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03
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Pastelde Águeda
Um doce de excelência
“HádocesquesóÁguedatemparati”édestaformaqueaCâmaraMunicipalde
Águedaconvidatodosaconheceremaexcelênciadadoçariatradicionallocal,
numainiciativaqueultrapassajáasfronteirasdopaís.
De entre os doces que
Águeda tem para si há um
que se destaca, o famoso Pas-
tel de Águeda, cujas origens
se perdem nos tempos, mas
que a tradição diz remontar
ao Convento de Santo
António de Serém, a norte da
cidade de Águeda. Atenta à
procura crescente do valor
único e tradicional do Pastel
de Águeda, a autarquia deu
início, em conjunto com
diversos produtores, comerci-
antes e a Confraria Eno-Gas-
tronómica Sabores do Bo-
taréu, ao seu processo de cer-
tificação através da consti-
tuição de um Agrupamento
de Produtores. O Vereador do
Turismo Edson Santos de-
fende que “através da certifi-
cação pretende-se promover,
valorizar e defender a quali-
dade do Pastel de Águeda,
bem como assegurar a conti-
nuidade do fabrico de um
doce tão emblemático do
concelho”.
Quem visita Águeda tem
ainda a oportunidade de se
deliciar com uma gastrono-
mia rica e variada, com ou-
tros doces bem característicos
deste concelho - os fuzis, se-
quilhos, cavacas, ou ainda o
bolo de St.ª Eulália -, mas
também com o leitão à Bair-
rada acompanhado pelos
melhores espumantes da re-
gião. Outras são as atrações
que trazem milhares de visi-
tantes até Águeda: o festival
AgitÁgueda (4 a 26 de julho
de 2015), a Pateira de Fer-
mentelos ou as serranias do
Caramulo através de percur-
sos pedestres. De todos ficará
a vontade para regressar e
descobrir que mais Águeda
tem para si!
04
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Vizela
Pão-de-Ló Coberto
Bolinhol
FoiumavizelensequenosfinaisdoseculoXIXcriouumdePão-de-Lóoriginal,
dedimensõespequenaseformatorectangular,paramaisfacilmenteser
transportadoparaasfeiras,embrulhadoem“linhol”(panodelinho).
Desde tempos remotos que o
homem procurou o vale do
Vizela para permanência hu-
mana. Aqui se fixou e aqui
descobriu o que o território
tinha para oferecer. Seja pe-
los vales férteis e amenos,
propícios a uma agricultura
de excelência, seja pela quali-
dade inegável das suas águas
termais exploradas desde os
tempos da romanização da
península ibérica, a verdade é
que as marcas desta per-
manência subsistem até aos
dias de hoje nas tradições.
Destas tradições Vizelenses, a
gastronomia é uma daquelas
que mais marca deixou no
território, como se o apego
aos bens essenciais da sobre-
vivência humana tivesse ob-
tido uma expressão mais vin-
cada nesta parte do território.
E nestas tradições a doçaria
tradicional alcança contornos
de excelência. Assim, desta
vontade e deste saber fazer
nasce o famoso Pão-de-Ló
coberto de Vizela, o Bolinhol.
Esta receita, unicamente con-
feccionada em Vizela foi,
desde o princípio, abraçada
pelos Vizelenses e propagada
de geração em geração de
produtores, até aos nossos
dias. Aliada à tradição e ao
saber fazer único o Bolinhol
chega até hoje mantendo os
métodos de fabrico ances-
trais, incutindo assim ao pro-
duto os contornos de
originalidade que lhe são
atribuídos. O Bolinhol foi, du-
rante os anos 20, um produto
de referência na cidade do
Porto. O seu sabor chegou a
ser considerado por figuras
tão ímpares como o General
Franco e o antigo rei de
Espanha, D. Juan Carlos. Hoje
em dia quem se desloque a
Vizela, quer seja pela beleza
panorâmica das paisagens do
Baixo-Minho, onde a per-
spectiva se perde na ampli-
tude de discreta intimidade
ou nos lúdicos meandros do
rio, quer seja pela degustação
das iguarias do concelho, o
mais certo é ser-lhe apresen-
tado como sobremesa o fa-
moso Pão-de-Ló. Acompan-
hando a gastronomia de
qualidade e o vinho verde
tradicional da região, o Bolin-
hol será uma referência in-
contornável em Vizela. Haja
vontade para o descobrir…!
0706
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Madeira
Bolo de Melde Cana
Seis séculos de história
Parasalvaguardaragenuinidadeeprotegercontraadulterações,SRARN,criou
asmarcas«MeldeCanadaMadeira»,«BolodeMeldeCanadaMadeira»e«Broas
deMeldeCanadaMadeira»,bemcomoosrespetivosselosdeautenticação.
A doçaria do Mel de Cana está
historicamente associada à
indústria da cana-de-açúcar na
Ilha da Madeira, o qual re-
monta aos princípios do século
XV. Já em 1419, Cristóvão Co-
lombo, que antes da descoberta
da América viveu no arquipé-
lago, referenciava aos Reis de
Espanha que o Mel de Cana
devia constar dos mantimentos
de qualquer embarcação, dado
ser “o melhor alimento do
Mundo e o mais são”.
Não será por isso de estranhar
que a receita mais antiga de
Bolo de Mel de Cana, cuja
matéria-prima base distinta é o
sumo da cana-de-açúcar,
também date do século XV, cri-
ada por freiras de um convento
católico. O Bolo de Mel de Cana
é, sem dúvida, a jóia da doçaria
madeirense e, para o seu sabor
e aroma inconfundíveis, além
do Mel de Cana, também con-
tribuem especiarias orientais,
frutos secos e outros condi-
mentos especiais. Esta incom-
parável delicatessen re-
comenda o bom uso, que deva
ser sempre partida à mão e, de
preferência, acompanhada de
um Vinho Madeira. Todas estas
iguarias, servem de base a
criação de um turismo gas-
tronómico e cultural que tem
vindo a ser promovido pela Di-
reção Regional do Turismo. Da
doçaria tradicional, destaca-se
ainda a Queijada da Madeira,
um pequeno bolo achatado, re-
dondo, cujo gosto é agradável
pelo seu recheio de requeijão
de leite de vaca e ovos, com
origem no Convento da Encar-
nação no Funchal e fomentada
pelas freiras de Santa Clara,
sendo esta considerada a or-
ganização económica mais im-
portante do século XVII e XVIII.
A Associação de Industriais de
Panificação, Pastelaria e Con-
feitaria da Madeira tem nos úl-
timos tempos, intervindo na
salvaguarda das tradições da
madeira, através do registo de
marcas especificas “Bolo do
Caco da Madeira”, Pão de Casa
da Madeira” e da submissão a
IGP das mesmas. Já no decorrer
deste ano a AIPCRAM iniciou a
compilação de receitas tradi-
cionais da madeira, com o ob-
jectivo de preservar esta
memória através de publi-
cação.
Ribeira
de Pena
Ribeira de Pena
convida, naturalmente
Estesdocesengrandeceramdeformasignificativaagastronomia
portuguesa,sendo,namaiorpartedasvezes,constituídospeloaçúcar,
gemadeovoeaamêndoa.
Consta que os doces conven-
tuais apareceram com a intro-
dução do açúcar por volta do
séc. XV em Portugal e eram
elaborados pelas freiras e
frades que viviam nos conven-
tos. Estes doces engrandece-
ram de forma significativa a
gastronomia portuguesa,
sendo, na maior parte das
vezes, constituídos pelo açúcar,
gema de ovo e a amêndoa.
Em relação à chila no forno,
não podemos comprovar se é
originário de algum convento,
embora possua os três ingredi-
entes base da doçaria conven-
tual, este doce tradicional ori-
undo de Ribeira de Pena que
pode ser, habitualmente, sabo-
reado na Adega do Maneca, no
Tá-se Bem e no Cantinho do
Churrasco. Ribeira de Pena é
um concelho tipicamente do
interior e está na transição do
Minho para Trás-os-Montes.
