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P r o f . A r t u r F i l i p e d o s S a n t o s
O PATRIMÓNIO CULTURAL DAS
TRADIÇÕES NATALÍCIAS EM PORTUGAL
Boas Festas com
a Universidade Sénior
Contemporânea
Portugal é
predominantemente
católico e os
portugueses seguem a
maioria das tradições da
Igreja Católica
Ocidental.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Portugal pode ser
pequeno em
quilómetros, mas é
grande em tradições e
receitas, sobretudo as
que estão relacionadas
com quadras festivas.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A gastronomia
portuguesa é rica e
cheia de sabores e isso
reflecte-se,
principalmente, nas
alturas de festa, como é
o caso das tradições de
Natal.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Se pudéssemos percorrer
o país de Norte a Sul na
altura do Natal (ilhas
incluídas) iamos
certamente ter a
experiência gastronómica
da nossa vida.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Cada região tem as suas tradições, o
seu modo de fazer as coisas, os seus
ingredientes típicos, os seus segredos
culinários.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Sabia que o prato típico do Minho
na noite da Consoada é o polvo?
Ou que é tradição comer roupa
velha ao almoço do dia 25 na
Beira Alta?
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
O natal em Portugal é celebrado
de diferentes formas
dependendo da região ou até
mesmo do seio familiar em
questão, pois cada um opta por
passar a noite de consoada e o
dia de natal da maneira que
preferir.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Nalgumas regiões, como
em Bragança, Guarda
ou Castelo Branco,
ainda se queima um
madeiro durante a noite,
numa grande fogueira
no adro da Igreja.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Serve de ponto de
encontro para reunir
amigos e vizinhos e
desejar um Feliz Natal.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Ainda assim há
tradições que por mais
diferenças que possam
existir entre famílias e
lugares, vão sendo
convencionalmente
praticadas nesta época
festiva.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A comida que é
tradicionalmente
cozinhada e degustada
nestes dias acaba por se
repetir e ser comum em
muitos pontos do país.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Com mais ou menos frequência as famílias portuguesas
costumam escolher pratos tradicionais como o bacalhau, o
polvo ou o famoso peru de natal, mas há também outras
especialidades que vão variando de acordo com a região
portuguesa em questão.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Em matérias de doces
existem algumas
diferenças em termos
regionais, pois as iguarias
natalícias típicas que
encontramos na região sul
são diferentes das do
centro ou do norte.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Mais a norte de
Portugal, na zona do
Porto, não seria natal
sem as deliciosas
rabanadas (muitas
vezes “embebedadas”
com vinho do Porto),
sem o cheirinho a
aletria ou o sabor dos
formigos.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Os formigos são, por excelência, o doce
natalício da região do Alto Minho. São feitos
com pão de trigo duro, que se esfarela para
dentro dum pote ao lume, com água e mel,
mexendo-se sempre.
A tradição dos formigos tem
origem romana, mas
popularizou-se no Norte do
país, sobretudo em lares mais
pobres, como uma maneira de
tornar doces as sobras de pão
que juntavam ao mel que
produziam, aos ovos que as
suas galinhas davam, à casca
do limão, criando este doce
como produto final.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
E porque o Natal não é só passado à mesa para ir
desgastando todo a aconchego que o natal traz à
barriga, é costume encontrar nas ruas das cidades
muitas atividades nesta quadra, tais como as
emblemáticas luzes de natal, pistas de gelo, mercado
ou rodas gigantes.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Em muitos desses mercados de
rua também encontramos
também alguns dos pratos típicos
das várias regiões de Portugal,
como o bolo-rei que está ano
após ano presente nas casas dos
portugueses, as filhós que
também vemos um pouco por
todo o país, as azevias ou ainda
as rabanadas mais conhecidas
nesta zona por fatias douradas.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Uma filhó (plural filhós)
ou filhós (plural filhoses), é uma
especialidade gastronómica portuguesa,
muito comum nas regiões do interior por
altura do Natal. É feita
com farinha e ovos, por vezes também
com abóbora e raspa de laranja, frita
em azeite, ou outros óleos vegetais.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Muitas vezes é polvilhada
de açúcar e canela. Em Portugal é
também conhecida simplesmente
"fritos". Em algumas aldeias são
conhecidos como "bolos fritos". A
palavra filhó, à semelhança do que
acontece com a
palavra galega filloa, é derivada
do latim foliola (pequena folha ou
mesmo pequena filha).
