O documento resume as principais informações sobre hepatites virais, incluindo:
1) A estrutura hepática é dividida em três zonas e o hepatócito desempenha funções vitais como produção de albumina e metabolismo da bilirrubina e amônia.
2) Hepatites virais podem ser agudas ou crônicas e são causadas principalmente pelos vírus hepatotrópicos A, B, C, D e E. A hepatite aguda geralmente não deixa sequelas enquanto a crônica pode evoluir para fib
7. Hepatite Viral - Definição
Infecção que leva a uma necroinflamação do fígado,
onde as manifestações clínicas e laboratoriais são
relacionadas, principalmente, às alterações hepáticas
secundárias a este processo inflamatório.
Entrada de vírus no Fígado
Conceito de
Hepatite:
Necroinflamação
12. Hepatites Virais - Diagnóstico
Aspectos Clínicos e Bioquímicos
o Quadro clínico e alterações bioquímicas NÃO
permitem diagnóstico diferencial entre os
agentes etiológicos nas hepatites virais agudas
ou crônicas.
14. Hepatite Aguda Viral
Aspectos Clínicos
Maioria são anictéricas
Subclínicas, independente da etiologia
NÃO DEIXAM SEQUELAS
15. Hepatite Aguda Viral
Aspectos Clínicos
Períodos evolutivos
Incubação
Prodrômico ou Pré-ictérico
Ictérico
Fase Convalescente
16. Hepatite Aguda viral - Aspectos clínicos
Período de Incubação
• Algumas semanas até 6 meses
• Sintomas inespecíficos ou ausentes
• Vírus está se replicando Poder de
contaminação
17. Hepatite Aguda viral - Aspectos clínicos
Período Prodrômico ou Pré-Ictérico
• Duração de 1 a 3 semanas.
• Sintomas semelhantes aos de um quadro gripal:
Febre, astenia, fadiga, mialgia, cefaleia, faringite e
tosse.
• Sintomas gastrointestinais: anorexia, náuseas,
desconforto abdominal epigástrica ou em hipocôndrio
direito, vômitos ou modificações do ritmo intestinal.
• Perda de apetite
18. Hepatite Aguda viral - Aspectos clínicos
Período Ictérico
• Duração de 1 a 8 semanas.
• Com o surgimento da icterícia, a febre tende a desaparecer
• Acolia fecal com ou sem Prurido: duração de 7 a 14 dias.
• Pode evoluir para cura ou cronificação
20. Hepatite Aguda viral - Aspectos clínicos
Período Ictérico Evoluções menos frequentes:
Hepatite fulminante
(<1% )
Colestase prolongada
(> 6 meses)
• Hepatite aguda colestática – Bilirrubinas>20
ou icterícia persistente > 8 semanas e prurido
intenso
• Diagnóstico Diferencial com Colestase
extra-hepática
21. Hepatite Aguda viral - Aspectos clínicos
Período Ictérico
• Exame físico:
o Icterícia
o Fígado discretamente aumentado, com
consistência elástica, por vezes doloroso.
o Esplenomegalia em 20% dos casos
o Telangiectasias transitórias
22. Hepatite Aguda viral - Aspectos clínicos
Fase Convalescente
• Paciente assintomático.
• Icterícia e transaminases estão em
declínio
• Normalização laboratorial em período
médio de 6 meses
24. Hepatite Aguda Viral - Diagnóstico Laboratorial
Aminotransferases: AST e ALT
(Aspartato- e Alanina- aminotransferases)
• “Destruição” de hepatócitos
• Diagnóstico bioquímico
• Elevação de 10 até 100x o
valor normal
• ALT > AST
• Elevação precede
icterícia
Hepatite A 3 a 19 dias
Hepatite B 35 a 200 dias
Hepatite C 5 a 8 semanas
25. • Fosfatase alcalina < 4x o valor normal
• LDH eleva pouco
• Bilirrubinas < 20 md/dl
• Bilirrubinas > 20 md/dl:
Hepatite Aguda Viral - Diagnóstico Laboratorial
Atenção: Dosagem de Albumina/Globulina
Hepatite Crônica Agudizada?
26. Avaliação de Prognóstico / Gravidade
Tempo de Protrombina
Fibrinogênio sérico
Fator V
Albumina
Encefalopatia
Hepatite Aguda Viral - Diagnóstico Laboratorial
27. • termo hepatite fulminante :
Trey e Davidson 1970, ao descrever “a
condição potencialmente reversível, em
conseqüência de dano hepático severo, com um
início do quadro de encefalopatia dentro de 8
semanas após o aparecimento dos primeiros
sintomas e na ausência de doença hepática pré
- existente”.
