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1
Texto áureo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.”
(Romanos 1:16)
Leitura Bíblica: 2 Cor. 4: 1-7
1 Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não
desfalecemos;
2 pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando
com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da
verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus.
3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que
está encoberto,
4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que
lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus.
5 Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós
mesmos como vossos servos por amor de Jesus.
6 Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.
7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder
seja de Deus, e não da nossa parte.
Leituras diárias:
Segunda: Mat. 28:19-20 Quinta: 2 Cor. 4:1-7
Terça: Lucas 24:46-49 Sexta: João 4:27-42
Quarta: 2 Tim. 1:11-14 Sábado: Atos 28:11-31
2
INTRODUÇÃO: Os filhos de Deus, em
virtude da graça recebida de Deus,
dotando-os do mais precioso tesouro
que a humanidade pode possuir – a
salvação, em Jesus Cristo, têm uma
dívida, constante, com o mundo.
Quanto mais observamos a forma
como o apóstolo Paulo interpretou e
aplicou a comissão entregue por Jesus,
mais claramente tomamos consciência
da dívida que pesa sobre nós. Fomos
comissionados para partilhar a
mensagem do Evangelho, para que
outros possam encontrar o dom da
vida abundante e eterna em Jesus.
O estudo que, neste trimestre,
faremos, tem como alvo equipar-nos
para um melhor cumprimento do
nosso dever enquanto testemunhas de
Jesus Cristo.
I – ATENTANDO PARA O
MANDAMENTO DE JESUS (Atos 1:8)
Quando se aproximava o momento de
subir ao Céu, Jesus tornou claro que a
obra da evangelização é um
imperativo para todos os que O
seguem, tendo-os comissionado para
levarem a Sua mensagem pelo Mundo.
A primeira geração daria o seu
testemunho, na cidade em que
morava – Jerusalém. Logo (conosco
incluídos) a mensagem seria levada,
gradualmente, a toda a humanidade.
A partir de Jerusalém, e da região da
Judéia, os primeiros discípulos iriam
disseminar a semente do Evangelho
entre o povo malquisto de Samaria,
continuando a expandir o
conhecimento da mensagem divina
entre todos os povos.
Falar da Boa Nova do Evangelho
constituiu um desafio para os
discípulos de então. Eram em pequeno
número, e sem recursos. Não
imaginamos a dificuldade e perigo que
enfrentavam, nas viagens. A ordem de
Jesus, todavia, era levar o Evangelho
até “aos confins da terra”.
Independentemente de tudo o que
fizessem, no nome de Jesus, não
podiam escapar ao mandamento de
Deus, de falar da Boa Nova da Sua
graça. Hoje, é esta a tua incumbência!
O mandato tem percorrido todas as
gerações e é um imperativo na tua
vida. É importante envolveres-te em
toda a obra e projetos da tua Igreja,
cooperando de coração, mas não
podes negligenciar a partilha do
Evangelho com os outros, pois estarias
a negligenciar a maior das tuas
responsabilidades como filho de Deus.
As pessoas que convivem conosco
necessitam conhecer o poder de Deus,
através da tua vida, e o testemunho
dos teus lábios.
3
II – ACEITA O DESAFIO (Atos 9:6, 15;
Rom. 1:1-5)
Paulo é um exemplo da chamada
divina para o testemunho. Não
obstante ter recebido uma chamada
especial para missionar (Atos 9:6, 15),
a sua chamada para ser “testemunha”
de Cristo foi-lhe conferida em virtude
da sua submissão à soberania de Jesus
Cristo. Trata-se da mesma chamada
que nos é conferida, enquanto crente
em Jesus. Realmente, Paulo foi
chamado para ser apóstolo, atributo
legitimamente concedido a um
número muito reduzido; porém, antes
de ser chamado ao apostolado, foi
chamado para ser “servo de Jesus
Cristo” (Rom. 1:1). A sua chamada
demonstra-nos o mandato de Jesus
para tornar conhecido o Evangelho
“entre as nações” (v.5). Como Paulo,
somos chamados a sermos servos do
Senhor e a proclamar o Seu Evangelho
entre todos com quem nos
relacionamos.
Para falar do Evangelho, Paulo tinha
que o conhecer, pelo que a chamada
implicou o estudo das “Sagradas
Escrituras, com respeito a seu Filho” (v.
2 e 3). Todo o crente em Jesus deve
crescer no conhecimento da
mensagem do Evangelho e na
capacidade de partilhá-lo com os
outros.
Embora não sendo, à semelhança de
Paulo, “apóstolos aos gentios” (Atos
9:15), fomos, como ele, “separados
para o evangelho” para que, através
do teu testemunho, outros possam ter
vida em Cristo (Rom. 1:1).
III – HONRA A TUA DÍVIDA (Rom.
1:14-16)
Todo o crente é convocado para
partilhar o evangelho com aqueles que
nunca ouviram esse convite tão
singular e importante. Deus permitiu
que ouvisses a boa nova de salvação
em Cristo, recebendo o perdão dos
pecados e o dom da vida eterna. A
partir desse momento, em que
reconheceste a abertura da graça de
Deus a todos os que crêem, deves
partilhar essa mesma mensagem que
te foi transmitida.
A tua posição é semelhante à dos
israelitas leprosos que descobriram o
local onde encontrar mantimento,
enquanto os companheiros morriam
de fome. Após ter constatado a sua
sorte, disseram: “Não fazemos bem;
este dia é dia de boas novas, e nós nos
calamos; se esperarmos até à luz da
manhã, seremos tidos por culpados;
agora, pois, vamos e o anunciemos à
casa do rei.” (2 Reis 7:9). Se te calares,
relativamente à salvação de Deus,
4
negligencias no que respeita à tua
obrigação, como crente em Jesus, e
cometes injustiça, no Âmbito da tua
roda de influência.
Com Paulo, aprendemos a reconhecer
as proporções da nossa dívida. “Sou
devedor”, foram as suas palavras!
Somos devedores, devendo colocar, a
nós próprios, a questão: “Como
(porém) invocarão aquele em quem
não creram? E como crerão naquele
de quem nada ouviram? E como
ouvirão, se não há quem pregue?”
(Rom. 10:14). Poderá acontecer seres
tu a única testemunha com
possibilidade de apresentar a alguém,
o caminho para a vida. Estás decidido
a falhar?
Paulo afirmou: “Quanto está em mim,
estou pronto a anunciar o evangelho”
(v. 15). Esta determinação granjeou-
lhe perigos e dissabores,
comparecendo perante reis e
governadores e, no fim da sua vida,
conduziu-o à situação de preso, em
Roma, e à condenação à morte. Porém,
fielmente, apresentou a Boa Nova a
todos os que encontrava. Paulo é, para
cada crente, o exemplo de serviço a
prestar.
O Evangelho é a mensagem poderosa,
de Deus, para salvação. Cristo
transforma pecadores em santos, com
poder para salvar todo aquele que
aceita o Seu convite a vir a Ele, para
ter vida (Heb. 7:25), não o lançando
fora (João 6:37).
Questionário
1) Os filhos de Deus têm uma dívida, constante, com o mundo. Explique :
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Onde a primeira geração deu o seu testemunho?
_________________________________________________________________
3) Como Paulo, somos chamados Para que?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4) O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para ?
_________________________________________________________________
5
Texto áureo: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Romanos 3:23
Leitura Bíblica: Romanos 3:9-23
9 Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já
demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um.
11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus.
12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem,
não há nem um só.
13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam
enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios;
14 a sua boca está cheia de maldição e amargura.
15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 Nos seus caminhos há destruição e miséria;
17 e não conheceram o caminho da paz.
18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos.
19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz,
para que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus;
20 porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois
o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado.
21 Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela
lei e pelos profetas;
22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois
não há distinção.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
6
Leituras diárias:
Segunda: Salmo 14:1-3 Quinta: Gál. 5:12-21
Terça: Marcos 10:17-27 Sexta: Gál. 5:16-21
Quarta: Romanos 5:12-21 Sábado: Judas 5-16
INTRODUÇÃO: Todo o ser humano
traz consigo a herança do pecado; daí
que, quer gostemos, quer não, todos
os homens são pecadores. Esta é a 1.ª
verdade do Evangelho com que
devemos iniciar a nossa partilha com
os que, ainda, não encontraram a paz
e a segurança que têm os que
aceitaram a Jesus Cristo como seu
salvador.
I – O PECADO É UNIVERSAL, NA
NATUREZA HUMANA (Rom. 3:9-11a)
Independentemente do conceito que
as pessoas têm de pecado
(comportamento errado, pensamentos
imorais, incapacidade de fazer o que é
reto), pecado é mais do que isso. Por
trás das nossas falhas e ações,
encontra-se o pecado, como realidade
da nossa natureza. Mesmo os mais
religiosos são pecadores religiosos. Se
alguém não se considera pecador,
segundo a Palavra de Deus, engana-se
a si mesmo (1 João 1:8) e declara Deus
mentiroso. A história confirma que
tanto o povo judeu, que conhecia e
devia seguir a Lei de Deus, tal como os
povos gentílicos, que a não conheciam,
todos foram pecadores. Em todo o
mundo e em todas as eras, todos se
desviaram para os seus próprios
caminhos, rebelando-se contra o
caminho do Senhor. Mesmo aqueles
que desejam viver em retidão, têm
reconhecido a inconstância desse seu
desejo. Desde que o pecado entrou na
história humana, o estado natural de
todo o homem é “morto em delitos e
pecados” (Efés. 2:1). Outra expressão
que Paulo utiliza, para caracterizar a
condição humana, encontramo-la em
Romanos 7:21 “Então, ao querer fazer
o bem, encontro a lei de que o mal
reside em mim.”
O mal seduz todos os homens, que se
revelam ligeiros, subservientes e
engenhosos a procurá-lo.
Deliberadamente rejeitam o caminho
de Deus, seguindo em direção oposta
à Sua vontade revelada. “Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas;
cada um se desviava pelo caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos.” (Isa. 53:6).
Embora podendo encontrar boas
pessoas, “bons” pecadores,
reconhecidos pela sua bondade e
altruísmo, nas mais variadas esferas
7
da sociedade, em contraste,
encontramos, no seu todo, a
humanidade num estado de
depravação total (Salmos 14:1-3).
Visto que toda a humanidade jaz no
pecado, caro leitor, tu não és exceção!
Vieste ao mundo trazendo a natureza
do pecado. Não te tornaste pecador a
partir do momento em que pecaste
pela primeira vez; já nasceste com
essa natureza. As raízes do pecado
encontram-se bem no íntimo de cada
coração. “Enganoso é o coração, mais
do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto; quem o
reconhecerá?” (Jer. 17:9). Temos,
plantadas no coração, as sementes do
mal e do engano. O coração tenta
convencer-nos de que o mal que existe
em nós não é, verdadeiramente, mal.
Independentemente do que se faça, o
coração encontra sempre justificação
para os comportamentos “Todo o
caminho do homem é reto aos seus
próprios olhos, mas o Senhor sonda os
corações.” (Prov. 21:2).
Realmente, todos os que estão cegos
pelo pecado, têm opinião diversa da
visão perfeita de Deus, que afirma:
“Todos pecaram e estão separados da
glória de Deus” (Rom 3:23) e “Não há
homem justo sobre a terra e que não
peque.” (Ecl. 7:20).
II – O PECADO É UNIVERSAL, POR
ESCOLHA PRÓPRIA (Rom. 3:11b-12a)
Embora fazendo parte integrante de
cada um de nós, não podemos culpar
a nossa natureza pelo pecado que
cometemos. Sempre que pecamos,
agimos de acordo com a nossa
vontade própria, escolhendo,
deliberadamente, rebelar-nos contra
Deus. Quando pecamos, escolhemos
fugir do cumprimento da vontade de
Deus, vontade revelada que devia
merecer a nossa preferência.
Quantas vezes já foi dito que não é
forçoso o homem pecar; contudo, o
pecado é uma realidade na tua
própria vida! A única pessoa em cuja
vida não se encontrou qualquer
vestígio de pecado foi Jesus Cristo.
Não obstante a tentação que suportou,
Jesus conseguiu resistir, cumprindo a
Sua missão. “Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-
se das nossas fraquezas; antes, foi ele
tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado.” (Heb:
415). Ninguém mais conseguiu rejeitar
toda a tentação e viver em perfeita
obediência a Deus. Todos os outros
“seguiram os seus caminhos”,
escolhendo apartar-se de Deus e
seguir as más inclinações que o seu
coração ditou, pelo que se tornaram
“inúteis”.
8
A sociedade atual tenta, muitas vezes,
justificar e atenuar o comportamento
réprobo dos culpados, alegando
influências extrínsecas, condições
mentais ou circunstâncias
potenciadoras, tentando apresentar o
culpado como uma vítima. Contudo,
perante Deus, que conhece os
corações e as intenções, cada um é
responsável pelas escolhas que faz.
III – OS EFEITOS DO PECADO SÃO
UNIVERSAIS (Rom. 3:12b-23)
Existem, em todo o mundo, milhões de
pessoas cumpridoras dos seus deveres.
Trabalham arduamente, pagam os
seus impostos e têm, para com todos,
um tratamento cordial. A questão que
se coloca é esta: “O bem que essas
pessoas praticam ultrapassa o peso do
seu pecado? Serão, por Deus,
declaradas inocentes, quando forem
julgadas? A Sua Palavra afirma que as
Suas leis foram dadas para que “se
cale toda a boca, e todo o mundo seja
culpável perante Deus” (v. 19) Todos
são pecadores por natureza, por livre
arbítrio e responsáveis pelos seus
feitos, uma vez que todas as partes do
corpo humano são instrumentos do
pecado.
A boca fala enganosamente. Está
cheia de veneno que atinge os outros.
Manifesta mais a ira e o rancor do que
a bênção a quem nos ouve (v. 13-14).
“Desviam-se os ímpios desde a sua
concepção; nascem e já se
desencaminham, proferindo
mentiras.” (Salmos 58:3).
Os pés são instrumentos do pecado
(Rom. 3:15). São ágeis para matar e,
no seu trajeto pelo mundo, deixam um
rasto de destruição e miséria. Quantos
dos que nunca cometeram assassínio
com qualquer arma, por odiarem os
seus irmãos, serão sujeitos a
julgamento (Mat. 5:22), pois, no seu
coração, “mataram” o seu irmão. Da
mesma forma, ao injuriar um irmão,
está a promover-se a sua destruição.
A própria vida torna-se instrumento
do pecado (Rom. 3:16-17). A vida,
bênção de Deus, está corrompida de
tal forma que impede o
derramamento das bênçãos de Deus.
“Pecar” significa “errar o alvo”. Errar o
alvo, na vida é uma perda irreparável,
um pecado contra o Criador, que te
deu vida.
Os olhos encontram-se tão destituídos
do temor do Senhor que só buscam o
mal (v. 18). Os olhos detêm-se em
tudo, menos em Deus, para procurar a
Sua aprovação. Deleitam-se em
conceber pensamentos adúlteros.
Jesus disse: “Eu, porém, vos digo:
qualquer que olhar para uma mulher
com intenção impura, no coração, já
adulterou com ela.” (Mat. 5:28).
9
A descrição que Isaías faz do estado
do seu povo, abrange toda a raça
humana: “Porque havíeis de ainda ser
feridos, visto que continuais em
rebeldia? Toda a cabeça está doente,
e todo o coração enfermo. Desde a
planta do pé até à cabeça, não há nele
coisa sã, senão feridas, contusões e
chagas inflamadas, umas e outras não
espremidas, nem atadas, nem
amolecidas com óleo.” (Isaías 1:5-6).
Há cura para a doença do pecado –
Jesus. Deus sempre está pronto a
curar aqueles que se voltam para Ele.
Não faz sentido permanecer alguém
debaixo da condenação e escravidão
do pecado, quando Deus providenciou
uma saída.
Jesus convida-te a vires a Ele, para,
assim, seres curado da pior doença
que há no mundo – o pecado. “O
Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele
que ouve, diga: vem! Aquele que tem
sede, venha, e quem quiser receba de
graça a água da vida.” (Apoc. 22:17).
Questionário
1) Qual é o estado natural de todo o homem?
_________________________________________________________________
2) perante Deus, que conhece os corações e as intenções, somos o que?
_________________________________________________________________
3) O que significa pecar?
_________________________________________________________________
4) Qual a cura para a doença do pecado?
_________________________________________________________________
10
Texto áureo: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não
podes contemplar.” (Habacuque 1:13a)
Leitura Bíblica: Romanos 1:18-21, 28-32
18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos
homens que detêm a verdade em injustiça.
19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus
lho manifestou.
20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente
vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de
modo que eles são inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu
coração insensato se obscureceu.
28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os
entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja,
homicídio, contenda, dolo, malignidade;
30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores,
soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os
que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as
praticam
11
Leituras diárias:
Segunda: Salmos 11:4-7 Quinta: João 3:18-36
Terça: Habac. 1:12-13 Sexta: Efésios 5:3-6
Quarta: Salmos 34:11-22 Sábado: Apoc. 20:11-15
INTRODUÇÃO: Das memórias do
nosso relacionamento com o nosso pai,
conseguimos evocar momentos de
alegria e companheirismo, mas,
evocamos, certamente, ocasiões,
menos agradáveis, nas quais tivemos
que ser punidos, devido a alguma
atitude incorreta, ou a alguma ofensa
cometida. Reconhecemos que, em
muitas dessas situações, se foram pais
dignos e preocupados com a nossa
formação, agiram dessa forma para
evitar situações semelhantes ou mais
graves, no futuro.
Deus, o nosso Pai celestial, conhece
bem o perigo que está associado ao
pecado, sabe quão nefastas são as
suas consequências e tem a resposta
adequada a esta calamidade que
tomou conta da raça humana.
Esta lição, acerca da forma como Deus
vê o pecado, constitui a segunda
verdade bíblica no que diz respeito à
salvação. A revelação divina sobre
esta verdade não se encontra isolada
numa única passagem, mas nenhum
outro texto nos traz uma
apresentação mais completa do tema
do que o livro de Romanos.
A última lição, em Romanos 3,
transmitiu-nos a verdade de que todas
as pessoas necessitam do Salvador,
por causa do pecado que nelas há.
Mesmo os que admitem o pecado na
sua vida, tendem a subestimá-lo.
Esta lição mostra-nos a gravidade das
suas consequências na nossa vida.
Segunda verdade bíblica: a santidade
de Deus estabelece uma inevitável
inimizade com todos os que praticam
o mal.
I – A IRA DE DEUS PARA COM O
PECADO (Rom. 1:18)
A Bíblia usa diferentes palavras para
nos revelar a forma como Deus encara
o pecado. Uma delas é “ira”. Deus vê,
com ira, o pecado que contamina a
humanidade e, dada Sua natureza
pura e santa, não deixa passar o
pecado impunemente.
Convém salientar que a ira de Deus é
muito diferente da que os homens
cultivam no seu coração: a natureza
humana (o seu egoísmo, a
parcialidade, a falta de objetividade, o
desconhecimento da realidade das
12
coisas) interfere no tipo de ira que o
coração do homem cultiva, dando
origem a atitudes e comportamentos
pecaminosos. Porque a nossa ira é,
geralmente, injusta, indigna e impura,
a Palavra de Deus recomenda que
sejamos tardios em irar-nos (Tiago
1:19-20).
A ira de Deus, pelo contrário, tem por
base o Seu perfeito conhecimento e
completa justiça. A Sua ira para com o
pecado é, sempre, justa e santa.
Devido à Sua santidade, todos quantos
se encontram sob a condenação do
pecado encontram-se, igualmente,
debaixo da ira de Deus. “Por isso,
quem crê no Filho tem a vida eterna; o
que, todavia, se mantém rebelde
contra o Filho, não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus.”
(João 3:36). A ira de Deus não se
manifesta como raiva ou rancor, mas
como um sentimento de justiça que
coloca sob condenação todos os que
ainda não encontraram a resposta de
Deus para a sua condição.
Outro termo usado, na Bíblia, para
exprimir o sentimento de Deus para
com o pecado existente no coração do
homem é “indignação”. Jesus, em
certo momento, mostrou-se indignado,
constatando a dureza do coração dos
líderes religiosos presentes na
sinagoga (Marcos 3:5). Ainda, o termo
“cólera” é usado, no livro de
Apocalipse (14:10), traduzindo o
mesmo vocábulo grego que revela o
sentimento do Senhor para com o
pecado.
Embora traduzido por diferentes
vocábulos, o significado é, sempre, o
mesmo: Deus odeia o pecado e todos
os que o praticam estão sob
condenação!
II – A RAZÃO DO ÓDIO DIVINO PARA
COM O PECADO (Rom. 1:19-31)
Uma questão que pode ser colocada,
com pertinência é: como pode Deus
condenar todo o pecador, mesmo
aqueles que nunca ouviram a
mensagem do Evangelho? Enquanto
não temos resposta cabal para esta
questão, a Bíblia declara não ter
nenhum ser humano desculpa pela sua
rebelião para com Deus.
Todo o ser humano, deliberadamente,
rejeita a declaração divina da Sua
glória (v. 19-25). Para onde quer que
olhemos, encontramos evidências da
obra realizada por Deus. “Os céus
proclamam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras das suas
mãos. Um dia discursa a outro dia, e
uma noite revela conhecimento a
outra noite. Não há linguagem, nem
palavras, e deles não se ouve nenhum
som;” (Salmos 19:1-3). Cada dia e
noite, em toda a superfície do globo,
13
manifesta a glória de Deus, através da
obra que realizou.
O apóstolo Paulo ensina-nos que Deus,
do Céu, revela a Sua ira sobre todos os
homens que rejeitaram, e continuam a
rejeitar, a verdade que lhes tem
revelado, uma vez que Ele colocou, no
coração da humanidade, o
conhecimento essencial da Sua
verdade.
Dotados com a verdade revelada pelas
coisas criadas e com a verdade que
colocou no seu coração, ninguém há
que se possa desculpar, quando tiver
que comparecer, em julgamento, face
a face com Deus! A Bíblia afirma,
igualmente, que o problema da
humanidade não consiste em falta de
provas, mas reside na rejeição da
verdade que Deus lhe concedeu (Rom.
