O documento discute diluições em laboratório, definindo-as como a adição de uma substância a outra para reduzir a concentração. Explica que diluições são expressões de concentração e não de volume, e fornece exemplos de como expressar diluições corretamente usando proporções. Também aborda títulos e diluições seriadas.
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
Diluições em imunologia clínica
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA CLÍNICA
DILUIÇÕES
Os métodos de laboratório nos
quais uma quantidade de uma substância é
adicionada a outra para reduzir a
concentração de uma das substâncias são
conhecidos como diluições.
IMPORTANTE: Uma diluição é uma expressão de concentração, não de volume. Expressa
de outra forma, uma diluição indica a quantidade relativa de substâncias em uma solução.
Quando a palavra diluição é usada, ela deve significar o número de partes que foram diluídas
em um número total de partes. Em outras palavras, uma diluição deve significar o volume de
concentrado no volume total da solução final. O menor número corresponde ao número de
partes da substância que está sendo diluída; o maior número refere-se ao número total de
partes da solução final.
Considere as seguintes frases:
• Faça uma diluição 1 para 10 de soro em salina.
• Faça uma diluição 1 em 10 de soro em salina.
• Faça uma diluição 1 para 10 de soro com salina.
• Faça uma diluição 1/10 de soro com salina.
• Faça uma diluição 1:10 de soro usando salina.
• Faça uma diluição de 1 parte de soro e 9 partes de salina.
• Faça uma diluição de 1 parte de soro para 9 partes de salina.
Qual é a diferença entre essas frases? Nenhuma! Todas significam exatamente a mesma
coisa.
ENTÃO: Diluir é acrescentar solvente a uma solução mantendo-se inalteradas as
quantidades de soluto existentes.
D= V soluto
V soluto + V solvente
1 parte de soro
+ 9 partes de salina
10 partes de solução final
O significado difere quando usamos a palavra razão. Os números passam a se referir
aos materiais da razão, que podem ser escritos de diversas formas:
1
2. • 1:9
• 1 para 9
• 1/9
Não importa como a razão é escrita, a ordem dos números deve corresponder à ordem
das substâncias às quais a razão se refere.
Ex: Uma razão de soro para salina 1:9 é igual a uma razão salina para soro 9:1, o que é
a mesma coisa que uma diluição de 1:10 de soro com salina.
TÍTULO é a concentração de uma solução determinada por titulação. É a menor
quantidade ou concentração que produzia um efeito particular ou produto. O título é a
recíproca da diluição. Então, em uma reação de pesquisa de anticorpos positiva na
diluição ½ e ¼ e negativa na diluição 1/8 e 1/16, o título é 4.
Ex:
Dilua 2 mL de soro com 28 mL de salina. Deve-se somar 28 mL de salina em 2 mL de soro.
Então, o volume total da solução final é 30 mL.
2 mL de soro
+ 28 mL de salina
30 mL de solução final
A diluição desta solução seria 2 em 30. No entanto, diluições são geralmente propostas como
1 para algum número. Para converter uma diluição 2:30 em uma diluição de 1 em algo, é só
montar um problema de razão-proporção: 2 está para 30 assim como 1 está para X.
2/30 = 1/X 2X=30 X=15 - a diluição soro em salina é 2:30 ou 1:15
A razão desta solução seria 2: 28. No entanto, diluições são geralmente propostas como 1 para
algum número. Para converter uma diluição 2:28 em uma diluição de 1 em algo, é só montar
um problema de razão-proporção: 2 está para 28 assim como 1 está para X.
2/28 = 1/X 2X=28 X=14 - a razão soro em salina é 2:28 ou 1:14 ou então,
uma razão salina em soro 14:1
Para diluições seriadas, ao se calcular a concentração, é necessário multiplicar a
concentração original pela 1ª diluição, a seguir pela segunda diluição, esta pela terceira
diluição e assim por diante, até que a diluição final seja conhecida.
Ex: Uma solução de NaOH 2 M é diluída 1/5 e 1/10. Determine a concentração de cada
uma das 3 soluções.
• solução 1 de NaOH: 2M
• solução 1/5 de NaOH: 2M x 1/5 = 0,4M
• solução 1/10 de NaOH: 2M x 1/5 x 1/10 = 0,04M
ENTÃO: Para que diluir em reações imunológicas?
• Para diminuir a concentração de anticorpos inespecíficos.
• Para determinar uma concentração de anticorpos em testes semi-quantitativos – título.
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3. EXERCÍCIOS:
1. Faça 250 mL de uma diluição 1:10 de soro em salina.
2. Faça 45 mL de uma diluição 1:15 de soro em salina.
3. Faça 33 mL de uma diluição 1:22 de soro em salina.
4. Faça 4 mL de uma diluição 1:8 de soro em salina.
5. Faça 7,5 mL de uma diluição 1:150 de soro em salina
6. Determine a quantidade de soro em 40 mL de uma diluição 1:5 de soro em salina.
7. Quanto de uma diluição de 1:32 de urina com água destilada poderia ser feita com 2
mL de urina?
8. Uma diluição 1/10 de uma substância é diluída 3/5, rediluída 2/15 e diluída mais uma
vez ½. Qual é a concentração final?
9. Uma solução 3% é diluída 2/30. Qual é a concentração resultante?
10. Uma solução que contém 70 mg/dL é diluída 1/10 e de novo 2/20. Qual é a
concentração final?