• Recuperação espontânea da função hepática
70% na encefalopatia hepática graus I e II
< 20% nos graus III e IV
. Mortalidade ~80% sem o transplante hepático
31. Vírus da Hepatite A
• Vírus RNA, genoma de 7,5 kb; família Picornaviridae
• Tamanho : 27nm
• Uma única ORF (região aberta para leitura) –
poliproteína de 2237 aa
• Marcadores sorológicos: anti-VHA IgM, anti-VHA IgG
• Não evolui para doença crônica
32. – Reservatório de água e
alimentos
– Aglomerações primárias
• Países em desenvolvimento 90% das crianças
estão infectadas até 10 anos de idade
• Prevalência/Incidência dependem de condições
sanitárias
• Tipo de atividade sexual
Vírus da Hepatite A
33. Distribuição Geográfica da Infecção pelo vírus da
Hepatite A
Prevalência do anti-VHA
Alta
Alta/intermediária
Intermediária
Baixa
Muito baixa
Brasil: Região de Endemicidade
Intermediária/Alta
34. Quadro Clínico – Hepatite Aguda A
95-99% - Assintomáticos
1-5% - Forma ictérica
< 0,5% Forma colestática grave com falência
hepática aguda
Diagnóstico
36. Anti VHA IgG
Sintomas
Semanas Meses
Anos
Tempo após a Exposição
Anti VHA IgM
0 2 4 6 3 6 9
VHA nas fezes
Hepatite aguda pelo vírus A
CDC, 2013
Doença Clínica
ALT
37.
38. Prevenindo a Hepatite A
• Higiene
• Medida Sanitárias
(fontes limpas de água)
• Vacina para hepatite A
94%-100% das crianças ficam protegidas contra a hepatite A
após uma dose
• Imunoglobulina
39. • Pré-exposição:
– Viajantes para regiões de endemicidade
intermediária e alta
• Pós-exposição (dentro de 14 dias):
– Rotina: contactantes que moram na mesma
casa
– Situações selecionadas: Instituições
(creches); Exposição à fonte comum (por
ex, alimentos)
Imunoglobulina
41. Hepatite E
• Vírus: genoma RNA, família Hepeviridae
• 5 genótipos e 24 subtipos sem associação clara com
clínica
– HVE gen 1-2 só humanos
– HVE gen 3 e 4 animal –homem (ZOONOSE)
– HVE gen 5 só aves
– Genótipo 3 tem quadro clínico mais leve
• Diagnóstico sorológico anti VHE-IgM / IgG
• Sazonal em epidemias
• Sem estado de portador
42. Hepatite E – Vias de Transmissão
• Transmissão oral-fecal
• Epidemias: contaminação fecal de fontes de água
• Incomum contaminação pessoa-pessoa
• Transmissão animal-homem através de carne de
porco contaminada
• Transmissão vertical no 3º trimestre é observada, com
relato de quadros de infecção aguda, necrose
hepática grave e morte fetal.
43. Hepatite E - Quadro Clínico
o Indistinguível de hepatites virais agudas,
autolimitada
o Incubação de 15-60 dias
o Pode haver período ictérico mais prologado até 60
dias
o Leve em crianças e adultos jovens
o Grave em desnutridos e com hepatopatias crônicas
o Hepatite Fulminante é rara mortalidade <3%
Grávidas
o Por motivo desconhecido, hepatite fulminante é mais
frequente, ocorrendo no 3º trimestre
o Mortalidade 15-20%
44. Padrão ouro: PCR-HEV nas fezes
Anti-HVE IgM reagente (1-2 semanas negativa 3-4 meses)
Critérios de Cura:
• Anti-HVE IgM não reagente
• Anti-HVE Total reagente
• PCR-HEV fezes indetectável
http://www.cdc.gov/hepatitis/
45. • Tratamento:
Cuidados higiênicos
Evitar medicações hepatotóxicas
Dieta
Repouso
Sintomáticos
Não existem vacinas até o momento
46. Hepatite E
Hepatite Crônica pelo Vírus E????
Relatos em pacientes pós transplante de órgãos
com ALT, HEV-RNA detectáveis > 6 meses e
achados histológicos compatíveis com doença
crônica.
Kamar N, et al. N Engl J Med 2008; 358:811.
Haagsma EB, et al. Liver Transpl 2008; 14:547.
