1) O documento apresenta um resumo de uma lição bíblica sobre o Evangelho de Mateus, que foca em Jesus como o Messias prometido, especialmente como o Filho de Davi.
2) A introdução conta a história de Rick Hoyt e seu pai Dick, que correram centenas de eventos juntos apesar das limitações de Rick. Isso ilustra o amor de Deus por nós.
3) O texto discute a genealogia de Jesus em Mateus, mostrando Sua descendência real de Davi, para estabelecer Sua identidade
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
Lição_122016_Filho de Davi_GGR
1. Lições Adultos O Evangelho de Mateus
Lição 1 – Filho de Davi 26 de março a 2 de abril
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Sm 11–13
VERSO PARA MEMORIZAR: Ele salvará o Seu povo dos pecados deles”. (Mt 1:21).
Leituras da Semana: Mt 1; Mc 12:35-37; Is 9:6, 7; Rm 5:8; Jo 2:25; Jr 29:13; Mt 2:1-14
Introdução: O Evangelho de Mateus
Rick Hoyt foi estrangulado pelo cordão umbilical no momento do parto, o que deixou seu cérebro danificado e
incapaz de controlar os membros. Os médicos disseram à família que Rick viveria em estado vegetativo pelo
resto da vida e deveria ser colocado numa instituição.
Os “Hoyt não ficaram convencidos disso”, escreveu Rick Reilly num perfil dos Hoyt para a revista Sports
Illustrated (20 de junho de 2005). “Eles notavam que os olhos de Rick os seguiam pelo cômodo. Aos 11 anos,
eles o levaram ao departamento de engenharia da Universidade Tufts e perguntaram se havia alguma coisa
para ajudar o menino a se comunicar.
“De maneira alguma”, disseram a Dick Hoyt. “Não se passa nada no cérebro dele”.
“‘Contem uma piada para ele’, Dick respondeu. Eles o fizeram. Rick riu. Muita coisa estava se passando no
cérebro dele.”
Ligado a “um computador que lhe permitia controlar o cursor ao tocar um interruptor com a lateral da cabeça,
Rick finalmente conseguiu se comunicar” com os outros. Era o começo de uma nova vida. Surgiu a
oportunidade de participar de uma maratona com fins caritativos. Seu pai o empurrou numa cadeira de rodas.
Após a corrida, Rick digitou: “Papai, me senti como se não fosse mais deficiente!”
Dick decidiu dar a Rick essa sensação outras vezes. Eles correram a Maratona de Boston. Alguém sugeriu um
triatlo. Os dois já participaram de centenas de eventos atléticos, com o pai puxando-o ou empurrando-o.
“Não há dúvida”, Rick digitou. “Meu pai é o pai do século”.
O Pai celestial nos ama mais do que Dick Hoyt ama seu filho. Ele enviou Seu Filho para nos puxar da morte
para a vida.
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2. Neste trimestre, estudaremos o evangelho de Mateus, que se concentrou muito no fato de que Jesus é o
Messias prometido. Embora seu público fosse primariamente judeu, sua mensagem de esperança fala também
a nós, que, como Rick Hoyt, precisamos de Alguém que faça por nós o que não podemos fazer por nós
mesmos.
Andy Nash, PhD, é professor e pastor na Southern Adventist University, em Collegedale, Tennessee. É autor
de vários livros, incluindo The Haystacks Church and the Book of Matthew: “Save us Now, Son of David” [A
igreja dos “montes de feno”* e o livro de Mateus: “Salva-nos agora, Filho de Davi”].
Sábado à tarde
Inspirado pelo Espírito Santo, Mateus iniciou seu livro com uma genealogia. Porém, não foi uma genealogia
qualquer, mas a de Jesus Cristo. Além de começar seu evangelho com uma genealogia, Mateus apresentou
nela alguns ancestrais que a maioria das pessoas certamente não gostaria de reivindicar como parte de sua
linhagem.
Talvez Mateus tivesse sentido empatia por esses ancestrais pelo fato de ele mesmo ter sido, em certo grau,
marginalizado. Afinal de contas, ele era um judeu coletor de impostos; havia se vendido ao inimigo e, na
verdade, pagava a Roma pela oportunidade de sentar-se na coletoria e cobrar impostos de seu povo.
Certamente, ele não era amado por sua nação.
Porém, ainda que os seres humanos olhem para a aparência exterior, Deus olha para o coração. Embora
Mateus fosse um desprezado, o Senhor olhou para o coração dele e o escolheu para ser discípulo. Mateus
aceitou o chamado, renunciando à vida que tinha antes, em troca de uma nova vida em Jesus.
Assim, Mateus passou a seguir seu Senhor, preservou um registro dos acontecimentos, e um dia daria algo
valioso ao seu povo e ao mundo: sua dádiva não seria um recibo de impostos, mas um precioso relato da vida
de Jesus.