1:18-21).
Os pecadores (toda a humanidade),
deliberadamente, afastam Deus da
sua vida, para, mais à vontade,
seguirem o pecado (Rom. 1:26-
31). Devido à sua rejeição da Sua
verdade, Deus retira todas as Suas
restrições, perseguindo a humanidade
todos os desejos que a sua mente
corrupta concebe. Porque perseguem
tudo o que é mau, enchem a sua vida
com tudo o que é pecado. Tornam-se
servos da cobiça, homicídio, ódio e
guerra, mentirosos, cheios de
azedume. As suas palavras estão
empestadas de veneno mortal e
amargo rancor. Passam a odiar a Deus,
cheios de violência, vaidade e
desrespeito pelos próprios pais. Não
honram as promessas feitas, tratando
os demais homens sem quaisquer
escrúpulos. Sabendo que as obras que
praticam são contrárias à vontade de
Deus, vão descendo, em espiral, até ao
mais profundo lamaçal!
Não admira que Deus odeie o pecado!
Com efeito, ele destrói toda a beleza
que a vida tem, impedindo a
comunhão com o Criador, levando o
homem a falhar o propósito divino da
sua criação.
III – A CONDENAÇÃO DE TODOS OS
QUE ODEIAM AO SENHOR (Rom.
1:32-2:16)
Deus promete, solene e decisivamente,
o “julgamento” de todos os que
continuam no pecado. Deus permitiu,
a João, vislumbrar “um grande trono
branco e aquele que nele se assenta
de cuja presença fugiram a terra e o
céu, e não se achou lugar para eles. Vi
também os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do
trono. Então, se abriram os livros.
Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi
aberto. E os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o
que se achava escrito nos livros. Deu o
14
mar os mortos que nele estavam. A
morte e o além entregaram os mortos
que neles havia. E foram julgados, um
por um, segundo as suas obras. Então,
a morte e o inferno foram lançados
para dentro do lago de fogo. Esta é a
segunda morte, o lago de fogo. E, se
alguém não foi achado inscrito no
Livro da Vida, esse foi lançado para
dentro do lago de fogo.” (Apoc. 20:11-
15).
Obviamente, ninguém escapará a este
julgamento, quaisquer que sejam as
desculpas apresentadas! Tanto
grandes como pequenos serão
responsabilizados. Nem pelo fato de já
estarem mortos os livrará! A morte
dará os seus mortos, para
comparecerem em julgamento.
Tu, caro leitor, terás que comparecer
neste julgamento, a não ser que
estejas coberto pela graça de Deus! Se
o teu nome não estiver escrito no
“Livro da Vida”, estás
irremediavelmente condenado ao
“lago de fogo”
A boa nova é que Deus providenciou a
tua salvação, por Jesus Cristo (João
3:16-17).
Questionário
1) Como se manifesta a ira de Deus?
_________________________________________________________________
2) Deus promete, solene e decisivamente, o “julgamento” de quem ?
3) Como pode Deus condenar todo o pecador, mesmo aqueles que nunca
ouviram a mensagem do Evangelho?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
15
Texto áureo: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito
mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida,
por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.” (Romanos 5:17)
Leitura Bíblica: Romanos 5:6-12; 16-18
6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo
homem bondoso alguém ouse morrer.
8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda
pecadores, Cristo morreu por nós.
9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira.
10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela
morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua
vida.
11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação.
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto
todos pecaram.
16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou;
porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom
gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os
que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um
só, Jesus Cristo.
16
18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens
para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos
os homens para justificação e vida.
Leituras diárias:
Segunda: Efés. 2:4-10 Quinta: Gál. 9:11-15
Terça: Tito 3:3-7 Sexta: Col. 2:13-15
Quarta: Heb. 9:11-15 Sábado: Isa. 53:1-7
INTRODUÇÃO: Se já confias, de todo o
coração, em Jesus Cristo como teu
único e suficiente Salvador, Deus já fez
por ti aquilo que nada, nem ninguém,
nem tu próprio, poderia fazer para a
tua salvação! Foi Ele Quem
providenciou a salvação que o dinheiro
não consegue pagar, nem qualquer
boa obra feita pelos homens.
Unicamente pela Sua graça, Deus
concede-te a bênção da Sua presença
na tua vida e a salvação eterna.
A palavra “graça” é tão
frequentemente utilizada, muitas
vezes com sentidos tão diversos, que
se torna necessário ter presente o
sentido bíblico. Com efeito, “graça”
significa “ajuda de Deus”, “favor
imerecido”, se bem que nenhum dos
significados consegue definir, de
forma adequada, a maravilhosa graça
de Deus. A Sua graça revela-se das
mais variadas formas, no meio das
mais diferentes necessidades.
Constatamo-la em situações de
sofrimento, de tentação, de angústia;
porém, a mais importante
manifestação da graça de Deus é
a salvação pela graça.
Paulo descreve a salvação pela graça
desta forma: “Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; não vem das
obras, para que ninguém se glorie.”
(Efés. 2:8-9). Se Deus não tivesse vindo
a ti, pela Sua graça, tão-somente, não
terias acesso à vida eterna. Pela Sua
graça, tens tudo aquilo de que
necessitas para seres curado do
pecado e libertado das suas
consequências nefastas, e,
consequentemente, de tantos outros
males! O próprio Deus, na pessoa do
Seu Filho, veio ao mundo para pagar o
preço exigido para a tua redenção e
17
salvação, dando-Se como presente
divino, sem qualquer custo para ti.
Não somente te oferece, como um
presente, a salvação eterna, como te
convida a vires e beberes da água da
vida, de forma totalmente grátis: “Ah!
Todos vós, os que tendes sede, vinde
às águas; e vós, os que não tendes
dinheiro, vinde, comprai e comei; sim,
vinde e comprai, sem dinheiro e sem
preço, vinho e leite.
Nas lições anteriores, fomos inteirados
de duas realidades terríveis: 1. Todo o
ser humano é pecador;
2. Deus odeia o pecado, realidade que
coloca todo o pecador sob a
condenação de Deus. Nesta lição,
veremos como Deus torna possível a
tua salvação, unicamente pela Sua
graça.
I – A NECESSIDADE DO REMÉDIO DE
DEUS (Rom. 5:6)
Nunca te questionaste acerca da razão
que levou Deus a enviar o Seu Filho
para ser crucificado? Deus sabia, bem
antes de Cristo ter vindo a este mundo,
que, mesmo vivendo entre o Seu povo
escolhido, Jesus seria rejeitado. Não
imaginamos a forma como Deus
sentiu o sofrimento do Seu Filho, aos
mais variados níveis! Porque permitiu
que tal acontecesse?
A Bíblia tem a resposta para esta
questão. “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira, que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” (João 3:16). Deus enviou o
Seu Filho porque te ama e porque não
há outra forma de encontrares a
salvação das consequências do pecado
que há em ti.
Se não estás salvo, és completamente
incapaz de escapar às amarras do
pecado que te aprisionam. A condição
de pecador é a doença terminal de que
padeces, para a qual não há cura.
Todo o teu ser está contaminado pelo
pecado (Rom. 3:10-18), o qual ditou,
como consequência, a tua sentença de
morte.
O teu pecado pode parecer, aos teus
olhos, nada de importante; algo que
não dura mais do que um momento;
Deus, porém, em relação ao pecado,
afirma: “Ao contrário, cada um é
tentado pela sua própria cobiça,
quando esta o atrai e seduz. Então a
cobiça, depois de haver concebido, dá
à luz o pecado; e o pecado, uma vez
consumado, gera a morte.” (Tiago
1:14-15). O pecado não revela
qualquer tipo de condescendência;
requer pagamento integral! “A alma
que pecar, essa morrerá.” (Ezeq.
18:20).
18
Sem Cristo, a tua vida está privada da
verdadeira justiça! Os teus esforços
são um completo fracasso (Isaías 64:6).
As tuas qualidades mais “finas”, de
que te orgulhas e atrás das quais
tentas te esconder derretem perante a
intensidade e resplendor da pureza e
santidade de Deus. “Não há um justo,
nem um, sequer.” (Rom. 3:10).
Enquanto o teu coração resistir a Deus,
em vez de buscar a Sua fonte para
dessedentares a tua alma, não
deixarás de fazer tentativas frustradas.
O teu coração anseia pela paz com
Deus, mas a tua natureza pecaminosa
afasta toda a inclinação que sintas
para buscá-Lo. “não há quem busque
a Deus” (Rom. 3:11). A tua esperança
reside, apenas, na graça de Deus, que
neste momento, mais uma vez, desce
até ti e te revela o caminho que
preparou para seres salvo. Não há
outro caminho!! Foi Deus quem o
abriu; foi Deus quem to ofereceu; foi o
próprio Deus Quem se ofereceu por ti!!
Nunca encontrarás outra oferta que
Deus aceite!!
II – O MARAVILHOSO REMÉDIO DE
DEUS (Rom. 5:7-8)
Quantas pessoas conheces que
estariam prontas a morrer por ti?
Imagina que tinhas amealhado
fortuna para bem dos outros. Estando
na iminência de ser alvejado, algum
dos beneficiados se colocaria como teu
escudo? A Bíblia diz que, por alguém
bom, poderia, muito remotamente,
alguém dispor-se a morrer; mas Jesus
morreu por ti, saldando a tua dívida
diante de Deus, quando eras uma
pessoa”! Deus ama-te, não obstante
estares atolado em pecado! Jesus veio
e morreu pelos inimigos de Deus (tu
próprio). Revelou todo o Seu amor por
ti, enviando o Seu Filho ao mundo,
para ocupar, na cruz, o teu lugar,
enquanto tu O afastas da tua vida.
O aspecto mais maravilhoso da graça
de Deus é o amor que a inspirou. A ira
de Deus para com o pecado que há em
ti é igualada pelo amor que te tem. Ele
oferece-te a Sua graça salvadora
porque te ama, não obstante o teu
pecado, com amor que excede todo o
raciocínio e pensamento humano. Nós,
humanos, amamos o que é digno de
ser amado; Deus ama o que não é
digno de ser amado! Aí reside a
maravilha do amor de Deus para
comigo e contigo, caro leitor! Por isso
cantamos:
Oh, maravilha do amor de Jesus,
Desse admirável amor sem igual!
Cristo sofreu e morreu numa cruz,
Para salvar-te da morte eternal.
19
III – OS INGREDIENTES DO REMÉDIO
DE DEUS (Rom. 5:7-8)
Neste texto, Deus usa alguns termos
“técnicos” que explicam a provisão
divina para a salvação e, quanto mais
meditamos neles, mais nos
maravilhamos com o plano de Deus.
Justificação (v.9, 16, 18).
Ser justificado significa “como se
nunca tivesse pecado”. Justificação é a
remoção de toda a condenação que
pende sobre o pecador. Porém, não
podemos vindicar essa justificação
como fruto do nosso esforço pessoal;
unicamente por decreto e declaração
divina. Deus declara-te justo com base
no pagamento que Jesus efetuou,
libertando-te da condenação
resultante do teu pecado. Deus
justifica o pecador por meio do sangue
do Seu próprio Filho (v.9).
Reconciliação (v.10).
Este termo comporta a idéia de
“alcançar paz” (Rom. 5:1). Deus deseja
que tu, anteriormente inimigo, devido
ao pecado, tenhas paz com Ele. Só
haverá reconciliação quando Deus Se
reconciliar contigo. Através da morte
de Jesus, Deus restaurará a tua
relação com Ele. Não são as tuas
“boas” obras que o conseguem, mas a
graça de Deus e a única obra que
satisfaz a justiça divina – a entrega do
próprio Deus, na Pessoa de Jesus, em
teu lugar.
No “processo” da nossa salvação, está
implícita a idéia da troca de uma coisa
por outra de valor equivalente. O
preço que Deus pagou para te livrar
das consequências do pecado foi a
morte de Jesus Cristo. Nada, nem
ninguém, tem valor suficiente para
cobrir a tua dívida, perante a justiça
de Deus. Tinha que ser pago um alto
preço; tão alto que só a vida do Filho
de Deus podia cobrir. Deus
providenciou a tua salvação, se
colocares a tua fé completamente em
Jesus, na obra que realizou, no poder e
valor do Seu sangue para expiação dos
teus pecados.
O dom (dádiva) da justiça (12, 17).
Cristo humilhou-Se, vivendo, neste
mundo, em perfeita obediência ao Pai.
Jamais algum mortal atingiu o nível de
justiça demonstrado na vida de Jesus.
A Sua vida terrena terminou com a
Sua entrega sacrifical, não pelos seus,
mas pelos teus pecados. O Seu
sacrifício foi suficiente não só para
pagar a dívida que tinhas perante
Deus, como para te habilitar a
possuíres a perfeita justiça que Jesus
demonstrou. Enquanto que, pelo
20
pecado de Adão, veio sentença de
morte a todos os seus descendentes,
Cristo traz justiça e vida a todos os que
O recebem, pela fé. A justiça de Cristo
restaura o relacionamento com Deus,
o qual tinha sido quebrado pelo
pecado. Se te arrependeres, perante
Deus, e colocares a tua fé em Jesus,
Deus atribuir-te-á a justiça do Seu
Filho.
A salvação está ao teu alcance pela
graça de Deus, se aceitares a Sua
provisão, em Cristo. Se já o fizeste,
agradece-Lhe pela salvação que te
concedeu.
Questionário
1) O que significa a palavra graça?
_________________________________________________________________
2) O que significa ser justificado?
_________________________________________________________________
3) O que é reconciliação
_________________________________________________________________
21
Texto áureo: “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio
de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).
Leitura bíblica: Romanos 4:3; 18-25; 5:1
3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como
justiça.
18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de
muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência;
19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois
tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara;
20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi
fortalecido na fé, dando glória a Deus,
21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso
para o fazer.
22 Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça.
23 Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado;
24 mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que
cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a
nossa justificação.
1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,
Leituras diárias:
Segunda: Gen. 15:1-6 Quinta: Gál. 3:6-9
Terça: Heb. 11:8-19 Sexta: Gál. 3:10-18
Quarta: Salmo 32:1-5 Sábado: Rom. 4:1-16
22
INTRODUÇÃO: A lição de hoje
transporta-nos 4.000 anos atrás, ao
tempo do grande servo de Deus e
herói da fé que foi Abraão.
Obedecendo à chamada divina, ele e
sua esposa Sara, seu pai Terá e seu
sobrinho Ló (Gen. 11:31) saíram de Ur
da Caldeia e estabeleceram-se durante
algum tempo em Harã. Daí, aos 75
anos de idade, retomou o rumo
indicado por Deus, em direção a
Canaã.
Em Canaã, a fé de Abraão foi
duramente posta à prova. Ele e Sara
iam envelhecendo sem que vissem a
concretização da promessa divina de
um filho que seria a origem de uma
grande nação (Gen. 12:2). Então, uma
noite, o Senhor conduziu-o para fora
de casa: “Olha para os céus e conta as
estrelas, se é que podes. E lhe disse:
Será assim a tua posteridade. Ele creu
no Senhor, e isso lhe foi imputado para
justiça” (Gen. 15:5-6).
Aos 99 anos, recebeu do Senhor a
confirmação das Suas promessas (Gen.
17), que se cumpriram com o
nascimento de Isaque no ano seguinte
(Gen. 21). Este nascimento, obra da
miraculosa graça de Deus,
recompensava a inabalável fé do
grande patriarca!
Ainda outra vez, aprouve a Deus
submeter o Seu servo a mais uma
grande prova pedindo-lhe a oferta, em
holocausto, deste seu filho Isaque. O
sacrifício não foi concretizado porque
o próprio Senhor não o permitiu,
providenciando um carneiro substituto
para o altar já preparado. Notemos
que Abraão não hesitou em obedecer
à ordem divina, “porque considerou
que Deus era poderoso até para
ressuscitá-lo dentre os mortos” (Heb.
11:19), nunca deixando de crer que
era Isaque a concretização das
promessas divinas (Gen. 21:1-2).
O autor da epístola aos Hebreus
afirma que “sem fé é impossível
agradar a Deus” (Heb. 11:6). Fé
incondicional, que nos leva à inteira
dependência de Deus e não de méritos
pessoais que não existem! “Crê
somente” (Mar. 5:36), foram as
palavras de Jesus a Jairo, o chefe da
sinagoga a quem os da sua própria
casa queriam convencer de que nada
mais era possível fazer pela sua
filhinha morta!
O texto da nossa lição, além de muitas
outras passagens bíblicas, não nos
deixa dúvidas quanto à necessidade
deste tipo de fé para alcançarmos a
vida eterna. Precisamos de reconhecer
que somos pecadores (Rom. 3, Lição II),
que o pecado provoca a ira de Deus
(Rom. 1 e 2, Lição III), e que a graça
divina nos providenciou a salvação em
Cristo Jesus (Rom. 5, Lição IV). Hoje,
meditaremos nesta grande
23
Verdade do Evangelho (4): Tudo o que
precisamos de fazer para sermos
salvos é crer em Cristo como nosso
Salvador.
I - O QUE SIGNIFICA “CRER SOMENTE”
(v. 3)
A fé salvadora não é outra coisa senão
total confiança em Cristo como
Salvador. Quem pretender “dar uma
ajuda” na obra da salvação está a
rejeitar o dom completo da graça de
Deus! A salvação não é um
pagamento ou prêmio de bom
comportamento. Não podemos
colocar Deus na posição de devedor,
com a “obrigação” de nos salvar por
praticarmos boas obras!
A fé salvadora é uma realidade que
muda a vida do ser humano e não um
mero conceito abstrato. Não é difícil
encontrarmos pessoas que acreditam
que Jesus esteve neste mundo, e até
que Ele é o Filho de Deus. Só que a fé
necessária para a salvação é bem mais
do que a comum aceitação intelectual
de um fato (Tiago afirmou que os
próprios demônios creem em Deus, “e
tremem” – Tiago 2:19). E, no entanto,
o exercício da fé salvadora é
tocantemente simples e eficaz: basta
crer em Jesus “de todo o coração”,
como fizeram o etíope eunuco e o
carcereiro de Filipos (At. 8:26-40;
16:27-34)! Ambos foram
instantaneamente transformados,
nascidos de novo (João 3:3-7; 1 João
5:1) e feitos filhos de Deus (Gál 4:4-7).
Não há outro meio, nenhum outro
caminho, nenhum outro nome pelo
qual possamos ser salvos (At. 4:10-
12)!
A fé salvadora descrita nas Escrituras
é a que conduz à convicção, confissão
e arrependimento do pecado. Há
pessoas que clamam a Deus por
socorro em momentos de aperto, mas
se esquecem Dele assim que a crise
passa. Fé temporária não é fé
verdadeira!
Abraão foi chamado de “pai de todos
os que creem” (Rom. 4:11, 16-18) com
base na sua fé em Deus. Seria
interessante compararmos a
qualidade da nossa própria fé com a
do grande patriarca e a de outros
servos do Senhor descritos na Bíblia.
Certo dia, um funâmbulo – artista que
atravessa o circo de um lado ao outro,
caminhando sobre uma corda
colocada a grande altura, tendo nas
mãos somente uma vara para se
equilibrar -, depois de agradecer os
aplausos da multidão, ofereceu-se
para repetir o número com um
voluntário, de entre os espectadores,
sentado nos seus ombros. A diferença
entre acreditar e confiar logo se
tornou evidente, já que, mesmo sem
24
pôr em causa a idoneidade do artista
para cumprir o que prometia, ninguém
aceitou o seu desafio! Esta simples
ilustração ajuda-nos a entender o tipo
de fé de que necessitamos. Façamos
nossa a oração do pai daquele menino
possuído, quando o Senhor Jesus lhe
afirmou que “tudo é possível ao que
crê”: “Eu creio, ajuda-me na minha
falta de fé” (Mar. 9:23-24).
II - CARACTERÍSTICAS DA FÉ
VERDADEIRA (vs. 18-22)
A expressão “Abraão creu em Deus” (v.
3) não significa somente que aceitava
Deus como um Ente Superior: ele
tomou para si uma real e específica
promessa de Deus, a Quem se
submeteu, sem restrições,
conformando o resto da sua vida ao
propósito divino.
“Crer somente” exige, antes de mais,
que aceitemos e apliquemos a fé à
nossa própria vida.
Podemos acreditar que “Deus amou o
mundo de tal maneira, que lhe deu o
Seu Filho Unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (João 3:16), mas
só seremos salvos quando, movidos
pela fé, decidirmos colocar o nosso
nome no lugar de “todo aquele”.
“Crer somente” produz perseverança
(vs. 18-19).
Apesar de os 175 anos que Abraão
viveu não lhe terem permitido,
obviamente, assistir ao cumprimento
da promessa de que seria “pai de
muitas nações”, contudo, “esperando
contra a esperança” e “sem
enfraquecer na fé”, ele creu!
Não sabemos, ao certo, quantos anos
decorreram entre Ur da Caldeia e a
saída do patriarca de Harã, aos 75
anos (Gen. 12:4). Mas sabemos que,
para além desse tempo indeterminado,
Abraão esperou mais 25 anos até lhe
nascer Isaque. Coloquemo-nos no
lugar dele: seríamos capazes de
esperar tanto tempo pelo
cumprimento de uma promessa tão
importante? Vemos como a fé e a
perseverança de Abraão foram
recompensadas. “Não abandoneis,
portanto, a vossa confiança; ela tem
grande galardão. Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para
que havendo feito a vontade de Deus,
alcanceis a promessa” (Heb. 10:35-36).
“Crer somente” requer paciência e
capacidade de resistir às pressões (v.
20).
Tendo chegado aos 75 anos de idade
sem conceber, Sara deu largas à sua
impaciência e resolveu contornar o
plano de Deus entregando a Abraão
uma das suas escravas para, através
dela, obter uma criança que seria
25
legalmente sua (Gen. 16:1,2). Embora
cedendo ao estratagema de Sara,
Abraão manteve intacta a sua fé.
