O documento discute insuficiência cardíaca, definindo-a como a incapacidade do coração bombear sangue para atender às necessidades metabólicas dos tecidos. Aborda as causas, fisiopatologia, classificação, diagnóstico e tratamento, incluindo medicamentos e dispositivos para frações de ejeção reduzida ou preservada. O tratamento não farmacológico e transplante cardíaco também são discutidos.
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Insuficiência Cardíaca: Definição, Epidemiologia e Fisiopatologia
1. PATOLOGIA
Prof. Dr. Raí Silva Gomes
Rio Branco
2023.1
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE
FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO
Bases Morfológicas
Medicina
2. Definição
• Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o
coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às
necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com
elevadas pressões de enchimento.
• alterações estruturais;
• funcionais cardíacas.
caracteriza-se por sinais e
sintomas típicos
redução no débito
cardíaco
3. DEFINIÇÕES
• Insuficiência cardíaca crônica reflete a
natureza progressiva e persistente da
doença;
• insuficiência cardíaca aguda fica reservado
para alterações rápidas ou graduais de sinais
e sintomas resultando em necessidade de
terapia urgente.
5. EPIDEMIOLOGIA
Mostraram como principal causa de re-hospitalizações a
má aderência à terapêutica básica para IC, além de elevada
taxa de mortalidade intra-hospitalar, posicionando o brasil
como uma das mais elevadas taxas no mundo ocidental
8. FISIOPATOLOGIA
IC é identificada pelo aumento da pré-carga diminuição
da função ventricular
Diminuição do fluxo sanguíneo para os órgãos periféricos.
Sobrecarga de volume causa hipertrofia e
dilatação ventricular
1. diminuição da reserva cronotrópica,
2. ativação do sistema nervoso simpático
3. ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona
Redução da contratilidade cardíaca, a
hipertrofia e dilatação ventricular
10. FISIOPATOLOGIA
Reserva cronotrópica é a capacidade do coração em
aumentar sua frequência cardíaca para atender a
uma demanda aumentada de oxigênio pelo
organismo.
1. Diminuição da reserva
cronotrópica
11. FISIOPATOLOGIA
2. Ativação do sistema nervoso
simpático
Liberação de
noradrenalina e
adrenalina pelas
células nervosas
simpáticas
Ativação do sistema
nervoso simpático em
longo prazo pode
piorar a disfunção
miocárdica.
12. FISIOPATOLOGIA
2. Ativação do RAA
Potente vasoconstritor que
atua diretamente sobre a
musculatura dos vasos
sanguíneos, aumentando a
resistência vascular
periférica.
18. CLASSIFICAÇÃO
Hemodinâmica
Frio
(Baixo DC)
Cianose
Dispnéia ao esforço
Confusão mental
Fadiga/sonolência
PA pinçada
Hipotensão postural
Pulso fino
Palidez
TEC≥ 5 seg (má perf.)
Extremidades frias
Hiponatremia
Insuficiência Renal
IC subaguda/crônica
Dispnéia, Ortopnéia
Desconforto abdominal
Estase Jugular
Estertores pulmonares
Hepatomegalia
Refluxo Hepatojugular
Ascite
Edema de MMII
Quente
(Boa Perfusão)
x
TEC ≤3 seg
PA mantida
Pulso cheio
Extremidades quentes
Úmido
(Congesto)
IC Aguda
Seco
(Não Congesto)
x
19. DIAGNÓSTICO
• A IC é uma síndrome complexa, com alteração da função cardíaca, o
que resulta em:
• sintomas e sinais de baixo débito cardíaco;
e/ou
• congestão pulmonar ou sistêmica.
em repouso ou
aos esforços.
21. Diagnóstico Clínico: Critérios Framingham
Sinais Maiores
• DPN ou ortopnéia
• Estase jugular
• Estertores finos bibasal
• Cardiomegalia
• EAP
• B3
• RHJ
• Perda de ≥4,5Kg/5dias
com tratamento
Sinais Menores
• Dispnéia aos esforços
• Tosse noturna
• Edema de MMII
• Hepatomegalia
• Derrame pleural
• FC>120bpm
• ↓ CF (<1/3 da registrada)
Definição:
2 sinais maiores
ou
1 sinal maior e 2 menores
B3: 3ª bulha
DPN: dispneia paroxística noturna
EAP: edema agudo de pulmão
RHJ: refluxo hepato-jugular
FC: frequência cardíaca
CF:capacidade funcional
22.
23. DIAGNÓSTICO
• EXAMES COMPLEMENTARES
• Ecocardiograma é exame de imagem de escolha para o diagnóstico
e o seguimento;
• Peptídeos natriuréticos (BNP e NT-proBNP) marcadores
sanguíneos para diagnóstico de insuficiência cardíaca (CHF) e podem
ser úteis para o estabelecimento de prognósticos.
24. DIAGNÓSTICO
• EXAMES COMPLEMENTARES
• Radiografia do tórax avaliação de cardiomegalia (AVALIAR O ICT) e
congestão pulmonar;
• Eletrocardiograma em repouso Avaliar sinais de cardiopatia
estrutural como hipertrofia ventricular esquerda, isquemia
miocárdica, áreas de fibrose, distúrbios da condução atrioventricular,
bradicardia ou taquiarritmias.
27. Tratamento
• O tratamento é baseado na FRAÇÃO DE EJEÇÃO DO
VE; sendo dividido em:
• Tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida (<40%);
• Tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca com
fração de ejeção preservada (>50%)
28. Tratamento
• Tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida (<40%)
1. betabloqueadores cardiosseletivos (bisoprolol, carvedilol e metoprolol);
2. iECA/BRA;
3. antagonista mineralocorticoide;
4. sacubitril/valsartana;
5. iSGLT2 (grupo das glifozinas);
6. hidralazina + nitrato (população afro-descendente com IC NYHA III ou IV);
7. ivabradina (para pacientes que sustentam FC > 70 batimentos por minuto).
Sintomáticos:
- Diuréticos;
- Digoxina
(FA).