Dominado pela bacia hidro-
gráfica do Tâmega, no seu
curso médio, o município pos-
sui uma grande riqueza e var-
iedade paisagística. Os vales
profundos definidos pelo
Tâmega e pelos seus afluentes,
com o seu verde intenso, têm
uma expressão agrícola, cul-
tural e de povoamento tipica-
mente minhota. Acima da cota
dos 400 metros, predominam
as encostas e os maciços ro-
chosos tipicamente transmon-
tanos, com o Barroso, a norte e
a sul o Alvão. Da sua história,
há dois factos significativos a
reter, o Foral recebido das
mãos de D. Afonso IV, e outor-
gado em Tentúgal a 29 de Se-
tembro de 1331 e, ainda, a pas-
sagem de Camilo Castelo
Branco por terras de Ribeira de
Pena, onde passou alguns anos
da sua adolescência e casou
com Joaquina Pereira de
França, na Igreja do Salvador a
18 de agosto de 1841. Rui Vaz
Alves, presidente da Câmara
Municipal, defende o desen-
volvimento económico do mu-
nicípio assente em quatro
grandes áreas: indústria, agri-
cultura, floresta e turismo.
Acreditando que esta estratégia
é apropriada à criação de pos-
tos de trabalho, à fixação da
população e à dinamização do
comércio local, valorizando os
recursos endógenos, a cultura
e o património.
0908
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Santo Tirso
Jesuítas, umpastel
com 120 anos de história
Criadoshámaisde120anos,ostradicionaisjesuítastêmsidoresponsáveis
porcolocaronomedeSantoTirsoemmuitasbocas...
Criados há mais de 120 anos, os
tradicionais jesuítas têm sido re-
sponsáveis por colocar o nome
de Santo Tirso em muitas bocas...
Apesar da origem do nome e da
receita estar envolta em algum
mistério, acredita-se que está
relacionada com uma das con-
feitarias mais famosas da cidade.
Terá sido um pasteleiro espan-
hol, empregado de Guilherme
Ferreira de Moura, a dar o nome
e a forma aos pastéis, depois de
ter trabalhado numa comuni-
dade de padres jesuítas, em Bil-
bao. E não será fruto do acaso
que este pastel folhado triangu-
lar, com um ‘chapéu’ de açúcar e
claras, se assemelhe tanto às
vestes dos monges que lhe dão o
nome. Hoje em dia, os jesuítas
de Santo Tirso continuam a ser
considerados únicos e mantêm o
estatuto de principal atração gas-
tronómica da cidade, seguidos
pelos limonetes, um pastel de
massa folhada, recheado com
creme de limão e cobertura de
glace. Mas, nesta Páscoa, Santo
Tirso tem muito mais para ofere-
cer para além da doçaria tradi-
cional. Entre 3 e 6 de abril, o mu-
nicípio organiza a segunda
edição do Mercado Nazareno e
propõe uma viagem no tempo,
por alguns dos momentos bíbli-
cos mais marcantes da quadra
pascal. Recriações históricas pro-
tagonizadas por atores profis-
sionais das quais se destaca os
milagres de Cristo, a chegada a
Jerusalém, a Crucificação e a
Ressurreição, prometem sur-
preender os visitantes. Durante
os quatro dias, na praça em
frente ao edifício da Câmara Mu-
nicipal, o público terá ainda
oportunidade de assistir a ani-
mações de rua, combates entre
soldados romanos e várias re-
criações de época, pensadas
para despertar o interesse de
miúdos e graúdos. E já que está
de passagem de Santo Tirso, ap-
roveite para conhecer as 47 es-
culturas que compõe o Museu
Internacional de Escultura Con-
temporânea, espalhadas por
cinco núcleos principais da ci-
dade: Parque D. Maria II e jardins
adjacentes; Praça 25 de Abril;
Parque dos Carvalhais; Praça
Camilo Castelo Branco; e Parque
Urbano de Rabada. O maior mu-
seu de escultura ao ar livre está
no concelho de Santo Tirso,
basta passear, pela cidade.
Alcobaça
Alcobaça, cidade
dos doces conventuais
OsMosteirosdeAlcobaçaeCozsãoocoraçãodoreceituárioconventual.
OMuseudoVinhoeoRaúldaBernarda,oparquedosMonges,SãoMartinho
doPortoeapraiadeParedesdaVitóriasãooutrasreferências.
A Doçaria Conventual é uma
referência do turismo gas-
tronómico português e uma
marca identitária que o Mu-
nicípio de Alcobaça soube
fruir. A história dos doces
conventuais cruza-se com a
história dos antigos coutos de
Alcobaça, terra de muita riqu-
eza e abundância adminis-
trada pelos Monges de Cister.
Grande parte do receituário
conventual foi concebido nas
cozinhas dos Mosteiros de Al-
cobaça e Coz: o Pão-de-Ló
de Alfeizerão, as cornucópias,
as trouxas-de-ovos, entre
muitos outros. Estas iguarias
respeitam uma tradição secu-
lar que trabalha uma base de
ovos e açúcar dando-lhes
forma e sabor únicos.
O legado da Doçaria Conven-
tual, mantido em segredo ao
longo dos séculos pelos Mon-
ges e pelas Monjas de Cister,
foi recuperado pelo Município
de Alcobaça através da
Mostra Internacional de Do-
ces & Licores Conventuais. O
evento, que este ano celebra
a 17ª edição, representa uma
boa oportunidade para mil-
hares de visitantes apreci-
arem não só a imensa riqueza
gastronómica local, mas
também nacional e interna-
cional. É um acontecimento
singular que todos os anos,
em novembro, atrai gentes de
todas a proveniências
movidas pela gula e pela cu-
riosidade.
A Mostra Internacional de
Doces & Licores Conventuais
tem vindo a afirmar-se como
uma das principais bandeiras
de Alcobaça, projetando a ci-
dade e o concelho além-fron-
teiras. Situada entre a serra e
o mar, onde a beleza natural
serve de pano de fundo, Alco-
baça é um local ideal para se
visitar em qualquer época do
ano.
Desde o Carnaval de Alco-
baça “Folia & Algazarra” (fe-
vereiro), passando pelo festi-
val Books & Movies (junho),
Aljubarrota Medieval (agosto),
Feira de São Bernardo
(agosto) até à Passagem de
Ano em São Martinho do
Porto (dezembro), há motivos
de sobra para visitar Alco-
baça. Um destino turístico de
excelência.
1110
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Ovos Moles de Aveiro
Uma jóia conventual
Oficina de Doce
ensina tradição
Quando se fala de Aveiro há,
entre muitas outras coisas,
duas que nos vem à ideia:
moliceiros e Ovos Moles. E
quando se fala de Ovos
Moles cita-se o Mosteiro de
Jesus de Aveiro e vem à
memória toda a gloriosa
doçaria que nasceu nos con-
ventos. Após a extinção das
ordens religiosas começaram
a ser confeccionados por
várias casas seculares e, são
hoje, um ícone regional mas
também um doce identifica-
dor das especialidades por-
tuguesas.
Hoje em dia, a sua certifi-
cação, permite inscrever a
menção oficial: “Ovos Moles
de Aveiro – Indicação Geo-
gráfica Protegida”. Foi, aliás,
o primeiro produto nacional
de doçaria a obter esta
distinção por parte da União
Europeia.
Tradicionalmente, os Ovos
Moles são servidos em barri-
cas de madeira, decoradas
com pinturas de temas
aveirenses, usando-se
também os potes em porce-
lana. A mais conhecida
forma de aplicação de ovos-
moles é em folhas de hóstia,
moldadas em formas de mo-
tivos marinhos como con-
chas de bivalves ou outros.
Apesar de o seu consumo
poder ser directo, ou em
forminhas fechadas de hós-
tia, os ovos moles entram em
outras confecções doceiras
importantes. A nova cozinha
também decidiu tirar partido
da excepcional qualidade e
versatilidade dos ovos moles,
usado como um componente
de sobremesa. Sem esquecer
a versão gelado de ovos
moles.
A Oficina do Doce per-
tencente ao Grupo Fabridoce,
é um espaço interactivo de
demonstração do fabrico dos
Ovos Moles, que se localiza
em pleno centro da cidade de
Aveiro, no canal central, co-
abitando com os tradicionais
barcos moliceiros. Ali terá a
oportunidade de conhecer
toda a envolvente histórica
associada aos doces conven-
tuais da Região de Aveiro.