Muitas vezes a nossa fé será posta à
prova. Circunstâncias e pessoas à
nossa volta tentarão persuadir-nos a
desistir. Recordemos, então, o
exemplo de Abraão, que “pela fé se
fortaleceu, dando glória a Deus”.
“Crer somente” exige que vivamos de
acordo com a nossa fé (v. 21).
A única prova da genuinidade da fé
são as obras que dela resultam (Tiago
2:18). Tal como Abraão, estamos
“plenamente convictos” de que o
Senhor não deixa, jamais, de cumprir
as Suas promessas?
III - AS CONSEQUÊNCIAS DE “CRER
SOMENTE” (4:23-5:1)
Quando cremos no Senhor e O
aceitamos, isso foi-nos “imputado
para justiça” (4:3), ou seja, fomos
declarados justos, mediante a fé, e
reconciliados com Ele (5:1). Temos paz
com Deus porque o Seu Filho Jesus
tomou sobre Si os nossos pecados (Is.
53:4-6), pagando a nossa dívida para
com Ele de forma definitiva (Rom. 4:8;
2 Cor. 5:21; Colos. 2:13-14).
Concluindo, fica aqui uma última mas
crucial pergunta: estás disposto a
confiar plenamente em Cristo como
teu Salvador e Senhor, ou preferes
permanecer nos teus pecados,
tentando chegar a Deus através do teu
próprio esforço, praticando aquilo que
chamas de “boas obras”? Crê somente
em Jesus! “…não há salvação em
nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado
entre os homens, pelo qual importa
que sejamos salvos” (At. 4:12).
Questionário
1) Com suas palavras explique. O que significa crer somente?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Quais as consequências de crer somente?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
26
Texto áureo: “Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos,
nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura,
nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).
Leitura bíblica: Romanos 8:1; 28-31; 35-39
1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
28 E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes
à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos;
30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes
também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.
31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a
perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos
considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos
amou.
38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem
principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
27
39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá
separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Leituras diárias:
Segunda: Filip. 1:3-7 Quinta: Judas 24-25
Terça: Ef. 1:3-14 Sexta: Rom. 5:1-5
Quarta: 2 Tim. 1:8-12 Sábado: Heb. 7:22-28
INTRODUÇÃO: Quando fomos salvos,
resgatados das trevas e do poder do
pecado, iniciamos uma relação eterna
com Deus. Relação essa que vai
progredindo e crescendo. Fomos feitos
filhos de Deus, mas a verdade é que
continuamos a viver num corpo sujeito
ao pecado. Por isso é muito
importante sabermos que o Senhor
não deixará de completar o trabalho
que começou em nós (Rom. 8:28-31).
Chegará o dia em que Aquele que
salvou a nossa alma livrá-la-á,
também, de todos os efeitos do
pecado!
Entretanto, e enquanto esse dia não
chega, e seja o que for que nos
aconteça, o Senhor guardará, em
segurança, a nossa alma. Nele, somos
mais que vencedores (vs. 35-39). Nada,
nem ninguém, nos poderá arrebatar
da mão de Cristo Jesus (João 10:28).
Fomos salvos de uma vez para sempre!
Então, quando, ao evangelizar alguém,
lhe mostrarmos que é pecador (Rom. 3,
Lição II), e o confrontarmos com a ira
de Deus contra o pecado (Rom. 1 e 2,
Lição III), e lhe expusermos o plano da
salvação pela graça de Deus (Rom. 5,
Lição IV), e o conduzirmos a crer em
Cristo como seu Salvador (Rom. 4,
Lição V), é o momento de usarmos o
cap. 8 desta mesma epístola para o
firmarmos na certeza de que pertence
a Deus para sempre.
Verdade do Evangelho (5): Porque
Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Único
Salvador, a salvação é eterna!
I - AGORA SOMOS DE DEUS (v. 1)
No momento em que cremos em Cristo
e O aceitamos como Salvador,
tornamo-nos filhos de Deus. O nosso
destino ficou selado: estamos em
Cristo, e Ele em nós, para sempre! Não
é possível perdermos a salvação
porque é Cristo, e não obras que
tivéssemos feito a chave da nossa
justificação.
Outro aspecto importante é que a
28
salvação nos libertou da escravidão da
carne, ou seja, do domínio da natureza
humana (Rom. 8:2-9). É pela carne que
estamos sujeitos à tentação de
Satanás para o pecado. Mas é
igualmente verdade que o Senhor nos
deu o Espírito Santo, que passou a
habitar em nós e nos capacita a
vivermos para Ele. Uma vida
dominada pela carne é caracterizada
por “prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissenções, facções, invejas, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a
estas” (Gál. 5:19-21). Uma vida
controlada e dirigida pelo Espírito de
Deus frutifica em “amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio
próprio” (Gál. 5:22-23).
Entretanto, notemos o seguinte: se é
fato que não é pelas obras que
alcançamos a salvação, também é
verdade que o salvo não pode deixar
de experimentar e demonstrar uma
mudança radical na sua prática de
vida. No ato da salvação, Deus
imputa-nos a retidão e a justiça de
Cristo e começa, desde logo, a agir em
nós para que essa retidão e justiça vão
moldando o nosso caráter à imagem
do próprio Cristo: “…somos
transformados, de glória em glória, na
Sua própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito” (2 Cor. 3:18).
“Deixemos, pois, as obras das trevas, e
revistamo-nos das armas da luz” (Rom.
13:12).
II - PERTENCEMOS A DEUS PARA
SEMPRE (vs. 28-31)
“Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito” (v.
28). Esta é uma promessa destinada
somente àqueles “que amam a Deus”:
todas as suas experiências, mesmo as
de maior sofrimento, contribuem para
a consolidação da sua estrutura
espiritual. Os eleitos de Deus são
providos da capacidade, não só de
suportar e vencer as adversidades,
como de vê-las transformadas, pela
intervenção do Espírito Santo, em
proveito, benefício e, até, fonte de
regozijo (vs. 26 e 27)! Mesmo que não
compreendamos por que razão nos
sobrevêm algumas experiências
amargas, aceitemo-las como o
cumprimento do propósito de Deus,
como aconteceu com o patriarca José
(Gen., caps. 37, 39 a 47). “…Deus
estava com ele, e livrou-o de todas as
suas aflições, concedendo-lhe também
graça e sabedoria perante Faraó, rei
do Egito…” (At. 7:9-10).
Mas a expressão “todas as coisas”
29
envolve outras promessas divinas de
grande significado e que são
consequência direta da Sua ação,
conduzindo-nos a uma relação de
estreita comunhão com Ele: “…aos que
de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à
imagem do Seu Filho, a fim de que ele
seja o primogênito entre muitos
irmãos. E aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a
esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou”
(vs. 29-30). Ao considerarmos a
indizível maravilha da nossa relação
com Cristo, uma conclusão é inevitável:
não a merecíamos e nada fizemos por
ela! Cristo fez tudo, levando sobre Si a
culpa do nosso pecado na cruz do
Calvário (João 3:16; Rom. 5:8)!
O fato de a salvação ter sido da
iniciativa divina não invalida a
importância da nossa atitude,
aceitando-a ou rejeitando-a.
Conhecendo-nos desde o princípio dos
tempos, quis Deus, na Sua vontade
soberana, dar-nos essa oportunidade,
usando “todas as coisas” para nos
atrair a Ele. Quando nos salvou, o
Senhor não somente nos justificou,
removendo o libelo acusatório que
contra nós existia, como também nos
“glorificou” (v. 30). A glorificação
futura do crente – desde já dada, pelo
apóstolo Paulo, como certa e
alcançada, ao usar o verbo no passado
-, é o corolário e a evidência da
perfeição e plenitude do ato salvador
de Deus. Nele estamos seguros por
toda a eternidade!
III - PERTENCEMOS A DEUS APESAR
DAS PROVAÇÕES (vs. 35-39)
Dificuldades e tribulações são algo de
muito real na vida dos crentes. O
próprio Senhor Jesus declarou: “No
mundo passais por aflições; mas tende
bom ânimo, eu venci o mundo” (João
16:33). Ele pagou o preço mais
elevado para nos resgatar do pecado e
ascendeu ao Céu, onde se sentou à
direita do Pai e continua a interceder
por nós (v. 34), deixando-nos a
reconfortante promessa: “…voltarei e
vos receberei para mim mesmo, para
que onde eu estou estejais vós
também” (João 14:3). Venha o que
vier, temos vitória garantida em Jesus!
Nada nos poderá separar do amor de
Deus!
Nos versículos 35-39, o apóstolo Paulo
enumera algumas das tribulações que
podemos vir a ter que suportar. Mas
uma coisa é certa: a nossa relação
com Deus permanecerá intocável!
Então, em vez de serem obstáculos, os
problemas e aflições aproximar-nos-ão
cada vez mais Dele. Sabemos que,
enquanto aqui estivermos, vivemos
30
em Cristo e em Cristo morreremos. Se
bem que morte signifique separação,
Cristo a transformou na porta pela
qual iremos, um dia, à Sua presença
bendita e gloriosa!
Quando observamos a atual condição
do mundo, não podemos deixar de
considerar as profecias de que
chegará o seu fim e vamos ter “novo
céu e nova terra” (Apoc. 21:1). Então
se cumprirá a promessa de que
“estaremos para sempre com o
Senhor” (1 Tes. 4:17). Até lá, aconteça
o que acontecer, ninguém nos
arrebatará da mão do Supremo e Bom
Pastor (João 10:27-29). Somos Dele!
Questionário
1) É possível ao cristão que aceitou a Cristo de verdade perder a salvação?
_________________________________________________________________
2) Quais são as obras da carne?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3) Quais são as obras do Espirito?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
31
Texto áureo: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a
favor deles é para que sejam salvos” (Romanos 10:1).
Leitura bíblica: Romanos 9:1-3; 10:1-4
1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha
consciência no Espírito Santo,
2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração.
3 Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos,
que são meus parentes segundo a carne;
10:1-4
1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para
sua salvação.
2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com
entendimento.
3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua
própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.
4 Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê.
Leituras diárias:
Segunda: João 17:20-26 Quinta: 1 Cor. 9:16-23
Terça: Luc. 13:34-35 Sexta: João 4:31-38
Quarta: João 1:40-46 Sábado: Atos 17:16-34
32
INTRODUÇÃO: O peso que o coração
de Paulo sentia pelos seus
concidadãos que não aceitavam a
Cristo como o Messias prometido nas
profecias, é um grande exemplo de
compaixão. A lição de hoje põe-nos
algumas questões: que importância
tem, para nós, o fato de tantos dos
nossos parentes, amigos e vizinhos,
não conhecerem Cristo? O que
sentimos quando os vemos
mergulhados no pecado? O apelo de
Jesus a Simão Pedro e André para
virem a ser “pescadores de homens”
(Mat. 4:19), tem alguma coisa a ver
conosco?
Nenhum curso de treinamento será
capaz de fazer, de qualquer de nós,
um efetivo ganhador de almas se não
tivermos o coração inteiramente
tomado de genuíno e profundo amor
pelas pessoas que conhecemos, ou
vivem conosco, e não têm Cristo. Este
é o requisito essencial para que o
Espírito Santo nos use, de forma
poderosa, para a sua salvação!
A fonte do amor que deve encher o
nosso coração, é o supremo e
incondicional amor com que Deus nos
amou, ama e amará sempre. “Nós
amamos porque Ele nos amou
primeiro”, afirma o apóstolo João (1
João 4:19). O amor que levou o nosso
Salvador até à cruz precisa de ser
reproduzido em nós, fazendo-nos
sentir a imperiosa necessidade de dele
testemunharmos!
I - SOFRENDO POR AMOR AOS
PERDIDOS (9:1-3; 10:2-3)
Paulo confessa “grande tristeza e
incessante dor no coração” pela
contínua rejeição de Cristo por parte
dos seus compatriotas, que ele
desejava, ardentemente, ver salvos.
Por amor (v. 3). O apóstolo Paulo
chega ao ponto de afirmar que
preferiria, ele próprio, ser separado de
Cristo, se assim conseguisse aproximar
Israel do seu Messias! É claro que ele
sabia que nada poderia separá-lo da
comunhão com Deus (Rom. 8:38-39), e
que a via da reconciliação do seu povo
com o Senhor teria de ser outra. Mas é
notável e comovente que o apóstolo
sinta tanto amor pelos seus irmãos,
que não se importava de os substituir
na punição pelo seu pecado de
rebeldia contra Cristo!
Este sentimento de Paulo traz-nos à
memória a expressão do amor do
Senhor pela humanidade perdida:
“Cristo nos resgatou da maldição da
lei, fazendo-se ele próprio maldição
em nosso lugar (porque está escrito:
maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro)…” (Gál. 3:13).
O exemplo do apóstolo torna claro que
amor, dedicação e disponibilidade
33
para sofrer são essenciais a um
testemunho convincente perante
aqueles que anelamos ganhar para
Jesus. E este é um compromisso
pessoal para ser levado a sério…
Identificando-nos com os perdidos
(9:3; 10:2-3). O apóstolo Paulo
conhecia bem, e identificava-se
plenamente com o povo a que
pertencia e que desejava levar à
salvação. A expressão “por amor de
meus irmãos, meus compatriotas,
segundo a carne” torna evidente essa
identificação. Paulo tinha bem viva, na
memória, a fase da sua vida em que
também estava cego para a Verdade
antes de ser transformado pela Luz
celestial no caminho de Damasco. Ele,
que de perseguidor passara a
perseguido (At. 9:15-16), sabia, por
experiência própria, a que ponto pode
chegar o ódio ao Evangelho e aos seus
seguidores. Compreendendo as
consequências do fervor religioso mal
orientado (Rom. 10:2), tinha a perfeita
noção de que não era a sua pessoa
que estava em causa, mas sim o
próprio Senhor Jesus Cristo e a
pregação do Evangelho!
Como Paulo, procuremos conhecer
bem aqueles que desejamos ganhar
para Jesus. Não tomemos como
afronta pessoal a rejeição do nosso
testemunho, compreendendo que é
fruto de cegueira espiritual. Quem
resiste à mensagem do Evangelho,
resiste e opõe-se ao portador dela!
II - ALIANDO A ESPERANÇA AO AMOR
(10:1, 4)
Mesmo que a salvação de grande
número de judeus lhe parecesse
improvável, Paulo não esmorecia no
seu esforço evangelizador: “…a boa
vontade do meu coração e a minha
súplica a Deus a favor deles é para que
sejam salvos”.
Sendo verdade que recebera, do
Senhor, a missão de levar o Evangelho
aos gentios, o apóstolo nunca
descurou a profunda necessidade
espiritual dos seus concidadãos. Fazia,
até, parte da sua estratégia: chegando
a uma cidade pela primeira vez,
começava por procurar a sinagoga ou,
na falta dela, o lugar onde era mais
provável encontrar judeus reunidos
para orar (At. 13:5, 14; 46-47; 14:1;
16:13; 17:1-3, etc.). A conversão a
Cristo de, pelo menos, alguns dos seus
irmãos adoradores do Deus Vivo e
conhecedores da mensagem dos
profetas, facilitava, sem dúvida, a
evangelização dos gentios e a
edificação da igreja local.
Embora parte significativa deles não
suportasse a pregação e o ensino de
Cristo, “muitos dos judeus e prosélitos
piedosos seguiram a Paulo e a
34
Barnabé, e estes, falando-lhes, os
persuadiam a perseverar na graça de
Deus” (At. 13:43; 17:1-5). Estes
prosélitos eram gentios, vindos do
paganismo e do politeísmo para o
judaísmo em busca do Deus Único e
Verdadeiro. Ao ouvirem o Evangelho,
aceitavam Cristo como o cumprimento
das profecias relativas ao Messias
mais facilmente que os restantes
judeus.
O peso que Paulo sentia, no coração,
pelos filhos de Israel seus irmãos, fez
dele melhor evangelista entre os
gentios. Assim também nós, movidos
de profunda compaixão pelo estado de
incredulidade em que vivem tantos
daqueles com quem nos relacionamos,
não hesitemos em apresentar-lhes
Jesus como a resposta para as suas
necessidades espirituais. No devido
tempo, o Senhor fará frutificar o nosso
esforço: “Quem sai andando e
chorando enquanto semeia, voltará
com júbilo, trazendo os seus feixes”
(Salmo 126:6).
O apóstolo Paulo tinha a certeza de
que o Evangelho “é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que
crê, primeiro do judeu e também do
grego” (Rom. 1:16). Mas só pode ser
instrumento desse poder maravilhoso
quem, de fato, ama os perdidos e se
dedica a apresentar-lhes Cristo, tanto
em palavras como no estilo de vida.
Peçamos ao Senhor que nos encha
desse amor!
Questionário
1) Que importância tem, para você, o fato de tantos dos seus parentes, amigos
e vizinhos, não conhecerem Cristo? Explique com suas palavras.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
35
Texto áureo: “Como, porém, invocarão aquele em que não creram? e como crerão
naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”
(Romanos 10:14).
Leitura bíblica: Atos 2:14, 22-24, 37; 28:23-24, 30-31
14 Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões
judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja- vos isto notório, e escutai as
minhas palavras.
2:22-24
22 Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado
por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio
de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós
matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos;
24 ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível
que fosse retido por ela.
36
2:37
37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e
aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
Atos 28: 23-24
23 Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter com ele à sua morada, aos
quais desde a manhã até a noite explicava com bom testemunho o reino de Deus e
procurava persuadi-los acerca de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos
profetas.
24 Uns criam nas suas palavras, mas outros as rejeitavam.
28: 30-31
30 E morou dois anos inteiros na casa que alugara, e recebia a todos os que o
visitavam,
31 pregando o reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor Jesus
Cristo, com toda a liberdade, sem impedimento algum.
Leituras diárias:
Segunda: Rom. 10:14-17 Quinta: At. 10:34-48
Terça: At. 2:38-41 Sexta: At. 13:14-49
Quarta: At. 3:11-4:4 Sábado: At. 17:22-34
INTRODUÇÃO: Agora é tempo de
passar à ação! As primeiras sete lições
abordaram alguns conceitos essenciais
à preparação dos ganhadores de
almas para Cristo; a lição de hoje trata,
especialmente, do que pode ser feito
para convidar e levar um não crente à
igreja para ouvir a pregação da
Palavra de Deus. Este ministério
requer empenhamento e alguma
criatividade, mas os frutos que dele
podemos colher são preciosos! O
poder de Deus sempre se manifesta no
lugar e na ocasião em que a Sua
Palavra é pregada!
I - DEUS AGE ATRAVÉS DA PREGAÇÃO
DA PALAVRA (At. 2:14-41)
Desde os primeiros dias do
cristianismo, a pregação tem sido um
instrumento eficaz na proclamação do
37
Evangelho. No dia de Pentecostes,
Deus usou a pregação de um
destemido e cheio do Espírito Santo,
apóstolo Pedro, para levar a Cristo
quase três mil pessoas (At. 2:14, 40-
41). Pouco tempo depois, muitos “dos
que ouviram a Palavra a aceitaram,
subindo o número de homens a quase
cinco mil” (At. 4:4).
As leituras diárias desta semana
mostram o efeito da pregação da
mensagem de Cristo, por Pedro e
Paulo, em ocasiões e com auditórios
diversos. Recordemos, também, João
Batista, que apareceu “pregando no
deserto da Judéia, e dizia: Arrependei-
vos, porque está próximo o reino dos
céus…” (Mat. 3:1-6). A pregação de
João atraiu ao deserto praticamente
toda a população da Judéia!
A pregação ocupou, igualmente, parte
muito significativa do ministério do
Senhor Jesus: “…passou Jesus a pregar
e a dizer: Arrependei-vos, porque está
próximo o reino dos céus……E da
Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e
dalém do Jordão numerosas multidões
o seguiam” (Mat. 4:17, 25).
Jesus também comissionou os doze
apóstolos para uma campanha de
pregação da mesma mensagem (Mat.
10:5-7) e, mais tarde, um grupo de
outros setenta (Luc. 10:1-11), que
apresentaram um relatório muito
positivo da sua tarefa (Luc. 10:17).
O papel fundamental da pregação na
divulgação do Evangelho é,
igualmente, afirmado pelo apóstolo
Paulo: “Porque todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, porém, invocarão aquele em
que não creram? e como crerão
naquele de quem nada ouviram? e
como ouvirão, se não há quem
pregue?” (Rom. 10:13-14). Quis o
Senhor chamar os pecadores ao
arrependimento e à vida eterna por
intermédio da pregação: “Visto como,
na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria,
aprouve a Deus salvar aos que crêem,
pela loucura da pregação” (1 Cor.
1:21).
Atualmente, é possível que a pregação
efetiva do Evangelho de Cristo esteja a
ser desvalorizada e descurada, entre
outras coisas, pelo aparato das “novas
tecnologias”. Não que estas não
tenham o seu lugar e não devam ser
usadas, com proveito, no trabalho do
Senhor, mas o fato é que nada pode
substituir a proclamação pública da
Palavra de Deus, tão singelamente
quanto possível, isto é, sem recurso a
artifícios que distraiam os ouvintes da
mensagem que é imperioso ouvir,
entenderem e aceitarem!
38
II - A NOSSA RESPONSABILIDADE
NESTE MINISTÉRIO (At. 28:17-31)
Para levar a cabo a responsabilidade
de anunciar o Evangelho com eficácia,
o pregador não deve estar sozinho:
precisa do apoio de outros irmãos,
obreiros com ele na tarefa comum.
Três décadas após o dia de
Pentecostes, vamos encontrar Paulo
em Roma, sob prisão domiciliar. Mas
ninguém pense que o fato de estar
confinado fez abrandar o ritmo do
ministério do grande servo de Deus:
“Por dois anos permaneceu Paulo na
sua própria casa, que alugara, onde
recebia a todos que o procuravam,
pregando o reino de Deus, e, com toda
a intrepidez, sem impedimento algum,
ensinava as coisas referentes ao
Senhor Jesus Cristo” (vs. 30-31).
