SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Baixar para ler offline
Yuri Moreira Assis
Especialista em Medicina Intensiva AMIB
 Pneumonia associada a ventilação
mecânica (PAV) é definida como uma
infecção de vias aéreas que se
desenvolve após pelo menos 48 horas
de intubação
Rello J, Ollendorf DA, Oster G, et al. VAP Outcomes Scientific
Advisory Group. Epidemiology and outcomes of ventilator-
associated pneumonia in a large US database. Chest. 2002
Dec;122(6):2115-2121.
 Incidência: 16,25 casos por 1.000 dias de
uso de ventilador em Unidades de
Tratamento Intensivo (UTIs) de Adultos
(São Paulo, 2008)
 No mesmo ano, 2,3 casos por 1.000 dias
de uso de ventilador em UTIs clínico-
cirúrgicas de hospitais de ensino nos EUA
 Dificuldades na padronização de
definições e diagnósticos tornam estes
números pouco confiáveis
 Mortalidade global em episódios de PAV
varia de 20 a 60%, refletindo em grande
parte a severidade da doença de base
destes pacientes, a falência de órgãos e
especificidades da população
estudada e do agente etiológico
envolvido
 Mortalidade varia nos diferentes estudos,
mas é de aproximadamente 33%
 Além da mortalidade, o impacto da
PAV traduz-se no prolongamento da
hospitalização, em torno de 12 dias e no
aumento de custos, em torno de R$
95.000,00 por episódio
ANVISA 2009, ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
 Fatores relacionados ao paciente
 Presença de fatores de risco
 Flora bacteriana do serviço
 Contaminação de equipamentos do
serviço
 Transmissão cruzada
 Para tentar sanar as dificuldades
operacionais quanto ao diagnóstico e
coleta de dados epidemiológicos, o
Center for Desease Control and
Prevention (CDC), optou por revisar a
definição de PAV e o método
diagnóstico
NHSN Surveillance for Ventilator-Associated Events in Adults,
CDC, 2013
 A quem se aplicam?
› APENAS a pacientes que:
 Tenham mais de 18 anos de idade
 Que tenham sido intubados e recebido
ventilação mecânica por mais de 72 horas
 Pacientes internos em hospitais, com curta ou
longa permanência e de reabilitação
› Pacientes em uso de técnicas ventilatórias
de resgate – HFO, ECMO, posição prona –
estão EXCLUÍDOS do algoritmo
 No que as novas definições são
diferentes das clássicas?
› Detectarão condições e complicações
relacionadas a VM, incluindo mas não
exclusivamente, PAV
› Requerem um tempo mínimo de VMI
› São focados em dados prontamente
avaliáveis e objetivos
› Excluem a radiografia de tórax – evidências
consideram pouco acurado e há grande
variação interobservadores
 Como utilizar o novo algoritmo?
› É necessário fazer acompanhamento diário
dos parâmetros ventilatórios, estabelecer
uma LINHA DE BASE
› A linha de base é definida como a menor
medida de PEEP e FiO2 em um período de
24 horas, com pelo menos dois dias de
estabilidade ou melhora
› Comparação diária dos parâmetros com a
linha de base
 Paciente é elegível para o uso
› ≥ 18 anos, interno em hospital ou clínica de
reabilitação, recebendo VMI por pelo menos 3
dias/calendário?
› Não está em uso de modo ventilatório de resgate
(ECMO, HFO, prona)?
 Estabelecida linha de base (PEEP E FiO2 estável por 2 dias
seguidos, passou a apresentar um dos seguinte indicadores
de piora de oxigenação:
 FiO2 de base aumenta ≥ 0,20 e permanece por mais de
48 horas
 PEEP de base aumenta ≥ 3 cmH2O e permanece por
mais de 48 horas
 Presença de CAV – condição associada a
ventilação mecânica
 Dentro OU após os 3 dias iniciais de VMI, e
DENTRO dos dois dias de piora de parâmetros
ventilatórios e oxigenação, o paciente
apresentou AMBOS os seguintes critérios:
› Tax > 38° ou abaixo de 36° OU leucócitos > 12.000 ou
< 4.000 leuco/mm3
E
› Foi iniciado novo agente antibiótico e continuado por
mais de 4 dias/calendário
 Presença de CIAV – condição INFECCIOSA
associada a ventilação mecânica
 Dentro OU após os 3 dias iniciais de VMI, e DENTRO dos dois dias de
piora de parâmetros ventilatórios e oxigenação, pelo menos UM dos
seguintes critérios é encontrado
1. Secreções respiratórias purulenta (definidas como):
• Secreções de pulmões, brônquios ou traqueia, com > 25
neutrófilos e < 10 células epiteliais por campo]
• Resultados equivalentes de métodos semi-quantitativos
2. Culturas positivas de escarro, aspirado traqueal, lavado
broncoalveolar, tecido pulmonar ou escovado protegido
(quantitativas, semi-quantitativas ou qualitativas)
 Presença de CIAV – condição INFECCIOSA
associada a ventilação mecânica
 Dentro OU após os 3 dias iniciais de VMI, e DENTRO dos dois dias de piora de
parâmetros ventilatórios e oxigenação, pelo menos UM dos seguintes critérios é
encontrado
1. Secreções respiratórias purulenta (como as definidas para possível PAV) E UM
DOS SEGUINTES:
• Cultura positiva do aspirado traqueal ≥ 10 5 UFC/ml OU do lavado
broncoalveolar ≥ 10 4 UFC/ml OU de tecido pulmonar ≥ 10 4 UFC/ml OU de
escovado protegido ≥ 10 3 UFC/ml ou equivalentes semi-quantitativos
2. Um dos seguintes, sem necessidade de secreção purulenta :
• Fluido pleural positivo (EXCLUIDO o retirado de dreno torácico antigo) OU
histopatológico pulmonar positivo OU teste positivo para Legionella sp. OU
teste positivo para infecção viral (influenza, parainfluenza, adenovirus, etc.)
 As novas definições não estabelecem
diferença entre as duas situações
 Para efeito clínico e decisões de beira-
leito, considerar como PAV AMBAS
 Entidade de alta morbi-mortalidade, alto
custo, tratamento difícil
 Porém o consenso global atual é de que se
trata de CONDIÇÃO PREVENÍVEL
