão
Aterro Lixão
Antes da utilização da célula, o local é
devidamente impermeabilizado seguindo
critérios que vão depender das
características do solo e do clima.
O lixo é depositado diretamente sobre a
camada de solo, podendo provocar
danos ao meio ambiente e à saúde.
Impermeabilização
Deposição
Aterro Lixão
A deposição deve ser feita seguindo
critérios técnicos definidos, tais como:
resíduos dispostos em camadas
compactadas, com espessura
controlada, frente de serviço reduzida,
taludes com inclinação definida.
Na maioria das vezes não há sequer um
trator de esteira para conformar o lixo.
Aterro x Lixão
Aterro Lixão
Possui dispositivos para captação e
drenagem do líquido resultante da
decomposição dos resíduos (chorume),
evitando a sua infiltração no local e o
livre escoamento para os corpos
receptores (riacho, rios, etc.)
Não possui dispositivos para drenagem
interna, possibilitando maior infiltração
do chorume na sua base ou o
escoamento superficial sem qualquer
controle.
Drenagem
Cobertura
Aterro Lixão
É feita diariamente com camada de solo,
reduzindo a produção de chorume
(menor infiltração das águas de chuva),
impedindo que o vento carregue o lixo e
afastando vetores de doenças.
A exposição do lixo permite a emissão
de fortes odores, o espalhamento de lixo
leve, além de atrair vetores de doenças
(ratos, urubus, moscas, etc.).
Aterro x Lixão
Aterro Lixão
Acesso restrito às pessoas devidamente
identificadas. O aterro deve ser bem
cercado para impedir invasões.
Além dos badameiros, adentram nos
lixões os animais por falta de
cercamento e fiscalização.
Acessibilidade
Impacto visual
Aterro Lixão
É amenizado com a construção de um
"cinturão verde" com espécies nativas da
região que ainda serve de abrigo para
predadores de alguns dos vetores.
Visual impactado, área degradada e
desagradável aos nossos olhos.
Marco legal e Normas Técnicas
• Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a
Política Nacional de Meio Ambiente;
• Resolução CONAMA 001/1986 – Dispõe sobre definições,
responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental;
• Constituição Federal (1988) - Responsabiliza o município pelo
serviço de coleta e destino final dos resíduos domésticos;
• Lei Federal nº 9.605 de 1998 - Crimes ambientais;
• Resolução CONAMA 27/2001 – Estabelece o novo código de cores
para os diferentes tipos de resíduos;
• Resolução CONAMA 307/2002 – Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;
• Lei Federal nº 12.305/2010 - PNRS
32
Marco legal e Normas Técnicas
• NBR 8419 (ABNT, 1992) – Apresentação de projetos de
aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos;
• NBR 13896 (ABNT, 1997) – Aterros de resíduos não
perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação;
• NBR 10004 (ABNT, 2004) – Resíduos Sólidos –
Classificação;
33
Caracterização do local destinado ao
aterro sanitário (NBR 8419:1992)
Na justificativa da escolha do local destinado ao aterro
sanitário, deve ser considerado o seguinte:
•a) zoneamento ambiental;
•b) zoneamento urbano;
•c) acessos;
•d) vizinhança;
•e) economia de transporte;
•f) titulação da área escolhida;
•g) economia operacional do aterro sanitário;
•h) infra-estrutura urbana;
•i) bacia e sub-bacia hidrográfica onde o aterro sanitário se
localizará 34
Caracterização do local destinado ao
aterro sanitário (NBR 8419:1992)
• Caracterização topográfica (relevo e dinâmica
superficial)
• Caracterização geológica, geotécnica, pedológica
(substrato rochoso e cobertura do solo)
• Caracterização climatológica
• Caracterização e uso da agua e do solo (escoamento
superficial, bacias hidrográficas, cobertura vegetal,
áreas de preservação, empreendimentos localizados no
entorno da área – aeroportos, área militar, minerações,
vetores de expansão urbana, etc)
35
Caracterização do local destinado ao aterro
sanitário – Aspectos Legais e Institucionais
• Unidades de Conservação
• Legislação Municipal, Estadual e Federal
• Lei de Uso e Ocupação do Solo
• Lei Orgânica
36
Descrição e especificações dos
elementos de projeto (NBR 8419:1992)
• Sistema de drenagem superficial
• Sistema de drenagem e remoção de percolado
• Sistema de tratamento do percolado
• Impermeabilização inferior e/ou superior
• Sistema de drenagem de gás
37
Sistema de impermeabilização de base
• Devem apresentar as seguintes características:
 Durabilidade;
 Resistência mecânica;
 Resistência às intempéries;
 Compatibilidade físico-química-biológica com os
resíduos a serem aterrrados e seus percolados.
