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Apologia da História
ou O Oficio de Historiador
De
Marc Bloch
“Não há verdades na história, é tudo mentira”
Jacques Le Goff.
IntroduçãoIntrodução
“Papai então me explica para que serve a“Papai então me explica para que serve a
história?”história?”
Marc Bloch, como pai e historiador agora se vê em um dilema;Marc Bloch, como pai e historiador agora se vê em um dilema;
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Ocidente;Ocidente;
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agora chamado a
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Era junho de 1940, dia da entrada dos alemães em Paris.Era junho de 1940, dia da entrada dos alemães em Paris.
Diante do desastre um de nós se une a criança e murmura,Diante do desastre um de nós se une a criança e murmura,
“ É possível acreditar que a história nos tenha enganado?”.“ É possível acreditar que a história nos tenha enganado?”.
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nosso oficio.
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possa nisto ser
útil.
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Cap. 01-Cap. 01- A história os homens e o tempoA história os homens e o tempo
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raramente falava a verdade.raramente falava a verdade.
• Por isso houve a preocupação de pensar a importânciaPor isso houve a preocupação de pensar a importância
da história como responsável por responder asda história como responsável por responder as
indagações da sociedade. E para isso, fará históriaindagações da sociedade. E para isso, fará história
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naufragam no reino de Memóriasnaufragam no reino de Memórias
• Presente quer dizer passadoPresente quer dizer passado
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A história e o ofício do historiador

  • 1. Apologia da História ou O Oficio de Historiador De Marc Bloch “Não há verdades na história, é tudo mentira” Jacques Le Goff.
  • 2. IntroduçãoIntrodução “Papai então me explica para que serve a“Papai então me explica para que serve a história?”história?” Marc Bloch, como pai e historiador agora se vê em um dilema;Marc Bloch, como pai e historiador agora se vê em um dilema; É, de sua responsabilidade “legitimar” a história;É, de sua responsabilidade “legitimar” a história; E para tal ele faz uma retrospectiva de boa parte da história doE para tal ele faz uma retrospectiva de boa parte da história do Ocidente;Ocidente;
  • 3. O oficiante (historiador), é agora chamado a prestar conta. Era junho de 1940, dia da entrada dos alemães em Paris.Era junho de 1940, dia da entrada dos alemães em Paris. Diante do desastre um de nós se une a criança e murmura,Diante do desastre um de nós se une a criança e murmura, “ É possível acreditar que a história nos tenha enganado?”.“ É possível acreditar que a história nos tenha enganado?”.
  • 4. Diferente dos positivistas a humanidadeDiferente dos positivistas a humanidade reclama o direito de buscar saciar areclama o direito de buscar saciar a fome intelectual.fome intelectual. A história tem o homem e os seus atosA história tem o homem e os seus atos como material para ajudar o própriocomo material para ajudar o próprio homem a viver melhor. Sua utilidadehomem a viver melhor. Sua utilidade não se confunde com sua legitimidade.não se confunde com sua legitimidade. Este debate deve ser reconsiderado, emEste debate deve ser reconsiderado, em cima de dados, métodos e técnicascima de dados, métodos e técnicas mais seguras.mais seguras.
  • 5. ““Como e porque praticar o oficio de historiador?”Como e porque praticar o oficio de historiador?” A tarefa pode até passar por simples, mas não é!A tarefa pode até passar por simples, mas não é!
  • 6. Historiadores de profissão, jovens, habituem-se a refletir sobre essas hesitações de nosso oficio. Que este livro possa nisto ser útil.
  • 7. EM BUSCA DA VERDADE CONCLUSÕES Cap. 01-Cap. 01- A história os homens e o tempoA história os homens e o tempo • O que significa história?O que significa história? • Para que serve a história?Para que serve a história? • E qual é o oficio do historiador?E qual é o oficio do historiador? • Para os sociólogos da era durkheimiana a história nãoPara os sociólogos da era durkheimiana a história não tinha nenhuma serventia porque ela somente narrava ostinha nenhuma serventia porque ela somente narrava os fatos e acontecimentos humanos superficiais, já quefatos e acontecimentos humanos superficiais, já que raramente falava a verdade.raramente falava a verdade. • Por isso houve a preocupação de pensar a importânciaPor isso houve a preocupação de pensar a importância da história como responsável por responder asda história como responsável por responder as indagações da sociedade. E para isso, fará históriaindagações da sociedade. E para isso, fará história apartir do objeto de estudo que é o homem no seuapartir do objeto de estudo que é o homem no seu contexto socialcontexto social
  • 8. A história e os homens a) Um erro, ou equívoco que precisa ser reparado; “A história é a ciência do passado” b) Como se o passado fosse objeto de ciência; c) Mudança esta, que esta sendo reparada por precursores, e segundo eles, o objeto da história é por natureza o homem; d) “A história é uma ciência ou uma arte?” Ela é uma ciência da adversidade; e) Entre a expressão da realidade do mundo físico e do mundo humano, o contraste é em suma o mesmo.
  • 9. Cap. 03 – O tempo histórico;Cap. 03 – O tempo histórico; “Ciência dos homens” Este termo é vago demais;“Ciência dos homens” Este termo é vago demais; É preciso acrescentar “ciência dos homens no tempo”É preciso acrescentar “ciência dos homens no tempo” Nenhuma ciência se abstrai do tempo;Nenhuma ciência se abstrai do tempo; Entretanto para muitas delas o tempo é só uma medida;Entretanto para muitas delas o tempo é só uma medida; Este tempo por natureza é um contínuo, uma mudança;Este tempo por natureza é um contínuo, uma mudança; Desses dois grandes atributos provêm os problemas da pesquisaDesses dois grandes atributos provêm os problemas da pesquisa históricahistórica Cap. 04 – O ídolo das origens; Há homens que fazem do passado sua pesquisa, fazem por obsessão das origens; Origem significa começo? Nunca se explica um fenômeno histórico fora de seu momento.
  • 10. O presente é um instante que malO presente é um instante que mal nasce morre. Mal falei, mal agi enasce morre. Mal falei, mal agi e minhas palavras e meus atosminhas palavras e meus atos naufragam no reino de Memóriasnaufragam no reino de Memórias • Presente quer dizer passadoPresente quer dizer passado recente;recente; • O presente é constituído porO presente é constituído por elementos de instantes;elementos de instantes; • O oficio do historiador não é julgarO oficio do historiador não é julgar outras civilizações, mas simoutras civilizações, mas sim compreende-las;compreende-las; • O autor indica que o seu objeto deO autor indica que o seu objeto de estudo não é o passado, mas oestudo não é o passado, mas o homem no tempo;homem no tempo; Cap. 5 – Passado eCap. 5 – Passado e PresentePresente
  • 11. Continuação do Capítulo – 5 e Conclusão 1. Presente quer dizer, passado recente; 2. A incompreensão do presente, nasce fatalmente da ignorância do passado; 3. O passado e o presente se interpretam...
  • 12. A Vida é muito breve, os conhecimentos a adquirir, muito longos para permitir, até para o mais belo gênio, uma experiência total da