 Presença de PAV é considerado critério de
qualidade do serviço
 A implementação de sistemas de
prevenção avançou muito nos últimos anos
 PAV ZERO??!!
 Estratégia de prevenção
› Implementar medidas preventivas
reconhecidas e com os melhores níveis de
evidência
› Bundle de prevenção de PAV: conjunto de
medidas padronizado pelo IHI (Institute for
Healthcare Improvement)
› Bundles consistem em pacotes de medidas
que aplicadas em conjuntos tem resultados
melhores que individualmente
 BUNDLE do IHI 2013:
› Cabeceira elevada (30 a 45°)
› Despertar diário – avaliação diária da
sedação
› Profilaxia da úlcera péptica
› Profilaxia do TVP / TEP
› Higiene oral diária com clorexidina 0,12%
Institute for Healthcare Improvement
http://www.ihi.org/knowledge/Pages/Changes/Implementt
heVentilatorBundle.aspx
 Elevação da cabeceira – 30 a 45°
› Reduz o risco de macro e micro broncoaspiração
› Sistematizar e automatizar a manutenção das
cabeceira elevadas
› Introduzir meios de alavancar a cooperação
multidisciplinar neste ponto
› Utilizar marcas visuais para rápida identificação
› Envolver familiares, explicar a importância da
manutenção da cabeceira elevada, encorajá-
los a informar a equipe sempre que a posição
não parecer correta
 Despertar diário – reavaliação diária da
sedação
› Reduz risco de broncoaspiração e per si a
redução da sedação reduz risco de infecções
› Demanda implementação de estratégias para
evitar eventos adversos (extubação inadvertida,
queda do leito, extração de cateteres, etc.)
› Deve ser implementada por protocolos e
reavaliado diariamente em rounds
› Utilizar escalas de sedação para padronização
 Profilaxia da úlcera péptica
› Pacientes em VMI tem risco aumentado de
úlcera de stress
› A profilaxia deve ser padronizada para todos os
pacientes em VMI
› Incluir a discussão sobre profilaxia nos rounds
diários
› Utilizar checklists para controle
› Bloqueadores H2 x IBP: sem evidência de
superioridade
 Profilaxia do TVP / TEP
› Deve ser aplicado a todos os pacientes em risco
de trombose venosa, os pacientes em VMI e
sedados tem risco aumentado
› Reduz tempo de VMI e de internação
› Revisão diária no round por meio de checklists
› Heparina não fracionada (HNF) ou de baixo peso
molecular (HBPM) podem ser usadas
› Usar medidas mecânicas em contra-indicações
 Higiene oral com clorexidina
› Usar clorexidina a 0,12% em veículo específico
› Tentativa de se reduzir a colonização das vias
aéreas
› Utilizar instrumentos padronizados para realização
da higiene oral – escovas, esponjas, aspiradores –
3 a 4 vezes por dia
› Atenção para lesões orais ocasionadas pela
manipulação
 Outras recomendações
› A ANVISA recomenda, além das medidas do IHI:
 Controle da higiene das mãos
 Aspiração sub-glótica contínua utilizando tubos orotraqueais
específicos (TASG)
 NÃO realizar troca rotineira do circuito do respirador
 Utilizar umidificadores passivos (filtros umidificadores) ou ativos
(aquecedores). No caso de uso de filtros não trocar antes de 48
horas, a não ser que haja acúmulo excessivo de secreções
 Utilizar sistema de aspiração fechado, embora não hajam
evidências claras de superioridade
 Evitar extubação não programada
 Mensurar rotineiramente pressões do cuff
ANVISA 2009, ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
 Por que outras recomendações não estão
inclusas no bundle?
› O bundle foca nas medidas mais eficazes e de
adoção mais simples
› Não traz benefícios adotar recomendações em
excesso que não sejam cumpridas
› Não há trabalhos que mostrem grande eficácia
na implementação de outras medidas
› Custo x benefício
 PAV é condição associada ao cuidado
de saúde, com alta morbi-mortalidade e
custos elevados
 Dificuldades operacionais motivaram a
renovação das definições
epidemiológicas de PAV no ano de 2013
 Estas novas definições tem impacto
importante na prática clínica
 Este impacto se traduz em uma maior
agilidade diagnóstica e em eliminar
dúvida na introdução da terapêutica
 O novo algoritmo sintetiza três etapas:
› Identificação de condições clínicas
relacionadas a VMI – CAV
› Identificação de associação infecciosa com
estas condições – CIAV
› Presença de evidência microbiológica em
secreções pulmonares ou tecidos – POSSIVEL OU
PROVÁVEL PAV
 Para fins de decisão à beira-leito ou
definição epidemiológica de caso
POSSÍVEL PAV OU PROVÁVEL PAV serão
consideradas como PAV
 A prevenção da PAV é possível, é
factível e é custo efetiva
 PAV ZERO é meta atemporal
 O uso de bundles bem definidos e
testados é o ponto fundamental da
prevenção
 O bundle atual do IHI consiste em:
› Manutenção da cabeceira elevada a 30 – 45°
› Despertar diário e revisão diária da sedação
› Prevenção de úlcera de stress
› Prevenção de TVP / TEP
› Higiene oral diária com clorexidina 0,12%
 Outras medidas propostas não se
sobressaíram ainda
 O uso desta estratégia requer
comprometimento da gerência e
investimento em cooperação multidisciplinar
 Rello J, Ollendorf DA, Oster G, et al. VAP Outcomes
Scientific Advisory Group. Epidemiology and
outcomes of ventilator- associated pneumonia in a
large US database. Chest. 2002 Dec;122(6):2115-2121
 ANVISA 2009, ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
 NHSN Surveillance for Ventilator-Associated Events in
Adults, CDC, 2013
 Institute for Healthcare Improvement
http://www.ihi.org/knowledge/Pages/Changes/Impl
ementtheVentilatorBundle.aspx
Atualização sobre pneumonia associada a ventilação mecânica, novas definições e prevenção

