Este documento discute conceitos fundamentais da filosofia existencialista e de pensadores como Kierkegaard, Nietzsche, Sartre e Dostoiévski. Apresenta exemplos de como esses conceitos podem ser aplicados no ensino e discute a importância de uma pedagogia redentora nas escolas cristãs.
4. Pressupostos axiomáticos na
confessionalidade
A dimensão interna do homem
define a maneira com que ele forma e
vive no mundo;
Julgamos a partir do compromisso
metateórico que temos internamente;
Nossos compromissos filosóficos são
com base em valores, não apenas
racional.
4
8. Francis Schaeffer (1912-1984):
“os primeiros cientistas modernos
alimentavam a convicção, em
primeiro lugar, de que Deus
proporcionou o conhecimento ao
homem através da Bíblia –
conhecimentos acerca do próprio
Criador e também acerca do
universo e da história”.
8
9. É possível entender que, a todo momento,
pessoas, empresas, escolas, confessam algo
com suas atitudes.
Não há neutralidade em nossos atos, eles
revelam aquilo que está em nossos corações.
“Pelo fruto conhecemos a árvore” (Jesus
Cristo).
“A boca fala do que o coração está cheio”. Há
uma relação direta entre o que confessamos e
o que fazemos.
Sinais de Confessionalidade
9
10. Sobre a “neutralidade acadêmica”.
Gordon Clark (1902-1985):
... as escolas [seculares] não são, obviamente,
cristãs. Mas, com semelhante obviedade, não
são neutras. As escolas não são, nunca
foram, nunca poderão ser neutras. O sistema
escolar que ignora a Deus, ensina seus alunos
a ignorarem a Deus. Isso não é neutralidade,
é a pior forma de antagonismo, porque julga
que Deus não é importante; ele é irrelevante
à raça humana. Isso é ateísmo.
10
15. Uma Pedagogia Redentiva, como
solução às Escolas Cristãs:
Tarefas
básicas.
Discernindo as
influências
filosóficas
15
16. Uma Pedagogia Redentiva, como
solução às Escolas Cristãs:
A importância das premissas - devem:
resultar em uma compreensão diferente da tarefa
do educador;
resultar em uma metodologia diferente para o
educador;
levar a uma apreensão diferente da natureza do
educando;
levar a uma gestão diferente do processo de
aprendizado.
O resgate do papel do professor
16
17. Uma Pedagogia Redentiva, como
solução às Escolas Cristãs:
Os nove alicerces:
1. Metafísico – o que existe além do físico?
2. Epistemológico – como se chega á verdade?
3. Ontológico – quem somos?
4. Moral – existem regras e leis?
5. Ético – há discernimento do certo?
6. Relacional – os conhecimentos se relacionam entre si?
7. Metodológico – qual o papel do professor?
8. Estético – há beleza e padrões dela?
9. Teleológico – há propósito na vida?
17
18. Algumas sugestões de didática:
Use ícones da mídia para trabalhar os temas ou propor
um assunto;
Utilize vídeos curtos tais como propagandas, trailer de
jogos e videoclipes;
Trabalhe com pesquisa de campo;
Use recortes de livros, revistas e jornais ou material
publicado na internet para sugerir análise de ideologia
implícita ou explícita nos textos ou imagens;
Geralmente os adolescentes detestam “rótulos”, pois
querem ser livres. Aponte para eles que qualquer que seja
a “opinião dele(a)”, esta sempre irá repousar sobre um
rótulo.
18
19. Elabore perguntas norteadoras;
Faça a leitura crítica dos textos e conteúdo aplicado;
Apresente as razões pelas quais o determinado autor se
posiciona contra a religião ou a favor de determinado
pensamento dentro do conteúdo.
Não se prenda ao óbvio do “porque” apresentado pelo autor em
questão;
As teorias dentro de cada campo do sabernão são por acaso,
pois sempre há pressupostos. Apresente-os quando achar
necessário;
Aponte nas produções humanas (músicas, notícias, etc.) as
categorias metateóricas;
Busque estar sempre “conectado”;
Enfatize o diálogo e desperte a curiosidade.