Um espaço de exposição
didáctico, historicamente
representativo, onde poderá
ver ao vivo, com muita
magia, a forma de fabrico
mais tradicional dos Ovos
Moles. Os mais arrojados,
esses, terão a oportunidade
de experimentar a sua arte
como doceiros (as) à moda
antiga, procedendo ao enchi-
mento e corte daqueles doces
com desenhos marítimos. Na
sequência desta demon-
stração terá o prazer de pro-
var estes deliciosos doces,
ex-libris da nossa cidade.
Mais recentemente, a Oficina
do Doce integrou na sua
oferta também a visita Gela-
dos de Portugal, na qual o
visitante tem a oportunidade
de assistir a uma demon-
stração do processo de fab-
rico dos Gelados de Portugal,
novo conceito de gelados ar-
tesanais com a assinatura do
grupo Fabridoce.
1312
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Uma Doce Tradição
Desde 1968
À hora a que lê este artigo, pro-
vavelmente sentado na Paste-
laria Califa, enquanto toma um
café e se delicia com um pastel
de nata, em Malaca, na Malásia,
alguém estará também a trin-
car um no “Restoran de Lis-
bon”. Ou na “Comme a Lis-
bonne” em Paris, no chique
bairro do Marais, que tem ao
domingo a sua maior enchente.
Com algumas horas de difer-
ença, em Chinatown, Nova
Iorque, a pastelaria Bread Talk,
abrirá as portas onde os seus
clientes fazem fila para
comerem as saborosas “egg-
tarts”, como são conhecidos os
nossos pastéis de nata na maior
parte do Mundo. Verdadeiro
embaixador do nosso país, o
pastel de nata tem a sua origem
em Portugal, e reza a história
que serão uma receita dos
monges que transpôs as pare-
des dos mosteiros em 1837.
Não tão antiga, mas também já
com alguma história que os
seus 47 anos proporcionam, e
bem conhecida em Lisboa, em
Portugal e de muitos portugue-
ses que povoam o globo, o
Califa tem no seu pastel de nata
um dos seus produtos de ex-
celência. Tendo iniciado o seu
percurso em 31 de Maio de
1968, no então modesto bairro
de São Domingos de Benfica
em Lisboa, poderá dizer-se que
o seu crescimento anda de mão
dada com o da zona em que se
insere, e de que se tornou a sua
principal referência. Actual-
mente com 3 pisos, 150 lugares
sentados, uma zona recente de
esplanada, num ambiente
moderno mas carregado de
histórias que os milhares de cli-
entes que continuam a preferi-
la guardam nas suas mais sa-
borosas e marcantes recor-
dações. Além da sua já famosa
e reconhecida qualidade de
Pastelaria, (quem já não ouviu
falar das longas filas no Natal
para obter um dos melhores
Bolo Rei do país), estende agora
à restauração, com a sua con-
hecida criatividade e excelência
de qualidade, um novo serviço
de “Steak House”, todos os dias
das 19h00 as 22h30. O Califa,
em Lisboa, merece a sua visita.
Verdadeiroembaixadordonossopaís,opasteldenatatemasuaorigem
emPortugal,erezaahistóriaqueserãoumareceitadosmongesquetranspôs
asparedesdosmosteirosem1837.
Pastéis
de Al-Madan
DaspáginasdahistóriadagastronomiaalmadenseaMeltejoretirouoque
demaisdoceencontrouepreparouosPastéisdeAl-Madan.
Os pastéis de AI-Madan são o
que de melhor podemos en-
contrar na riquíssima história
da cidade de Almada cuja fun-
dação se perde na memória
do tempo e que herdou o
nome do topónimo árabe
AI-Madan, ou a mina de ouro”
porque aqui se explorava o
ouro, nas areias do Tejo e na
conhecida mina da Adiça.
A arqueologia tem posto a
descoberto importantes docu-
mentos que dão a conhecer a
ocupação humana de Almada,
desde o Calcolítico, 3000 anos
antes de Cristo, até aos nossos
dias; cinco mil anos de
História onde se inserem
vários povos, nomeadamente
Fenícios, Romanos e Muçul-
manos, com as mais diversas
culturas e formas de vida que,
forçosamente, se refletem na
gastronomia tradicional. En-
volvida pelo Tejo e pelas lin-
das praias do Atlântico, alcan-
tilada sobre as falésias so-
branceiras a fazer inveja à
capital do reino, Almada sem-
pre se evidenciou como entre-
posto privilegiado para o
abastecimento da cidade de
Lisboa em que os portos de
Cacilhas e de Porto Brandão
desempenharam um papel
preponderante. Como um
soldado na linha da frente, Al-
mada sempre marcou pre-
sença nos momentos decisivos
da História de Portugal, distin-
guindo-se, quer nas lutas con-
tra o domínio estrangeiro
quando a nossa soberania era
ameaçada, quer pela liberdade
e cidadania do seu povo,
escrevendo gloriosas páginas
na História de Portugal. Das
páginas da História da gastro-
nomia almadense a Meltejo
retirou o que de mais doce en-
controu e preparou os Pastéis
de AI-Madan, para levar à sua
mesa os doces sabores da
História, frutos do saber dos
profissionais que querem dar-
lhe a conhecer a cidade, nes-
tes requintados Pastéis de AI-
Madan.
Celorico
de Basto
1514
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Capotes, Claudinos
ou Caparicanos
No dia 22 de Dezembro de
1984,na véspera de um
grande casamento ocorrido
nesta antiga vila, agora ci-
dade, nascia a Pastelaria O
Capote. Garantia-se, assim, a
manutenção da genuína re-
ceita original dos Claudinos,
inalterada e em segredo, uma
vez que os sucessivos paste-
leiros que a foram conhe-
cendo pertencerem à mesma
família. Ainda hoje, é das
mãos dessa mesma família
que continuam a sair os
Claudinos, os Garibaldis e
demais pastelaria d’O Capote.
Este Bolo começa por ser
fabricado na antiga Pastelaria
Costa Nova, situada mesmo
no centro da Costa, que per-
manecem para sempre gra-
vados na lembrança.
O Claudino é um bolo sim-
ples com um desing diferente
e inovador. È um bolo cro-
cante de massa folhada di-
vidido em duas partes re-
cheado com um fabuloso
creme pasteleiro. Toda a
confeção é feita manual-
mente e com segredos anti-
gos, os ingredientes utiliza-
dos são da melhor qualidade.
Para além dos de tamanho
normal, cerca de 16 cm, os
Claudinos também saem em
miniaturas e em tamanho
grande, como bolo de ani-
versário. O Garibaldi é um
bolo feito a partir de uma
mousse chocolate, colocada
sobre uma base de pão de ló
com cerca de 5 mm e coberta
com outra igual, sendo guar-
necida em cima por capa de
chocolate. Orgulhamo-nos de
ser uma pastelaria de fabrico
Próprio, em que toda a pas-
telaria, doce ou salgada é
produzida por nós e feitas
manualmente com a receita
dos nossos antigos… Se nunca
provou, ou mesmo já conhe-
cendo, vale a pena uma ida à
Costa da Caparica e deliciar-
se com um Claudino morn-
inho. Vai ver que não se vai
arrepender.
Acontinuidadedapastelariaseguepelasmãosdosdescendes,
RicardoFerrinhoeRitaFerrinhoqueem2008nãodeixarammorrer
umagrandetradição.
Pão-de-ló de Celorico
de tão fino paladar…
Pão-de-lósobressaipelosabor,pelaqualidade,peloaroma.
CeloricodeBastoondeoMinhomudadecor.
Celorico de Basto é um con-
celho cada vez mais procurado
pelos turistas. Com um patri-
mónio arquitetónico vasto
mostra-se como roteiro de
visita obrigatória. Em Celorico
de Basto demarca-se o Castelo
de Arnoia, único Castelo da
Rota do Românico, situado na
Villa de Basto. Os inúmeros so-
lares, exuberantes, e os jardins
de camélias, meticulosamente
ornamentados, definem a
paisagem. Os muitos motivos
de interesse deste concelho são
ainda mais “apetecíveis”
quando misturados com a
doçaria que tão bem nos carac-
teriza. “O nosso pão-de-ló
sobressai pelo sabor, pela
qualidade, pelo aroma. É um
doce feito com todo o primor
que se destaca dos demais,
fruto do empenho de quem o
produz.” Não se trata de um
doce industrializado mas feito
com produtos meticulosamente
selecionados e com um ingre-
diente muito particular, a sabe-
doria vinda de geração em
geração! “Este pão-de-ló tem
algo único, soberbo, algo que
deleita o paladar de quem tem
o privilégio de o provar. Não é
seco, nem demasiado húmido,
é sempre apetecível” destacou
o autarca local, Joaquim Mota e
Silva, apreciador do doce.