Haagsma EB, et al. Liver Transpl 2009; 15:1225.
52. Suspeita de Hepatite Crônica Viral
• AST e ALT níveis flutuantes
• Pode haver agudização (p ex. HBV)
• Albumina sérica, Prolongamento do TP
• Bilirrubinas
Hepatite Crônica Viral - Diagnóstico Laboratorial
Cirrose
53. Suspeita de Hepatite Crônica Viral
• AST e ALT níveis flutuantes
• Pode haver agudização (p ex. HBV)
• Albumina sérica, Prolongamento do TP
• Bilirrubinas
Hepatite Crônica Viral - Diagnóstico Laboratorial
Cirrose
54. Vírus da Hepatite B
• Vírus DNA, dupla fita,
genoma de 3,2 kb;
envelope
• Família Hepadnaviridae
• Tamanho: 42nm
• 4 (ORFs) regiões abertas
para leitura:
– S, C, P e X
56. HBsAg - Prevalência
8% - Alta
2-7% - Intermediária
<2% - Baixa
Distribuição Geográfica da Infecção Crônica
pelo vírus da Hepatite B
O.M.S
57. Vacina
licenciada
Triagem para
HBsAg –
mulheres
grávidas
Imunização em
lactentes
Imunização em
Adolescentes
*Queda entre
homosexuais
Queda entre
usuários de
drogas
80
70
60
50
40
30
20
10
0
78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95
Ano
Casospor100.000napopulação
Hepatite aguda B – Incidência estimada nos EUA,
1978-1995
Brasil mesma tendência
Vacinação para < 1 ano (1998) e < 20 anos (2001)
58.
59. Vírus da Hepatite B
Epidemiologia
• Reservatório: pacientes com infecção crônica
• Transmissão:
– Parenteral
• 30-35% dos adultos: forma aguda ictérica
• Crianças habitualmente são assintomáticas
A hepatite B é 100 vezes mais contagiosa que o VIH. O vírus da
hepatite B é capaz de sobreviver fora do organismo durante
sete dias, no mínimo e ainda causar infecção
60. Menores que 1 ano:
10% hepatite aguda
90% HEPATITE CRÔNICA
Entre 1 e 5 anos:
50-70% hepatite aguda
30% HEPATITE CRÔNICA
Adultos:
95% hepatite aguda
5% HEPATITE CRÔNICA
Idade de exposiçcão ao VHB
61. “Grupos de Risco" para Infecção pelo Vírus B da Hepatite
• Comportamento sexual promíscuo
• Homossexuais e profissionais do sexo
• Recém-nascidos de mães portadoras de HBsAg
• Usuários de drogas
• Profissionais da área de saúde
• Pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise (Sala Amarela)
• Convívio íntimo com portadores do VHB
• Pacientes submetidos à transplante de órgãos
63. Marcador Representação Significado
HBsAg Ag da superfície
do vírus
Presença do
vírus, infecção
em curso
AntiHBc-
IgM
Ac IgM contra o
core do vírus
Infecção aguda
Anti-HBc-
IgG
Ac IgG contra o
core do vírus
Exposição ao
vírus
HBeAg Ag do envelope Replicação, alta
infectividade
Anti-HBe Ac contra o Ag
do envelope
Portador inativo
ou mutante pré-
core/promotor do
core
Anti-HBs Ac contra o
Antígenp de
superfície
Anticorpo
protetor,
neutralizante
Resolução da
infecção e
Imunidade
HBV-DNA Carga viral do
vírus
Replicação
64. Semanas após exposição
Sintomas
HBeAg anti-HBe
Anti-HBc total
anti-HBc IgM anti-HBsHBsAg
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100
Título
Eventos Clínicos e Sorológicos na Hepatite Aguda B
65. Hepatite Aguda Viral – Vírus B
Tratamento
Evitar medicações hepatotóxicas
Dieta
Repouso
Sintomáticos
66. Hepatite – Vírus B
Prevenção
Vacinação sistemática
Prevenção das formas
de contágio
67. Vírus da Hepatite B no Adulto
VHB
Hepatite
Aguda
Cura
Fulminante
Portador
Hepatite
Crônica
Cirrose
HBeAg +
Carcinoma Hepatocelular
HBeAg -
Inativo
10%
90%
68. Avaliação do paciente com hepatite crônica
pelo HBV
Avaliar coinfecção: HCV, HIV, HDV (Amazônia)
Marcadores de replicação: HBeAg, Anti-HBe, HBV-DNA
USG abdome a cada 6 meses – rastrear nódulos hepáticos (CHC)
69. HBsAg
Aguda
(6 meses
HBeAg
Crônica
(Anos
anti-HBe
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 Years
Anti-HBc total
anti-HBc IgM
Título
Semanas após exposição
Eventos Clínicos e Sorológicos - Progressão para
Hepatite Crônica pelo Vírus B
70. • Fase de Imunotolerância
o HBeAg+, HBVDNA>20.000UI/ml, ALT normal
o < 30 anos de idade
o Sem história familiar de CHC ou Cirrose
o Acompanhar por 3-6 meses
o Sem indicação de tratamento
Guideline EASL, Journal of Hepatology 2012 vol. 57 j 167–185
História natural
Estágios da infecção
71. Portador Inativo do VHB
• Portador inativo :
– HBVDNA<2.000 UI/ml, ALT normal, sem lesão hepática ou com
lesão histológica mínima.
