1. O documento discute a natureza universal do pecado na humanidade, citando vários versículos bíblicos que mostram que todos pecaram e estão longe da glória de Deus.
2. É explicado que tanto judeus quanto gentios são pecadores, e que o pecado está enraizado na própria natureza humana desde Adão.
3. O documento conclui que, devido a herança do pecado, toda a humanidade, incluindo o leitor, nasceu com a natureza do pecado.
1. 1
Texto áureo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.”
(Romanos 1:16)
Leitura Bíblica: 2 Cor. 4: 1-7
1 Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não
desfalecemos;
2 pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando
com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da
verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus.
3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que
está encoberto,
4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que
lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus.
5 Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós
mesmos como vossos servos por amor de Jesus.
6 Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.
7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder
seja de Deus, e não da nossa parte.
Leituras diárias:
Segunda: Mat. 28:19-20 Quinta: 2 Cor. 4:1-7
Terça: Lucas 24:46-49 Sexta: João 4:27-42
Quarta: 2 Tim. 1:11-14 Sábado: Atos 28:11-31
2. 2
INTRODUÇÃO: Os filhos de Deus, em
virtude da graça recebida de Deus,
dotando-os do mais precioso tesouro
que a humanidade pode possuir – a
salvação, em Jesus Cristo, têm uma
dívida, constante, com o mundo.
Quanto mais observamos a forma
como o apóstolo Paulo interpretou e
aplicou a comissão entregue por Jesus,
mais claramente tomamos consciência
da dívida que pesa sobre nós. Fomos
comissionados para partilhar a
mensagem do Evangelho, para que
outros possam encontrar o dom da
vida abundante e eterna em Jesus.
O estudo que, neste trimestre,
faremos, tem como alvo equipar-nos
para um melhor cumprimento do
nosso dever enquanto testemunhas de
Jesus Cristo.
I – ATENTANDO PARA O
MANDAMENTO DE JESUS (Atos 1:8)
Quando se aproximava o momento de
subir ao Céu, Jesus tornou claro que a
obra da evangelização é um
imperativo para todos os que O
seguem, tendo-os comissionado para
levarem a Sua mensagem pelo Mundo.
A primeira geração daria o seu
testemunho, na cidade em que
morava – Jerusalém. Logo (conosco
incluídos) a mensagem seria levada,
gradualmente, a toda a humanidade.
A partir de Jerusalém, e da região da
Judéia, os primeiros discípulos iriam
disseminar a semente do Evangelho
entre o povo malquisto de Samaria,
continuando a expandir o
conhecimento da mensagem divina
entre todos os povos.
Falar da Boa Nova do Evangelho
constituiu um desafio para os
discípulos de então. Eram em pequeno
número, e sem recursos. Não
imaginamos a dificuldade e perigo que
enfrentavam, nas viagens. A ordem de
Jesus, todavia, era levar o Evangelho
até “aos confins da terra”.
Independentemente de tudo o que
fizessem, no nome de Jesus, não
podiam escapar ao mandamento de
Deus, de falar da Boa Nova da Sua
graça. Hoje, é esta a tua incumbência!
O mandato tem percorrido todas as
gerações e é um imperativo na tua
vida. É importante envolveres-te em
toda a obra e projetos da tua Igreja,
cooperando de coração, mas não
podes negligenciar a partilha do
Evangelho com os outros, pois estarias
a negligenciar a maior das tuas
responsabilidades como filho de Deus.
As pessoas que convivem conosco
necessitam conhecer o poder de Deus,
através da tua vida, e o testemunho
dos teus lábios.
3. 3
II – ACEITA O DESAFIO (Atos 9:6, 15;
Rom. 1:1-5)
Paulo é um exemplo da chamada
divina para o testemunho. Não
obstante ter recebido uma chamada
especial para missionar (Atos 9:6, 15),
a sua chamada para ser “testemunha”
de Cristo foi-lhe conferida em virtude
da sua submissão à soberania de Jesus
Cristo. Trata-se da mesma chamada
que nos é conferida, enquanto crente
em Jesus. Realmente, Paulo foi
chamado para ser apóstolo, atributo
legitimamente concedido a um
número muito reduzido; porém, antes
de ser chamado ao apostolado, foi
chamado para ser “servo de Jesus
Cristo” (Rom. 1:1). A sua chamada
demonstra-nos o mandato de Jesus
para tornar conhecido o Evangelho
“entre as nações” (v.5). Como Paulo,
somos chamados a sermos servos do
Senhor e a proclamar o Seu Evangelho
entre todos com quem nos
relacionamos.
Para falar do Evangelho, Paulo tinha
que o conhecer, pelo que a chamada
implicou o estudo das “Sagradas
Escrituras, com respeito a seu Filho” (v.
2 e 3). Todo o crente em Jesus deve
crescer no conhecimento da
mensagem do Evangelho e na
capacidade de partilhá-lo com os
outros.
Embora não sendo, à semelhança de
Paulo, “apóstolos aos gentios” (Atos
9:15), fomos, como ele, “separados
para o evangelho” para que, através
do teu testemunho, outros possam ter
vida em Cristo (Rom. 1:1).
III – HONRA A TUA DÍVIDA (Rom.
1:14-16)
Todo o crente é convocado para
partilhar o evangelho com aqueles que
nunca ouviram esse convite tão
singular e importante. Deus permitiu
que ouvisses a boa nova de salvação
em Cristo, recebendo o perdão dos
pecados e o dom da vida eterna. A
partir desse momento, em que
reconheceste a abertura da graça de
Deus a todos os que crêem, deves
partilhar essa mesma mensagem que
te foi transmitida.
A tua posição é semelhante à dos
israelitas leprosos que descobriram o
local onde encontrar mantimento,
enquanto os companheiros morriam
de fome. Após ter constatado a sua
sorte, disseram: “Não fazemos bem;
este dia é dia de boas novas, e nós nos
calamos; se esperarmos até à luz da
manhã, seremos tidos por culpados;
agora, pois, vamos e o anunciemos à
casa do rei.” (2 Reis 7:9). Se te calares,
relativamente à salvação de Deus,
4. 4
negligencias no que respeita à tua
obrigação, como crente em Jesus, e
cometes injustiça, no Âmbito da tua
roda de influência.
Com Paulo, aprendemos a reconhecer
as proporções da nossa dívida. “Sou
devedor”, foram as suas palavras!
Somos devedores, devendo colocar, a
nós próprios, a questão: “Como
(porém) invocarão aquele em quem
não creram? E como crerão naquele
de quem nada ouviram? E como
ouvirão, se não há quem pregue?”
(Rom. 10:14). Poderá acontecer seres
tu a única testemunha com
possibilidade de apresentar a alguém,
o caminho para a vida. Estás decidido
a falhar?
Paulo afirmou: “Quanto está em mim,
estou pronto a anunciar o evangelho”
(v. 15). Esta determinação granjeou-
lhe perigos e dissabores,
comparecendo perante reis e
governadores e, no fim da sua vida,
conduziu-o à situação de preso, em
Roma, e à condenação à morte. Porém,
fielmente, apresentou a Boa Nova a
todos os que encontrava. Paulo é, para
cada crente, o exemplo de serviço a
prestar.
O Evangelho é a mensagem poderosa,
de Deus, para salvação. Cristo
transforma pecadores em santos, com
poder para salvar todo aquele que
aceita o Seu convite a vir a Ele, para
ter vida (Heb. 7:25), não o lançando
fora (João 6:37).
Questionário
1) Os filhos de Deus têm uma dívida, constante, com o mundo. Explique :
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Onde a primeira geração deu o seu testemunho?
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3) Como Paulo, somos chamados Para que?
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_________________________________________________________________
4) O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para ?
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5. 5
Texto áureo: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Romanos 3:23
Leitura Bíblica: Romanos 3:9-23
9 Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já
demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um.
11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus.
12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem,
não há nem um só.
13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam
enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios;
14 a sua boca está cheia de maldição e amargura.
15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 Nos seus caminhos há destruição e miséria;
17 e não conheceram o caminho da paz.
18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos.
19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz,
para que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus;
20 porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois
o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado.
21 Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela
lei e pelos profetas;
22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois
não há distinção.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
6. 6
Leituras diárias:
Segunda: Salmo 14:1-3 Quinta: Gál. 5:12-21
Terça: Marcos 10:17-27 Sexta: Gál. 5:16-21
Quarta: Romanos 5:12-21 Sábado: Judas 5-16
INTRODUÇÃO: Todo o ser humano
traz consigo a herança do pecado; daí
que, quer gostemos, quer não, todos
os homens são pecadores. Esta é a 1.ª
verdade do Evangelho com que
devemos iniciar a nossa partilha com
os que, ainda, não encontraram a paz
e a segurança que têm os que
aceitaram a Jesus Cristo como seu
salvador.
I – O PECADO É UNIVERSAL, NA
NATUREZA HUMANA (Rom. 3:9-11a)
Independentemente do conceito que
as pessoas têm de pecado
(comportamento errado, pensamentos
imorais, incapacidade de fazer o que é
reto), pecado é mais do que isso. Por
trás das nossas falhas e ações,
encontra-se o pecado, como realidade
da nossa natureza. Mesmo os mais
religiosos são pecadores religiosos. Se
alguém não se considera pecador,
segundo a Palavra de Deus, engana-se
a si mesmo (1 João 1:8) e declara Deus
mentiroso. A história confirma que
tanto o povo judeu, que conhecia e
devia seguir a Lei de Deus, tal como os
povos gentílicos, que a não conheciam,
todos foram pecadores. Em todo o
mundo e em todas as eras, todos se
desviaram para os seus próprios
caminhos, rebelando-se contra o
caminho do Senhor. Mesmo aqueles
que desejam viver em retidão, têm
reconhecido a inconstância desse seu
desejo. Desde que o pecado entrou na
história humana, o estado natural de
todo o homem é “morto em delitos e
pecados” (Efés. 2:1). Outra expressão
que Paulo utiliza, para caracterizar a
condição humana, encontramo-la em
Romanos 7:21 “Então, ao querer fazer
o bem, encontro a lei de que o mal
reside em mim.”
O mal seduz todos os homens, que se
revelam ligeiros, subservientes e
engenhosos a procurá-lo.
Deliberadamente rejeitam o caminho
de Deus, seguindo em direção oposta
à Sua vontade revelada. “Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas;
cada um se desviava pelo caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos.” (Isa. 53:6).
Embora podendo encontrar boas
pessoas, “bons” pecadores,
reconhecidos pela sua bondade e
altruísmo, nas mais variadas esferas
7. 7
da sociedade, em contraste,
encontramos, no seu todo, a
humanidade num estado de
depravação total (Salmos 14:1-3).
Visto que toda a humanidade jaz no
pecado, caro leitor, tu não és exceção!
Vieste ao mundo trazendo a natureza
do pecado. Não te tornaste pecador a
partir do momento em que pecaste
pela primeira vez; já nasceste com
essa natureza. As raízes do pecado
encontram-se bem no íntimo de cada
coração. “Enganoso é o coração, mais
do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto; quem o
reconhecerá?” (Jer. 17:9). Temos,
plantadas no coração, as sementes do
mal e do engano. O coração tenta
convencer-nos de que o mal que existe
em nós não é, verdadeiramente, mal.
Independentemente do que se faça, o
coração encontra sempre justificação
para os comportamentos “Todo o
caminho do homem é reto aos seus
próprios olhos, mas o Senhor sonda os
corações.” (Prov. 21:2).
Realmente, todos os que estão cegos
pelo pecado, têm opinião diversa da
visão perfeita de Deus, que afirma:
“Todos pecaram e estão separados da
glória de Deus” (Rom 3:23) e “Não há
homem justo sobre a terra e que não
peque.” (Ecl. 7:20).
II – O PECADO É UNIVERSAL, POR
ESCOLHA PRÓPRIA (Rom. 3:11b-12a)
Embora fazendo parte integrante de
cada um de nós, não podemos culpar
a nossa natureza pelo pecado que
cometemos. Sempre que pecamos,
agimos de acordo com a nossa
vontade própria, escolhendo,
deliberadamente, rebelar-nos contra
Deus. Quando pecamos, escolhemos
fugir do cumprimento da vontade de
Deus, vontade revelada que devia
merecer a nossa preferência.