Durante estes dois anos, quem ajudou
Paulo na assistência espiritual aos
crentes da igreja de Roma, ainda por
cima dispersa pelas casas de vários
crentes? Na epístola a Filemon (que,
com toda a probabilidade, foi escrita
neste período), o apóstolo aponta os
nomes de Marcos, Aristarco, Demas e
Lucas. E no cap. 16 da epístola aos
Romanos, escrita, de Corinto, cerca de
três anos antes, Paulo já enviava
saudações para um excelente e muito
precioso grupo de cooperadores que
tinha naquela cidade.
Não nos faltam formas e
oportunidades de auxiliar os pastores
das nossas igrejas. Informar o pastor
de que estará presente, no próximo
culto, alguém que convidamos e não
conhece a Cristo, ajudá-lo-á a adequar
a mensagem à específica necessidade
espiritual desse visitante. É essencial o
nosso testemunho pessoal no lugar
onde vivemos, mas é, também,
extremamente importante fazermos
tudo o que estiver ao nosso alcance
para conseguirmos levar descrentes a
ouvir a pregação da Palavra. Com a
adoração a Deus, o grande objetivo da
igreja reunida é, precisamente,
evangelizar os perdidos e ganhar
almas para Cristo!
Em resumo: o que pode cada um de
nós fazer?
Orar pelo pregador. Mesmo um
grande ministro do Evangelho como o
apóstolo Paulo sentia absoluta
necessidade das orações dos crentes a
seu favor: “Finalmente, irmãos, orai
por nós, para que a Palavra do Senhor
se propague, e seja glorificada, como
também está acontecendo entre vós”
(2 Tes. 3:1).
Cultivar bom relacionamento com os
vizinhos e outras pessoas que te
abram oportunidades para lhes falares
de Cristo e os convidares para irem
39
contigo à igreja. Sobretudo os mais
tímidos, dificilmente entrarão num
templo evangélico sem a companhia
de alguém da sua confiança. Alguns
estudos mostram que a grande
maioria daqueles que começam a ir à
igreja, o fazem acompanhados ou por
influência direta de familiares ou
amigos crentes.
Continuar a mostrar interesse e a orar
por alguém que levaste a ouvir a
mensagem de Deus. Não o abandones!
Procura apoiá-lo no esclarecimento
das suas dúvidas, se necessário com a
ajuda da liderança espiritual da igreja.
Aproveitar os eventos especiais para
fazer convites. Muitos desses eventos
não serão cultos formais, mas mesmo
atividades de caráter social podem ser
a porta de entrada na igreja para
quem não a conhece. Daí a
importância de, também neste tipo de
atividades, os crentes darem bom
testemunho, mostrando que são
capazes de conviver, com alegria, sem
serem inconvenientes e porem em
causa o bom-nome do Evangelho.
Concluindo: encaremos seriamente a
pregação da Palavra de Deus como a
mais excelente oportunidade de expor
almas perdidas ao poder
transformador do Espírito Santo. A
missão que recebemos do Senhor
Jesus é muito clara: “Ide por todo o
mundo e pregai o Evangelho a toda a
criatura” (Mar. 16:15). Vamos cumpri-
la?
Questionário
1) As pessoas são salvas através de que?
_________________________________________________________________
2) Para levar a cabo a responsabilidade de anunciar o Evangelho com eficácia, o
pregador deve estar sozinho?
_________________________________________________________________
3) O que você pode fazer para ajudar?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
40
Texto áureo: “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.”
(Provérbios 11:30)
Leitura bíblica: Romanos 10:8-17
8 Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a
palavra da fé, que pregamos.
9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;
10 pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
para a salvação.
11 Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido.
12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é
de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de
quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão
formosos os pés dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu
crédito à nossa mensagem?
17 Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.
41
Leituras diárias:
Segunda: João 3:1-21 Quinta: Atos 10:19-48
Terça: João 4:1-30 Sexta: Lucas 14:15-24
Quarta: Atos 8:26-40 Sábado: Marcos 6:7-13
INTRODUÇÃO: Se não ganharmos
almas para Cristo só porque achamos
que não somos capazes, é melhor
repensar o assunto. A mensagem do
evangelho é muito simples. Uma
criança pode compreendê-la, e
qualquer crente á capaz de explicar o
seu conteúdo básico. Testemunhar do
evangelho é explicar a alguém como
pode arrepender-se dos seus pecados
e confiar em Cristo para a salvação.
Você, estimado(a) leitor(a) pode ser
um(a) ganhador(a) de almas para
Cristo.
Tendo vivido a nossa própria
experiência de arrependimento,
aceitando Jesus Cristo como Salvador
pessoal, estamos agora, basicamente,
em condições de evangelizar outras
pessoas. Na verdade, o que priva os
crentes de testemunharem de Cristo
não é a incapacidade para o fazerem,
mas certa indiferença ou passividade
sobre o assunto.
São grandes as promessas bíblicas de
recompensa para os ganhadores de
almas para Cristo. Seguramente, no
Céu, iremos encontrar e reconhecer
aqueles a quem testemunhamos de
Jesus. Que alegria será! Mas não
temos que esperar até chegarmos ao
Céu. As pessoas que evangelizarmos
vão experimentar, aqui e agora, uma
vida nova de alegria e satisfação e,
assim, consequentemente,
experimentaremos também uma
singular alegria.
I – VOCÊ PODE EXPLICAR O PLANO DA
SALVAÇÃO (vs. 8-13)
A salvação está próxima de cada
pessoa.
“Se com a tua boca confessares ao
Senhor Jesus, e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo.” (v. 8). Não é
preciso usar grande argumentação ou
preocuparmo-nos muito em
“convencer” alguém. O importante é,
de uma forma simples e compreensível,
levar a pessoa a assumir a sua
condição pecadora, confessando o seu
pecado e, em seguida, dizendo com as
suas próprias palavras ao Senhor que
aceita em seu coração o sacrifício que
Jesus fez na cruz do Calvário em seu
lugar (vs. 9-10). Confessar é,
42
basicamente, admitir o seu pecado,
em atitude de arrependimento. Depois,
basta reconhecer que Jesus já pagou o
preço total devido pelos nossos
pecados e aceitar como válido o
sacrifício que o Senhor fez na cruz em
nosso lugar. As palavras pronunciadas
devem ser sinceras, correspondendo
ao pensamento e ao sentir do coração.
Na verdade, a essência do evangelho
não é difícil de explicar.
A salvação está disponível para quem
quiser aceitar.
Não cometamos o erro de pressupor
que esta ou aquela pessoa não poderá
ser salva. O apóstolo Paulo dá o seu
testemunho dizendo: "Esta é uma
palavra fiel, e digna de toda a
aceitação, que Cristo Jesus veio ao
mundo, para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal." (1 Timóteo
1:15). O Senhor salvará " todo aquele
que Nele crê " (João 3:16) e " todo
aquele que invocar o nome do Senhor"
(Romanos 10:13). O evangelho
continua sendo "o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê."
(Romanos 1:16). Não devemos fazer
exceção de pessoas, pois o Senhor é
“ rico para com todos os que O
invocam.” (Romanos 10:12).
II – VOCÊ PODE TORNAR-SE UM “PAI”
NA FÉ (vs. 14-15)
As quatro perguntas que aparecem
nesta passagem bíblica podem
resumir-se a um único pensamento:
qualquer pessoa que ouve o evangelho
pode ser salva. Ouvir, crer e confessar
(versículo 14) são os únicos requisitos
necessários para a salvação (versículos
9-10). Cada vez que dirigimos palavras
de testemunho do evangelho a alguém,
essa pessoa tem oportunidade de
ouvir a mensagem mais alegre e
gloriosa que há na terra.
Embora seja importante
demonstrarmos a presença de Cristo
em nós pela nossa maneira de viver, a
verdade é que só uma vida de boas
ações não é suficiente para
testemunhar de Jesus. É preciso
também falar de Cristo. Ou seja: só o
nosso exemplo de vida, sem a
explicação do evangelho, não chega
para salvar quem quer que seja. As
pessoas precisam de "ouvir" a
mensagem do evangelho, e “ver”
Cristo refletindo na nossa maneira de
viver.
O Senhor Jesus comissionou-nos para
sermos Suas testemunhas. Se formos
obedientes, partilhando o evangelho
com outras pessoas, tornar-nos-emos,
para aqueles que por nosso intermédio
vão sendo salvos, seus “pais” e “mães”
na fé. A nosso respeito, então, dir-se-á:
“Quão formosos os pés dos que
anunciam o evangelho de paz; dos que
43
trazem alegres novas de boas coisas."
(v.15).
III – VOCÊ TEM OPORTUNIDADES
PARA TESTEMUNHAR (vs. 16-17)
Um dos maiores obstáculos para
sermos testemunhas de Cristo talvez
seja a dificuldade de encontrar
pessoas com quem partilhar o
evangelho. Pode acontecer que,
quanto mais tempo vai passando após
a nossa aceitação de Cristo, menos
pessoas descrentes encontremos, já
que o nosso novo círculo de amigos vai
sendo, agora, cada vez mais,
integrado principalmente por pessoas
crentes. Para encontrarmos novas
oportunidades, importa, então,
cultivar, intencionalmente, relações de
amizade com pessoas que ainda estão
perdidas, sem Jesus.
O Senhor vai deparar-nos
oportunidades para testemunhar. Ore,
pedindo a Deus que dirija a sua vida
para as pessoas certas, e esteja
sensível à manifestação do Espírito
Santo. As oportunidades vão surgir.
Não as deixe escapar. Aproveite-as.
Entre os seus familiares, parentes,
amigos e até inimigos ou
desconhecidos, pode haver almas
preciosas cujo destino será a vida
eterna se nós lhes testemunharmos do
evangelho. Lembre-se das palavras de
Jesus: “Não dizeis vós que ainda há
quatro meses até que venha a ceifa?
Eis que eu vos digo: Levantai os vossos
olhos, e vede as terras, que já estão
brancas para a ceifa.” (João 4:35).
Se você se isolar dos incrédulos e
limitar os seus contactos só às pessoas
da sua igreja, certamente não terá
muitas oportunidades de compartilhar
a sua fé com aqueles que precisam do
seu testemunho. É necessário cultivar
a amizade com pessoas da mesma fé,
mas não devemos limitar os nossos
relacionamentos apenas aos crentes.
Há outras pessoas que precisam da
nossa influência e do testemunho
cristão. Esforcemo-nos, pois, para
encontrar formas criativas de entrar
em contacto com os incrédulos e
procurar ocasiões apropriadas para
compartilhar com eles o evangelho de
Cristo.
Uma das primeiras mensagens que o
Senhor Jesus pregou aos que foram
chamados para estarem com Ele
durante o Seu ministério terreno foi
esta: "Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens." (Mateus
4:19). E, também, algumas das
últimas palavras proferidas pelo
Senhor aqui na terra, pouco antes de
ser elevado às alturas, foram estas: "
recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém
44
como em toda a Judéia e Sumária, e
até aos confins da terra." (Atos 1:8).
Sejamos, pois, irmãos e irmãs, fiéis
ganhadores de almas para Cristo. O
Senhor conta conosco, nessa difícil
mas maravilhosa tarefa.
Questionário
1) Qualquer cristão pode ganhar almas para Jesus ou só os pastores e
missionários?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2) A salvação está disponível para quem?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3) Você tem tido oportunidades para testemunhar?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
45
Texto áureo: “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa,
para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve
misericórdia de ti.” (Marcos 5:19)
Leitura Bíblica: Atos 26:4-5, 9-10, 13-16; 1 Timóteo 1:14
4 A minha vida, pois, desde a mocidade, o que tem sido sempre entre o meu povo
e em Jerusalém, sabem-na todos os judeus,
5 pois me conhecem desde o princípio e, se quiserem, podem dar testemunho de
que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
9 Eu, na verdade, cuidara que devia praticar muitas coisas contra o nome de Jesus,
o nazareno;
10 o que, com efeito, fiz em Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos
principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões,
como também dei o meu voto contra eles quando os matavam.
13 ao meio-dia, ó rei vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol,
resplandecendo em torno de mim e dos que iam comigo.
14 E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me dizia em língua hebráica:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.
15 Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues;
46
16 mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro
e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei
de aparecer;
1 Timóteo 1:14
14 e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo
Jesus.
Leituras diárias:
Segunda: Atos 21:39-22:21 Quinta: Filipenses 3:4-14
Terça: Atos 4:10-21 Sexta: Romanos 7:5-25
Quarta: Gálatas 1:11-24 Sábado: João 4:28-42
INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo -
grande ganhador de almas! - usou o
seu testemunho pessoal para levar
outras pessoas à salvação. No episódio
a que o texto bíblico desta semana se
refere, Paulo estava a ser julgado e
aproveitou para dar o seu testemunho
cristão ao rei Agripa, seu juiz, falando
da sua experiência cristã de tal forma
que transformou um testemunho
pessoal numa poderosa mensagem do
evangelho.
Começando por contar o que fora a
sua vida antes de ter conhecido Cristo,
Paulo explicou, depois, como é que
chegou a perceber a necessidade da
salvação. O seu testemunho enfatizou
a mudança experimentada em seu
viver, depois de se ter tornado um
seguidor de Jesus.
Se você, caro leitor, já experimentou a
salvação que há em Cristo, as
circunstâncias que o levaram à
aceitação do Senhor Jesus foram,
seguramente, diferentes das que
aconteceram com o apóstolo Paulo.
No entanto, o seu testemunho contém,
basicamente, os mesmos elementos
básicos do testemunho de Paulo.
Se por acaso você, estimado leitor,
ainda não é um crente em Jesus, e não
tem, portanto, um testemunho
pessoal relativo à operação da
maravilhosa graça de Deus em sua
vida, então fale com alguém que já
seja crente, para que essa pessoa o
ajude a conhecer e aceitar Cristo como
47
seu Salvador pessoal, tornando-se,
assim, também, um filho de Deus
possuidor da vida eterna.
I – A VIDA ANTES DE ACEITAR CRISTO
(Atos 26:1-11)
Paulo confessou abertamente qual era
o seu modo de vida antes de ter sido
salvo. Contudo, nota-se que procurou
evitar sensacionalismos, tais como,
por exemplo, relatar com detalhe o
seu envolvimento na morte de Estêvão.
O fato poderia ter atraído mais
atenção para a sua própria história do
que para o essencial, ou seja, a
história de Jesus.
Ao testemunharmos acerca da graça
salvadora de Deus a nosso favor,
devemos ser sinceros ao caracterizar a
nossa vida antes de termos
experimentado a salvação. Não há
necessidade de “ornamentar” muito
aquilo que aconteceu. O que o Senhor
fez com cada um de nós, na
experiência da salvação, já é uma obra
grandiosa que simplesmente precisa
ser transmitida a outras pessoas. A
ênfase do testemunho, portanto, deve
ser a obra que Cristo realizou a nosso
favor, e não uma história, mais ou
menos “adornada”, da nossa vida
pecaminosa de então.
Em vez de darmos informação
detalhada acerca da vida “velha”,
vivida em pecado, o testemunho
evangelístico deve centrar-se, antes,
em aspectos das nossas vidas que
ilustrem a condição deplorável de uma
pessoa perdida, sem Deus. Por
exemplo, Paulo admitiu que tivesse
aprisionado muitos cristãos e dado “o
seu voto contra eles”, mas sem gastar
demasiado tempo contando todos os
detalhes sobre o assunto.
Convém que a ênfase do nosso
testemunho evangelístico tenha o seu
enfoque principal apenas no aspecto
mais saliente da nossa vida anterior.
De preferência, algo que seja
relevante para alguma área da vida do
nosso interlocutor. Por exemplo, se
estivermos procurando evangelizar
uma pessoa que perdeu recentemente
um ente querido, podemos referir que,
antes de aceitarmos Cristo como nosso
Salvador, vivíamos com muito receio
daquilo que nos iria acontecer quando
a morte chegasse. Porém, agora que
estamos salvos, sabemos que temos
assegurada a vida eterna em Cristo e
que, portanto, podemos experimentar
verdadeira paz mesmo perante a
realidade da morte, pois sabemos que
Deus vai acolher-nos no Céu, onde
viveremos para sempre com o Senhor.
II – A NECESSIDADE DE ACEITAR
CRISTO (Atos 26:12-18)
Ao partilhar o seu testemunho cristão,
48
o apóstolo Paulo achou por bem
mencionar onde aconteceu o seu
encontro com Cristo (versículo 12), e
quais as circunstâncias (versículo 13)
que se verificaram. Porém,
rapidamente, ele transferiu todo o
enfoque do assunto para a profunda
transformação operada na sua vida
(versículos 14-18). Pode parecer-nos
que não é relevante mencionarmos o
lugar onde aceitámos Cristo, mas
convém que enfatizemos as razões
básicas que nos motivaram para
aceitarmos a salvação que há em
Jesus. Sem nunca faltar à verdade,
convém referir a forma como o
Espírito Santo nos convenceu e nos
chamou para Cristo,
independentemente do lugar onde
estávamos ou das circunstâncias do
momento em que a nossa salvação
ocorreu.
III – COMO ACONTECEU A ACEITAÇÃO
DE CRISTO (1 Timóteo 1:12-16)
Embora o apóstolo Paulo não tenha
enunciado, perante o rei Agripa,
alguns detalhes da sua conversão, na
verdade ele testemunhou, mais tarde,
que a aceitação de Cristo não ficou a
dever-se à sua própria iniciativa, mas,
antes, à manifestação sobrenatural da
“graça de nosso Senhor”. Tal graça foi
tão "abundante" que permitiu a Paulo
não necessitar de exercer uma grande
fé para se sentir preenchido com o
"amor que há em Cristo Jesus” (v. 14).
Deus foi misericordioso, tendo em
conta todas as coisas terríveis que
Paulo tinha praticado
“ignorantemente, na incredulidade” (v.
13). Cristo veio ao encontro de Paulo e
sua condição pecaminosa, para lhe
mostrar que ele precisava de se
humilhar, entregando a sua vida ao
Senhor. A partir de então, a grande
prioridade de Paulo foi anunciar aquilo
que todos devem conhecer, ou seja:
que “Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores” (v. 15).
Na verdade, também foi pela graça de
Deus, e mediante a nossa fé, que
aceitamos o Senhor Jesus como único
e suficiente Salvador. Nada temos de
que nos orgulhar. Tudo foi obra do
Senhor. Assim, em nosso testemunho,
não há razão para darmos ênfase a
qualquer esforço humano feito para a
nossa salvação.
IV – A NOVA VIDA EM CRISTO (Atos
26:19-23)
A descrição que Paulo faz da nova vida
em Cristo é apresentada como se ele
fosse testemunha do acontecimento.
Uma testemunha conta simplesmente
aquilo que viu, experimentou ou viveu.
Deus quer que continuemos a ser
49
“testemunhas” daquilo que Jesus fez
em nossas vidas, para que, assim,
outras pessoas possam ser
evangelizadas por nosso intermédio.
Podemos não ter uma chamada
especial vinda de Deus para sermos
pastores ou missionários e viajar pelo
mundo, como aconteceu com o
apóstolo Paulo, mas, à semelhança do
que aconteceu com o Gadareno, todos
podemos ir para nossa casa, para os
nossos, e anunciar-lhes quão grandes
coisas o Senhor nos fez, e como teve
misericórdia de nós (Marcos 5:19).
O testemunho de Paulo ainda
destacou um outro ponto saliente
sobre a sua nova vida em Cristo, ao
referir: “Tendo alcançando socorro de
Deus, ainda até ao dia de hoje
permaneço dando testemunho tanto a
pequenos como a grandes.” (v. 22).
Muitas foram as provas e lutas na vida
do “apóstolo dos Gentios”, mas ele
permaneceu fiel até ao fim da sua vida,
dando sempre testemunho de Cristo.
Que maravilhosa inspiração para
todos os que somos crentes! Que à
semelhança de Paulo, possamos
também dizer, quando chegar o fim da
nossa jornada: “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a
fé. Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo
juiz, me dará naquele dia; e não
somente a mim, mas também a todos
os que amarem a sua vinda.” (2
Timóteo 4:7-8). Amem!
Questionário
1) Conte como foi sua conversão?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
50
Texto áureo: “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da
salvação.” (2 Coríntios 6:2)
Leitura Bíblica: Atos 26:24-29
24 Fazendo ele deste modo a sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco,
Paulo; as muitas letras te fazem delirar.
25 Mas Paulo disse: Não deliro, ó excelentíssimo Festo, antes digo palavras de
verdade e de perfeito juízo.
26 Porque o rei, diante de quem falo com liberdade, sabe destas coisas, pois não
creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.
27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Sei que crês.
28 Disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me cristão.
29 Respondeu Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não
somente tu, mas também todos quantos hoje me ouvem, se tornassem tais qual eu
sou, menos estas cadeias.
Leituras diárias:
Segunda: Atos 8:36-40 Quinta: João 11:20-27
Terça: 1 Reis 18:21-39 Sexta: João 9:35-38
Quarta: Josué 24:1-18 Sábado: Marcos 9:17-27
51
INTRODUÇÃO: Testemunhar de Cristo,
como alguém já disse, é algo parecido
com "um mendigo que já matou a
fome dizendo a outro mendigo onde é
que este pode encontrar pão." Dito
assim, pode parecer um pouco
simplificado, mas, na verdade, quando
testemunhamos de Jesus, contamos,
simplesmente, qual foi a nossa
experiência no Senhor, e explicamos, a
partir da Bíblia, como é que Jesus
também pode ser encontrado.
Em algum momento da nossa
conversa com uma pessoa que ainda
não tem Cristo e a quem estamos
procurando evangelizar, devemos
chegar ao ponto de lhe propor que
aceite Cristo como seu Salvador
pessoal. Existem cinco princípios
básicos que, em tais ocasiões,
devemos ter em conta. (1) Abordar o
assunto esperando sempre uma
resposta positiva. (2) Tomar cuidado
para evitar reações negativas que
possam desencorajar a tomada de
uma decisão. (3) Contar com as
naturais evasivas, à medida que
vamos procurando levar a pessoa a
assumir um compromisso com
Cristo. (4) Incluir essa probabilidade na
conversação. (5) Terminar sempre a
conversa com uma expressão de
verdadeira amizade,
independentemente de a pessoa
aceitar Cristo ou não. O apóstolo
Paulo exemplifica estes princípios na
forma como concluiu o seu
depoimento perante o rei Agripa.
