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1 ANGINA INSTÁVEL
É uma síndrome clínica geralmente
Definição:causadapelarupturade uma placaaterosclerótica,situando-seentre umquadrode
anginaestável e de infartoagudodomiocárdiono espectrodassíndromescoronáriasagudas.
Os mecanismos fisiopatológicosque precipitamassíndromesisquêmicasmiocárdicasagudas
têmcomo característica anatomopatológicaafissurada placa ateroscleróticanaartéria
responsável peloeventoisquêmico.
Fatoresque podemtornara placamais vulnerável àruptura:
• Dislipidemia;•Nicotina;
• Monóxidode carbono; - Níveiselevadosde angiotensinae de ácidoacetoacético;
- Imunocomplexoscirculantes; - Célulasinflamatóriase seusprodutoshumorais; - Aumentoda
fragilidade docolágeno;
- Fatoreshemodinâmicose mecânicos;
- Liberaçãode agentesoxidantespotentes.
Outrosfatoresque alémda rupturada placa, exercemmecanismosfundamentaisna
instabilizaçãode umquadroisquêmicosão:
- Ativaçãoplaquetária; - Trombose;
- Vasoconstricção;
- Espasmocoronário.
O endotéliovasculartempapel fundamentalnocontrole dacirculação,atravésda liberaçãoe
modulaçãode inúmerosfatoresque influenciamareatividade e aestruturavasculare,
também, a coagulaçãosanguínea.FunçõesEndoteliais:
- Barreiraseletivamente permeável;
- Síntese de substânciasvasodilatadorase anti-plaquetárias;Ex:Fatorde relaxamento
dependente doendotélio(EDRF),ProstaglandinaE2(PGE2)
- Síntese de substânciasvasoconstrictorase ativadorasdaagregaçãoplaquetária:Ex:
endotelinas,endoperóxidos,leucotrienos.
Ex:colágeno,fibronectina,
- Produçãode fatorestrombogênicos:tromboplastinatissular,fatorde vonWillebrand,fator
de ativação plaquetária(PAF),fatorV,etc.
Ex: Glicosaminoglicans,trombomodulina
- Produçãode fatoresantitrombogênicos:e proteínaS.
- Produçãode fator fibrinolítico:Ex:Ativadordoplasminogêniotecidual (t- PA),uroquinase.
- Secreçãode fatorespromotoresdocrescimento:Ex:Fatorde crescimentoderivadodas
plaquetas(EDGF);
Fator de relaxamentodependente doendotélio(EDRF) –principal mediadordavasodilatação
empresençade endotélionormal.EDRF – análogoendógenodosnitratosvasodilatadores.
Estímulosque produzemvasodilataçãonapresençade endotélioíntegro:
- Exercíciofísico;
-Aumentodofluxosangüíneovascular; -Aumentodoestresseparietal;
-Histamina;
-Acetilcolina;
-Serotonina;
-Fatorde ativaçãoplaquetária;
-Trombina,etc.
PlacasateroscleróticasemArtériascoronárias
Instabilizaçãodasplacas
Alteraçãoda demanda/aporte de oxigênio
Espasmo Estase circulatória
Trombose
Quantoà evoluçãodostrombos,se houverlise comperíodosrelativamente curtosde oclusão
coronária,o resultadoé a anginainstável.Se aoclusãoé total e prolongada,ocorre infartodo
miocárdio.
- Circulaçãocolateral coronária.
Diagnóstico:
- Históriaclínica- Exame físico
- Avaliaçãodoeletrocardiogramade
repouso.
7 Sinaise sintomas:
- Precordialgiaintensade até 30 minutosde duração;
- Náuseas - Vômitos;
- Sudorese fria- Palpitações.
Tratamento:
• Ácidoacetil-salicílico;•Heparina;
• Nitratos;
• Beta-bloqueadores.
A cinecoronariografiade urgênciaestáindicada,quandoapós24horas de tratamento,não
houverreversãodasintomatologiaouemcasosde instabilidadehemodinâmica.
O InfartoAgudodo Miocárdioé causado pelalimitaçãodofluxocoronáriode tal magnitude e
duração que resultaemnecrose domúsculocardíaco.
- 60% dos óbitosocorremna primeirahoradevidoàfibrilaçãoventricular.
- Reduçãoimediatae progressivadacontratilidade dosegmentoventricular.
- AlteraçõesdosegmentoSTe da ondaT ao ECG.