Quantas vezes já foi dito que não é
forçoso o homem pecar; contudo, o
pecado é uma realidade na tua
própria vida! A única pessoa em cuja
vida não se encontrou qualquer
vestígio de pecado foi Jesus Cristo.
Não obstante a tentação que suportou,
Jesus conseguiu resistir, cumprindo a
Sua missão. “Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-
se das nossas fraquezas; antes, foi ele
tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado.” (Heb:
415). Ninguém mais conseguiu rejeitar
toda a tentação e viver em perfeita
obediência a Deus. Todos os outros
“seguiram os seus caminhos”,
escolhendo apartar-se de Deus e
seguir as más inclinações que o seu
coração ditou, pelo que se tornaram
“inúteis”.
8. 8
A sociedade atual tenta, muitas vezes,
justificar e atenuar o comportamento
réprobo dos culpados, alegando
influências extrínsecas, condições
mentais ou circunstâncias
potenciadoras, tentando apresentar o
culpado como uma vítima. Contudo,
perante Deus, que conhece os
corações e as intenções, cada um é
responsável pelas escolhas que faz.
III – OS EFEITOS DO PECADO SÃO
UNIVERSAIS (Rom. 3:12b-23)
Existem, em todo o mundo, milhões de
pessoas cumpridoras dos seus deveres.
Trabalham arduamente, pagam os
seus impostos e têm, para com todos,
um tratamento cordial. A questão que
se coloca é esta: “O bem que essas
pessoas praticam ultrapassa o peso do
seu pecado? Serão, por Deus,
declaradas inocentes, quando forem
julgadas? A Sua Palavra afirma que as
Suas leis foram dadas para que “se
cale toda a boca, e todo o mundo seja
culpável perante Deus” (v. 19) Todos
são pecadores por natureza, por livre
arbítrio e responsáveis pelos seus
feitos, uma vez que todas as partes do
corpo humano são instrumentos do
pecado.
A boca fala enganosamente. Está
cheia de veneno que atinge os outros.
Manifesta mais a ira e o rancor do que
a bênção a quem nos ouve (v. 13-14).
“Desviam-se os ímpios desde a sua
concepção; nascem e já se
desencaminham, proferindo
mentiras.” (Salmos 58:3).
Os pés são instrumentos do pecado
(Rom. 3:15). São ágeis para matar e,
no seu trajeto pelo mundo, deixam um
rasto de destruição e miséria. Quantos
dos que nunca cometeram assassínio
com qualquer arma, por odiarem os
seus irmãos, serão sujeitos a
julgamento (Mat. 5:22), pois, no seu
coração, “mataram” o seu irmão. Da
mesma forma, ao injuriar um irmão,
está a promover-se a sua destruição.
A própria vida torna-se instrumento
do pecado (Rom. 3:16-17). A vida,
bênção de Deus, está corrompida de
tal forma que impede o
derramamento das bênçãos de Deus.
“Pecar” significa “errar o alvo”. Errar o
alvo, na vida é uma perda irreparável,
um pecado contra o Criador, que te
deu vida.
Os olhos encontram-se tão destituídos
do temor do Senhor que só buscam o
mal (v. 18). Os olhos detêm-se em
tudo, menos em Deus, para procurar a
Sua aprovação. Deleitam-se em
conceber pensamentos adúlteros.
Jesus disse: “Eu, porém, vos digo:
qualquer que olhar para uma mulher
com intenção impura, no coração, já
adulterou com ela.” (Mat. 5:28).
9. 9
A descrição que Isaías faz do estado
do seu povo, abrange toda a raça
humana: “Porque havíeis de ainda ser
feridos, visto que continuais em
rebeldia? Toda a cabeça está doente,
e todo o coração enfermo. Desde a
planta do pé até à cabeça, não há nele
coisa sã, senão feridas, contusões e
chagas inflamadas, umas e outras não
espremidas, nem atadas, nem
amolecidas com óleo.” (Isaías 1:5-6).
Há cura para a doença do pecado –
Jesus. Deus sempre está pronto a
curar aqueles que se voltam para Ele.
Não faz sentido permanecer alguém
debaixo da condenação e escravidão
do pecado, quando Deus providenciou
uma saída.
Jesus convida-te a vires a Ele, para,
assim, seres curado da pior doença
que há no mundo – o pecado. “O
Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele
que ouve, diga: vem! Aquele que tem
sede, venha, e quem quiser receba de
graça a água da vida.” (Apoc. 22:17).
Questionário
1) Qual é o estado natural de todo o homem?
_________________________________________________________________
2) perante Deus, que conhece os corações e as intenções, somos o que?
_________________________________________________________________
3) O que significa pecar?
_________________________________________________________________
4) Qual a cura para a doença do pecado?
_________________________________________________________________
10. 10
Texto áureo: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não
podes contemplar.” (Habacuque 1:13a)
Leitura Bíblica: Romanos 1:18-21, 28-32
18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos
homens que detêm a verdade em injustiça.
19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus
lho manifestou.
20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente
vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de
modo que eles são inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu
coração insensato se obscureceu.
28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os
entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja,
homicídio, contenda, dolo, malignidade;
30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores,
soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os
que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as
praticam
11. 11
Leituras diárias:
Segunda: Salmos 11:4-7 Quinta: João 3:18-36
Terça: Habac. 1:12-13 Sexta: Efésios 5:3-6
Quarta: Salmos 34:11-22 Sábado: Apoc. 20:11-15
INTRODUÇÃO: Das memórias do
nosso relacionamento com o nosso pai,
conseguimos evocar momentos de
alegria e companheirismo, mas,
evocamos, certamente, ocasiões,
menos agradáveis, nas quais tivemos
que ser punidos, devido a alguma
atitude incorreta, ou a alguma ofensa
cometida. Reconhecemos que, em
muitas dessas situações, se foram pais
dignos e preocupados com a nossa
formação, agiram dessa forma para
evitar situações semelhantes ou mais
graves, no futuro.
Deus, o nosso Pai celestial, conhece
bem o perigo que está associado ao
pecado, sabe quão nefastas são as
suas consequências e tem a resposta
adequada a esta calamidade que
tomou conta da raça humana.
Esta lição, acerca da forma como Deus
vê o pecado, constitui a segunda
verdade bíblica no que diz respeito à
salvação. A revelação divina sobre
esta verdade não se encontra isolada
numa única passagem, mas nenhum
outro texto nos traz uma
apresentação mais completa do tema
do que o livro de Romanos.
A última lição, em Romanos 3,
transmitiu-nos a verdade de que todas
as pessoas necessitam do Salvador,
por causa do pecado que nelas há.
Mesmo os que admitem o pecado na
sua vida, tendem a subestimá-lo.
Esta lição mostra-nos a gravidade das
suas consequências na nossa vida.
Segunda verdade bíblica: a santidade
de Deus estabelece uma inevitável
inimizade com todos os que praticam
o mal.
I – A IRA DE DEUS PARA COM O
PECADO (Rom. 1:18)
A Bíblia usa diferentes palavras para
nos revelar a forma como Deus encara
o pecado. Uma delas é “ira”. Deus vê,
com ira, o pecado que contamina a
humanidade e, dada Sua natureza
pura e santa, não deixa passar o
pecado impunemente.
Convém salientar que a ira de Deus é
muito diferente da que os homens
cultivam no seu coração: a natureza
humana (o seu egoísmo, a
parcialidade, a falta de objetividade, o
desconhecimento da realidade das
12. 12
coisas) interfere no tipo de ira que o
coração do homem cultiva, dando
origem a atitudes e comportamentos
pecaminosos. Porque a nossa ira é,
geralmente, injusta, indigna e impura,
a Palavra de Deus recomenda que
sejamos tardios em irar-nos (Tiago
1:19-20).
A ira de Deus, pelo contrário, tem por
base o Seu perfeito conhecimento e
completa justiça. A Sua ira para com o
pecado é, sempre, justa e santa.
Devido à Sua santidade, todos quantos
se encontram sob a condenação do
pecado encontram-se, igualmente,
debaixo da ira de Deus. “Por isso,
quem crê no Filho tem a vida eterna; o
que, todavia, se mantém rebelde
contra o Filho, não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus.”
(João 3:36). A ira de Deus não se
manifesta como raiva ou rancor, mas
como um sentimento de justiça que
coloca sob condenação todos os que
ainda não encontraram a resposta de
Deus para a sua condição.
Outro termo usado, na Bíblia, para
exprimir o sentimento de Deus para
com o pecado existente no coração do
homem é “indignação”. Jesus, em
certo momento, mostrou-se indignado,
constatando a dureza do coração dos
líderes religiosos presentes na
sinagoga (Marcos 3:5). Ainda, o termo
“cólera” é usado, no livro de
Apocalipse (14:10), traduzindo o
mesmo vocábulo grego que revela o
sentimento do Senhor para com o
pecado.
Embora traduzido por diferentes
vocábulos, o significado é, sempre, o
mesmo: Deus odeia o pecado e todos
os que o praticam estão sob
condenação!
II – A RAZÃO DO ÓDIO DIVINO PARA
COM O PECADO (Rom. 1:19-31)
Uma questão que pode ser colocada,
com pertinência é: como pode Deus
condenar todo o pecador, mesmo
aqueles que nunca ouviram a
mensagem do Evangelho? Enquanto
não temos resposta cabal para esta
questão, a Bíblia declara não ter
nenhum ser humano desculpa pela sua
rebelião para com Deus.
Todo o ser humano, deliberadamente,
rejeita a declaração divina da Sua
glória (v. 19-25). Para onde quer que
olhemos, encontramos evidências da
obra realizada por Deus. “Os céus
proclamam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras das suas
mãos. Um dia discursa a outro dia, e
uma noite revela conhecimento a
outra noite. Não há linguagem, nem
palavras, e deles não se ouve nenhum
som;” (Salmos 19:1-3). Cada dia e
noite, em toda a superfície do globo,
13. 13
manifesta a glória de Deus, através da
obra que realizou.
O apóstolo Paulo ensina-nos que Deus,
do Céu, revela a Sua ira sobre todos os
homens que rejeitaram, e continuam a
rejeitar, a verdade que lhes tem
revelado, uma vez que Ele colocou, no
coração da humanidade, o
conhecimento essencial da Sua
verdade.
Dotados com a verdade revelada pelas
coisas criadas e com a verdade que
colocou no seu coração, ninguém há
que se possa desculpar, quando tiver
que comparecer, em julgamento, face
a face com Deus! A Bíblia afirma,
igualmente, que o problema da
humanidade não consiste em falta de
provas, mas reside na rejeição da
verdade que Deus lhe concedeu (Rom.
1:18-21).
Os pecadores (toda a humanidade),
deliberadamente, afastam Deus da
sua vida, para, mais à vontade,
seguirem o pecado (Rom. 1:26-
31). Devido à sua rejeição da Sua
verdade, Deus retira todas as Suas
restrições, perseguindo a humanidade
todos os desejos que a sua mente
corrupta concebe. Porque perseguem
tudo o que é mau, enchem a sua vida
com tudo o que é pecado. Tornam-se
servos da cobiça, homicídio, ódio e
guerra, mentirosos, cheios de
azedume. As suas palavras estão
empestadas de veneno mortal e
amargo rancor. Passam a odiar a Deus,
cheios de violência, vaidade e
desrespeito pelos próprios pais. Não
honram as promessas feitas, tratando
os demais homens sem quaisquer
escrúpulos. Sabendo que as obras que
praticam são contrárias à vontade de
Deus, vão descendo, em espiral, até ao
mais profundo lamaçal!
Não admira que Deus odeie o pecado!
Com efeito, ele destrói toda a beleza
que a vida tem, impedindo a
comunhão com o Criador, levando o
homem a falhar o propósito divino da
sua criação.
