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Hospital Central de Maputo
Departamento de Cirurgia
Profilaxia Antibiótica
em Cirurgia
Maputo, Novembro de 2021
Napoleão Henriques Viola, MD
(Médico Residente em Cirurgia)
Ordem dos Médicos de Moçambique
Colégio de Cirurgia Geral
Journal Club
NOTAS PRÉVIAS
•234 milhões de cirurgias anuais no mundo
•Infecções do local de cirurgia é significativa – alta
morbimortalidade
•Antibióticos são de uso “rotineiro” no nosso
meio e ao nível internacional
•Uso pouco criterioso e muito variável. tem
consequências
•Pouca atenção dada ao tema
Avaliação da antibioticoprofilaxia em pacientes
cirúrgicos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle
OBJECTIVO
Avaliar a antibioticoprofilaxia em pacientes cirúrgicos do
Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.
METODOLOGIA (01)
•Estudo prospectivo de uma coorte
•Amostra de 256 pacientes submetidos a procedimentos
anestésico-cirúrgicos eletivos
•Especialidades: Ginecologia, Urologia, Cirurgia Vascular,
Neurocirurgia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Torácica e Cirurgia
Geral
•Período: Entre Janeiro e Setembro de 2014.
METODOLOGIA (02)
•CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
1. Indivíduos de ambos os sexos
2. Idade igual ou superior a 18 anos
•CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
1. Critérios clínicos /laboratoriais
de Infecção no momento da
cirúrgia
3. Classificados como ASA I, II ou III
2. Pacientes que já estavam em
antibioterapia
•Dados coletados:
(1) dados demográficos e clínicos básicos dos pacientes
(2) Se ocorreu utilização ou não do antibiótico profilático
(3) Características da antibioticoprofilaxia:
(a) tipo de antibiótico utilizado
(b) momento da administração e tempo de duração
do uso no pós-operatório.
METODOLOGIA (03)
(4) Justificação do uso ou não uso da antibioprofilaxia
(5) Escolha correcta do antibiótico
(6) Administração do antibiótico no tempo correcto
(7) Descontinuação do antibiótico no tempo correcto
Nota: Não havia protocolo de antibioprofilaxia
institucional – Critério clínico
METODOLOGIA (04)
Observação do pré, o peri e até o sétimo dia de pós-operatório
Procoloco usado – proposto em conjunto pela:
(1) American Society of Health-System Pharmacists
(2) Infectious Diseases Society of America
(3) Surgical Infection Society
(4) Society for Healthcare Epidemiology of America
E o da American College of Obstetricians and Gynecologists
METODOLOGIA (05)
• Análises univariadas por frequências simples
• Análise bivariada para verificar a diferença na distribuição
das variáveis independentes, usando o qui quadrado.
•Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows,
versão 17.0.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
RESULTADOS
C
•É
C
•É
• A antibioprofilaxia foi utilizada em 91,8% dos casos
•O uso ou não uso da antibioticoprofilaxia foi
justificado em 78,9% dos pacientes
•A escolha do antibiótico administrado foi
considerada correta em 97,9%
•A administração do antibiótico foi feita no momento
correto em apenas 27,2% dos pacientes
•A descontinuação do antibiótico foi realizada no
tempo correto em 95,7% dos casos
CONCLUSÃO
A antibioprofilaxia cirúrgica não foi realizada de forma
plenamente adequada na amostra estudada
• O antibiótico profilático deve ser selecionado de acordo com o
provável agente. Ter em conta a flora do sítio a ser opera;
•A sua indicação deve seguir protocolos pré-existentes
•A administração prolongada do antibiótico profilático não
demonstrou benefício na prevenção da ISC
•No nosso meio carecemos da definição de protocolos
exactos
•A indisponibilidade de certos antibióticos é um factor que
influencia na escolha
DISCUSSÃO
• No nosso meio há uma tendencia de generalizada de uso de
antibióticos de largo espectro, muitas vezes sem obedecer à
critérios farmacológicos e das particularidades do paciente
•Salientar que a correcta antibioterapia nao é o único factor para
prevenir a infeção da ferida cirúrgica.