19
20. Exemplos de minhas
experiências em sala:
"As escolas, fazendo que os homens se
tornem verdadeiramente humanos, são
sem dúvida as oficinas da humanidade.”
Johann Amos Comenius(1592 - 1670)
20
21. Em entrevista à rádio CBN, em 26 de abril de 2012.
Fonte: Gazeta do Povo
21
22. Heráclito 480 a.C
“Tudo está em constante
mudança”.
“Não se pode entrar duas vezes
no mesmo rio”.
“Tudo flui" (panta rei)
22
23. A República - Mito da caverna
1. Condição humana;
2. Questionamento da
realidade;
3. Busca pela verdade;
4. Sofrimento , exílio e dor;
5. Encarando a verdade e a
negação ao confrontá-la;
6. Viver uma nova realidade
traz conflitos;
7. Queremos mesmo ser
livres?
23
25. Jó 41
"Você consegue pescar com anzol o leviatã
ou prender sua língua com uma corda?
25
26. Conceitos:
A origem de todo conhecimento é a sensação.
"Homo homini lupus", o homem é o lobo do
homem.
"Bellum omnium contra omnes", é a guerra de
todos contra todos.
O estado natural é, para todos, um estado de
insegurança e de angústia.
Seu direito não tem outro limite que seu poder e
sua vontade. No estado de sociedade, como no de
natureza, a força é a única medida do direito.
26
27. Prof. Renato R. Borges
“A função da oração não é influenciar Deus, mas
especialmente mudar a natureza daquele que ora.”
Soren Kierkegaard
"Ser ou não ser, eis a questão.....“
Shakespeare
“Uma vida não examinada não merece ser
vivida”. (Platão, Apologia de Sócrates, 38a).
27
28.
Cristão luterano,
fundador da filosofia
existencialista, a
qual tem como tema
central a análise do
homem em sua
relação com o mundo.
Soren Kierkegaard
Dinamarca - 1813 / 1855
28
29.
A pessoa não quer e nem se permite ver
quem ele está sendo em dado momento da
sua vida. Kierkegaard afirma que o
indivíduo que vive nessa esfera "Não
percebe nada da existência, aprende a
imitar os outros e a maneira de se
arranjarem para viver... e ei-lo vivendo
como eles." (KIERKEGGARD, Sören Aabye. "Desespero
Humano - Doença até a Morte". São Paulo, Ed. Abril Cultural, Os
Pensadores, 1979, pgs. 232 e 233)
Quem você pensa que é?
29
31.
“A existência precede a essência”
Jean-Paul Sartre (1905-1980)
Para Sartre (1905-1980), a ideia central de todo
pensamento existencialista é que a existência
precede a essência. Não existe nenhum Deus que
tenha planejado o homem e portanto não existe
nenhuma natureza humana fixa a que o homem
deva respeitar. O homem está totalmente livre e é
o único responsável pelo que faz de si mesmo. E
são para ele, assim como havia colocado
Kierkegaard, esta liberdade e responsabilidade é a
fonte da angústia. 31
33. “Não há nada mais sedutor aos olhos dos homens do que a
liberdade de consciência, mas também não há nada mais terrível.
Em lugar de pacificar a consciência humana de uma vez por todas
mediante sólidos princípios, Tu lhe ofereceste o que há de mais
estranho, de mais enigmático, de mais indeterminado, tudo o que
ultrapassava as forças humanas: a liberdade. Agiste, pois, como se
não amasses os homens... Em vez de Te apoderares da liberdade
humana, Tu a multiplicaste, e assim fazendo, envenenaste com
tormentos a vida do homem, para toda a eternidade...”
O Grande Inquisidor estava certo. Ele conhecia o coração
dos homens. Os homens dizem amar a liberdade mas, de
posse dela, são tomados por um grande medo e fogem para
abrigos seguros. A liberdade dá medo. Os homens são
pássaros que amam o voo, mas têm medo dos abismos. Por
isso, abandonam o voo e se trancam em gaiolas.
33
34.
“Por que sou tão sábio”
“Por que sou tão inteligente”
“Por que escrevo tão bons livros”
“Por que sou um destino”
“O sonho de uma mulher é se
tornar semelhante a um homem”
De quem são estas citações?