Realize uma bela classe bíblica em sua igreja, a partir de 3 de abril. Convide os amigos que participaram da
Semana Santa.
❉ Domingo - Um livro das origens
“Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi” (Mt 1:1). Desde o começo, Mateus chama sua obra um
“livro” (da palavra grega biblos, que pode significar um “escrito sagrado”), um “livro da genealogia”, ou seja,
dos ascendentes de Jesus. Na verdade, a palavra grega traduzida como “genealogia” vem de um termo que
pode ser traduzido como “origens”. Portanto, pode-se dizer que Mateus iniciou seu evangelho com uma
espécie de “livro de Gênesis”. Assim como o Antigo Testamento começou com um livro sobre a criação do
mundo, Mateus (e, portanto, o Novo Testamento) começa com um livro sobre o próprio Criador e sobre a obra
de redenção que somente Ele poderia efetuar.
► Perg. 1. O que estas passagens dizem sobre Jesus? Jo 1:1-3; Hb 1:1-3; Mq 5:2; Mc 12:35-37
(Jo 1:1-3) 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no
princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se
fez.
(Hb 1:1-3) 1 Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez
o universo. 3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela
palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas
alturas,
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3. (Mq 5:2) E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o
que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
(Mc 12:35-37) Jesus, ensinando no templo, perguntou: Como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi?
O próprio Davi falou, pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que
eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O mesmo Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele seu filho?
E a grande multidão o ouvia com prazer.
► Resp. 1. Ele é Deus eterno; criou todas as coisas, veio ao mundo e tornou-Se homem para salvar os
pecadores. Está assentado à direita de Deus. Nasceu em Belém, sendo ao mesmo tempo filho e Senhor de
Davi.
“Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de
Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’. […] Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus
tanto aos homens como aos anjos. Ele era a Palavra de Deus: o pensamento de Deus tornado audível” (Ellen
G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19).
A divindade de Cristo, contudo, não era o mais importante na mente de Mateus, em contraste com João (ver Jo
1:1-3), que começou escrevendo sobre a divindade de Cristo antes de passar para o aspecto humano dEle (Jo
1:14). Em vez disso, Mateus se concentrou muito na humanidade de Cristo, ou seja, o Messias como “filho de
Davi, filho de Abraão”. Então passou a traçar, a partir de Abraão, a linhagem dos ancestrais humanos de Jesus
até Seu nascimento, no desejo de mostrar a seus leitores que, de fato, Jesus de Nazaré era o Messias predito
nas profecias do Antigo Testamento.
Família e ascendência são importantes. Ao mesmo tempo, no que diz respeito ao evangelho, nossos pais, avós,
ou ascendentes são irrelevantes. O que está acima de tudo isso e por quê? Ver Gálatas 3:29.
(Gl 3:29) E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
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❉ Segunda - Uma linhagem real
Quaisquer que fossem os diversos conceitos dos judeus a respeito da vinda do Messias, uma coisa era certa: o
Cristo seria da linhagem de Davi. (Até hoje, muitos judeus religiosos que aguardam o Messias acreditam que
Ele deve vir da casa de Davi.) Foi por isso que Mateus começou seu evangelho com a linhagem de Cristo; ele
desejava estabelecer Sua identidade como o Messias. Devido ao fato de que o Cristo devia ser descendente de
Abraão (Gn 22:18; Gl 3:16), o pai da nação judaica, e da linhagem de Davi, Mateus logo no início procurou
mostrar a linhagem de Jesus e como Ele estava diretamente ligado não só a Abraão (como a maioria dos
israelitas estava), mas ao rei Davi. Muitos comentaristas acreditam que Mateus tinha em mente,
primariamente, um público judeu; daí sua forte ênfase em estabelecer as credenciais messiânicas de Jesus de
Nazaré.
► Perg. 2. Leia os textos seguintes. Como eles nos ajudam a compreender a ideia que Mateus procurou
transmitir? 2Sm 7:16, 17; Is 9:6, 7; Is 11:1, 2; Atos 2:29, 30
(2Sm 7:16-17) 16 Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será
estabelecido para sempre. 17 Segundo todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a
Davi.
(Is 9:6-7) 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu
nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; 7 para que se aumente o
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4. seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar
mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.
(Is 11:1-2) 1 Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. 2 Repousará sobre ele o
Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o
Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.
(At 2:29-30) Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi
sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje. 30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia
jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,
► Resp. 2.
A) 2Sm 7:16, 17: Em Cristo, o reino de Davi seria eterno. B) Is 9:6, 7: O menino Jesus seria o Rei eterno sobre
o trono de Davi. C) Is 11:1, 2: Jesus, filho de Davi, seria cheio do Espírito do Senhor. D) At 2:29, 30: O
reinado de Davi simbolizou o reinado de Cristo.
