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Instrução Verbal e Demonstração
1
Prof. Me. Jaqueline Freitas de Oliveira Neiva
Grupo de Estudos e Pesquisa em Capacidades e Habilidades Motoras
(EACH–USP)
Laboratório de Comportamento Motor (EEFE–USP)
Educadora na EACH-USP
Aula EFS (EACH) – 29/10/2015
Instrução
2
VERBAL – por meio da fala
VISUAL – Fotografia, vídeo, modelo
ASSOCIAÇÕES
Informação Prescritiva
3
Sobre algo a ser realizado no FUTURO
Instrução Verbal
Descrições verbais sobre os aspectos
fundamentais da habilidade
O que?
Onde?
Como?
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4
• O executante deverá realizar 3 passadas em conjunto com os
movimentos dos braços. A última passada é geralmente a mais ampla,
já que colocará o executante no local exato onde realizará o salto. Se
ele der 3 passos, o 1º deve ser com a esquerda, o 2º com a direita e 3º
com a esquerda, posicionando-se um pouco à frente, unindo os pés
naturalmente para realizar o salto.
• Com chegada da perna na última passada inicia-se a preparação para o
salto. Os membros inferiores deverão flexionar, o tronco também deverá
ser levado mais à frente, os braços estendidos o máximo possível atrás
do corpo, concentrando toda a energia potencial para o salto
• A queda servirá para recuperar o equilíbrio, pois o corpo será projetado
à frente, e é preciso resguardar as articulações do impacto mais
violento sobre o solo. Para isso, todas elas devem se flexionar
levemente, dando ao corpo o amortecimento devido e impedindo que o
jogador invada a quadra contrária. Assim que a queda for consolidada,
o atacante deve se recuperar com a seqüência do jogo.
Instrução Verbal
Situação problema
Você é um educador físico e este é seu aluno
na primeira aula
6
Instrução Verbal
Eu quero que você se prepare para golpear
mais cedo, faça o balanço de baixo para
cima, mantenha o pulso firme, gire seu
quadril, faça contato na parte da frente,
flexione seus joelhos e mantenha o olho na
bola.
E lembre-se de permanecer relaxado! Ok?
7
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Informação demasiada
Limitada capacidade de atenção
Informação demais pode ser prejudicial
à aprendizagem
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Quanta instrução fornecer?
Devem ser BREVES E DIRETAS
Nossa memória de curto prazo é limitada
em capacidade
Esquecimento rápido (30 seg.)
Poucas palavras
10
Quando fornecer instrução?
Antes da execução e, se necessário, durante a
execução
Espaçar as instruções durante os primeiros
minutos de prática
Informação + elementar primeiro
Adicionar pequenos detalhes
11
Como fornecer instrução?
Linguagem adequada
Simples
Sucinta
Direta
Usar Dicas
Menores
Concisas
Favorecem o foco de atenção em pontos chaves
12
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“Contrai abdome”
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“Finaliza”
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13
Demonstração
14
Aprendizagem por meio da observação
Demonstração
“A imagem que o aprendiz observa da execução
completa ou parcial de alguém, podendo ser
apresentada ao vivo, por meio de vídeo, foto
ou desenho.”
(Tani, Meira Jr. e Cattuzzo, 2010)
15
Demonstração
Observar, imitar, aprender
Obtenção da ideia do movimento
16
Uma imagem vale por mil palavras!
Demonstração
17
Auxilia na identificação da ideia geral do
movimento
1. Extrai informação do modelo (Atenção Seletiva)
2. Armazena a informação (Retenção)
3. Memória da execução modelada com a execução
física (Reprodução Motora)
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18
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19
• Superioridade do modelo habilidoso informacional e
motivacional
• Informacional – informações transmitidas por meio da execução
correta da habilidade motora
• Motivacional – incentivo ao estabelecer como meta da
execução de forma semelhante ao padrão de movimento do
modelo
Demonstração
20
• O importante é transmitir ao
aprendiz/ observador as
características espaciais e
temporais corretas do
movimento.
Como demonstrar?
Velocidade da demonstração
Câmera lenta x velocidade real
Williams (1989): câmera lenta é eficaz para habilidades
difíceis
Aspectos temporais (ritmo e timing) não devem ser
demonstrados em câmera lenta
Não deixar de lado a velocidade real (associar velocidade
real e reduzida)
21
Característica da demonstração
22
Eficiência da demonstração
A capacidade do observador de captar as
informações e reproduzi-las
Suficiência das informações transmitidas pelo
modelo (n° de apresentações)
• O observador tem que perceber os aspectos cruciais da ação
para formação de uma referência para produção do
movimento.
Característica da demonstração
23
• O observador tem que perceber os aspectos cruciais da ação
para formação de uma referência para produção do
movimento.
Repetidas oportunidades de observar o modelo (Feltz, 1992; Carrol & Bandura,
1990), independente da habilidade do modelo (Horn; Williams, Scott, 2002).
