O documento resume as principais escolas literárias estudadas no 1o ano: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Barroco e Arcadismo. Ele descreve os períodos históricos, características e exemplos de cada escola, incluindo gêneros literários, temas e autores importantes.
1. Colégio Policial Militar “Feliciano Nunes Pires”
Professor: Claudia S. N. Vieira
Disciplina: LPO
Série: 2ª
Tema da aula: Literatura - Revisão
Objetivo da aula: Revisar as Escolas Literárias estudadas durante o 1º ano (trovadorismo, humanismo, classicismo, barroco e arcadismo).
2. GÊNEROS LITERÁRIOS Gênero Épico Narrações de fatos grandiosos, centrados na figura de um herói. Gênero Dramático Textos destinados para a representação cênica, na forma de tragédia ou na forma de comédia. Gênero Lírico Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos da alma.
4. ● Teve início no século XII e consolidou-se durante a Idade Média. ● Época Medieval: séc. XII ao séc. XV. ● Contexto cultural e artístico influenciado pela Igreja. ● Teocentrismo: Deus como centro de todas as coisas. ● Literatura composta por cantigas: → Cantigas Líricas – de amor / de amigo → Cantigas Satíricas – de escárnio / de maldizer ● A poesia acompanhada por instrumentos musicais.
5. CANTIGAS DE AMOR
O sentimento oriundo da submissão entre o servo e o senhor feudal transformou-se no que chamamos de vassalagem amorosa, preconizando, assim, um amor cortês. O amante vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é correspondido. Ainda assim dedica à mulher amada (senhor) fidelidade, respeito e submissão. Nesse cenário, a mulher é tida como um ser inatingível, à qual o cavaleiro deseja servir como vassalo.
6. CANTIGAS DE AMIGO
Surgidas na própria Península Ibérica, as cantigas de amigo eram inspiradas em cantigas populares, fato que as concebe como sendo mais ricas e mais variadas no que diz respeito à temática e à forma, além de serem mais antigas. Diferentemente da cantiga de amor, na qual o sentimento expresso é masculino, a cantiga de amigo é expressa em uma voz feminina, embora seja de autoria masculina, em virtude de que naquela época às mulheres não era concedido o direito de alfabetização.
7. CANTIGAS SATÍRICAS
De origem popular, essas cantigas retratavam uma temática originária de assuntos proferidos nas ruas, praças e feiras. Tendo como suporte o mundo boêmio e marginal dos jograis, fidalgos, bailarinas, artistas da corte, aos quais se misturavam até mesmo reis e religiosos, tinham por finalidade retratar os usos e costumes da época por meio de uma crítica mordaz. Assim, havia duas categorias: a de escárnio e a de maldizer.
Apesar de a diferença entre ambas ser sutil, as cantigas de escárnio eram aquelas em que a crítica não era feita de forma direta. Rebuscadas de uma linguagem conotativa, não indicavam o nome da pessoa satirizada. Nas cantigas de maldizer, como bem nos retrata o nome, a crítica era feita de maneira direta, e mencionava o nome da pessoa satirizada.
8. NOVELAS DE CAVALARIA
Consistem nos primeiros romances, que contam as aventuras vividas pelos cavaleiros ajudando a divulgar os valores e a visão de mundo da sociedade desse período. É possível perceber uma divisão em três ciclos:
● Ciclo Clássico: novelas que narram a Guerra de Tróia e as aventuras de Alexandre, o Grande.
● Ciclo Arturiano ou Bretão: histórias do rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda.
● Ciclo Carolígio: histórias do rei Carlos Magno, de França.
10. ● Ocorreu no período compreendido entre a transitoriedade da Baixa Idade Média e início da Moderna (séculos XV e XVI), os avanços científicos começavam a tomar espaço no meio cultural – Renascimento. ● Consistem em um período de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo. ● Na Literatura, os autores italianos que maior influência exerceram foram: Dante Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Bocaccio (Decameron). ● Os gêneros mais cultivados foram: o lírico, de temática amorosa ou bucólica, e o épico, seguindo os modelos consagrados por Homero (Ilíada e Odisséia) e Virgílio (Eneida). ● Em Portugal: Fernão Lopes – cronista dos reis e do povo. ● Teatro: Gil Vicente.