Tudo isso nos ajuda a entender a forma pela qual Mateus iniciou seu evangelho: “Livro da genealogia de Jesus
Cristo, Filho de Davi” (Mt 1:1). No início do Novo Testamento, Jesus Cristo é descrito como “Filho de Davi”.
Perto do final do Novo Testamento, o próprio Jesus disse as seguintes palavras: “Eu, Jesus, enviei o Meu anjo
para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã” (Ap
22:16). Além de tudo o mais que Jesus é, Ele continua sendo “a Raiz e a geração de Davi”.
Que poderoso testemunho da natureza humana de Jesus e de Sua humanidade essencial! Nosso Criador Se
ligou a nós de um modo que mal conseguimos imaginar.
Terça - A árvore genealógica de Jesus
► Perg. 3. Além de Davi, quem mais encontramos na árvore genealógica de Jesus? Mt 1:2, 3
(Mt 1:2) Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3 Judá gerou de Tamar a Perez e
a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão;
► Resp. 3. Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes.
Não era comum sequer mencionar mulheres em genealogias. Então, por que uma mulher chamada Tamar seria
colocada nessa lista? Para começar, quem era ela?Tamar era uma mulher cananeia que havia se casado, em
sequência, com dois filhos de Judá. Os dois haviam morrido na prática de coisas perversas, enquanto Tamar
continuava sem filhos. Seu sogro, Judá, prometeu a Tamar que lhe daria seu terceiro filho em casamento
quando ele tivesse idade suficiente. Mas isso não aconteceu.Então, o que Tamar fez? Disfarçou-se de prostituta
e teve relações com o próprio Judá, embora ele não fizesse a menor ideia de que aquela mulher era Tamar.
Meses depois, quando a gravidez de Tamar ficou evidente, Judá procurou tomar medidas para que ela, pela
conduta imoral, fosse morta; mas a atitude dele mudou quando ela lhe revelou que ele era o pai do bebê.
Embora isso possa ter semelhança com uma novela vulgar, faz parte da ascendência humana de Jesus.
► Perg. 4. Leia Mateus 1:4, 5. Quem mais é mencionada na lista de Mateus? Por que isso é um tanto
surpreendente?
(Mt 1:4-5) Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5 Salmom gerou de Raabe
a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé;
► Resp. 4. Foi surpreendente porque Raabe havia sido prostituta e Rute era estrangeira.
Raabe seria a prostituta cananeia mencionada no livro de Josué? Parece que sim. Depois de ajudar a proteger
os espias israelitas em Canaã, ela se uniu ao povo de Deus e, ao que parece, casou-se com um dos ancestrais
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5. de Jesus.
► Perg. 5. Quem mais está na linhagem de Cristo? Mt 1:5, 6.
(Mt 1:5-6) 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6 Jessé gerou ao
rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias;
► Resp. 5. Bate-Seba, a mulher de Urias, que havia adulterado com Davi.
Rute, uma mulher virtuosa, não tinha culpa pelo fato de proceder dos odiados moabitas (produto de uma
relação incestuosa de Ló, que estava embriagado, com uma de suas filhas). A esposa de Urias, Bate-Seba, foi a
mulher que o rei Davi egoisticamente mandou buscar enquanto o marido dela estava em batalha. O rei também
era um pecador que precisava de um Salvador. Davi teve muitas qualidades destacadas, mas certamente não
foi um modelo como pai de família.
Se Deus nos aceita apesar de nossas faltas e falhas, como podemos aprender a fazer o mesmo com os outros,
apesar das faltas e falhas deles?
❉ Quarta - Sendo nós ainda pecadores
► Perg. 6. O que as passagens seguintes dizem sobre a natureza humana? Quais fortes evidências temos de
que essas declarações são verdadeiras? Rm 3:9, 10; 5:8; Jo 2:25; Jr 17:9
(Rm 3:9-10) 9 Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos
demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; 10 como está escrito: Não há
justo, nem um sequer,
(Rm 5:8) Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós
ainda pecadores.
(Jo 2:25) E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia
o que era a natureza humana.
(Jr 17:9) Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
► Resp. 6. Ela é pecaminosa e injusta. Todo ser humano sente isso em sua própria vida e percebe isso na vida
dos outros.
