O documento discute o controle motor humano e sua avaliação. Resume os principais modelos de controle motor, incluindo feedback e fatores que influenciam o tempo de reação e movimento. Também descreve medidas qualitativas, cinemáticas e eletromiográficas para avaliar o desempenho motor.
5. ENERGIA INFORMAÇÃO
• Sistema muscular • Sistema nervoso
central
• Condicionamento • Habilidade motora
físico
• Força • Controle
• Máximo • Ótimo
Tani (2002)
6. MODELO BÁSICO DE PERFORMANCE HUMANA
Marteniuk (1976)
Feedback Extrínseco
Feedback Intrínseco
Feedback Intrínseco
Órgãos Mecanismo
dos Sistema
Decisório
Sentidos Muscular
Mecanismo Mecanismo
Ambiente
Perceptivo Efetor
7. Erro
Estímulo
Identificação MODELO EXPANDIDO
do estímulo DE PERFORMANCE
Seleção da HUMANA
resposta
Programação da
resposta Estado desejado
Comparador
Programa motor
M Feedback
2 Estado proprioceptivo
Medula espinhal real
M
1
Músculos Feedback proprioceptivo
Resposta Feedback exteroceptivo
Conhecimento de resultados Adaptado de Schmidt
Resultado do
Conhecimento de performance e Wrisberg (2010)
movimento
10. PRESSUPOSTOS BÁSICOS
OBJETIVIDADE: 2 PESSOAS QUE AVALIAM
UM COMPORTAMENTO DEVEM CHEGAR AO
MESMO (OU MUITO SIMILAR) RESULTADO
CONFIABILIDADE: REPLICAÇÃO SOB
CONDIÇÕES SIMILARES (VARIABILIDADE
DE INSTRUMENTO)
VALIDADE: A AVALIAÇÃO ESCOLHIDA DEVE
MEDIR O QUE PRETENDE SER MEDIDO
12. COMO AVALIAR O
COMPORTAMENTO MOTOR ?
POR MEIO DO DESEMPENHO NA
EXECUÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS
– DESEMPENHO NO AMBIENTE
– DESEMPENHO NO CORPO
MUSCULAR
ARTICULAR
NEURAL
13. MEDIDAS
CATEGORIAS RELACIONADAS
AO NÍVEL DE OBSERVAÇÃO
– RESULTADO DO MOVIMENTO:
indica o resultado obtido ao
realizar uma habilidade motora
– PRODUÇÃO DO MOVIMENTO:
indica o desempenho de
aspectos específicos do sistema
de controle motor
14. MEDIDAS
Descreva duas medidas para cada uma das
situações abaixo
Em pé parado com apoio unipedal
Levantar-se da cama e ficar em pé
Saque no tênis de campo
Estrela da ginástica artística
Amarrar o sapato
Rotina de dança
Passo de caminhada
Lançar uma pedra
Habilidade de malabares
Habilidade de cirurgião
16. MEDIDAS DE RESULTADO
Tempo para completar uma resposta
– Ex: Tempo gasto para correr 100 m
Distância
– Ex: Distância saltada
Porcentagem de erros
– Ex: Número de lances-livres errados
Número de tentativas bem-sucedidas
– Ex: Número de vezes que o dardo atinge o alvo
17. MEDIDAS DE RESULTADO
Tentativas a serem completadas
– Ex: Número de ataques necessários para anotar
20 pontos no basquetebol
Tempo em equilíbrio
– Ex: Tempo de permanência em apoio unipedal
Tempo dentro/fora do alvo
– Ex: Tempo em que uma caneta
permanece em contato com o alvo
Tempo de Reação
Erro cometido no desempenho do movimento
18. TEMPO DE REAÇÃO (TR)
+
TEMPO DE MOVIMENTO (TM)
=
TEMPO DE RESPOSTA
19. Sinal de
Sinal de Início da Início do Fim da
Alerta
Largada atividade Movimento Resposta
(“Preparar”)
(“Já”) muscular Observável
PERÍODO
PRÉ- PERÍODO
PERÍODO
PRÉVIO MOTOR* MOTOR**
Tempo
TR TM
Tempo de Resposta
*recepção e transmissão da informação até o músculo; indica a preparação do
movimento
**atraso de tempo em que o músculo tenta vencer a inércia da parte do corpo que
realiza o movimento, depois de receber o comando para se contrair
20. TEMPO DE REAÇÃO
Intervalo de tempo entre a apresentação do sinal e o
início da resposta motora
http://www.getyourwebsitehere.com/jswb/rttest01.html
http://www.bbc.co.uk/science/humanbody/sleep/sheep/
22. TR & TEMPO NA PROVA 100 METROS RASOS
FINAL MASCULINA DOS JOGOS OLÍMPICOS DE PEQUIM 2008
Tempo TR
Posição Raia Atleta País
(s) (s)
1 4 Usain Bolt JAM 9.69 0.165
2 5 Richard Thompson TRI 9.89 0.133
3 6 Walter Dix USA 9.91 0.133
4 9 Churandy Martina AHO 9.93 0.169