• Tipos de Materiais utilizados
 Argila
 Geomembrana;
38
39
Sistema de impermeabilização de base
Operação do aterro sanitário (NBR 8419:1992)
• Acessos e isolamento da área do aterro sanitário
• Preparo do local de disposição
• Transporte e disposição dos resíduos sólidos
• Empréstimo de material para cobertura
• Controle tecnológico
• Plano de encerramento do aterro e cuidados posteriores
40
Operação do aterro sanitário (NBR 13896:1997)
• Para assegurar o projeto, instalação e operação
adequados de um aterro de resíduos não perigosos são
estabelecidas exigências relativas à localização,
segregação e análise de resíduos, monitoramento,
inspeção, fechamento da instalação e treinamento
de pessoal.
41
Critérios de localização do aterro sanitário
(NBR 13896:1997)
Um local para ser utilizado para aterros de resíduos não
perigosos deve ser tal que:
•a) o impacto ambiental a ser causado pela instalação do
aterro seja minimizado;
•b) a aceitação da instalação pela população seja
maximizada;
•c) esteja de acordo com o zoneamento da região;
•d) possa ser utilizado por um longo espaço de tempo,
necessitando apenas de um mínimo de obras para início
da operação.
42
Critérios de localização do aterro sanitário
(NBR 13896:1997)
• Topografia - esta característica é fator determinante na
escolha do método construtivo e nas obras de
terraplenagem para a construção da instalação.
Recomendam-se locais com declividade superior a 1%
e inferior a 30%;
• Geologia e tipos de solos existentes - tais indicações
são importantes na determinação da capacidade de
depuração do solo e da velocidade de infiltração.
Considera-se desejável a existência, no local, de um
depósito natural extenso e homogêneo de materiais com
coeficiente de permeabilidade inferior a 10-6
cm/s e
uma zona não saturada com espessura superior a
3,0 m;
43
Critérios de localização do aterro sanitário
(NBR 13896:1997)
• Recursos hídricos - deve ser avaliada a possível
influência do aterro na qualidade e no uso das águas
superficiais e subterrâneas próximas. O aterro deve ser
localizado a uma distância mínima de 200m de
qualquer coleção hídrica ou curso de água;
• Vegetação - o estudo macroscópico da vegetação é
importante, uma vez que ela pode atuar favoravelmente
na escolha de uma área quanto aos aspectos de
redução do fenômeno de erosão, da formação de poeira
e transporte de odores;
• Acessos - fator de evidente importância em um projeto
de aterro, uma vez que são utilizados durante toda a sua
operação; 44
Critérios de localização do aterro sanitário
(NBR 13896:1997)
• Tamanho disponível e vida útil - em um projeto, estes
fatores encontram-se inter-relacionados e recomenda-se
a construção de aterros com vida útil mínima de 10
anos;
• Distância mínima a núcleos populacionais – deve ser
avaliada a distância do limite da área útil do aterro a
núcleos populacionais, recomendando-se que esta
distância seja superior a 500 m.
45
Critérios obrigatórios para localização do
aterro sanitário (NBR 13896:1997)
• O aterro não deve ser executado em áreas sujeitas a
inundações, em períodos de recorrência de 100 anos;
• Entre a superfície inferior do aterro e o mais alto nível
do lençol freático deve haver uma camada natural de
espessura mínima de 1,50 m de solo insaturado. O nível
do lençol freático deve ser medido durante a época de
maior precipitação pluviométrica da região;
• O aterro deve ser executado em áreas onde haja
predominância no subsolo de material com coeficiente
de permeabilidade inferior a 5 x 10-5
cm/s;
• Os aterros só podem ser construídos em áreas de uso
conforme legislação local de uso do solo.