Como tem sido dito com frequência, mas vale a pena repetir, a Bíblia não pinta um quadro otimista do ser
humano nem da natureza humana. Da queda no Éden (Gn 3) à queda de Babilônia, nos últimos dias (Ap 18), a
triste condição da humanidade é facilmente revelada. Embora tenhamos a tendência de idealizar, por exemplo,
os primeiros tempos da igreja, anteriores à grande “apostasia” (2Ts 2:3), isso é um erro (ver 1Co 5:1). Todos
nós somos pessoas caídas, prejudicadas, e isso inclui a linhagem da qual o próprio Jesus veio. O erudito
Michael Wilkins escreveu: “A autenticidade e a improbabilidade dessa genealogia deve ter deixado atônitos os
leitores de Mateus. Os ancestrais de Jesus eram seres humanos com todas as falhas, mas com todo o potencial
das pessoas em geral. Deus atuou através deles para fazer acontecer Sua salvação. Não há um padrão de
justiça na linhagem de Jesus. Encontramos adúlteros, prostitutas, heróis e gentios. O ímpio Roboão foi o pai
do ímpio Abias, que foi o pai do bom rei Asa. Asa foi o pai do bom rei Josafá […], que foi o pai do ímpio rei
Jeorão. Deus estava trabalhando ao longo das gerações, tanto boas quanto más, para realizar Seus propósitos.
Mateus mostra que Deus pode usar qualquer pessoa, por mais marginalizada e desprezada que seja, para
realizar Seus propósitos. Essas são o próprio tipo de pessoa que Jesus veio salvar” (Zondervan Illustrated
Bible Backgrounds Commentary: Matthew [Comentário ilustrado Zondervan sobre o contexto histórico da
Bíblia: Mateus]. Grand Rapids: Zondervan, 2002; p. 9). Essa é a ideia da qual precisamos nos lembrar, não só
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6. quando olhamos para os outros, mas também quando olhamos para nós mesmos. Qual cristão, em algum ponto
de sua caminhada, não fica desanimado, não questiona sua fé, não cogita se é ou não verdadeiramente
convertido? Com muita frequência, também, o que produz esse desânimo é nossa natureza caída, nossos
pecados e falhas. Assim, em meio ao desespero, podemos e devemos extrair esperança do fato de que Deus
conhece todas essas coisas e que foi por pessoas exatamente como nós que Cristo veio a este mundo.
A quais promessas bíblicas você pode se apegar em momentos de desânimo e de desespero espirituais?
Quinta - O nascimento do divino Filho de Davi
Os dois primeiros capítulos de Mateus relatam o nascimento de Jesus numa noite fria e úmida. Provavelmente,
não tenha sido em 25 de dezembro. Com base na escala de serviço do sacerdote Zacarias no templo, os
eruditos sugerem que Jesus tenha nascido provavelmente no outono, quando as ovelhas ainda estavam nos
campos, talvez no final de setembro ou em outubro.
É uma grande ironia que alguns dos primeiros a procurar e adorar o Messias judaico foram gentios. Enquanto
a maioria do próprio povo de Jesus (e um meio-judeu paranoico, o rei Herodes) achava que sabia que tipo de
Messias esperar, havia nesses viajantes vindos do Oriente a mente e o coração abertos. Os magos, ou sábios,
eram respeitados filósofos da Pérsia que devotavam a vida a procurar a verdade, de onde quer que ela viesse.
Não é de admirar, então, que estivessem adorando Aquele que era “a Verdade”. Embora o contexto seja
diferente, vemos aqui um exemplo da veracidade das palavras faladas séculos antes: “Vocês Me procurarão e
Me acharão quando Me procurarem de todo o coração” (Jr 29:13, NVI).
► Perg. 7. Leia Mateus 2:1-14. Que contraste é visto entre a atitude desses sábios e a do rei Herodes?
(Mt 2:1-14) 1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do
Oriente a Jerusalém. 2 E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela
no Oriente e viemos para adorá-lo. 3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a
Jerusalém; 4 então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o
Cristo deveria nascer. 5 Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do
profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti
sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel. 7 Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os
magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. 8E, enviando-os a Belém,
disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me,
para eu também ir adorá-lo. 9 Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os
precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. 10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se com
grande e intenso júbilo. 11 Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram;
e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. 12 Sendo por divina
advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a
sua terra. 13 Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te,
toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar
o menino para o matar. 14 Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito;
► Resp. 7. Os magos adoraram Jesus, enquanto Herodes tentou matá-Lo.
Esses pagãos caíram de joelhos e adoraram Jesus, em contraste com o rei da nação, que, em vez disso,
procurou matá-Lo. Essa história deve servir como poderoso lembrete de que pertencer a uma igreja não é
garantia de estar num relacionamento correto com Deus. Deve também ser um lembrete de que é muito
importante uma correta compreensão da verdade. Se Herodes e os sacerdotes tivessem compreendido as
profecias referentes ao Messias, ele saberia que Jesus não era o tipo de ameaça que devesse temer. Teria
entendido que esse “Rei dos judeus” não era alguém com quem precisava se preocupar, pelo menos em termos
de resguardar seu próprio poder político imediato.
Como adventistas do sétimo dia, abençoados com muita luz, como podemos nos proteger do engano de que
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7. essa luz significa que estamos automaticamente num relacionamento correto com Deus? Ao mesmo tempo,
como a verdade pode nos ajudar a ter uma experiência mais profunda com Deus e a apreciar mais Seu caráter?
