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A pesquisa como eixo estruturador da Educação Estatística 
Guilherme Alves de Souza 
Marinaldo Felipe da silva 
Coordenador Adjunto de Matemática 
PNAIC – UNIR - RO
Com o conteúdo deste Caderno busca-se inserir a criança no universo da investigação, a partir de situações de interesse próprio, realizando coletas de dados e apresentando- os em gráficos e tabelas
Ao olhar para a história da educação, observamos que alguns conteúdos deixam de constar na grade curricular, enquanto outros são deslocados ou introduzidos. De modo geral, tais mudanças são ocasionadas por: 
 Mudanças na sociedade, que mostram que determinados conteúdos e procedimentos tornam- se necessários ou obsoletos
A divisão de frações que fazia parte do currículo da antiga quarta série, atualmente é recomendada somente para os ciclos finais do Ensino Fundamental 
Antigamente o estudo de sequências era um assunto somente para o Ensino Médio e hoje trabalhamos sequências elementares com crianças 
 Estudos na área da Psicologia, que revelam que determinados conteúdos somente podem ser aprendidos em anos mais avançados ou que poderiam ser aprendidos por alunos mais jovens. 
Exemplos:
Antes da década de 80, a Estatística e assuntos correlatos, como probabilidade e a análise combinatória, eram propostos apenas para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. No entanto, devido a importância destes conceitos para o exercício da cidadania, e estudos da área da Psicologia que apontam a possibilidade de poderem ser trabalhados com crianças menores, indica-se a inserção da Educação Estatística já nos anos iniciais.
No entanto, pelo fato de não termos aprendido tais conceitos na escola, é comum que nós professores façamos diversos questionamentos.
A Estatística cumpre o papel de auxiliar as investigações nas quais muitos dados estão presentes, buscando tratar, quantitativamente, as situações para que informações sejam geradas e apresentadas de forma 
planejada. A pesquisa é um 
Dos eixos estruturadores 
da abordagem da Estatística 
na escola.
Antes de tratar grande quantidade de dados com muitos cálculos, a Estatística importa-se em decidir: 
 As questões que devem ser feitas, 
 Os dados a coletar, 
 As estratégias de classificação das respostas. 
Enfim, investigar-se alguma coisa.
Aprender a fazer pesquisa favorece, não somente a formação estatística do cidadão, como, também, a formação científica. A Estatística tem importância numa perspectiva interdisciplinar, para a formação do cidadão em outras áreas do conhecimento, pois as questões a serem investigadas são geradas nos diversos campos de conhecimento.
A criança chega à escola cheia de questionamentos. A curiosidade é uma qualidade da criança que, por falta de valorização, vai, ao longo dos anos, desaparecendo. A Educação Estatística ajuda a valorizar o desenvolvimento dessa curiosidade. Se uma criança questiona: “qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas?”, em vez de cortar sua curiosidade, o professor pode direcioná-la para o desenvolvimento de uma investigação.
Cabe ao professor, incentivar para que a pergunta seja aprimorada, buscando um resultado que valha para todo um grupo de sujeitos (uma população), por exemplo, toda a turma.
Além disso, pode-se provocar a curiosidade com novas questões: 
O grupo de meninos terá a mesma preferência que o grupo de meninas? 
Se investigarmos a preferência do grupo de professores teremos o mesmo resultado que para o grupo das crianças?
Para o desenvolvimento de uma pesquisa feita pelas crianças é importante que a população seja passível de ser investigada, pelas próprias crianças. Portanto, é importante limitar a população para que se consiga envolver todos do grupo escolhido ou conseguir uma parte dela que possa melhor representar esse grupo.
A partir do momento em que as crianças enunciam sua dúvida, pode-se incentivá-las a elaborar possíveis respostas. Por exemplo, para a pergunta: “qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas?” várias hipóteses de respostas, que certamente dependerão do contexto de cada região, serão dadas: cachorro, gato, galinha, coelho, etc.
Para além dessas primeiras aproximações, é importante observar que: 
“Uma criança pode achar que as meninas gostam mais de gatos, pois são mais dóceis e os meninos dos cães por serem mais ágeis.”
“Outra criança poderia ter como opinião que as crianças que têm muitos irmãos gostam mais de cachorros, pois fica mais divertido.” 
Hipóteses dessa natureza exigiriam que coletássemos informações referentes: a gênero (menino ou menina), ao motivo pelo qual gostam de tais animais e sobre a quantidade de crianças que moram na casa. Trata-se, portanto, de variáveis que podem ser estudadas.
