A Crista de Galo, doce tradicional de Vila Real, está entre as 7 Maravilhas Doces de Portugal eleitas recentemente. Os doces representam as sete regiões de Portugal e foram escolhidos por votação popular. Vila Real teve quatro doces selecionados inicialmente para a competição nacional, incluindo a Crista de Galo.
Crista de Galo entre 7 Maravilhas Doces PT, 4 de Vila Real na próxima fase
1. Crista de Galo está entre as 7
Maravilhas Doces de Portugal
9 Setembro, 2019
Vila Real
A Crista de Galo, de Vila Real, a Amêndoa Coberta de Moncorvo e o Mel Biológico do
Parque Natural de Montesinho, de Bragança, as Roscas de Monção e os Charutos dos
Arcos, de Viana do Castelo, o Folar de Olhão, de Faro, e o Bolinhol de Vizela, de Braga
foram as sete recém-eleitas maravilhas doces de Portugal, concurso nacional promovido
pela RTP.
A gala final do concurso decorreu no passado sábado e elegeu os sete doces mais
populares do país, de uma seleção que na primeira fase chegou a incluir 140 candidatos.
São estes os vencedores segundo os resultados obtidos através da votação por telefone e
revelados na gala final do evento, transmitida em direto pela RTP a partir de Montemor-
o-Velho.
Fora dos sete, mas com menção de honra como finalistas, ficaram os Ovos Moles de
Aveiro, Pastel de Tentúgal (Coimbra), Porquinho Doce (Beja), Filhós de Cabrela
(Évora), Brisa do Liz (Leiria), Bons Maridos (Santarém) e Barrigas de Freira (Aveiro).
Em análise, estiveram sete categorias: Doces de Território, Bolo de Pastelaria, Doce de
Colher e Doce à Fatia, Biscoitos e Bolos Secos, Doces Festivos, Doces de Fruta e Mel e
Doces de Inovação.
Foi também eleito o Doce Maravilha, num concurso à parte dedicado às escolas
profissionais de turismo todo o país: a Mousse de Maçã Verde deu o prémio à Escola de
Turismo do Douro-Lamego.
https://www.noticiasdevilareal.com/crista-de-galo-esta-entre-as-7-maravilhas-doces-de-
portugal/
2. Sete Maravilhas Docesde Portugal, quatro
doces de VilaReal passam à próxima fase
18 Abril, 2019Notícias, Vila Real
Os quatro doces da cidade de Vila Real, Cavacório, Crista de Galo, Gancha de S. Brás e
o Pito de Santa Luzia, ficaram apurados para a próxima fase das 7 Maravilhas Doces de
Portugal.
Das 907 candidaturas foram agora apuradas 420 entre elas as quatro candidaturas
apresentadas pela Câmara de Vila Real.
Na segunda fase de votação o painel de especialistas vai escolher apenas 140 doces, que
depois serão votados pelo publico durante os programas da RTP 1.
Do distrito de Vila Real ficam ainda nesta fase apurados o Mel do Barroso de Boticas,
do concelho de Murça estão o biscoito de aguardente, bola de azeite e ovos, queijadas
de Murça, suspiros e o toucinho do Céu.
Do Peso da Régua estão os doces Bolo de Santa Marta, Doce de Chila, Ferreirinhas,
Mechas, Mexidos à Moda do Douro, Pudim de Farinha de Pau e os famosos Rebuçados
da Régua.
De Santa Marta de Penaguião estão o Conde Guillon e o Frei João. De Valpaços
ficaram apurados a Nata de Castanha e o Ouriço de Castanha.
Os 140 doces que ficarão a concurso serão conhecidos a 7 de maio.
https://www.universidade.fm/sete-maravilhas-doces-de-portugal-quatro-doces-de-vila-real-
passam-a-proxima-fase/
3. Vila Real é a capital do Alto Douro. Sede de concelho e de distrito fica situada
em Trás-os-Montes perto das serras do Marão e do Alvão, na margem direita
do rio Corgo um afluente do rio Douro.
Com as suas terras férteis e produtivas, Vila Real apresenta vestígios de
ocupação humana desde o paleolítico. Da ocupação romana da região podemos
encontrar o Santurário de Panóias.
Em 1296, o rei D. Dinis atribui-lhe foral e é fundada Vila Real de Panóias. A
sua localização privilegiada, no cruzamento das estradas Porto - Braçança e
Viseu - Chaves permite um crescimento sustentado. A presença, a partir do
século XVII da Casa dos Marqueses, faz com que muitos nobres da corte
também aqui se fixem. Facto comprovado por várias pedras-de-armas com os
títulos de nobreza dos seus proprietários que se vêem ainda hoje na cidade.