Sexta - Estudo adicional
Examine esta citação de Ellen G. White: “É assim que todo pecador deve se aproximar de Cristo. ‘Não pelas
obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou’ (Tt 3:5, ARC). Quando
Satanás diz que vocês são pecadores, e não podem esperar receber bênçãos de Deus, digam-lhe que Cristo veio
ao mundo para salvar pecadores. Nada temos que nos recomende a Deus; mas o argumento em que podemos
insistir, agora e sempre, é nossa condição de completo desamparo, o que torna uma necessidade Seu poder
redentor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 317).
Nossa obediência à lei, nossa vitória sobre o pecado e a tentação, nosso crescimento em Cristo, embora sejam
parte da vida cristã, são resultado da salvação, e nunca sua causa. O ladrão que ficou ao lado de Jesus na cruz,
os santos que serão trasladados na segunda vinda de Cristo, ou qualquer outra pessoa, estão numa “condição
de completo desamparo”, que torna uma necessidade Seu poder redentor. Como é importante que nunca nos
esqueçamos dessa verdade fundamental!
Perguntas para reflexão
1. Herodes tinha concepções muito erradas sobre a profecia, que o levaram a fazer algumas coisas terríveis.
Pense em algumas compreensões falsas sobre a profecia em nossa época. Por exemplo, muitos creem que os
cristãos fiéis serão levados de maneira silenciosa e secreta para o Céu, enquanto familiares e amigos serão
“deixados para trás” sem entender por que essas pessoas desapareceram de repente. Quais são os perigos da
falsa compreensão da profecia? O que dizer da ideia de que um dos acontecimentos finais da história da Terra
será a reconstrução do templo de Jerusalém e o reinício dos sacrifícios de animais? Que outras concepções
errôneas devem nos convencer de como é realmente importante entender corretamente a profecia?
2. Em muitas culturas e sociedades, os pais e sua classe social são fatores considerados importantes. Essa é
uma tradição que parece ser encontrada ao longo de toda a História e está profundamente arraigada em muitos
lugares. Por que essa ideia mundana é tão contrária a tudo o que o evangelho defende? Como a ideia de ser
“nascido de novo” afeta nossa maneira de considerar a questão da classe ou estrutura social em que nós
nascemos, ou em que outras pessoas nasceram?
Comentários de Ellen G. White
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 313, 314.
No tempo do primeiro advento de Cristo, os sacerdotes e escribas da santa cidade, a quem foram confiados os
oráculos de Deus, poderiam ter discernido os sinais dos tempos e proclamado a vinda do Prometido. A
profecia de Miquéias designou o lugar de Seu nascimento (Miq. 5:2); Daniel especificou o tempo em que viria
(Dan. 9:25). Deus confiou estas profecias aos dirigentes judeus; estariam sem desculpas se não soubessem
nem declarassem ao povo que a vinda do Messias estava às portas. Sua ignorância era o resultado da
pecaminosa negligência. Os judeus estavam edificando túmulos aos profetas assassinados, enquanto pela
deferência com que tratavam os grandes homens da Terra prestavam homenagem aos servos de Satanás.
Absortos em suas ambiciosas lutas para conseguir posição e poderio entre os homens, perderam de vista as
honras divinas que lhes eram oferecidas pelo Rei do Céu.
Com profundo e reverente interesse deveriam encontrar-se a estudar o lugar, o tempo, as circunstâncias do
grande acontecimento na história universal - a vinda do Filho de Deus para cumprir a redenção do homem.
Todo o povo deveria ter estado a vigiar e esperar para que pudessem achar-se entre os primeiros a dar as boas-
vindas ao Redentor do mundo. Mas ai! em Belém, dois fatigados viajantes, procedentes das colinas de Nazaré,
percorrem em toda a extensão a estreita rua até à extremidade oriental da cidade, procurando em vão um lugar
de repouso e abrigo para a noite. Porta alguma se achava aberta para os receber. Sob miserável telheiro
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8. preparado para o gado, encontram finalmente refúgio, e ali nasce o Salvador do mundo.
Anjos celestiais tinham visto a glória de que o Filho de Deus participava com o Pai antes que o mundo
existisse, e com profundo interesse haviam aguardado o Seu aparecimento na Terra, como uma ocorrência
repleta das maiores alegrias para todo o povo. Foram designados anjos para levar as alegres novas aos que
estavam preparados para recebê-las, e que alegremente as tornariam conhecidas aos habitantes da Terra. Cristo
Se abatera para tomar sobre Si a natureza do homem; deveria Ele suportar um peso infinito de misérias ao
fazer de
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Sua alma oferta pelo pecado; todavia, desejavam os anjos que mesmo em Sua humilhação o Filho do
Altíssimo pudesse aparecer diante dos homens com uma dignidade e glória condizentes com Seu caráter.