III – A CONDENAÇÃO DE TODOS OS
QUE ODEIAM AO SENHOR (Rom.
1:32-2:16)
Deus promete, solene e decisivamente,
o “julgamento” de todos os que
continuam no pecado. Deus permitiu,
a João, vislumbrar “um grande trono
branco e aquele que nele se assenta
de cuja presença fugiram a terra e o
céu, e não se achou lugar para eles. Vi
também os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do
trono. Então, se abriram os livros.
Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi
aberto. E os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o
que se achava escrito nos livros. Deu o
14. 14
mar os mortos que nele estavam. A
morte e o além entregaram os mortos
que neles havia. E foram julgados, um
por um, segundo as suas obras. Então,
a morte e o inferno foram lançados
para dentro do lago de fogo. Esta é a
segunda morte, o lago de fogo. E, se
alguém não foi achado inscrito no
Livro da Vida, esse foi lançado para
dentro do lago de fogo.” (Apoc. 20:11-
15).
Obviamente, ninguém escapará a este
julgamento, quaisquer que sejam as
desculpas apresentadas! Tanto
grandes como pequenos serão
responsabilizados. Nem pelo fato de já
estarem mortos os livrará! A morte
dará os seus mortos, para
comparecerem em julgamento.
Tu, caro leitor, terás que comparecer
neste julgamento, a não ser que
estejas coberto pela graça de Deus! Se
o teu nome não estiver escrito no
“Livro da Vida”, estás
irremediavelmente condenado ao
“lago de fogo”
A boa nova é que Deus providenciou a
tua salvação, por Jesus Cristo (João
3:16-17).
Questionário
1) Como se manifesta a ira de Deus?
_________________________________________________________________
2) Deus promete, solene e decisivamente, o “julgamento” de quem ?
3) Como pode Deus condenar todo o pecador, mesmo aqueles que nunca
ouviram a mensagem do Evangelho?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
15. 15
Texto áureo: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito
mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida,
por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.” (Romanos 5:17)
Leitura Bíblica: Romanos 5:6-12; 16-18
6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo
homem bondoso alguém ouse morrer.
8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda
pecadores, Cristo morreu por nós.
9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira.
10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela
morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua
vida.
11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação.
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto
todos pecaram.
16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou;
porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom
gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os
que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um
só, Jesus Cristo.
16. 16
18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens
para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos
os homens para justificação e vida.
Leituras diárias:
Segunda: Efés. 2:4-10 Quinta: Gál. 9:11-15
Terça: Tito 3:3-7 Sexta: Col. 2:13-15
Quarta: Heb. 9:11-15 Sábado: Isa. 53:1-7
INTRODUÇÃO: Se já confias, de todo o
coração, em Jesus Cristo como teu
único e suficiente Salvador, Deus já fez
por ti aquilo que nada, nem ninguém,
nem tu próprio, poderia fazer para a
tua salvação! Foi Ele Quem
providenciou a salvação que o dinheiro
não consegue pagar, nem qualquer
boa obra feita pelos homens.
Unicamente pela Sua graça, Deus
concede-te a bênção da Sua presença
na tua vida e a salvação eterna.
A palavra “graça” é tão
frequentemente utilizada, muitas
vezes com sentidos tão diversos, que
se torna necessário ter presente o
sentido bíblico. Com efeito, “graça”
significa “ajuda de Deus”, “favor
imerecido”, se bem que nenhum dos
significados consegue definir, de
forma adequada, a maravilhosa graça
de Deus. A Sua graça revela-se das
mais variadas formas, no meio das
mais diferentes necessidades.
Constatamo-la em situações de
sofrimento, de tentação, de angústia;
porém, a mais importante
manifestação da graça de Deus é
a salvação pela graça.
Paulo descreve a salvação pela graça
desta forma: “Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; não vem das
obras, para que ninguém se glorie.”
(Efés. 2:8-9). Se Deus não tivesse vindo
a ti, pela Sua graça, tão-somente, não
terias acesso à vida eterna. Pela Sua
graça, tens tudo aquilo de que
necessitas para seres curado do
pecado e libertado das suas
consequências nefastas, e,
consequentemente, de tantos outros
males! O próprio Deus, na pessoa do
Seu Filho, veio ao mundo para pagar o
preço exigido para a tua redenção e
17. 17
salvação, dando-Se como presente
divino, sem qualquer custo para ti.
Não somente te oferece, como um
presente, a salvação eterna, como te
convida a vires e beberes da água da
vida, de forma totalmente grátis: “Ah!
Todos vós, os que tendes sede, vinde
às águas; e vós, os que não tendes
dinheiro, vinde, comprai e comei; sim,
vinde e comprai, sem dinheiro e sem
preço, vinho e leite.
Nas lições anteriores, fomos inteirados
de duas realidades terríveis: 1. Todo o
ser humano é pecador;
2. Deus odeia o pecado, realidade que
coloca todo o pecador sob a
condenação de Deus. Nesta lição,
veremos como Deus torna possível a
tua salvação, unicamente pela Sua
graça.
I – A NECESSIDADE DO REMÉDIO DE
DEUS (Rom. 5:6)
Nunca te questionaste acerca da razão
que levou Deus a enviar o Seu Filho
para ser crucificado? Deus sabia, bem
antes de Cristo ter vindo a este mundo,
que, mesmo vivendo entre o Seu povo
escolhido, Jesus seria rejeitado. Não
imaginamos a forma como Deus
sentiu o sofrimento do Seu Filho, aos
mais variados níveis! Porque permitiu
que tal acontecesse?
A Bíblia tem a resposta para esta
questão. “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira, que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” (João 3:16). Deus enviou o
Seu Filho porque te ama e porque não
há outra forma de encontrares a
salvação das consequências do pecado
que há em ti.
Se não estás salvo, és completamente
incapaz de escapar às amarras do
pecado que te aprisionam. A condição
de pecador é a doença terminal de que
padeces, para a qual não há cura.
Todo o teu ser está contaminado pelo
pecado (Rom. 3:10-18), o qual ditou,
como consequência, a tua sentença de
morte.
O teu pecado pode parecer, aos teus
olhos, nada de importante; algo que
não dura mais do que um momento;
Deus, porém, em relação ao pecado,
afirma: “Ao contrário, cada um é
tentado pela sua própria cobiça,
quando esta o atrai e seduz. Então a
cobiça, depois de haver concebido, dá
à luz o pecado; e o pecado, uma vez
consumado, gera a morte.” (Tiago
1:14-15). O pecado não revela
qualquer tipo de condescendência;
requer pagamento integral! “A alma
que pecar, essa morrerá.” (Ezeq.
18:20).
18. 18
Sem Cristo, a tua vida está privada da
verdadeira justiça! Os teus esforços
são um completo fracasso (Isaías 64:6).
As tuas qualidades mais “finas”, de
que te orgulhas e atrás das quais
tentas te esconder derretem perante a
intensidade e resplendor da pureza e
santidade de Deus. “Não há um justo,
nem um, sequer.” (Rom. 3:10).
Enquanto o teu coração resistir a Deus,
em vez de buscar a Sua fonte para
dessedentares a tua alma, não
deixarás de fazer tentativas frustradas.
O teu coração anseia pela paz com
Deus, mas a tua natureza pecaminosa
afasta toda a inclinação que sintas
para buscá-Lo. “não há quem busque
a Deus” (Rom. 3:11). A tua esperança
reside, apenas, na graça de Deus, que
neste momento, mais uma vez, desce
até ti e te revela o caminho que
preparou para seres salvo. Não há
outro caminho!! Foi Deus quem o
abriu; foi Deus quem to ofereceu; foi o
próprio Deus Quem se ofereceu por ti!!
Nunca encontrarás outra oferta que
Deus aceite!!
II – O MARAVILHOSO REMÉDIO DE
DEUS (Rom. 5:7-8)
Quantas pessoas conheces que
estariam prontas a morrer por ti?
Imagina que tinhas amealhado
fortuna para bem dos outros. Estando
na iminência de ser alvejado, algum
dos beneficiados se colocaria como teu
escudo? A Bíblia diz que, por alguém
bom, poderia, muito remotamente,
alguém dispor-se a morrer; mas Jesus
morreu por ti, saldando a tua dívida
diante de Deus, quando eras uma
pessoa”! Deus ama-te, não obstante
estares atolado em pecado! Jesus veio
e morreu pelos inimigos de Deus (tu
próprio). Revelou todo o Seu amor por
ti, enviando o Seu Filho ao mundo,
para ocupar, na cruz, o teu lugar,
enquanto tu O afastas da tua vida.
O aspecto mais maravilhoso da graça
de Deus é o amor que a inspirou. A ira
de Deus para com o pecado que há em
ti é igualada pelo amor que te tem. Ele
oferece-te a Sua graça salvadora
porque te ama, não obstante o teu
pecado, com amor que excede todo o
raciocínio e pensamento humano. Nós,
humanos, amamos o que é digno de
ser amado; Deus ama o que não é
digno de ser amado! Aí reside a
maravilha do amor de Deus para
comigo e contigo, caro leitor! Por isso
cantamos:
Oh, maravilha do amor de Jesus,
Desse admirável amor sem igual!
Cristo sofreu e morreu numa cruz,
Para salvar-te da morte eternal.
19. 19
III – OS INGREDIENTES DO REMÉDIO
DE DEUS (Rom. 5:7-8)
Neste texto, Deus usa alguns termos
“técnicos” que explicam a provisão
divina para a salvação e, quanto mais
meditamos neles, mais nos
maravilhamos com o plano de Deus.
Justificação (v.9, 16, 18).
Ser justificado significa “como se
nunca tivesse pecado”. Justificação é a
remoção de toda a condenação que
pende sobre o pecador. Porém, não
podemos vindicar essa justificação
como fruto do nosso esforço pessoal;
unicamente por decreto e declaração
divina. Deus declara-te justo com base
no pagamento que Jesus efetuou,
libertando-te da condenação
resultante do teu pecado. Deus
justifica o pecador por meio do sangue
do Seu próprio Filho (v.9).
Reconciliação (v.10).
Este termo comporta a idéia de
“alcançar paz” (Rom. 5:1). Deus deseja
que tu, anteriormente inimigo, devido
ao pecado, tenhas paz com Ele. Só
haverá reconciliação quando Deus Se
reconciliar contigo. Através da morte
de Jesus, Deus restaurará a tua
relação com Ele. Não são as tuas
“boas” obras que o conseguem, mas a
graça de Deus e a única obra que
satisfaz a justiça divina – a entrega do
próprio Deus, na Pessoa de Jesus, em
teu lugar.
No “processo” da nossa salvação, está
implícita a idéia da troca de uma coisa
por outra de valor equivalente. O
preço que Deus pagou para te livrar
das consequências do pecado foi a
morte de Jesus Cristo. Nada, nem
ninguém, tem valor suficiente para
cobrir a tua dívida, perante a justiça
de Deus. Tinha que ser pago um alto
preço; tão alto que só a vida do Filho
de Deus podia cobrir. Deus
providenciou a tua salvação, se
colocares a tua fé completamente em
Jesus, na obra que realizou, no poder e
valor do Seu sangue para expiação dos
teus pecados.
O dom (dádiva) da justiça (12, 17).
Cristo humilhou-Se, vivendo, neste
mundo, em perfeita obediência ao Pai.
Jamais algum mortal atingiu o nível de
justiça demonstrado na vida de Jesus.
A Sua vida terrena terminou com a
Sua entrega sacrifical, não pelos seus,
mas pelos teus pecados. O Seu
sacrifício foi suficiente não só para
pagar a dívida que tinhas perante
Deus, como para te habilitar a
possuíres a perfeita justiça que Jesus
demonstrou. Enquanto que, pelo
20. 20
pecado de Adão, veio sentença de
morte a todos os seus descendentes,
Cristo traz justiça e vida a todos os que
O recebem, pela fé. A justiça de Cristo
restaura o relacionamento com Deus,
o qual tinha sido quebrado pelo
pecado. Se te arrependeres, perante
Deus, e colocares a tua fé em Jesus,
Deus atribuir-te-á a justiça do Seu
Filho.
