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PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA
ULTRASSONOGRAFIA
DOPPLER
EM MEDICINA VETERINÁRIA
Prof. Dra. Cibele Figueira Carvalho
US DOPPLER
 O que é isso???
 Exame equipamento dependente e
operador dependente
 Modos de processamento de imagem
Carvalho et al. - Princípios físicos do Ultra-som Doppler.
Rev. Ciência Rural v.38, n.3, p.872-879, 2008
Doppler Colorido
 representação simultânea das imagens
em escala de cinza e coloridas da
arquitetura vascular
 indica direção do fluxo sanguíneo
 proporciona análise qualitativa
Doppler de Amplitude
(power Doppler, angiodoppler)
 Não informa a direção do fluxo sanguíneo
 mais sensível (3 a 5x) em relação a fluxos
de baixa velocidade
 melhor avaliação da morfologia
 produz mais artefatos
Doppler Pulsado
 Proporciona análise espectral
 informa natureza do vaso
 avalia velocidades
 obtenção de índices velocimétricos
(IR, IP)
Principais aplicações
 Medicina Interna (órgãos
parenquimatosos – fígado, baço e
rins)
 Grandes vasos abdominais
 Outros: US Doppler transcraniano,
US Doppler ocular
Órgãos parenquimatosos
Avaliação US de parênquima do órgão:
 textura normal
 textura alterada
US DOPPLER COLORIDO E PULSADO
 padrão normal = cada vaso tem sua
“assinatura”
 distinguir a vascularização normal do
órgão e auxiliar na caracterização das
doenças
Nos órgãos parenquimatosos podemos
resumidamente dizer que as principais
aplicações do Doppler são:
- diferenciação de estruturas vasculares
de não vasculares;
- identificação de vasos;
Espectro Doppler de
Veia Cava Caudal
Fluxo sanguíneo de padrão venoso,
monofásico, com oscilações devido
ao ciclo cardíaco e movimentos
respiratórios.
Carvalho et al. - Morfologia duplex Doppler
normal dos principais vasos sanguíneos
abdominais em pequenos animais. Rev.
Ciência Rural v.38, n.3, p.880-888, 2008
Espectro Doppler de
Aorta abdominal
Velocidade de fluxo laminar e morfologia de
onda típica de fluxo de alta impedância. Pico
sistólico afilado com janela espectral larga e bem
definida.
Imagem em Modo - B
Avaliação hemodinâmica da circulação esplâncnica:
pode variar apresentando padrões diferentes pré e pós
prandial (RIESEN,2002)
Duplex Doppler Espectral
da artéria mesentérica
cranial
Fluxo arterial com padrão de resistividade intermediária. Pico
sistólico com janela espectral pequena. Normalmente apresenta alta
impedância durante o jejum e baixa no período pós prandial.
Carvalho et al. Ultra-sonografia dúplex-Doppler na avaliação morfológica e
hemodinâmica das artérias aorta e mesentérica cranial em cães. Brazilian
Journal of Vet. Res. v.45, N.1, p.24-31, 2008
A artéria mesentérica cranial ainda pode
apresentar alterações hemodinâmicas devido:
-Influência da presença de enteropatias crônicas
(GASCHEN,1989)
-Influência da composição da comida
(KIRCHER,2003)
-Influência em cães com hipersensibilidade
alimentar em relação aos cães normais
(KIRCHER,2004)
- caracterização do fluxo nos órgãos:
fígado, rim, baço, etc
Fígado
 Hipertensão portal
 Caracterização de fígado “cardíaco”
 Shunts portossistêmicos
 Lesões focais
Principais aplicações
Vascularização Hepática
VEIA PORTA
- mapeamento vascular com determinação
da direção do fluxo sanguíneo;
- identificação de vasos colaterais;
- detecção de malformações
arteriovenosas e shunts;
SHUNTS
 Congênitos
 Adquiridos
 Intra-hepáticos
 Extra-hepáticos
 Único
 Múltiplos
Shunt porto-caval
(ducto venoso)
 Cães jovens de raças pequenas –
desvios extra-hepáticos congênitos
únicos
 Cães jovens de raças grandes –
desvios intra-hepáticos
 Cães e gatos idosos – desvios intra ou
extra-hepáticos adquiridos
(secundários a hepatopatias crônicas
Carvalho & Chammas - Uso do ultra-som dúplex-
doppler no diagnóstico de shunt portossistêmico em
gatos. Arq. Bras. Med. Vet. e Zootec. v.60, n.1,
p. 109-112, 2008.