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
No séc. XVI Gil Vicente
escrevia sobre as filhós:
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
“mando-vos eu sospirar pola padeira d’Aveiro que
haveis de chegar à venda e entam ali desalbardar e
albardar o vendeiro senam tever que nos venda
vinho a seis, cabra a três pão de calo, filhós de
manteiga moça fermosa, lençóis de veludo casa
juncada, noite longa chuva com pedra, telhado novo
a candea morta e a gaita à porta. Apre zambro
empeçarás olha tu nam te ponha eu o colos na
rabadilha e verás”.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Para além das
tradições que são
comuns um pouco por
todo o país há quatro
tradicionais que se
encontram ligadas
umbilicalmente às
regiões onde tiveram o
seu berço:
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Caretos de Varge
Também conhecidas por Festa dos Rapazes, celebra
o retorno do sol, que no dia 24 de Dezembro
começa, no hemisfério norte, a crescer, dando mais
horas ao dia e menos à noite.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Pinheiro de Guimarães
No dia 29 de Novembro, a
cidade de Guimarães corta
um gigante pinheiro e
carrega-o, com a ajuda de
bois, até ao seu centro
histórico, até ser por lá
levantado. Pelo meio, o povo
bate com toda a força que
tem no braço em gigantes
tambores.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Caretos de Ousilhão
Muito semelhante à já
falada festa dos Caretos d
Varge. Também aqui, por
ocasião do renascimento d
sol, rapazes vestem as sua
misteriosas máscaras e
dançam ao astro que acab
de se fortalecer,
precisamente no dia 25 de
Dezembro.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Bananeiro de Braga
Na noite de 24 de
Dezembro, a cidade de
Braga reúne-se numa
pequena taberna, ao som de
gaiteiros com as suas gaitas-
de-fole galegas. A razão?
Comer uma banana
acompanhada por um
moscatel – um vinho doce
típico português.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
É costume a família
inteira juntar-se à volta
do pinheiro de Natal e
do presépio na véspera
de Natal, seguido da
Missa do Galo à meia-
noite.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A ceia de Natal é
normalmente composta
de bacalhau com couve
e tradicionalmente era
servida depois da Missa
do Galo.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Mas há 100 anos era
bem diferente: a ceia de
Natal apenas existia no
Porto e restante norte de
Portugal. o Porto para
baixo, a véspera de
Natal era passada no
mais rígido e rigoroso
jejum.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A partir do início do
Advento, as famílias
faziam jejum de carne e,
na véspera de Natal, no
Sul do país, era jejum
total até à Missa do
Galo.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
No Porto, aí, sim, havia uma
tradição de jantar em família,
com bacalhau – cozido ou em
pastéis –, polvo guisado, arroz
de polvo ou outros pratos sem
carne. Na véspera de Natal, a
família reunia-se à mesa para
celebrar a festa em conjunto.
A missa do Galo não fazia parte
da tradição portuense.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Quando foi viver para
Lisboa, no final do
século XIX, o escritor
Ramalho Ortigão
indignou-se mesmo
contra aquilo a que
chamou "uma invasão
do lar pela sacristia", um
"intrometimento
sacerdotal" que
interrompia um jantar
com uma missa.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
José Duarte Ramalho Ortigão foi um
escritor português.
Nascimento: 24 de outubro de
1836, Santo Ildefonso, Porto
Falecimento: 27 de setembro de
1915, Lisboa
Os padres, sem de
modo algum lhes
discutirmos o muito que
eles sabem do pecado,
não sabem nada acerca
da família”, escreveu.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
No Norte, ninguém
rezava pelo Menino
Jesus à meia-noite. A
essa hora toda a gente
estava sentada à mesa,
à volta de um polvo ou
de um bacalhau.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Só as famílias da
nobreza nortenha fugiam
à tradição.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Numa investigação sobre
"os alimentos nos rituais
familiares portugueses",
Maria Antónia Lopes, do
Centro de História da
Sociedade e da Cultura, da
Universidade de Coimbra,
publicou um menu de uma
ceia de Natal de uma
família nobre do Norte, em
1891:
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Puré de jardineira, arroz
de fantasia caseira,
costeletas nacionais e
"ervilhas idem" e couve
flor composta. Para
sobremesa, bolo
experimental, pudim
incógnito e broas de
Natal, entre outros.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
E porque começamos a comer bacalhau no Natal?
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
O bacalhau de Natal
Na Ceia de Natal manda
a tradição portuguesa
que se coma bacalhau
com batatas e couves
cozidas, regado com um
bom azeite extra-virgem.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Algumas famílias optam
por cozinhar o bacalhau
de outras formas ou
então optam pelo polvo
ou perú assado...
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Mas não há tradição
maior que comer
bacalhau cozido na noite
do dia 24 de Dezembro
(a noite de consoada).
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A origem do nome “Consoada” vem do
Latim "consolata", de "consolare",
"consolar".
A tradição do bacalhau
no Natal, surgiu
na Idade Média, com o
calendário cristão, onde
as pessoas
faziam jejum, na altura
das principais festas
católicas: o Natal e
a Páscoa.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Como não se podia
comer carne nestas
alturas, e o bacalhau era
o peixe mais barato,
começou por se comer
bacalhau.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A carne estava apenas
reservada para o almoço
de Natal, no dia 25 de
Dezembro.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Com o tempo, o jejum
na altura do Natal foi
desaparecendo, mas a
tradição de comer
bacalhau persiste até
aos dias de hoje...
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A palavra “Bacalhau”
tem origem na palavra
latina “baccalaureu”.