Junto a Vila Real encontra-se o Palácio de Mateus, solar de arquitectura
barroca cuja traça é atribuída a Nicolau Nasoni. A zona do palácio é soberba
com jardins variados e de diferentes épocas, um lago e um pátio com espécies
botânicas exóticas.
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, atraiu para a cidade
população jovem que veio dar uma nova vida à cidade.
Em termos gastronómicos encontramos a Vitela e o Cabrito Assado, as Tripas
aos molhos, a Carne Maronesa, os Covilhetes, a Bola de Carne e os Enchidos.
A pastelaria é rica em doces conventuais: as Tigelinhas de Laranja, os Pastéis
de Santa Clara, as Cristas de Galo, os Pitos de Santa Luzia e as Ganchas.
A visitar:
Palácio de Mateus
Santuário de Panóias
Igreja de São Domingos - Sé Catedral
Igreja dos Clérigos
Igreja de São Pedro
Casa de Diogo Cão
Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real
Parque Natural do Alvão
Serra do Marão
Festas:
Festa de Nossa Senhora dos Prazeres, Domingo de Pascoela
Feira de São Pedro (ou dos Pucarinhos), 27 a 29 de Junho.
Romaria da Senhora da Pena, no segundo Domingo de Setembro
4. Rapazes dão a gancha às raparigas e
depois pedem-lhes o pito
Álea Zita mostra os doces tradicionais
Foto: Eduardo Pinto/JN
Eduardo Pinto
03 Fevereiro 2013 às 00:00
Este domingo é dedicado a São Brás. Em Vila Real manda a tradição que os
rapazes de Vila Real ofereçam a gancha às raparigas. Mas elas ficam em dívida. A
13 de dezembro, dia de Santa Luzia, terão de dar-lhes o pito. Uma tradição que
começou por serreligiosa e que com o tempo ganhou cariz popular.
Repete-se ano após ano. Uma troca que também já se estende a familiares e amigos,
e que não dispensa uma boa dose de brejeirice.
A gancha é açúcar e água. Assim simples. Um doce típico de Vila Real em forma de
bengala, inspirado no báculo de São Brás, que foi bispo, e cuja associação não tem
uma explicação muito bem definida.
O JN foi ver como se fabricava na Casa Lapão. Um estabelecimento que se
empenha na produção de pastelaria conventual fiel à receita tradicional. "Há quem
lhe acrescente outras coisas, mas nós, aqui, é só mesmo água e açúcar. Este vai
numa panela ao lume e fica líquido, depois vertemos sobre a banca de pedra e
conforme vai arrefecendo moldamo-lo", explica Álea Zita.
Enquanto molda as ganchas, esta pasteleira de 31 anos da Casa Lapão lembra a
lenda de São Brás, padroeiro das doenças da garganta: "Uma criança estava
engasgada com uma espinha na garganta e não havia maneira de lha tirarem. Então,
São Brás usou uma espécie de gancha feita de açúcar e meteu-lha na boca. A
criança colaborou porque a gancha era doce e conseguiu tirar-lhe a espinha. A partir
daí ficou a tradição da gancha".
5. Não há registos históricos de quando começou a tradição. Certo é que quem passar
pela zona da Vila Velha de Vila Real, este domingo, para além de ouvir os sinos
repicar na igreja de São Dinis ainda poderá ver as "marianas", mulheres
pertencentes a uma família antiga conhecida pela tradição do fabrico das ganchas.
O negócio desenvolve-se por ali, nomeadamente junto à capela de São João
Esquecido, que muitos confundem com a de São Brás, que ficou no interior do
cemitério quando este foi construído.
E o pito? O pito é outro doce, não tão simples como a gancha. São feitos de massa
quebrada em forma de quadrado cujos cantos são dobrados para dentro, guardando
no seu interior doce de abóbora e canela.
"Tem o formato de uma espécie de penso antigo, que com pomada no meio se
colocava na vista quando havia problemas", começa por explicar o diretor do
Museu da Vila Velha, João Ribeiro da Silva, salientando que a relação com Santa
Luzia terá a ver com o facto de ela ser a "padroeira dos doentes com problemas de
olhos".
Foi para explicar a relação entre os dois doces e as tradições associadas que aquele
museu promoveu este sábado uma iniciativa que pretendeu também esclarecer a
relação entre a capela de São Brás e a capelinha do Santo António Esquecido, que
fica mesmo à porta do museu.
O destino final foi a Casa Lapão, para os participantes verem confecionar as
ganchas. Nesta altura chegam a ser feitas 100 por dia. É um produto muito restrito
ao São Brás, enquanto os pitos são produzidos durante todo o ano.