I – ESPERANDO UMA RESPOSTA
POSITIVA (Atos 26:22-23)
No testemunho de Paulo perante o rei
Agripa, a sua referência " tanto a
pequenos como a grandes" (v. 22), e
também "aos gentios" (v. 23), torna
claro que ele esperava, realmente, que
o rei Agripa também fosse salvo. O
fato de Paulo esperar uma resposta
positiva tornou mais difícil a
resistência do rei que, embora não
tenha recebido o evangelho, acabou
por não manifestar qualquer
hostilidade.
As dificuldades enfrentadas no
testemunho de Paulo perante o rei
Agripa não foram muito diferentes
daquilo que acontece, hoje, quanto
tentamos testemunhar. Em vez de
permitirmos que as dificuldades
levantadas motivem em nós uma
atitude negativa, procuremos, antes,
analisar, sempre, em espírito de
oração e dependência de Deus, o que
está realmente acontecendo naquele
momento específico. Resistir ao
evangelho é uma resposta natural
para uma pessoa perdida. Se não
houvesse resistência, tal pessoa já
estaria salva. Ao testemunharmos,
52
quando alguém começa a resistir ao
evangelho, devemos ser positivos na
abordagem que estamos fazendo, e
continuar confiando que o Senhor é
capaz de, apesar de tudo, salvar a
pessoa em questão.
Qualquer que seja o contexto do
nosso testemunho, nunca devemos
envergonhar-nos do evangelho. Na
verdade, o evangelho continua a ser
“o poder de Deus para salvação de
todo aquele que crê.” (Romanos 1:16).
O fato de o diabo estar tentando
manter uma pessoa na incredulidade,
em nada diminui o poder do
evangelho. Tenhamos confiança na
autoridade de Deus e no Seu desejo de
continuar salvando almas preciosas,
qualquer que seja a circunstância e o
resultado do nosso testemunho.
II – EVITANDO REAÇÕES NEGATIVAS
(Atos 26:24-25)
O apóstolo Paulo dá-nos um bom
exemplo sobre a melhor atitude a
tomar quando há reações negativas.
Enquanto estava dando testemunho
perante o rei Agripa, Festo, um
subordinado de Agripa, entrou
bruscamente na conversa, dirigindo-se
a Paulo “em alta voz”, apesar do
Apóstolo não estar a falar com ele.
Festo não só gritou com Paulo, mas,
também, precipitadamente, acusou-o
de estar louco.
Com admirável sabedoria, Paulo deu-
lhe uma resposta curta, simples,
tranquila, educada, e continuou
dirigindo-se ao rei. O apóstolo Paulo
percebeu que, como testemunha de
Cristo, devia ter cuidado para não cair
numa atitude de simples autodefesa.
De fato, o seu propósito não era tanto
defender-se, mas, antes, testemunhar
de Cristo ao rei Agripa na esperança
de que este também fosse salvo.
Paulo soube responder com
serenidade, não reagindo “a quente”
nem pagando raiva com raiva.
Permanecendo tranquilo diante da
hostilidade, o apóstolo Paulo estava
pondo em prática um sábio conselho
bíblico: " A resposta branda desvia o
furor, mas a palavra dura suscita a
ira." (Provérbios 15:1). Quando estiver
em jogo uma alma preciosa, saibamos,
nós também, sempre, manter a
serenidade, lidando amorosamente
com a circunstância, qualquer que seja
a forma de reagirem conosco. O
objetivo último, e sempre preferível,
deve ser ganharmos uma alma, e não
o de ganharmos um argumento.
Enquanto vamos cumprindo o nosso
dever como testemunhas de Jesus, não
esqueçamos a promessa que o Senhor
nos fez: "Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem
53
e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa. Exultai e
alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram
antes de vós.” (Mateus 5:11-12). Como
sabemos, tanto Jesus quanto João
Batista, foram vítimas de oposição e
perseguição.” (Mateus 11:18-19). De
João Batista, disseram "Ele tem
demónio", só porque não bebia vinho
nem participava nas festas; Jesus,
entretanto, foi criticado exatamente
pela razão oposta: "Eis aí um homem
comilão e beberrão, amigo dos
publicanos e pecadores." O Senhor
resume a situação, afirmando que tais
opiniões não são relevantes.
III – DA DISTRAÇÃO PARA O
COMPROMISSO (Atos 26:26)
O testemunho de Paulo perante o rei
Agripa foi interrompido com o discurso
provocatório de Festo. Ao
testemunharmos, iremos dar-nos
conta de que, à medida que nos vamos
aproximando do momento da decisão,
o diabo irá procurar impedir o nosso
objetivo. Há um bebê que começa a
chorar, uma criança que exige atenção,
um telefone que toca, uma visita que
bate à porta, etc. Por vezes, a
interrupção pode ser de tal ordem que
impede mesmo o apelo final para um
compromisso com Cristo; mas,
geralmente, ainda podemos manter o
controlo da conversa e evitar que
qualquer distração perturbe o nosso
objetivo. Em vez de sermos derrotados
logo de início, por qualquer motivo de
desatenção, devemos, antes, tentar
reencaminhar o diálogo na
perspectiva de termos de novo a
atenção da pessoa, e completar a
proposta para que seja assumido um
compromisso com Cristo. Não
assumamos a derrota só porque o
diabo, sutilmente, usou algo para
distrair a atenção da pessoa que
estamos procurando evangelizar.
IV – EVITANDO O MONÓLOGO (Atos
26:27)
Toda a ação de testemunhar do
evangelho deve consistir numa
conversa, na qual participam: a
pessoa a evangelizar, o Espírito Santo,
e nós. É importante fazer perguntas,
envolvendo a pessoa de modo a que
ela se sinta dentro da conversação.
Paulo perguntou: "Crês tu nos profetas,
ó rei Agripa?" E, logo a seguir,
acrescentou uma declaração – “bem
sei que crês”-, manifestando, assim,
confiança de que o rei pudesse aceitar
a mensagem apresentada acerca do
Messias.
Envolver no diálogo do nosso
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Todos Pecaram e Carecem da Glória de Deus

  • 1. 1 Texto áureo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Romanos 1:16) Leitura Bíblica: 2 Cor. 4: 1-7 1 Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos; 2 pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. Leituras diárias: Segunda: Mat. 28:19-20 Quinta: 2 Cor. 4:1-7 Terça: Lucas 24:46-49 Sexta: João 4:27-42 Quarta: 2 Tim. 1:11-14 Sábado: Atos 28:11-31
  • 2. 2 INTRODUÇÃO: Os filhos de Deus, em virtude da graça recebida de Deus, dotando-os do mais precioso tesouro que a humanidade pode possuir – a salvação, em Jesus Cristo, têm uma dívida, constante, com o mundo. Quanto mais observamos a forma como o apóstolo Paulo interpretou e aplicou a comissão entregue por Jesus, mais claramente tomamos consciência da dívida que pesa sobre nós. Fomos comissionados para partilhar a mensagem do Evangelho, para que outros possam encontrar o dom da vida abundante e eterna em Jesus. O estudo que, neste trimestre, faremos, tem como alvo equipar-nos para um melhor cumprimento do nosso dever enquanto testemunhas de Jesus Cristo. I – ATENTANDO PARA O MANDAMENTO DE JESUS (Atos 1:8) Quando se aproximava o momento de subir ao Céu, Jesus tornou claro que a obra da evangelização é um imperativo para todos os que O seguem, tendo-os comissionado para levarem a Sua mensagem pelo Mundo. A primeira geração daria o seu testemunho, na cidade em que morava – Jerusalém. Logo (conosco incluídos) a mensagem seria levada, gradualmente, a toda a humanidade. A partir de Jerusalém, e da região da Judéia, os primeiros discípulos iriam disseminar a semente do Evangelho entre o povo malquisto de Samaria, continuando a expandir o conhecimento da mensagem divina entre todos os povos. Falar da Boa Nova do Evangelho constituiu um desafio para os discípulos de então. Eram em pequeno número, e sem recursos. Não imaginamos a dificuldade e perigo que enfrentavam, nas viagens. A ordem de Jesus, todavia, era levar o Evangelho até “aos confins da terra”. Independentemente de tudo o que fizessem, no nome de Jesus, não podiam escapar ao mandamento de Deus, de falar da Boa Nova da Sua graça. Hoje, é esta a tua incumbência! O mandato tem percorrido todas as gerações e é um imperativo na tua vida. É importante envolveres-te em toda a obra e projetos da tua Igreja, cooperando de coração, mas não podes negligenciar a partilha do Evangelho com os outros, pois estarias a negligenciar a maior das tuas responsabilidades como filho de Deus. As pessoas que convivem conosco necessitam conhecer o poder de Deus, através da tua vida, e o testemunho dos teus lábios.
  • 3. 3 II – ACEITA O DESAFIO (Atos 9:6, 15; Rom. 1:1-5) Paulo é um exemplo da chamada divina para o testemunho. Não obstante ter recebido uma chamada especial para missionar (Atos 9:6, 15), a sua chamada para ser “testemunha” de Cristo foi-lhe conferida em virtude da sua submissão à soberania de Jesus Cristo. Trata-se da mesma chamada que nos é conferida, enquanto crente em Jesus. Realmente, Paulo foi chamado para ser apóstolo, atributo legitimamente concedido a um número muito reduzido; porém, antes de ser chamado ao apostolado, foi chamado para ser “servo de Jesus Cristo” (Rom. 1:1). A sua chamada demonstra-nos o mandato de Jesus para tornar conhecido o Evangelho “entre as nações” (v.5). Como Paulo, somos chamados a sermos servos do Senhor e a proclamar o Seu Evangelho entre todos com quem nos relacionamos. Para falar do Evangelho, Paulo tinha que o conhecer, pelo que a chamada implicou o estudo das “Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho” (v. 2 e 3). Todo o crente em Jesus deve crescer no conhecimento da mensagem do Evangelho e na capacidade de partilhá-lo com os outros. Embora não sendo, à semelhança de Paulo, “apóstolos aos gentios” (Atos 9:15), fomos, como ele, “separados para o evangelho” para que, através do teu testemunho, outros possam ter vida em Cristo (Rom. 1:1). III – HONRA A TUA DÍVIDA (Rom. 1:14-16) Todo o crente é convocado para partilhar o evangelho com aqueles que nunca ouviram esse convite tão singular e importante. Deus permitiu que ouvisses a boa nova de salvação em Cristo, recebendo o perdão dos pecados e o dom da vida eterna. A partir desse momento, em que reconheceste a abertura da graça de Deus a todos os que crêem, deves partilhar essa mesma mensagem que te foi transmitida. A tua posição é semelhante à dos israelitas leprosos que descobriram o local onde encontrar mantimento, enquanto os companheiros morriam de fome. Após ter constatado a sua sorte, disseram: “Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.” (2 Reis 7:9). Se te calares, relativamente à salvação de Deus,
  • 4. 4 negligencias no que respeita à tua obrigação, como crente em Jesus, e cometes injustiça, no Âmbito da tua roda de influência. Com Paulo, aprendemos a reconhecer as proporções da nossa dívida. “Sou devedor”, foram as suas palavras! Somos devedores, devendo colocar, a nós próprios, a questão: “Como (porém) invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom. 10:14). Poderá acontecer seres tu a única testemunha com possibilidade de apresentar a alguém, o caminho para a vida. Estás decidido a falhar? Paulo afirmou: “Quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho” (v. 15). Esta determinação granjeou- lhe perigos e dissabores, comparecendo perante reis e governadores e, no fim da sua vida, conduziu-o à situação de preso, em Roma, e à condenação à morte. Porém, fielmente, apresentou a Boa Nova a todos os que encontrava. Paulo é, para cada crente, o exemplo de serviço a prestar. O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para salvação. Cristo transforma pecadores em santos, com poder para salvar todo aquele que aceita o Seu convite a vir a Ele, para ter vida (Heb. 7:25), não o lançando fora (João 6:37). Questionário 1) Os filhos de Deus têm uma dívida, constante, com o mundo. Explique : _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) Onde a primeira geração deu o seu testemunho? _________________________________________________________________ 3) Como Paulo, somos chamados Para que? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 4) O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para ? _________________________________________________________________
  • 5. 5 Texto áureo: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Romanos 3:23 Leitura Bíblica: Romanos 3:9-23 9 Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; 10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um. 11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. 12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. 13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; 14 a sua boca está cheia de maldição e amargura. 15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. 16 Nos seus caminhos há destruição e miséria; 17 e não conheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos. 19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus; 20 porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas; 22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção. 23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
  • 6. 6 Leituras diárias: Segunda: Salmo 14:1-3 Quinta: Gál. 5:12-21 Terça: Marcos 10:17-27 Sexta: Gál. 5:16-21 Quarta: Romanos 5:12-21 Sábado: Judas 5-16 INTRODUÇÃO: Todo o ser humano traz consigo a herança do pecado; daí que, quer gostemos, quer não, todos os homens são pecadores. Esta é a 1.ª verdade do Evangelho com que devemos iniciar a nossa partilha com os que, ainda, não encontraram a paz e a segurança que têm os que aceitaram a Jesus Cristo como seu salvador. I – O PECADO É UNIVERSAL, NA NATUREZA HUMANA (Rom. 3:9-11a) Independentemente do conceito que as pessoas têm de pecado (comportamento errado, pensamentos imorais, incapacidade de fazer o que é reto), pecado é mais do que isso. Por trás das nossas falhas e ações, encontra-se o pecado, como realidade da nossa natureza. Mesmo os mais religiosos são pecadores religiosos. Se alguém não se considera pecador, segundo a Palavra de Deus, engana-se a si mesmo (1 João 1:8) e declara Deus mentiroso. A história confirma que tanto o povo judeu, que conhecia e devia seguir a Lei de Deus, tal como os povos gentílicos, que a não conheciam, todos foram pecadores. Em todo o mundo e em todas as eras, todos se desviaram para os seus próprios caminhos, rebelando-se contra o caminho do Senhor. Mesmo aqueles que desejam viver em retidão, têm reconhecido a inconstância desse seu desejo. Desde que o pecado entrou na história humana, o estado natural de todo o homem é “morto em delitos e pecados” (Efés. 2:1). Outra expressão que Paulo utiliza, para caracterizar a condição humana, encontramo-la em Romanos 7:21 “Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.” O mal seduz todos os homens, que se revelam ligeiros, subservientes e engenhosos a procurá-lo. Deliberadamente rejeitam o caminho de Deus, seguindo em direção oposta à Sua vontade revelada. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (Isa. 53:6). Embora podendo encontrar boas pessoas, “bons” pecadores, reconhecidos pela sua bondade e altruísmo, nas mais variadas esferas
  • 7. 7 da sociedade, em contraste, encontramos, no seu todo, a humanidade num estado de depravação total (Salmos 14:1-3). Visto que toda a humanidade jaz no pecado, caro leitor, tu não és exceção! Vieste ao mundo trazendo a natureza do pecado. Não te tornaste pecador a partir do momento em que pecaste pela primeira vez; já nasceste com essa natureza. As raízes do pecado encontram-se bem no íntimo de cada coração. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o reconhecerá?” (Jer. 17:9). Temos, plantadas no coração, as sementes do mal e do engano. O coração tenta convencer-nos de que o mal que existe em nós não é, verdadeiramente, mal. Independentemente do que se faça, o coração encontra sempre justificação para os comportamentos “Todo o caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações.” (Prov. 21:2). Realmente, todos os que estão cegos pelo pecado, têm opinião diversa da visão perfeita de Deus, que afirma: “Todos pecaram e estão separados da glória de Deus” (Rom 3:23) e “Não há homem justo sobre a terra e que não peque.” (Ecl. 7:20). II – O PECADO É UNIVERSAL, POR ESCOLHA PRÓPRIA (Rom. 3:11b-12a) Embora fazendo parte integrante de cada um de nós, não podemos culpar a nossa natureza pelo pecado que cometemos. Sempre que pecamos, agimos de acordo com a nossa vontade própria, escolhendo, deliberadamente, rebelar-nos contra Deus. Quando pecamos, escolhemos fugir do cumprimento da vontade de Deus, vontade revelada que devia merecer a nossa preferência. Quantas vezes já foi dito que não é forçoso o homem pecar; contudo, o pecado é uma realidade na tua própria vida! A única pessoa em cuja vida não se encontrou qualquer vestígio de pecado foi Jesus Cristo. Não obstante a tentação que suportou, Jesus conseguiu resistir, cumprindo a Sua missão. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” (Heb: 415). Ninguém mais conseguiu rejeitar toda a tentação e viver em perfeita obediência a Deus. Todos os outros “seguiram os seus caminhos”, escolhendo apartar-se de Deus e seguir as más inclinações que o seu coração ditou, pelo que se tornaram “inúteis”.
  • 8. 8 A sociedade atual tenta, muitas vezes, justificar e atenuar o comportamento réprobo dos culpados, alegando influências extrínsecas, condições mentais ou circunstâncias potenciadoras, tentando apresentar o culpado como uma vítima. Contudo, perante Deus, que conhece os corações e as intenções, cada um é responsável pelas escolhas que faz. III – OS EFEITOS DO PECADO SÃO UNIVERSAIS (Rom. 3:12b-23) Existem, em todo o mundo, milhões de pessoas cumpridoras dos seus deveres. Trabalham arduamente, pagam os seus impostos e têm, para com todos, um tratamento cordial. A questão que se coloca é esta: “O bem que essas pessoas praticam ultrapassa o peso do seu pecado? Serão, por Deus, declaradas inocentes, quando forem julgadas? A Sua Palavra afirma que as Suas leis foram dadas para que “se cale toda a boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (v. 19) Todos são pecadores por natureza, por livre arbítrio e responsáveis pelos seus feitos, uma vez que todas as partes do corpo humano são instrumentos do pecado. A boca fala enganosamente. Está cheia de veneno que atinge os outros. Manifesta mais a ira e o rancor do que a bênção a quem nos ouve (v. 13-14). “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.” (Salmos 58:3). Os pés são instrumentos do pecado (Rom. 3:15). São ágeis para matar e, no seu trajeto pelo mundo, deixam um rasto de destruição e miséria. Quantos dos que nunca cometeram assassínio com qualquer arma, por odiarem os seus irmãos, serão sujeitos a julgamento (Mat. 5:22), pois, no seu coração, “mataram” o seu irmão. Da mesma forma, ao injuriar um irmão, está a promover-se a sua destruição. A própria vida torna-se instrumento do pecado (Rom. 3:16-17). A vida, bênção de Deus, está corrompida de tal forma que impede o derramamento das bênçãos de Deus. “Pecar” significa “errar o alvo”. Errar o alvo, na vida é uma perda irreparável, um pecado contra o Criador, que te deu vida. Os olhos encontram-se tão destituídos do temor do Senhor que só buscam o mal (v. 18). Os olhos detêm-se em tudo, menos em Deus, para procurar a Sua aprovação. Deleitam-se em conceber pensamentos adúlteros. Jesus disse: “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.” (Mat. 5:28).