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adrianaAula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adrianaSMS - Petrópolis
 
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...José Alexandre Pires de Almeida
 
Assisterncia enfermagem traqueostomia ok
Assisterncia  enfermagem traqueostomia  okAssisterncia  enfermagem traqueostomia  ok
Assisterncia enfermagem traqueostomia okQuézia Barcelar
 
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Alexandre Naime Barbosa
 
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]Gessyca Antonia
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaAna Hollanders
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânicaresenfe2013
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaTeresa Oliveira
 
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva Gilmar Roberto Batista
 
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaSaúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaMario Gandra
 
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalar
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalarPrecauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalar
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalarGrupo Ivan Ervilha
 

Mais procurados (20)

Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica
 
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adrianaAula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
 
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
 
DPOC
DPOCDPOC
DPOC
 
Assisterncia enfermagem traqueostomia ok
Assisterncia  enfermagem traqueostomia  okAssisterncia  enfermagem traqueostomia  ok
Assisterncia enfermagem traqueostomia ok
 
Pneumonia Nosocomial
Pneumonia NosocomialPneumonia Nosocomial
Pneumonia Nosocomial
 
Ventilação Mecânica
Ventilação MecânicaVentilação Mecânica
Ventilação Mecânica
 
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
 
Isolamento
IsolamentoIsolamento
Isolamento
 
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
2a.e 3a. aula_infecção_hospitalar[1]
 
A história da Ventilação mecânica
A história da Ventilação mecânicaA história da Ventilação mecânica
A história da Ventilação mecânica
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
 
Pneumonias
PneumoniasPneumonias
Pneumonias
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânica
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
 
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
 
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaSaúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
 
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalar
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalarPrecauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalar
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalar
 
Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 
DPOC
DPOCDPOC
DPOC
 

Destaque

Abordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotorax
Abordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotoraxAbordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotorax
Abordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotoraxNay Ribeiro
 
Cuidados de enfermagem ao paciente com pneumonia
Cuidados de enfermagem ao paciente com pneumoniaCuidados de enfermagem ao paciente com pneumonia
Cuidados de enfermagem ao paciente com pneumoniaManoela Correia
 
Ventilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios BásicosVentilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios BásicosYuri Assis
 
Disclosure (Abertura de Informação)
Disclosure  (Abertura de Informação)Disclosure  (Abertura de Informação)
Disclosure (Abertura de Informação)Proqualis
 
Maria de Fatima dos Santos Cardoso
Maria de Fatima dos Santos CardosoMaria de Fatima dos Santos Cardoso
Maria de Fatima dos Santos CardosoSobragen-VIIIEnenge
 