34
35. Conceitos Básicos
NIETZSCHE
Prof. Renato R Borges – www.professorrenato.com
Friederich Wilhelm Nietzsche
Röcken, 15 de outubro de 1844
Weimar, 25 de agosto de 1900
Filósofo alemão.
35
36. Conceitos
Morte de Deus: A morte do sentido transcendental
sagrado dos valores que orientam a vida do homem.
Vontade de Potência (super-homem): A crença na
capacidade criativa do ser humano para construir e
fundar valores . A capacidade humana de superação
desvinculada do sagrado.(Uberman)
"A desigualdade dos direitos é a primeira condição para que haja
direitos.” Nietzsche em “O Anticristo”
36
37. "O homem deveamara paz como meiopara
outrasguerras!” Nietzscheem“AssimfalouZaratustra”
Eterno retorno: A grandeza de um ser
humano. Deveríamos agir como se a vida que
vivemos continuasse a se repetir para sempre.
Assim, cada momento terá de ser revivido
eternamente. O sentido disto é, “vivamos
nossas vidas ao máximo”.
37
38. "O homem deveamara paz como meiopara
outrasguerras!” Nietzscheem“AssimfalouZaratustra”
O Último Homem: Este é produto de nossa
sociedade, pois, o tipo-homem embutido no
igualitarismo uniformizante, Nietzsche fixou-o
no termo: mediocrização, neste a prudência
mercantil da miúda felicidade dos pequenos
prazeres iguais para todos, característica da
moderna sociedade civil-burguesa; para ele, é
nela que desemboca, finalmente, a ideologia da
liberdade, igualdade e fraternidade universais,
das virtudes universais”.
38
39. Nietzsche caricatura-o na figura do “último
homem”, o homem do rebanho e da pacífica
felicidade das verdes pastagens.
O último homem é ser somente reativo, não ativo.
Qualquer um que seja amante do corpo e da vida, e
que ousa mostrar a sua vontade de poder, é
imediatamente atacado pelo rebanho que para isso
se transforma em gado com chifres. Ao último
homem só falta censurar o lobo por comer a
ovelha, que de resto já fez tudo. No final vamos ter
um tipo-homem uniforme e igualitário, fechado
em casa a ver TV e a encomendar tudo pela Net.
Homem doente em mente acorrentada.
39
40. “O últimocristãomorreu nacruz”
Nietzsche
A vasta obra de Nietzsche apresenta caráter
fragmentário, aforístico, totalmente assistemático. A
crítica religiosa de Nietzsche está vinculada
intimamente a sua concepção de vida e de religião.
Considerava a vida o valor supremo. A religião é
destruidora da vida, uma categoria de negação teórica
e prática da vida. Em O Anticristo escreve: “O
cristianismo defendeu tudo quanto é fraco, baixo,
pálido (...).” Para Nietzsche nada é tão doentio quanto
como a piedade cristã .
40
41. “Deusestá morto”, Nietzsche
Mesmo depois de ter atacado o cristianismo
por todos os lados, em 1881 Nietzsche
escreveu a seu amigo Peter Gast: “Não
importa o que eu tenha a dizer sobre o
cristianismo, não posso esquecer que sou-lhe
devedor das melhores experiências da minha
vida espiritual; e espero que, no fundo do
meu coração, jamais venha a ser ingrato para
com ele” (apud Lavrin, Janko. Nietzsche,
p.60)
41
43. O progresso de uma cidade não depende apenas
do acúmulo de grandes tesouros, construções,
casas bonitas, e muitas armas (...). Muito antes, o
melhor e mais rico progresso é quando possui
muitos homens bem instruídos, cidadãos
ajuizados, honestos e bem educados. Estes
podem acumular e preservar corretamente as
riquezas de todo tipo de bens. (p.309)
LUTERO, M. Aos conselhos de todas as cidades da
Alemanha para que criem e mantenham escolas
cristãs. In_____. Obras selecionadas. São Leopoudo:
Sinodal; Porto alegre: Concórdia Editora, 1995, vol 5.
43