12. ● O Classicismo surge durante o Período do Renascimento, ou seja, em meio ao movimento artístico no qual a cultura clássica ocupava o espaço da medieval, o capitalismo consolidava-se e a Idade Média tinha seu fim. ● Retomada de modelos da Antiguidade Clássica. ● Antropocentrismo. ● Passa a existir em Portugal no ano de 1527, com o retorno de Francisco Sá de Miranda da Itália, o qual divulga os novos conceitos europeus da arte e da poesia. ● São características das obras do Classicismo: a presença de adjetivos, a perfeição estética, a pureza das formas, a retomada da mitologia pagã e a busca do ideal de beleza encontrado nos modelos dos autores da Antiguidade Clássica.
13. LUÍS DE CAMÕES
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
15. PANORAMA HISTÓRICO
● Também conhecido como seiscentismo, teve início no final do século XVI e seu apogeu no século XVII, prevalecendo até meados do século XVIII.
● Período de lutas religiosas e tensão no mundo da fé.
● Reforma Protestante: iniciada em 1517, por Martinho Lutero, seguida da adesão de João Calvino, em 1532.
● Contra-Reforma: 1545-1563.
● No Brasil, costuma-se estabelecer o ano de 1601 como sendo o de início do movimento literário, com a publicação da obra Prosopopéia, de Bento Teixeira Pinto.
16. CARACTERÍSTICAS
● Culto do contraste – matéria e espírito, bem e mal, Deus e Diabo, céu e terra, pureza e pecado, vida e morte, alegria e tristeza, juventude e velhice, etc.
● Consciência da transitoriedade da vida – ideia de que o tempo tudo consome, levando a desvalorização dos bens materiais.
● Gosto pela grandiosidade – uso de hipérboles (exagero).
● Cultismo – jogo de palavras, alteração da ordem natural das palavras nas orações e das orações no período, uso de metáforas como: diamantes significando dentes ou olhos, cristal significando água, orvalho.
● Conceptismo – jogos de ideias ou conceitos, dirigindo-se à inteligência.
● Pessimismo e feísmo.
● Reflexão sobre a fragilidade humana.
●Principais autores: Gregório de Mattos e Padre Antônio Vieira.
18. PANORAMA HISTÓRICO ● Teve início no século XVIII, também conhecido como Neoclassicismo. ● No Brasil o movimento é marcado pela publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costa. ● O século XVIII é conhecido como o Século das Luzes, graças às novas ideias de cientistas e filósofos que provocaram uma verdadeira revolução na história do pensamento moderno. ● A Inglaterra vive Revolução Industrial e a ascensão do capitalismo, que aos poucos se estende por outros países da Europa e pelos EUA. ● Entra em cena o Iluminismo, em que filósofos, cientistas, economistas e escritores difundem as ideias iluministas (a ciência, o progresso e a liberdade eram os meios de trazer a felicidade ao homem).
19. CARACTERÍSTICAS ● Resgate de temas clássicos – proposta de um retorno aos modelos clássicos renascentistas, pois aí encontravam o ideal de simplicidade. Presença da mitologia e de uma linguagem simples, de vocabulário fácil. ● Bucolismo – a pureza, a beleza e a espiritualidade residem na natureza. Preferência por temas pastoris e pelas cenas de vida no campo. ● Racionalismo – preocupação com a verdade e o real. Equilíbrio entre a razão e o sentimento. ● Convencionalismo – repetição de temas muito explorados e utilização de lugares-comuns, como “ovelhas”, “pastores” , “montes”, “claras fontes”, etc. ● Idealização do amor e da mulher – a mulher é fonte de prazer tranquilo e não-passional.
20. BIBLIOGRAFIA ABAURRE, Maria Luíza, ABAURRE, Maria Bernadete; PONTARA, Marcela. Português: Contexto, Interlocução e Sentido. São Paulo: Moderna, 2010. MAIA, João Domingues. Português: série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003. http://www.brasilescola.com/literatura/arcadismo-neoclassicismo.htm www.infoescola.com