A salvação está ao teu alcance pela
graça de Deus, se aceitares a Sua
provisão, em Cristo. Se já o fizeste,
agradece-Lhe pela salvação que te
concedeu.
Questionário
1) O que significa a palavra graça?
_________________________________________________________________
2) O que significa ser justificado?
_________________________________________________________________
3) O que é reconciliação
_________________________________________________________________
21. 21
Texto áureo: “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio
de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).
Leitura bíblica: Romanos 4:3; 18-25; 5:1
3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como
justiça.
18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de
muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência;
19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois
tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara;
20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi
fortalecido na fé, dando glória a Deus,
21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso
para o fazer.
22 Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça.
23 Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado;
24 mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que
cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a
nossa justificação.
1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,
Leituras diárias:
Segunda: Gen. 15:1-6 Quinta: Gál. 3:6-9
Terça: Heb. 11:8-19 Sexta: Gál. 3:10-18
Quarta: Salmo 32:1-5 Sábado: Rom. 4:1-16
22. 22
INTRODUÇÃO: A lição de hoje
transporta-nos 4.000 anos atrás, ao
tempo do grande servo de Deus e
herói da fé que foi Abraão.
Obedecendo à chamada divina, ele e
sua esposa Sara, seu pai Terá e seu
sobrinho Ló (Gen. 11:31) saíram de Ur
da Caldeia e estabeleceram-se durante
algum tempo em Harã. Daí, aos 75
anos de idade, retomou o rumo
indicado por Deus, em direção a
Canaã.
Em Canaã, a fé de Abraão foi
duramente posta à prova. Ele e Sara
iam envelhecendo sem que vissem a
concretização da promessa divina de
um filho que seria a origem de uma
grande nação (Gen. 12:2). Então, uma
noite, o Senhor conduziu-o para fora
de casa: “Olha para os céus e conta as
estrelas, se é que podes. E lhe disse:
Será assim a tua posteridade. Ele creu
no Senhor, e isso lhe foi imputado para
justiça” (Gen. 15:5-6).
Aos 99 anos, recebeu do Senhor a
confirmação das Suas promessas (Gen.
17), que se cumpriram com o
nascimento de Isaque no ano seguinte
(Gen. 21). Este nascimento, obra da
miraculosa graça de Deus,
recompensava a inabalável fé do
grande patriarca!
Ainda outra vez, aprouve a Deus
submeter o Seu servo a mais uma
grande prova pedindo-lhe a oferta, em
holocausto, deste seu filho Isaque. O
sacrifício não foi concretizado porque
o próprio Senhor não o permitiu,
providenciando um carneiro substituto
para o altar já preparado. Notemos
que Abraão não hesitou em obedecer
à ordem divina, “porque considerou
que Deus era poderoso até para
ressuscitá-lo dentre os mortos” (Heb.
11:19), nunca deixando de crer que
era Isaque a concretização das
promessas divinas (Gen. 21:1-2).
O autor da epístola aos Hebreus
afirma que “sem fé é impossível
agradar a Deus” (Heb. 11:6). Fé
incondicional, que nos leva à inteira
dependência de Deus e não de méritos
pessoais que não existem! “Crê
somente” (Mar. 5:36), foram as
palavras de Jesus a Jairo, o chefe da
sinagoga a quem os da sua própria
casa queriam convencer de que nada
mais era possível fazer pela sua
filhinha morta!
O texto da nossa lição, além de muitas
outras passagens bíblicas, não nos
deixa dúvidas quanto à necessidade
deste tipo de fé para alcançarmos a
vida eterna. Precisamos de reconhecer
que somos pecadores (Rom. 3, Lição II),
que o pecado provoca a ira de Deus
(Rom. 1 e 2, Lição III), e que a graça
divina nos providenciou a salvação em
Cristo Jesus (Rom. 5, Lição IV). Hoje,
meditaremos nesta grande
23. 23
Verdade do Evangelho (4): Tudo o que
precisamos de fazer para sermos
salvos é crer em Cristo como nosso
Salvador.
I - O QUE SIGNIFICA “CRER SOMENTE”
(v. 3)
A fé salvadora não é outra coisa senão
total confiança em Cristo como
Salvador. Quem pretender “dar uma
ajuda” na obra da salvação está a
rejeitar o dom completo da graça de
Deus! A salvação não é um
pagamento ou prêmio de bom
comportamento. Não podemos
colocar Deus na posição de devedor,
com a “obrigação” de nos salvar por
praticarmos boas obras!
A fé salvadora é uma realidade que
muda a vida do ser humano e não um
mero conceito abstrato. Não é difícil
encontrarmos pessoas que acreditam
que Jesus esteve neste mundo, e até
que Ele é o Filho de Deus. Só que a fé
necessária para a salvação é bem mais
do que a comum aceitação intelectual
de um fato (Tiago afirmou que os
próprios demônios creem em Deus, “e
tremem” – Tiago 2:19). E, no entanto,
o exercício da fé salvadora é
tocantemente simples e eficaz: basta
crer em Jesus “de todo o coração”,
como fizeram o etíope eunuco e o
carcereiro de Filipos (At. 8:26-40;
16:27-34)! Ambos foram
instantaneamente transformados,
nascidos de novo (João 3:3-7; 1 João
5:1) e feitos filhos de Deus (Gál 4:4-7).
Não há outro meio, nenhum outro
caminho, nenhum outro nome pelo
qual possamos ser salvos (At. 4:10-
12)!
A fé salvadora descrita nas Escrituras
é a que conduz à convicção, confissão
e arrependimento do pecado. Há
pessoas que clamam a Deus por
socorro em momentos de aperto, mas
se esquecem Dele assim que a crise
passa. Fé temporária não é fé
verdadeira!
Abraão foi chamado de “pai de todos
os que creem” (Rom. 4:11, 16-18) com
base na sua fé em Deus. Seria
interessante compararmos a
qualidade da nossa própria fé com a
do grande patriarca e a de outros
servos do Senhor descritos na Bíblia.
Certo dia, um funâmbulo – artista que
atravessa o circo de um lado ao outro,
caminhando sobre uma corda
colocada a grande altura, tendo nas
mãos somente uma vara para se
equilibrar -, depois de agradecer os
aplausos da multidão, ofereceu-se
para repetir o número com um
voluntário, de entre os espectadores,
sentado nos seus ombros. A diferença
entre acreditar e confiar logo se
tornou evidente, já que, mesmo sem
24. 24
pôr em causa a idoneidade do artista
para cumprir o que prometia, ninguém
aceitou o seu desafio! Esta simples
ilustração ajuda-nos a entender o tipo
de fé de que necessitamos. Façamos
nossa a oração do pai daquele menino
possuído, quando o Senhor Jesus lhe
afirmou que “tudo é possível ao que
crê”: “Eu creio, ajuda-me na minha
falta de fé” (Mar. 9:23-24).
II - CARACTERÍSTICAS DA FÉ
VERDADEIRA (vs. 18-22)
A expressão “Abraão creu em Deus” (v.
3) não significa somente que aceitava
Deus como um Ente Superior: ele
tomou para si uma real e específica
promessa de Deus, a Quem se
submeteu, sem restrições,
conformando o resto da sua vida ao
propósito divino.
“Crer somente” exige, antes de mais,
que aceitemos e apliquemos a fé à
nossa própria vida.
Podemos acreditar que “Deus amou o
mundo de tal maneira, que lhe deu o
Seu Filho Unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (João 3:16), mas
só seremos salvos quando, movidos
pela fé, decidirmos colocar o nosso
nome no lugar de “todo aquele”.
“Crer somente” produz perseverança
(vs. 18-19).
Apesar de os 175 anos que Abraão
viveu não lhe terem permitido,
obviamente, assistir ao cumprimento
da promessa de que seria “pai de
muitas nações”, contudo, “esperando
contra a esperança” e “sem
enfraquecer na fé”, ele creu!
Não sabemos, ao certo, quantos anos
decorreram entre Ur da Caldeia e a
saída do patriarca de Harã, aos 75
anos (Gen. 12:4). Mas sabemos que,
para além desse tempo indeterminado,
Abraão esperou mais 25 anos até lhe
nascer Isaque. Coloquemo-nos no
lugar dele: seríamos capazes de
esperar tanto tempo pelo
cumprimento de uma promessa tão
importante? Vemos como a fé e a
perseverança de Abraão foram
recompensadas. “Não abandoneis,
portanto, a vossa confiança; ela tem
grande galardão. Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para
que havendo feito a vontade de Deus,
alcanceis a promessa” (Heb. 10:35-36).
“Crer somente” requer paciência e
capacidade de resistir às pressões (v.
20).
Tendo chegado aos 75 anos de idade
sem conceber, Sara deu largas à sua
impaciência e resolveu contornar o
plano de Deus entregando a Abraão
uma das suas escravas para, através
dela, obter uma criança que seria
25. 25
legalmente sua (Gen. 16:1,2). Embora
cedendo ao estratagema de Sara,
Abraão manteve intacta a sua fé.
Muitas vezes a nossa fé será posta à
prova. Circunstâncias e pessoas à
nossa volta tentarão persuadir-nos a
desistir. Recordemos, então, o
exemplo de Abraão, que “pela fé se
fortaleceu, dando glória a Deus”.
“Crer somente” exige que vivamos de
acordo com a nossa fé (v. 21).
A única prova da genuinidade da fé
são as obras que dela resultam (Tiago
2:18). Tal como Abraão, estamos
“plenamente convictos” de que o
Senhor não deixa, jamais, de cumprir
as Suas promessas?
III - AS CONSEQUÊNCIAS DE “CRER
SOMENTE” (4:23-5:1)
Quando cremos no Senhor e O
aceitamos, isso foi-nos “imputado
para justiça” (4:3), ou seja, fomos
declarados justos, mediante a fé, e
reconciliados com Ele (5:1). Temos paz
com Deus porque o Seu Filho Jesus
tomou sobre Si os nossos pecados (Is.
53:4-6), pagando a nossa dívida para
com Ele de forma definitiva (Rom. 4:8;
2 Cor. 5:21; Colos. 2:13-14).
Concluindo, fica aqui uma última mas
crucial pergunta: estás disposto a
confiar plenamente em Cristo como
teu Salvador e Senhor, ou preferes
permanecer nos teus pecados,
tentando chegar a Deus através do teu
próprio esforço, praticando aquilo que
chamas de “boas obras”? Crê somente
em Jesus! “…não há salvação em
nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado
entre os homens, pelo qual importa
que sejamos salvos” (At. 4:12).
Questionário
1) Com suas palavras explique. O que significa crer somente?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Quais as consequências de crer somente?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
26. 26
Texto áureo: “Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos,
nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura,
nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).
Leitura bíblica: Romanos 8:1; 28-31; 35-39
1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
28 E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes
à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos;
30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes
também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.
31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a
perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos
considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos
amou.
38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem
principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
27. 27
39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá
separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Leituras diárias:
Segunda: Filip. 1:3-7 Quinta: Judas 24-25
Terça: Ef. 1:3-14 Sexta: Rom. 5:1-5
Quarta: 2 Tim. 1:8-12 Sábado: Heb. 7:22-28
INTRODUÇÃO: Quando fomos salvos,
resgatados das trevas e do poder do
pecado, iniciamos uma relação eterna
com Deus. Relação essa que vai
progredindo e crescendo. Fomos feitos
filhos de Deus, mas a verdade é que
continuamos a viver num corpo sujeito
ao pecado. Por isso é muito
importante sabermos que o Senhor
não deixará de completar o trabalho
que começou em nós (Rom. 8:28-31).
Chegará o dia em que Aquele que
salvou a nossa alma livrá-la-á,
também, de todos os efeitos do
pecado!
Entretanto, e enquanto esse dia não
chega, e seja o que for que nos
aconteça, o Senhor guardará, em
segurança, a nossa alma. Nele, somos
mais que vencedores (vs. 35-39). Nada,
nem ninguém, nos poderá arrebatar
da mão de Cristo Jesus (João 10:28).