46
Isolamento e sinalização (NBR 13896:1997)
Um aterro que recebe resíduos não perigosos deve possuir:
•a) cerca que circunde completamente a área em operação,
construída de forma a impedir o acesso de pessoas
estranhas e animais;
•b) portão junto ao qual seja estabelecida uma forma de
controle de acesso ao local;
•c) sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) com
tabuletas contendo os dizeres “PERIGO – NÃO ENTRE”;
•d) cerca viva arbustiva ou arbórea ao redor da instalação,
quando os aspectos relativos à vizinhança, ventos
dominantes e estética assim o exigirem;
•e) faixa de proteção sanitária de no mínimo 10 m de largura.
47
Monitoramento (NBR 13896:1997)
• Todas as instalações que tratem, estoquem ou
depositem resíduos não perigosos devem possuir
sistema de monitoramento de águas subterrâneas;
• A instalação deve ser monitorada durante a sua vida útil,
incluindo o tempo de pós-fechamento;
• Todo aterro deve ser projetado de maneira a minimizar
as emissões gasosas e promover a captação e
tratamento adequado das eventuais emanações.
48
Plano de Encerramento (NBR 13896:1997)
• Atividade após o encerramento do aterro:
• Monitoramento das águas subterrâneas, por um período
de 20 anos após o fechamento da instalação.
• Manutenção dos sistemas de drenagem e de detecção
de vazamento de líquido percolado até o término da sua
geração.
• Manutenção da cobertura de modo a corrigir rachaduras
ou erosão.
49
Plano de Encerramento (NBR 13896:1997)
• Atividade após o encerramento do aterro:
• Manutenção do sistema de tratamento de líquido
percolado, se existente, até o término da geração desse
líquido ou até que esse líquido (influente no sistema)
atenda aos padrões legais de emissão.
• Manutenção do sistema de coleta de gases (se
existente) até que seja comprovado o término de sua
geração.
• Pode ser exigido do responsável pela área a
manutenção do isolamento do local, caso exista risco de
acidente para pessoas ou animais com acesso a ela.
50
Considerações Finais
• Programa integrado de coleta seletiva;
• Processo de compostagem dos resíduos orgânicos;
• Gerenciamento dos RCC e RCD;
• Fomento às associações de catadores e cooperativas
de materiais recicláveis;
• Educação ambiental.
51
Muito Obrigada
Prof.ª Me: Aline Furtado Louzada
Engenheira Ambiental
Contato: eng.alinelouzada@yahoo.com.br
52

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Aterro sanitário palestra

  • 1. Gestão de resíduos sólidos: importância do aterro sanitário Prof.ª Me: Aline Furtado Louzada Engenheira Ambiental Contato: eng.alinelouzada@yahoo.com.br 1
  • 2. Sumário • Introdução • Resíduos Sólidos • Destinação de RSU • Lixão • Aterro controlado • Aterro sanitário • Marco Legal e normas técnicas • Critérios de seleção de área de aterro • Especificações técnicas e aspectos funcionais de um aterro sanitário • Considerações Finais
  • 3. Introdução • A quantidade de resíduos sólidos gerados pela atividade humana aliada a diminuição de locais adequados para a disposição final tem se apresentado como um dos grandes desafios a serem enfrentados não só pelas administrações municipais, como também, por toda a sociedade. • A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) traz um grande desafio, com diretrizes que precisam ser seguidas desde o empresário até os governos, passando pelas esferas municipal, estadual e federal.
  • 4. Introdução • A PNRS prevê o término dos lixões (até agosto de 2014) e o encaminhamento apenas dos rejeitos (restos de resíduos que não podem ser reaproveitados) para os aterros sanitários. • A lei nº 12.305/2010 define algumas atividades que são proibidas nas áreas de disposição final dos resíduos sólidos como, por exemplo, catação, criação de animais domésticos e fixação de habitação temporária ou permanente.