Após a definição da população a ser investigada é preciso decidir se todos serão pesquisados ou apenas uma parte da população – uma amostra 
Como estamos trabalhando com os anos iniciais, é importante começar uma investigação que possa ser feita com toda a população: um censo.
Lembrando de nossa questão de investigação, qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas? e de nossas hipóteses, temos as seguintes variáveis importantes: 
 O nome da criança – para que nenhuma criança seja esquecida ou para que nenhuma responda duas vezes; 
 O gênero da criança – devido à hipótese da diferença de preferência entre meninos e meninas;
 O bicho de estimação preferido – pois é a questão chave da pesquisa; 
 O porquê é preferido – devido à primeira hipótese levantada; 
 A quantidade de crianças que moram na casa. 
Apesar de nesse texto estarmos considerando cinco variáveis distintas, é importante iniciar o estudo com menos, considerando apenas uma das hipóteses.
É importante decidir qual o método de coleta dos dados; nessa etapa alguns cuidados são importantes: 
a) construir previamente as perguntas a serem feitas; 
b) decidir se cada questão será aberta, fechada ou semi-aberta;
c) para as questões abertas: garantir que todos saibam os critérios que são levados em conta na variável; 
d) para as variáveis numéricas: como as grandezas serão medidas; 
e) para as questões fechadas ou semiabertas: gerar a categorização prévia das variáveis.
Para gerar uma pesquisa estatística é importante se definir qual o critério que vai classificar as respostas, mesmo quando se utiliza uma pergunta aberta do tipo: Qual o bicho de estimação que você prefere? Muitas vezes, quando não se delimitam critérios anteriormente, alguns dados não são passíveis de serem aproveitados.
Algumas pesquisas optam por utilizar uma classificação prévia, apresentando, ao sujeito pesquisado, categorias previamente definidas para que ele apenas escolha entre elas. Por exemplo: 
Se por um lado, esse tipo de questão facilita a coleta dos dados, por outro, limita as escolhas. Por isso pode-se transforma-la numa questão semiaberta, incluindo um item do tipo:
A variável “do porquê” é sempre uma questão difícil de ser classificada a partir de questões abertas, portanto, vamos optar por uma classificação prévia e uma questão semiaberta. 
Por que você prefere esse tipo de bicho de estimação?
A quantidade de crianças que mora em casa é outra variável. Antes de qualquer coisa, precisamos novamente definir o que vai ser considerado como morar na casa.
Os dados precisam ser coletados, e organizados numa planilha de dados 
Simulamos uma planilha deste tipo com 20 crianças entrevistadas.
Após a coleta e organização dos dados, vem uma etapa de análise estatística. Precisamos buscar as medidas estatísticas que permitam responder à questão posta: 
“Qual bicho de estimação favorito dos alunos da turma?”
A primeira pergunta a responder é: Qual o bicho de estimação favorito? 
Os resultados podem ser apresentados através de: 
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A primeira pergunta a responder é: Qual o bicho de estimação favorito? 
Os resultados podem ser apresentados através de: 
Gráficos
A primeira pergunta a responder é: Qual o bicho de estimação favorito? 
Os resultados podem ser apresentados através de: 
Pode-se então criar uma tabela com as informações do gráfico:
Após construírem cada gráfico ou tabela, é importante discutir com os alunos, que informações se podem obter dessas representações Uma série de perguntas podem ser feitas a partir do gráfico: 
 O que significa não ter nenhum quadradinho acima do peixinho? 
 Qual o bicho mais escolhido? 
O tratamento dos dados deve estar atrelado às perguntas geradas. Portanto, uma pergunta a ser discutida é relativa à hipótese de que as meninas gostam mais de gatos e os meninos de cães.
Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
É importante apresentar os dados tratados por meio de gráficos e tabelas que tenham relação com as perguntas levantadas, e dizer o que se pode interpretar a partir deles. Uma tendência comum das crianças é fugir dos dados e falar o que acham, mesmo que os dados digam outra coisa. É preciso buscar que elas sejam críticas e contrastem o que pensam com o que os dados dizem. Fazer uma apresentação para comunicar os resultados e, se for o caso, tomar decisões.