  • 9. 9 A descrição que Isaías faz do estado do seu povo, abrange toda a raça humana: “Porque havíeis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça, não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.” (Isaías 1:5-6). Há cura para a doença do pecado – Jesus. Deus sempre está pronto a curar aqueles que se voltam para Ele. Não faz sentido permanecer alguém debaixo da condenação e escravidão do pecado, quando Deus providenciou uma saída. Jesus convida-te a vires a Ele, para, assim, seres curado da pior doença que há no mundo – o pecado. “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: vem! Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Apoc. 22:17). Questionário 1) Qual é o estado natural de todo o homem? _________________________________________________________________ 2) perante Deus, que conhece os corações e as intenções, somos o que? _________________________________________________________________ 3) O que significa pecar? _________________________________________________________________ 4) Qual a cura para a doença do pecado? _________________________________________________________________
  • 10. 10 Texto áureo: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar.” (Habacuque 1:13a) Leitura Bíblica: Romanos 1:18-21, 28-32 18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. 19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; 21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm; 29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade; 30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais; 31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia; 32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam
  • 11. 11 Leituras diárias: Segunda: Salmos 11:4-7 Quinta: João 3:18-36 Terça: Habac. 1:12-13 Sexta: Efésios 5:3-6 Quarta: Salmos 34:11-22 Sábado: Apoc. 20:11-15 INTRODUÇÃO: Das memórias do nosso relacionamento com o nosso pai, conseguimos evocar momentos de alegria e companheirismo, mas, evocamos, certamente, ocasiões, menos agradáveis, nas quais tivemos que ser punidos, devido a alguma atitude incorreta, ou a alguma ofensa cometida. Reconhecemos que, em muitas dessas situações, se foram pais dignos e preocupados com a nossa formação, agiram dessa forma para evitar situações semelhantes ou mais graves, no futuro. Deus, o nosso Pai celestial, conhece bem o perigo que está associado ao pecado, sabe quão nefastas são as suas consequências e tem a resposta adequada a esta calamidade que tomou conta da raça humana. Esta lição, acerca da forma como Deus vê o pecado, constitui a segunda verdade bíblica no que diz respeito à salvação. A revelação divina sobre esta verdade não se encontra isolada numa única passagem, mas nenhum outro texto nos traz uma apresentação mais completa do tema do que o livro de Romanos. A última lição, em Romanos 3, transmitiu-nos a verdade de que todas as pessoas necessitam do Salvador, por causa do pecado que nelas há. Mesmo os que admitem o pecado na sua vida, tendem a subestimá-lo. Esta lição mostra-nos a gravidade das suas consequências na nossa vida. Segunda verdade bíblica: a santidade de Deus estabelece uma inevitável inimizade com todos os que praticam o mal. I – A IRA DE DEUS PARA COM O PECADO (Rom. 1:18) A Bíblia usa diferentes palavras para nos revelar a forma como Deus encara o pecado. Uma delas é “ira”. Deus vê, com ira, o pecado que contamina a humanidade e, dada Sua natureza pura e santa, não deixa passar o pecado impunemente. Convém salientar que a ira de Deus é muito diferente da que os homens cultivam no seu coração: a natureza humana (o seu egoísmo, a parcialidade, a falta de objetividade, o desconhecimento da realidade das
  • 12. 12 coisas) interfere no tipo de ira que o coração do homem cultiva, dando origem a atitudes e comportamentos pecaminosos. Porque a nossa ira é, geralmente, injusta, indigna e impura, a Palavra de Deus recomenda que sejamos tardios em irar-nos (Tiago 1:19-20). A ira de Deus, pelo contrário, tem por base o Seu perfeito conhecimento e completa justiça. A Sua ira para com o pecado é, sempre, justa e santa. Devido à Sua santidade, todos quantos se encontram sob a condenação do pecado encontram-se, igualmente, debaixo da ira de Deus. “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (João 3:36). A ira de Deus não se manifesta como raiva ou rancor, mas como um sentimento de justiça que coloca sob condenação todos os que ainda não encontraram a resposta de Deus para a sua condição. Outro termo usado, na Bíblia, para exprimir o sentimento de Deus para com o pecado existente no coração do homem é “indignação”. Jesus, em certo momento, mostrou-se indignado, constatando a dureza do coração dos líderes religiosos presentes na sinagoga (Marcos 3:5). Ainda, o termo “cólera” é usado, no livro de Apocalipse (14:10), traduzindo o mesmo vocábulo grego que revela o sentimento do Senhor para com o pecado. Embora traduzido por diferentes vocábulos, o significado é, sempre, o mesmo: Deus odeia o pecado e todos os que o praticam estão sob condenação! II – A RAZÃO DO ÓDIO DIVINO PARA COM O PECADO (Rom. 1:19-31) Uma questão que pode ser colocada, com pertinência é: como pode Deus condenar todo o pecador, mesmo aqueles que nunca ouviram a mensagem do Evangelho? Enquanto não temos resposta cabal para esta questão, a Bíblia declara não ter nenhum ser humano desculpa pela sua rebelião para com Deus. Todo o ser humano, deliberadamente, rejeita a declaração divina da Sua glória (v. 19-25). Para onde quer que olhemos, encontramos evidências da obra realizada por Deus. “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem palavras, e deles não se ouve nenhum som;” (Salmos 19:1-3). Cada dia e noite, em toda a superfície do globo,
  • 13. 13 manifesta a glória de Deus, através da obra que realizou. O apóstolo Paulo ensina-nos que Deus, do Céu, revela a Sua ira sobre todos os homens que rejeitaram, e continuam a rejeitar, a verdade que lhes tem revelado, uma vez que Ele colocou, no coração da humanidade, o conhecimento essencial da Sua verdade. Dotados com a verdade revelada pelas coisas criadas e com a verdade que colocou no seu coração, ninguém há que se possa desculpar, quando tiver que comparecer, em julgamento, face a face com Deus! A Bíblia afirma, igualmente, que o problema da humanidade não consiste em falta de provas, mas reside na rejeição da verdade que Deus lhe concedeu (Rom. 1:18-21). Os pecadores (toda a humanidade), deliberadamente, afastam Deus da sua vida, para, mais à vontade, seguirem o pecado (Rom. 1:26- 31). Devido à sua rejeição da Sua verdade, Deus retira todas as Suas restrições, perseguindo a humanidade todos os desejos que a sua mente corrupta concebe. Porque perseguem tudo o que é mau, enchem a sua vida com tudo o que é pecado. Tornam-se servos da cobiça, homicídio, ódio e guerra, mentirosos, cheios de azedume. As suas palavras estão empestadas de veneno mortal e amargo rancor. Passam a odiar a Deus, cheios de violência, vaidade e desrespeito pelos próprios pais. Não honram as promessas feitas, tratando os demais homens sem quaisquer escrúpulos. Sabendo que as obras que praticam são contrárias à vontade de Deus, vão descendo, em espiral, até ao mais profundo lamaçal! Não admira que Deus odeie o pecado! Com efeito, ele destrói toda a beleza que a vida tem, impedindo a comunhão com o Criador, levando o homem a falhar o propósito divino da sua criação. III – A CONDENAÇÃO DE TODOS OS QUE ODEIAM AO SENHOR (Rom. 1:32-2:16) Deus promete, solene e decisivamente, o “julgamento” de todos os que continuam no pecado. Deus permitiu, a João, vislumbrar “um grande trono branco e aquele que nele se assenta de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram os livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o
  • 14. 14 mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apoc. 20:11- 15). Obviamente, ninguém escapará a este julgamento, quaisquer que sejam as desculpas apresentadas! Tanto grandes como pequenos serão responsabilizados. Nem pelo fato de já estarem mortos os livrará! A morte dará os seus mortos, para comparecerem em julgamento. Tu, caro leitor, terás que comparecer neste julgamento, a não ser que estejas coberto pela graça de Deus! Se o teu nome não estiver escrito no “Livro da Vida”, estás irremediavelmente condenado ao “lago de fogo” A boa nova é que Deus providenciou a tua salvação, por Jesus Cristo (João 3:16-17). Questionário 1) Como se manifesta a ira de Deus? _________________________________________________________________ 2) Deus promete, solene e decisivamente, o “julgamento” de quem ? 3) Como pode Deus condenar todo o pecador, mesmo aqueles que nunca ouviram a mensagem do Evangelho? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
  • 15. 15 Texto áureo: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida, por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.” (Romanos 5:17) Leitura Bíblica: Romanos 5:6-12; 16-18 6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. 8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. 9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação. 12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. 16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
  • 16. 16 18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida. Leituras diárias: Segunda: Efés. 2:4-10 Quinta: Gál. 9:11-15 Terça: Tito 3:3-7 Sexta: Col. 2:13-15 Quarta: Heb. 9:11-15 Sábado: Isa. 53:1-7 INTRODUÇÃO: Se já confias, de todo o coração, em Jesus Cristo como teu único e suficiente Salvador, Deus já fez por ti aquilo que nada, nem ninguém, nem tu próprio, poderia fazer para a tua salvação! Foi Ele Quem providenciou a salvação que o dinheiro não consegue pagar, nem qualquer boa obra feita pelos homens. Unicamente pela Sua graça, Deus concede-te a bênção da Sua presença na tua vida e a salvação eterna. A palavra “graça” é tão frequentemente utilizada, muitas vezes com sentidos tão diversos, que se torna necessário ter presente o sentido bíblico. Com efeito, “graça” significa “ajuda de Deus”, “favor imerecido”, se bem que nenhum dos significados consegue definir, de forma adequada, a maravilhosa graça de Deus. A Sua graça revela-se das mais variadas formas, no meio das mais diferentes necessidades. Constatamo-la em situações de sofrimento, de tentação, de angústia; porém, a mais importante manifestação da graça de Deus é a salvação pela graça. Paulo descreve a salvação pela graça desta forma: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efés. 2:8-9). Se Deus não tivesse vindo a ti, pela Sua graça, tão-somente, não terias acesso à vida eterna. Pela Sua graça, tens tudo aquilo de que necessitas para seres curado do pecado e libertado das suas consequências nefastas, e, consequentemente, de tantos outros males! O próprio Deus, na pessoa do Seu Filho, veio ao mundo para pagar o preço exigido para a tua redenção e
  • 17. 17 salvação, dando-Se como presente divino, sem qualquer custo para ti. Não somente te oferece, como um presente, a salvação eterna, como te convida a vires e beberes da água da vida, de forma totalmente grátis: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Nas lições anteriores, fomos inteirados de duas realidades terríveis: 1. Todo o ser humano é pecador; 2. Deus odeia o pecado, realidade que coloca todo o pecador sob a condenação de Deus. Nesta lição, veremos como Deus torna possível a tua salvação, unicamente pela Sua graça. I – A NECESSIDADE DO REMÉDIO DE DEUS (Rom. 5:6) Nunca te questionaste acerca da razão que levou Deus a enviar o Seu Filho para ser crucificado? Deus sabia, bem antes de Cristo ter vindo a este mundo, que, mesmo vivendo entre o Seu povo escolhido, Jesus seria rejeitado. Não imaginamos a forma como Deus sentiu o sofrimento do Seu Filho, aos mais variados níveis! Porque permitiu que tal acontecesse? A Bíblia tem a resposta para esta questão. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Deus enviou o Seu Filho porque te ama e porque não há outra forma de encontrares a salvação das consequências do pecado que há em ti. Se não estás salvo, és completamente incapaz de escapar às amarras do pecado que te aprisionam. A condição de pecador é a doença terminal de que padeces, para a qual não há cura. Todo o teu ser está contaminado pelo pecado (Rom. 3:10-18), o qual ditou, como consequência, a tua sentença de morte. O teu pecado pode parecer, aos teus olhos, nada de importante; algo que não dura mais do que um momento; Deus, porém, em relação ao pecado, afirma: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tiago 1:14-15). O pecado não revela qualquer tipo de condescendência; requer pagamento integral! “A alma que pecar, essa morrerá.” (Ezeq. 18:20).
  • 18. 18 Sem Cristo, a tua vida está privada da verdadeira justiça! Os teus esforços são um completo fracasso (Isaías 64:6). As tuas qualidades mais “finas”, de que te orgulhas e atrás das quais tentas te esconder derretem perante a intensidade e resplendor da pureza e santidade de Deus. “Não há um justo, nem um, sequer.” (Rom. 3:10). Enquanto o teu coração resistir a Deus, em vez de buscar a Sua fonte para dessedentares a tua alma, não deixarás de fazer tentativas frustradas. O teu coração anseia pela paz com Deus, mas a tua natureza pecaminosa afasta toda a inclinação que sintas para buscá-Lo. “não há quem busque a Deus” (Rom. 3:11). A tua esperança reside, apenas, na graça de Deus, que neste momento, mais uma vez, desce até ti e te revela o caminho que preparou para seres salvo. Não há outro caminho!! Foi Deus quem o abriu; foi Deus quem to ofereceu; foi o próprio Deus Quem se ofereceu por ti!! Nunca encontrarás outra oferta que Deus aceite!! II – O MARAVILHOSO REMÉDIO DE DEUS (Rom. 5:7-8) Quantas pessoas conheces que estariam prontas a morrer por ti? Imagina que tinhas amealhado fortuna para bem dos outros. Estando na iminência de ser alvejado, algum dos beneficiados se colocaria como teu escudo? A Bíblia diz que, por alguém bom, poderia, muito remotamente, alguém dispor-se a morrer; mas Jesus morreu por ti, saldando a tua dívida diante de Deus, quando eras uma pessoa”! Deus ama-te, não obstante estares atolado em pecado! Jesus veio e morreu pelos inimigos de Deus (tu próprio). Revelou todo o Seu amor por ti, enviando o Seu Filho ao mundo, para ocupar, na cruz, o teu lugar, enquanto tu O afastas da tua vida. O aspecto mais maravilhoso da graça de Deus é o amor que a inspirou. A ira de Deus para com o pecado que há em ti é igualada pelo amor que te tem. Ele oferece-te a Sua graça salvadora porque te ama, não obstante o teu pecado, com amor que excede todo o raciocínio e pensamento humano. Nós, humanos, amamos o que é digno de ser amado; Deus ama o que não é digno de ser amado! Aí reside a maravilha do amor de Deus para comigo e contigo, caro leitor! Por isso cantamos: Oh, maravilha do amor de Jesus, Desse admirável amor sem igual! Cristo sofreu e morreu numa cruz, Para salvar-te da morte eternal.
  • 19. 19 III – OS INGREDIENTES DO REMÉDIO DE DEUS (Rom. 5:7-8) Neste texto, Deus usa alguns termos “técnicos” que explicam a provisão divina para a salvação e, quanto mais meditamos neles, mais nos maravilhamos com o plano de Deus. Justificação (v.9, 16, 18). Ser justificado significa “como se nunca tivesse pecado”. Justificação é a remoção de toda a condenação que pende sobre o pecador. Porém, não podemos vindicar essa justificação como fruto do nosso esforço pessoal; unicamente por decreto e declaração divina. Deus declara-te justo com base no pagamento que Jesus efetuou, libertando-te da condenação resultante do teu pecado. Deus justifica o pecador por meio do sangue do Seu próprio Filho (v.9). Reconciliação (v.10). Este termo comporta a idéia de “alcançar paz” (Rom. 5:1). Deus deseja que tu, anteriormente inimigo, devido ao pecado, tenhas paz com Ele. Só haverá reconciliação quando Deus Se reconciliar contigo. Através da morte de Jesus, Deus restaurará a tua relação com Ele. Não são as tuas “boas” obras que o conseguem, mas a graça de Deus e a única obra que satisfaz a justiça divina – a entrega do próprio Deus, na Pessoa de Jesus, em teu lugar. No “processo” da nossa salvação, está implícita a idéia da troca de uma coisa por outra de valor equivalente. O preço que Deus pagou para te livrar das consequências do pecado foi a morte de Jesus Cristo. Nada, nem ninguém, tem valor suficiente para cobrir a tua dívida, perante a justiça de Deus. Tinha que ser pago um alto preço; tão alto que só a vida do Filho de Deus podia cobrir. Deus providenciou a tua salvação, se colocares a tua fé completamente em Jesus, na obra que realizou, no poder e valor do Seu sangue para expiação dos teus pecados. O dom (dádiva) da justiça (12, 17). Cristo humilhou-Se, vivendo, neste mundo, em perfeita obediência ao Pai. Jamais algum mortal atingiu o nível de justiça demonstrado na vida de Jesus. A Sua vida terrena terminou com a Sua entrega sacrifical, não pelos seus, mas pelos teus pecados. O Seu sacrifício foi suficiente não só para pagar a dívida que tinhas perante Deus, como para te habilitar a possuíres a perfeita justiça que Jesus demonstrou. Enquanto que, pelo
  • 20. 20 pecado de Adão, veio sentença de morte a todos os seus descendentes, Cristo traz justiça e vida a todos os que O recebem, pela fé. A justiça de Cristo restaura o relacionamento com Deus, o qual tinha sido quebrado pelo pecado. Se te arrependeres, perante Deus, e colocares a tua fé em Jesus, Deus atribuir-te-á a justiça do Seu Filho. A salvação está ao teu alcance pela graça de Deus, se aceitares a Sua provisão, em Cristo. Se já o fizeste, agradece-Lhe pela salvação que te concedeu. Questionário 1) O que significa a palavra graça? _________________________________________________________________ 2) O que significa ser justificado? _________________________________________________________________ 3) O que é reconciliação _________________________________________________________________
  • 21. 21 Texto áureo: “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1). Leitura bíblica: Romanos 4:3; 18-25; 5:1 3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; 19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara; 20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, 21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer. 22 Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça. 23 Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado; 24 mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; 25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação. 1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, Leituras diárias: Segunda: Gen. 15:1-6 Quinta: Gál. 3:6-9 Terça: Heb. 11:8-19 Sexta: Gál. 3:10-18 Quarta: Salmo 32:1-5 Sábado: Rom. 4:1-16
  • 22. 22 INTRODUÇÃO: A lição de hoje transporta-nos 4.000 anos atrás, ao tempo do grande servo de Deus e herói da fé que foi Abraão. Obedecendo à chamada divina, ele e sua esposa Sara, seu pai Terá e seu sobrinho Ló (Gen. 11:31) saíram de Ur da Caldeia e estabeleceram-se durante algum tempo em Harã. Daí, aos 75 anos de idade, retomou o rumo indicado por Deus, em direção a Canaã. Em Canaã, a fé de Abraão foi duramente posta à prova. Ele e Sara iam envelhecendo sem que vissem a concretização da promessa divina de um filho que seria a origem de uma grande nação (Gen. 12:2). Então, uma noite, o Senhor conduziu-o para fora de casa: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gen. 15:5-6). Aos 99 anos, recebeu do Senhor a confirmação das Suas promessas (Gen. 17), que se cumpriram com o nascimento de Isaque no ano seguinte (Gen. 21). Este nascimento, obra da miraculosa graça de Deus, recompensava a inabalável fé do grande patriarca! Ainda outra vez, aprouve a Deus submeter o Seu servo a mais uma grande prova pedindo-lhe a oferta, em holocausto, deste seu filho Isaque. O sacrifício não foi concretizado porque o próprio Senhor não o permitiu, providenciando um carneiro substituto para o altar já preparado. Notemos que Abraão não hesitou em obedecer à ordem divina, “porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (Heb. 11:19), nunca deixando de crer que era Isaque a concretização das promessas divinas (Gen. 21:1-2). O autor da epístola aos Hebreus afirma que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Heb. 11:6). Fé incondicional, que nos leva à inteira dependência de Deus e não de méritos pessoais que não existem! “Crê somente” (Mar. 5:36), foram as palavras de Jesus a Jairo, o chefe da sinagoga a quem os da sua própria casa queriam convencer de que nada mais era possível fazer pela sua filhinha morta! O texto da nossa lição, além de muitas outras passagens bíblicas, não nos deixa dúvidas quanto à necessidade deste tipo de fé para alcançarmos a vida eterna. Precisamos de reconhecer que somos pecadores (Rom. 3, Lição II), que o pecado provoca a ira de Deus (Rom. 1 e 2, Lição III), e que a graça divina nos providenciou a salvação em Cristo Jesus (Rom. 5, Lição IV). Hoje, meditaremos nesta grande
  • 23. 23 Verdade do Evangelho (4): Tudo o que precisamos de fazer para sermos salvos é crer em Cristo como nosso Salvador. I - O QUE SIGNIFICA “CRER SOMENTE” (v. 3) A fé salvadora não é outra coisa senão total confiança em Cristo como Salvador. Quem pretender “dar uma ajuda” na obra da salvação está a rejeitar o dom completo da graça de Deus! A salvação não é um pagamento ou prêmio de bom comportamento. Não podemos colocar Deus na posição de devedor, com a “obrigação” de nos salvar por praticarmos boas obras! A fé salvadora é uma realidade que muda a vida do ser humano e não um mero conceito abstrato. Não é difícil encontrarmos pessoas que acreditam que Jesus esteve neste mundo, e até que Ele é o Filho de Deus. Só que a fé necessária para a salvação é bem mais do que a comum aceitação intelectual de um fato (Tiago afirmou que os próprios demônios creem em Deus, “e tremem” – Tiago 2:19). E, no entanto, o exercício da fé salvadora é tocantemente simples e eficaz: basta crer em Jesus “de todo o coração”, como fizeram o etíope eunuco e o carcereiro de Filipos (At. 8:26-40; 16:27-34)! Ambos foram instantaneamente transformados, nascidos de novo (João 3:3-7; 1 João 5:1) e feitos filhos de Deus (Gál 4:4-7). Não há outro meio, nenhum outro caminho, nenhum outro nome pelo qual possamos ser salvos (At. 4:10- 12)! A fé salvadora descrita nas Escrituras é a que conduz à convicção, confissão e arrependimento do pecado. Há pessoas que clamam a Deus por socorro em momentos de aperto, mas se esquecem Dele assim que a crise passa. Fé temporária não é fé verdadeira! Abraão foi chamado de “pai de todos os que creem” (Rom. 4:11, 16-18) com base na sua fé em Deus. Seria interessante compararmos a qualidade da nossa própria fé com a do grande patriarca e a de outros servos do Senhor descritos na Bíblia. Certo dia, um funâmbulo – artista que atravessa o circo de um lado ao outro, caminhando sobre uma corda colocada a grande altura, tendo nas mãos somente uma vara para se equilibrar -, depois de agradecer os aplausos da multidão, ofereceu-se para repetir o número com um voluntário, de entre os espectadores, sentado nos seus ombros. A diferença entre acreditar e confiar logo se tornou evidente, já que, mesmo sem
  • 24. 24 pôr em causa a idoneidade do artista para cumprir o que prometia, ninguém aceitou o seu desafio! Esta simples ilustração ajuda-nos a entender o tipo de fé de que necessitamos. Façamos nossa a oração do pai daquele menino possuído, quando o Senhor Jesus lhe afirmou que “tudo é possível ao que crê”: “Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé” (Mar. 9:23-24). II - CARACTERÍSTICAS DA FÉ VERDADEIRA (vs. 18-22) A expressão “Abraão creu em Deus” (v. 3) não significa somente que aceitava Deus como um Ente Superior: ele tomou para si uma real e específica promessa de Deus, a Quem se submeteu, sem restrições, conformando o resto da sua vida ao propósito divino. “Crer somente” exige, antes de mais, que aceitemos e apliquemos a fé à nossa própria vida. Podemos acreditar que “Deus amou o mundo de tal maneira, que lhe deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16), mas só seremos salvos quando, movidos pela fé, decidirmos colocar o nosso nome no lugar de “todo aquele”. “Crer somente” produz perseverança (vs. 18-19). Apesar de os 175 anos que Abraão viveu não lhe terem permitido, obviamente, assistir ao cumprimento da promessa de que seria “pai de muitas nações”, contudo, “esperando contra a esperança” e “sem enfraquecer na fé”, ele creu! Não sabemos, ao certo, quantos anos decorreram entre Ur da Caldeia e a saída do patriarca de Harã, aos 75 anos (Gen. 12:4). Mas sabemos que, para além desse tempo indeterminado, Abraão esperou mais 25 anos até lhe nascer Isaque. Coloquemo-nos no lugar dele: seríamos capazes de esperar tanto tempo pelo cumprimento de uma promessa tão importante? Vemos como a fé e a perseverança de Abraão foram recompensadas. “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” (Heb. 10:35-36). “Crer somente” requer paciência e capacidade de resistir às pressões (v. 20). Tendo chegado aos 75 anos de idade sem conceber, Sara deu largas à sua impaciência e resolveu contornar o plano de Deus entregando a Abraão uma das suas escravas para, através dela, obter uma criança que seria