  • 5. Resíduos Sólidos no Mundo • De acordo com documento elaborado pelo Banco Mundial (2012) o total de RSU no mundo é de 1,3 bilhões de toneladas por ano, ou 1,2 kg por dia para cada habitante. • As previsões são de que em 2025 este valor chegue a 2,2 bilhões de toneladas. • Os EUA ficam em 1º lugar com mais de 2,5 kg de resíduos produzidos, em média, por cada cidadão em um único dia. • Na Noruega também se chega nestes níveis. • A Itália produz cerca de 89.000 toneladas de resíduos por dia, 2,23 kg per capita.
  • 6. Resíduos Sólidos no Brasil • De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coletou-se no Brasil 125,281 mil toneladas por dia de resíduos domiciliares e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõe seus resíduos em lixões. • Segundo a ABRELPE (2012) a quantidade de resíduos sólidos urbanos gerados em 2011 foi de 198.514 toneladas, perfazendo um total de 1,223 Kg/hab./dia. Em 2012 foram gerados pela população brasileira um total de 201.058 toneladas de resíduos sólidos, com índice de 1,228 1,223 Kg/hab./dia.
  • 7. Resíduos Sólidos no Brasil • Merecem destaque os números relacionados à destinação final dos resíduos coletados, cuja pesquisa revelou que 58% seguiram para aterros sanitários em 2012, praticamente sem alteração do cenário registrado no ano anterior. • Nesse sentido, é importante ressaltar que os 42% restantes correspondem a 76 mil toneladas diárias, que são encaminhadas para lixões ou aterros controlados.
  • 8. Resíduos Sólidos no Brasil • A destinação inadequada de RSU se faz presente em todas as regiões e estados brasileiros e 3.352 municípios, correspondentes a 60,2% do total, ainda fizeram uso em 2012 de locais impróprios para destinação final dos resíduos coletados.
  • 9. Resíduos Sólidos na Região Norte • Os 449 municípios da região Norte geraram, em 2012, a quantidade de 13.754 toneladas/dia de RSU, das quais 84,23% foram coletadas. • Dos resíduos coletados na região, cerca de 65%, correspondentes a 7.522 toneladas diárias, ainda são destinados para lixões e aterros controlados (ABRELPE, 2012).
  • 10. Resíduos Sólidos no Pará • Coleta e Geração de RSU no Estado do Pará
  • 11. Resíduos Sólidos no Pará • Destinação final de RSU no Estado do Pará (t/dia)
  • 12. Resíduos Sólidos em Tucuruí • Segundo dados fornecidos pela concessionária de serviços de limpeza urbana de Tucuruí (CLEAN Gestão Ambiental), no período de 2011, foram coletados 50.000 kg/dia de RSU . • A média per capita de geração de RSU do município é de 0,500/kg/hab/dia.
  • 13. Destinação de RSU • Lixão • Aterro Controlado • Aterro Sanitário
  • 14. Lixão • É uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, caracterizada pela sua descarga sobre o solo, sem critérios técnicos e medidas de proteção ambiental ou à saúde pública. É o mesmo que descarga a “céu aberto” • Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume. Este infiltra no solo podendo levar substâncias contaminantes para o solo e tambám para o lençol freático.
  • 15. Lixão • Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. • No lixão ao resíduos ficam expostos sem nenhum procedimento que evite danos ambientais e impactos sociais negativos.
  • 16.
  • 18. Aterro Controlado • O aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. • Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás.
  • 19. Aterro Controlado • Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. • Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.
  • 21. Aterro Sanitário • Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário (NBR 8419:1992)
  • 22. Aterro Sanitário • Preferencialmente deve possuir uma vida útil superior a 10 anos, prevendo-se ainda o seu monitoramento por alguns anos após o seu fechamento. • No processo de decomposição dos resíduos sólidos, ocorre a liberação de gases e líquidos (chorume ou percolado) muito poluentes, o que leva um projeto de aterro sanitário a exigir cuidados como impermeabilização do solo, implantação de sistemas de drenagem eficazes, entre outros, evitando uma possível contaminação da água, do solo e do ar.