É aos viquingues que se
atribui a descoberta do
bacalhau, que mais do
que para definir o peixe
define sobretudo o
método de conservação.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A falta de sal na época
destes intrépidos
conquistadores dos mares
fazia com que estes se
limitassem a secar o peixe
ao ar livre, até ficar duro,
para depois se cortar em
pedaços, servindo de
alimento preferencial nas
grandes viagens.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Contudo, deve-se aos
bascos o comércio do
bacalhau pela Europa e a
introdução deste na
Península Ibérica.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Inicialmente era um
alimento acessível para
a mesa das famílias com
menos posses, mas a
partir da II Guerra
Mundial apenas as
famílias mais ricas
tinham a oportunidade
consumir com
regularidade esta.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Para as restantes
famílias o bacalhau
tornou-se receita para
ocasiões especiais como
o Natal.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A Doçaria
Fazem parte do Natal
também vários bolos e
doces, sendo o mais
famoso o Bolo-rei.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
E já agora... Conhece a
origem da tradição do
Bolo-Rei?
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Não é possível falar em
doces típicos sem falar
em Bolo Rei... Haverá
algum doce de Natal
mais típico, em Portugal,
do que este?
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Por trás deste bolo
existe uma simbologia
com cerca de 2000 anos
de existência... Diz a
lenda que o
bolo representa os
presentes que os três
Reis Magos deram ao
Menino Jesus aquando
do seu nascimento:
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
a côdea simboliza o
ouro; as frutas
cristalizadas e secas,
representam a mirra; e o
aroma do bolo
simboliza o incenso.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
De forma redonda, com
um buraco no centro, é
feito de uma massa
branca e macia, onde se
juntam frutos secos e
frutas cristalizadas.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Tradicionalmente, no interior
do bolo havia uma fava seca
e um pequeno brinde,
normalmente feito de metal
ou cerâmica, e a quem lhe
saísse a fava tinha o dever
de pagar o próximo bolo rei,
já o brinde dava sorte a
quem o encontrasse.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Contudo, esta tradição
não surgiu em Portugal.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Contrariamente ao que
muita gente pensa, a
tradição surgiu em
França, no tempo de
Luís XIV, para as festas
do Ano Novo e do Dia
de Reis.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
No entanto, com a
Revolução Francesa, em
1789, a iguaria foi
proibida por causa do
seu nome...
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Felizmente, e como o
negócio era rentável, os
pasteleiros continuaram
a confecioná-lo sob o
nome de gâteau des
san-cullottes.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Em Portugal, a primeira
pastelaria a vender e a
confeccionar o Bolo-Rei foi a
Confeitaria Nacional, em
Lisboa, de um conhecido
confeiteiro, o Sr. Gregório,
por volta do ano de 1870,
bolo esse feito através duma
receita trazida de Paris.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
O bolo-rei popularizado
em Portugal no século
XIX segue uma receita
originária do sul
de Loire, um bolo em
forma de coroa feito de
massa lêveda e
importada para Portugal
por Baltazar
Castanheiro Júnior.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
No Porto, o bolo-rei foi
introduzido em 1890, por
iniciativa da Confeitaria
Cascais, segundo uma
receita que o
proprietário, Francisco
Júlio Cascais, trouxera
de Paris.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Doçaria (cont.) Para além do bacalhau,
do peru em muitas
casas e do bolo-rei
como principal iguaria
doce na casa dos
portuenses, também as
rabanadas são presença
assídua na mesa
nortenha.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
O que não imaginava é
que essa iguaria tem
origem em Espanha,
mais concretamente em
Madrid.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A Rabanada é um doce
de pão de trigo (pão-de-
forma, baguete ou outro) em
fatias que, depois de molhadas
em leite, vinho (no Minho usa-
se vinho verde tinto ou branco)
ou calda de açúcar, são
passadas por ovos e fritas. Na
Invicta é habitual “embebedá-
las” com Vinho do Porto.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Outrora, a palavra
"rabanada" era apenas
utilizada ao norte do rio
Mondego e ao
mesmo doce atribuía-se,
a partir da margem sul
do referido rio, o nome
de fatia-dourada, ou
fatia-de-parida.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
História
A rabanada aparece
documentada no século
XV, citado por Juan del
Encina: «mel e muitos
ovos para fazer
rabanadas», ao
aparecer como prato
indicado para a
recuperação pós-partos.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
As primeiras receitas
remontam ao livro de
cozinha de Domingo
Hernández de
Maceras (1607) e "Arte
de cozina, pastelería,
vizcochería y
conservería"
de Francisco Martínez
Motiño (1611).
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A rabanada era, no
início do século XX,
muito comum
nas tabernas de Madrid
e era servida
com jarros de vinho
"razos").
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Uma das rabanadas
atuais que tem dado
muito que falar é a
rabanada poveira, feita
com pão “bijou” e
“decorado” à base de
frutos secos (passas,
noz, pinhão, amêndoa) e
casca de limão.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A Aletria
A aletria é outro prato
que ninguém dispensa à
mesa da consoada:
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Sabia que aletria cem do
árabe al-irtiâ ou
simplesmente itriya, que
é a palavra usada para
designar massa.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
No "Libre de sent soví"
de autor anónimo e
escrito em catalão no
século XIV, há uma
referência a
"alatria" em duas
receitas de origem
árabe, numa delas a
aletria era cozinhada em
leite de amêndoas e
mel.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Por isso a
aletria portuguesa, tem
origem na longínqua
história da península
ibérica, anteriormente
designada por Al-
Andalus.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Faz-se um pouco por tudo
o país, com mais ou menos
massa, com ou sem
gemas, coberta por canela.