  • 25. 25 legalmente sua (Gen. 16:1,2). Embora cedendo ao estratagema de Sara, Abraão manteve intacta a sua fé. Muitas vezes a nossa fé será posta à prova. Circunstâncias e pessoas à nossa volta tentarão persuadir-nos a desistir. Recordemos, então, o exemplo de Abraão, que “pela fé se fortaleceu, dando glória a Deus”. “Crer somente” exige que vivamos de acordo com a nossa fé (v. 21). A única prova da genuinidade da fé são as obras que dela resultam (Tiago 2:18). Tal como Abraão, estamos “plenamente convictos” de que o Senhor não deixa, jamais, de cumprir as Suas promessas? III - AS CONSEQUÊNCIAS DE “CRER SOMENTE” (4:23-5:1) Quando cremos no Senhor e O aceitamos, isso foi-nos “imputado para justiça” (4:3), ou seja, fomos declarados justos, mediante a fé, e reconciliados com Ele (5:1). Temos paz com Deus porque o Seu Filho Jesus tomou sobre Si os nossos pecados (Is. 53:4-6), pagando a nossa dívida para com Ele de forma definitiva (Rom. 4:8; 2 Cor. 5:21; Colos. 2:13-14). Concluindo, fica aqui uma última mas crucial pergunta: estás disposto a confiar plenamente em Cristo como teu Salvador e Senhor, ou preferes permanecer nos teus pecados, tentando chegar a Deus através do teu próprio esforço, praticando aquilo que chamas de “boas obras”? Crê somente em Jesus! “…não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At. 4:12). Questionário 1) Com suas palavras explique. O que significa crer somente? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2) Quais as consequências de crer somente? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
  • 26. 26 Texto áureo: “Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39). Leitura bíblica: Romanos 8:1; 28-31; 35-39 1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 28 E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; 30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. 31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. 38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
  • 27. 27 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Leituras diárias: Segunda: Filip. 1:3-7 Quinta: Judas 24-25 Terça: Ef. 1:3-14 Sexta: Rom. 5:1-5 Quarta: 2 Tim. 1:8-12 Sábado: Heb. 7:22-28 INTRODUÇÃO: Quando fomos salvos, resgatados das trevas e do poder do pecado, iniciamos uma relação eterna com Deus. Relação essa que vai progredindo e crescendo. Fomos feitos filhos de Deus, mas a verdade é que continuamos a viver num corpo sujeito ao pecado. Por isso é muito importante sabermos que o Senhor não deixará de completar o trabalho que começou em nós (Rom. 8:28-31). Chegará o dia em que Aquele que salvou a nossa alma livrá-la-á, também, de todos os efeitos do pecado! Entretanto, e enquanto esse dia não chega, e seja o que for que nos aconteça, o Senhor guardará, em segurança, a nossa alma. Nele, somos mais que vencedores (vs. 35-39). Nada, nem ninguém, nos poderá arrebatar da mão de Cristo Jesus (João 10:28). Fomos salvos de uma vez para sempre! Então, quando, ao evangelizar alguém, lhe mostrarmos que é pecador (Rom. 3, Lição II), e o confrontarmos com a ira de Deus contra o pecado (Rom. 1 e 2, Lição III), e lhe expusermos o plano da salvação pela graça de Deus (Rom. 5, Lição IV), e o conduzirmos a crer em Cristo como seu Salvador (Rom. 4, Lição V), é o momento de usarmos o cap. 8 desta mesma epístola para o firmarmos na certeza de que pertence a Deus para sempre. Verdade do Evangelho (5): Porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Único Salvador, a salvação é eterna! I - AGORA SOMOS DE DEUS (v. 1) No momento em que cremos em Cristo e O aceitamos como Salvador, tornamo-nos filhos de Deus. O nosso destino ficou selado: estamos em Cristo, e Ele em nós, para sempre! Não é possível perdermos a salvação porque é Cristo, e não obras que tivéssemos feito a chave da nossa justificação. Outro aspecto importante é que a
  • 28. 28 salvação nos libertou da escravidão da carne, ou seja, do domínio da natureza humana (Rom. 8:2-9). É pela carne que estamos sujeitos à tentação de Satanás para o pecado. Mas é igualmente verdade que o Senhor nos deu o Espírito Santo, que passou a habitar em nós e nos capacita a vivermos para Ele. Uma vida dominada pela carne é caracterizada por “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas” (Gál. 5:19-21). Uma vida controlada e dirigida pelo Espírito de Deus frutifica em “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gál. 5:22-23). Entretanto, notemos o seguinte: se é fato que não é pelas obras que alcançamos a salvação, também é verdade que o salvo não pode deixar de experimentar e demonstrar uma mudança radical na sua prática de vida. No ato da salvação, Deus imputa-nos a retidão e a justiça de Cristo e começa, desde logo, a agir em nós para que essa retidão e justiça vão moldando o nosso caráter à imagem do próprio Cristo: “…somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Cor. 3:18). “Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz” (Rom. 13:12). II - PERTENCEMOS A DEUS PARA SEMPRE (vs. 28-31) “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (v. 28). Esta é uma promessa destinada somente àqueles “que amam a Deus”: todas as suas experiências, mesmo as de maior sofrimento, contribuem para a consolidação da sua estrutura espiritual. Os eleitos de Deus são providos da capacidade, não só de suportar e vencer as adversidades, como de vê-las transformadas, pela intervenção do Espírito Santo, em proveito, benefício e, até, fonte de regozijo (vs. 26 e 27)! Mesmo que não compreendamos por que razão nos sobrevêm algumas experiências amargas, aceitemo-las como o cumprimento do propósito de Deus, como aconteceu com o patriarca José (Gen., caps. 37, 39 a 47). “…Deus estava com ele, e livrou-o de todas as suas aflições, concedendo-lhe também graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito…” (At. 7:9-10). Mas a expressão “todas as coisas”
  • 29. 29 envolve outras promessas divinas de grande significado e que são consequência direta da Sua ação, conduzindo-nos a uma relação de estreita comunhão com Ele: “…aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem do Seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (vs. 29-30). Ao considerarmos a indizível maravilha da nossa relação com Cristo, uma conclusão é inevitável: não a merecíamos e nada fizemos por ela! Cristo fez tudo, levando sobre Si a culpa do nosso pecado na cruz do Calvário (João 3:16; Rom. 5:8)! O fato de a salvação ter sido da iniciativa divina não invalida a importância da nossa atitude, aceitando-a ou rejeitando-a. Conhecendo-nos desde o princípio dos tempos, quis Deus, na Sua vontade soberana, dar-nos essa oportunidade, usando “todas as coisas” para nos atrair a Ele. Quando nos salvou, o Senhor não somente nos justificou, removendo o libelo acusatório que contra nós existia, como também nos “glorificou” (v. 30). A glorificação futura do crente – desde já dada, pelo apóstolo Paulo, como certa e alcançada, ao usar o verbo no passado -, é o corolário e a evidência da perfeição e plenitude do ato salvador de Deus. Nele estamos seguros por toda a eternidade! III - PERTENCEMOS A DEUS APESAR DAS PROVAÇÕES (vs. 35-39) Dificuldades e tribulações são algo de muito real na vida dos crentes. O próprio Senhor Jesus declarou: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Ele pagou o preço mais elevado para nos resgatar do pecado e ascendeu ao Céu, onde se sentou à direita do Pai e continua a interceder por nós (v. 34), deixando-nos a reconfortante promessa: “…voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:3). Venha o que vier, temos vitória garantida em Jesus! Nada nos poderá separar do amor de Deus! Nos versículos 35-39, o apóstolo Paulo enumera algumas das tribulações que podemos vir a ter que suportar. Mas uma coisa é certa: a nossa relação com Deus permanecerá intocável! Então, em vez de serem obstáculos, os problemas e aflições aproximar-nos-ão cada vez mais Dele. Sabemos que, enquanto aqui estivermos, vivemos
  • 30. 30 em Cristo e em Cristo morreremos. Se bem que morte signifique separação, Cristo a transformou na porta pela qual iremos, um dia, à Sua presença bendita e gloriosa! Quando observamos a atual condição do mundo, não podemos deixar de considerar as profecias de que chegará o seu fim e vamos ter “novo céu e nova terra” (Apoc. 21:1). Então se cumprirá a promessa de que “estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tes. 4:17). Até lá, aconteça o que acontecer, ninguém nos arrebatará da mão do Supremo e Bom Pastor (João 10:27-29). Somos Dele! Questionário 1) É possível ao cristão que aceitou a Cristo de verdade perder a salvação? _________________________________________________________________ 2) Quais são as obras da carne? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) Quais são as obras do Espirito? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
  • 31. 31 Texto áureo: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles é para que sejam salvos” (Romanos 10:1). Leitura bíblica: Romanos 9:1-3; 10:1-4 1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, 2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. 3 Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; 10:1-4 1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para sua salvação. 2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento. 3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. 4 Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê. Leituras diárias: Segunda: João 17:20-26 Quinta: 1 Cor. 9:16-23 Terça: Luc. 13:34-35 Sexta: João 4:31-38 Quarta: João 1:40-46 Sábado: Atos 17:16-34
  • 32. 32 INTRODUÇÃO: O peso que o coração de Paulo sentia pelos seus concidadãos que não aceitavam a Cristo como o Messias prometido nas profecias, é um grande exemplo de compaixão. A lição de hoje põe-nos algumas questões: que importância tem, para nós, o fato de tantos dos nossos parentes, amigos e vizinhos, não conhecerem Cristo? O que sentimos quando os vemos mergulhados no pecado? O apelo de Jesus a Simão Pedro e André para virem a ser “pescadores de homens” (Mat. 4:19), tem alguma coisa a ver conosco? Nenhum curso de treinamento será capaz de fazer, de qualquer de nós, um efetivo ganhador de almas se não tivermos o coração inteiramente tomado de genuíno e profundo amor pelas pessoas que conhecemos, ou vivem conosco, e não têm Cristo. Este é o requisito essencial para que o Espírito Santo nos use, de forma poderosa, para a sua salvação! A fonte do amor que deve encher o nosso coração, é o supremo e incondicional amor com que Deus nos amou, ama e amará sempre. “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro”, afirma o apóstolo João (1 João 4:19). O amor que levou o nosso Salvador até à cruz precisa de ser reproduzido em nós, fazendo-nos sentir a imperiosa necessidade de dele testemunharmos! I - SOFRENDO POR AMOR AOS PERDIDOS (9:1-3; 10:2-3) Paulo confessa “grande tristeza e incessante dor no coração” pela contínua rejeição de Cristo por parte dos seus compatriotas, que ele desejava, ardentemente, ver salvos. Por amor (v. 3). O apóstolo Paulo chega ao ponto de afirmar que preferiria, ele próprio, ser separado de Cristo, se assim conseguisse aproximar Israel do seu Messias! É claro que ele sabia que nada poderia separá-lo da comunhão com Deus (Rom. 8:38-39), e que a via da reconciliação do seu povo com o Senhor teria de ser outra. Mas é notável e comovente que o apóstolo sinta tanto amor pelos seus irmãos, que não se importava de os substituir na punição pelo seu pecado de rebeldia contra Cristo! Este sentimento de Paulo traz-nos à memória a expressão do amor do Senhor pela humanidade perdida: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: maldito todo aquele que for pendurado no madeiro)…” (Gál. 3:13). O exemplo do apóstolo torna claro que amor, dedicação e disponibilidade
  • 33. 33 para sofrer são essenciais a um testemunho convincente perante aqueles que anelamos ganhar para Jesus. E este é um compromisso pessoal para ser levado a sério… Identificando-nos com os perdidos (9:3; 10:2-3). O apóstolo Paulo conhecia bem, e identificava-se plenamente com o povo a que pertencia e que desejava levar à salvação. A expressão “por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” torna evidente essa identificação. Paulo tinha bem viva, na memória, a fase da sua vida em que também estava cego para a Verdade antes de ser transformado pela Luz celestial no caminho de Damasco. Ele, que de perseguidor passara a perseguido (At. 9:15-16), sabia, por experiência própria, a que ponto pode chegar o ódio ao Evangelho e aos seus seguidores. Compreendendo as consequências do fervor religioso mal orientado (Rom. 10:2), tinha a perfeita noção de que não era a sua pessoa que estava em causa, mas sim o próprio Senhor Jesus Cristo e a pregação do Evangelho! Como Paulo, procuremos conhecer bem aqueles que desejamos ganhar para Jesus. Não tomemos como afronta pessoal a rejeição do nosso testemunho, compreendendo que é fruto de cegueira espiritual. Quem resiste à mensagem do Evangelho, resiste e opõe-se ao portador dela! II - ALIANDO A ESPERANÇA AO AMOR (10:1, 4) Mesmo que a salvação de grande número de judeus lhe parecesse improvável, Paulo não esmorecia no seu esforço evangelizador: “…a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles é para que sejam salvos”. Sendo verdade que recebera, do Senhor, a missão de levar o Evangelho aos gentios, o apóstolo nunca descurou a profunda necessidade espiritual dos seus concidadãos. Fazia, até, parte da sua estratégia: chegando a uma cidade pela primeira vez, começava por procurar a sinagoga ou, na falta dela, o lugar onde era mais provável encontrar judeus reunidos para orar (At. 13:5, 14; 46-47; 14:1; 16:13; 17:1-3, etc.). A conversão a Cristo de, pelo menos, alguns dos seus irmãos adoradores do Deus Vivo e conhecedores da mensagem dos profetas, facilitava, sem dúvida, a evangelização dos gentios e a edificação da igreja local. Embora parte significativa deles não suportasse a pregação e o ensino de Cristo, “muitos dos judeus e prosélitos piedosos seguiram a Paulo e a
  • 34. 34 Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus” (At. 13:43; 17:1-5). Estes prosélitos eram gentios, vindos do paganismo e do politeísmo para o judaísmo em busca do Deus Único e Verdadeiro. Ao ouvirem o Evangelho, aceitavam Cristo como o cumprimento das profecias relativas ao Messias mais facilmente que os restantes judeus. O peso que Paulo sentia, no coração, pelos filhos de Israel seus irmãos, fez dele melhor evangelista entre os gentios. Assim também nós, movidos de profunda compaixão pelo estado de incredulidade em que vivem tantos daqueles com quem nos relacionamos, não hesitemos em apresentar-lhes Jesus como a resposta para as suas necessidades espirituais. No devido tempo, o Senhor fará frutificar o nosso esforço: “Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126:6). O apóstolo Paulo tinha a certeza de que o Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rom. 1:16). Mas só pode ser instrumento desse poder maravilhoso quem, de fato, ama os perdidos e se dedica a apresentar-lhes Cristo, tanto em palavras como no estilo de vida. Peçamos ao Senhor que nos encha desse amor! Questionário 1) Que importância tem, para você, o fato de tantos dos seus parentes, amigos e vizinhos, não conhecerem Cristo? Explique com suas palavras. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
  • 35. 35 Texto áureo: “Como, porém, invocarão aquele em que não creram? e como crerão naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14). Leitura bíblica: Atos 2:14, 22-24, 37; 28:23-24, 30-31 14 Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja- vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 2:22-24 22 Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; 23 a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos; 24 ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.
  • 36. 36 2:37 37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Atos 28: 23-24 23 Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter com ele à sua morada, aos quais desde a manhã até a noite explicava com bom testemunho o reino de Deus e procurava persuadi-los acerca de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas. 24 Uns criam nas suas palavras, mas outros as rejeitavam. 28: 30-31 30 E morou dois anos inteiros na casa que alugara, e recebia a todos os que o visitavam, 31 pregando o reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade, sem impedimento algum. Leituras diárias: Segunda: Rom. 10:14-17 Quinta: At. 10:34-48 Terça: At. 2:38-41 Sexta: At. 13:14-49 Quarta: At. 3:11-4:4 Sábado: At. 17:22-34 INTRODUÇÃO: Agora é tempo de passar à ação! As primeiras sete lições abordaram alguns conceitos essenciais à preparação dos ganhadores de almas para Cristo; a lição de hoje trata, especialmente, do que pode ser feito para convidar e levar um não crente à igreja para ouvir a pregação da Palavra de Deus. Este ministério requer empenhamento e alguma criatividade, mas os frutos que dele podemos colher são preciosos! O poder de Deus sempre se manifesta no lugar e na ocasião em que a Sua Palavra é pregada! I - DEUS AGE ATRAVÉS DA PREGAÇÃO DA PALAVRA (At. 2:14-41) Desde os primeiros dias do cristianismo, a pregação tem sido um instrumento eficaz na proclamação do
  • 37. 37 Evangelho. No dia de Pentecostes, Deus usou a pregação de um destemido e cheio do Espírito Santo, apóstolo Pedro, para levar a Cristo quase três mil pessoas (At. 2:14, 40- 41). Pouco tempo depois, muitos “dos que ouviram a Palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil” (At. 4:4). As leituras diárias desta semana mostram o efeito da pregação da mensagem de Cristo, por Pedro e Paulo, em ocasiões e com auditórios diversos. Recordemos, também, João Batista, que apareceu “pregando no deserto da Judéia, e dizia: Arrependei- vos, porque está próximo o reino dos céus…” (Mat. 3:1-6). A pregação de João atraiu ao deserto praticamente toda a população da Judéia! A pregação ocupou, igualmente, parte muito significativa do ministério do Senhor Jesus: “…passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus……E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam” (Mat. 4:17, 25). Jesus também comissionou os doze apóstolos para uma campanha de pregação da mesma mensagem (Mat. 10:5-7) e, mais tarde, um grupo de outros setenta (Luc. 10:1-11), que apresentaram um relatório muito positivo da sua tarefa (Luc. 10:17). O papel fundamental da pregação na divulgação do Evangelho é, igualmente, afirmado pelo apóstolo Paulo: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em que não creram? e como crerão naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom. 10:13-14). Quis o Senhor chamar os pecadores ao arrependimento e à vida eterna por intermédio da pregação: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação” (1 Cor. 1:21). Atualmente, é possível que a pregação efetiva do Evangelho de Cristo esteja a ser desvalorizada e descurada, entre outras coisas, pelo aparato das “novas tecnologias”. Não que estas não tenham o seu lugar e não devam ser usadas, com proveito, no trabalho do Senhor, mas o fato é que nada pode substituir a proclamação pública da Palavra de Deus, tão singelamente quanto possível, isto é, sem recurso a artifícios que distraiam os ouvintes da mensagem que é imperioso ouvir, entenderem e aceitarem!
  • 38. 38 II - A NOSSA RESPONSABILIDADE NESTE MINISTÉRIO (At. 28:17-31) Para levar a cabo a responsabilidade de anunciar o Evangelho com eficácia, o pregador não deve estar sozinho: precisa do apoio de outros irmãos, obreiros com ele na tarefa comum. Três décadas após o dia de Pentecostes, vamos encontrar Paulo em Roma, sob prisão domiciliar. Mas ninguém pense que o fato de estar confinado fez abrandar o ritmo do ministério do grande servo de Deus: “Por dois anos permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia a todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo” (vs. 30-31). Durante estes dois anos, quem ajudou Paulo na assistência espiritual aos crentes da igreja de Roma, ainda por cima dispersa pelas casas de vários crentes? Na epístola a Filemon (que, com toda a probabilidade, foi escrita neste período), o apóstolo aponta os nomes de Marcos, Aristarco, Demas e Lucas. E no cap. 16 da epístola aos Romanos, escrita, de Corinto, cerca de três anos antes, Paulo já enviava saudações para um excelente e muito precioso grupo de cooperadores que tinha naquela cidade. Não nos faltam formas e oportunidades de auxiliar os pastores das nossas igrejas. Informar o pastor de que estará presente, no próximo culto, alguém que convidamos e não conhece a Cristo, ajudá-lo-á a adequar a mensagem à específica necessidade espiritual desse visitante. É essencial o nosso testemunho pessoal no lugar onde vivemos, mas é, também, extremamente importante fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguirmos levar descrentes a ouvir a pregação da Palavra. Com a adoração a Deus, o grande objetivo da igreja reunida é, precisamente, evangelizar os perdidos e ganhar almas para Cristo! Em resumo: o que pode cada um de nós fazer? Orar pelo pregador. Mesmo um grande ministro do Evangelho como o apóstolo Paulo sentia absoluta necessidade das orações dos crentes a seu favor: “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a Palavra do Senhor se propague, e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós” (2 Tes. 3:1). Cultivar bom relacionamento com os vizinhos e outras pessoas que te abram oportunidades para lhes falares de Cristo e os convidares para irem
  • 39. 39 contigo à igreja. Sobretudo os mais tímidos, dificilmente entrarão num templo evangélico sem a companhia de alguém da sua confiança. Alguns estudos mostram que a grande maioria daqueles que começam a ir à igreja, o fazem acompanhados ou por influência direta de familiares ou amigos crentes. Continuar a mostrar interesse e a orar por alguém que levaste a ouvir a mensagem de Deus. Não o abandones! Procura apoiá-lo no esclarecimento das suas dúvidas, se necessário com a ajuda da liderança espiritual da igreja. Aproveitar os eventos especiais para fazer convites. Muitos desses eventos não serão cultos formais, mas mesmo atividades de caráter social podem ser a porta de entrada na igreja para quem não a conhece. Daí a importância de, também neste tipo de atividades, os crentes darem bom testemunho, mostrando que são capazes de conviver, com alegria, sem serem inconvenientes e porem em causa o bom-nome do Evangelho. Concluindo: encaremos seriamente a pregação da Palavra de Deus como a mais excelente oportunidade de expor almas perdidas ao poder transformador do Espírito Santo. A missão que recebemos do Senhor Jesus é muito clara: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mar. 16:15). Vamos cumpri- la? Questionário 1) As pessoas são salvas através de que? _________________________________________________________________ 2) Para levar a cabo a responsabilidade de anunciar o Evangelho com eficácia, o pregador deve estar sozinho? _________________________________________________________________ 3) O que você pode fazer para ajudar? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
  • 40. 40 Texto áureo: “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.” (Provérbios 11:30) Leitura bíblica: Romanos 10:8-17 8 Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. 9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; 10 pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. 11 Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. 12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. 13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! 16 Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? 17 Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.