Congregar-se-iam os grandes homens da Terra na capital de Israel para saudar a Sua vinda? Apresentá-Lo-iam
legiões de anjos à multidão expectante?
Um anjo visita a Terra a fim de ver quais os que se acham preparados para receber a Jesus. Não pode, porém,
distinguir sinal algum de expectação. Não ouve voz alguma de louvor e triunfo, anunciando que o tempo da
vinda do Messias está às portas. O anjo paira por algum tempo sobre a cidade escolhida e o templo onde a
presença divina tinha sido manifestada durante séculos; mas, mesmo ali, há idêntica indiferença. Os
sacerdotes, em sua pompa e orgulho, estão oferecendo profanos sacrifícios no templo. Os fariseus estão em
altas vozes discursando ao povo, ou fazendo jactanciosas orações nas esquinas das ruas. Nos palácios dos reis,
nas assembleias dos filósofos, nas escolas dos rabis, todos, de igual maneira, se acham inconscientes do
maravilhoso fato que encheu todo o Céu de alegria e louvor - o fato de que o Redentor dos homens está prestes
a aparecer na Terra.
Evidência alguma há de que Cristo seja esperado, e nenhum preparativo para o Príncipe da Vida. Com espanto
está o mensageiro celestial prestes a voltar para o Céu com a desonrosa notícia, quando descobre alguns
pastores que, à noite, vigiam seus rebanhos e, mirando o céu bordado de estrelas, meditam na profecia do
Messias a vir à Terra, anelando o advento do Redentor do mundo. Ali se encontra um grupo que está preparado
para receber a mensagem celestial. E subitamente o anjo do Senhor aparece anunciando as boas novas de
grande alegria. A glória celestial inunda a planície toda; aparece uma incontável multidão de anjos e, como se
fora demasiado grande a alegria para um só mensageiro trazê-la do Céu, uma multidão de vozes irrompe em
louvores que todas as nações dos salvos um dia entoarão: "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade
para com os homens." Luc. 2:14. O Grande Conflito, pp. 313-314.
Auxiliar para o professor
Resumo da Lição
TEXTO-CHAVE: Mateus 1:21, 23
O ALUNO DEVERÁ
Saber: As razões que levaram Mateus a escrever seu evangelho.
Sentir: Convicção a respeito da missão excepcional para a qual Jesus veio ao mundo.
Fazer: Permanecer no poder salvador de Jesus.
ESBOÇO
Saber: O propósito de Mateus ao escrever seu evangelho
Quem foi Mateus? O que sabemos sobre ele e sua profissão?
Para quem Mateus escreveu o Evangelho? Por quê?
Como o Evangelho de Mateus se relaciona com os demais evangelhos?
Quais são as características singulares do Evangelho de Mateus e o que elas nos ensinam?
Sentir: A singularidade de Jesus no Evangelho de Mateus
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9. 1. O que nos ensinam as diferenças nas genealogias apresentadas por Mateus e Lucas?
2. Partindo da narrativa de Mateus 1, que evidências temos para crer que Deus está no controle da História e
que ela marcha para o cumprimento dos Seus propósitos?
Fazer: A influência do evangelho na vida e nos relacionamentos
1. O que aprendemos com a genealogia de Mateus sobre a igualdade humana e os relacionamentos?
2. Como os dois nomes da Palavra Encarnada (Jesus e Emanuel) influenciam nossa vida e experiência? Há
apoio do Antigo Testamento para essa possibilidade?
RESUMO:
O relato de Mateus acerca do nascimento de Jesus nos assegura que (1) Deus é conosco, (2) a salvação do
pecado é nossa, e (3) pertencemos a uma linhagem real.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Mateus 1:18-23
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Quem é Jesus: Deus, Homem ou ambos? Ele foi um presunçoso
e desiludido itinerante da Galileia ou é o melhor Mestre que o mundo conheceu? Ele é o mais brilhante
especialista em ética e filósofo de todos os tempos? Jesus é um mártir por excelência, condenado à morte por
uma multidão invejosa e sedenta de poder? O Senhor ressuscitado? A maneira de percebermos e nos
relacionarmos com a identidade de Jesus influencia nossa vida e nosso crescimento espiritual, agora e na
eternidade.
Para o professor: Como vemos em João 1:1-3, a vida de Jesus não começou em Belém. Toda a Escritura
testemunha sobre a eternidade do Filho e Sua união com o Pai e o Espírito Santo. Os quatro evangelhos
esclarecem que Aquele que é Deus e esteve com Ele desde a eternidade Se encarnou na humanidade para
“salvar Seu povo dos pecados deles” e ser “Emanuel… Deus conosco” (Mt 1:21, 23; ver também Lc 2:11; Mc
2:5; Jo 3:16).