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Caderno 7 1 a pesquisa como eixo estruturador da educação estatística

  • 1. A pesquisa como eixo estruturador da Educação Estatística Guilherme Alves de Souza Marinaldo Felipe da silva Coordenador Adjunto de Matemática PNAIC – UNIR - RO
  • 2. Com o conteúdo deste Caderno busca-se inserir a criança no universo da investigação, a partir de situações de interesse próprio, realizando coletas de dados e apresentando- os em gráficos e tabelas
  • 3. Ao olhar para a história da educação, observamos que alguns conteúdos deixam de constar na grade curricular, enquanto outros são deslocados ou introduzidos. De modo geral, tais mudanças são ocasionadas por:  Mudanças na sociedade, que mostram que determinados conteúdos e procedimentos tornam- se necessários ou obsoletos
  • 4. A divisão de frações que fazia parte do currículo da antiga quarta série, atualmente é recomendada somente para os ciclos finais do Ensino Fundamental Antigamente o estudo de sequências era um assunto somente para o Ensino Médio e hoje trabalhamos sequências elementares com crianças  Estudos na área da Psicologia, que revelam que determinados conteúdos somente podem ser aprendidos em anos mais avançados ou que poderiam ser aprendidos por alunos mais jovens. Exemplos:
  • 5. Antes da década de 80, a Estatística e assuntos correlatos, como probabilidade e a análise combinatória, eram propostos apenas para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. No entanto, devido a importância destes conceitos para o exercício da cidadania, e estudos da área da Psicologia que apontam a possibilidade de poderem ser trabalhados com crianças menores, indica-se a inserção da Educação Estatística já nos anos iniciais.
  • 6. No entanto, pelo fato de não termos aprendido tais conceitos na escola, é comum que nós professores façamos diversos questionamentos.
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  • 10. A Estatística cumpre o papel de auxiliar as investigações nas quais muitos dados estão presentes, buscando tratar, quantitativamente, as situações para que informações sejam geradas e apresentadas de forma planejada. A pesquisa é um Dos eixos estruturadores da abordagem da Estatística na escola.
  • 11. Antes de tratar grande quantidade de dados com muitos cálculos, a Estatística importa-se em decidir:  As questões que devem ser feitas,  Os dados a coletar,  As estratégias de classificação das respostas. Enfim, investigar-se alguma coisa.
  • 12. Aprender a fazer pesquisa favorece, não somente a formação estatística do cidadão, como, também, a formação científica. A Estatística tem importância numa perspectiva interdisciplinar, para a formação do cidadão em outras áreas do conhecimento, pois as questões a serem investigadas são geradas nos diversos campos de conhecimento.
  • 13. A criança chega à escola cheia de questionamentos. A curiosidade é uma qualidade da criança que, por falta de valorização, vai, ao longo dos anos, desaparecendo. A Educação Estatística ajuda a valorizar o desenvolvimento dessa curiosidade. Se uma criança questiona: “qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas?”, em vez de cortar sua curiosidade, o professor pode direcioná-la para o desenvolvimento de uma investigação.
  • 14. Cabe ao professor, incentivar para que a pergunta seja aprimorada, buscando um resultado que valha para todo um grupo de sujeitos (uma população), por exemplo, toda a turma.
  • 15. Além disso, pode-se provocar a curiosidade com novas questões: O grupo de meninos terá a mesma preferência que o grupo de meninas? Se investigarmos a preferência do grupo de professores teremos o mesmo resultado que para o grupo das crianças?
  • 16. Para o desenvolvimento de uma pesquisa feita pelas crianças é importante que a população seja passível de ser investigada, pelas próprias crianças. Portanto, é importante limitar a população para que se consiga envolver todos do grupo escolhido ou conseguir uma parte dela que possa melhor representar esse grupo.
  • 17. A partir do momento em que as crianças enunciam sua dúvida, pode-se incentivá-las a elaborar possíveis respostas. Por exemplo, para a pergunta: “qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas?” várias hipóteses de respostas, que certamente dependerão do contexto de cada região, serão dadas: cachorro, gato, galinha, coelho, etc.
  • 18. Para além dessas primeiras aproximações, é importante observar que: “Uma criança pode achar que as meninas gostam mais de gatos, pois são mais dóceis e os meninos dos cães por serem mais ágeis.”
  • 19. “Outra criança poderia ter como opinião que as crianças que têm muitos irmãos gostam mais de cachorros, pois fica mais divertido.” Hipóteses dessa natureza exigiriam que coletássemos informações referentes: a gênero (menino ou menina), ao motivo pelo qual gostam de tais animais e sobre a quantidade de crianças que moram na casa. Trata-se, portanto, de variáveis que podem ser estudadas.
