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A Historiografia Positivista         (séc. XIX) Disciplina de História - Ano 2010/2011
De forma geral os historiadores dividem-se a evolução do processo histórico em três fases distintas: a fase Pré-científica que engloba as historiografias Grega, Romana, Cristã-medieval e Renascentista, a fase de transição, em que se destacam a historiografia Racionalista ou Iluminista e a historiografia Liberal e Romântica e, finalmente, a fase científica em que temos o Positivismo, o Historicismo, o Materialismo Histórico, no século XIX, e a escola dos "ANNALES" e a História Nova, em pleno século XX.Considera-se que o processo histórico se inicia com os Gregos e de facto é com Heródoto de Halicarnasso que em pleno século V A.C. , se faz pela primeira vez uma tentativa de investigação do passado, eliminando tanto quanto possível, o aspecto mitológico. A história começa a abandonar o estudo das "coisas divinas" e começa a preocupar-se com as "coisas humanas". Heródoto procurou além disso estabelecer uma causalidade entre os factos históricos e os motivos que os determinam, factor de extrema importância se considerarmos que esta forma de actuação, esta perspectiva, não é inata ao pensamento grego. Como afirma Barraclough, esta é uma invenção de Heródoto. Além de Heródoto, a historiografia grega contou com outros personagens importantes de que se destacam Tucídides e Políbio. Se Tucídides é importante pelo rigor que coloca na selecção dos testemunhos e pela imparcialidade que pretende introduzir na narrativa, com Políbio faz-se a transição da tradição historiográfica para os Romanos, destacando-se especialmente de entre estes, Tito Lívio e Tácito. No entanto faltou brilho à historiografia romana e em termos concretos pouco se evoluiu relativamente aos helénicos Disciplina de História - Ano 2010/2011
Se com Tito Lívio e a sua história de Roma ainda se vislumbra a introdução de algum método na investigação dos factos, com Tácito e a sua perspectiva pedagógica, encontramos um relato eivado de parcialidade e preconceitos. Numa análise geral, podemos afirmar que a historiografia Greco-Romana se caracteriza por um sentido pragmático, didáctico e principalmente com os Romanos, pelo surgimento de um espírito de exaltação nacional. A História que com Heródoto e Tucídedes apresentava um cariz regionalista, passa com os seus seguidores a assumir uma perspectiva universal.Com o advento da Idade Média a historiografia sofre um retrocesso e passa a apresentar relações teológicas que lhe imprimem um carácter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus passa a estar no centro das preocupações humanas. É o Teocentrismo. A preocupação do historiador passa a ser a justificação da vinda do filho de Deus ao Mundo, e depois desse evento, analisar as suas repercussões.A chegada do Renascimento introduz grandes alterações na historiografia, tornando-se de novo o Homem o objecto de estudo, Assiste-se a um ressurgimento da herança cultural da Antiguidade Clássica, acompanhado de um desenvolvimento muito sensível das ciências auxiliares da História, como, por exemplo, a Epigrafia, a Arqueologia, a Numismática, etc. É o tempo do Antropocentrismo.  Disciplina de História - Ano 2010/2011
O período que antecede e acompanha a Revolução Francesa vai ser caracterizado por grandes filósofos, tais como Voltaire, Montesquieu e Jean Jacques Rosseau, que irão lançar as bases filosóficas de um novo Mundo. Como é óbvio, isto irá reflectir-se no estudo da História e dá-se uma nova orientação do sentido de estudo, atribuindo-se mais importância ao estudo das sociedades do que propriamente das grandes personalidades.A historiografia Liberal e Romântica que surgiria na sequência do movimento liberal que "invadiu" a Europa em pleno século XIX, irá debruçar-se sobre o Homem, as sociedades e os municípios. É uma História eminentemente regionalista, com grande simpatia pela Idade Média (advento das nacionalidades) e que introduz subjectividade na narrativa. É um período de grande divulgação cultural, há um alargamento de público e os historiadores são, nalguns casos, jornalistas como Thierry e Guizot.Com Auguste Comte são lançadas as bases do Positivismo que, como diz Colingwood, é a aplicação da filosofia às ciências da Natureza. Institui-se um método que ainda hoje é, na sua essência, utilizado e a fim de contrariar a subjectividade romântica, o papel do historiador passa a traduzir-se na pesquisa dos factos (pesquisa particularmente cuidada) e na sua subsequente organização, fazendo a sua exposição através de uma narrativa tão impessoal quanto possível Disciplina de História - Ano 2010/2011