Nas Beiras a aletria é de
consistência compacta,
para se poder cortar à fatia,
já no Minho a
sua consistência é mais
cremosa.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Tradições gastronómicas
nas diferentes regiões de
Portugal:
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
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Património Cultural
Tradições Portuguesas de Natal
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Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Fonte:
Ensinar
Português
Andaluzia
Mas não é só de
gastronomia que vive a
tradição natalícia
portuense. De
significado profundo é a
Missa do Galo.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A “Missa do Galo”, que
acontece à meia-noite
do dia 24 de dezembro,
foi instituída pelo Papa
São Telesforo no ano
143.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Missa do Galo na Igreja da Lapa, Porto
Desde o século IV, um
hino latino cantado na
cerimónia do Natal
aponta o nascimento do
Cristo no meio da noite.
Daí o costume de
assumir a meia-noite
como hora do
nascimento de Jesus.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Provavelmente da autoria de
Machado de Castro, este Presépio do
Século XVIII pode ser visto na
entrada da Igreja dos Grilos, no
Porto
Mas de onde surgiu a
expressão “Missa do
Galo”? Existem várias
explicações que versam
sobre a origem dessa
denominação.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Este fragmento de um retábulo do Século
XV, representa “A Adoração dos Magos” e
pode ser encontrada na Casa-Museu
Guerra Junqueiro nas traseiras da Sé do
Porto.
Uma delas, de origem romana, conta que, naquele
24 de dezembro, foi a única vez que o galo cantou
à meia-noite, antecipando o anúncio do nascimento
de Jesus.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Este Presépio está em exposição na Igreja
de Santo Ildefonso, perto da Rua de Santa
Catarina e da Praça da Batalha.
O Menino Jesus ainda não está colocado
porque, segundo a tradição, por nascer no
dia 25 de Dezembro só neste dia pode ser
colocado.
O galo era considerado
uma ave sagrada no
antigo Império Romano.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Vitral na Igreja da Lapa
O animal passou a simbolizar vigilância, fidelidade
e testemunho cristão. Tanto que, nas Igrejas mais
antigas, há a figura da ave nos seus campanários.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Outra lenda diz que,
antes de baterem as 12
badaladas da meia-noite
do dia 24 de dezembro,
cada lavrador da
província de Toledo,
Espanha, matava um
galo em memória daquele
que cantou quando Pedro
negou Jesus.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A ave era levada para a
Igreja e, depois, doada
aos pobres, garantindo-
lhes um Natal mais feliz.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Há ainda uma terceira
explicação: a que diz
que a comunidade
cristã de Jerusalém ia
em peregrinação a
Belém para participar da
Missa do Natal na
primeira vigília da noite
dos judeus, na hora do
primeiro canto do galo.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Presépio e a Árvore de
Natal
De hábito muito recente
na casa dos portuenses
e dos portugueses em
geral é o presépio e a
árvore de Natal.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Presépio do séc. XVIII, de Machado de
Castro, com quatro reis magos, Igreja S.
José das Taipas, no Porto.
O Presépio:
Para os cristãos, o
presépio é das mais
antigas tradições de
celebração do Natal.
Normalmente montado ao
lado da árvore e dos
presentes, recria o
nascimento do menino
Jesus num estábulo.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
O presépio tradicional português é
candidato, tal como outros presépios
tradicionais europeus, a património
imaterial da humanidade. Trata-se de uma
candidatura conjunta que inclui, além de
Portugal, outros países como Alemanha,
Suíça, Espanha e Itália e que foi
apresentada no início de 2018.
A sua origem, na forma
atual, remonta ao século
XVI, mas há registo de
presépios desde o
século III.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Maior presépio em movimento do mundo, é
português e fica São Paio de Oleiros, em Santa
Maria da Feira.
Foi criado, diz a
tradição, por São
Francisco de Assis em
1223. O Santo montou o
primeiro presépio numa
gruta, na Itália, perto de
Assis.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Árvore de Natal
A primeira referência à
árvore de Natal no
formato atual data do
século XVI. Na
Alemanha todas as
famílias decoravam
pinheirinhos de natal
com papéis coloridos,
frutas e doces.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
A tradição espalhou-se
por toda a Europa e
chegou aos Estados
Unidos no início de
1800.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Desde essa altura que a
popularidade da árvore de natal
tem aumentado. Reza a lenda
de que o pinheiro foi escolhido
como símbolo do Natal por
causa da sua forma triangular e
que de acordo com a tradição
cristã representa a Santíssima
Trindade: o Pai, o Filho e o
Espírito Santo.