Pneumonia Nosocomial (apresentação)
Pneumonia Nosocomial (apresentação)Pneumonia Nosocomial (apresentação)
Pneumonia Nosocomial (apresentação)Melissa Possa
 
Plano de aula e plano de ensino filosofia
Plano de aula e plano de ensino filosofiaPlano de aula e plano de ensino filosofia
Plano de aula e plano de ensino filosofiagreghouse48
 
Antibioticoterapia combateih
Antibioticoterapia combateihAntibioticoterapia combateih
Antibioticoterapia combateihCamilla Santos
 
Plano de aula vermes
Plano de aula vermesPlano de aula vermes
Plano de aula vermesEdson Carlos
 
Modelo de-plano-de-curso-ensino-tecnico
Modelo de-plano-de-curso-ensino-tecnicoModelo de-plano-de-curso-ensino-tecnico
Modelo de-plano-de-curso-ensino-tecnicoJanaina Fernandes
 
Pneumonia trabalho do
Pneumonia trabalho doPneumonia trabalho do
Pneumonia trabalho doemefguerreiro
 
Pneumonia comunitária e nosocomial
Pneumonia comunitária e nosocomialPneumonia comunitária e nosocomial
Pneumonia comunitária e nosocomialFlávia Salame
 

Destaque (20)

Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)
Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)
Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)
 
Abordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotorax
Abordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotoraxAbordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotorax
Abordagem fisioterápica de um paciente com pneumonia e pneumotorax
 
Cuidados de enfermagem ao paciente com pneumonia
Cuidados de enfermagem ao paciente com pneumoniaCuidados de enfermagem ao paciente com pneumonia
Cuidados de enfermagem ao paciente com pneumonia
 
Trabalho de pneumonia
Trabalho de pneumoniaTrabalho de pneumonia
Trabalho de pneumonia
 
Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 
Ventilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios BásicosVentilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
Ventilação Mecânica 2013: Princípios Básicos
 
Aula CCIH/CTI
Aula CCIH/CTIAula CCIH/CTI
Aula CCIH/CTI
 
Disclosure (Abertura de Informação)
Disclosure  (Abertura de Informação)Disclosure  (Abertura de Informação)
Disclosure (Abertura de Informação)
 
Cbo2002 lista
Cbo2002 listaCbo2002 lista
Cbo2002 lista
 
Aspiração e pav 2009
Aspiração e pav 2009Aspiração e pav 2009
Aspiração e pav 2009
 
Maria de Fatima dos Santos Cardoso
Maria de Fatima dos Santos CardosoMaria de Fatima dos Santos Cardoso
Maria de Fatima dos Santos Cardoso
 
Pneumonia Nosocomial (apresentação)
Pneumonia Nosocomial (apresentação)Pneumonia Nosocomial (apresentação)
Pneumonia Nosocomial (apresentação)
 
Plano de aula e plano de ensino filosofia
Plano de aula e plano de ensino filosofiaPlano de aula e plano de ensino filosofia
Plano de aula e plano de ensino filosofia
 
Antibioticoterapia combateih
Antibioticoterapia combateihAntibioticoterapia combateih
Antibioticoterapia combateih
 
Plano de aula vermes
Plano de aula vermesPlano de aula vermes
Plano de aula vermes
 
Modelo de-plano-de-curso-ensino-tecnico
Modelo de-plano-de-curso-ensino-tecnicoModelo de-plano-de-curso-ensino-tecnico
Modelo de-plano-de-curso-ensino-tecnico
 
ITU recorrente nas gestantes
ITU recorrente nas gestantes  ITU recorrente nas gestantes
ITU recorrente nas gestantes
 
Pneumonia trabalho do
Pneumonia trabalho doPneumonia trabalho do
Pneumonia trabalho do
 
Princípios da Assistência Ventilatória - UTI
Princípios da Assistência Ventilatória - UTIPrincípios da Assistência Ventilatória - UTI
Princípios da Assistência Ventilatória - UTI
 
Pneumonia comunitária e nosocomial
Pneumonia comunitária e nosocomialPneumonia comunitária e nosocomial
Pneumonia comunitária e nosocomial
 

Semelhante a Atualização sobre pneumonia associada a ventilação mecânica, novas definições e prevenção

IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...jacquesveronica5d
 
Identificar e implementar soluções
Identificar e implementar soluçõesIdentificar e implementar soluções
Identificar e implementar soluçõesProqualis
 
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizadoCampanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizadoDaniel Valente
 
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdfAULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdfmauromaumau
 
Papel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de Infecção
Papel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de InfecçãoPapel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de Infecção
Papel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de InfecçãoMarco Lamim
 
Pneumonias
PneumoniasPneumonias
Pneumoniasgalegoo
 
Cirurgia segura salva vidas
Cirurgia segura salva vidasCirurgia segura salva vidas
Cirurgia segura salva vidasAnestesiador
 