A existência deste pão-de-ló
advém de 1870, na altura a
Doçaria Oliveira publicava ver-
sos num papel fino no qual en-
volvia o doce. As marcas dessa
altura vingaram com o passar
do tempo e ainda hoje, esses
versos continuam a ser a marca
indiscutível do valor atribuído
ao Pão-de-ló. Estamos a incre-
mentar um aditivo que dá um
sabor especial ao pão-de-ló, o
doce de camélia. Um doce que
deriva da flor que nos identi-
fica, que vai proliferando por
todo o concelho. Esta mistura
de paladares transformou o
pão-de-ló, ainda mais rico e de
sabor único. As cavacas
também têm um valor especial
em Celorico de Basto, são mais
“fofinhas” e “delicadas”. Mas
para tornar esta doçaria ainda
mais apetitosa juntamos um
condimento especial, o nosso
Vinho Verde, de qualidade de-
marcada e de sabor e aroma
muito particular que o torna
único e irrepetível, feito exclu-
sivamente com “as nossas
uvas”.
1716
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
A seleção perfeita
de Vinho do Porto
para a Páscoa
Nestaépocamarcadapeladoçariatradicional,oGraham’sTawny20AnoseoGraham’sSixGrapes
sãooacompanhamentoperfeitoparaadoçuradasamêndoastorradasedochocolatenegro.
Nesta época marcada pela
doçaria tradicional, o
Graham’s Tawny 20 Anos e o
Graham’s Six Grapes são o
acompanhamento perfeito
para a doçura das amêndoas
torradas e do chocolate ne-
gro. O Graham’s Tawny 20
Anos apresenta uma cor âm-
bar dourada e um caracterís-
tico aroma a noz e a fruta
deliciosamente amadurecida,
com notas delicadas de casca
de laranja. Levemente adoci-
cado e suave, é requintada-
mente aveludado graças a
um cuidado envelhecimento
de mais de 20 anos. Servido
ligeiramente fresco, acom-
panha extremamente bem
amêndoas, nozes, leite-
creme, pão-de-ló ou doces
de ovos. Um vinho aper-
feiçoado durante mais de 20
anos que combina a frescura
dos Portos jovens com a
complexidade dos Portos
envelhecidos.
Já o Graham’s Six Grapes
apresenta uma cor vermelha
intensa e profunda, com um
aroma sedutor a cerejas e
ameixas maduras e um pa-
lato complexo, vibrante e es-
truturado. É um vinho encor-
pado, frutado, robusto e de
excelente qualidade, fre-
quentemente descrito como
“o Porto de todos os dias
para o apreciador de Vinho
do Porto Vintage”. O seu es-
tilo jovem e assertivo torna-o
ideal para acompanhar
chocolate negro com elevado
grau de cacau, assim como
sobremesas à base de
chocolate. Delicioso após
a refeição.
Fafe
Pão-de-ló
Especialidade de Fafe
Segredodedoçariacommaisde70anosestánamatéria-primaeconfeção
Quem passa por Fafe não pode
sair sem provar o Pão-de-ló e
os tradicionais doces de gema.
São duas das iguarias gas-
tronómicas mais conhecidas e
apreciadas do concelho, sendo
a Doçaria de Fornelos a maior
produtora destes doces. Refira-
se que só por altura da Páscoa
e do Natal, doçaria produz mil-
hares de quilos de pão-de-ló e
doces de gema.
A utilização de forno de alve-
naria e a qualidade dos ovos
são dois dos motivos pelos
quais o pão-de-ló de Fornelos
é conhecido a nível nacional e
até mesmo internacional.
A confeção destes em Fornelos
tem uma história que remonta
há mais de setenta anos, pelas
mãos da visavó de César Fre-
itas, atual proprietário da
Doçaria. O negócio familiar
passou de pais para filhos e,
hoje, a empresa tem um grande
capacidade de produção, não
esquecendo, no entanto, a im-
portância da utilização de for-
nos a lenha e a qualidade da
matéria-prima.
“A nossa doçaria existe há mais
de setenta anos, começou com
a minha visavó, passando para
o meu avô, o meu pai e agora
sou eu que estou à frente dos
destinos da empresa”, disse,
explicando que o segredo para
o sucesso destas duas iguarias
deve-se à forma como são
confecionadas.
“Claro que existe um segredo
na confeção dos nossos doces,
que não revelamos, no entanto,
o essencial está na matéria-
prima e na confeção. Aqui
ainda produzimos de forma
tradicional, usando fornos de
alvenaria, ovos de qualidade e
formas de barro. Não tenho
dúvidas que são estas carac-
terísticas que nos distinguem
dos outros”, esclareceu.
Feitos à base de ovos, açúcar e
farinha, os doces de Fornelos
foram mencionados por vários
autores, em vários livros, entre
eles, no livro de José Augusto
Vieira, em 1886.
Doçariade Fornelos
Doces Regionais
Av. Sta. Comba, 271
4820-427 Fornelos - Fafe
Tel. 253 599 011
Fax: 253 599 047
canfrei@iol.pt
18
Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa
Abrantes
Palha de Abrantes
recria história do Tejo
Feitodegemasdeovos,açúcareamêndoa,sobumpedacinhodefolha
deobreia,estaiguariatemorigemnaimagemdapalhavindadoAlentejo.
Se o mandarem para a Abrantes
comer palha, não se sinta ofen-
dido! A Palha de Abrantes é o
ex-líbris dos doces conventuais
que se associam a esta cidade.
Feito de gemas de ovos, açúcar
e amêndoa, sob um pedacinho
de folha de obreia, esta iguaria
tem origem na imagem da palha
vinda do Alentejo, que pelo rio
Tejo seguia por esta cidade a
caminho dos estábulos de Lis-
boa, no séc. XVI. Na freguesia de
Rio de Moinhos teve origem ou-
tro dos doces famosos de
Abrantes – as tigeladas. Reza a
lenda que, uma habitante da
freguesia com a ajuda de uma
amiga, lavadeira do convento da
Graça (demolido em 1902), con-
seguiu o segredo do doce das
freiras. A receita passou de
geração em geração, até aos
dias de hoje, sempre cozida em
tijelas de barro, daío nome.
Uma vez em Abrantes, e após se
deliciar com este docinho numa
das pastelarias do concelho,
parta à descoberta do seu
notável centro histórico, que
ainda hoje mantem a traça ar-
quitetónica original, percorra as
suas ruas estreitas de seixo ro-
lado e repletas de marcas que
perduram no tempo. O ponto de
visita obrigatório é o seu castelo,
onde poderá encontrar os vo-
luptuosos túmulos góticos dos
Condes de Abrantes no Museu
D. Lopo de Almeida e deslum-
brar-se com 360 graus de
paisagem sobre o Tejo na sua
Torre de Menagem. Aproveite,
ainda, para conhecer a
magnífica Albufeira de Castelo
de Bode em canoa, partindo da
Praia Fluvial de Aldeia do Mato;
o Parque Urbano de S. Lourenço
e os seus percursos sempre com
o pequeno lago no olhar; e o
Parque Ribeirinho Aquapolis,
onde pode registar a
panorâmica da cidade espel-
hada no rio. Qualquer época do
ano pode ser uma boa altura
para visitar Abrantes, mas em
Outubro é sem dúvida mais de-
licioso. No último fim-de-se-
mana, a cidade acolhe a Feira
Nacional de Doçaria Tradicional
em que as Tigeladas, a Broas
Fervidas de noz e mel e a fa-
mosa Palha de Abrantes são as
iguarias anfitriãs desta fabulosa
mostra de pequenos e irre-
sistíveis pecados vindos de
vários pontos do país.