Tradições Portuguesas de Natal
Património Cultural
Lenda das três árvores: um pinheiro, uma
oliveira e uma palmeira e das luzes do Pinheiro
• http://www.visitar-porto.com/pt/eventos/natal-ano-
novo/tradicoes-de-natal.htm
• https://www.heyporto.com/pt/vinho-do-porto-uma-
tradicao-de-natal/
• https://www.oportoencanta.com/2016/12/doce-natal-
no-porto-tradicao-dos.html
• https://www.dn.pt/noticias-magazine/interior/porto-
cinco-mercearias-a-moda-antiga-que-alimentam-a-
tradicao-do-natal-8997819.html
• https://www.brasileiraspelomundo.com/tradicoes-de-
natal-e-ano-novo-em-portugal-361010914
• https://www.vortexmag.net/a-origem-e-significado-
de-10-tradicoes-de-natal/
Bibliografia
• https://tertuliadesabores.blogs.sapo.pt/61352.html
• https://rr.sapo.pt/noticia/72384/presepio-tradicional-
portugues-candidato-a-patrimonio-imaterial-da-
humanidade
• https://pt.slideshare.net/EnsinarPortuguesAndaluzia/
7-o-natal-em-portugal
Bibliografia

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Tradições Portuguesas de Natal - Artur Filipe dos Santos

  • 1. 1 P r o f . A r t u r F i l i p e d o s S a n t o s O PATRIMÓNIO CULTURAL DAS TRADIÇÕES NATALÍCIAS EM PORTUGAL
  • 2. Boas Festas com a Universidade Sénior Contemporânea
  • 3. Portugal é predominantemente católico e os portugueses seguem a maioria das tradições da Igreja Católica Ocidental. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 4. Portugal pode ser pequeno em quilómetros, mas é grande em tradições e receitas, sobretudo as que estão relacionadas com quadras festivas. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 5. A gastronomia portuguesa é rica e cheia de sabores e isso reflecte-se, principalmente, nas alturas de festa, como é o caso das tradições de Natal. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 6. Se pudéssemos percorrer o país de Norte a Sul na altura do Natal (ilhas incluídas) iamos certamente ter a experiência gastronómica da nossa vida. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 7. Cada região tem as suas tradições, o seu modo de fazer as coisas, os seus ingredientes típicos, os seus segredos culinários. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 8. Sabia que o prato típico do Minho na noite da Consoada é o polvo? Ou que é tradição comer roupa velha ao almoço do dia 25 na Beira Alta? Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 9. O natal em Portugal é celebrado de diferentes formas dependendo da região ou até mesmo do seio familiar em questão, pois cada um opta por passar a noite de consoada e o dia de natal da maneira que preferir. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 10. Nalgumas regiões, como em Bragança, Guarda ou Castelo Branco, ainda se queima um madeiro durante a noite, numa grande fogueira no adro da Igreja. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 11. Serve de ponto de encontro para reunir amigos e vizinhos e desejar um Feliz Natal. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 12. Ainda assim há tradições que por mais diferenças que possam existir entre famílias e lugares, vão sendo convencionalmente praticadas nesta época festiva. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 13. A comida que é tradicionalmente cozinhada e degustada nestes dias acaba por se repetir e ser comum em muitos pontos do país. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 14. Com mais ou menos frequência as famílias portuguesas costumam escolher pratos tradicionais como o bacalhau, o polvo ou o famoso peru de natal, mas há também outras especialidades que vão variando de acordo com a região portuguesa em questão. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 15. Em matérias de doces existem algumas diferenças em termos regionais, pois as iguarias natalícias típicas que encontramos na região sul são diferentes das do centro ou do norte. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 16. Mais a norte de Portugal, na zona do Porto, não seria natal sem as deliciosas rabanadas (muitas vezes “embebedadas” com vinho do Porto), sem o cheirinho a aletria ou o sabor dos formigos. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Os formigos são, por excelência, o doce natalício da região do Alto Minho. São feitos com pão de trigo duro, que se esfarela para dentro dum pote ao lume, com água e mel, mexendo-se sempre.