- O inícioda isquemiacomeçaem60 segundosapóscompletaoclusãodaartériacoronária.As
célulasmiocárdicascomeçamamorrer em20 a 40 minutosnapresençade completaoclusão
coronariana.
- Fluxocolateral.
- Dislipidemia - Tabagismo
- Hipertensão - Diabete melito
- Sedentarismo- Obesidade
Fatoresde risco modificáveis:
Fatoresde risco não-modificáveis:
- Históriafamiliar(IAMemumparente de 1º grau menorde 5 anos); - Idade;
- Sexo(DACocorre 10 anos maiscedoemhomens).
Causasnão-ateroscleróticasdoIAM:
• Espasmosda artériacoronária;• Dissecçãode artériacoronária;
• Arteritescoronáriasassociadasadoençassistêmicas;
• Espessamentode parede coronarianasecundárioadoençasmetabólicase traumade
artériascoronarianas,incluindoradioterapias;•Emboliaparaartériascoronárias;
• Desequilíbrioentreaofertae a demandamiocárdica;
• Trombose:CID,estados de hipercoagulabilidade;•Anomaliascoronarianascongênitas;
• Uso de cocaína, etc.
ManifestaçõesClínicas:
• Desconfortotorácico/dor;• AnormalidadesnoECG;
• Marcadorescardíacos séricoselevados.
Geralmente ador é difusa;umador altamente localizadararamente relaciona-se àanginaou
IAM.
-Náusea -Inquietação
-Vomitos - Dispnéia
Sintomasassociados: -Diaforese- Apreensão
-Fraqueza;A dor do IAMdura maistempo(tipicamente 20mina várias horas) se comparada a
da angina,não sendoaliviadaporrepousooupornitroglicerina.
Estima-se que pelomenos20%dosIAMs são indolores(“silenciosos”) ouatípicos(não
reconhecidos).
A pressãoarterial noIAMfreqüentemente estáelevadainicialmente,maspode estarnormal
ou baixa.
Eletrocardiograma
O ECG inicial nemé perfeitamenteespecíficonemperfeitamente sensívelparatodosos
pacientesque desenvolvemIAMcomelevaçãodosegmentoST.Quandoa elevaçãotípicado
segmentoSTpersiste porhorase é seguidaporhoras ou diaspor inversõesde ondaT ou Q,o
diagnósticode IAMpode serestabelecidocomquase absolutacerteza.
Marcadores cardíacos:
A maiorsensibilidade e especificidade dosmarcadorescardíacosséricostornaram-noo
“padrão ouro” para detecçãoda necrose miocárdica.Marcadorescardíacos:
- TroponinaIe T
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ComplicaçõesdoIAM:• Aneurismadoventrículoesquerdo(VE);
• Pericardite.
Oxigenação –estar atentoàs concentraçõesde oxigênioindicadas,viasaéreaslivresde
secreções;
Controle daperfusãoperiféricae coloraçãodasmucosas.Manter material de intubaçãoa
prontouso;
Controle dossinaisvitaisfreqüentemente visadetecçãoprecoce de alterações,bemcomoo
ajuste da infusãodasdrogas;
Monitorizaçãodoritmo cardíaco – deve seravaliadoquantoaoritmo,freqüênciae amplitude
das ondas;
Os eletrodosdevemestarbemfixadosaotórax,deixandosempre aáreapara a aplicaçãodas
pás livres;
Se apresentaralgumaarritmiaao monitor,comunicaraomédicoe providenciarregistrodo
eletrocardiograma;
Ter sempre prontopara usoe testadooaparelhopara cardioversão;
Fazerbalançohídrico rigoroso – controle dosvolumesinfundidos,ingestae líquidosperdidos;
Atentarpara a aceitaçãoda dieta,e restriçãohídrica,se houver;
Avaliaçãofreqüente donível de consciência;
Atençãoao aspectoemocional dopaciente.
Definição:Éa incapacidade docoração de impulsionarosangue aum volume e velocidade
compatíveiscomas necessidadesmetabólicasdostecidos;paratanto,lança mãode
mecanismosde compensação:hipertrofia,dilataçãoe taquicardia.