Na totalidade, produzimos, classificamos e embalamos mais de 400.000.000 de ovos por ano. São cerca 1.500.000 galinhas
poedeiras distribuídas por mais de 40 explorações avícolas. Somos uma empresa líder no nosso setor, com distribuição em todo
o território nacional, com três centros de inspeção, classificação e embalamento, uma fábrica de rações própria,
diversas unidades de recria, diversas unidades de produção integradas, sobretudo com uma aposta
forte nas produções alternativas. É com este tipo de produção alternativa,
com galinhas ao ar livre e galinhas no solo, que vamos construir
o nosso futuro, sempre atentos às tendências dos consumidores
e garantindo sempre que os melhores ovos
são sempre para si.
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próprio das grandes vedetas. Provenientes da mais aclamada região vitivinícola portuguesa além fronteiras,
estes Vinhos Verdes dão-lhe a conhecer os seus aromas, cores e sabores com prestações sublimes,
momentos inesquecíveis e finais apoteóticos. O espectáculo vai começar.
Sejaresponsável.Bebacommoderação.

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Pastel de Águeda - Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa

  • 1.
  • 2. 03 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Pastelde Águeda Um doce de excelência “HádocesquesóÁguedatemparati”édestaformaqueaCâmaraMunicipalde Águedaconvidatodosaconheceremaexcelênciadadoçariatradicionallocal, numainiciativaqueultrapassajáasfronteirasdopaís. De entre os doces que Águeda tem para si há um que se destaca, o famoso Pas- tel de Águeda, cujas origens se perdem nos tempos, mas que a tradição diz remontar ao Convento de Santo António de Serém, a norte da cidade de Águeda. Atenta à procura crescente do valor único e tradicional do Pastel de Águeda, a autarquia deu início, em conjunto com diversos produtores, comerci- antes e a Confraria Eno-Gas- tronómica Sabores do Bo- taréu, ao seu processo de cer- tificação através da consti- tuição de um Agrupamento de Produtores. O Vereador do Turismo Edson Santos de- fende que “através da certifi- cação pretende-se promover, valorizar e defender a quali- dade do Pastel de Águeda, bem como assegurar a conti- nuidade do fabrico de um doce tão emblemático do concelho”. Quem visita Águeda tem ainda a oportunidade de se deliciar com uma gastrono- mia rica e variada, com ou- tros doces bem característicos deste concelho - os fuzis, se- quilhos, cavacas, ou ainda o bolo de St.ª Eulália -, mas também com o leitão à Bair- rada acompanhado pelos melhores espumantes da re- gião. Outras são as atrações que trazem milhares de visi- tantes até Águeda: o festival AgitÁgueda (4 a 26 de julho de 2015), a Pateira de Fer- mentelos ou as serranias do Caramulo através de percur- sos pedestres. De todos ficará a vontade para regressar e descobrir que mais Águeda tem para si!
  • 3. 04 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Vizela Pão-de-Ló Coberto Bolinhol FoiumavizelensequenosfinaisdoseculoXIXcriouumdePão-de-Lóoriginal, dedimensõespequenaseformatorectangular,paramaisfacilmenteser transportadoparaasfeiras,embrulhadoem“linhol”(panodelinho). Desde tempos remotos que o homem procurou o vale do Vizela para permanência hu- mana. Aqui se fixou e aqui descobriu o que o território tinha para oferecer. Seja pe- los vales férteis e amenos, propícios a uma agricultura de excelência, seja pela quali- dade inegável das suas águas termais exploradas desde os tempos da romanização da península ibérica, a verdade é que as marcas desta per- manência subsistem até aos dias de hoje nas tradições. Destas tradições Vizelenses, a gastronomia é uma daquelas que mais marca deixou no território, como se o apego aos bens essenciais da sobre- vivência humana tivesse ob- tido uma expressão mais vin- cada nesta parte do território. E nestas tradições a doçaria tradicional alcança contornos de excelência. Assim, desta vontade e deste saber fazer nasce o famoso Pão-de-Ló coberto de Vizela, o Bolinhol. Esta receita, unicamente con- feccionada em Vizela foi, desde o princípio, abraçada pelos Vizelenses e propagada de geração em geração de produtores, até aos nossos dias. Aliada à tradição e ao saber fazer único o Bolinhol chega até hoje mantendo os métodos de fabrico ances- trais, incutindo assim ao pro- duto os contornos de originalidade que lhe são atribuídos. O Bolinhol foi, du- rante os anos 20, um produto de referência na cidade do Porto. O seu sabor chegou a ser considerado por figuras tão ímpares como o General Franco e o antigo rei de Espanha, D. Juan Carlos. Hoje em dia quem se desloque a Vizela, quer seja pela beleza panorâmica das paisagens do Baixo-Minho, onde a per- spectiva se perde na ampli- tude de discreta intimidade ou nos lúdicos meandros do rio, quer seja pela degustação das iguarias do concelho, o mais certo é ser-lhe apresen- tado como sobremesa o fa- moso Pão-de-Ló. Acompan- hando a gastronomia de qualidade e o vinho verde tradicional da região, o Bolin- hol será uma referência in- contornável em Vizela. Haja vontade para o descobrir…!
  • 4. 0706 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Madeira Bolo de Melde Cana Seis séculos de história Parasalvaguardaragenuinidadeeprotegercontraadulterações,SRARN,criou asmarcas«MeldeCanadaMadeira»,«BolodeMeldeCanadaMadeira»e«Broas deMeldeCanadaMadeira»,bemcomoosrespetivosselosdeautenticação. A doçaria do Mel de Cana está historicamente associada à indústria da cana-de-açúcar na Ilha da Madeira, o qual re- monta aos princípios do século XV. Já em 1419, Cristóvão Co- lombo, que antes da descoberta da América viveu no arquipé- lago, referenciava aos Reis de Espanha que o Mel de Cana devia constar dos mantimentos de qualquer embarcação, dado ser “o melhor alimento do Mundo e o mais são”. Não será por isso de estranhar que a receita mais antiga de Bolo de Mel de Cana, cuja matéria-prima base distinta é o sumo da cana-de-açúcar, também date do século XV, cri- ada por freiras de um convento católico. O Bolo de Mel de Cana é, sem dúvida, a jóia da doçaria madeirense e, para o seu sabor e aroma inconfundíveis, além do Mel de Cana, também con- tribuem especiarias orientais, frutos secos e outros condi- mentos especiais. Esta incom- parável delicatessen re- comenda o bom uso, que deva ser sempre partida à mão e, de preferência, acompanhada de um Vinho Madeira. Todas estas iguarias, servem de base a criação de um turismo gas- tronómico e cultural que tem vindo a ser promovido pela Di- reção Regional do Turismo. Da doçaria tradicional, destaca-se ainda a Queijada da Madeira, um pequeno bolo achatado, re- dondo, cujo gosto é agradável pelo seu recheio de requeijão de leite de vaca e ovos, com origem no Convento da Encar- nação no Funchal e fomentada pelas freiras de Santa Clara, sendo esta considerada a or- ganização económica mais im- portante do século XVII e XVIII. A Associação de Industriais de Panificação, Pastelaria e Con- feitaria da Madeira tem nos úl- timos tempos, intervindo na salvaguarda das tradições da madeira, através do registo de marcas especificas “Bolo do Caco da Madeira”, Pão de Casa da Madeira” e da submissão a IGP das mesmas. Já no decorrer deste ano a AIPCRAM iniciou a compilação de receitas tradi- cionais da madeira, com o ob- jectivo de preservar esta memória através de publi- cação. Ribeira de Pena Ribeira de Pena convida, naturalmente Estesdocesengrandeceramdeformasignificativaagastronomia portuguesa,sendo,namaiorpartedasvezes,constituídospeloaçúcar, gemadeovoeaamêndoa. Consta que os doces conven- tuais apareceram com a intro- dução do açúcar por volta do séc. XV em Portugal e eram elaborados pelas freiras e frades que viviam nos conven- tos. Estes doces engrandece- ram de forma significativa a gastronomia portuguesa, sendo, na maior parte das vezes, constituídos pelo açúcar, gema de ovo e a amêndoa. Em relação à chila no forno, não podemos comprovar se é originário de algum convento, embora possua os três ingredi- entes base da doçaria conven- tual, este doce tradicional ori- undo de Ribeira de Pena que pode ser, habitualmente, sabo- reado na Adega do Maneca, no Tá-se Bem e no Cantinho do Churrasco. Ribeira de Pena é um concelho tipicamente do interior e está na transição do Minho para Trás-os-Montes. Dominado pela bacia hidro- gráfica do Tâmega, no seu curso médio, o município pos- sui uma grande riqueza e var- iedade paisagística. Os vales profundos definidos pelo Tâmega e pelos seus afluentes, com o seu verde intenso, têm uma expressão agrícola, cul- tural e de povoamento tipica- mente minhota. Acima da cota dos 400 metros, predominam as encostas e os maciços ro- chosos tipicamente transmon- tanos, com o Barroso, a norte e a sul o Alvão. Da sua história, há dois factos significativos a reter, o Foral recebido das mãos de D. Afonso IV, e outor- gado em Tentúgal a 29 de Se- tembro de 1331 e, ainda, a pas- sagem de Camilo Castelo Branco por terras de Ribeira de Pena, onde passou alguns anos da sua adolescência e casou com Joaquina Pereira de França, na Igreja do Salvador a 18 de agosto de 1841. Rui Vaz Alves, presidente da Câmara Municipal, defende o desen- volvimento económico do mu- nicípio assente em quatro grandes áreas: indústria, agri- cultura, floresta e turismo. Acreditando que esta estratégia é apropriada à criação de pos- tos de trabalho, à fixação da população e à dinamização do comércio local, valorizando os recursos endógenos, a cultura e o património.