Superioridade dos estudos que apresentaram um número
maior de demonstração (8 – 20)
Formas de Demonstração
Execução
Fotografias individuais ou em seqüência
Filmes
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24
Quando demonstrar?
Momento da demonstração
Landers (1975): 1) início e meio da sessão;
2) início da sessão
Prática proporciona melhor ideia do movimento
e dos principais aspectos críticos da habilidade
25
Característica do observador
26
Capacidade de foco de atenção e de memória
facilitam o processo de formação cognitiva da
habilidade (Weiss, 1983).
Indivíduos em fases mais avançadas de aprendizagem possuem
recursos de atenção e de processamento da informação que
favorecem um melhor controle da habilidade já dominada e a
aprendizagem de novas habilidades por meio da demonstração
Sujeitos mais jovens – adição de dicas verbais para auxiliar a
captação da informação da demonstração.
Quem observa a demonstração?
Idade (Nível de desenvolvimento)
Weiss & Klint (1987): tendência de adultos ou
crianças mais velhas apresentarem melhor
aprendizagem quando submetidos à mesma
condição de demonstração – idade tem a ver com
o uso de informações do modelo
27
Posição do observador
Ishikura & Inomata (1995): demonstração de
frente foi mais eficaz > demonstração de trás –
processamento cognitivo adicional
28
Característica da habilidade
motora
29
Habilidades fechadas
Habilidades mais
complexas
Efeito da
demonstração
Grupos de Instrução
Cada grupo deve ter 1 experiente, 3 aprendizes
e “n” avaliadores.
Instrução verbal
Demonstração
Instrução verbal + demonstração
30
Referências Bibliográficas
Tani, G., Bruzi, A. T., Bastos, F. H., & Chiviacowsky, S. (2011).
O estudo da demonstração em aprendizagem motora:
estado da arte, desafios e perspectivas. Rev Bras
Cineantropometria Desempenho Hum, 13(5), 392-403.
Mendes, R. Modelo ou modelos? O que mostrar na
demonstração. In: Barreiros, J., Godinho, M., Melo, F., Neto,
C. Desenvolvimento e aprendizagem: perspectivas cruzadas,
FMH Edições, Lisboa, 2004.
Magill RA. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações.
São Paulo: Editora Edgar Blücher, 2002. [Conceito 5.1 –
p.184-197]
Schmidt RA, Wrisberg CA. Motor learning and performance:
a problem-based learning approach. Champaign, IL: Human
Kinetics. 2000. 31

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Instrução e demonstração

  • 1. Instrução Verbal e Demonstração 1 Prof. Me. Jaqueline Freitas de Oliveira Neiva Grupo de Estudos e Pesquisa em Capacidades e Habilidades Motoras (EACH–USP) Laboratório de Comportamento Motor (EEFE–USP) Educadora na EACH-USP Aula EFS (EACH) – 29/10/2015
  • 2. Instrução 2 VERBAL – por meio da fala VISUAL – Fotografia, vídeo, modelo ASSOCIAÇÕES
  • 3. Informação Prescritiva 3 Sobre algo a ser realizado no FUTURO
  • 4. Instrução Verbal Descrições verbais sobre os aspectos fundamentais da habilidade O que? Onde? Como? Quando? 4
  • 5. • O executante deverá realizar 3 passadas em conjunto com os movimentos dos braços. A última passada é geralmente a mais ampla, já que colocará o executante no local exato onde realizará o salto. Se ele der 3 passos, o 1º deve ser com a esquerda, o 2º com a direita e 3º com a esquerda, posicionando-se um pouco à frente, unindo os pés naturalmente para realizar o salto. • Com chegada da perna na última passada inicia-se a preparação para o salto. Os membros inferiores deverão flexionar, o tronco também deverá ser levado mais à frente, os braços estendidos o máximo possível atrás do corpo, concentrando toda a energia potencial para o salto • A queda servirá para recuperar o equilíbrio, pois o corpo será projetado à frente, e é preciso resguardar as articulações do impacto mais violento sobre o solo. Para isso, todas elas devem se flexionar levemente, dando ao corpo o amortecimento devido e impedindo que o jogador invada a quadra contrária. Assim que a queda for consolidada, o atacante deve se recuperar com a seqüência do jogo. Instrução Verbal
  • 6. Situação problema Você é um educador físico e este é seu aluno na primeira aula 6
  • 7. Instrução Verbal Eu quero que você se prepare para golpear mais cedo, faça o balanço de baixo para cima, mantenha o pulso firme, gire seu quadril, faça contato na parte da frente, flexione seus joelhos e mantenha o olho na bola. E lembre-se de permanecer relaxado! Ok? 7
  • 9. Informação demasiada Limitada capacidade de atenção Informação demais pode ser prejudicial à aprendizagem 9
  • 10. Quanta instrução fornecer? Devem ser BREVES E DIRETAS Nossa memória de curto prazo é limitada em capacidade Esquecimento rápido (30 seg.) Poucas palavras 10
  • 11. Quando fornecer instrução? Antes da execução e, se necessário, durante a execução Espaçar as instruções durante os primeiros minutos de prática Informação + elementar primeiro Adicionar pequenos detalhes 11
  • 12. Como fornecer instrução? Linguagem adequada Simples Sucinta Direta Usar Dicas Menores Concisas Favorecem o foco de atenção em pontos chaves 12
  • 13. Exemplos de dicas “Olho na bola” “Relaxa o braço” “Joelho estendido” “Contrai abdome” “Ombro alinhado” “Cabeça erguida” “Inicia” “Finaliza” “Gire” 13
  • 15. Demonstração “A imagem que o aprendiz observa da execução completa ou parcial de alguém, podendo ser apresentada ao vivo, por meio de vídeo, foto ou desenho.” (Tani, Meira Jr. e Cattuzzo, 2010) 15
  • 16. Demonstração Observar, imitar, aprender Obtenção da ideia do movimento 16 Uma imagem vale por mil palavras!
