As quatro fases da evolução da logística são: (1) atuação segmentada, (2) integração rígida, (3) integração flexível, (4) integração estratégica. A quarta fase enfatiza a satisfação do consumidor, formação de parcerias ao longo da cadeia de suprimentos e compartilhamento aberto de informações entre parceiros.
2. Evolução da Logística
Primeira Fase – Atuação Segmentada:
Pós 2ªGuerra aparece a logística empresarial (praticamente
para preencher lacunas de demanda);
MKT – dos produtos baseado na família-padrão da época (pai
trabalhando fora, mãe de prendas domésticas, dois filhos em
idade escolar);
Produtos padronizados: geladeiras de tipo único, na cor
branca; Coca-Cola como o refrigerante típico, etc.
O controle de vendas, pedidos e de estoque totalmente
manual;
O estoque era o elemento chave no balanceamento da cadeia
de suprimento;
4. Segunda Fase: Integração
Rígida
Especialistas em MKT – trabalham nos consumidores
aspirações por produtos mais diferenciados;
Novos produtos surgem e são incorporados a residência (TV,
aparelhos de som, forno micro-ondas, etc.);
No setor de supermercados, surge uma grande quantidade de
novos produtos alimentícios (cereais matinais, café solúvel,
salgadinhos, bebidas variadas, etc.);
Para aumentar acentuadamente a oferta por novos produtos o
processo produtivo na manufatura teve que se tornar mais
flexível (produtos novos, variações de cores, etc.);
Na década de 70 acontece a crise do petróleo, encarecendo
subitamente o transporte de maneira geral;
5. Simultaneamente aumenta o êxodo rural e a consequente
concentração de pessoas nas regiões urbanas provocam
expansão territorial das cidades;
No fluxo logístico começa a utilização intensiva da
multimodalidade no transporte de mercadorias (uso combinado
de caminhão, navio, trem, e mesmo avião);
Com o inicio tímido do uso do computador na década de
sessenta, na década seguinte alguns dos procedimentos que
eram feitos a mão passam a utilizar esta nova tecnologia;
Com estes elementos até aqui analisados as empresas foram
induzidas a uma maior racionalização de seus processos, e os
elementos chave de racionalização foram a otimização de
atividades e o planejamento;
Mensalmente, os centros de distribuição da indústria
consultavam os varejistas, seus clientes, e faziam previsões de
demanda;
7. Terceira Fase: Integração
FlexívelInicia em fins da década de 80 e ainda está sendo implementada em muitas
empresas;
Caracterizada pela integração dinâmica e flexível entre os agentes da cadeia de
suprimentos, em dois níveis: dentro da empresa e nas inter-relações da empresa
com seus fornecedores e clientes;
O intercâmbio de informações entre dois elementos passou a se dar por via
eletrônica, através do EDI (Intercâmbio Eletrônico de Dados.);
Antes as informações eram levantadas manualmente, depois digitalizadas e
passadas ao computador, quando a informação se tornava disponível, não havia
mais condições de agir diretamente sobre grande parte das operações, assim as
informações serviam só para uma avaliação histórica, importante para tomada de
decisões futuras, mas sem serventia para correção imediata;
O desenvolvimento da informática possibilitou, na terceira fase de evolução da
logística, uma integração dinâmica, de consequências importantes na agilização da
cadeia de suprimentos (código de barra, possibilitou a integração flexível das
vendas com o depósito ou CD.);
Outra busca nesta fase, aparentemente utópica foi a do “estoque zero”;
9. Nas três primeiras fases da logística, a integração entre os vários
agentes da cadeia de suprimento se dava basicamente em
termos puramente físicos e operacionais: troca de informações,
fluxo de produtos e de dinheiro, acerto de preços e de
responsabilidades.
Na quarta fase da Logística ocorre um salto qualitativo da maior
importância: as empresas passam a tratar a questão logística
de forma estratégica, ou seja, em lugar de otimizar
pontualmente as operações, focalizando os procedimentos
logísticos como meros geradores de custo, as empresas
participantes da cadeia de suprimentos passaram a buscar
soluções novas, usando a logística para ganhar
competitividade e para induzir novos negócios.
Quarta Fase: Integração Estratégica
(SCM)
10. Quarta Fase: Integração Estratégica
(SCM)
Logística como elemento diferenciador, de natureza estratégica (busca de
novos mercados e oportunidades);
As razões básicas para isso são a globalização e a competição cada vez
mais acirrada entre as empresas;
Postponement (postergação), visando à redução dos prazos e das incertezas
ao longo da cadeia de suprimento (ex. Benetton.);
Empresas virtuais, também chamadas de agile enterprises (empresas ágeis)
ex. Dell;
Logística verde – provavelmente dentro em breve irá ser exigido o selo verde
para as operações logísticas, devido a preocupação crescente principalmente
na Europa sobre os impactos da Logística no meio ambiente. Porque a
globalização ampliou, e muito, o transporte de insumos e produtos,
congestionando corredores importantes e aumentando a poluição ambiental;
Logística Reversa – também se vem notando um interesse crescente nesta
fase;
SCM – Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos);
11. Quarta Fase: Integração Estratégica
(SCM)
Integração plena, estratégica e flexível
ao longo de toda a cadeia de
suprimento (SCM)
12. Quarta Fase: Integração Estratégica
(SCM)
O intercâmbio de informações, mais do que nunca, é intenso nessa
quarta fase da Logística, mas o que a distingue significativamente
das demais são:
Ênfase absoluta na satisfação plena do consumidor final;
Formação de parcerias entre fornecedores e clientes, ao longo da
cadeia de suprimento;
Abertura plena, entre parceiros, possibilitando acesso mútuo às
informações operacionais e estratégicas;
Aplicação de esforços de forma sistemática e continuada, visando
agregar o máximo valor para o consumidor final e eliminar os
desperdícios, reduzindo custos e aumentando a eficiência.