  • 17. A tradição dos formigos tem origem romana, mas popularizou-se no Norte do país, sobretudo em lares mais pobres, como uma maneira de tornar doces as sobras de pão que juntavam ao mel que produziam, aos ovos que as suas galinhas davam, à casca do limão, criando este doce como produto final. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 18. E porque o Natal não é só passado à mesa para ir desgastando todo a aconchego que o natal traz à barriga, é costume encontrar nas ruas das cidades muitas atividades nesta quadra, tais como as emblemáticas luzes de natal, pistas de gelo, mercado ou rodas gigantes. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 19. Em muitos desses mercados de rua também encontramos também alguns dos pratos típicos das várias regiões de Portugal, como o bolo-rei que está ano após ano presente nas casas dos portugueses, as filhós que também vemos um pouco por todo o país, as azevias ou ainda as rabanadas mais conhecidas nesta zona por fatias douradas. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 20. Uma filhó (plural filhós) ou filhós (plural filhoses), é uma especialidade gastronómica portuguesa, muito comum nas regiões do interior por altura do Natal. É feita com farinha e ovos, por vezes também com abóbora e raspa de laranja, frita em azeite, ou outros óleos vegetais. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 21. Muitas vezes é polvilhada de açúcar e canela. Em Portugal é também conhecida simplesmente "fritos". Em algumas aldeias são conhecidos como "bolos fritos". A palavra filhó, à semelhança do que acontece com a palavra galega filloa, é derivada do latim foliola (pequena folha ou mesmo pequena filha). Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 22. No séc. XVI Gil Vicente escrevia sobre as filhós: Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 23. “mando-vos eu sospirar pola padeira d’Aveiro que haveis de chegar à venda e entam ali desalbardar e albardar o vendeiro senam tever que nos venda vinho a seis, cabra a três pão de calo, filhós de manteiga moça fermosa, lençóis de veludo casa juncada, noite longa chuva com pedra, telhado novo a candea morta e a gaita à porta. Apre zambro empeçarás olha tu nam te ponha eu o colos na rabadilha e verás”. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 24. Para além das tradições que são comuns um pouco por todo o país há quatro tradicionais que se encontram ligadas umbilicalmente às regiões onde tiveram o seu berço: Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 25. Caretos de Varge Também conhecidas por Festa dos Rapazes, celebra o retorno do sol, que no dia 24 de Dezembro começa, no hemisfério norte, a crescer, dando mais horas ao dia e menos à noite. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 26. Pinheiro de Guimarães No dia 29 de Novembro, a cidade de Guimarães corta um gigante pinheiro e carrega-o, com a ajuda de bois, até ao seu centro histórico, até ser por lá levantado. Pelo meio, o povo bate com toda a força que tem no braço em gigantes tambores. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 27. Caretos de Ousilhão Muito semelhante à já falada festa dos Caretos d Varge. Também aqui, por ocasião do renascimento d sol, rapazes vestem as sua misteriosas máscaras e dançam ao astro que acab de se fortalecer, precisamente no dia 25 de Dezembro. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 28. Bananeiro de Braga Na noite de 24 de Dezembro, a cidade de Braga reúne-se numa pequena taberna, ao som de gaiteiros com as suas gaitas- de-fole galegas. A razão? Comer uma banana acompanhada por um moscatel – um vinho doce típico português. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 29. É costume a família inteira juntar-se à volta do pinheiro de Natal e do presépio na véspera de Natal, seguido da Missa do Galo à meia- noite. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 30. A ceia de Natal é normalmente composta de bacalhau com couve e tradicionalmente era servida depois da Missa do Galo. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 31. Mas há 100 anos era bem diferente: a ceia de Natal apenas existia no Porto e restante norte de Portugal. o Porto para baixo, a véspera de Natal era passada no mais rígido e rigoroso jejum. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 32. A partir do início do Advento, as famílias faziam jejum de carne e, na véspera de Natal, no Sul do país, era jejum total até à Missa do Galo. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 33. No Porto, aí, sim, havia uma tradição de jantar em família, com bacalhau – cozido ou em pastéis –, polvo guisado, arroz de polvo ou outros pratos sem carne. Na véspera de Natal, a família reunia-se à mesa para celebrar a festa em conjunto. A missa do Galo não fazia parte da tradição portuense. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 34. Quando foi viver para Lisboa, no final do século XIX, o escritor Ramalho Ortigão indignou-se mesmo contra aquilo a que chamou "uma invasão do lar pela sacristia", um "intrometimento sacerdotal" que interrompia um jantar com uma missa. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural José Duarte Ramalho Ortigão foi um escritor português. Nascimento: 24 de outubro de 1836, Santo Ildefonso, Porto Falecimento: 27 de setembro de 1915, Lisboa
  • 35. Os padres, sem de modo algum lhes discutirmos o muito que eles sabem do pecado, não sabem nada acerca da família”, escreveu. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 36. No Norte, ninguém rezava pelo Menino Jesus à meia-noite. A essa hora toda a gente estava sentada à mesa, à volta de um polvo ou de um bacalhau. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 37. Só as famílias da nobreza nortenha fugiam à tradição. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 38. Numa investigação sobre "os alimentos nos rituais familiares portugueses", Maria Antónia Lopes, do Centro de História da Sociedade e da Cultura, da Universidade de Coimbra, publicou um menu de uma ceia de Natal de uma família nobre do Norte, em 1891: Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 39. Puré de jardineira, arroz de fantasia caseira, costeletas nacionais e "ervilhas idem" e couve flor composta. Para sobremesa, bolo experimental, pudim incógnito e broas de Natal, entre outros. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 40. E porque começamos a comer bacalhau no Natal? Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 41. O bacalhau de Natal Na Ceia de Natal manda a tradição portuguesa que se coma bacalhau com batatas e couves cozidas, regado com um bom azeite extra-virgem. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 42. Algumas famílias optam por cozinhar o bacalhau de outras formas ou então optam pelo polvo ou perú assado... Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 43. Mas não há tradição maior que comer bacalhau cozido na noite do dia 24 de Dezembro (a noite de consoada). Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural A origem do nome “Consoada” vem do Latim "consolata", de "consolare", "consolar".