Reposição volêmica em cirurgia de alto risco
Reposição volêmica em cirurgia de alto riscoReposição volêmica em cirurgia de alto risco
Reposição volêmica em cirurgia de alto riscoYuri Assis
 
Infeccao hospitalar 2010
Infeccao hospitalar 2010Infeccao hospitalar 2010
Infeccao hospitalar 2010Renato sg
 
Protocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinar
Protocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinarProtocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinar
Protocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinarPâmela Buffon
 
Protocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgico
Protocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgicoProtocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgico
Protocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgicocmecc
 
Ministério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúde
Ministério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúdeMinistério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúde
Ministério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúdeMinistério da Saúde
 
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoAula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoProqualis
 
Time de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsTime de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsAroldo Gavioli
 
PUC Londrina - Pneumo Aula 05 pneumonias
PUC Londrina - Pneumo Aula 05   pneumoniasPUC Londrina - Pneumo Aula 05   pneumonias
PUC Londrina - Pneumo Aula 05 pneumoniasalcindoneto
 
Diagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagemDiagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagemresenfe2013
 
Antibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptxAntibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptxhenry20000
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1Reila Silva
 

Semelhante a Atualização sobre pneumonia associada a ventilação mecânica, novas definições e prevenção (20)

IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
 
Identificar e implementar soluções
Identificar e implementar soluçõesIdentificar e implementar soluções
Identificar e implementar soluções
 
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizadoCampanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
 
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdfAULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
 
Papel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de Infecção
Papel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de InfecçãoPapel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de Infecção
Papel do Enfermeiro no Gerenciamento dos Bundles - Prevenção de Infecção
 
Pneumonias
PneumoniasPneumonias
Pneumonias
 
Cirurgia segura salva vidas
Cirurgia segura salva vidasCirurgia segura salva vidas
Cirurgia segura salva vidas
 
Reposição volêmica em cirurgia de alto risco
Reposição volêmica em cirurgia de alto riscoReposição volêmica em cirurgia de alto risco
Reposição volêmica em cirurgia de alto risco
 
Infeccao hospitalar 2010
Infeccao hospitalar 2010Infeccao hospitalar 2010
Infeccao hospitalar 2010
 
Protocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinar
Protocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinarProtocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinar
Protocolo para pacientes com DPOC: uma proposta para um serviço multidisciplinar
 
Protocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgico
Protocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgicoProtocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgico
Protocolo de normotermia, um sinal vital para segurança do paciente cirúrgico
 
Ministério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúde
Ministério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúdeMinistério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúde
Ministério da Saúde e ANS anunciam novas regras para planos de saúde
 
HPP(1).pptx
HPP(1).pptxHPP(1).pptx
HPP(1).pptx
 
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoAula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
 
Time de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsTime de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore news
 
Indicadores Perú 2014
Indicadores Perú 2014  Indicadores Perú 2014
Indicadores Perú 2014
 
PUC Londrina - Pneumo Aula 05 pneumonias
PUC Londrina - Pneumo Aula 05   pneumoniasPUC Londrina - Pneumo Aula 05   pneumonias
PUC Londrina - Pneumo Aula 05 pneumonias
 
Diagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagemDiagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagem
 
Antibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptxAntibioterapia em Cirurgia.pptx
Antibioterapia em Cirurgia.pptx
 
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-121277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
21277f mo --sepse_grave_e_choque_septico_pediatrico-1
 

Mais de Yuri Assis

VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICAVENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICAYuri Assis
 
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDE
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDEPREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDE
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDEYuri Assis
 
REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕES
REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕESREDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕES
REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕESYuri Assis
 
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSERESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSEYuri Assis
 
Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...
Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...
Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...Yuri Assis
 
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIAS
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIASHEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIAS
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIASYuri Assis
 
Sepse para dia da sepse
Sepse para dia da sepseSepse para dia da sepse
Sepse para dia da sepseYuri Assis
 
Ventilação Mecânica 2013: tópicos especiais
Ventilação Mecânica 2013: tópicos especiaisVentilação Mecânica 2013: tópicos especiais
Ventilação Mecânica 2013: tópicos especiaisYuri Assis
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Yuri Assis
 
ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGN
ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGNATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGN
ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGNYuri Assis
 
MANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIO
MANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIOMANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIO
MANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIOYuri Assis
 
Semiologia aplicada ao paciente grave
Semiologia aplicada ao paciente graveSemiologia aplicada ao paciente grave
Semiologia aplicada ao paciente graveYuri Assis
 
Atualização em SDRA após as novas Definições de Berlim
Atualização em SDRA após as novas Definições de BerlimAtualização em SDRA após as novas Definições de Berlim
Atualização em SDRA após as novas Definições de BerlimYuri Assis
 
Ave agudo aula para jornada
Ave agudo aula para jornadaAve agudo aula para jornada
Ave agudo aula para jornadaYuri Assis
 