• Diagnóstico:
– Monitorar aminotransferases e HBVDNA 6/6 meses
NAO TRATAR!!!
72. Hepatite Crônica B: HBeAg Positivo
HBeAg + HBeAg -
HBeAg +
AntiHBe -
Fase replicativa
HBVDNA >20.000UI/mL
• HBeAg –
• AntiHBe +
• HBeAg –
• AntiHBe +
Fase não replicativa
HBVDNA (+)<2.000 UI/mL
Mutante
HBVDNA > 2.000UI/mL
HBVDNA > 20.000UI/mL
ALT + ALT - ALT +
Fase replicativa
77. Tratamento da Hepatite Crônica B
Classificação Medicações
disponíveis
Antiviral INTERFERON CONVENCIONAL
INTERFERON PEGUILADO
L-análogos Nucleosídeos LAMIVUDINA
TELBIVUDINA*
ENTRICITABINE*
ENTECAVIR
Análogo Nucleotídeo TENOFOVIR
ADEFOVIR
*Indisponível no Brasil
78. Hepatites Agudas Virais
QUE PODEM cronificar
Vírus D (Delta)
o EPIDEMIOLOGIA
o DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
o TRATAMENTO
79.
80. Hepatite D - Febre de Lábrea
• Vírus RNA, família Deltaviridae
• Vírus defectivo – necessita do VHB
• Genoma de 1.8 Kb, fita única, positiva
• Marcadores: Anti-HDV IgM , anti-HDV IgG,
HDVAg
• 3 Genótipos sem associação com clínica
– Genótipo 3 associado a forma mais grave e
predominante na Amazônia
82. • Exposição Percutânea
–Uso de drogas injetáveis
• Exposição Peri-mucosa
–Contato sexual
Formas de infecção similares ao HBV
Vírus da Hepatite D
Modos de Transmissão
83. Prevalência do HDV
Alta
Intermediaria
Baixa
Muito Baixa
Sem dados
Taiwan
Ilhas Pacificas
Distribuição Geográfica da Infecção pelo vírus
da Hepatite D
• Mediterrâneo
• África
• Oriente Médio
• Rússia
• América do Sul e Brasil - Restrito à Amazônia
84. Vírus Delta – VHD
Apresentações
COINFECÇÃO HBV/HDV
o Infecção aguda em indivíduos susceptíveis
ao vírus B (AgHBs negativos/AntiHBs
negativos)
o Idêntica à infecção aguda pelo HBV
o Transitória e autolimitada
o Quadro clínico agudo mais grave do que hepatite B
isoladamente
SUPERINFECÇÃO
o Infecção pelo HDV em indivíduos HBsAg positivos
85. anti-HBs
Sintomas
ALT Elevada
Anti-HDV total
anti-HDV IgM
HDV RNA
HBsAg
Coinfecção HBV-HDV
Curso sorológico típico
Tempo após exposição
Títulos
HDVAg sérico detectável na 1a semana de infecção (indisponível na prática)
HDVAg tecido detectável no tecido hepático na doença agudizada e crônica
HDV-DNA infecções agudas e crônicas
87. Hepatites Crônicas Virais
Vírus Delta
Principal causa de cirrose hepática:
em crianças e adultos jovens em áreas endêmicas
da Itália, Inglaterra e Amazônia brasileira.