  • 44. A tradição do bacalhau no Natal, surgiu na Idade Média, com o calendário cristão, onde as pessoas faziam jejum, na altura das principais festas católicas: o Natal e a Páscoa. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 45. Como não se podia comer carne nestas alturas, e o bacalhau era o peixe mais barato, começou por se comer bacalhau. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 46. A carne estava apenas reservada para o almoço de Natal, no dia 25 de Dezembro. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 47. Com o tempo, o jejum na altura do Natal foi desaparecendo, mas a tradição de comer bacalhau persiste até aos dias de hoje... Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 48. A palavra “Bacalhau” tem origem na palavra latina “baccalaureu”. É aos viquingues que se atribui a descoberta do bacalhau, que mais do que para definir o peixe define sobretudo o método de conservação. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 49. A falta de sal na época destes intrépidos conquistadores dos mares fazia com que estes se limitassem a secar o peixe ao ar livre, até ficar duro, para depois se cortar em pedaços, servindo de alimento preferencial nas grandes viagens. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 50. Contudo, deve-se aos bascos o comércio do bacalhau pela Europa e a introdução deste na Península Ibérica. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 51. Inicialmente era um alimento acessível para a mesa das famílias com menos posses, mas a partir da II Guerra Mundial apenas as famílias mais ricas tinham a oportunidade consumir com regularidade esta. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 52. Para as restantes famílias o bacalhau tornou-se receita para ocasiões especiais como o Natal. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 53. A Doçaria Fazem parte do Natal também vários bolos e doces, sendo o mais famoso o Bolo-rei. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 54. E já agora... Conhece a origem da tradição do Bolo-Rei? Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 55. Não é possível falar em doces típicos sem falar em Bolo Rei... Haverá algum doce de Natal mais típico, em Portugal, do que este? Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 56. Por trás deste bolo existe uma simbologia com cerca de 2000 anos de existência... Diz a lenda que o bolo representa os presentes que os três Reis Magos deram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento: Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 57. a côdea simboliza o ouro; as frutas cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo simboliza o incenso. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 58. De forma redonda, com um buraco no centro, é feito de uma massa branca e macia, onde se juntam frutos secos e frutas cristalizadas. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 59. Tradicionalmente, no interior do bolo havia uma fava seca e um pequeno brinde, normalmente feito de metal ou cerâmica, e a quem lhe saísse a fava tinha o dever de pagar o próximo bolo rei, já o brinde dava sorte a quem o encontrasse. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 60. Contudo, esta tradição não surgiu em Portugal. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 61. Contrariamente ao que muita gente pensa, a tradição surgiu em França, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 62. No entanto, com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida por causa do seu nome... Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 63. Felizmente, e como o negócio era rentável, os pasteleiros continuaram a confecioná-lo sob o nome de gâteau des san-cullottes. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 64. Em Portugal, a primeira pastelaria a vender e a confeccionar o Bolo-Rei foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, de um conhecido confeiteiro, o Sr. Gregório, por volta do ano de 1870, bolo esse feito através duma receita trazida de Paris. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 65. O bolo-rei popularizado em Portugal no século XIX segue uma receita originária do sul de Loire, um bolo em forma de coroa feito de massa lêveda e importada para Portugal por Baltazar Castanheiro Júnior. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 66.
  • 67. No Porto, o bolo-rei foi introduzido em 1890, por iniciativa da Confeitaria Cascais, segundo uma receita que o proprietário, Francisco Júlio Cascais, trouxera de Paris. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 68.
  • 69. Doçaria (cont.) Para além do bacalhau, do peru em muitas casas e do bolo-rei como principal iguaria doce na casa dos portuenses, também as rabanadas são presença assídua na mesa nortenha. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 70. O que não imaginava é que essa iguaria tem origem em Espanha, mais concretamente em Madrid. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 71. A Rabanada é um doce de pão de trigo (pão-de- forma, baguete ou outro) em fatias que, depois de molhadas em leite, vinho (no Minho usa- se vinho verde tinto ou branco) ou calda de açúcar, são passadas por ovos e fritas. Na Invicta é habitual “embebedá- las” com Vinho do Porto. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 72. Outrora, a palavra "rabanada" era apenas utilizada ao norte do rio Mondego e ao mesmo doce atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada, ou fatia-de-parida. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 73. História A rabanada aparece documentada no século XV, citado por Juan del Encina: «mel e muitos ovos para fazer rabanadas», ao aparecer como prato indicado para a recuperação pós-partos. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 74. As primeiras receitas remontam ao livro de cozinha de Domingo Hernández de Maceras (1607) e "Arte de cozina, pastelería, vizcochería y conservería" de Francisco Martínez Motiño (1611). Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 75. A rabanada era, no início do século XX, muito comum nas tabernas de Madrid e era servida com jarros de vinho "razos"). Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 76. Uma das rabanadas atuais que tem dado muito que falar é a rabanada poveira, feita com pão “bijou” e “decorado” à base de frutos secos (passas, noz, pinhão, amêndoa) e casca de limão. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 77. A Aletria A aletria é outro prato que ninguém dispensa à mesa da consoada: Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 78. Sabia que aletria cem do árabe al-irtiâ ou simplesmente itriya, que é a palavra usada para designar massa. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 79. No "Libre de sent soví" de autor anónimo e escrito em catalão no século XIV, há uma referência a "alatria" em duas receitas de origem árabe, numa delas a aletria era cozinhada em leite de amêndoas e mel. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 80. Por isso a aletria portuguesa, tem origem na longínqua história da península ibérica, anteriormente designada por Al- Andalus. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 81. Faz-se um pouco por tudo o país, com mais ou menos massa, com ou sem gemas, coberta por canela. Nas Beiras a aletria é de consistência compacta, para se poder cortar à fatia, já no Minho a sua consistência é mais cremosa. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 82. Tradições gastronómicas nas diferentes regiões de Portugal: Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 83. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 84. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 85. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 86. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 87. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 88. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 89. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 90. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Fonte: Ensinar Português Andaluzia
  • 91. Mas não é só de gastronomia que vive a tradição natalícia portuense. De significado profundo é a Missa do Galo. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 92. A “Missa do Galo”, que acontece à meia-noite do dia 24 de dezembro, foi instituída pelo Papa São Telesforo no ano 143. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Missa do Galo na Igreja da Lapa, Porto
  • 93. Desde o século IV, um hino latino cantado na cerimónia do Natal aponta o nascimento do Cristo no meio da noite. Daí o costume de assumir a meia-noite como hora do nascimento de Jesus. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Provavelmente da autoria de Machado de Castro, este Presépio do Século XVIII pode ser visto na entrada da Igreja dos Grilos, no Porto
  • 94. Mas de onde surgiu a expressão “Missa do Galo”? Existem várias explicações que versam sobre a origem dessa denominação. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Este fragmento de um retábulo do Século XV, representa “A Adoração dos Magos” e pode ser encontrada na Casa-Museu Guerra Junqueiro nas traseiras da Sé do Porto.