Conceito Positivismo – uma filosofia ao serviço das ciências da natureza Disciplina de História - Ano 2010/2011
Consiste de duas coisas: 1º - Determinar os factos através da percepção sensorial (dos sentidos) 2º - Estabelecer as leis através da generalização feita a partir dos factos por intuição Disciplina de História - Ano 2010/2011
Os positivistas começaram por determinar todos os factos que pudessem, que permitiu um aumento do conhecimento histórico pormenorizado. Nesta época a história enriqueceu pela compilação de grandes quantidades de material seleccionado O ideal da história Universal foi colocado de lado como um sonho inútil e o ideal de literatura histórica transformou-se em monografia (era um grande manancial de documentos). A historiografia positivista recusou julgar os factos, o que transformou a história da época em história do conhecimento, ignorando assim a história da arte, das mentalidades da ciência, etc. Disciplina de História - Ano 2010/2011
Dos principais positivistas, os representantes que se destacaram foram: Disciplina de História - Ano 2010/2011
Auguste Comte, (1798- 1857) - Foi o fundador do positivismo  ,[object Object]
 aceitou os factos históricos sem os submeter a crítica, o que deu com se lhe atribuísse um papel passivo
 privilegiou a vida intelectual e espiritualDisciplina de História - Ano 2010/2011
Hippolyte Taine (1828-1893) Agente do conservadorismo monárquico. Sua visão da história se concentrava no estudo do Antigo Regime, antes da Revolução Francesa, e concluiu que a mudança fundamental que poderia ocorrer seria sem uma revolução. Este ponto de vista destruiu completamente o mito do objectivismo e neutralidade. Expressa o padrão positivista de sua historiografia através da ambição de identificar uma lei geral para história: no caso, a dependência do desenvolvimento de todas as sociedades em relação a três factores fundamentais: o “meio ambiente”, a “raça” (hereditariedade), e o que ele denomina “momento histórico” (circunstância). Disciplina de História - Ano 2010/2011
Joseph Ernest Renan (1823-1892) Um dos nomes de maior destaque entre os historiadores positivistas da França no século XIX, tornou-se célebre pela publicação de uma Vida de Jesus (1863). Afasta-se um pouco mais do Positivismo tradicional do que Fustel de Coulanges e Hippolyte Taine, dois de seus contemporâneos, mas a ambição positivista expressa-se no cuidado em que procura, através do auxílio da Botânica, recuperar a paisagem de cada cenário histórico relacionado à “Vida de Jesus”. A descrição do meio ambiente em que se dá o fato histórico é, para Renan, a primeira tarefa do historiador  Disciplina de História - Ano 2010/2011
Fustel de Coulanges (1830-1899) Ele  também destaca-se como um dos principais historiadores positivistas franceses das últimas décadas do século XIX. Foi autor de alguns clássicos historiográficos, tais como o livro A Cidade Antiga (1864), obra na qual procura demonstrar que a Religião é o grande factor por trás dos desenvolvimentos históricos. Sua perspectiva positivista pode ser exemplificada pela sua crença de que “a história é uma ciência pura, como a física ou a geologia”, (HARTOG, 1988, p.342-3). Atribui-se a Fustel de Coulanges a frase “Não sou eu que falo, é a História que fala através de mim” (BECKER, 1959, p.136-137). Por isso o historiador tem um papel passivo, no processo histórico. Disciplina de História - Ano 2010/2011

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Historiografia positivista