Fomos salvos de uma vez para sempre!
Então, quando, ao evangelizar alguém,
lhe mostrarmos que é pecador (Rom. 3,
Lição II), e o confrontarmos com a ira
de Deus contra o pecado (Rom. 1 e 2,
Lição III), e lhe expusermos o plano da
salvação pela graça de Deus (Rom. 5,
Lição IV), e o conduzirmos a crer em
Cristo como seu Salvador (Rom. 4,
Lição V), é o momento de usarmos o
cap. 8 desta mesma epístola para o
firmarmos na certeza de que pertence
a Deus para sempre.
Verdade do Evangelho (5): Porque
Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Único
Salvador, a salvação é eterna!
I - AGORA SOMOS DE DEUS (v. 1)
No momento em que cremos em Cristo
e O aceitamos como Salvador,
tornamo-nos filhos de Deus. O nosso
destino ficou selado: estamos em
Cristo, e Ele em nós, para sempre! Não
é possível perdermos a salvação
porque é Cristo, e não obras que
tivéssemos feito a chave da nossa
justificação.
Outro aspecto importante é que a
28. 28
salvação nos libertou da escravidão da
carne, ou seja, do domínio da natureza
humana (Rom. 8:2-9). É pela carne que
estamos sujeitos à tentação de
Satanás para o pecado. Mas é
igualmente verdade que o Senhor nos
deu o Espírito Santo, que passou a
habitar em nós e nos capacita a
vivermos para Ele. Uma vida
dominada pela carne é caracterizada
por “prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissenções, facções, invejas, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a
estas” (Gál. 5:19-21). Uma vida
controlada e dirigida pelo Espírito de
Deus frutifica em “amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio
próprio” (Gál. 5:22-23).
Entretanto, notemos o seguinte: se é
fato que não é pelas obras que
alcançamos a salvação, também é
verdade que o salvo não pode deixar
de experimentar e demonstrar uma
mudança radical na sua prática de
vida. No ato da salvação, Deus
imputa-nos a retidão e a justiça de
Cristo e começa, desde logo, a agir em
nós para que essa retidão e justiça vão
moldando o nosso caráter à imagem
do próprio Cristo: “…somos
transformados, de glória em glória, na
Sua própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito” (2 Cor. 3:18).
“Deixemos, pois, as obras das trevas, e
revistamo-nos das armas da luz” (Rom.
13:12).
II - PERTENCEMOS A DEUS PARA
SEMPRE (vs. 28-31)
“Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito” (v.
28). Esta é uma promessa destinada
somente àqueles “que amam a Deus”:
todas as suas experiências, mesmo as
de maior sofrimento, contribuem para
a consolidação da sua estrutura
espiritual. Os eleitos de Deus são
providos da capacidade, não só de
suportar e vencer as adversidades,
como de vê-las transformadas, pela
intervenção do Espírito Santo, em
proveito, benefício e, até, fonte de
regozijo (vs. 26 e 27)! Mesmo que não
compreendamos por que razão nos
sobrevêm algumas experiências
amargas, aceitemo-las como o
cumprimento do propósito de Deus,
como aconteceu com o patriarca José
(Gen., caps. 37, 39 a 47). “…Deus
estava com ele, e livrou-o de todas as
suas aflições, concedendo-lhe também
graça e sabedoria perante Faraó, rei
do Egito…” (At. 7:9-10).
Mas a expressão “todas as coisas”
29. 29
envolve outras promessas divinas de
grande significado e que são
consequência direta da Sua ação,
conduzindo-nos a uma relação de
estreita comunhão com Ele: “…aos que
de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à
imagem do Seu Filho, a fim de que ele
seja o primogênito entre muitos
irmãos. E aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a
esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou”
(vs. 29-30). Ao considerarmos a
indizível maravilha da nossa relação
com Cristo, uma conclusão é inevitável:
não a merecíamos e nada fizemos por
ela! Cristo fez tudo, levando sobre Si a
culpa do nosso pecado na cruz do
Calvário (João 3:16; Rom. 5:8)!
O fato de a salvação ter sido da
iniciativa divina não invalida a
importância da nossa atitude,
aceitando-a ou rejeitando-a.
Conhecendo-nos desde o princípio dos
tempos, quis Deus, na Sua vontade
soberana, dar-nos essa oportunidade,
usando “todas as coisas” para nos
atrair a Ele. Quando nos salvou, o
Senhor não somente nos justificou,
removendo o libelo acusatório que
contra nós existia, como também nos
“glorificou” (v. 30). A glorificação
futura do crente – desde já dada, pelo
apóstolo Paulo, como certa e
alcançada, ao usar o verbo no passado
-, é o corolário e a evidência da
perfeição e plenitude do ato salvador
de Deus. Nele estamos seguros por
toda a eternidade!
III - PERTENCEMOS A DEUS APESAR
DAS PROVAÇÕES (vs. 35-39)
Dificuldades e tribulações são algo de
muito real na vida dos crentes. O
próprio Senhor Jesus declarou: “No
mundo passais por aflições; mas tende
bom ânimo, eu venci o mundo” (João
16:33). Ele pagou o preço mais
elevado para nos resgatar do pecado e
ascendeu ao Céu, onde se sentou à
direita do Pai e continua a interceder
por nós (v. 34), deixando-nos a
reconfortante promessa: “…voltarei e
vos receberei para mim mesmo, para
que onde eu estou estejais vós
também” (João 14:3). Venha o que
vier, temos vitória garantida em Jesus!
Nada nos poderá separar do amor de
Deus!
Nos versículos 35-39, o apóstolo Paulo
enumera algumas das tribulações que
podemos vir a ter que suportar. Mas
uma coisa é certa: a nossa relação
com Deus permanecerá intocável!
Então, em vez de serem obstáculos, os
problemas e aflições aproximar-nos-ão
cada vez mais Dele. Sabemos que,
enquanto aqui estivermos, vivemos
30. 30
em Cristo e em Cristo morreremos. Se
bem que morte signifique separação,
Cristo a transformou na porta pela
qual iremos, um dia, à Sua presença
bendita e gloriosa!
Quando observamos a atual condição
do mundo, não podemos deixar de
considerar as profecias de que
chegará o seu fim e vamos ter “novo
céu e nova terra” (Apoc. 21:1). Então
se cumprirá a promessa de que
“estaremos para sempre com o
Senhor” (1 Tes. 4:17). Até lá, aconteça
o que acontecer, ninguém nos
arrebatará da mão do Supremo e Bom
Pastor (João 10:27-29). Somos Dele!
Questionário
1) É possível ao cristão que aceitou a Cristo de verdade perder a salvação?
_________________________________________________________________
2) Quais são as obras da carne?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3) Quais são as obras do Espirito?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
31. 31
Texto áureo: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a
favor deles é para que sejam salvos” (Romanos 10:1).
Leitura bíblica: Romanos 9:1-3; 10:1-4
1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha
consciência no Espírito Santo,
2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração.
3 Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos,
que são meus parentes segundo a carne;
10:1-4
1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para
sua salvação.
2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com
entendimento.
3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua
própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.
4 Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê.
Leituras diárias:
Segunda: João 17:20-26 Quinta: 1 Cor. 9:16-23
Terça: Luc. 13:34-35 Sexta: João 4:31-38
Quarta: João 1:40-46 Sábado: Atos 17:16-34
32. 32
INTRODUÇÃO: O peso que o coração
de Paulo sentia pelos seus
concidadãos que não aceitavam a
Cristo como o Messias prometido nas
profecias, é um grande exemplo de
compaixão. A lição de hoje põe-nos
algumas questões: que importância
tem, para nós, o fato de tantos dos
nossos parentes, amigos e vizinhos,
não conhecerem Cristo? O que
sentimos quando os vemos
mergulhados no pecado? O apelo de
Jesus a Simão Pedro e André para
virem a ser “pescadores de homens”
(Mat. 4:19), tem alguma coisa a ver
conosco?
Nenhum curso de treinamento será
capaz de fazer, de qualquer de nós,
um efetivo ganhador de almas se não
tivermos o coração inteiramente
tomado de genuíno e profundo amor
pelas pessoas que conhecemos, ou
vivem conosco, e não têm Cristo. Este
é o requisito essencial para que o
Espírito Santo nos use, de forma
poderosa, para a sua salvação!
A fonte do amor que deve encher o
nosso coração, é o supremo e
incondicional amor com que Deus nos
amou, ama e amará sempre. “Nós
amamos porque Ele nos amou
primeiro”, afirma o apóstolo João (1
João 4:19). O amor que levou o nosso
Salvador até à cruz precisa de ser
reproduzido em nós, fazendo-nos
sentir a imperiosa necessidade de dele
testemunharmos!
I - SOFRENDO POR AMOR AOS
PERDIDOS (9:1-3; 10:2-3)
Paulo confessa “grande tristeza e
incessante dor no coração” pela
contínua rejeição de Cristo por parte
dos seus compatriotas, que ele
desejava, ardentemente, ver salvos.
Por amor (v. 3). O apóstolo Paulo
chega ao ponto de afirmar que
preferiria, ele próprio, ser separado de
Cristo, se assim conseguisse aproximar
Israel do seu Messias! É claro que ele
sabia que nada poderia separá-lo da
comunhão com Deus (Rom. 8:38-39), e
que a via da reconciliação do seu povo
com o Senhor teria de ser outra. Mas é
notável e comovente que o apóstolo
sinta tanto amor pelos seus irmãos,
que não se importava de os substituir
na punição pelo seu pecado de
rebeldia contra Cristo!
Este sentimento de Paulo traz-nos à
memória a expressão do amor do
Senhor pela humanidade perdida:
“Cristo nos resgatou da maldição da
lei, fazendo-se ele próprio maldição
em nosso lugar (porque está escrito:
maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro)…” (Gál. 3:13).
O exemplo do apóstolo torna claro que
amor, dedicação e disponibilidade
33. 33
para sofrer são essenciais a um
testemunho convincente perante
aqueles que anelamos ganhar para
Jesus. E este é um compromisso
pessoal para ser levado a sério…
Identificando-nos com os perdidos
(9:3; 10:2-3). O apóstolo Paulo
conhecia bem, e identificava-se
plenamente com o povo a que
pertencia e que desejava levar à
salvação. A expressão “por amor de
meus irmãos, meus compatriotas,
segundo a carne” torna evidente essa
identificação. Paulo tinha bem viva, na
memória, a fase da sua vida em que
também estava cego para a Verdade
antes de ser transformado pela Luz
celestial no caminho de Damasco. Ele,
que de perseguidor passara a
perseguido (At. 9:15-16), sabia, por
experiência própria, a que ponto pode
chegar o ódio ao Evangelho e aos seus
seguidores. Compreendendo as
consequências do fervor religioso mal
orientado (Rom. 10:2), tinha a perfeita
noção de que não era a sua pessoa
que estava em causa, mas sim o
próprio Senhor Jesus Cristo e a
pregação do Evangelho!
Como Paulo, procuremos conhecer
bem aqueles que desejamos ganhar
para Jesus. Não tomemos como
afronta pessoal a rejeição do nosso
testemunho, compreendendo que é
fruto de cegueira espiritual. Quem
resiste à mensagem do Evangelho,
resiste e opõe-se ao portador dela!
II - ALIANDO A ESPERANÇA AO AMOR
(10:1, 4)
Mesmo que a salvação de grande
número de judeus lhe parecesse
improvável, Paulo não esmorecia no
seu esforço evangelizador: “…a boa
vontade do meu coração e a minha
súplica a Deus a favor deles é para que
sejam salvos”.
Sendo verdade que recebera, do
Senhor, a missão de levar o Evangelho
aos gentios, o apóstolo nunca
descurou a profunda necessidade
espiritual dos seus concidadãos. Fazia,
até, parte da sua estratégia: chegando
a uma cidade pela primeira vez,
começava por procurar a sinagoga ou,
na falta dela, o lugar onde era mais
provável encontrar judeus reunidos
para orar (At. 13:5, 14; 46-47; 14:1;
16:13; 17:1-3, etc.). A conversão a
Cristo de, pelo menos, alguns dos seus
irmãos adoradores do Deus Vivo e
conhecedores da mensagem dos
profetas, facilitava, sem dúvida, a
evangelização dos gentios e a
edificação da igreja local.