A falênciamiocárdicaconstituiaviafinal comumde diversascardiopatias,destacando-se as
seguintesetiologias:
- Isquêmica; - Chagásica;
- Dilatadaidiopática; - Hipertensiva;
- Valvar- Congênita
- Periparto; - Pós-miocardite;
- Por agentescardiotóxicos(álcool,cocaína);
16 Fatoresde risco:
• HAS - Diabete melito
• Idade avançada- Históriade IAM
• Valvopatia - Cardiopatia
• Doençade Chagas - Alcoolismo
ManifestaçõesClínicas:•Pulsofraco;
• Pressãoarterial baixa;
• Extremidadesfrias;
• Presençade B3.
• Congestãopulmonar;
• Oligúria;
• Obnubilação;
• Edema;
• Dispnéia:de esforço,paroxísticanoturna,ortopnéia,asmacardíaca, edemaagudode
pulmão,respiraçãode Cheyne-Stokes.
• Edema:periférico,derrame pleural,derramepericárdico;ascite,anasarca.•Palpitações.
Exame FísicoGeral:
• Desnutrição;•Edema de membrosinferiores;
• Anasarca;
• Cianose periférica.
SemiologiaCardiovascular:
• Taquicardia;• Íctusdesviadoe aumentado;
• Presençade B3 ou B4
• A estase jugularé o sinal que maisseguramente reflete hipervolemia.
SemiologiaPulmonar:
• Taquidispnéia;•Estertorescreptantese subcreptantesbasais;•Derrame pleural;
• Respiraçãode Cheyne-Stokes.
SemiologiaAbdominal:
• Ascite;• Hepatomegalia.
ExamesComplementares:
• ECG; • Radiografiade tórax;
• Ecocardiografia;
• Exameslaboratoriais;
• Cateterismocardíaco.
Tratamento:• Controle da hipertensãoarterial;
• Tratamentoda dislipidemia;
• Evitarfumo,álcool e drogas; ilícitascomoa cocaína;
• Uso de IECA,betabloqueadores,digital,diuréticos;•Avaliaçãocardiológicaperiódica.
O edemapulmonaré umasíndrome clínica de causas diversas.Noentanto,asalterações
fisiopatológicassãosemelhantese decorremdoacúmulode fluidosnosespaçosalveolarese
intersticiaisdospulmões,resultando emhipoxemia,complacênciapulmonardiminuída,
trabalhorespiratórioaumentadoe ventilaçãoperfusãoanormal.
Diagnóstico:clínicoe suasmanifestaçõesdependemdaquantidadede líquidoacumuladonos
pulmões.
- Cardiogênico - Não-cardiogênico
Tipos:
- Ansiedade
Quadroclínico: - Agitação
- Dispnéia
- Uso da musculaturaintercostal
- Cianose - Sudorese fria
- Batimentode asasdo nariz - Palidezcutânea- Respiraçãoruidosa
- Tosse
A tosse,inicialmente secae persistente é seguidaportosse produtivacomexpectoração
espumosa,brancaou rósea.
Progressãodo Exaustão
EAP respiratória
Confusãomental Hipoventilação
e torpor
Morte por hipoxemia
21 MANEJO DO PACIENTECOMEAP
Medidasde suporte:
- Elevaçãoda cabeceiradoleito; - Garantir viaaéreae acessovenosoadequados;
- Instalaçãode oxigenioterapia,emcasode disfunçãorespiratóriagrave –ventilaçãomecânica
não invasivae,se necessário,intubaçãoendotraqueal ; - Verificaçãodossinaisvitaise
oximetria;
- Realizaçãode ECG e radiografiade tórax;
- Realizaçãode gasometriaarterial,eletrólitos,enzimascardíacas.
Se PA sistólica>90 mmHg semsinaisclínicosde choque:Morfina,Isossorbida,furosemida,
nitroglicerinaounitroprussiatode sódio...
Se PA sistólica70 – 100 mmHg,sem sinaisde choque:Dobutamina;
Com sinaisde choque:Dopaminaoudopamina+dobutamina.Medidasacima(morfina,
nitrato,furosemida)quandoPA sistólica>90mmHg.
Se PA sistólica<70 mmHg: noradrenalina;Considerardopaminae dobutamina
23 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS:
CINTRA,Eliane.Assistênciade EnfermagemaoPacienteGravemente Enfermo.SãoPaulo:
Atheneu,2003.
KNOBEL,Elias.CondutasnoPaciente Grave.SãoPaulo:Atheneu,2002.
SMELTZER, Suzanne.Tratadode EnfermagemMédico-Cirúrgica.Riode Janeiro:Guanabara
Koogan,2002.