  • 1. A Historiografia Positivista (séc. XIX) Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 2. De forma geral os historiadores dividem-se a evolução do processo histórico em três fases distintas: a fase Pré-científica que engloba as historiografias Grega, Romana, Cristã-medieval e Renascentista, a fase de transição, em que se destacam a historiografia Racionalista ou Iluminista e a historiografia Liberal e Romântica e, finalmente, a fase científica em que temos o Positivismo, o Historicismo, o Materialismo Histórico, no século XIX, e a escola dos "ANNALES" e a História Nova, em pleno século XX.Considera-se que o processo histórico se inicia com os Gregos e de facto é com Heródoto de Halicarnasso que em pleno século V A.C. , se faz pela primeira vez uma tentativa de investigação do passado, eliminando tanto quanto possível, o aspecto mitológico. A história começa a abandonar o estudo das "coisas divinas" e começa a preocupar-se com as "coisas humanas". Heródoto procurou além disso estabelecer uma causalidade entre os factos históricos e os motivos que os determinam, factor de extrema importância se considerarmos que esta forma de actuação, esta perspectiva, não é inata ao pensamento grego. Como afirma Barraclough, esta é uma invenção de Heródoto. Além de Heródoto, a historiografia grega contou com outros personagens importantes de que se destacam Tucídides e Políbio. Se Tucídides é importante pelo rigor que coloca na selecção dos testemunhos e pela imparcialidade que pretende introduzir na narrativa, com Políbio faz-se a transição da tradição historiográfica para os Romanos, destacando-se especialmente de entre estes, Tito Lívio e Tácito. No entanto faltou brilho à historiografia romana e em termos concretos pouco se evoluiu relativamente aos helénicos Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 3. Se com Tito Lívio e a sua história de Roma ainda se vislumbra a introdução de algum método na investigação dos factos, com Tácito e a sua perspectiva pedagógica, encontramos um relato eivado de parcialidade e preconceitos. Numa análise geral, podemos afirmar que a historiografia Greco-Romana se caracteriza por um sentido pragmático, didáctico e principalmente com os Romanos, pelo surgimento de um espírito de exaltação nacional. A História que com Heródoto e Tucídedes apresentava um cariz regionalista, passa com os seus seguidores a assumir uma perspectiva universal.Com o advento da Idade Média a historiografia sofre um retrocesso e passa a apresentar relações teológicas que lhe imprimem um carácter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus passa a estar no centro das preocupações humanas. É o Teocentrismo. A preocupação do historiador passa a ser a justificação da vinda do filho de Deus ao Mundo, e depois desse evento, analisar as suas repercussões.A chegada do Renascimento introduz grandes alterações na historiografia, tornando-se de novo o Homem o objecto de estudo, Assiste-se a um ressurgimento da herança cultural da Antiguidade Clássica, acompanhado de um desenvolvimento muito sensível das ciências auxiliares da História, como, por exemplo, a Epigrafia, a Arqueologia, a Numismática, etc. É o tempo do Antropocentrismo. Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 4. O período que antecede e acompanha a Revolução Francesa vai ser caracterizado por grandes filósofos, tais como Voltaire, Montesquieu e Jean Jacques Rosseau, que irão lançar as bases filosóficas de um novo Mundo. Como é óbvio, isto irá reflectir-se no estudo da História e dá-se uma nova orientação do sentido de estudo, atribuindo-se mais importância ao estudo das sociedades do que propriamente das grandes personalidades.A historiografia Liberal e Romântica que surgiria na sequência do movimento liberal que "invadiu" a Europa em pleno século XIX, irá debruçar-se sobre o Homem, as sociedades e os municípios. É uma História eminentemente regionalista, com grande simpatia pela Idade Média (advento das nacionalidades) e que introduz subjectividade na narrativa. É um período de grande divulgação cultural, há um alargamento de público e os historiadores são, nalguns casos, jornalistas como Thierry e Guizot.Com Auguste Comte são lançadas as bases do Positivismo que, como diz Colingwood, é a aplicação da filosofia às ciências da Natureza. Institui-se um método que ainda hoje é, na sua essência, utilizado e a fim de contrariar a subjectividade romântica, o papel do historiador passa a traduzir-se na pesquisa