Rim
 Vascularização normal
 insuficiência renal
 obstrução renal
 massas renais
 transplantes
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 Caracterização da artéria renal =
emergência e presença de artérias
acessórias
 Hemodinâmica das artérias renais e
intra-renais
 - método direto (artéria renal)
 - método indireto (artérias intra-renais)
Carvalho et al. Estudo Doppler velocimétrico das
artérias renais e aorta abdominal em gatos
adultos sadios da raça persa. Braz. J. Vet Res,
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Espectro Doppler de artéria interlobar renal
cranial em cão normal
Carvalho et al. Estudo Doppler velocimétrico das
artérias renais e intra-renais em gatos adultos
sadios da raça persa. Braz. J. Vet Res, 2008.
Insuficiência Renal
 Aguda: aumento do tamanho do
rim, diminuição difusa da
vascularização, padrão espectral
normal
Mapeamento duplex
Doppler colorido de
rim de cão nefropata
crônico apresentando
rim esquerdo
hipovascularizado (A)
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Obstrução do Sistema Coletor
 Pelve dilatada x vasos hilares
proeminentes
 impedância vascular
 perviedade uretral
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 Vasos geralmente de padrão
espectral arterial dentro da massa
devem ser considerados suspeitos
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 Trauma renal
 trombose renal
 lesões focais
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Baço
Vascularização esplênica e tronco celíaco
Esplenite
Caracterização da vascularização de lesões focais
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 os tumores são angiogênico
dependentes
 potencial angiogênico e malignidade
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Fonte: Froes, 2006
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IDC de ovário com formação neoplásica
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 Mapeamento vascular e avaliação
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Indicações do us doppler em pequenos animais

  • 1. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER EM MEDICINA VETERINÁRIA Prof. Dra. Cibele Figueira Carvalho
  • 2. US DOPPLER  O que é isso???  Exame equipamento dependente e operador dependente  Modos de processamento de imagem Carvalho et al. - Princípios físicos do Ultra-som Doppler. Rev. Ciência Rural v.38, n.3, p.872-879, 2008
  • 3. Doppler Colorido  representação simultânea das imagens em escala de cinza e coloridas da arquitetura vascular  indica direção do fluxo sanguíneo  proporciona análise qualitativa
  • 4. Doppler de Amplitude (power Doppler, angiodoppler)  Não informa a direção do fluxo sanguíneo  mais sensível (3 a 5x) em relação a fluxos de baixa velocidade  melhor avaliação da morfologia  produz mais artefatos
  • 5. Doppler Pulsado  Proporciona análise espectral  informa natureza do vaso  avalia velocidades  obtenção de índices velocimétricos (IR, IP)
  • 6.
  • 7. Principais aplicações  Medicina Interna (órgãos parenquimatosos – fígado, baço e rins)  Grandes vasos abdominais  Outros: US Doppler transcraniano, US Doppler ocular
  • 8. Órgãos parenquimatosos Avaliação US de parênquima do órgão:  textura normal  textura alterada US DOPPLER COLORIDO E PULSADO  padrão normal = cada vaso tem sua “assinatura”  distinguir a vascularização normal do órgão e auxiliar na caracterização das doenças
  • 9. Nos órgãos parenquimatosos podemos resumidamente dizer que as principais aplicações do Doppler são: - diferenciação de estruturas vasculares de não vasculares;
  • 10.
  • 11. - identificação de vasos; Espectro Doppler de Veia Cava Caudal Fluxo sanguíneo de padrão venoso, monofásico, com oscilações devido ao ciclo cardíaco e movimentos respiratórios. Carvalho et al. - Morfologia duplex Doppler normal dos principais vasos sanguíneos abdominais em pequenos animais. Rev. Ciência Rural v.38, n.3, p.880-888, 2008
  • 12. Espectro Doppler de Aorta abdominal Velocidade de fluxo laminar e morfologia de onda típica de fluxo de alta impedância. Pico sistólico afilado com janela espectral larga e bem definida.
  • 13. Imagem em Modo - B Avaliação hemodinâmica da circulação esplâncnica: pode variar apresentando padrões diferentes pré e pós prandial (RIESEN,2002)
  • 14. Duplex Doppler Espectral da artéria mesentérica cranial Fluxo arterial com padrão de resistividade intermediária. Pico sistólico com janela espectral pequena. Normalmente apresenta alta impedância durante o jejum e baixa no período pós prandial. Carvalho et al. Ultra-sonografia dúplex-Doppler na avaliação morfológica e hemodinâmica das artérias aorta e mesentérica cranial em cães. Brazilian Journal of Vet. Res. v.45, N.1, p.24-31, 2008
  • 15. A artéria mesentérica cranial ainda pode apresentar alterações hemodinâmicas devido: -Influência da presença de enteropatias crônicas (GASCHEN,1989) -Influência da composição da comida (KIRCHER,2003) -Influência em cães com hipersensibilidade alimentar em relação aos cães normais (KIRCHER,2004)
  • 16. - caracterização do fluxo nos órgãos: fígado, rim, baço, etc
  • 17. Fígado  Hipertensão portal  Caracterização de fígado “cardíaco”  Shunts portossistêmicos  Lesões focais Principais aplicações
  • 20. - mapeamento vascular com determinação da direção do fluxo sanguíneo;
  • 21.