STEFANI,Doral.ClínicaMédica.São Paulo:Artmed,2006.

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1 angina instável

  • 1. 1 ANGINA INSTÁVEL É uma síndrome clínica geralmente Definição:causadapelarupturade uma placaaterosclerótica,situando-seentre umquadrode anginaestável e de infartoagudodomiocárdiono espectrodassíndromescoronáriasagudas. Os mecanismos fisiopatológicosque precipitamassíndromesisquêmicasmiocárdicasagudas têmcomo característica anatomopatológicaafissurada placa ateroscleróticanaartéria responsável peloeventoisquêmico. Fatoresque podemtornara placamais vulnerável àruptura: • Dislipidemia;•Nicotina; • Monóxidode carbono; - Níveiselevadosde angiotensinae de ácidoacetoacético; - Imunocomplexoscirculantes; - Célulasinflamatóriase seusprodutoshumorais; - Aumentoda fragilidade docolágeno; - Fatoreshemodinâmicose mecânicos; - Liberaçãode agentesoxidantespotentes. Outrosfatoresque alémda rupturada placa, exercemmecanismosfundamentaisna instabilizaçãode umquadroisquêmicosão: - Ativaçãoplaquetária; - Trombose; - Vasoconstricção;
  • 2. - Espasmocoronário. O endotéliovasculartempapel fundamentalnocontrole dacirculação,atravésda liberaçãoe modulaçãode inúmerosfatoresque influenciamareatividade e aestruturavasculare, também, a coagulaçãosanguínea.FunçõesEndoteliais: - Barreiraseletivamente permeável; - Síntese de substânciasvasodilatadorase anti-plaquetárias;Ex:Fatorde relaxamento dependente doendotélio(EDRF),ProstaglandinaE2(PGE2) - Síntese de substânciasvasoconstrictorase ativadorasdaagregaçãoplaquetária:Ex: endotelinas,endoperóxidos,leucotrienos. Ex:colágeno,fibronectina, - Produçãode fatorestrombogênicos:tromboplastinatissular,fatorde vonWillebrand,fator de ativação plaquetária(PAF),fatorV,etc. Ex: Glicosaminoglicans,trombomodulina - Produçãode fatoresantitrombogênicos:e proteínaS. - Produçãode fator fibrinolítico:Ex:Ativadordoplasminogêniotecidual (t- PA),uroquinase. - Secreçãode fatorespromotoresdocrescimento:Ex:Fatorde crescimentoderivadodas plaquetas(EDGF); Fator de relaxamentodependente doendotélio(EDRF) –principal mediadordavasodilatação empresençade endotélionormal.EDRF – análogoendógenodosnitratosvasodilatadores.
  • 3. Estímulosque produzemvasodilataçãonapresençade endotélioíntegro: - Exercíciofísico; -Aumentodofluxosangüíneovascular; -Aumentodoestresseparietal; -Histamina; -Acetilcolina; -Serotonina; -Fatorde ativaçãoplaquetária; -Trombina,etc. PlacasateroscleróticasemArtériascoronárias Instabilizaçãodasplacas Alteraçãoda demanda/aporte de oxigênio Espasmo Estase circulatória Trombose Quantoà evoluçãodostrombos,se houverlise comperíodosrelativamente curtosde oclusão coronária,o resultadoé a anginainstável.Se aoclusãoé total e prolongada,ocorre infartodo miocárdio.
  • 4. - Circulaçãocolateral coronária. Diagnóstico: - Históriaclínica- Exame físico - Avaliaçãodoeletrocardiogramade repouso. 7 Sinaise sintomas: - Precordialgiaintensade até 30 minutosde duração; - Náuseas - Vômitos; - Sudorese fria- Palpitações. Tratamento: • Ácidoacetil-salicílico;•Heparina; • Nitratos; • Beta-bloqueadores. A cinecoronariografiade urgênciaestáindicada,quandoapós24horas de tratamento,não houverreversãodasintomatologiaouemcasosde instabilidadehemodinâmica.