Embora parte significativa deles não
suportasse a pregação e o ensino de
Cristo, “muitos dos judeus e prosélitos
piedosos seguiram a Paulo e a
34. 34
Barnabé, e estes, falando-lhes, os
persuadiam a perseverar na graça de
Deus” (At. 13:43; 17:1-5). Estes
prosélitos eram gentios, vindos do
paganismo e do politeísmo para o
judaísmo em busca do Deus Único e
Verdadeiro. Ao ouvirem o Evangelho,
aceitavam Cristo como o cumprimento
das profecias relativas ao Messias
mais facilmente que os restantes
judeus.
O peso que Paulo sentia, no coração,
pelos filhos de Israel seus irmãos, fez
dele melhor evangelista entre os
gentios. Assim também nós, movidos
de profunda compaixão pelo estado de
incredulidade em que vivem tantos
daqueles com quem nos relacionamos,
não hesitemos em apresentar-lhes
Jesus como a resposta para as suas
necessidades espirituais. No devido
tempo, o Senhor fará frutificar o nosso
esforço: “Quem sai andando e
chorando enquanto semeia, voltará
com júbilo, trazendo os seus feixes”
(Salmo 126:6).
O apóstolo Paulo tinha a certeza de
que o Evangelho “é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que
crê, primeiro do judeu e também do
grego” (Rom. 1:16). Mas só pode ser
instrumento desse poder maravilhoso
quem, de fato, ama os perdidos e se
dedica a apresentar-lhes Cristo, tanto
em palavras como no estilo de vida.
Peçamos ao Senhor que nos encha
desse amor!
Questionário
1) Que importância tem, para você, o fato de tantos dos seus parentes, amigos
e vizinhos, não conhecerem Cristo? Explique com suas palavras.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
35. 35
Texto áureo: “Como, porém, invocarão aquele em que não creram? e como crerão
naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”
(Romanos 10:14).
Leitura bíblica: Atos 2:14, 22-24, 37; 28:23-24, 30-31
14 Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões
judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja- vos isto notório, e escutai as
minhas palavras.
2:22-24
22 Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado
por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio
de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós
matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos;
24 ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível
que fosse retido por ela.
36. 36
2:37
37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e
aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
Atos 28: 23-24
23 Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter com ele à sua morada, aos
quais desde a manhã até a noite explicava com bom testemunho o reino de Deus e
procurava persuadi-los acerca de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos
profetas.
24 Uns criam nas suas palavras, mas outros as rejeitavam.
28: 30-31
30 E morou dois anos inteiros na casa que alugara, e recebia a todos os que o
visitavam,
31 pregando o reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor Jesus
Cristo, com toda a liberdade, sem impedimento algum.
Leituras diárias:
Segunda: Rom. 10:14-17 Quinta: At. 10:34-48
Terça: At. 2:38-41 Sexta: At. 13:14-49
Quarta: At. 3:11-4:4 Sábado: At. 17:22-34
INTRODUÇÃO: Agora é tempo de
passar à ação! As primeiras sete lições
abordaram alguns conceitos essenciais
à preparação dos ganhadores de
almas para Cristo; a lição de hoje trata,
especialmente, do que pode ser feito
para convidar e levar um não crente à
igreja para ouvir a pregação da
Palavra de Deus. Este ministério
requer empenhamento e alguma
criatividade, mas os frutos que dele
podemos colher são preciosos! O
poder de Deus sempre se manifesta no
lugar e na ocasião em que a Sua
Palavra é pregada!
I - DEUS AGE ATRAVÉS DA PREGAÇÃO
DA PALAVRA (At. 2:14-41)
Desde os primeiros dias do
cristianismo, a pregação tem sido um
instrumento eficaz na proclamação do
37. 37
Evangelho. No dia de Pentecostes,
Deus usou a pregação de um
destemido e cheio do Espírito Santo,
apóstolo Pedro, para levar a Cristo
quase três mil pessoas (At. 2:14, 40-
41). Pouco tempo depois, muitos “dos
que ouviram a Palavra a aceitaram,
subindo o número de homens a quase
cinco mil” (At. 4:4).
As leituras diárias desta semana
mostram o efeito da pregação da
mensagem de Cristo, por Pedro e
Paulo, em ocasiões e com auditórios
diversos. Recordemos, também, João
Batista, que apareceu “pregando no
deserto da Judéia, e dizia: Arrependei-
vos, porque está próximo o reino dos
céus…” (Mat. 3:1-6). A pregação de
João atraiu ao deserto praticamente
toda a população da Judéia!
A pregação ocupou, igualmente, parte
muito significativa do ministério do
Senhor Jesus: “…passou Jesus a pregar
e a dizer: Arrependei-vos, porque está
próximo o reino dos céus……E da
Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e
dalém do Jordão numerosas multidões
o seguiam” (Mat. 4:17, 25).
Jesus também comissionou os doze
apóstolos para uma campanha de
pregação da mesma mensagem (Mat.
10:5-7) e, mais tarde, um grupo de
outros setenta (Luc. 10:1-11), que
apresentaram um relatório muito
positivo da sua tarefa (Luc. 10:17).
O papel fundamental da pregação na
divulgação do Evangelho é,
igualmente, afirmado pelo apóstolo
Paulo: “Porque todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, porém, invocarão aquele em
que não creram? e como crerão
naquele de quem nada ouviram? e
como ouvirão, se não há quem
pregue?” (Rom. 10:13-14). Quis o
Senhor chamar os pecadores ao
arrependimento e à vida eterna por
intermédio da pregação: “Visto como,
na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria,
aprouve a Deus salvar aos que crêem,
pela loucura da pregação” (1 Cor.
1:21).
Atualmente, é possível que a pregação
efetiva do Evangelho de Cristo esteja a
ser desvalorizada e descurada, entre
outras coisas, pelo aparato das “novas
tecnologias”. Não que estas não
tenham o seu lugar e não devam ser
usadas, com proveito, no trabalho do
Senhor, mas o fato é que nada pode
substituir a proclamação pública da
Palavra de Deus, tão singelamente
quanto possível, isto é, sem recurso a
artifícios que distraiam os ouvintes da
mensagem que é imperioso ouvir,
entenderem e aceitarem!
38. 38
II - A NOSSA RESPONSABILIDADE
NESTE MINISTÉRIO (At. 28:17-31)
Para levar a cabo a responsabilidade
de anunciar o Evangelho com eficácia,
o pregador não deve estar sozinho:
precisa do apoio de outros irmãos,
obreiros com ele na tarefa comum.
Três décadas após o dia de
Pentecostes, vamos encontrar Paulo
em Roma, sob prisão domiciliar. Mas
ninguém pense que o fato de estar
confinado fez abrandar o ritmo do
ministério do grande servo de Deus:
“Por dois anos permaneceu Paulo na
sua própria casa, que alugara, onde
recebia a todos que o procuravam,
pregando o reino de Deus, e, com toda
a intrepidez, sem impedimento algum,
ensinava as coisas referentes ao
Senhor Jesus Cristo” (vs. 30-31).
Durante estes dois anos, quem ajudou
Paulo na assistência espiritual aos
crentes da igreja de Roma, ainda por
cima dispersa pelas casas de vários
crentes? Na epístola a Filemon (que,
com toda a probabilidade, foi escrita
neste período), o apóstolo aponta os
nomes de Marcos, Aristarco, Demas e
Lucas. E no cap. 16 da epístola aos
Romanos, escrita, de Corinto, cerca de
três anos antes, Paulo já enviava
saudações para um excelente e muito
precioso grupo de cooperadores que
tinha naquela cidade.
Não nos faltam formas e
oportunidades de auxiliar os pastores
das nossas igrejas. Informar o pastor
de que estará presente, no próximo
culto, alguém que convidamos e não
conhece a Cristo, ajudá-lo-á a adequar
a mensagem à específica necessidade
espiritual desse visitante. É essencial o
nosso testemunho pessoal no lugar
onde vivemos, mas é, também,
extremamente importante fazermos
tudo o que estiver ao nosso alcance
para conseguirmos levar descrentes a
ouvir a pregação da Palavra. Com a
adoração a Deus, o grande objetivo da
igreja reunida é, precisamente,
evangelizar os perdidos e ganhar
almas para Cristo!
Em resumo: o que pode cada um de
nós fazer?
Orar pelo pregador. Mesmo um
grande ministro do Evangelho como o
apóstolo Paulo sentia absoluta
necessidade das orações dos crentes a
seu favor: “Finalmente, irmãos, orai
por nós, para que a Palavra do Senhor
se propague, e seja glorificada, como
também está acontecendo entre vós”
(2 Tes. 3:1).
Cultivar bom relacionamento com os
vizinhos e outras pessoas que te
abram oportunidades para lhes falares
de Cristo e os convidares para irem
39. 39
contigo à igreja. Sobretudo os mais
tímidos, dificilmente entrarão num
templo evangélico sem a companhia
de alguém da sua confiança. Alguns
estudos mostram que a grande
maioria daqueles que começam a ir à
igreja, o fazem acompanhados ou por
influência direta de familiares ou
amigos crentes.
Continuar a mostrar interesse e a orar
por alguém que levaste a ouvir a
mensagem de Deus. Não o abandones!
Procura apoiá-lo no esclarecimento
das suas dúvidas, se necessário com a
ajuda da liderança espiritual da igreja.
Aproveitar os eventos especiais para
fazer convites. Muitos desses eventos
não serão cultos formais, mas mesmo
atividades de caráter social podem ser
a porta de entrada na igreja para
quem não a conhece. Daí a
importância de, também neste tipo de
atividades, os crentes darem bom
testemunho, mostrando que são
capazes de conviver, com alegria, sem
serem inconvenientes e porem em
causa o bom-nome do Evangelho.
Concluindo: encaremos seriamente a
pregação da Palavra de Deus como a
mais excelente oportunidade de expor
almas perdidas ao poder
transformador do Espírito Santo. A
missão que recebemos do Senhor
Jesus é muito clara: “Ide por todo o
mundo e pregai o Evangelho a toda a
criatura” (Mar. 16:15). Vamos cumpri-
la?
Questionário
1) As pessoas são salvas através de que?
_________________________________________________________________
2) Para levar a cabo a responsabilidade de anunciar o Evangelho com eficácia, o
pregador deve estar sozinho?
_________________________________________________________________
3) O que você pode fazer para ajudar?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
40. 40
Texto áureo: “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.”
(Provérbios 11:30)
Leitura bíblica: Romanos 10:8-17
8 Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a
palavra da fé, que pregamos.
9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;
10 pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
para a salvação.
11 Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido.
12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é
de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de
quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão
formosos os pés dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu
crédito à nossa mensagem?
17 Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.
41. 41
Leituras diárias:
Segunda: João 3:1-21 Quinta: Atos 10:19-48
Terça: João 4:1-30 Sexta: Lucas 14:15-24
Quarta: Atos 8:26-40 Sábado: Marcos 6:7-13
INTRODUÇÃO: Se não ganharmos
almas para Cristo só porque achamos
que não somos capazes, é melhor
repensar o assunto. A mensagem do
evangelho é muito simples. Uma
criança pode compreendê-la, e
qualquer crente á capaz de explicar o
seu conteúdo básico. Testemunhar do
evangelho é explicar a alguém como
pode arrepender-se dos seus pecados
e confiar em Cristo para a salvação.
Você, estimado(a) leitor(a) pode ser
um(a) ganhador(a) de almas para
Cristo.
Tendo vivido a nossa própria
experiência de arrependimento,
aceitando Jesus Cristo como Salvador
pessoal, estamos agora, basicamente,
em condições de evangelizar outras
pessoas. Na verdade, o que priva os
crentes de testemunharem de Cristo
não é a incapacidade para o fazerem,
mas certa indiferença ou passividade
sobre o assunto.