•Outros factores: técnica e experiência da equipe cirúrgica,
ambiente hospitalar, instrumental cirúrgico estéril, preparo pré-
operatório (antissepsia, remoção de pelos) e manejo
perioperatório (controle glicêmico e da temperatura).
DISCUSSÃO
• Definição de protocolos de antibioterapia
•Realização de estudos sobre uso de antibióticos no nosso meio
•Disponibilização de maior leque de antibióticos de acordo com a
Lista Nacional de Medicamentos Essenciais
•Realização frequente de culturas e teste de sensibilidade
antibiótica para ajustar a antibioterapia
RECOMENDAÇÕES
BIBLIOGRAFIA
• ACGO practice bulletin no 104: antibiotic prophylaxis for gynecologic procedure. ACOG Committee on
Practice Bulletins--Gynecology. Obstet Gynecol. 2009;113(5):1180-9.
• Bratzler DW, Dellinger EP, Olsen KM, Perl TM, Auwaerter PG, Bolon MK, et al. Clinical practice guidelines for
antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Health Syst Pharm. 2013;70(3):195-283.
• Gouvêa, M. Et al. Avaliação da antibioticoprofilaxia em pacientes cirúrgicos no Hospital Universitário
Gaffrée e Guinle. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgia 2016;Vol 43, 04 pag224-234.
• Gouvêa M, Novaes CO, Pereira DM, Iglesias AC. Adherence to guidelines for surgical antibiotic prophylaxis:
a review. Braz J Infect Dis. 2015;19(5):517-24.
• Orientacoes para a cirurgia segura: Cirurgia segura salva vidas. [Internet]. Switzerland: Organizacao Mundial
da Saúde; 2009 [cited 2021 Nov 15]. Disponível em:
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44185/9789241598552_por.pdf;sequence=8
• Weiser TG, Regenbogen SE, Thompson KD, Haynes AB, Lipsitz SR, Berry WR, et al. An estimation of the
global volume of surgery: a modelling strategy based on available data. Lancet. 2008;372(9633):139-44.
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  • 1. Hospital Central de Maputo Departamento de Cirurgia Profilaxia Antibiótica em Cirurgia Maputo, Novembro de 2021 Napoleão Henriques Viola, MD (Médico Residente em Cirurgia) Ordem dos Médicos de Moçambique Colégio de Cirurgia Geral Journal Club
  • 2. NOTAS PRÉVIAS •234 milhões de cirurgias anuais no mundo •Infecções do local de cirurgia é significativa – alta morbimortalidade •Antibióticos são de uso “rotineiro” no nosso meio e ao nível internacional •Uso pouco criterioso e muito variável. tem consequências •Pouca atenção dada ao tema
  • 3. Avaliação da antibioticoprofilaxia em pacientes cirúrgicos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle
  • 4. OBJECTIVO Avaliar a antibioticoprofilaxia em pacientes cirúrgicos do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.
  • 5. METODOLOGIA (01) •Estudo prospectivo de uma coorte •Amostra de 256 pacientes submetidos a procedimentos anestésico-cirúrgicos eletivos •Especialidades: Ginecologia, Urologia, Cirurgia Vascular, Neurocirurgia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Torácica e Cirurgia Geral •Período: Entre Janeiro e Setembro de 2014.