  • 23. 23
  • 24. Corte esquemático de um aterro sanitário
  • 25. Características do aterro sanitário • Impermeabilização da base do aterro: evita o contato do chorume com as águas subterrâneas. A impermeabilização pode ser feita com argila ou geomenbranas sintéticas; • Instalação de drenos de gás: canal de saída do gás do interior do aterro. O biogás pode ser recolhido para o aproveitamento energético através da ligação de todos os drenos verticais com um ramal central.
  • 26. Características do aterro sanitário • Sistema de coleta de chorume: a coleta de chorume deve ser feita pela base do aterro. O chorume coletado é enviado a lagoas previamente preparadas com impermeabilização do seu contorno ou enviados para tanques de armazenamento fechados; • Sistema de tratamento de chorume: após coletado, o chorume deve ser tratado antes de ser descartado no curso hídrico receptor. Os tipos de tratamento mais convencionais são o tratamento biológico, tratamento por oxidação ou tratamento químico;
  • 27. Características do aterro sanitário • Sistema de drenagem de águas pluviais: o sistema de captação e drenagem de águas de chuva visa escorrer a água por locais apropriados para evitar a infiltração que gera o chorume. • Além da operação, o aterro deve contar com unidades de apoio, como acessos internos que permitam a interligação entre os diversos pontos do aterro, portaria para controlar a entrada e saída de pessoas e caminhões de lixo e isolamento da área para manutenção da ordem e do bom andamento das obras.
  • 28. Aterro x Lixão Aterro Lixão Entrada restrita a veículos devidamente cadastrados, desde que contenham apenas resíduos permitidos para aquele Aterro Sem qualquer controle de entrada de veículos e resíduos. Recepção dos resíduos Controle de entrada Aterro Lixão Pesagem, procedência, composição do lixo, horário de entrada e de saída dos veículos são observados Não dispõe de controle de pesagem, horário, procedência, etc.
  • 29. Aterro x Lixão Aterro Lixão Antes da utilização da célula, o local é devidamente impermeabilizado seguindo critérios que vão depender das características do solo e do clima. O lixo é depositado diretamente sobre a camada de solo, podendo provocar danos ao meio ambiente e à saúde. Impermeabilização Deposição Aterro Lixão A deposição deve ser feita seguindo critérios técnicos definidos, tais como: resíduos dispostos em camadas compactadas, com espessura controlada, frente de serviço reduzida, taludes com inclinação definida. Na maioria das vezes não há sequer um trator de esteira para conformar o lixo.
  • 30. Aterro x Lixão Aterro Lixão Possui dispositivos para captação e drenagem do líquido resultante da decomposição dos resíduos (chorume), evitando a sua infiltração no local e o livre escoamento para os corpos receptores (riacho, rios, etc.) Não possui dispositivos para drenagem interna, possibilitando maior infiltração do chorume na sua base ou o escoamento superficial sem qualquer controle. Drenagem Cobertura Aterro Lixão É feita diariamente com camada de solo, reduzindo a produção de chorume (menor infiltração das águas de chuva), impedindo que o vento carregue o lixo e afastando vetores de doenças. A exposição do lixo permite a emissão de fortes odores, o espalhamento de lixo leve, além de atrair vetores de doenças (ratos, urubus, moscas, etc.).
  • 31. Aterro x Lixão Aterro Lixão Acesso restrito às pessoas devidamente identificadas. O aterro deve ser bem cercado para impedir invasões. Além dos badameiros, adentram nos lixões os animais por falta de cercamento e fiscalização. Acessibilidade Impacto visual Aterro Lixão É amenizado com a construção de um "cinturão verde" com espécies nativas da região que ainda serve de abrigo para predadores de alguns dos vetores. Visual impactado, área degradada e desagradável aos nossos olhos.