São grandes as promessas bíblicas de
recompensa para os ganhadores de
almas para Cristo. Seguramente, no
Céu, iremos encontrar e reconhecer
aqueles a quem testemunhamos de
Jesus. Que alegria será! Mas não
temos que esperar até chegarmos ao
Céu. As pessoas que evangelizarmos
vão experimentar, aqui e agora, uma
vida nova de alegria e satisfação e,
assim, consequentemente,
experimentaremos também uma
singular alegria.
I – VOCÊ PODE EXPLICAR O PLANO DA
SALVAÇÃO (vs. 8-13)
A salvação está próxima de cada
pessoa.
“Se com a tua boca confessares ao
Senhor Jesus, e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo.” (v. 8). Não é
preciso usar grande argumentação ou
preocuparmo-nos muito em
“convencer” alguém. O importante é,
de uma forma simples e compreensível,
levar a pessoa a assumir a sua
condição pecadora, confessando o seu
pecado e, em seguida, dizendo com as
suas próprias palavras ao Senhor que
aceita em seu coração o sacrifício que
Jesus fez na cruz do Calvário em seu
lugar (vs. 9-10). Confessar é,
42. 42
basicamente, admitir o seu pecado,
em atitude de arrependimento. Depois,
basta reconhecer que Jesus já pagou o
preço total devido pelos nossos
pecados e aceitar como válido o
sacrifício que o Senhor fez na cruz em
nosso lugar. As palavras pronunciadas
devem ser sinceras, correspondendo
ao pensamento e ao sentir do coração.
Na verdade, a essência do evangelho
não é difícil de explicar.
A salvação está disponível para quem
quiser aceitar.
Não cometamos o erro de pressupor
que esta ou aquela pessoa não poderá
ser salva. O apóstolo Paulo dá o seu
testemunho dizendo: "Esta é uma
palavra fiel, e digna de toda a
aceitação, que Cristo Jesus veio ao
mundo, para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal." (1 Timóteo
1:15). O Senhor salvará " todo aquele
que Nele crê " (João 3:16) e " todo
aquele que invocar o nome do Senhor"
(Romanos 10:13). O evangelho
continua sendo "o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê."
(Romanos 1:16). Não devemos fazer
exceção de pessoas, pois o Senhor é
“ rico para com todos os que O
invocam.” (Romanos 10:12).
II – VOCÊ PODE TORNAR-SE UM “PAI”
NA FÉ (vs. 14-15)
As quatro perguntas que aparecem
nesta passagem bíblica podem
resumir-se a um único pensamento:
qualquer pessoa que ouve o evangelho
pode ser salva. Ouvir, crer e confessar
(versículo 14) são os únicos requisitos
necessários para a salvação (versículos
9-10). Cada vez que dirigimos palavras
de testemunho do evangelho a alguém,
essa pessoa tem oportunidade de
ouvir a mensagem mais alegre e
gloriosa que há na terra.
Embora seja importante
demonstrarmos a presença de Cristo
em nós pela nossa maneira de viver, a
verdade é que só uma vida de boas
ações não é suficiente para
testemunhar de Jesus. É preciso
também falar de Cristo. Ou seja: só o
nosso exemplo de vida, sem a
explicação do evangelho, não chega
para salvar quem quer que seja. As
pessoas precisam de "ouvir" a
mensagem do evangelho, e “ver”
Cristo refletindo na nossa maneira de
viver.
O Senhor Jesus comissionou-nos para
sermos Suas testemunhas. Se formos
obedientes, partilhando o evangelho
com outras pessoas, tornar-nos-emos,
para aqueles que por nosso intermédio
vão sendo salvos, seus “pais” e “mães”
na fé. A nosso respeito, então, dir-se-á:
“Quão formosos os pés dos que
anunciam o evangelho de paz; dos que
43. 43
trazem alegres novas de boas coisas."
(v.15).
III – VOCÊ TEM OPORTUNIDADES
PARA TESTEMUNHAR (vs. 16-17)
Um dos maiores obstáculos para
sermos testemunhas de Cristo talvez
seja a dificuldade de encontrar
pessoas com quem partilhar o
evangelho. Pode acontecer que,
quanto mais tempo vai passando após
a nossa aceitação de Cristo, menos
pessoas descrentes encontremos, já
que o nosso novo círculo de amigos vai
sendo, agora, cada vez mais,
integrado principalmente por pessoas
crentes. Para encontrarmos novas
oportunidades, importa, então,
cultivar, intencionalmente, relações de
amizade com pessoas que ainda estão
perdidas, sem Jesus.
O Senhor vai deparar-nos
oportunidades para testemunhar. Ore,
pedindo a Deus que dirija a sua vida
para as pessoas certas, e esteja
sensível à manifestação do Espírito
Santo. As oportunidades vão surgir.
Não as deixe escapar. Aproveite-as.
Entre os seus familiares, parentes,
amigos e até inimigos ou
desconhecidos, pode haver almas
preciosas cujo destino será a vida
eterna se nós lhes testemunharmos do
evangelho. Lembre-se das palavras de
Jesus: “Não dizeis vós que ainda há
quatro meses até que venha a ceifa?
Eis que eu vos digo: Levantai os vossos
olhos, e vede as terras, que já estão
brancas para a ceifa.” (João 4:35).
Se você se isolar dos incrédulos e
limitar os seus contactos só às pessoas
da sua igreja, certamente não terá
muitas oportunidades de compartilhar
a sua fé com aqueles que precisam do
seu testemunho. É necessário cultivar
a amizade com pessoas da mesma fé,
mas não devemos limitar os nossos
relacionamentos apenas aos crentes.
Há outras pessoas que precisam da
nossa influência e do testemunho
cristão. Esforcemo-nos, pois, para
encontrar formas criativas de entrar
em contacto com os incrédulos e
procurar ocasiões apropriadas para
compartilhar com eles o evangelho de
Cristo.
Uma das primeiras mensagens que o
Senhor Jesus pregou aos que foram
chamados para estarem com Ele
durante o Seu ministério terreno foi
esta: "Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens." (Mateus
4:19). E, também, algumas das
últimas palavras proferidas pelo
Senhor aqui na terra, pouco antes de
ser elevado às alturas, foram estas: "
recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém
44. 44
como em toda a Judéia e Sumária, e
até aos confins da terra." (Atos 1:8).
Sejamos, pois, irmãos e irmãs, fiéis
ganhadores de almas para Cristo. O
Senhor conta conosco, nessa difícil
mas maravilhosa tarefa.
Questionário
1) Qualquer cristão pode ganhar almas para Jesus ou só os pastores e
missionários?
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_______________________________________________________________
2) A salvação está disponível para quem?
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_________________________________________________________________
3) Você tem tido oportunidades para testemunhar?
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45. 45
Texto áureo: “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa,
para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve
misericórdia de ti.” (Marcos 5:19)
Leitura Bíblica: Atos 26:4-5, 9-10, 13-16; 1 Timóteo 1:14
4 A minha vida, pois, desde a mocidade, o que tem sido sempre entre o meu povo
e em Jerusalém, sabem-na todos os judeus,
5 pois me conhecem desde o princípio e, se quiserem, podem dar testemunho de
que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
9 Eu, na verdade, cuidara que devia praticar muitas coisas contra o nome de Jesus,
o nazareno;
10 o que, com efeito, fiz em Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos
principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões,
como também dei o meu voto contra eles quando os matavam.
13 ao meio-dia, ó rei vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol,
resplandecendo em torno de mim e dos que iam comigo.
14 E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me dizia em língua hebráica:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.
15 Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues;
46. 46
16 mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro
e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei
de aparecer;
1 Timóteo 1:14
14 e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo
Jesus.
Leituras diárias:
Segunda: Atos 21:39-22:21 Quinta: Filipenses 3:4-14
Terça: Atos 4:10-21 Sexta: Romanos 7:5-25
Quarta: Gálatas 1:11-24 Sábado: João 4:28-42
INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo -
grande ganhador de almas! - usou o
seu testemunho pessoal para levar
outras pessoas à salvação. No episódio
a que o texto bíblico desta semana se
refere, Paulo estava a ser julgado e
aproveitou para dar o seu testemunho
cristão ao rei Agripa, seu juiz, falando
da sua experiência cristã de tal forma
que transformou um testemunho
pessoal numa poderosa mensagem do
evangelho.
Começando por contar o que fora a
sua vida antes de ter conhecido Cristo,
Paulo explicou, depois, como é que
chegou a perceber a necessidade da
salvação. O seu testemunho enfatizou
a mudança experimentada em seu
viver, depois de se ter tornado um
seguidor de Jesus.
Se você, caro leitor, já experimentou a
salvação que há em Cristo, as
circunstâncias que o levaram à
aceitação do Senhor Jesus foram,
seguramente, diferentes das que
aconteceram com o apóstolo Paulo.
No entanto, o seu testemunho contém,
basicamente, os mesmos elementos
básicos do testemunho de Paulo.
Se por acaso você, estimado leitor,
ainda não é um crente em Jesus, e não
tem, portanto, um testemunho
pessoal relativo à operação da
maravilhosa graça de Deus em sua
vida, então fale com alguém que já
seja crente, para que essa pessoa o
ajude a conhecer e aceitar Cristo como
47. 47
seu Salvador pessoal, tornando-se,
assim, também, um filho de Deus
possuidor da vida eterna.
I – A VIDA ANTES DE ACEITAR CRISTO
(Atos 26:1-11)
Paulo confessou abertamente qual era
o seu modo de vida antes de ter sido
salvo. Contudo, nota-se que procurou
evitar sensacionalismos, tais como,
por exemplo, relatar com detalhe o
seu envolvimento na morte de Estêvão.
O fato poderia ter atraído mais
atenção para a sua própria história do
que para o essencial, ou seja, a
história de Jesus.
Ao testemunharmos acerca da graça
salvadora de Deus a nosso favor,
devemos ser sinceros ao caracterizar a
nossa vida antes de termos
experimentado a salvação. Não há
necessidade de “ornamentar” muito
aquilo que aconteceu. O que o Senhor
fez com cada um de nós, na
experiência da salvação, já é uma obra
grandiosa que simplesmente precisa
ser transmitida a outras pessoas. A
ênfase do testemunho, portanto, deve
ser a obra que Cristo realizou a nosso
favor, e não uma história, mais ou
menos “adornada”, da nossa vida
pecaminosa de então.
Em vez de darmos informação
detalhada acerca da vida “velha”,
vivida em pecado, o testemunho
evangelístico deve centrar-se, antes,
em aspectos das nossas vidas que
ilustrem a condição deplorável de uma
pessoa perdida, sem Deus. Por
exemplo, Paulo admitiu que tivesse
aprisionado muitos cristãos e dado “o
seu voto contra eles”, mas sem gastar
demasiado tempo contando todos os
detalhes sobre o assunto.
Convém que a ênfase do nosso
testemunho evangelístico tenha o seu
enfoque principal apenas no aspecto
mais saliente da nossa vida anterior.
De preferência, algo que seja
relevante para alguma área da vida do
nosso interlocutor. Por exemplo, se
estivermos procurando evangelizar
uma pessoa que perdeu recentemente
um ente querido, podemos referir que,
antes de aceitarmos Cristo como nosso
Salvador, vivíamos com muito receio
daquilo que nos iria acontecer quando
a morte chegasse. Porém, agora que
estamos salvos, sabemos que temos
assegurada a vida eterna em Cristo e
que, portanto, podemos experimentar
verdadeira paz mesmo perante a
realidade da morte, pois sabemos que
Deus vai acolher-nos no Céu, onde
viveremos para sempre com o Senhor.