  • 5. 0908 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Santo Tirso Jesuítas, umpastel com 120 anos de história Criadoshámaisde120anos,ostradicionaisjesuítastêmsidoresponsáveis porcolocaronomedeSantoTirsoemmuitasbocas... Criados há mais de 120 anos, os tradicionais jesuítas têm sido re- sponsáveis por colocar o nome de Santo Tirso em muitas bocas... Apesar da origem do nome e da receita estar envolta em algum mistério, acredita-se que está relacionada com uma das con- feitarias mais famosas da cidade. Terá sido um pasteleiro espan- hol, empregado de Guilherme Ferreira de Moura, a dar o nome e a forma aos pastéis, depois de ter trabalhado numa comuni- dade de padres jesuítas, em Bil- bao. E não será fruto do acaso que este pastel folhado triangu- lar, com um ‘chapéu’ de açúcar e claras, se assemelhe tanto às vestes dos monges que lhe dão o nome. Hoje em dia, os jesuítas de Santo Tirso continuam a ser considerados únicos e mantêm o estatuto de principal atração gas- tronómica da cidade, seguidos pelos limonetes, um pastel de massa folhada, recheado com creme de limão e cobertura de glace. Mas, nesta Páscoa, Santo Tirso tem muito mais para ofere- cer para além da doçaria tradi- cional. Entre 3 e 6 de abril, o mu- nicípio organiza a segunda edição do Mercado Nazareno e propõe uma viagem no tempo, por alguns dos momentos bíbli- cos mais marcantes da quadra pascal. Recriações históricas pro- tagonizadas por atores profis- sionais das quais se destaca os milagres de Cristo, a chegada a Jerusalém, a Crucificação e a Ressurreição, prometem sur- preender os visitantes. Durante os quatro dias, na praça em frente ao edifício da Câmara Mu- nicipal, o público terá ainda oportunidade de assistir a ani- mações de rua, combates entre soldados romanos e várias re- criações de época, pensadas para despertar o interesse de miúdos e graúdos. E já que está de passagem de Santo Tirso, ap- roveite para conhecer as 47 es- culturas que compõe o Museu Internacional de Escultura Con- temporânea, espalhadas por cinco núcleos principais da ci- dade: Parque D. Maria II e jardins adjacentes; Praça 25 de Abril; Parque dos Carvalhais; Praça Camilo Castelo Branco; e Parque Urbano de Rabada. O maior mu- seu de escultura ao ar livre está no concelho de Santo Tirso, basta passear, pela cidade. Alcobaça Alcobaça, cidade dos doces conventuais OsMosteirosdeAlcobaçaeCozsãoocoraçãodoreceituárioconventual. OMuseudoVinhoeoRaúldaBernarda,oparquedosMonges,SãoMartinho doPortoeapraiadeParedesdaVitóriasãooutrasreferências. A Doçaria Conventual é uma referência do turismo gas- tronómico português e uma marca identitária que o Mu- nicípio de Alcobaça soube fruir. A história dos doces conventuais cruza-se com a história dos antigos coutos de Alcobaça, terra de muita riqu- eza e abundância adminis- trada pelos Monges de Cister. Grande parte do receituário conventual foi concebido nas cozinhas dos Mosteiros de Al- cobaça e Coz: o Pão-de-Ló de Alfeizerão, as cornucópias, as trouxas-de-ovos, entre muitos outros. Estas iguarias respeitam uma tradição secu- lar que trabalha uma base de ovos e açúcar dando-lhes forma e sabor únicos. O legado da Doçaria Conven- tual, mantido em segredo ao longo dos séculos pelos Mon- ges e pelas Monjas de Cister, foi recuperado pelo Município de Alcobaça através da Mostra Internacional de Do- ces & Licores Conventuais. O evento, que este ano celebra a 17ª edição, representa uma boa oportunidade para mil- hares de visitantes apreci- arem não só a imensa riqueza gastronómica local, mas também nacional e interna- cional. É um acontecimento singular que todos os anos, em novembro, atrai gentes de todas a proveniências movidas pela gula e pela cu- riosidade. A Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais tem vindo a afirmar-se como uma das principais bandeiras de Alcobaça, projetando a ci- dade e o concelho além-fron- teiras. Situada entre a serra e o mar, onde a beleza natural serve de pano de fundo, Alco- baça é um local ideal para se visitar em qualquer época do ano. Desde o Carnaval de Alco- baça “Folia & Algazarra” (fe- vereiro), passando pelo festi- val Books & Movies (junho), Aljubarrota Medieval (agosto), Feira de São Bernardo (agosto) até à Passagem de Ano em São Martinho do Porto (dezembro), há motivos de sobra para visitar Alco- baça. Um destino turístico de excelência.
  • 6. 1110 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Ovos Moles de Aveiro Uma jóia conventual Oficina de Doce ensina tradição Quando se fala de Aveiro há, entre muitas outras coisas, duas que nos vem à ideia: moliceiros e Ovos Moles. E quando se fala de Ovos Moles cita-se o Mosteiro de Jesus de Aveiro e vem à memória toda a gloriosa doçaria que nasceu nos con- ventos. Após a extinção das ordens religiosas começaram a ser confeccionados por várias casas seculares e, são hoje, um ícone regional mas também um doce identifica- dor das especialidades por- tuguesas. Hoje em dia, a sua certifi- cação, permite inscrever a menção oficial: “Ovos Moles de Aveiro – Indicação Geo- gráfica Protegida”. Foi, aliás, o primeiro produto nacional de doçaria a obter esta distinção por parte da União Europeia. Tradicionalmente, os Ovos Moles são servidos em barri- cas de madeira, decoradas com pinturas de temas aveirenses, usando-se também os potes em porce- lana. A mais conhecida forma de aplicação de ovos- moles é em folhas de hóstia, moldadas em formas de mo- tivos marinhos como con- chas de bivalves ou outros. Apesar de o seu consumo poder ser directo, ou em forminhas fechadas de hós- tia, os ovos moles entram em outras confecções doceiras importantes. A nova cozinha também decidiu tirar partido da excepcional qualidade e versatilidade dos ovos moles, usado como um componente de sobremesa. Sem esquecer a versão gelado de ovos moles. A Oficina do Doce per- tencente ao Grupo Fabridoce, é um espaço interactivo de demonstração do fabrico dos Ovos Moles, que se localiza em pleno centro da cidade de Aveiro, no canal central, co- abitando com os tradicionais barcos moliceiros. Ali terá a oportunidade de conhecer toda a envolvente histórica associada aos doces conven- tuais da Região de Aveiro. Um espaço de exposição didáctico, historicamente representativo, onde poderá ver ao vivo, com muita magia, a forma de fabrico mais tradicional dos Ovos Moles. Os mais arrojados, esses, terão a oportunidade de experimentar a sua arte como doceiros (as) à moda antiga, procedendo ao enchi- mento e corte daqueles doces com desenhos marítimos. Na sequência desta demon- stração terá o prazer de pro- var estes deliciosos doces, ex-libris da nossa cidade. Mais recentemente, a Oficina do Doce integrou na sua oferta também a visita Gela- dos de Portugal, na qual o visitante tem a oportunidade de assistir a uma demon- stração do processo de fab- rico dos Gelados de Portugal, novo conceito de gelados ar- tesanais com a assinatura do grupo Fabridoce.