Discussão de abertura
Após 400 anos de silêncio profético desde Malaquias, a Palavra de Deus, por meio de Mateus, inicia com o
anúncio do nascimento de Jesus Cristo, “o Filho de Davi, o Filho de Abraão” (Mt 1:1). Dessa forma, Mateus é
aquele que constrói uma ponte entre a predição do Antigo Testamento e o cumprimento no Novo Testamento.
Como o evangelho de Jesus cria em você um relacionamento duradouro entre sua esperança e o cumprimento
dela? Iremos conhecê-Lo, ouvi-Lo e aceitá-Lo como o caminho para a eternidade?
Comente com a classe
Os judeus gostavam de preservar sua linhagem. Um sacerdote devia produzir uma linhagem pura que
retrocedesse até Arão; sua esposa devia ter ascendência pura em pelo menos cinco gerações. Temos dois
relatos de genealogia para Jesus, um em Mateus e outro em Lucas 3:23-38. Qual é a diferença entre os dois e
por quê?
Compreensão
Para o professor: É “incontestável” que “todos os homens foram criados iguais”, escreveu Thomas Jefferson
na Declaração de Independência Americana de 1776. A mesma mente fértil entrou em ação cerca de trinta
anos mais tarde e produziu um livro chamadoA Filosofia de Jesus de Nazaré. O livro foi resultado da seleção
sistemática que Jefferson fez de todas as referências dos evangelhos à Divindade, aos milagres e à
manifestação de poder não disponível aos seres humanos.
Anos mais tarde, depois de mais alguns cortes, Jefferson produziu uma nova versão intitulada A Vida e a
Moralidade de Jesus de Nazaré. O homem que viu as raízes da dignidade, igualdade e liberdade humana no
fato de sermos “criados iguais”, não conseguiu aceitar a realidade do Criador. Ao contrário, escolheu ter um
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10. Jesus segundo sua própria imagem: um bom homem, professor exemplar, e nada mais. No entanto, Jefferson e
outros como ele não tiveram um encontro pessoal com o poder e a presença de Jesus. A lição deste trimestre
convida você a ter uma experiência com Jesus como Ele é: Deus conosco e Deus por nós.
Comentário Bíblico
I. Mateus: O autor e sua narrativa (Recapitule com a classe Mateus 9:9, 10:3, e Marcos 2:14.)
O autor. Embora o primeiro evangelho não mencione seu autor, fontes antigas em geral o atribuíram a Levi
Mateus, a quem Jesus convidou para sair do posto de coleta para ser Seu discípulo (Mt 9:9; 10:3; Mc 2:14; Lc
5:27). Eusébio (341 d.C.), o pai da história da igreja, cita Papias (140 d.C.), bispo de Hierápolis, como tendo
dito que Mateus foi o autor do evangelho. Justino Mártir, Atenágoras, Irineu, Orígenes e outros líderes da
igreja primitiva sustentaram a autoria de Mateus e não há razão para negá-la. Mateus significa “presente do
Senhor”. O autor nos concedeu um magnífico presente com a narrativa do Rei.
Genealogia de Jesus. O fato de que o reino de Jesus é importante para o Evangelho de Mateus fica evidente na
maneira pela qual o escritor organizou sua genealogia. Ele fez uma lista com três grupos de 14 gerações (Mt
1:17), cada um deles ligado a um importante aspecto da realeza. O primeiro se estende de Abraão a Davi e
chegou ao apogeu com este último. O segundo vai de Salomão a Jeconias (também chamado de Joaquim), e
com este último o reino sofreu a tragédia do exílio babilônico. O terceiro grupo dá início à linhagem histórica
até o nascimento de Jesus, “o Rei dos judeus” (Mt 2:2).
Essa genealogia messiânica também menciona quatro mulheres gentias, algo que normalmente não é feito
numa cronologia judaica: Tamar, uma sedutora; Raabe, uma prostituta; Rute, a moabita; a esposa de Urias
(Bate-Seba), a adúltera. A inclusão dessas mulheres imperfeitas e gentias na genealogia de Jesus confirma que,
com a vinda do novo Rei, a antropologia bíblica retorna ao princípio original do Criador: Em Cristo “não há
judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher” (Gl 3:28, NVI). Todos são filhos de Deus.
Pense nisto: O Evangelho de Mateus começa com a “genealogia [messiânica] de Jesus Cristo, filho de Davi,
filho de Abraão” (Mt 1:1) e termina com a Grande Comissão de que o evangelho deveria “fazer discípulos de
todas as nações” (Mt 28:19). Que lições podemos aprender com esse movimento temático, do particular para o
universal, do filho de Davi para o Senhor de todas as nações?