Abordagem choque
Abordagem choqueAbordagem choque
Abordagem choqueYuri Assis
 
Fast hug para hupd
Fast hug para hupdFast hug para hupd
Fast hug para hupdYuri Assis
 
Fisiopatologia da cirurgia
Fisiopatologia da cirurgiaFisiopatologia da cirurgia
Fisiopatologia da cirurgiaYuri Assis
 
A paciente obstétrica na uti
A paciente obstétrica na utiA paciente obstétrica na uti
A paciente obstétrica na utiYuri Assis
 

Mais de Yuri Assis (18)

VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICAVENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
 
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDE
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDEPREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDE
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO URINÁRIA ASSOCIADA AO CUIDADO DE SAÚDE
 
REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕES
REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕESREDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕES
REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕES
 
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSERESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
RESPOSTA A FLUIDOTERAPIA NA SEPSE
 
Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...
Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...
Reposição volêmica no paciente cirúrgico: diferentes soluções, diferentes res...
 
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIAS
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIASHEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIAS
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE ATUALIZAÇÕES E CONTROVÉRSIAS
 
Sepse para dia da sepse
Sepse para dia da sepseSepse para dia da sepse
Sepse para dia da sepse
 
Ventilação Mecânica 2013: tópicos especiais
Ventilação Mecânica 2013: tópicos especiaisVentilação Mecânica 2013: tópicos especiais
Ventilação Mecânica 2013: tópicos especiais
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
 
ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGN
ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGNATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGN
ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SURVIVING SEPSIS CAMPAIGN
 
MANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIO
MANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIOMANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIO
MANEJO HÍDRICO PÓS OPERATÓRIO
 
Semiologia aplicada ao paciente grave
Semiologia aplicada ao paciente graveSemiologia aplicada ao paciente grave
Semiologia aplicada ao paciente grave
 
Atualização em SDRA após as novas Definições de Berlim
Atualização em SDRA após as novas Definições de BerlimAtualização em SDRA após as novas Definições de Berlim
Atualização em SDRA após as novas Definições de Berlim
 
Ave agudo aula para jornada
Ave agudo aula para jornadaAve agudo aula para jornada
Ave agudo aula para jornada
 
Abordagem choque
Abordagem choqueAbordagem choque
Abordagem choque
 
Fast hug para hupd
Fast hug para hupdFast hug para hupd
Fast hug para hupd
 
Fisiopatologia da cirurgia
Fisiopatologia da cirurgiaFisiopatologia da cirurgia
Fisiopatologia da cirurgia
 
A paciente obstétrica na uti
A paciente obstétrica na utiA paciente obstétrica na uti
A paciente obstétrica na uti
 

Atualização sobre pneumonia associada a ventilação mecânica, novas definições e prevenção