  • 7. 1312 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Uma Doce Tradição Desde 1968 À hora a que lê este artigo, pro- vavelmente sentado na Paste- laria Califa, enquanto toma um café e se delicia com um pastel de nata, em Malaca, na Malásia, alguém estará também a trin- car um no “Restoran de Lis- bon”. Ou na “Comme a Lis- bonne” em Paris, no chique bairro do Marais, que tem ao domingo a sua maior enchente. Com algumas horas de difer- ença, em Chinatown, Nova Iorque, a pastelaria Bread Talk, abrirá as portas onde os seus clientes fazem fila para comerem as saborosas “egg- tarts”, como são conhecidos os nossos pastéis de nata na maior parte do Mundo. Verdadeiro embaixador do nosso país, o pastel de nata tem a sua origem em Portugal, e reza a história que serão uma receita dos monges que transpôs as pare- des dos mosteiros em 1837. Não tão antiga, mas também já com alguma história que os seus 47 anos proporcionam, e bem conhecida em Lisboa, em Portugal e de muitos portugue- ses que povoam o globo, o Califa tem no seu pastel de nata um dos seus produtos de ex- celência. Tendo iniciado o seu percurso em 31 de Maio de 1968, no então modesto bairro de São Domingos de Benfica em Lisboa, poderá dizer-se que o seu crescimento anda de mão dada com o da zona em que se insere, e de que se tornou a sua principal referência. Actual- mente com 3 pisos, 150 lugares sentados, uma zona recente de esplanada, num ambiente moderno mas carregado de histórias que os milhares de cli- entes que continuam a preferi- la guardam nas suas mais sa- borosas e marcantes recor- dações. Além da sua já famosa e reconhecida qualidade de Pastelaria, (quem já não ouviu falar das longas filas no Natal para obter um dos melhores Bolo Rei do país), estende agora à restauração, com a sua con- hecida criatividade e excelência de qualidade, um novo serviço de “Steak House”, todos os dias das 19h00 as 22h30. O Califa, em Lisboa, merece a sua visita. Verdadeiroembaixadordonossopaís,opasteldenatatemasuaorigem emPortugal,erezaahistóriaqueserãoumareceitadosmongesquetranspôs asparedesdosmosteirosem1837. Pastéis de Al-Madan DaspáginasdahistóriadagastronomiaalmadenseaMeltejoretirouoque demaisdoceencontrouepreparouosPastéisdeAl-Madan. Os pastéis de AI-Madan são o que de melhor podemos en- contrar na riquíssima história da cidade de Almada cuja fun- dação se perde na memória do tempo e que herdou o nome do topónimo árabe AI-Madan, ou a mina de ouro” porque aqui se explorava o ouro, nas areias do Tejo e na conhecida mina da Adiça. A arqueologia tem posto a descoberto importantes docu- mentos que dão a conhecer a ocupação humana de Almada, desde o Calcolítico, 3000 anos antes de Cristo, até aos nossos dias; cinco mil anos de História onde se inserem vários povos, nomeadamente Fenícios, Romanos e Muçul- manos, com as mais diversas culturas e formas de vida que, forçosamente, se refletem na gastronomia tradicional. En- volvida pelo Tejo e pelas lin- das praias do Atlântico, alcan- tilada sobre as falésias so- branceiras a fazer inveja à capital do reino, Almada sem- pre se evidenciou como entre- posto privilegiado para o abastecimento da cidade de Lisboa em que os portos de Cacilhas e de Porto Brandão desempenharam um papel preponderante. Como um soldado na linha da frente, Al- mada sempre marcou pre- sença nos momentos decisivos da História de Portugal, distin- guindo-se, quer nas lutas con- tra o domínio estrangeiro quando a nossa soberania era ameaçada, quer pela liberdade e cidadania do seu povo, escrevendo gloriosas páginas na História de Portugal. Das páginas da História da gastro- nomia almadense a Meltejo retirou o que de mais doce en- controu e preparou os Pastéis de AI-Madan, para levar à sua mesa os doces sabores da História, frutos do saber dos profissionais que querem dar- lhe a conhecer a cidade, nes- tes requintados Pastéis de AI- Madan.
  • 8. Celorico de Basto 1514 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Capotes, Claudinos ou Caparicanos No dia 22 de Dezembro de 1984,na véspera de um grande casamento ocorrido nesta antiga vila, agora ci- dade, nascia a Pastelaria O Capote. Garantia-se, assim, a manutenção da genuína re- ceita original dos Claudinos, inalterada e em segredo, uma vez que os sucessivos paste- leiros que a foram conhe- cendo pertencerem à mesma família. Ainda hoje, é das mãos dessa mesma família que continuam a sair os Claudinos, os Garibaldis e demais pastelaria d’O Capote. Este Bolo começa por ser fabricado na antiga Pastelaria Costa Nova, situada mesmo no centro da Costa, que per- manecem para sempre gra- vados na lembrança. O Claudino é um bolo sim- ples com um desing diferente e inovador. È um bolo cro- cante de massa folhada di- vidido em duas partes re- cheado com um fabuloso creme pasteleiro. Toda a confeção é feita manual- mente e com segredos anti- gos, os ingredientes utiliza- dos são da melhor qualidade. Para além dos de tamanho normal, cerca de 16 cm, os Claudinos também saem em miniaturas e em tamanho grande, como bolo de ani- versário. O Garibaldi é um bolo feito a partir de uma mousse chocolate, colocada sobre uma base de pão de ló com cerca de 5 mm e coberta com outra igual, sendo guar- necida em cima por capa de chocolate. Orgulhamo-nos de ser uma pastelaria de fabrico Próprio, em que toda a pas- telaria, doce ou salgada é produzida por nós e feitas manualmente com a receita dos nossos antigos… Se nunca provou, ou mesmo já conhe- cendo, vale a pena uma ida à Costa da Caparica e deliciar- se com um Claudino morn- inho. Vai ver que não se vai arrepender. Acontinuidadedapastelariaseguepelasmãosdosdescendes, RicardoFerrinhoeRitaFerrinhoqueem2008nãodeixarammorrer umagrandetradição. Pão-de-ló de Celorico de tão fino paladar… Pão-de-lósobressaipelosabor,pelaqualidade,peloaroma. CeloricodeBastoondeoMinhomudadecor. Celorico de Basto é um con- celho cada vez mais procurado pelos turistas. Com um patri- mónio arquitetónico vasto mostra-se como roteiro de visita obrigatória. Em Celorico de Basto demarca-se o Castelo de Arnoia, único Castelo da Rota do Românico, situado na Villa de Basto. Os inúmeros so- lares, exuberantes, e os jardins de camélias, meticulosamente ornamentados, definem a paisagem. Os muitos motivos de interesse deste concelho são ainda mais “apetecíveis” quando misturados com a doçaria que tão bem nos carac- teriza. “O nosso pão-de-ló sobressai pelo sabor, pela qualidade, pelo aroma. É um doce feito com todo o primor que se destaca dos demais, fruto do empenho de quem o produz.” Não se trata de um doce industrializado mas feito com produtos meticulosamente selecionados e com um ingre- diente muito particular, a sabe- doria vinda de geração em geração! “Este pão-de-ló tem algo único, soberbo, algo que deleita o paladar de quem tem o privilégio de o provar. Não é seco, nem demasiado húmido, é sempre apetecível” destacou o autarca local, Joaquim Mota e Silva, apreciador do doce. A existência deste pão-de-ló advém de 1870, na altura a Doçaria Oliveira publicava ver- sos num papel fino no qual en- volvia o doce. As marcas dessa altura vingaram com o passar do tempo e ainda hoje, esses versos continuam a ser a marca indiscutível do valor atribuído ao Pão-de-ló. Estamos a incre- mentar um aditivo que dá um sabor especial ao pão-de-ló, o doce de camélia. Um doce que deriva da flor que nos identi- fica, que vai proliferando por todo o concelho. Esta mistura de paladares transformou o pão-de-ló, ainda mais rico e de sabor único. As cavacas também têm um valor especial em Celorico de Basto, são mais “fofinhas” e “delicadas”. Mas para tornar esta doçaria ainda mais apetitosa juntamos um condimento especial, o nosso Vinho Verde, de qualidade de- marcada e de sabor e aroma muito particular que o torna único e irrepetível, feito exclu- sivamente com “as nossas uvas”.