  • 22. - identificação de vasos colaterais; - detecção de malformações arteriovenosas e shunts;
  • 23.
  • 24. SHUNTS  Congênitos  Adquiridos  Intra-hepáticos  Extra-hepáticos  Único  Múltiplos
  • 25.
  • 26.
  • 28.
  • 29.  Cães jovens de raças pequenas – desvios extra-hepáticos congênitos únicos  Cães jovens de raças grandes – desvios intra-hepáticos  Cães e gatos idosos – desvios intra ou extra-hepáticos adquiridos (secundários a hepatopatias crônicas Carvalho & Chammas - Uso do ultra-som dúplex- doppler no diagnóstico de shunt portossistêmico em gatos. Arq. Bras. Med. Vet. e Zootec. v.60, n.1, p. 109-112, 2008.
  • 30. Rim  Vascularização normal  insuficiência renal  obstrução renal  massas renais  transplantes
  • 32.  Caracterização da artéria renal = emergência e presença de artérias acessórias  Hemodinâmica das artérias renais e intra-renais  - método direto (artéria renal)  - método indireto (artérias intra-renais) Carvalho et al. Estudo Doppler velocimétrico das artérias renais e aorta abdominal em gatos adultos sadios da raça persa. Braz. J. Vet Res, 2008.
  • 34. Espectro Doppler de artéria interlobar renal cranial em cão normal Carvalho et al. Estudo Doppler velocimétrico das artérias renais e intra-renais em gatos adultos sadios da raça persa. Braz. J. Vet Res, 2008.
  • 35. Insuficiência Renal  Aguda: aumento do tamanho do rim, diminuição difusa da vascularização, padrão espectral normal
  • 36. Mapeamento duplex Doppler colorido de rim de cão nefropata crônico apresentando rim esquerdo hipovascularizado (A) e rim direito de arquitetura totalmente alterada, dimensões diminuídas e avascular (B). Insuficiência renal crônica
  • 37. Obstrução do Sistema Coletor  Pelve dilatada x vasos hilares proeminentes  impedância vascular  perviedade uretral - jatos uretrais
  • 38. tumores renais  Vasos geralmente de padrão espectral arterial dentro da massa devem ser considerados suspeitos
  • 39. Outras aplicações em rim  Trauma renal  trombose renal  lesões focais
  • 41. Vascularização esplênica e tronco celíaco
  • 44.
  • 45. - caracterização de massas  os tumores são angiogênico dependentes  potencial angiogênico e malignidade nem sempre estão associados
  • 47. Fotos: Dra. Claudia de Andrade Addad, 2007 IDC de ovário com formação neoplásica
  • 48. - pesquisa de trombos - verificar fluxo dentro do trombo
  • 49.
  • 50.  Mapeamento vascular e avaliação do fluxo sanguíneo cerebral
  • 51.
  • 52.
  • 53.  IR das artérias cerebrais = 0,55 ± 0,04 (SEO,2005) Estudos sugerem que aumento da PIC está associado ao aumento do IR das AC (RAINOV,2000)  IR da artéria basilar = 0,5 a 0,8 (SAITO,2003)
  • 54. Principais indicações da USDTC  Alterações hemorrágicas  Alterações hipóxico-isquêmicas  Alterações neoplásicas  Alterações inflamatórias/ infecciosas  Hidrocefalia
  • 55. Alteração hemorrágica Carvalho et al. - Ultra-Sonografia transcraniana em cães com distúrbios neurológicos de origem central. Arq. Bras. Med. Vet e Zootec. v.59, n.6, p.1412-1416, 2007.
  • 56. Alteração isquêmica Saraiva & Carvalho - Aspectos clínicos e ultrassonográficos das encefalopatias vasculares em cães. Revista Clínica Veterinária (2010).
  • 58. Carvalho et al. - Ultra-sonografia transcraniana duplex Doppler de artérias cerebrais em cães com hidrocefalia. Braz. J. Vet. Res. 2007
  • 59. Alteração inflamatória Perez & Carvalho – Características ultrassonográficas da meningoencefalite em cães. Revista Clínica Veterinária (2010)
  • 61. Conclusões  Amplas possibilidades de utilização na rotina veterinária  É um adjunto importante para enriquecer o exame ultrassonográfico convencional  Limitações quanto a dificuldade técnica