88. Infecção Crônica HDV/HBV
Apresentações:
Coinfecção HBV/HDV
o Infecção aguda em indivíduos susceptíveis ao vírus B
Superinfecção
o Infecção pelo HDV em indivíduos HBsAg positivos
o Pode apresentar hepatite aguda grave ou agudização de
doença crônica preexistente
o A maioria progride para doença crônica
o Supressão transitória da replicação do HBV pelo HDV
o Cronificação em 75% dos casos
91. Vírus Delta – VHD
Hepatites Virais, MS, 2008
Recomendações do Ministério da Saúde:
• Pacientes portadores de HBsAg residentes em áreas endêmicas
(Amazônia), assim como aqueles que tem história de viagens
devem ser rastreados para o anti-HDV IgG.
o Caso sejam reagentes, devem ter determinada a viremia,
HDV-RNA por PCR ou anti-HDV IgM.
92. Hepatite D – Tratamento (Superinfecção)
Anti-HDV total +
Anti-HDV IgM + ou PCR-HDV+
HBVDNA
HBV-DNA <2000UI/mL HBV-DNA >2000UI/mL
PegINFα2b
48 semanas
PegINFα2b +Lamivudina
48 semanas
HDV-IgM ou
HDV-RNA (-)
HDV-IgM ou
HDV-RNA (+)
HBVDNA>2000
HDV-IgM (+)
HDV-RNA (+)
HBVDNA<2000
HDV-IgM (-)
HDV-RNA (-)
HBVDNA>2000
HDV-IgM (-)
HDV-RNA (-)
HBsAg+
Retratar? Retratar? Tratar o HBVMonitorar Monitorar
93. Vírus C
o EPIDEMIOLOGIA
o DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
o TRATAMENTO
Hepatites Agudas Virais QUE PODEM
CRONIFICAR
94. • Vírus RNA, fita única positiva, genoma
de 9,5 kb; família Flaviviridae,
envelope de lípidio
• Uma ORF - poliproteina de 3000 aa –
10 polipeptídeos
• Diversidade genética: genótipos,
subtipos e quasispecies
• Transmissão parenteral, comunidade
• Marcador sorológico: anti-VHC
Hepatites Agudas Virais
QUE PODEM CRONIFICAR
Hepatite C
95. Hepatite Aguda pelo Vírus C
• Quadro muito raro
• <1% - Forma aguda ictérica
• 80% dos pacientes cronificam após infecção
aguda
96. Hepatite Aguda pelo Vírus C
Diagnóstico
Anti-HCV reagente 8 semanas
HCVRNA detectável 1- 2 semanas da infecção
Limitações:
Sintomas (2-6 semanas) idêntico às outras hepatites virais
Difícil distinguir de reativação de hepatite crônica
Ausência testes diagnósticos específicos para quadro agudo
Quadro clínico e alterações bioquímicas ajudam a diferenciar
quadros agudos e crônicos
A biópsia hepática é justificada somente na dúvida de diagnóstica
97. Padrão sorológico da Recuperação da Hepatite Aguda
pelo HCV
Sintomas+/-
Tempo após exposição
Títulos anti-HCV
ALT
Normal
0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4
AnosMeses
HCV RNA
98. 1. Quando iniciar tratamento após o diagnóstico ?
Tratamento da Hepatite Aguda pelo Vírus C:
Questões ainda não resolvidas
Pacientes sintomáticos – retardar tto por 12 semanas:
Maior resolução espontânea no Subgrupo:
• Crianças, Mulheres < 40 anos, Ictéricos, HCV-Genótipo 3
Pacientes assintomáticos – tratamento imediato:
Populações de maior risco:
• Acidentes com instrumentos pérfuro-cortantes,
• Pacientes em hemodiálise
• Usuários de drogas endovenosas
PROTOCOLO MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011
99. Prevenção da Hepatite Aguda C
• Não existem vacinas até o momento
• Evitar exposição parenteral
102. Hepatite C: Problema mundial de saúde pública
↑ 30% / ano na taxa mortalidade – hepatite crônica C
Howell, 2000; Alter, 1999; Inquerito brasileiro, 2000; Zarife, 2006
Mundo: 3% (180 milhões)
Brasil: 2,6 milhões)
Principal indicação de
Transplante Hepático
em adultos no mundo
No de infectados
104. EVOLUÇÃO DA HEPATITE C
H. Aguda H.Crônica Fibrose
Cirrose Carcinoma
30 anos
Infecção em jovens,
mulheres
< 25 anos
Co infecção AIDS,Abuso Álcool,Imunossupressores, Infecção
em idade avançada
25-30a
105. Exposições associadas com infecção pelo HCV