II – A NECESSIDADE DE ACEITAR
CRISTO (Atos 26:12-18)
Ao partilhar o seu testemunho cristão,
48. 48
o apóstolo Paulo achou por bem
mencionar onde aconteceu o seu
encontro com Cristo (versículo 12), e
quais as circunstâncias (versículo 13)
que se verificaram. Porém,
rapidamente, ele transferiu todo o
enfoque do assunto para a profunda
transformação operada na sua vida
(versículos 14-18). Pode parecer-nos
que não é relevante mencionarmos o
lugar onde aceitámos Cristo, mas
convém que enfatizemos as razões
básicas que nos motivaram para
aceitarmos a salvação que há em
Jesus. Sem nunca faltar à verdade,
convém referir a forma como o
Espírito Santo nos convenceu e nos
chamou para Cristo,
independentemente do lugar onde
estávamos ou das circunstâncias do
momento em que a nossa salvação
ocorreu.
III – COMO ACONTECEU A ACEITAÇÃO
DE CRISTO (1 Timóteo 1:12-16)
Embora o apóstolo Paulo não tenha
enunciado, perante o rei Agripa,
alguns detalhes da sua conversão, na
verdade ele testemunhou, mais tarde,
que a aceitação de Cristo não ficou a
dever-se à sua própria iniciativa, mas,
antes, à manifestação sobrenatural da
“graça de nosso Senhor”. Tal graça foi
tão "abundante" que permitiu a Paulo
não necessitar de exercer uma grande
fé para se sentir preenchido com o
"amor que há em Cristo Jesus” (v. 14).
Deus foi misericordioso, tendo em
conta todas as coisas terríveis que
Paulo tinha praticado
“ignorantemente, na incredulidade” (v.
13). Cristo veio ao encontro de Paulo e
sua condição pecaminosa, para lhe
mostrar que ele precisava de se
humilhar, entregando a sua vida ao
Senhor. A partir de então, a grande
prioridade de Paulo foi anunciar aquilo
que todos devem conhecer, ou seja:
que “Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores” (v. 15).
Na verdade, também foi pela graça de
Deus, e mediante a nossa fé, que
aceitamos o Senhor Jesus como único
e suficiente Salvador. Nada temos de
que nos orgulhar. Tudo foi obra do
Senhor. Assim, em nosso testemunho,
não há razão para darmos ênfase a
qualquer esforço humano feito para a
nossa salvação.
IV – A NOVA VIDA EM CRISTO (Atos
26:19-23)
A descrição que Paulo faz da nova vida
em Cristo é apresentada como se ele
fosse testemunha do acontecimento.
Uma testemunha conta simplesmente
aquilo que viu, experimentou ou viveu.
Deus quer que continuemos a ser
49. 49
“testemunhas” daquilo que Jesus fez
em nossas vidas, para que, assim,
outras pessoas possam ser
evangelizadas por nosso intermédio.
Podemos não ter uma chamada
especial vinda de Deus para sermos
pastores ou missionários e viajar pelo
mundo, como aconteceu com o
apóstolo Paulo, mas, à semelhança do
que aconteceu com o Gadareno, todos
podemos ir para nossa casa, para os
nossos, e anunciar-lhes quão grandes
coisas o Senhor nos fez, e como teve
misericórdia de nós (Marcos 5:19).
O testemunho de Paulo ainda
destacou um outro ponto saliente
sobre a sua nova vida em Cristo, ao
referir: “Tendo alcançando socorro de
Deus, ainda até ao dia de hoje
permaneço dando testemunho tanto a
pequenos como a grandes.” (v. 22).
Muitas foram as provas e lutas na vida
do “apóstolo dos Gentios”, mas ele
permaneceu fiel até ao fim da sua vida,
dando sempre testemunho de Cristo.
Que maravilhosa inspiração para
todos os que somos crentes! Que à
semelhança de Paulo, possamos
também dizer, quando chegar o fim da
nossa jornada: “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a
fé. Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo
juiz, me dará naquele dia; e não
somente a mim, mas também a todos
os que amarem a sua vinda.” (2
Timóteo 4:7-8). Amem!
Questionário
1) Conte como foi sua conversão?
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50. 50
Texto áureo: “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da
salvação.” (2 Coríntios 6:2)
Leitura Bíblica: Atos 26:24-29
24 Fazendo ele deste modo a sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco,
Paulo; as muitas letras te fazem delirar.
25 Mas Paulo disse: Não deliro, ó excelentíssimo Festo, antes digo palavras de
verdade e de perfeito juízo.
26 Porque o rei, diante de quem falo com liberdade, sabe destas coisas, pois não
creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.
27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Sei que crês.
28 Disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me cristão.
29 Respondeu Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não
somente tu, mas também todos quantos hoje me ouvem, se tornassem tais qual eu
sou, menos estas cadeias.
Leituras diárias:
Segunda: Atos 8:36-40 Quinta: João 11:20-27
Terça: 1 Reis 18:21-39 Sexta: João 9:35-38
Quarta: Josué 24:1-18 Sábado: Marcos 9:17-27
51. 51
INTRODUÇÃO: Testemunhar de Cristo,
como alguém já disse, é algo parecido
com "um mendigo que já matou a
fome dizendo a outro mendigo onde é
que este pode encontrar pão." Dito
assim, pode parecer um pouco
simplificado, mas, na verdade, quando
testemunhamos de Jesus, contamos,
simplesmente, qual foi a nossa
experiência no Senhor, e explicamos, a
partir da Bíblia, como é que Jesus
também pode ser encontrado.
Em algum momento da nossa
conversa com uma pessoa que ainda
não tem Cristo e a quem estamos
procurando evangelizar, devemos
chegar ao ponto de lhe propor que
aceite Cristo como seu Salvador
pessoal. Existem cinco princípios
básicos que, em tais ocasiões,
devemos ter em conta. (1) Abordar o
assunto esperando sempre uma
resposta positiva. (2) Tomar cuidado
para evitar reações negativas que
possam desencorajar a tomada de
uma decisão. (3) Contar com as
naturais evasivas, à medida que
vamos procurando levar a pessoa a
assumir um compromisso com
Cristo. (4) Incluir essa probabilidade na
conversação. (5) Terminar sempre a
conversa com uma expressão de
verdadeira amizade,
independentemente de a pessoa
aceitar Cristo ou não. O apóstolo
Paulo exemplifica estes princípios na
forma como concluiu o seu
depoimento perante o rei Agripa.
I – ESPERANDO UMA RESPOSTA
POSITIVA (Atos 26:22-23)
No testemunho de Paulo perante o rei
Agripa, a sua referência " tanto a
pequenos como a grandes" (v. 22), e
também "aos gentios" (v. 23), torna
claro que ele esperava, realmente, que
o rei Agripa também fosse salvo. O
fato de Paulo esperar uma resposta
positiva tornou mais difícil a
resistência do rei que, embora não
tenha recebido o evangelho, acabou
por não manifestar qualquer
hostilidade.
As dificuldades enfrentadas no
testemunho de Paulo perante o rei
Agripa não foram muito diferentes
daquilo que acontece, hoje, quanto
tentamos testemunhar. Em vez de
permitirmos que as dificuldades
levantadas motivem em nós uma
atitude negativa, procuremos, antes,
analisar, sempre, em espírito de
oração e dependência de Deus, o que
está realmente acontecendo naquele
momento específico. Resistir ao
evangelho é uma resposta natural
para uma pessoa perdida. Se não
houvesse resistência, tal pessoa já
estaria salva. Ao testemunharmos,
52. 52
quando alguém começa a resistir ao
evangelho, devemos ser positivos na
abordagem que estamos fazendo, e
continuar confiando que o Senhor é
capaz de, apesar de tudo, salvar a
pessoa em questão.
Qualquer que seja o contexto do
nosso testemunho, nunca devemos
envergonhar-nos do evangelho. Na
verdade, o evangelho continua a ser
“o poder de Deus para salvação de
todo aquele que crê.” (Romanos 1:16).
O fato de o diabo estar tentando
manter uma pessoa na incredulidade,
em nada diminui o poder do
evangelho. Tenhamos confiança na
autoridade de Deus e no Seu desejo de
continuar salvando almas preciosas,
qualquer que seja a circunstância e o
resultado do nosso testemunho.
II – EVITANDO REAÇÕES NEGATIVAS
(Atos 26:24-25)
O apóstolo Paulo dá-nos um bom
exemplo sobre a melhor atitude a
tomar quando há reações negativas.
Enquanto estava dando testemunho
perante o rei Agripa, Festo, um
subordinado de Agripa, entrou
bruscamente na conversa, dirigindo-se
a Paulo “em alta voz”, apesar do
Apóstolo não estar a falar com ele.
Festo não só gritou com Paulo, mas,
também, precipitadamente, acusou-o
de estar louco.
Com admirável sabedoria, Paulo deu-
lhe uma resposta curta, simples,
tranquila, educada, e continuou
dirigindo-se ao rei. O apóstolo Paulo
percebeu que, como testemunha de
Cristo, devia ter cuidado para não cair
numa atitude de simples autodefesa.
De fato, o seu propósito não era tanto
defender-se, mas, antes, testemunhar
de Cristo ao rei Agripa na esperança
de que este também fosse salvo.
Paulo soube responder com
serenidade, não reagindo “a quente”
nem pagando raiva com raiva.
Permanecendo tranquilo diante da
hostilidade, o apóstolo Paulo estava
pondo em prática um sábio conselho
bíblico: " A resposta branda desvia o
furor, mas a palavra dura suscita a
ira." (Provérbios 15:1). Quando estiver
em jogo uma alma preciosa, saibamos,
nós também, sempre, manter a
serenidade, lidando amorosamente
com a circunstância, qualquer que seja
a forma de reagirem conosco. O
objetivo último, e sempre preferível,
deve ser ganharmos uma alma, e não
o de ganharmos um argumento.
Enquanto vamos cumprindo o nosso
dever como testemunhas de Jesus, não
esqueçamos a promessa que o Senhor
nos fez: "Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem
53. 53
e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa. Exultai e
alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram
antes de vós.” (Mateus 5:11-12). Como
sabemos, tanto Jesus quanto João
Batista, foram vítimas de oposição e
perseguição.” (Mateus 11:18-19). De
João Batista, disseram "Ele tem
demónio", só porque não bebia vinho
nem participava nas festas; Jesus,
entretanto, foi criticado exatamente
pela razão oposta: "Eis aí um homem
comilão e beberrão, amigo dos
publicanos e pecadores." O Senhor
resume a situação, afirmando que tais
opiniões não são relevantes.
III – DA DISTRAÇÃO PARA O
COMPROMISSO (Atos 26:26)
O testemunho de Paulo perante o rei
Agripa foi interrompido com o discurso
provocatório de Festo. Ao
testemunharmos, iremos dar-nos
conta de que, à medida que nos vamos
aproximando do momento da decisão,
o diabo irá procurar impedir o nosso
objetivo. Há um bebê que começa a
chorar, uma criança que exige atenção,
um telefone que toca, uma visita que
bate à porta, etc. Por vezes, a
interrupção pode ser de tal ordem que
impede mesmo o apelo final para um
compromisso com Cristo; mas,
geralmente, ainda podemos manter o
controlo da conversa e evitar que
qualquer distração perturbe o nosso
objetivo. Em vez de sermos derrotados
logo de início, por qualquer motivo de
desatenção, devemos, antes, tentar
reencaminhar o diálogo na
perspectiva de termos de novo a
atenção da pessoa, e completar a
proposta para que seja assumido um
compromisso com Cristo. Não
assumamos a derrota só porque o
diabo, sutilmente, usou algo para
distrair a atenção da pessoa que
estamos procurando evangelizar.
IV – EVITANDO O MONÓLOGO (Atos
26:27)
Toda a ação de testemunhar do
evangelho deve consistir numa
conversa, na qual participam: a
pessoa a evangelizar, o Espírito Santo,
e nós. É importante fazer perguntas,
envolvendo a pessoa de modo a que
ela se sinta dentro da conversação.
Paulo perguntou: "Crês tu nos profetas,
ó rei Agripa?" E, logo a seguir,
acrescentou uma declaração – “bem
sei que crês”-, manifestando, assim,
confiança de que o rei pudesse aceitar
a mensagem apresentada acerca do
Messias.
Envolver no diálogo do nosso