II. Temas importantes do evangelho (Recapitule com a classe Mateus 2:2, 14, 15; 5–7; 24:14; e Marcos 16:13-
20.)
Pelo menos cinco temas principais marcam o Evangelho de Mateus:
1. Em primeiro lugar, o reinado de Jesus. O evangelho declara que Jesus é Filho de Davi (Mt 1:1). Os sábios
discerniram, em Jesus, o Rei dos judeus (Mt 2:2); Jesus entrou em Jerusalém como Rei vencedor (Mt 21:1-
11); Ele declarou aos seguidores que Ele é o Rei e o Juiz escatológico (Mt 25:31-46). Jesus reconheceu Sua
realeza diante de Pilatos (Mt 27:11). Até mesmo sobre a cruz foi colocado Seu título como Rei (Mt 27:37).
2. Em segundo lugar, Jesus é o cumprimento da profecia do Antigo Testamento. Os quatro evangelhos se
referem a esse fato pelo menos 27 vezes, sendo que Mateus faz essa afirmação 14 vezes (Marcos, duas; Lucas,
três; e João, oito). Mateus indica especificamente que os eventos a seguir foram o cumprimento da Escritura:
nascimento de Cristo (Mt 1:22, 23; Is 7:14); a fuga para o Egito (Mt 2:14, 15); Seu lar em Nazaré (Mt 2:23);
os ensinos por meio de parábolas (Mt 13:35); a entrada triunfal em Jerusalém (Mt 21:1-5); a prisão (Mt 26:54-
56); o preço da traição (Mt 27:9); e o ato de lançar sortes por causa das roupas dEle (Mt 27:35; Sl 22:18). Ao
demonstrar que Jesus cumpriu as profecias, Mateus desejava que seus leitores judeus se convencessem de que
Jesus é oChristos, o Messias.
3. Em terceiro lugar, Mateus é o evangelho do ensino, pois sistematiza e resume os importantes ensinos de
Jesus no contexto do reino: a ética do reino (Mt 5-7); deveres dos líderes do reino (Mt 10); parábolas do reino
(Mt 13); grandeza no reino (Mt 18); e a vinda do Rei (Mt 24; 25).
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11. 4. Em quarto lugar, a igreja. Mateus é o único evangelho que detalha o estabelecimento da igreja após a
confissão de Pedro (Mt 16:13-23), embora a confissão em si seja encontrada também em Marcos e Lucas. Esse
fato e a advertência de Mateus de que as contendas deveriam ser resolvidas na igreja (Mt 18:17) indicam que
ele lançou as sementes da compreensão inicial da eclesiologia.
5. Em quinto lugar, escatologia. Mateus Se interessou especialmente pela segunda vinda de Cristo, pelo fim do
mundo, pela preparação para o reino e pelo juízo final que separará as ovelhas dos bodes (Mt 24; 25).
Pense nisto: Por que o reinado de Jesus é tão enfatizado em Mateus? Qual é a diferença entre a descrição que
ele fez de Jesus como Rei e a expectativa do povo hebreu daquela época?
Aplicação
Para o professor: De volta à pergunta: Quem é Jesus? O Evangelho de Mateus começa com uma proclamação
fundamental de que a vida e o ministério de Jesus não são apenas eventos no fluxo e refluxo da História.
Embora Mateus 1:1-17 demonstre que Jesus nasceu na História, o restante do capítulo afirma que Ele está
acima e além da História. Na verdade, Ele é o Senhor da História sobre quem Paulo escreveria posteriormente,
ao declarar que o propósito de Deus era “fazer convergir [em Cristo], na dispensação da plenitude dos tempos,
todas as coisas, tanto as do Céu como as da Terra” (Ef 1:10). A vinda de Jesus ao mundo dá significado à
História: nEle e por meio dEle as questões do bem e do mal, pecado e redenção, vida e morte, Deus e deuses
encontra uma resposta conclusiva e satisfatória. O Evangelho de Mateus não proclama Cristo como o fundador
de outra religião, mas “Emanuel” (Deus conosco) e que Ele é Jesus (Deus por nós).
Perguntas para reflexão
1. Por que o nascimento virginal de Jesus demonstra que Ele entrou na História mas estava acima dela? Por
que o nascimento virginal é importante para a história do evangelho?
2. Emanuel (Deus conosco) e Jesus (Deus por nós, nosso Salvador) são dois nomes anunciados pelo anjo para
a Segunda Pessoa da Divindade. Comente no grupo a importância dessa declaração.
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Mateus apresenta Jesus como Deus, Rei e Salvador. Ajude sua classe a perceber que cada
descrição de Jesus exige de nós uma resposta específica.
Atividade
Convide os membros da classe a explicar o que cada uma dessas três descrições de Jesus (como Deus, Rei e
Salvador) significa para eles. Analise o máximo de respostas possível.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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