  • 17. Demonstração 17 Auxilia na identificação da ideia geral do movimento 1. Extrai informação do modelo (Atenção Seletiva) 2. Armazena a informação (Retenção) 3. Memória da execução modelada com a execução física (Reprodução Motora) 4. Incentivo para execução da habilidade (Motivação)
  • 19. Característica do modelo 19 • Superioridade do modelo habilidoso informacional e motivacional • Informacional – informações transmitidas por meio da execução correta da habilidade motora • Motivacional – incentivo ao estabelecer como meta da execução de forma semelhante ao padrão de movimento do modelo
  • 20. Demonstração 20 • O importante é transmitir ao aprendiz/ observador as características espaciais e temporais corretas do movimento.
  • 21. Como demonstrar? Velocidade da demonstração Câmera lenta x velocidade real Williams (1989): câmera lenta é eficaz para habilidades difíceis Aspectos temporais (ritmo e timing) não devem ser demonstrados em câmera lenta Não deixar de lado a velocidade real (associar velocidade real e reduzida) 21
  • 22. Característica da demonstração 22 Eficiência da demonstração A capacidade do observador de captar as informações e reproduzi-las Suficiência das informações transmitidas pelo modelo (n° de apresentações) • O observador tem que perceber os aspectos cruciais da ação para formação de uma referência para produção do movimento.
  • 23. Característica da demonstração 23 • O observador tem que perceber os aspectos cruciais da ação para formação de uma referência para produção do movimento. Repetidas oportunidades de observar o modelo (Feltz, 1992; Carrol & Bandura, 1990), independente da habilidade do modelo (Horn; Williams, Scott, 2002). Superioridade dos estudos que apresentaram um número maior de demonstração (8 – 20)
  • 24. Formas de Demonstração Execução Fotografias individuais ou em seqüência Filmes Auto-observação 24
  • 25. Quando demonstrar? Momento da demonstração Landers (1975): 1) início e meio da sessão; 2) início da sessão Prática proporciona melhor ideia do movimento e dos principais aspectos críticos da habilidade 25
  • 26. Característica do observador 26 Capacidade de foco de atenção e de memória facilitam o processo de formação cognitiva da habilidade (Weiss, 1983). Indivíduos em fases mais avançadas de aprendizagem possuem recursos de atenção e de processamento da informação que favorecem um melhor controle da habilidade já dominada e a aprendizagem de novas habilidades por meio da demonstração Sujeitos mais jovens – adição de dicas verbais para auxiliar a captação da informação da demonstração.
  • 27. Quem observa a demonstração? Idade (Nível de desenvolvimento) Weiss & Klint (1987): tendência de adultos ou crianças mais velhas apresentarem melhor aprendizagem quando submetidos à mesma condição de demonstração – idade tem a ver com o uso de informações do modelo 27
  • 28. Posição do observador Ishikura & Inomata (1995): demonstração de frente foi mais eficaz > demonstração de trás – processamento cognitivo adicional 28
  • 29. Característica da habilidade motora 29 Habilidades fechadas Habilidades mais complexas Efeito da demonstração
  • 30. Grupos de Instrução Cada grupo deve ter 1 experiente, 3 aprendizes e “n” avaliadores. Instrução verbal Demonstração Instrução verbal + demonstração 30
  • 31. Referências Bibliográficas Tani, G., Bruzi, A. T., Bastos, F. H., & Chiviacowsky, S. (2011). O estudo da demonstração em aprendizagem motora: estado da arte, desafios e perspectivas. Rev Bras Cineantropometria Desempenho Hum, 13(5), 392-403. Mendes, R. Modelo ou modelos? O que mostrar na demonstração. In: Barreiros, J., Godinho, M., Melo, F., Neto, C. Desenvolvimento e aprendizagem: perspectivas cruzadas, FMH Edições, Lisboa, 2004. Magill RA. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Editora Edgar Blücher, 2002. [Conceito 5.1 – p.184-197] Schmidt RA, Wrisberg CA. Motor learning and performance: a problem-based learning approach. Champaign, IL: Human Kinetics. 2000. 31