  • 5. O InfartoAgudodo Miocárdioé causado pelalimitaçãodofluxocoronáriode tal magnitude e duração que resultaemnecrose domúsculocardíaco. - 60% dos óbitosocorremna primeirahoradevidoàfibrilaçãoventricular. - Reduçãoimediatae progressivadacontratilidade dosegmentoventricular. - AlteraçõesdosegmentoSTe da ondaT ao ECG. - O inícioda isquemiacomeçaem60 segundosapóscompletaoclusãodaartériacoronária.As célulasmiocárdicascomeçamamorrer em20 a 40 minutosnapresençade completaoclusão coronariana. - Fluxocolateral. - Dislipidemia - Tabagismo - Hipertensão - Diabete melito - Sedentarismo- Obesidade Fatoresde risco modificáveis: Fatoresde risco não-modificáveis: - Históriafamiliar(IAMemumparente de 1º grau menorde 5 anos); - Idade; - Sexo(DACocorre 10 anos maiscedoemhomens). Causasnão-ateroscleróticasdoIAM: • Espasmosda artériacoronária;• Dissecçãode artériacoronária;
  • 6. • Arteritescoronáriasassociadasadoençassistêmicas; • Espessamentode parede coronarianasecundárioadoençasmetabólicase traumade artériascoronarianas,incluindoradioterapias;•Emboliaparaartériascoronárias; • Desequilíbrioentreaofertae a demandamiocárdica; • Trombose:CID,estados de hipercoagulabilidade;•Anomaliascoronarianascongênitas; • Uso de cocaína, etc. ManifestaçõesClínicas: • Desconfortotorácico/dor;• AnormalidadesnoECG; • Marcadorescardíacos séricoselevados. Geralmente ador é difusa;umador altamente localizadararamente relaciona-se àanginaou IAM. -Náusea -Inquietação -Vomitos - Dispnéia Sintomasassociados: -Diaforese- Apreensão -Fraqueza;A dor do IAMdura maistempo(tipicamente 20mina várias horas) se comparada a da angina,não sendoaliviadaporrepousooupornitroglicerina.
  • 7. Estima-se que pelomenos20%dosIAMs são indolores(“silenciosos”) ouatípicos(não reconhecidos). A pressãoarterial noIAMfreqüentemente estáelevadainicialmente,maspode estarnormal ou baixa. Eletrocardiograma O ECG inicial nemé perfeitamenteespecíficonemperfeitamente sensívelparatodosos pacientesque desenvolvemIAMcomelevaçãodosegmentoST.Quandoa elevaçãotípicado segmentoSTpersiste porhorase é seguidaporhoras ou diaspor inversõesde ondaT ou Q,o diagnósticode IAMpode serestabelecidocomquase absolutacerteza. Marcadores cardíacos: A maiorsensibilidade e especificidade dosmarcadorescardíacosséricostornaram-noo “padrão ouro” para detecçãoda necrose miocárdica.Marcadorescardíacos: - TroponinaIe T - CreatinaQuinase (CK) e suasisoenzimasMB ComplicaçõesdoIAM:• Aneurismadoventrículoesquerdo(VE); • Pericardite. Oxigenação –estar atentoàs concentraçõesde oxigênioindicadas,viasaéreaslivresde secreções; Controle daperfusãoperiféricae coloraçãodasmucosas.Manter material de intubaçãoa prontouso;
  • 8. Controle dossinaisvitaisfreqüentemente visadetecçãoprecoce de alterações,bemcomoo ajuste da infusãodasdrogas; Monitorizaçãodoritmo cardíaco – deve seravaliadoquantoaoritmo,freqüênciae amplitude das ondas; Os eletrodosdevemestarbemfixadosaotórax,deixandosempre aáreapara a aplicaçãodas pás livres; Se apresentaralgumaarritmiaao monitor,comunicaraomédicoe providenciarregistrodo eletrocardiograma; Ter sempre prontopara usoe testadooaparelhopara cardioversão; Fazerbalançohídrico rigoroso – controle dosvolumesinfundidos,ingestae líquidosperdidos; Atentarpara a aceitaçãoda dieta,e restriçãohídrica,se houver; Avaliaçãofreqüente donível de consciência; Atençãoao aspectoemocional dopaciente. Definição:Éa incapacidade docoração de impulsionarosangue aum volume e velocidade compatíveiscomas necessidadesmetabólicasdostecidos;paratanto,lança mãode mecanismosde compensação:hipertrofia,dilataçãoe taquicardia. A falênciamiocárdicaconstituiaviafinal comumde diversascardiopatias,destacando-se as seguintesetiologias:
  • 9. - Isquêmica; - Chagásica; - Dilatadaidiopática; - Hipertensiva; - Valvar- Congênita - Periparto; - Pós-miocardite; - Por agentescardiotóxicos(álcool,cocaína); 16 Fatoresde risco: • HAS - Diabete melito • Idade avançada- Históriade IAM • Valvopatia - Cardiopatia • Doençade Chagas - Alcoolismo ManifestaçõesClínicas:•Pulsofraco; • Pressãoarterial baixa; • Extremidadesfrias; • Presençade B3. • Congestãopulmonar; • Oligúria; • Obnubilação;
  • 10. • Edema; • Dispnéia:de esforço,paroxísticanoturna,ortopnéia,asmacardíaca, edemaagudode pulmão,respiraçãode Cheyne-Stokes. • Edema:periférico,derrame pleural,derramepericárdico;ascite,anasarca.•Palpitações. Exame FísicoGeral: • Desnutrição;•Edema de membrosinferiores; • Anasarca; • Cianose periférica. SemiologiaCardiovascular: • Taquicardia;• Íctusdesviadoe aumentado; • Presençade B3 ou B4 • A estase jugularé o sinal que maisseguramente reflete hipervolemia. SemiologiaPulmonar: • Taquidispnéia;•Estertorescreptantese subcreptantesbasais;•Derrame pleural;
  • 11. • Respiraçãode Cheyne-Stokes. SemiologiaAbdominal: • Ascite;• Hepatomegalia. ExamesComplementares: • ECG; • Radiografiade tórax; • Ecocardiografia; • Exameslaboratoriais; • Cateterismocardíaco. Tratamento:• Controle da hipertensãoarterial; • Tratamentoda dislipidemia; • Evitarfumo,álcool e drogas; ilícitascomoa cocaína; • Uso de IECA,betabloqueadores,digital,diuréticos;•Avaliaçãocardiológicaperiódica. O edemapulmonaré umasíndrome clínica de causas diversas.Noentanto,asalterações fisiopatológicassãosemelhantese decorremdoacúmulode fluidosnosespaçosalveolarese intersticiaisdospulmões,resultando emhipoxemia,complacênciapulmonardiminuída, trabalhorespiratórioaumentadoe ventilaçãoperfusãoanormal.
  • 12. Diagnóstico:clínicoe suasmanifestaçõesdependemdaquantidadede líquidoacumuladonos pulmões. - Cardiogênico - Não-cardiogênico Tipos: - Ansiedade Quadroclínico: - Agitação - Dispnéia - Uso da musculaturaintercostal - Cianose - Sudorese fria - Batimentode asasdo nariz - Palidezcutânea- Respiraçãoruidosa - Tosse A tosse,inicialmente secae persistente é seguidaportosse produtivacomexpectoração espumosa,brancaou rósea. Progressãodo Exaustão EAP respiratória Confusãomental Hipoventilação e torpor Morte por hipoxemia
  • 13. 21 MANEJO DO PACIENTECOMEAP Medidasde suporte: - Elevaçãoda cabeceiradoleito; - Garantir viaaéreae acessovenosoadequados; - Instalaçãode oxigenioterapia,emcasode disfunçãorespiratóriagrave –ventilaçãomecânica não invasivae,se necessário,intubaçãoendotraqueal ; - Verificaçãodossinaisvitaise oximetria; - Realizaçãode ECG e radiografiade tórax; - Realizaçãode gasometriaarterial,eletrólitos,enzimascardíacas. Se PA sistólica>90 mmHg semsinaisclínicosde choque:Morfina,Isossorbida,furosemida, nitroglicerinaounitroprussiatode sódio... Se PA sistólica70 – 100 mmHg,sem sinaisde choque:Dobutamina; Com sinaisde choque:Dopaminaoudopamina+dobutamina.Medidasacima(morfina, nitrato,furosemida)quandoPA sistólica>90mmHg. Se PA sistólica<70 mmHg: noradrenalina;Considerardopaminae dobutamina 23 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS: CINTRA,Eliane.Assistênciade EnfermagemaoPacienteGravemente Enfermo.SãoPaulo: Atheneu,2003.
  • 14. KNOBEL,Elias.CondutasnoPaciente Grave.SãoPaulo:Atheneu,2002. SMELTZER, Suzanne.Tratadode EnfermagemMédico-Cirúrgica.Riode Janeiro:Guanabara Koogan,2002. STEFANI,Doral.ClínicaMédica.São Paulo:Artmed,2006.