  • 32. Marco legal e Normas Técnicas • Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente; • Resolução CONAMA 001/1986 – Dispõe sobre definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental; • Constituição Federal (1988) - Responsabiliza o município pelo serviço de coleta e destino final dos resíduos domésticos; • Lei Federal nº 9.605 de 1998 - Crimes ambientais; • Resolução CONAMA 27/2001 – Estabelece o novo código de cores para os diferentes tipos de resíduos; • Resolução CONAMA 307/2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; • Lei Federal nº 12.305/2010 - PNRS 32
  • 33. Marco legal e Normas Técnicas • NBR 8419 (ABNT, 1992) – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos; • NBR 13896 (ABNT, 1997) – Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação; • NBR 10004 (ABNT, 2004) – Resíduos Sólidos – Classificação; 33
  • 34. Caracterização do local destinado ao aterro sanitário (NBR 8419:1992) Na justificativa da escolha do local destinado ao aterro sanitário, deve ser considerado o seguinte: •a) zoneamento ambiental; •b) zoneamento urbano; •c) acessos; •d) vizinhança; •e) economia de transporte; •f) titulação da área escolhida; •g) economia operacional do aterro sanitário; •h) infra-estrutura urbana; •i) bacia e sub-bacia hidrográfica onde o aterro sanitário se localizará 34
  • 35. Caracterização do local destinado ao aterro sanitário (NBR 8419:1992) • Caracterização topográfica (relevo e dinâmica superficial) • Caracterização geológica, geotécnica, pedológica (substrato rochoso e cobertura do solo) • Caracterização climatológica • Caracterização e uso da agua e do solo (escoamento superficial, bacias hidrográficas, cobertura vegetal, áreas de preservação, empreendimentos localizados no entorno da área – aeroportos, área militar, minerações, vetores de expansão urbana, etc) 35
  • 36. Caracterização do local destinado ao aterro sanitário – Aspectos Legais e Institucionais • Unidades de Conservação • Legislação Municipal, Estadual e Federal • Lei de Uso e Ocupação do Solo • Lei Orgânica 36
  • 37. Descrição e especificações dos elementos de projeto (NBR 8419:1992) • Sistema de drenagem superficial • Sistema de drenagem e remoção de percolado • Sistema de tratamento do percolado • Impermeabilização inferior e/ou superior • Sistema de drenagem de gás 37
  • 38. Sistema de impermeabilização de base • Devem apresentar as seguintes características:  Durabilidade;  Resistência mecânica;  Resistência às intempéries;  Compatibilidade físico-química-biológica com os resíduos a serem aterrrados e seus percolados. • Tipos de Materiais utilizados  Argila  Geomembrana; 38
  • 40. Operação do aterro sanitário (NBR 8419:1992) • Acessos e isolamento da área do aterro sanitário • Preparo do local de disposição • Transporte e disposição dos resíduos sólidos • Empréstimo de material para cobertura • Controle tecnológico • Plano de encerramento do aterro e cuidados posteriores 40
  • 41. Operação do aterro sanitário (NBR 13896:1997) • Para assegurar o projeto, instalação e operação adequados de um aterro de resíduos não perigosos são estabelecidas exigências relativas à localização, segregação e análise de resíduos, monitoramento, inspeção, fechamento da instalação e treinamento de pessoal. 41
  • 42. Critérios de localização do aterro sanitário (NBR 13896:1997) Um local para ser utilizado para aterros de resíduos não perigosos deve ser tal que: •a) o impacto ambiental a ser causado pela instalação do aterro seja minimizado; •b) a aceitação da instalação pela população seja maximizada; •c) esteja de acordo com o zoneamento da região; •d) possa ser utilizado por um longo espaço de tempo, necessitando apenas de um mínimo de obras para início da operação. 42
  • 43. Critérios de localização do aterro sanitário (NBR 13896:1997) • Topografia - esta característica é fator determinante na escolha do método construtivo e nas obras de terraplenagem para a construção da instalação. Recomendam-se locais com declividade superior a 1% e inferior a 30%; • Geologia e tipos de solos existentes - tais indicações são importantes na determinação da capacidade de depuração do solo e da velocidade de infiltração. Considera-se desejável a existência, no local, de um depósito natural extenso e homogêneo de materiais com coeficiente de permeabilidade inferior a 10-6 cm/s e uma zona não saturada com espessura superior a 3,0 m; 43