  • 20. Após a definição da população a ser investigada é preciso decidir se todos serão pesquisados ou apenas uma parte da população – uma amostra Como estamos trabalhando com os anos iniciais, é importante começar uma investigação que possa ser feita com toda a população: um censo.
  • 21. Lembrando de nossa questão de investigação, qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas? e de nossas hipóteses, temos as seguintes variáveis importantes:  O nome da criança – para que nenhuma criança seja esquecida ou para que nenhuma responda duas vezes;  O gênero da criança – devido à hipótese da diferença de preferência entre meninos e meninas;
  • 22.  O bicho de estimação preferido – pois é a questão chave da pesquisa;  O porquê é preferido – devido à primeira hipótese levantada;  A quantidade de crianças que moram na casa. Apesar de nesse texto estarmos considerando cinco variáveis distintas, é importante iniciar o estudo com menos, considerando apenas uma das hipóteses.
  • 23. É importante decidir qual o método de coleta dos dados; nessa etapa alguns cuidados são importantes: a) construir previamente as perguntas a serem feitas; b) decidir se cada questão será aberta, fechada ou semi-aberta;
  • 24. c) para as questões abertas: garantir que todos saibam os critérios que são levados em conta na variável; d) para as variáveis numéricas: como as grandezas serão medidas; e) para as questões fechadas ou semiabertas: gerar a categorização prévia das variáveis.
  • 25. Para gerar uma pesquisa estatística é importante se definir qual o critério que vai classificar as respostas, mesmo quando se utiliza uma pergunta aberta do tipo: Qual o bicho de estimação que você prefere? Muitas vezes, quando não se delimitam critérios anteriormente, alguns dados não são passíveis de serem aproveitados.
  • 26. Algumas pesquisas optam por utilizar uma classificação prévia, apresentando, ao sujeito pesquisado, categorias previamente definidas para que ele apenas escolha entre elas. Por exemplo: Se por um lado, esse tipo de questão facilita a coleta dos dados, por outro, limita as escolhas. Por isso pode-se transforma-la numa questão semiaberta, incluindo um item do tipo:
  • 27. A variável “do porquê” é sempre uma questão difícil de ser classificada a partir de questões abertas, portanto, vamos optar por uma classificação prévia e uma questão semiaberta. Por que você prefere esse tipo de bicho de estimação?
  • 28. A quantidade de crianças que mora em casa é outra variável. Antes de qualquer coisa, precisamos novamente definir o que vai ser considerado como morar na casa.
  • 29. Os dados precisam ser coletados, e organizados numa planilha de dados Simulamos uma planilha deste tipo com 20 crianças entrevistadas.
  • 30. Após a coleta e organização dos dados, vem uma etapa de análise estatística. Precisamos buscar as medidas estatísticas que permitam responder à questão posta: “Qual bicho de estimação favorito dos alunos da turma?”
  • 31. A primeira pergunta a responder é: Qual o bicho de estimação favorito? Os resultados podem ser apresentados através de: Gráficos
  • 32. A primeira pergunta a responder é: Qual o bicho de estimação favorito? Os resultados podem ser apresentados através de: Gráficos
  • 33. A primeira pergunta a responder é: Qual o bicho de estimação favorito? Os resultados podem ser apresentados através de: Pode-se então criar uma tabela com as informações do gráfico:
  • 34. Após construírem cada gráfico ou tabela, é importante discutir com os alunos, que informações se podem obter dessas representações Uma série de perguntas podem ser feitas a partir do gráfico:  O que significa não ter nenhum quadradinho acima do peixinho?  Qual o bicho mais escolhido? O tratamento dos dados deve estar atrelado às perguntas geradas. Portanto, uma pergunta a ser discutida é relativa à hipótese de que as meninas gostam mais de gatos e os meninos de cães.
  • 35. Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
  • 36. Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
  • 37. Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
  • 38. Podemos fazer uma tabela somente das meninas e outra somente dos meninos.
  • 39. É importante apresentar os dados tratados por meio de gráficos e tabelas que tenham relação com as perguntas levantadas, e dizer o que se pode interpretar a partir deles. Uma tendência comum das crianças é fugir dos dados e falar o que acham, mesmo que os dados digam outra coisa. É preciso buscar que elas sejam críticas e contrastem o que pensam com o que os dados dizem. Fazer uma apresentação para comunicar os resultados e, se for o caso, tomar decisões.