  • 1. Yuri Moreira Assis Especialista em Medicina Intensiva AMIB
  • 2.
  • 3.  Pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV) é definida como uma infecção de vias aéreas que se desenvolve após pelo menos 48 horas de intubação Rello J, Ollendorf DA, Oster G, et al. VAP Outcomes Scientific Advisory Group. Epidemiology and outcomes of ventilator- associated pneumonia in a large US database. Chest. 2002 Dec;122(6):2115-2121.
  • 4.  Incidência: 16,25 casos por 1.000 dias de uso de ventilador em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) de Adultos (São Paulo, 2008)  No mesmo ano, 2,3 casos por 1.000 dias de uso de ventilador em UTIs clínico- cirúrgicas de hospitais de ensino nos EUA  Dificuldades na padronização de definições e diagnósticos tornam estes números pouco confiáveis
  • 5.  Mortalidade global em episódios de PAV varia de 20 a 60%, refletindo em grande parte a severidade da doença de base destes pacientes, a falência de órgãos e especificidades da população estudada e do agente etiológico envolvido  Mortalidade varia nos diferentes estudos, mas é de aproximadamente 33%
  • 6.  Além da mortalidade, o impacto da PAV traduz-se no prolongamento da hospitalização, em torno de 12 dias e no aumento de custos, em torno de R$ 95.000,00 por episódio ANVISA 2009, ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
  • 7.  Fatores relacionados ao paciente  Presença de fatores de risco  Flora bacteriana do serviço  Contaminação de equipamentos do serviço  Transmissão cruzada
  • 8.
  • 9.  Para tentar sanar as dificuldades operacionais quanto ao diagnóstico e coleta de dados epidemiológicos, o Center for Desease Control and Prevention (CDC), optou por revisar a definição de PAV e o método diagnóstico NHSN Surveillance for Ventilator-Associated Events in Adults, CDC, 2013
  • 10.
  • 11.  A quem se aplicam? › APENAS a pacientes que:  Tenham mais de 18 anos de idade  Que tenham sido intubados e recebido ventilação mecânica por mais de 72 horas  Pacientes internos em hospitais, com curta ou longa permanência e de reabilitação › Pacientes em uso de técnicas ventilatórias de resgate – HFO, ECMO, posição prona – estão EXCLUÍDOS do algoritmo
  • 12.  No que as novas definições são diferentes das clássicas? › Detectarão condições e complicações relacionadas a VM, incluindo mas não exclusivamente, PAV › Requerem um tempo mínimo de VMI › São focados em dados prontamente avaliáveis e objetivos › Excluem a radiografia de tórax – evidências consideram pouco acurado e há grande variação interobservadores
  • 13.  Como utilizar o novo algoritmo? › É necessário fazer acompanhamento diário dos parâmetros ventilatórios, estabelecer uma LINHA DE BASE › A linha de base é definida como a menor medida de PEEP e FiO2 em um período de 24 horas, com pelo menos dois dias de estabilidade ou melhora › Comparação diária dos parâmetros com a linha de base
  • 14.  Paciente é elegível para o uso › ≥ 18 anos, interno em hospital ou clínica de reabilitação, recebendo VMI por pelo menos 3 dias/calendário? › Não está em uso de modo ventilatório de resgate (ECMO, HFO, prona)?  Estabelecida linha de base (PEEP E FiO2 estável por 2 dias seguidos, passou a apresentar um dos seguinte indicadores de piora de oxigenação:  FiO2 de base aumenta ≥ 0,20 e permanece por mais de 48 horas  PEEP de base aumenta ≥ 3 cmH2O e permanece por mais de 48 horas
  • 15.  Presença de CAV – condição associada a ventilação mecânica  Dentro OU após os 3 dias iniciais de VMI, e DENTRO dos dois dias de piora de parâmetros ventilatórios e oxigenação, o paciente apresentou AMBOS os seguintes critérios: › Tax > 38° ou abaixo de 36° OU leucócitos > 12.000 ou < 4.000 leuco/mm3 E › Foi iniciado novo agente antibiótico e continuado por mais de 4 dias/calendário
  • 16.  Presença de CIAV – condição INFECCIOSA associada a ventilação mecânica  Dentro OU após os 3 dias iniciais de VMI, e DENTRO dos dois dias de piora de parâmetros ventilatórios e oxigenação, pelo menos UM dos seguintes critérios é encontrado 1. Secreções respiratórias purulenta (definidas como): • Secreções de pulmões, brônquios ou traqueia, com > 25 neutrófilos e < 10 células epiteliais por campo] • Resultados equivalentes de métodos semi-quantitativos 2. Culturas positivas de escarro, aspirado traqueal, lavado broncoalveolar, tecido pulmonar ou escovado protegido (quantitativas, semi-quantitativas ou qualitativas)
  • 17.  Presença de CIAV – condição INFECCIOSA associada a ventilação mecânica  Dentro OU após os 3 dias iniciais de VMI, e DENTRO dos dois dias de piora de parâmetros ventilatórios e oxigenação, pelo menos UM dos seguintes critérios é encontrado 1. Secreções respiratórias purulenta (como as definidas para possível PAV) E UM DOS SEGUINTES: • Cultura positiva do aspirado traqueal ≥ 10 5 UFC/ml OU do lavado broncoalveolar ≥ 10 4 UFC/ml OU de tecido pulmonar ≥ 10 4 UFC/ml OU de escovado protegido ≥ 10 3 UFC/ml ou equivalentes semi-quantitativos 2. Um dos seguintes, sem necessidade de secreção purulenta : • Fluido pleural positivo (EXCLUIDO o retirado de dreno torácico antigo) OU histopatológico pulmonar positivo OU teste positivo para Legionella sp. OU teste positivo para infecção viral (influenza, parainfluenza, adenovirus, etc.)
  • 18.
  • 19.
  • 20.  As novas definições não estabelecem diferença entre as duas situações  Para efeito clínico e decisões de beira- leito, considerar como PAV AMBAS