  • 41. 41 Leituras diárias: Segunda: João 3:1-21 Quinta: Atos 10:19-48 Terça: João 4:1-30 Sexta: Lucas 14:15-24 Quarta: Atos 8:26-40 Sábado: Marcos 6:7-13 INTRODUÇÃO: Se não ganharmos almas para Cristo só porque achamos que não somos capazes, é melhor repensar o assunto. A mensagem do evangelho é muito simples. Uma criança pode compreendê-la, e qualquer crente á capaz de explicar o seu conteúdo básico. Testemunhar do evangelho é explicar a alguém como pode arrepender-se dos seus pecados e confiar em Cristo para a salvação. Você, estimado(a) leitor(a) pode ser um(a) ganhador(a) de almas para Cristo. Tendo vivido a nossa própria experiência de arrependimento, aceitando Jesus Cristo como Salvador pessoal, estamos agora, basicamente, em condições de evangelizar outras pessoas. Na verdade, o que priva os crentes de testemunharem de Cristo não é a incapacidade para o fazerem, mas certa indiferença ou passividade sobre o assunto. São grandes as promessas bíblicas de recompensa para os ganhadores de almas para Cristo. Seguramente, no Céu, iremos encontrar e reconhecer aqueles a quem testemunhamos de Jesus. Que alegria será! Mas não temos que esperar até chegarmos ao Céu. As pessoas que evangelizarmos vão experimentar, aqui e agora, uma vida nova de alegria e satisfação e, assim, consequentemente, experimentaremos também uma singular alegria. I – VOCÊ PODE EXPLICAR O PLANO DA SALVAÇÃO (vs. 8-13) A salvação está próxima de cada pessoa. “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (v. 8). Não é preciso usar grande argumentação ou preocuparmo-nos muito em “convencer” alguém. O importante é, de uma forma simples e compreensível, levar a pessoa a assumir a sua condição pecadora, confessando o seu pecado e, em seguida, dizendo com as suas próprias palavras ao Senhor que aceita em seu coração o sacrifício que Jesus fez na cruz do Calvário em seu lugar (vs. 9-10). Confessar é,
  • 42. 42 basicamente, admitir o seu pecado, em atitude de arrependimento. Depois, basta reconhecer que Jesus já pagou o preço total devido pelos nossos pecados e aceitar como válido o sacrifício que o Senhor fez na cruz em nosso lugar. As palavras pronunciadas devem ser sinceras, correspondendo ao pensamento e ao sentir do coração. Na verdade, a essência do evangelho não é difícil de explicar. A salvação está disponível para quem quiser aceitar. Não cometamos o erro de pressupor que esta ou aquela pessoa não poderá ser salva. O apóstolo Paulo dá o seu testemunho dizendo: "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." (1 Timóteo 1:15). O Senhor salvará " todo aquele que Nele crê " (João 3:16) e " todo aquele que invocar o nome do Senhor" (Romanos 10:13). O evangelho continua sendo "o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê." (Romanos 1:16). Não devemos fazer exceção de pessoas, pois o Senhor é “ rico para com todos os que O invocam.” (Romanos 10:12). II – VOCÊ PODE TORNAR-SE UM “PAI” NA FÉ (vs. 14-15) As quatro perguntas que aparecem nesta passagem bíblica podem resumir-se a um único pensamento: qualquer pessoa que ouve o evangelho pode ser salva. Ouvir, crer e confessar (versículo 14) são os únicos requisitos necessários para a salvação (versículos 9-10). Cada vez que dirigimos palavras de testemunho do evangelho a alguém, essa pessoa tem oportunidade de ouvir a mensagem mais alegre e gloriosa que há na terra. Embora seja importante demonstrarmos a presença de Cristo em nós pela nossa maneira de viver, a verdade é que só uma vida de boas ações não é suficiente para testemunhar de Jesus. É preciso também falar de Cristo. Ou seja: só o nosso exemplo de vida, sem a explicação do evangelho, não chega para salvar quem quer que seja. As pessoas precisam de "ouvir" a mensagem do evangelho, e “ver” Cristo refletindo na nossa maneira de viver. O Senhor Jesus comissionou-nos para sermos Suas testemunhas. Se formos obedientes, partilhando o evangelho com outras pessoas, tornar-nos-emos, para aqueles que por nosso intermédio vão sendo salvos, seus “pais” e “mães” na fé. A nosso respeito, então, dir-se-á: “Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que
  • 43. 43 trazem alegres novas de boas coisas." (v.15). III – VOCÊ TEM OPORTUNIDADES PARA TESTEMUNHAR (vs. 16-17) Um dos maiores obstáculos para sermos testemunhas de Cristo talvez seja a dificuldade de encontrar pessoas com quem partilhar o evangelho. Pode acontecer que, quanto mais tempo vai passando após a nossa aceitação de Cristo, menos pessoas descrentes encontremos, já que o nosso novo círculo de amigos vai sendo, agora, cada vez mais, integrado principalmente por pessoas crentes. Para encontrarmos novas oportunidades, importa, então, cultivar, intencionalmente, relações de amizade com pessoas que ainda estão perdidas, sem Jesus. O Senhor vai deparar-nos oportunidades para testemunhar. Ore, pedindo a Deus que dirija a sua vida para as pessoas certas, e esteja sensível à manifestação do Espírito Santo. As oportunidades vão surgir. Não as deixe escapar. Aproveite-as. Entre os seus familiares, parentes, amigos e até inimigos ou desconhecidos, pode haver almas preciosas cujo destino será a vida eterna se nós lhes testemunharmos do evangelho. Lembre-se das palavras de Jesus: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.” (João 4:35). Se você se isolar dos incrédulos e limitar os seus contactos só às pessoas da sua igreja, certamente não terá muitas oportunidades de compartilhar a sua fé com aqueles que precisam do seu testemunho. É necessário cultivar a amizade com pessoas da mesma fé, mas não devemos limitar os nossos relacionamentos apenas aos crentes. Há outras pessoas que precisam da nossa influência e do testemunho cristão. Esforcemo-nos, pois, para encontrar formas criativas de entrar em contacto com os incrédulos e procurar ocasiões apropriadas para compartilhar com eles o evangelho de Cristo. Uma das primeiras mensagens que o Senhor Jesus pregou aos que foram chamados para estarem com Ele durante o Seu ministério terreno foi esta: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mateus 4:19). E, também, algumas das últimas palavras proferidas pelo Senhor aqui na terra, pouco antes de ser elevado às alturas, foram estas: " recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
  • 44. 44 como em toda a Judéia e Sumária, e até aos confins da terra." (Atos 1:8). Sejamos, pois, irmãos e irmãs, fiéis ganhadores de almas para Cristo. O Senhor conta conosco, nessa difícil mas maravilhosa tarefa. Questionário 1) Qualquer cristão pode ganhar almas para Jesus ou só os pastores e missionários? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) A salvação está disponível para quem? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3) Você tem tido oportunidades para testemunhar? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
  • 45. 45 Texto áureo: “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Marcos 5:19) Leitura Bíblica: Atos 26:4-5, 9-10, 13-16; 1 Timóteo 1:14 4 A minha vida, pois, desde a mocidade, o que tem sido sempre entre o meu povo e em Jerusalém, sabem-na todos os judeus, 5 pois me conhecem desde o princípio e, se quiserem, podem dar testemunho de que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu. 9 Eu, na verdade, cuidara que devia praticar muitas coisas contra o nome de Jesus, o nazareno; 10 o que, com efeito, fiz em Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões, como também dei o meu voto contra eles quando os matavam. 13 ao meio-dia, ó rei vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, resplandecendo em torno de mim e dos que iam comigo. 14 E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me dizia em língua hebráica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. 15 Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;
  • 46. 46 16 mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei de aparecer; 1 Timóteo 1:14 14 e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Leituras diárias: Segunda: Atos 21:39-22:21 Quinta: Filipenses 3:4-14 Terça: Atos 4:10-21 Sexta: Romanos 7:5-25 Quarta: Gálatas 1:11-24 Sábado: João 4:28-42 INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo - grande ganhador de almas! - usou o seu testemunho pessoal para levar outras pessoas à salvação. No episódio a que o texto bíblico desta semana se refere, Paulo estava a ser julgado e aproveitou para dar o seu testemunho cristão ao rei Agripa, seu juiz, falando da sua experiência cristã de tal forma que transformou um testemunho pessoal numa poderosa mensagem do evangelho. Começando por contar o que fora a sua vida antes de ter conhecido Cristo, Paulo explicou, depois, como é que chegou a perceber a necessidade da salvação. O seu testemunho enfatizou a mudança experimentada em seu viver, depois de se ter tornado um seguidor de Jesus. Se você, caro leitor, já experimentou a salvação que há em Cristo, as circunstâncias que o levaram à aceitação do Senhor Jesus foram, seguramente, diferentes das que aconteceram com o apóstolo Paulo. No entanto, o seu testemunho contém, basicamente, os mesmos elementos básicos do testemunho de Paulo. Se por acaso você, estimado leitor, ainda não é um crente em Jesus, e não tem, portanto, um testemunho pessoal relativo à operação da maravilhosa graça de Deus em sua vida, então fale com alguém que já seja crente, para que essa pessoa o ajude a conhecer e aceitar Cristo como
  • 47. 47 seu Salvador pessoal, tornando-se, assim, também, um filho de Deus possuidor da vida eterna. I – A VIDA ANTES DE ACEITAR CRISTO (Atos 26:1-11) Paulo confessou abertamente qual era o seu modo de vida antes de ter sido salvo. Contudo, nota-se que procurou evitar sensacionalismos, tais como, por exemplo, relatar com detalhe o seu envolvimento na morte de Estêvão. O fato poderia ter atraído mais atenção para a sua própria história do que para o essencial, ou seja, a história de Jesus. Ao testemunharmos acerca da graça salvadora de Deus a nosso favor, devemos ser sinceros ao caracterizar a nossa vida antes de termos experimentado a salvação. Não há necessidade de “ornamentar” muito aquilo que aconteceu. O que o Senhor fez com cada um de nós, na experiência da salvação, já é uma obra grandiosa que simplesmente precisa ser transmitida a outras pessoas. A ênfase do testemunho, portanto, deve ser a obra que Cristo realizou a nosso favor, e não uma história, mais ou menos “adornada”, da nossa vida pecaminosa de então. Em vez de darmos informação detalhada acerca da vida “velha”, vivida em pecado, o testemunho evangelístico deve centrar-se, antes, em aspectos das nossas vidas que ilustrem a condição deplorável de uma pessoa perdida, sem Deus. Por exemplo, Paulo admitiu que tivesse aprisionado muitos cristãos e dado “o seu voto contra eles”, mas sem gastar demasiado tempo contando todos os detalhes sobre o assunto. Convém que a ênfase do nosso testemunho evangelístico tenha o seu enfoque principal apenas no aspecto mais saliente da nossa vida anterior. De preferência, algo que seja relevante para alguma área da vida do nosso interlocutor. Por exemplo, se estivermos procurando evangelizar uma pessoa que perdeu recentemente um ente querido, podemos referir que, antes de aceitarmos Cristo como nosso Salvador, vivíamos com muito receio daquilo que nos iria acontecer quando a morte chegasse. Porém, agora que estamos salvos, sabemos que temos assegurada a vida eterna em Cristo e que, portanto, podemos experimentar verdadeira paz mesmo perante a realidade da morte, pois sabemos que Deus vai acolher-nos no Céu, onde viveremos para sempre com o Senhor. II – A NECESSIDADE DE ACEITAR CRISTO (Atos 26:12-18) Ao partilhar o seu testemunho cristão,
  • 48. 48 o apóstolo Paulo achou por bem mencionar onde aconteceu o seu encontro com Cristo (versículo 12), e quais as circunstâncias (versículo 13) que se verificaram. Porém, rapidamente, ele transferiu todo o enfoque do assunto para a profunda transformação operada na sua vida (versículos 14-18). Pode parecer-nos que não é relevante mencionarmos o lugar onde aceitámos Cristo, mas convém que enfatizemos as razões básicas que nos motivaram para aceitarmos a salvação que há em Jesus. Sem nunca faltar à verdade, convém referir a forma como o Espírito Santo nos convenceu e nos chamou para Cristo, independentemente do lugar onde estávamos ou das circunstâncias do momento em que a nossa salvação ocorreu. III – COMO ACONTECEU A ACEITAÇÃO DE CRISTO (1 Timóteo 1:12-16) Embora o apóstolo Paulo não tenha enunciado, perante o rei Agripa, alguns detalhes da sua conversão, na verdade ele testemunhou, mais tarde, que a aceitação de Cristo não ficou a dever-se à sua própria iniciativa, mas, antes, à manifestação sobrenatural da “graça de nosso Senhor”. Tal graça foi tão "abundante" que permitiu a Paulo não necessitar de exercer uma grande fé para se sentir preenchido com o "amor que há em Cristo Jesus” (v. 14). Deus foi misericordioso, tendo em conta todas as coisas terríveis que Paulo tinha praticado “ignorantemente, na incredulidade” (v. 13). Cristo veio ao encontro de Paulo e sua condição pecaminosa, para lhe mostrar que ele precisava de se humilhar, entregando a sua vida ao Senhor. A partir de então, a grande prioridade de Paulo foi anunciar aquilo que todos devem conhecer, ou seja: que “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” (v. 15). Na verdade, também foi pela graça de Deus, e mediante a nossa fé, que aceitamos o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador. Nada temos de que nos orgulhar. Tudo foi obra do Senhor. Assim, em nosso testemunho, não há razão para darmos ênfase a qualquer esforço humano feito para a nossa salvação. IV – A NOVA VIDA EM CRISTO (Atos 26:19-23) A descrição que Paulo faz da nova vida em Cristo é apresentada como se ele fosse testemunha do acontecimento. Uma testemunha conta simplesmente aquilo que viu, experimentou ou viveu. Deus quer que continuemos a ser
  • 49. 49 “testemunhas” daquilo que Jesus fez em nossas vidas, para que, assim, outras pessoas possam ser evangelizadas por nosso intermédio. Podemos não ter uma chamada especial vinda de Deus para sermos pastores ou missionários e viajar pelo mundo, como aconteceu com o apóstolo Paulo, mas, à semelhança do que aconteceu com o Gadareno, todos podemos ir para nossa casa, para os nossos, e anunciar-lhes quão grandes coisas o Senhor nos fez, e como teve misericórdia de nós (Marcos 5:19). O testemunho de Paulo ainda destacou um outro ponto saliente sobre a sua nova vida em Cristo, ao referir: “Tendo alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a grandes.” (v. 22). Muitas foram as provas e lutas na vida do “apóstolo dos Gentios”, mas ele permaneceu fiel até ao fim da sua vida, dando sempre testemunho de Cristo. Que maravilhosa inspiração para todos os que somos crentes! Que à semelhança de Paulo, possamos também dizer, quando chegar o fim da nossa jornada: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2 Timóteo 4:7-8). Amem! Questionário 1) Conte como foi sua conversão? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
  • 50. 50 Texto áureo: “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação.” (2 Coríntios 6:2) Leitura Bíblica: Atos 26:24-29 24 Fazendo ele deste modo a sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar. 25 Mas Paulo disse: Não deliro, ó excelentíssimo Festo, antes digo palavras de verdade e de perfeito juízo. 26 Porque o rei, diante de quem falo com liberdade, sabe destas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto. 27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Sei que crês. 28 Disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me cristão. 29 Respondeu Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me ouvem, se tornassem tais qual eu sou, menos estas cadeias. Leituras diárias: Segunda: Atos 8:36-40 Quinta: João 11:20-27 Terça: 1 Reis 18:21-39 Sexta: João 9:35-38 Quarta: Josué 24:1-18 Sábado: Marcos 9:17-27
  • 51. 51 INTRODUÇÃO: Testemunhar de Cristo, como alguém já disse, é algo parecido com "um mendigo que já matou a fome dizendo a outro mendigo onde é que este pode encontrar pão." Dito assim, pode parecer um pouco simplificado, mas, na verdade, quando testemunhamos de Jesus, contamos, simplesmente, qual foi a nossa experiência no Senhor, e explicamos, a partir da Bíblia, como é que Jesus também pode ser encontrado. Em algum momento da nossa conversa com uma pessoa que ainda não tem Cristo e a quem estamos procurando evangelizar, devemos chegar ao ponto de lhe propor que aceite Cristo como seu Salvador pessoal. Existem cinco princípios básicos que, em tais ocasiões, devemos ter em conta. (1) Abordar o assunto esperando sempre uma resposta positiva. (2) Tomar cuidado para evitar reações negativas que possam desencorajar a tomada de uma decisão. (3) Contar com as naturais evasivas, à medida que vamos procurando levar a pessoa a assumir um compromisso com Cristo. (4) Incluir essa probabilidade na conversação. (5) Terminar sempre a conversa com uma expressão de verdadeira amizade, independentemente de a pessoa aceitar Cristo ou não. O apóstolo Paulo exemplifica estes princípios na forma como concluiu o seu depoimento perante o rei Agripa. I – ESPERANDO UMA RESPOSTA POSITIVA (Atos 26:22-23) No testemunho de Paulo perante o rei Agripa, a sua referência " tanto a pequenos como a grandes" (v. 22), e também "aos gentios" (v. 23), torna claro que ele esperava, realmente, que o rei Agripa também fosse salvo. O fato de Paulo esperar uma resposta positiva tornou mais difícil a resistência do rei que, embora não tenha recebido o evangelho, acabou por não manifestar qualquer hostilidade. As dificuldades enfrentadas no testemunho de Paulo perante o rei Agripa não foram muito diferentes daquilo que acontece, hoje, quanto tentamos testemunhar. Em vez de permitirmos que as dificuldades levantadas motivem em nós uma atitude negativa, procuremos, antes, analisar, sempre, em espírito de oração e dependência de Deus, o que está realmente acontecendo naquele momento específico. Resistir ao evangelho é uma resposta natural para uma pessoa perdida. Se não houvesse resistência, tal pessoa já estaria salva. Ao testemunharmos,
  • 52. 52 quando alguém começa a resistir ao evangelho, devemos ser positivos na abordagem que estamos fazendo, e continuar confiando que o Senhor é capaz de, apesar de tudo, salvar a pessoa em questão. Qualquer que seja o contexto do nosso testemunho, nunca devemos envergonhar-nos do evangelho. Na verdade, o evangelho continua a ser “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1:16). O fato de o diabo estar tentando manter uma pessoa na incredulidade, em nada diminui o poder do evangelho. Tenhamos confiança na autoridade de Deus e no Seu desejo de continuar salvando almas preciosas, qualquer que seja a circunstância e o resultado do nosso testemunho. II – EVITANDO REAÇÕES NEGATIVAS (Atos 26:24-25) O apóstolo Paulo dá-nos um bom exemplo sobre a melhor atitude a tomar quando há reações negativas. Enquanto estava dando testemunho perante o rei Agripa, Festo, um subordinado de Agripa, entrou bruscamente na conversa, dirigindo-se a Paulo “em alta voz”, apesar do Apóstolo não estar a falar com ele. Festo não só gritou com Paulo, mas, também, precipitadamente, acusou-o de estar louco. Com admirável sabedoria, Paulo deu- lhe uma resposta curta, simples, tranquila, educada, e continuou dirigindo-se ao rei. O apóstolo Paulo percebeu que, como testemunha de Cristo, devia ter cuidado para não cair numa atitude de simples autodefesa. De fato, o seu propósito não era tanto defender-se, mas, antes, testemunhar de Cristo ao rei Agripa na esperança de que este também fosse salvo. Paulo soube responder com serenidade, não reagindo “a quente” nem pagando raiva com raiva. Permanecendo tranquilo diante da hostilidade, o apóstolo Paulo estava pondo em prática um sábio conselho bíblico: " A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Provérbios 15:1). Quando estiver em jogo uma alma preciosa, saibamos, nós também, sempre, manter a serenidade, lidando amorosamente com a circunstância, qualquer que seja a forma de reagirem conosco. O objetivo último, e sempre preferível, deve ser ganharmos uma alma, e não o de ganharmos um argumento. Enquanto vamos cumprindo o nosso dever como testemunhas de Jesus, não esqueçamos a promessa que o Senhor nos fez: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem
  • 53. 53 e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mateus 5:11-12). Como sabemos, tanto Jesus quanto João Batista, foram vítimas de oposição e perseguição.” (Mateus 11:18-19). De João Batista, disseram "Ele tem demónio", só porque não bebia vinho nem participava nas festas; Jesus, entretanto, foi criticado exatamente pela razão oposta: "Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores." O Senhor resume a situação, afirmando que tais opiniões não são relevantes. III – DA DISTRAÇÃO PARA O COMPROMISSO (Atos 26:26) O testemunho de Paulo perante o rei Agripa foi interrompido com o discurso provocatório de Festo. Ao testemunharmos, iremos dar-nos conta de que, à medida que nos vamos aproximando do momento da decisão, o diabo irá procurar impedir o nosso objetivo. Há um bebê que começa a chorar, uma criança que exige atenção, um telefone que toca, uma visita que bate à porta, etc. Por vezes, a interrupção pode ser de tal ordem que impede mesmo o apelo final para um compromisso com Cristo; mas, geralmente, ainda podemos manter o controlo da conversa e evitar que qualquer distração perturbe o nosso objetivo. Em vez de sermos derrotados logo de início, por qualquer motivo de desatenção, devemos, antes, tentar reencaminhar o diálogo na perspectiva de termos de novo a atenção da pessoa, e completar a proposta para que seja assumido um compromisso com Cristo. Não assumamos a derrota só porque o diabo, sutilmente, usou algo para distrair a atenção da pessoa que estamos procurando evangelizar. IV – EVITANDO O MONÓLOGO (Atos 26:27) Toda a ação de testemunhar do evangelho deve consistir numa conversa, na qual participam: a pessoa a evangelizar, o Espírito Santo, e nós. É importante fazer perguntas, envolvendo a pessoa de modo a que ela se sinta dentro da conversação. Paulo perguntou: "Crês tu nos profetas, ó rei Agripa?" E, logo a seguir, acrescentou uma declaração – “bem sei que crês”-, manifestando, assim, confiança de que o rei pudesse aceitar a mensagem apresentada acerca do Messias. Envolver no diálogo do nosso