5 7 Asafa Powell JAM 9.95 0.134
6 2 Michael Frater JAM 9.97 0.147
7 8 Marc Burns TRI 10.01 0.145
8 3 Darvis Patton USA 10.03 0.142
Média 9.92 0.146
23. TR X TEMPO NOS 100m (CORRELAÇÃO)
10.5
Tempo de
10.0
prova (s)
9.5
9.0
0.10
Tempo de Movimento (s) 0.15 0.20
Tempo de Reação (s)
24. TR X TEMPO NOS 50m E 100m (PESQUISA)
Atletas Atletas não
t value p
federados federados
TRMI 0,337 ± 0,031 0,332 ± 0,036 0,450 0,650
TRMS 0,201 ± 0,023 0,201± 0,019 0,000 0,990
TM50 6,462 ± 0,192 6,759 ± 0,204 4,240 < 0,010*
TM100 10,657 ± 0,211 11,656 ± 0,347 9,960 < 0,010*
Não Federados Federados
TRMI TRMS TM50 TM100 TRMI TRMS TM50 TM100
TRMI 0,34 0,21 0,05 TRMI - 0,12 0,44 0,55*
TRMS - -0,09 -0,56* TRMS - 0,13 -0,12
TM50 - 0,45 TM50 - 0,54*
TM100 - TM100 -
Miyamoto & Meira Jr. (2004)
25. TR
Indicador da preparação do movimento
Movimentos voluntários não ocorrem
instantaneamente
Limitação neuromotora para processar um estímulo
do ambiente (tempo de condução nervosa periférica
e tempo de processamento da informação)
26. TR
Simples: único estímulo, única resposta
● → ■ (mão direita)
De Escolha: + de um estímulo, + de uma resposta
● → ■ (mão direita)
● → ▲ (mão esquerda)
Discriminatório: + de um estímulo, única resposta
●
▲ (mão esquerda)
●
27. TR - INFLUÊNCIAS
COMPLEXIDADE DA SITUAÇÃO
> TR, > número de opções de escolha do
estímulo (Hick, 1952)
GRAU DE PREVISIBILIDADE DA OPÇÃO
DE RESPOSTA CORRETA
< TR, > previsibilidade de uma das possíveis
opções (Rosembaum, 1980, 1983)
COMPLEXIDADE DA TAREFA
> TR, > número de componentes do
movimento – TR braço 20% maior que TR
dedo (Anson, 1982; Christina & Rose, 1985;
Fischman, 1984; Henry & Rogers, 1960)
28. TR - INFLUÊNCIAS
PRECISÃO DO MOVIMENTO
> TR, < tamanho do alvo (Sidaway et al., 1995)
REPETIÇÃO DO MOVIMENTO
< TR, > número de tentativas (no mesmo movimento)
(Campbell & Proctor, 1993)
PRONTIDÃO DO EXECUTANTE
< TR quando o sinal a ser respondido é precedido por um
sinal de alerta (Teichner, 1954; Magill, 2000) – período prévio
sugerido: entre 1 e 4 segundos
29. TR – INFLUÊNCIAS
MODALIDADE SENSORIAL
Auditivo: 130-170ms
Visual: 200-250ms
Tátil (toque): 150-160ms
Welford (1980)
IDADE
> TR na infância e na velhice
(Gallahue & Ozmun, 2001)
30. TR - INFLUÊNCIAS
ATENÇÃO NO SINAL X ATENÇÃO NO
MOVIMENTO
< TR se a atenção é focada no sinal (Christina,
1973)
PRÁTICA/ TREINO
< TR com a prática (50 tentativas diminuíram o TR
em 13% para um movimento rápido de braço)
(Norrie, 1967)
•a prática reduz incerteza e reduz as
solicitações de preparação (Magill, 2000)
31. TR E DICAS
Um jogador de armação (levantador, armador, meia) está numa
condição em que deve decidir entre 3 alternativas de resposta
Problema: muitas fontes de informação
Solução: reduzir as opções para decidir mais facilmente
Instrução: observar somente as características relevantes (pistas)
da situação
Explicação: prestar atenção nessas pistas reduz as alternativas de
escolha, permitindo decidir com mais facilidade
32. ACURÁCIA X PRECISÃO X VIÉS
+ACURÁCIA +ACURÁCIA - ACURÁCIA -ACURÁCIA
+ PRECISÃO - PRECISÃO + PRECISÃO - PRECISÃO
- VIÉS - VIÉS +VIÉS +VIÉS
ACURÁCIA: alcance da meta
PRECISÃO: consistência
VIÉS: direção
34. Erro Absoluto (EA) - ACURÁCIA
EA = |x – meta|
EA = Σ |x – meta| / n
x: valor produzido na tentativa
n: número de tentativas
•≠ entre desempenho real e meta
• Mede acurácia (relacionado ao alcance da meta)
35. Erro Constante (EC) - VIÉS
EC = (x – meta)
EC = Σ (x - meta) / n
x: valor produzido na tentativa
n: número de tentativas
Desvio em relação à meta: mesmo cálculo do EA,
mas mantendo os sinais algébricos
Mede direção ou viés (além ou aquém da meta)
36. Erro Variável (EV) - PRECISÃO
EA = |x – média|
EA = Σ |x – média| / n
x: valor produzido na tentativa
n: número de tentativas
