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A NATUREZA
HUMANA

Prof. Douglas Gregorio
Nesta aula:
• A antropologia filosófica: a busca da
compreensão do que é ser humano.
• As concepções tradicionais sobre a essência
do ser humano – o essencialismo.
• O essencialismo tradicional.
• A crítica contemporânea do essencialismo.
A ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA pergunta:

O que é o ser humano? O que ele faz de sí próprio?
Cada cultura tem uma
concepção própria do
que é o ser humano.
Para os estóicos da Grécia
antiga, e depois para os
cristãos, paixões e instintos
são perturbações da alma e
precisam ser controlados.
Na filosofia de Nietzsche (séc.
XIX), filósofo de grande
projeção
contemporânea, paixões e
instintos são forças vitais, e
contê-los é sinal de submissão
e fraqueza.
ESSENCIALISMO

Corrente filosófica que
prega que a natureza
humana é uma só para
todos, em todo tempo e
lugar, ou seja, é UNIVERSAL.
Se há diferenças entre os
indivíduos, tratam-se de
desvios, imperfeições ou
estágios diferentes de
desenvolvimento.
Para Platão, a essência universal do
homem está no mundo das
idéias, ou seja, uma essência
metafísica, una e imutável.

Para Aristóteles, a essência universal
do homem reside em seu ser como
potência, e cabe ao homem torná-la
atual, tal como uma semente tem
em sí uma árvore em potencial.
O essencialismo
encontrou seus
críticos ao longo da
história, ou
seja, filósofos que
rejeitaram a idéia de
uma natureza
humana única e
universal, comum a
todos os indivíduos.
Para Marx (séc. XIX), não há natureza humana
universal.
O homem define-se pelo que produz em
conjunto com os demais homens, ou seja, PELO
TRABALHO COLETIVO.

Não há essência humana universal. As
circunstâncias definem o modo de existir do
homem, não havendo existência universal.
Juntas em sociedade, as pessoas criam valores
em comum, produzindo a sua própria
existência.
Para Sartre
(falecido em 1980)
o ser humano tem
uma essência – o
“ser para sí” que o
permite construir
a sua própria
existência – “o ser
humano não é
mais do que ele
faz” – e não existe
uma natureza
humana universal.
Resumindo:
• A antropologia filosófica consiste na reflexão do que
significa ser humano, a busca da compreensão de nós
mesmos.
• A antropologia filosófica não se limita ao simplesmente
vivenciado, mas busca ultrapassar o vivido e explicar o
ser humano como um todo, numa dimensão mais
ampla e profunda.
• A tradição buscou explicar a essência universal do ser
humano, os essencialismo.
• Os críticos contemporâneos em maioria negam o
conceito de natureza humana universal e buscam
explicar o homem no contexto histórico e social.
Produção e texto: prof. Douglas Gregorio.
Imagens: Corbis e Google.
Grupo de pesquisas CIBERNÉTICA PEDAGÓGICA.

LLD – Laboratório de Linguagens Digitais.
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo – ECA – USP.

Março de 2011.

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A natureza humana.

  • 2. Nesta aula: • A antropologia filosófica: a busca da compreensão do que é ser humano. • As concepções tradicionais sobre a essência do ser humano – o essencialismo. • O essencialismo tradicional. • A crítica contemporânea do essencialismo.
  • 3. A ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA pergunta: O que é o ser humano? O que ele faz de sí próprio?
  • 4. Cada cultura tem uma concepção própria do que é o ser humano.
  • 5. Para os estóicos da Grécia antiga, e depois para os cristãos, paixões e instintos são perturbações da alma e precisam ser controlados. Na filosofia de Nietzsche (séc. XIX), filósofo de grande projeção contemporânea, paixões e instintos são forças vitais, e contê-los é sinal de submissão e fraqueza.
  • 6. ESSENCIALISMO Corrente filosófica que prega que a natureza humana é uma só para todos, em todo tempo e lugar, ou seja, é UNIVERSAL. Se há diferenças entre os indivíduos, tratam-se de desvios, imperfeições ou estágios diferentes de desenvolvimento.
  • 7. Para Platão, a essência universal do homem está no mundo das idéias, ou seja, uma essência metafísica, una e imutável. Para Aristóteles, a essência universal do homem reside em seu ser como potência, e cabe ao homem torná-la atual, tal como uma semente tem em sí uma árvore em potencial.
  • 8. O essencialismo encontrou seus críticos ao longo da história, ou seja, filósofos que rejeitaram a idéia de uma natureza humana única e universal, comum a todos os indivíduos.
  • 9. Para Marx (séc. XIX), não há natureza humana universal. O homem define-se pelo que produz em conjunto com os demais homens, ou seja, PELO TRABALHO COLETIVO. Não há essência humana universal. As circunstâncias definem o modo de existir do homem, não havendo existência universal. Juntas em sociedade, as pessoas criam valores em comum, produzindo a sua própria existência.
  • 10. Para Sartre (falecido em 1980) o ser humano tem uma essência – o “ser para sí” que o permite construir a sua própria existência – “o ser humano não é mais do que ele faz” – e não existe uma natureza humana universal.
  • 11. Resumindo: • A antropologia filosófica consiste na reflexão do que significa ser humano, a busca da compreensão de nós mesmos. • A antropologia filosófica não se limita ao simplesmente vivenciado, mas busca ultrapassar o vivido e explicar o ser humano como um todo, numa dimensão mais ampla e profunda. • A tradição buscou explicar a essência universal do ser humano, os essencialismo. • Os críticos contemporâneos em maioria negam o conceito de natureza humana universal e buscam explicar o homem no contexto histórico e social.
  • 12. Produção e texto: prof. Douglas Gregorio. Imagens: Corbis e Google. Grupo de pesquisas CIBERNÉTICA PEDAGÓGICA. LLD – Laboratório de Linguagens Digitais. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA – USP. Março de 2011.