Uso de drogas injetáveis
Transfusão, transplante de doador infectado
Exposição ocupacional ao sangue
Acidentes com pérfuro-cortantes(4%)
Piercing, Tatuagem, Acupuntura
Nascimento de mãe com HCV (6%)
Coinfecão HCV/HIV (17%)
Sexo com parceiro infectado (1,5%)
Múltiplos parceiros sexuais
Parceiros usuários de drogas
Transmissão nosocomial
Colonoscopia, Diálise, Cirurgia
NEJM 1997, Nephrol Dial Transp. 1999
106. Diagnóstico - Marcadores Sorológicos
Teste Método Interpretação
Anti-HCV ELISA III Identifica Anticorpo anti-HCV
Reagente após 8ª semana de infecção
Sensibilidade e Especificidade > 95%
RIBA Imunoblot
recombinante
Teste confirmatório dos resultados do ELISA
Indicador de contato com o vírus
Sem necessidade para tomada de decisões na
prática clínica
HCVRNA
“RNA do
vírus C”
PCR
Quantitativo
Qualitativo
Confirma infecção ativa pelo vírus C
Detectável após 1-2ª semana de infecção
Sensibilidade e Especificidade >99%
107. Padrão sorológico da Hepatite Aguda com Progressão
para Infecção Crônica
Sintomas+/-
Tempo após exposição
Títulos anti-HCV
ALT
Normal
0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4
AnosMeses
HCV RNA
108. Diagnóstico – Biópsia Hepática
“Padrão-Ouro” para avaliação de estágios de fibrose hepática
em pacientes com hepatite crônica pelo HCV
(BEDOSSA, 1996)
Classificação Metavir
109. Hepatite C no Brasil
• Genótipo 1 predomina
• Principal causa de cirrose e
hepatocarcinoma
• Maior indicação de transplante hepático
Parise ER. Arq Gastroenterol 2015
DIAGNOSTICADOS
500.000
TRATADOS
100.000
CURADOS
50.000
POPULAÇÃO
INFECTADA
2.000.000
110. O que acontecerá
com os portadores de
hepatite C crônicas
se não forem
abordados?
111. HCC, CH Decompensada e Transplante
1950-2030
and Turkey
111
Razavi H, Waked I, Sarrazin C, et al. The present and future disease burden of hepatitis C virus (HCV) infection with today's treatment paradigm. J Viral Hepat
2014; 21 Suppl 1: 34-59.
112. Projeção do impacto da hepatite C no
Brasil nos próximos 17 anos
Razavi, et al. Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl. 1), 34–59
Estimativa 2013 Estimativa 2030 Variação (%)
Infecção
virêmica
1.940.000 1.250.000 ↓ 35
HCC 9.710 18.900 ↑ 95
Mortalidade
hepática
9.000 16.620 ↑ 85
Cirrose
descompensada
27.500 45.000 ↑ 65
Cirrose
compensada
222.000 323.000 ↑ 95
112
113. 113
Impacto de 3 diferentes estratégias para Hepatite C
Estimates for
Brazilian pts.
Strategy 1
(no change)
Strategy 2
(IFN-free: ↑
SVR & pts
eligibility)
Strategy 3
(Strategy 2 plus ↑
no. of treated pts )
Patients treated/year 11,700 11,700 118,700 (2021)
Treatment rate (%) 0.6 0.6 9.1
Mean SVR (%) 43 90 90
New cases diagnosed/year 10,000 10,000 119,000 (2020)
Treatment elegibility (%) 60 95% 95%
Age for treatment (years) 15-69 15-69 15-74
Stage for treatment (Metavir) ≥F2(G1);
≥F1(G2,3)
≥F2(G1);
≥F1(G2,3)
≥F0 (all genotypes)
Reduction in mortality rate - 5% 70%
Reduction in HCC cases - 5% 75%
Reduction in decompensation - 10% 80%
Reduction in HCV infections - 5% 90%
114. Wedemeyer, et al. Journal of Viral Hepatitis, 2014, 21, (Suppl. 1), 60–89
Brasil: comparação entre estratégias 1, 2, 3
115. Já que tratar mais com drogas de alta
potência reduz
mortes relacionadas ao fígado,
Cirrose e HCC
O que precisamos fazer?
120. Caso clínico:
Paciente de 30 anos, masculino, branco,
casado , pedreiro, natural e procedente da BA
Chega ao ambulatório pois em exames
periódicos para contratação de serviço,
foram notadas elevações de TGO e TGP
2x acima do normal
Exame físico normal.
1. Ele tem hepatite ?
2. Hepatite aguda ou crônica ?
3. Etiologias?