  • 9. 1716 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa A seleção perfeita de Vinho do Porto para a Páscoa Nestaépocamarcadapeladoçariatradicional,oGraham’sTawny20AnoseoGraham’sSixGrapes sãooacompanhamentoperfeitoparaadoçuradasamêndoastorradasedochocolatenegro. Nesta época marcada pela doçaria tradicional, o Graham’s Tawny 20 Anos e o Graham’s Six Grapes são o acompanhamento perfeito para a doçura das amêndoas torradas e do chocolate ne- gro. O Graham’s Tawny 20 Anos apresenta uma cor âm- bar dourada e um caracterís- tico aroma a noz e a fruta deliciosamente amadurecida, com notas delicadas de casca de laranja. Levemente adoci- cado e suave, é requintada- mente aveludado graças a um cuidado envelhecimento de mais de 20 anos. Servido ligeiramente fresco, acom- panha extremamente bem amêndoas, nozes, leite- creme, pão-de-ló ou doces de ovos. Um vinho aper- feiçoado durante mais de 20 anos que combina a frescura dos Portos jovens com a complexidade dos Portos envelhecidos. Já o Graham’s Six Grapes apresenta uma cor vermelha intensa e profunda, com um aroma sedutor a cerejas e ameixas maduras e um pa- lato complexo, vibrante e es- truturado. É um vinho encor- pado, frutado, robusto e de excelente qualidade, fre- quentemente descrito como “o Porto de todos os dias para o apreciador de Vinho do Porto Vintage”. O seu es- tilo jovem e assertivo torna-o ideal para acompanhar chocolate negro com elevado grau de cacau, assim como sobremesas à base de chocolate. Delicioso após a refeição. Fafe Pão-de-ló Especialidade de Fafe Segredodedoçariacommaisde70anosestánamatéria-primaeconfeção Quem passa por Fafe não pode sair sem provar o Pão-de-ló e os tradicionais doces de gema. São duas das iguarias gas- tronómicas mais conhecidas e apreciadas do concelho, sendo a Doçaria de Fornelos a maior produtora destes doces. Refira- se que só por altura da Páscoa e do Natal, doçaria produz mil- hares de quilos de pão-de-ló e doces de gema. A utilização de forno de alve- naria e a qualidade dos ovos são dois dos motivos pelos quais o pão-de-ló de Fornelos é conhecido a nível nacional e até mesmo internacional. A confeção destes em Fornelos tem uma história que remonta há mais de setenta anos, pelas mãos da visavó de César Fre- itas, atual proprietário da Doçaria. O negócio familiar passou de pais para filhos e, hoje, a empresa tem um grande capacidade de produção, não esquecendo, no entanto, a im- portância da utilização de for- nos a lenha e a qualidade da matéria-prima. “A nossa doçaria existe há mais de setenta anos, começou com a minha visavó, passando para o meu avô, o meu pai e agora sou eu que estou à frente dos destinos da empresa”, disse, explicando que o segredo para o sucesso destas duas iguarias deve-se à forma como são confecionadas. “Claro que existe um segredo na confeção dos nossos doces, que não revelamos, no entanto, o essencial está na matéria- prima e na confeção. Aqui ainda produzimos de forma tradicional, usando fornos de alvenaria, ovos de qualidade e formas de barro. Não tenho dúvidas que são estas carac- terísticas que nos distinguem dos outros”, esclareceu. Feitos à base de ovos, açúcar e farinha, os doces de Fornelos foram mencionados por vários autores, em vários livros, entre eles, no livro de José Augusto Vieira, em 1886. Doçariade Fornelos Doces Regionais Av. Sta. Comba, 271 4820-427 Fornelos - Fafe Tel. 253 599 011 Fax: 253 599 047 canfrei@iol.pt
  • 10. 18 Rota da Doçaria Tradicional Portuguesa Abrantes Palha de Abrantes recria história do Tejo Feitodegemasdeovos,açúcareamêndoa,sobumpedacinhodefolha deobreia,estaiguariatemorigemnaimagemdapalhavindadoAlentejo. Se o mandarem para a Abrantes comer palha, não se sinta ofen- dido! A Palha de Abrantes é o ex-líbris dos doces conventuais que se associam a esta cidade. Feito de gemas de ovos, açúcar e amêndoa, sob um pedacinho de folha de obreia, esta iguaria tem origem na imagem da palha vinda do Alentejo, que pelo rio Tejo seguia por esta cidade a caminho dos estábulos de Lis- boa, no séc. XVI. Na freguesia de Rio de Moinhos teve origem ou- tro dos doces famosos de Abrantes – as tigeladas. Reza a lenda que, uma habitante da freguesia com a ajuda de uma amiga, lavadeira do convento da Graça (demolido em 1902), con- seguiu o segredo do doce das freiras. A receita passou de geração em geração, até aos dias de hoje, sempre cozida em tijelas de barro, daío nome. Uma vez em Abrantes, e após se deliciar com este docinho numa das pastelarias do concelho, parta à descoberta do seu notável centro histórico, que ainda hoje mantem a traça ar- quitetónica original, percorra as suas ruas estreitas de seixo ro- lado e repletas de marcas que perduram no tempo. O ponto de visita obrigatório é o seu castelo, onde poderá encontrar os vo- luptuosos túmulos góticos dos Condes de Abrantes no Museu D. Lopo de Almeida e deslum- brar-se com 360 graus de paisagem sobre o Tejo na sua Torre de Menagem. Aproveite, ainda, para conhecer a magnífica Albufeira de Castelo de Bode em canoa, partindo da Praia Fluvial de Aldeia do Mato; o Parque Urbano de S. Lourenço e os seus percursos sempre com o pequeno lago no olhar; e o Parque Ribeirinho Aquapolis, onde pode registar a panorâmica da cidade espel- hada no rio. Qualquer época do ano pode ser uma boa altura para visitar Abrantes, mas em Outubro é sem dúvida mais de- licioso. No último fim-de-se- mana, a cidade acolhe a Feira Nacional de Doçaria Tradicional em que as Tigeladas, a Broas Fervidas de noz e mel e a fa- mosa Palha de Abrantes são as iguarias anfitriãs desta fabulosa mostra de pequenos e irre- sistíveis pecados vindos de vários pontos do país. Na totalidade, produzimos, classificamos e embalamos mais de 400.000.000 de ovos por ano. São cerca 1.500.000 galinhas poedeiras distribuídas por mais de 40 explorações avícolas. Somos uma empresa líder no nosso setor, com distribuição em todo o território nacional, com três centros de inspeção, classificação e embalamento, uma fábrica de rações própria, diversas unidades de recria, diversas unidades de produção integradas, sobretudo com uma aposta forte nas produções alternativas. É com este tipo de produção alternativa, com galinhas ao ar livre e galinhas no solo, que vamos construir o nosso futuro, sempre atentos às tendências dos consumidores e garantindo sempre que os melhores ovos são sempre para si. www.ovoscac.com Centro 244 720 330 Leiria Porto 227 137 797 Canelas - Valadares Lisboa 219 927 807 MARL - Loures
  • 11. Faz-se silêncio, abrem-se as garrafas e o espectáculo começa. Leves, frescos e envolventes os vinhos Estreia entram em cena assumindo um lugar de destaque à sua mesa com o à vontade próprio das grandes vedetas. Provenientes da mais aclamada região vitivinícola portuguesa além fronteiras, estes Vinhos Verdes dão-lhe a conhecer os seus aromas, cores e sabores com prestações sublimes, momentos inesquecíveis e finais apoteóticos. O espectáculo vai começar. Sejaresponsável.Bebacommoderação.