  • 44. Critérios de localização do aterro sanitário (NBR 13896:1997) • Recursos hídricos - deve ser avaliada a possível influência do aterro na qualidade e no uso das águas superficiais e subterrâneas próximas. O aterro deve ser localizado a uma distância mínima de 200m de qualquer coleção hídrica ou curso de água; • Vegetação - o estudo macroscópico da vegetação é importante, uma vez que ela pode atuar favoravelmente na escolha de uma área quanto aos aspectos de redução do fenômeno de erosão, da formação de poeira e transporte de odores; • Acessos - fator de evidente importância em um projeto de aterro, uma vez que são utilizados durante toda a sua operação; 44
  • 45. Critérios de localização do aterro sanitário (NBR 13896:1997) • Tamanho disponível e vida útil - em um projeto, estes fatores encontram-se inter-relacionados e recomenda-se a construção de aterros com vida útil mínima de 10 anos; • Distância mínima a núcleos populacionais – deve ser avaliada a distância do limite da área útil do aterro a núcleos populacionais, recomendando-se que esta distância seja superior a 500 m. 45
  • 46. Critérios obrigatórios para localização do aterro sanitário (NBR 13896:1997) • O aterro não deve ser executado em áreas sujeitas a inundações, em períodos de recorrência de 100 anos; • Entre a superfície inferior do aterro e o mais alto nível do lençol freático deve haver uma camada natural de espessura mínima de 1,50 m de solo insaturado. O nível do lençol freático deve ser medido durante a época de maior precipitação pluviométrica da região; • O aterro deve ser executado em áreas onde haja predominância no subsolo de material com coeficiente de permeabilidade inferior a 5 x 10-5 cm/s; • Os aterros só podem ser construídos em áreas de uso conforme legislação local de uso do solo. 46
  • 47. Isolamento e sinalização (NBR 13896:1997) Um aterro que recebe resíduos não perigosos deve possuir: •a) cerca que circunde completamente a área em operação, construída de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais; •b) portão junto ao qual seja estabelecida uma forma de controle de acesso ao local; •c) sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) com tabuletas contendo os dizeres “PERIGO – NÃO ENTRE”; •d) cerca viva arbustiva ou arbórea ao redor da instalação, quando os aspectos relativos à vizinhança, ventos dominantes e estética assim o exigirem; •e) faixa de proteção sanitária de no mínimo 10 m de largura. 47
  • 48. Monitoramento (NBR 13896:1997) • Todas as instalações que tratem, estoquem ou depositem resíduos não perigosos devem possuir sistema de monitoramento de águas subterrâneas; • A instalação deve ser monitorada durante a sua vida útil, incluindo o tempo de pós-fechamento; • Todo aterro deve ser projetado de maneira a minimizar as emissões gasosas e promover a captação e tratamento adequado das eventuais emanações. 48
  • 49. Plano de Encerramento (NBR 13896:1997) • Atividade após o encerramento do aterro: • Monitoramento das águas subterrâneas, por um período de 20 anos após o fechamento da instalação. • Manutenção dos sistemas de drenagem e de detecção de vazamento de líquido percolado até o término da sua geração. • Manutenção da cobertura de modo a corrigir rachaduras ou erosão. 49
  • 50. Plano de Encerramento (NBR 13896:1997) • Atividade após o encerramento do aterro: • Manutenção do sistema de tratamento de líquido percolado, se existente, até o término da geração desse líquido ou até que esse líquido (influente no sistema) atenda aos padrões legais de emissão. • Manutenção do sistema de coleta de gases (se existente) até que seja comprovado o término de sua geração. • Pode ser exigido do responsável pela área a manutenção do isolamento do local, caso exista risco de acidente para pessoas ou animais com acesso a ela. 50
  • 51. Considerações Finais • Programa integrado de coleta seletiva; • Processo de compostagem dos resíduos orgânicos; • Gerenciamento dos RCC e RCD; • Fomento às associações de catadores e cooperativas de materiais recicláveis; • Educação ambiental. 51
  • 52. Muito Obrigada Prof.ª Me: Aline Furtado Louzada Engenheira Ambiental Contato: eng.alinelouzada@yahoo.com.br 52