  • 21.  Entidade de alta morbi-mortalidade, alto custo, tratamento difícil  Porém o consenso global atual é de que se trata de CONDIÇÃO PREVENÍVEL  Presença de PAV é considerado critério de qualidade do serviço  A implementação de sistemas de prevenção avançou muito nos últimos anos  PAV ZERO??!!
  • 22.  Estratégia de prevenção › Implementar medidas preventivas reconhecidas e com os melhores níveis de evidência › Bundle de prevenção de PAV: conjunto de medidas padronizado pelo IHI (Institute for Healthcare Improvement) › Bundles consistem em pacotes de medidas que aplicadas em conjuntos tem resultados melhores que individualmente
  • 23.  BUNDLE do IHI 2013: › Cabeceira elevada (30 a 45°) › Despertar diário – avaliação diária da sedação › Profilaxia da úlcera péptica › Profilaxia do TVP / TEP › Higiene oral diária com clorexidina 0,12% Institute for Healthcare Improvement http://www.ihi.org/knowledge/Pages/Changes/Implementt heVentilatorBundle.aspx
  • 24.  Elevação da cabeceira – 30 a 45° › Reduz o risco de macro e micro broncoaspiração › Sistematizar e automatizar a manutenção das cabeceira elevadas › Introduzir meios de alavancar a cooperação multidisciplinar neste ponto › Utilizar marcas visuais para rápida identificação › Envolver familiares, explicar a importância da manutenção da cabeceira elevada, encorajá- los a informar a equipe sempre que a posição não parecer correta
  • 25.
  • 26.  Despertar diário – reavaliação diária da sedação › Reduz risco de broncoaspiração e per si a redução da sedação reduz risco de infecções › Demanda implementação de estratégias para evitar eventos adversos (extubação inadvertida, queda do leito, extração de cateteres, etc.) › Deve ser implementada por protocolos e reavaliado diariamente em rounds › Utilizar escalas de sedação para padronização
  • 27.
  • 28.  Profilaxia da úlcera péptica › Pacientes em VMI tem risco aumentado de úlcera de stress › A profilaxia deve ser padronizada para todos os pacientes em VMI › Incluir a discussão sobre profilaxia nos rounds diários › Utilizar checklists para controle › Bloqueadores H2 x IBP: sem evidência de superioridade
  • 29.  Profilaxia do TVP / TEP › Deve ser aplicado a todos os pacientes em risco de trombose venosa, os pacientes em VMI e sedados tem risco aumentado › Reduz tempo de VMI e de internação › Revisão diária no round por meio de checklists › Heparina não fracionada (HNF) ou de baixo peso molecular (HBPM) podem ser usadas › Usar medidas mecânicas em contra-indicações
  • 30.
  • 31.  Higiene oral com clorexidina › Usar clorexidina a 0,12% em veículo específico › Tentativa de se reduzir a colonização das vias aéreas › Utilizar instrumentos padronizados para realização da higiene oral – escovas, esponjas, aspiradores – 3 a 4 vezes por dia › Atenção para lesões orais ocasionadas pela manipulação
  • 32.
  • 33.  Outras recomendações › A ANVISA recomenda, além das medidas do IHI:  Controle da higiene das mãos  Aspiração sub-glótica contínua utilizando tubos orotraqueais específicos (TASG)  NÃO realizar troca rotineira do circuito do respirador  Utilizar umidificadores passivos (filtros umidificadores) ou ativos (aquecedores). No caso de uso de filtros não trocar antes de 48 horas, a não ser que haja acúmulo excessivo de secreções  Utilizar sistema de aspiração fechado, embora não hajam evidências claras de superioridade  Evitar extubação não programada  Mensurar rotineiramente pressões do cuff ANVISA 2009, ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
  • 34.  Por que outras recomendações não estão inclusas no bundle? › O bundle foca nas medidas mais eficazes e de adoção mais simples › Não traz benefícios adotar recomendações em excesso que não sejam cumpridas › Não há trabalhos que mostrem grande eficácia na implementação de outras medidas › Custo x benefício
  • 35.
  • 36.  PAV é condição associada ao cuidado de saúde, com alta morbi-mortalidade e custos elevados  Dificuldades operacionais motivaram a renovação das definições epidemiológicas de PAV no ano de 2013  Estas novas definições tem impacto importante na prática clínica
  • 37.  Este impacto se traduz em uma maior agilidade diagnóstica e em eliminar dúvida na introdução da terapêutica  O novo algoritmo sintetiza três etapas: › Identificação de condições clínicas relacionadas a VMI – CAV › Identificação de associação infecciosa com estas condições – CIAV › Presença de evidência microbiológica em secreções pulmonares ou tecidos – POSSIVEL OU PROVÁVEL PAV
  • 38.  Para fins de decisão à beira-leito ou definição epidemiológica de caso POSSÍVEL PAV OU PROVÁVEL PAV serão consideradas como PAV  A prevenção da PAV é possível, é factível e é custo efetiva  PAV ZERO é meta atemporal  O uso de bundles bem definidos e testados é o ponto fundamental da prevenção
  • 39.  O bundle atual do IHI consiste em: › Manutenção da cabeceira elevada a 30 – 45° › Despertar diário e revisão diária da sedação › Prevenção de úlcera de stress › Prevenção de TVP / TEP › Higiene oral diária com clorexidina 0,12%  Outras medidas propostas não se sobressaíram ainda  O uso desta estratégia requer comprometimento da gerência e investimento em cooperação multidisciplinar
  • 40.  Rello J, Ollendorf DA, Oster G, et al. VAP Outcomes Scientific Advisory Group. Epidemiology and outcomes of ventilator- associated pneumonia in a large US database. Chest. 2002 Dec;122(6):2115-2121  ANVISA 2009, ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE  NHSN Surveillance for Ventilator-Associated Events in Adults, CDC, 2013  Institute for Healthcare Improvement http://www.ihi.org/knowledge/Pages/Changes/Impl ementtheVentilatorBundle.aspx