Desvio-padrão dos ECs para a série de tentativas
Mede precisão
37. ERROS (UM EXEMPLO)
EAf = | x – 20 |
EAd = | x – 35 |
ECf = (x – 20)
ECd = (x – 35)
EVf = | x – média |
EVd = | x – média |
x é o resultado obtido na tentativa
38. TRABALHO EM GRUPO
Calcular médias de EA, EC e EV
2 situações:
– Quadro negro: régua (direita/esquerda)
– Chão: lajotas (frente/trás)
5 tentativas, 2 executantes
39. MEDIDAS DE PRODUÇÃO
Qualitativas
– Listas de checagem
Elétricas
– Eletromiografia (EMG)
– Imageamento Cerebral
Cinemáticas
(EEG)
– Deslocamento
– Velocidade
– Aceleração Oculares
– Ângulo articular
– Oculografia
Cinéticas
– Força
– Torque
40. QUALITATIVAS - LISTA DE CHECAGEM
Avaliação qualitativa do saque do voleibol (Meira Jr., & Tani, 2003)
• * para executantes destros
• * saque sem rotação
FI - Posição Inicial (peso 1)
FII - Lançamento Da Bola (peso 3)
FIII - Ataque à bola (peso 4)
• Para o saque por cima: braço direito elevado, cotovelo na altura da orelha,
movimento pôstero-anterior (similar ao lançamento de uma pedra ou de um saque de
tênis); transferência do peso corporal do membro inferior direito para o membro
inferior esquerdo; golpe na bola a frente do corpo com a região proximal da palma da
mão com o braço estendido
• ( ) 1 - ruim (cotovelo na linha do ombro, inexistência de transferência do peso
corporal, e golpe na bola com o antebraço ou com os dedos)
• ( ) 2 - regular (execução com a apresentação de até dois dos seguintes pontos:
cotovelo na linha do ombro, inexistência de transferência do peso corporal, golpe na
bola com o antebraço ou com os dedos)
• ( ) 3 - bom (cotovelo na altura da orelha, transferência do peso corporal, e golpe
na bola com a região proximal da palma da mão)
FIV – Finalização (peso 1)
41. ANÁLISE CINEMÁTICA DO
MOVIMENTO
http://www.univie.ac.at/cga/teach-in/kinematics.html
43. ANÁLISE CINÉTICA DO
MOVIMENTO
Força de Reação Braking Propulsive
do Solo 200
Impulse Impulse Forward
0
Backward
-200
800
Force (N)
400 Upward
0
40
Lateral
0
Medial
-40
0.1 0.3 0.5
Time (s)
46. IMAGEAMENTO CEREBRAL
• Tomografia por emissão
de pósitrons
• Detecta alterações no
fluxo sangüíneo
cerebral
• Regiões cerebrais
mais ativas implicam
em um maior
consumo energético
(maior demanda de
http://www.cerebromente.org.br/n01/pet/pet_port.htm O2)
53. TRABALHO PRÁTICO EM GRUPO
(ATÉ 6 PESSOAS) – 31/3
Tema: Medidas de erro
Material: fita métrica (mínimo 2 metros)
Papel, caneta, calculadora
Ou
Notebook/Netbook
54. Tarefa
Calcular e explicar as diferenças entre os 4 participantes usando as
variáveis EA, EV e EC.
Quais participantes são mais acurados e/ou precisos?
Tentativa #1 #2 #3 #4
1 95 93 98 105
2 103 103 96 105
3 99 99 95 105
4 105 105 98 105
5 97 96 95 105
6 101 95 94 105
59. Erro Absoluto (EA)
EA = Σ |xi – T| / n
xi: valor produzido na tentativa i
T: valor alvo
n: número de tentativas
•Diferença absoluta entre o desempenho real em
cada tentativa e a meta
•Medida de acurácia (relacionado ao alcance da
meta)
•EA = Erro radial (para alvos bidimensionais) e Erro
quadrático médio (para alvos de perseguição)
60. Erro Constante (EC)
EC = Σ (xi - T) / n
xi: valor produzido na tentativa i
T: valor alvo
n: número de tentativas
• Desvio em relação à meta: mesmo cálculo do EA,
mas mantendo os sinais algébricos
• Predisposição em ficar além ou aquém da meta
• Medida de direção ou viés (pode estar relacionado a
problemas de adaptação à situação)
61. Erro Variável (EV)
EV = √Σ (xi – M)2 / n
xi: valor produzido na tentativa i
M: valor médio produzido
n: número de tentativas
Desvio-padrão dos ECs para a série de tentativas
Consistência/Variabilidade do desempenho para
uma série de tentativas
Medida de precisão (pode estar relacionado a
problemas no padrão de movimento)