11. A alíquota de 0,2 mL de soro do paciente é adicionada a 0,8 mL de salina. Transfere-
se 0,5 mL para um tubo 2 que possui 0,5 mL de salina. Este procedimento é feito até o
tubo 10. As diluições foram utilizadas para testar um anticorpo de um agente
infeccioso. Do tubo 1 ao 8, a reação foi positiva para o anticorpo testado. Qual o título
que deve ser apresentado ao anticorpo?
12. Em uma série de 8 tubos, coloque 0,9 mL de solução fisiológica no 1º tubo e 0,5 mL
de solução fisiológica nos tubos restantes. Adicione 0,1 mL de soro ao 1º tubo, misture
e coloque 0,5 mL dessa solução no tubo subseqüente e repita o processo até o último
tubo. Despreze o último 0,5 mL. Para cafa tubo adicione 0,5 mL de antígeno. A partir
disso, responda:
a) Qual é a diluição de cada tubo antes de adicionar o antígeno?
b) Qual a quantidade de soro presente nos dois primeiros tubos
após a transferência?
c) Qual pe a diluição em cada tubo após a adição do antígeno?
13. Quais diluições representam as misturas abaixo?
a) 0,3 mL de soro sanguíneo com 4,2 mL de solução fisiológica.
b) 0,5 mL de soro sanguíneo com 3 mL de solução fisiológica.
c) 0,2 mL de soro sanguíneo com 6,2 mL de solução fisiológica.
14. Em vários tubos numerados de 1 a 5, pipetou-se 3X mL de água em cada um deles. No
tubo nº 1 pipetou-se X mL de azul de metileno e homogeneizou-se esta solução.
Pipetou-se do tubo nº 1 X mL e passou-se para o tubo nº 2. Este procedimento foi feito
até o 5º tubo.
a) Qual o volume de todos os tubos se X=2 e as respectivas diluições?
b)Se X=10, qual é o volume final de todos os tubos e as respectivas diluições?
15. Esquematize a diluição de 5 mL de azul de metileno diluído a 1/4000.
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4. 16. Esquematize a preparação de 50 mL de uma solução tampão fosfato a 1/2000. O
tampão foi fornecido pelo fabricante a uma diluição 1/10.
17. Pipetou-se 500 µL se um soluto em tubo de ensaio e acrescentou-se 4,5 mL de
solvente. Qual é a diluição?
18. Pipetou-se 200 µL se um soluto em tubo de ensaio e acrescentou-se 9,8 mL de
solvente. Qual é a diluição?
19. Num laboratório de Virologia, foi diluído 200 µL de soro diluído a 1:4. Porém, a
diluição correta seria 1:10. Como fazer essa correção?
20. Em uma reação imunoenzimática, foi colocado 0,1 mL de soro, 0,8 mL de diluente e
0,1 mL de conjugado. Que volume de soro existe no volume final e qual é a diluição
deste soro?
21. Uma solução estoque de ácido oxálico 1/100 está disponível no laboratório de
química. Como o laboratorista prepararia 6 mL de ácido oxálico 1/150?
22. Fazer uma diluição seriada de razão 2 a partir de uma solução de azul de metileno em
água. Usar uma bateria de 5 tubos. O volume em cada tubo deve ser 4 mL.
23. Fazer uma diluição seriada de razão 10 a partir de uma solução de azul de metileno em
água. Usar uma bateria de 8 tubos. O volume em cada tubo deve ser 4,5 mL.
24. Fazer uma diluição seriada de razão 5 a partir de uma solução de azul de metileno em
água. Usar uma bateria de 5 tubos. O volume em cada tubo deve ser 3 mL.
25. Fazer uma diluição seriada de razão 2 a partir de uma solução de azul de metileno
diluído ½ em água até a diluição 1/64. O volume em cada tubo deve ser 0,7 mL.
26. Fazer uma diluição seriada de razão 2 a partir de uma solução de azul de metileno
diluído 1/16 em água até a diluição 1/512. O volume em cada tubo deve ser 1,6 mL.
27. Fazer uma diluição seriada de razão 3 a partir de uma solução de azul de metileno
diluído 1/3 em água até a diluição 1/81. O volume em cada tubo deve ser 0,2 mL.
28. Fazer uma diluição seriada de razão 3 a partir de uma solução de azul de metileno
diluído 1/62 em água até a diluição 1/162. O volume em cada tubo deve ser 0,4 mL.
29. Fazer uma diluição seriada de razão 5 a partir de uma solução de azul de metileno
diluído 1/10 em água até a diluição 1/250. O volume em cada tubo deve ser 1,6 mL.
30. Fazer uma diluição seriada de razão 10 a partir de uma solução de azul de metileno
diluído 1/20 em água até a diluição 1/20000. O volume em cada tubo deve ser 3,6 mL.
31. Em vários tubos numerados de 1 a 6, pipetou-se 0,5 mL de tampão em todos eles. No
1º tubo pipetou-se 500 µL de azul de metileno e homogeneizou-se. Transferiu-se do
tubo nº 1 para o tubo nº 2, 500 µL. Este procedimento foi realizado até o 6º tubo.
Sabendo-se que não houve perda de volume, responda.
a) Qual o volume de todos os tubos e as respectivas diluições?
b) Qual é o volume e as respectivas diluições de todos os tubos se
fosse pipetado 3,5 mL de tampão.
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