  • 6. METODOLOGIA (02) •CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 1. Indivíduos de ambos os sexos 2. Idade igual ou superior a 18 anos •CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 1. Critérios clínicos /laboratoriais de Infecção no momento da cirúrgia 3. Classificados como ASA I, II ou III 2. Pacientes que já estavam em antibioterapia
  • 7. •Dados coletados: (1) dados demográficos e clínicos básicos dos pacientes (2) Se ocorreu utilização ou não do antibiótico profilático (3) Características da antibioticoprofilaxia: (a) tipo de antibiótico utilizado (b) momento da administração e tempo de duração do uso no pós-operatório. METODOLOGIA (03)
  • 8. (4) Justificação do uso ou não uso da antibioprofilaxia (5) Escolha correcta do antibiótico (6) Administração do antibiótico no tempo correcto (7) Descontinuação do antibiótico no tempo correcto Nota: Não havia protocolo de antibioprofilaxia institucional – Critério clínico METODOLOGIA (04)
  • 9. Observação do pré, o peri e até o sétimo dia de pós-operatório Procoloco usado – proposto em conjunto pela: (1) American Society of Health-System Pharmacists (2) Infectious Diseases Society of America (3) Surgical Infection Society (4) Society for Healthcare Epidemiology of America E o da American College of Obstetricians and Gynecologists METODOLOGIA (05)
  • 10. • Análises univariadas por frequências simples • Análise bivariada para verificar a diferença na distribuição das variáveis independentes, usando o qui quadrado. •Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 17.0. ANÁLISE ESTATÍSTICA
  • 12. C
  • 13. •É
  • 15.
  • 16. • A antibioprofilaxia foi utilizada em 91,8% dos casos •O uso ou não uso da antibioticoprofilaxia foi justificado em 78,9% dos pacientes •A escolha do antibiótico administrado foi considerada correta em 97,9% •A administração do antibiótico foi feita no momento correto em apenas 27,2% dos pacientes •A descontinuação do antibiótico foi realizada no tempo correto em 95,7% dos casos
  • 17. CONCLUSÃO A antibioprofilaxia cirúrgica não foi realizada de forma plenamente adequada na amostra estudada
  • 18. • O antibiótico profilático deve ser selecionado de acordo com o provável agente. Ter em conta a flora do sítio a ser opera; •A sua indicação deve seguir protocolos pré-existentes •A administração prolongada do antibiótico profilático não demonstrou benefício na prevenção da ISC •No nosso meio carecemos da definição de protocolos exactos •A indisponibilidade de certos antibióticos é um factor que influencia na escolha DISCUSSÃO
  • 19. • No nosso meio há uma tendencia de generalizada de uso de antibióticos de largo espectro, muitas vezes sem obedecer à critérios farmacológicos e das particularidades do paciente •Salientar que a correcta antibioterapia nao é o único factor para prevenir a infeção da ferida cirúrgica. •Outros factores: técnica e experiência da equipe cirúrgica, ambiente hospitalar, instrumental cirúrgico estéril, preparo pré- operatório (antissepsia, remoção de pelos) e manejo perioperatório (controle glicêmico e da temperatura). DISCUSSÃO
  • 20. • Definição de protocolos de antibioterapia •Realização de estudos sobre uso de antibióticos no nosso meio •Disponibilização de maior leque de antibióticos de acordo com a Lista Nacional de Medicamentos Essenciais •Realização frequente de culturas e teste de sensibilidade antibiótica para ajustar a antibioterapia RECOMENDAÇÕES
  • 21. BIBLIOGRAFIA • ACGO practice bulletin no 104: antibiotic prophylaxis for gynecologic procedure. ACOG Committee on Practice Bulletins--Gynecology. Obstet Gynecol. 2009;113(5):1180-9. • Bratzler DW, Dellinger EP, Olsen KM, Perl TM, Auwaerter PG, Bolon MK, et al. Clinical practice guidelines for antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Health Syst Pharm. 2013;70(3):195-283. • Gouvêa, M. Et al. Avaliação da antibioticoprofilaxia em pacientes cirúrgicos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgia 2016;Vol 43, 04 pag224-234. • Gouvêa M, Novaes CO, Pereira DM, Iglesias AC. Adherence to guidelines for surgical antibiotic prophylaxis: a review. Braz J Infect Dis. 2015;19(5):517-24. • Orientacoes para a cirurgia segura: Cirurgia segura salva vidas. [Internet]. Switzerland: Organizacao Mundial da Saúde; 2009 [cited 2021 Nov 15]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44185/9789241598552_por.pdf;sequence=8 • Weiser TG, Regenbogen SE, Thompson KD, Haynes AB, Lipsitz SR, Berry WR, et al. An estimation of the global volume of surgery: a modelling strategy based on available data. Lancet. 2008;372(9633):139-44.