  • 95. Uma delas, de origem romana, conta que, naquele 24 de dezembro, foi a única vez que o galo cantou à meia-noite, antecipando o anúncio do nascimento de Jesus. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Este Presépio está em exposição na Igreja de Santo Ildefonso, perto da Rua de Santa Catarina e da Praça da Batalha. O Menino Jesus ainda não está colocado porque, segundo a tradição, por nascer no dia 25 de Dezembro só neste dia pode ser colocado.
  • 96. O galo era considerado uma ave sagrada no antigo Império Romano. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Vitral na Igreja da Lapa
  • 97. O animal passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. Tanto que, nas Igrejas mais antigas, há a figura da ave nos seus campanários. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 98. Outra lenda diz que, antes de baterem as 12 badaladas da meia-noite do dia 24 de dezembro, cada lavrador da província de Toledo, Espanha, matava um galo em memória daquele que cantou quando Pedro negou Jesus. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 99. A ave era levada para a Igreja e, depois, doada aos pobres, garantindo- lhes um Natal mais feliz. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 100. Há ainda uma terceira explicação: a que diz que a comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém para participar da Missa do Natal na primeira vigília da noite dos judeus, na hora do primeiro canto do galo. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 101. Presépio e a Árvore de Natal De hábito muito recente na casa dos portuenses e dos portugueses em geral é o presépio e a árvore de Natal. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Presépio do séc. XVIII, de Machado de Castro, com quatro reis magos, Igreja S. José das Taipas, no Porto.
  • 102. O Presépio: Para os cristãos, o presépio é das mais antigas tradições de celebração do Natal. Normalmente montado ao lado da árvore e dos presentes, recria o nascimento do menino Jesus num estábulo. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural O presépio tradicional português é candidato, tal como outros presépios tradicionais europeus, a património imaterial da humanidade. Trata-se de uma candidatura conjunta que inclui, além de Portugal, outros países como Alemanha, Suíça, Espanha e Itália e que foi apresentada no início de 2018.
  • 103. A sua origem, na forma atual, remonta ao século XVI, mas há registo de presépios desde o século III. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Maior presépio em movimento do mundo, é português e fica São Paio de Oleiros, em Santa Maria da Feira.
  • 104. Foi criado, diz a tradição, por São Francisco de Assis em 1223. O Santo montou o primeiro presépio numa gruta, na Itália, perto de Assis. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 105. Árvore de Natal A primeira referência à árvore de Natal no formato atual data do século XVI. Na Alemanha todas as famílias decoravam pinheirinhos de natal com papéis coloridos, frutas e doces. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 106. A tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos Estados Unidos no início de 1800. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural
  • 107. Desde essa altura que a popularidade da árvore de natal tem aumentado. Reza a lenda de que o pinheiro foi escolhido como símbolo do Natal por causa da sua forma triangular e que de acordo com a tradição cristã representa a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Tradições Portuguesas de Natal Património Cultural Lenda das três árvores: um pinheiro, uma oliveira e uma palmeira e das luzes do Pinheiro
  • 108. • http://www.visitar-porto.com/pt/eventos/natal-ano- novo/tradicoes-de-natal.htm • https://www.heyporto.com/pt/vinho-do-porto-uma- tradicao-de-natal/ • https://www.oportoencanta.com/2016/12/doce-natal- no-porto-tradicao-dos.html • https://www.dn.pt/noticias-magazine/interior/porto- cinco-mercearias-a-moda-antiga-que-alimentam-a- tradicao-do-natal-8997819.html • https://www.brasileiraspelomundo.com/tradicoes-de- natal-e-ano-novo-em-portugal-361010914 • https://www.vortexmag.net/a-origem-e-significado- de-10-tradicoes-de-natal/ Bibliografia