dos factos (pesquisa particularmente cuidada) e na sua subsequente organização, fazendo a sua exposição através de uma narrativa tão impessoal quanto possível Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 5. Conceito Positivismo – uma filosofia ao serviço das ciências da natureza Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 6. Consiste de duas coisas: 1º - Determinar os factos através da percepção sensorial (dos sentidos) 2º - Estabelecer as leis através da generalização feita a partir dos factos por intuição Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 7. Os positivistas começaram por determinar todos os factos que pudessem, que permitiu um aumento do conhecimento histórico pormenorizado. Nesta época a história enriqueceu pela compilação de grandes quantidades de material seleccionado O ideal da história Universal foi colocado de lado como um sonho inútil e o ideal de literatura histórica transformou-se em monografia (era um grande manancial de documentos). A historiografia positivista recusou julgar os factos, o que transformou a história da época em história do conhecimento, ignorando assim a história da arte, das mentalidades da ciência, etc. Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 8. Dos principais positivistas, os representantes que se destacaram foram: Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 9.
  • 10. aceitou os factos históricos sem os submeter a crítica, o que deu com se lhe atribuísse um papel passivo
  • 11. privilegiou a vida intelectual e espiritualDisciplina de História - Ano 2010/2011
  • 12. Hippolyte Taine (1828-1893) Agente do conservadorismo monárquico. Sua visão da história se concentrava no estudo do Antigo Regime, antes da Revolução Francesa, e concluiu que a mudança fundamental que poderia ocorrer seria sem uma revolução. Este ponto de vista destruiu completamente o mito do objectivismo e neutralidade. Expressa o padrão positivista de sua historiografia através da ambição de identificar uma lei geral para história: no caso, a dependência do desenvolvimento de todas as sociedades em relação a três factores fundamentais: o “meio ambiente”, a “raça” (hereditariedade), e o que ele denomina “momento histórico” (circunstância). Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 13. Joseph Ernest Renan (1823-1892) Um dos nomes de maior destaque entre os historiadores positivistas da França no século XIX, tornou-se célebre pela publicação de uma Vida de Jesus (1863). Afasta-se um pouco mais do Positivismo tradicional do que Fustel de Coulanges e Hippolyte Taine, dois de seus contemporâneos, mas a ambição positivista expressa-se no cuidado em que procura, através do auxílio da Botânica, recuperar a paisagem de cada cenário histórico relacionado à “Vida de Jesus”. A descrição do meio ambiente em que se dá o fato histórico é, para Renan, a primeira tarefa do historiador Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 14. Fustel de Coulanges (1830-1899) Ele também destaca-se como um dos principais historiadores positivistas franceses das últimas décadas do século XIX. Foi autor de alguns clássicos historiográficos, tais como o livro A Cidade Antiga (1864), obra na qual procura demonstrar que a Religião é o grande factor por trás dos desenvolvimentos históricos. Sua perspectiva positivista pode ser exemplificada pela sua crença de que “a história é uma ciência pura, como a física ou a geologia”, (HARTOG, 1988, p.342-3). Atribui-se a Fustel de Coulanges a frase “Não sou eu que falo, é a História que fala através de mim” (BECKER, 1959, p.136-137). Por isso o historiador tem um papel passivo, no processo histórico. Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 15. Limitações da Historiografia Positivista Eles deram um realce exaustivo aos factos; O estatuto de factos Históricos eram precários; A ausência do papel interpretativo do historiador – ele tinha um papel passivo, não tenta compreender os factos através de uma analise profunda Era uma história dos acontecimentos, ou seja era uma história de eventos. Valorizava apenas os documentos escritos Disciplina de História - Ano 2010/2011
  • 16.
  • 18. Dicionário Lello Práctico IlustradoDisciplina de História - Ano 2010/2011